V10A234 Aterramento Metro

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 7

UMA FORMULAÇÃO ÍNTEGRO-DIFERENCIAL DE 4A.

ORDEM
APLICADA À SIMULAÇÃO DE SISTEMAS DE
ATERRAMENTO METRO-FERROVIÁRIOS
José Augusto P. da Silva, José Roberto Cardoso, Luiz Natal Rossi, Cleber R. Guirelli
LMAG – Laboratório de Eletromagnetismo Aplicado
PEA – Departamento de Engenharia de Energia e Automação Elétricas
Escola Politécnica da Universidade de São Paulo
Av. Prof. Luciano Gualberto, tr.3, n° 158 CEP 05508-900 São Paulo
Tel: +55-11-818-5124 Fax: +55-11-818-5719
email: [email protected]

Resumo: Este trabalho apresenta uma nova metodologia The main goals of this work concern not only the evaluation of
aplicada na determinação de potenciais de toque ao longo de the voltage level to which the users and/or the maintenance
uma linha metro-ferroviária eletrificada em corrente contínua, crews are submitted but also the degradation level evaluation
bem como na determinação das distribuições das densidades de due to electrical insulation failure caused by the leakage
corrente de fuga. current in the soil.

Os objetivos principais do trabalho consistem em: avaliar o The 4th order differential equation issued by the distributed
nível de tensão a que está sujeito o usuário e/ou equipes de model parameters based on the transmission line theory
Operação e Manutenção nas condições normais de operação e coupled with the network circuit equation, allows us to
nas condições de defeito e o nível de degradação das evaluate the complete performance of the sub/railway
instalações físicas provenientes da corrosão eletrolítica nas grounding systems.
partes metálicas da própria instalação.
The complexity of the mathematical formulation brought us to
As equações diferenciais, oriundas da formulação matemática develop a software package with a user-friendly interface
desenvolvida, acopladas às equações do circuito alimentador, called PCAM.
contemplam o desempenho global de um sistema de
aterramento metro-ferroviário. Estas equações diferenciais This package allows us modeling, for instance, the low
foram obtidas através do equacionamento de um trecho insulation in the parts of the track and in the switching
elementar do sistema de aterramento, representado por machines not only in steady state operation, but also in a short
parâmetros distribuídos, possibilitando a determinação de um circuit between the supplying conductor and the grounding
circuito elétrico equivalente para um trecho da linha. Este systems.
circuito, associado ao circuito alimentador, possibilita uma
avaliação global do sistema, cuja solução, face à sua The measurements were carried out in line 2 - Green of the
complexidade, levou-nos ao desenvolvimento de um software Sao Paulo Metropolitan subway in order to validate the
presented methodology.
denominado PCAM (Programa para Cálculo de Aterramento
Metro-ferroviário). The obtained data were compared with the PCAM results.
Para validação desse software foram realizadas medições na
linha 2 - Verde do Metrô de São Paulo, sendo esses resultados 1 INTRODUÇÃO
comparados com os obtidos na simulação computacional.
Uma das grandes preocupações existentes no transporte de
Palavras-chaves: Aterramento, correntes de fuga, potencial de massa é a segurança do usuário e do ambiente circunvizinho,
toque, corrosão eletrolítica. na medida em que um acidente pode ter conseqüências sérias e
de proporções nem sempre mensuráveis.
Abstract: A new methodology to evaluate both the touch
voltage and the leakage current density distribution along a DC Quando se projeta um sistema de transporte sobre trilhos, seja
electrified subway or railway track based on a 4th order ele uma Ferrovia ou uma linha de Metrô, levamos em
integral/differential method is presented in this paper. consideração os métodos construtivos, as características dos
materiais a serem empregados e as peculiaridades do solo onde
Artigo Submetido em 02/10/1998 implantaremos a via permanente.
1a. Revisão em 13/05/1999; 2a. Revisão em 31/08/1999
Aceito sob recomendação do Ed. Consultor Prof. Dr Jorge Coelho
Dois aspectos são de vital importância quando o sistema está
em operação:
176 SBA Controle & Automação Vol. 10 no. 03 / Set., Out., Nov. e Dezembro de 1999
- O usuário do sistema deve estar totalmente protegido contra A figura 1b ilustra uma seção elementar ( ∆x ) de uma via
choques elétricos, e subterrânea com os 3 terras, cujos parâmetros distribuídos
característicos são definidos, como seguem:
- As correntes de fuga que aparecerem no sistema devem ser
controladas. rs: Resistência ôhmica dos trilhos por unidade de comprimento
(ohm/km);
Tendo como premissas básicas essas duas considerações, o
trabalho proposto objetiva fornecer uma avaliação prévia das g s t : Condutância de isolação entre o TV e o TT por unidade de
tensões entre os vários terras de um sistema sobre trilhos e das
correntes circulantes entre esses terras. comprimento (S/km);

Assim sendo, foi desenvolvida uma ferramenta computacional rt: Resistência ôhmica das ferragens do túnel por unidade de
que permite avaliar os potenciais existentes no sistema elétrico comprimento (ohm/km);
tanto em condições normais de operação quanto em condições
de defeito (curto circuito e baixa isolação entre os terras), e as g t t : Condutância de aterramento do túnel por unidade de
correntes que aparecem no sistema nessas condições. comprimento (S/km).
i1(x) (TV) rs ∆x A i1(x+∆x)
2 MODELAMENTO MATEMÁTICO
1
2.1 Caracterização do sistema de
v12(x) gst ∆x
aterramento
A figura 1a mostra um sistema de aterramento metroviário i2(x) (TT) rt ∆x B i2(x+∆x) v1(x+∆x)
constituído de 3 (três) terras: v1(x)
2
TV - terra da via: Constituido pelos trilhos de rolamento, aos
quais são conectados os terminais negativos das retificadoras; gtt ∆x
v2(x) v2(x+∆x)
TT - terra do túnel: Constituido pelas ferragens da estrutura do
túnel ou galeria; (TE)
TE - terra externo: Constituido pelo ambiente exterior ao túnel
que se estende ao infinito.

O TV e o TT são separados por placas de resistividade Figura 1b - Circuito equivalente para um trecho elementar
controlada (neoprene) sob os trilhos, possibilitando assim um ∆x com 3 terras
fluxo de corrente elétrica entre estes dois terras e também para As equações diferenciais que se seguem são obtidas através da
o ambiente externo. Este fluxo de corrente que flui para o aplicação das Leis de Kirchoff no circuito da figura 1b.
ambiente é denominado de corrente de fuga, constituindo-se
di1 ( x)
numa fonte de processos corrosivos em meios metálicos = − g st v1 ( x) + g st v 2 ( x) (1)
instalados na proximidade da via permanente. dx
di2 ( x)
O passageiro por sua vez, quando na plataforma, está em = g st v1 ( x) − ( g st + g tt )v 2 ( x) (2)
dx
contato com o TT e ao adentrar-se na composição estará sujeito
dv1 ( x)
a uma diferença de potencial (potencial de toque) existente = −rs i1 ( x) (3)
entre este e o TV, em cujo potencial se encontra também a dx
referida composição. dv 2 ( x)
= −rt i2 ( x) (4)
dx
Desta forma, as grandezas relevantes que este estudo
contempla são a distribuição do potencial de toque e a Após sucessivas derivações chega-se a uma equação
densidade linear de corrente de fuga ao longo de toda a diferencial de 4a. ordem do tipo:
extensão da linha . d 4 v1 d 2 v1
− (a + c ) − ( ab − ac ) v1 = 0 (5)
4
dx dx 2
Sistema de 3 Terras onde, a = rsg s t ; b = rtg s t ; c = rt (g s t + g t t)

A solução para esta equação diferencial é do tipo:


v1 = C1e −αx + C 2 e − βx + C3 eαx + C 4 e βx (6)
2
a+c a−c
sendo, α=  +   + ab ;
 2   2 
2
a+c a−c
β=  −   + ab
 2   2 

Figura 1a - Trecho de túnel com 3 terras

SBA Controle & Automação Vol. 10 no. 03 / Set., Out., Nov. e Dezembro de 1999 177
2.2 Circuito Equivalente para Linha Finita 2α 2β
A= k1 senhαl − k 5 senhβl
rs rs
(TV) 2α 2β
I1e I1f B= k 2 senhαl − k 2 senhβl
rs rs
2α 2β
C= k 3 cosh αl − k 6 cosh βl
V1e I2e (TT) I2f V1f rs rs
2α 2β
D= k 4 cosh αl − k 7 cosh βl
rs rs
V2e (TE) V2f Resulta:
I 1e = AV1 f − BV2 f + CI 1 f − DI 2 f (12)
(X)
(-l) (0)
Essa expressão nos sugere representar um trecho finito de
linha (l) por um hexapolo como mostrado na figura 3.
Figura 2 - Trecho finito de linha de comprimento l
Considerando um trecho finito de linha de comprimento (l), I1e 1 P Z1 Q (TV) I1f
como indicado na figura 2,

através de manipulação das equações (1), (2), (3) e (4) e


impondo as condições de contorno nos pontos x = 0 e x = (- l), Y1/ 2 Y1/ 2
podemos determinar as constantes C1, C2, C3 e C4, resultando:
C1 = k1V1 f − k 2V2 f + k 3 I1 f − k 4 I 2 f (7) V1e I2e 2 Z2 (TT) I2f V1f
O R
C 2 = −k 5V1 f + k 2V2 f − k 6 I1 f + k 7 I 2 f (8)
C 3 = k 1 V1f − k 2 V2 f − k 3 I 1f + k 4 I 2 f (9)
Y2/2 Y2/ 2 V2f
C 4 = k 5 V1f + k 2 V2 f + k 6 I 1f − k 7 I 2 f (10) V2e

onde, (TE)

k1 =
c −α 2 (c − α )(c − β ) ;
; k2 =
2 2

2(β − α )
2 2
2b (β − α ) 2 2 Figura 3- Hexapolo equivalente

=
c −α
r ;k =
2
(c − α )(c − β ) r 2 2 Determinando-se I1e a partir da solução do circuito da figura 3,
2α (β − α ) 2bα (β − α )
k3 2 2 s 4 2 2 t ; em função dos parâmetros (Z1, Z2, Y1 e Y2) obtemos:

=
(c − β ) ; k = (c − β ) r ;
2 2 Y Y Y 2 Z Y 2Z 
I1e = V1 f  1 + 1 + 1 1 + 1 2  −
2(β − α ) 2 β (β − α )
k5 2 2 6 2 2 s  2 2 4 4 

=
(c − α )(c − β ) r
2 2 Y Y Y 2 Z Y 2Z YY Z 
− V2 f  1 + 1 + 1 1 + 1 2 + 1 2 2  + (13)
2bβ (β − α )
k7 2 2 t  2 2 4 2 4 
 YZ  Y Z 
+ I1 f 1 + 1 1  − I 2 f  1 2 
Com o objetivo de se utilizar a Teoria dos Hexapolos, podemos  2   2 
expressar as correntes no fim da linha como uma função das
tensões e das correntes no início, resultando: Identificando as equações (12) e (13), obtemos os parâmetros

[ ]
1 do circuito equivalente, resultando:
I1e = αC1eαl + βC 2 e βl − αC 3 e −αl − βC 4 e − βl (11)
rs Y12 Z1 Y12 Z 2 Y
A= + +2 1 (14)
eαl − e −αl eαl + e −αl 4 4 2
Como senhαl = e coshαl = , 2
Y Z 2
Y Z YY Z Y
2 2 B= 1 1 + 1 2 + 1 2 2 +2 1 (15)
4 2 4 2
podemos escrever, após algumas passagens matemáticas:
Y1 Z1
 2α  C= +1 (16)
2β 2
I 1e =  k1 senhαl − k 5 senhβl V1 f +
 rs rs  YZ
D= 1 2 (17)
 2α 2β  2
−  k 2 senhαl − k 2 senhβl V2 f +
 s
r rs  ou ainda,
 2α 2β  Y1
=
A
+  k 3 coshαl − k 6 coshβl  I 1 f + 2 D + C +1
(18)
 rs rs 
D( D + C + 1)
 2α 2β  Z2 = (19)
−  k 4 coshαl − k 7 cosh βl  I 2 f A
 rs rs  Y2 B − A
= (20)
Fazendo: 2 D

178 SBA Controle & Automação Vol. 10 no. 03 / Set., Out., Nov. e Dezembro de 1999
(C − 1)( D + C + 1) potencial entre os terras considerados pela condutância por
Z1 = (21) unidade de comprimento do trecho correspondente.
A
Assim sendo, à semelhança do procedimento seguido nos
estudos das LT’s, a cada trecho uniforme do sistema de 3.2 Análise em condição de defeito
aterramento, no qual seus parâmetros são constantes,
associamos um circuito igual ao indicado na Figura 3. Desta 3.2.1 Curto-Circuito
forma, o circuito equivalente final do sistema de aterramento O curto circuito no sistema é modelado supondo-se que dois
será constituído de uma associação em cascata de diversos pontos, um na catenária e outro no terra da via (TV), são
circuitos representativos de cada trecho de linha. conectados diretamente.
Adicionando-se as retificadoras, a catenária (ou terceiro trilho)
e as composições nas suas posições correspondentes do circuito
equivalente final, chegamos a uma rede, cuja solução fornece
as grandezas procuradas.

3 O SOFTWARE

3.1 . Análise em regime permanente


A figura 4 mostra o circuito equivalente para um trecho finito
Figura 5 - Simulação de curto-circuito numa retificadora
de uma linha, contemplando a presença do alimentador e das
genérica
fontes de corrente representativas das retificadoras ou das
composições. Este defeito é avaliado aplicando-se o Teorema da
1 Y1 4 Superposição, como mostrado na figura 5, na qual o curto-
(TERCEIRO TRILHO) circuito é modelado através de duas fontes de tensão em
oposição, cuja f.e.m. é a igual ddp entre os pontos curto-
circuitados antes da falta.
Y2 Y3
I1 I2
Y4 O circuito 1 da figura 5, corresponde à condição normal de
2 5 operação. O circuito 2 corresponde à contribuição do curto-
circuito, que também é resolvido por Análise Nodal.
(TV)

Y5 Y6 Superpondo-se os efeitos, determinam-se as tensões e as


Y7 correntes envolvidas no defeito.
3 6

(TT) 3.2.2 Baixa isolação


O fluxo contínuo de correntes de fuga pelas partes metálicas da
Y8 Y9 via permanente induz um processo corrosivo, cujos resíduos
podem reduzir a resistência de isolação entre o TV e o TT, a
(TE) qual é caracterizada pela condutância de isolação (gst) existente
entre os terras, agravando o referido processo corrosivo.
Figura 4 - Circuito equivalente para um trecho de linha
Assim sendo, este defeito é simulado através da alteração dos
Com o objetivo de representar os elementos que compõem o valores desta condutância nas seções da linha onde o problema
trecho em questão, usamos a seguinte metodologia: se apresenta.
a) Cada trecho do sistema de aterramento é representado pelo
hexapolo equivalente da figura 3. 4 VALIDAÇÃO DO MODELO
b) A retificadora é representada pelo Norton equivalente. Para testar a consistência da ferramenta desenvolvida, foram
realizadas várias simulações do ramal Paulista da linha
c) A composição é representada por uma fonte de corrente Madalena/Oratório do Metrô de São Paulo e, esses valores
ideal, cuja intensidade corresponde à corrente absorvida. comparados com os obtidos nas medições efetuadas, quando
um trem percorreu a linha por 3 horas com esse único objetivo.
d) O condutor de alimentação (catenária ou terceiro trilho) é Essa linha de Metrô tem 7.932m de extensão, possui 8 estações
representado através da sua resistência quilométrica em e interliga-se com a linha Jabaquara/Tucuruvi nas estações
(ohms/km). Paraíso e Ana Rosa, como ilustrado na figura 6.
De posse de todos esses parâmetros, os potenciais nos nós do
circuito são determinados através da resolução da equação
matricial oriunda da Análise Nodal:
[Y] * [V] = [I]
De posse dos potenciais nodais, a avaliação do potencial de
toque (ddp entre TV e TT) é trivial. A densidade de corrente de
fuga é obtida, ponto a ponto, multiplicando-se a diferença de

SBA Controle & Automação Vol. 10 no. 03 / Set., Out., Nov. e Dezembro de 1999 179
Figura 6 - Rede básica do Metrô de São Paulo (abril/99)
Os parâmetros característicos deste sistema foram calculados,
como segue:

1. Foram levantadas as estratificações do solo, ao longo da


linha, através de medições de resistividade por processo
clássico, nos canteiros de obra das 8 estações.

2. Através destas medições e por levantamento estatístico, foi


estimada uma estratificação representativa para toda a
extensão da linha.

3. Os parâmetros do sistema de aterramento foram calculados


com o auxílio do software LMAG-2D, baseado no Método
dos Elementos Finitos, utilizando-se o procedimento
indicado nos itens 1 e 2 e dados obtidos junto aos
fabricantes, temos:
Resistência longitudinal do terceiro trilho 4,25 mΩ/km
Resistência longitudinal do TV 10 mΩ/km
Resistência longitudinal do TT 190 mΩ/km
Condutância transversal TV/TT 0,03 S/km
Condutância transversal TT/TE 0,333 S/km
F.e.m. da retificadora 825 V
Resistência interna da retificadora 12,5 mΩ
Os valores máximos das tensões medidas entre o TV e o TT
variaram entre –11V e 28V na condição de partida da
composição (I=5.000 A). Figura 7 - Trem partindo da estação ANA ROSA
A figura 7 representa o potencial de toque e as densidades de
corrente de fuga entre os terras quando um trem parte da 5 CONCLUSÕES
estação Ana Rosa (condição do ensaio).
Foi apresentada uma metodologia integro-diferencial de 4a.
No ensaio realizado durante a condição de pico (6 trens ordem para a avaliação da distribuição de potencial de toque ao
circulando) foram novamente efetuadas medições em diversos longo de uma linha metro-ferroviária para um dado
pontos da linha; as tensões encontradas entre o TV e o TT carregamento do sistema de tração. A não homogeneidade do
variaram entre - 7V e 20V. sistema, face às suas dimensões, é contemplada na formulação,
possibilitando uma análise mais fiel do comportamento deste
A figura 8 apresenta o potencial de toque e as densidades de quando energizado. A comparação entre os valores máximos
corrente de fuga obtidas através da simulação no horário de obtidos através da simulação e dos ensaios, atendem aos
pico. requisitos de engenharia para efeitos de garantia da segurança
pessoal. A ferramenta computacional desenvolvida pode ser
Observa-se que os valores extremos do potencial de toque aplicada na fase de concepção do sistema de tração, para
obtido por simulação são da ordem de grandeza dos valores efeitos de dimensionamento dos equipamentos de proteção,
medidos. como também em sistemas em operação, na análise de
alternativas de modificações oriundas de expansões.
As diferenças obtidas são inerentes da dificuldade de precisão
em medições em sistemas de aterramento, no qual uma série de
variáveis fogem ao controle da equipe de medição, bem como REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
da hipótese adotada, neste caso, de uniformidade dos
FUMI, A. e NANNARONE, G. (1984). Le corrente disperse
parâmetros em toda a extensão da linha.
ed i pericoli di corrosione nei ferri di armatura dei
180 SBA Controle & Automação Vol. 10 no. 03 / Set., Out., Nov. e Dezembro de 1999
correntes de fuga (linha Norte-Sul). In: Giuriati, M. e
Freire, G.A.L.M., Métodos para minimização das
correntes de fuga e medições para controle,
Companhia do Metropolitano de São Paulo, v.2,
trabalho no. 3.

CARDOSO, J.R. (1989). Modelamento do sistema de


aterramento do Metrô de São Paulo. Figueiredo Ferraz
Eng. de Projetos, documento interno.

VDE 0115/3.65 Normas para ferrovias elétricas. Título


original, Bestimmugen für elektrische Bahnen. Tradução
da Companhia do Metropolitano de São Paulo, por
Jensch, E.C.F.

VDE 0150/3.65 Normas para proteção de encanamentos e


cabos contra corrosão devido a correntes de dispersão
oriundas de instalações de corrente contínua. Título
original, Leitsätze zum Schulz von Rohrleitungen und
Kabeln gegen Korrosion durche Streuströne aus
Gleichsstromanlagen. Tradução da Companhia do
Metropolitano de São Paulo, por Jensch, E.C.F.

VÖV 04.740.5 Recomendações para medidas a tomar para


reduzir o perigo da corrosão elétrica devido a correntes
de dispersão e para execução de medidas de proteção
contra a permanência de tensões de contato
excessivamente altas em túneis para ferrovias de
corrente contínua.

ANSI/IEEE 80 (1986). Guide for safety AC substation


grounding, New York, IEEE.

RAMOS, D.S. e DIAS, E.M. (1982). Sistemas elétricos de


potência: regime permanente. vol. 2, Guanabara Dois,
Rio de Janeiro.

DANTAS, M.D. (1970). Elementos de equações diferenciais.


Ao Livro Técnico, Rio de Janeiro.

HOCQUET, R. (1980). Courants vagabonds: corrosion et


moyens de protection. Revue Génerale de l'Electricité,
(Jan.), v.89, n.1, pp.23-26.

GUIRELLI, C.R. e LIMA, C.R. (1993). Programa para


análise de sistemas de aterramento de instalações
Figura 8 - Caso do horário de pico metroviárias. São Paulo, EPUSP. Apresentado à
disciplina PEA-600.
viadotti e della gallerie. Ingegneria Ferroviaria,
(Mag.), pp. 251-258. CARPENTER, D.C. e Hill, R.J. (1993). Continuous-function
ground conductivity model for the determination of
STEVENSON JUNIOR, W.D. (1974). Elementos de análise
electrical railway earth conductance. IEEE transactions
de sistemas de potência. McGraw-Hill do Brasil, São
on Geoscience and Remote Sensing, v.31, Iss.5, pp.953-
Paulo.
960.
CARDOSO, J. R. (1992). Análise de sistemas de aterramento
FINZI, V. e PICASSO, M. (1978). Le corrosioni elletrolitiche
de instalações metroviárias. Engenharia, n. 488, pp.93-
delle rotaie sulla linea succursale dei Giovi. Ingegneria
96.
Ferroviaria, (Giug.), pp.537 - 552.
FAVRIN, W. e ALONSO, N. (1988). Isolação elétrica de
FINZI, V. (1990). Le corrosioni elletrolitiche nelle armature
AMV's do Metrô de São Paulo. Apresentado ao II
del cemento armado. Ingegneria Ferroviaria, (Ago.),
Encontro Nacional de Trilho, Juiz de Fora.
pp.565 - 571.
GIURIATI, M. e FREIRE, G.A.L.M. (1983). Métodos para
BREGOLI, G.; PALLOTTA M. e PATRIARCA, M. (1994).
minimização das correntes de fuga e medições para
La corrosioni nelle opere in Terra Armata, a sostegno di
controle. São Paulo, Companhia do Metropolitano de
linee ferroviarie in c.c. Ingegneria Ferroviaria, (Apr.),
São Paulo, v.1.
pp.219 - 230.
GIURIATI, M. (1982). Orientação dada ao projeto das obras
civis no Metrô de São Paulo para minimização das
SBA Controle & Automação Vol. 10 no. 03 / Set., Out., Nov. e Dezembro de 1999 181
MALDONADO, P.D. (1994). Correntes de fuga e a corrosão
eletrolítica: uma contribuição ao seu controle. Anais do
1º Congresso Internacional de Material Rodante e Via
Permanente, 1º, Brasília. Anais Brasília, CB 06 ABNT.
pp.130-149.

WELLSCH, J. e Neto, V.L. (1994). Proteção contra efeitos


provocados por correntes de fuga. Anais do 1º
Congresso Internacional de Material Rodante e Via
Permanente, 1º, Brasília, 1994. Anais Brasília, CB 06
ABNT. pp.439 - 459.

PEREIRA DA SILVA, J. A.; CARDOSO, J. R. e GUIRELLI,


C. R. (1997). A new methodology to evaluate grounding
systems performance for subways and railways. World
Congress on Railway Research (WCRR-97), Florença,
Itália, vol. C, pp. 119 - 125.

PEREIRA DA SILVA, J. A. (1997). Uma Nova Metodologia


para a Avaliação de Sistemas de Aterramento Metro-
Ferroviários. Tese de Doutoramento, Escola Politécnica
da Universidade de São Paulo, EPUSP, São Paulo - SP.

CARDOSO, J.R. (1994). FEM Modelling of Grounded System


with Unbounded Approach, USA, IEEE Transactions
on Magnetics, V.30 No. 5.

182 SBA Controle & Automação Vol. 10 no. 03 / Set., Out., Nov. e Dezembro de 1999

Você também pode gostar