Apostila SENAI Introducao SEP
Apostila SENAI Introducao SEP
Apostila SENAI Introducao SEP
SISTEMAS DE POTÊNCIA
Tubarão - 2003
Sumário
1.Introdução........................................................................................................................... 1
2.Modelagem das redes elétricas ........................................................................................... 6
3.Sistema de unidade P.U. (Por unidade) ............................................................................ 12
4.Transformadores............................................................................................................... 17
5.Fluxo de potência ............................................................................................................. 25
5.1.Fluxo de potência cc .................................................................................................. 28
5.2.Fluxo de potência C.A. .............................................................................................. 30
6.Compensação de potência reativa .................................................................................... 39
7.Curto – circuito................................................................................................................. 45
8.Estabilidade em sistemas de potência............................................................................... 63
1. INTRODUÇÃO
1
1. Suprimento das demandas de potência ativa e reativa, quantidades
variáveis ao longo do tempo e que devem ser integralmente satisfeitas ao
longo da área de atuação;
2. Qualidade de serviço, a qual implica em
∗ Pequenas variações na magnitude da tensão (± 5% em torno do
valor nominal) e freqüência (± 0,05Hz em torno do valor nominal de 60Hz)
∗ Alta confiabilidade (continuidade de serviço)
∗ Radial
∗ Em anel (malha)
Máquina rotativa
Barra
2
Transformador de três enrolamentos
Linha de transmissão
Carga estática
Disjuntor
Desconexão
Fusível
Fusível desconectado
Transformador de Corrente
Transformador de Potêncial
3
Capacitor
4
reativa (capacitores, indutores, etc.) que devem ser
alocados ao longo do sistema, de maneira a
garantir uma quantidade de serviço satisfatória em
termos da magnitude das tensões nas barras.
5
2. MODELAGEM DAS REDES ELÉTRICAS
Máquinas Síncronas
Transformadores
6
R1 – Resistência do enrolamento primário.
R2 – Resistência do enrolamento secundário.
XL1 – Reatância indutiva representando os fluxos de dispersão enrolamento
primário.
XL2 – Reatância indutiva representando os fluxos de dispersão enrolamento
secundário.
Rf.Xm – Parâmetros de magnetização.
N1/N2 – Relação de transformação.
Linhas de transmissão
Neste caso, é necessário distinguir três tipos de linhas, classificados com base no
seu comprimento, isto é:
∗ Resistência
série
∗ Indutância
∗ Condutância paralelo
∗ Capacitância
7
Dependendo do comprimento uma LT ela é representada de uma maneira
diferente:
ZL = R+j XL
γ = (α + jβ )
Cargas
8
Diagrama de Impedâncias de um Sistema Elétrico
Diagrama Unifilar
Diagrama de Impedâncias
Sistemas Trifásicos
Conexão Y Balanceadas
9
Ean
Ean =
0º V
Ebn
Ebn =
− 120º V
Ecn
Ecn =
120º V
3 Ean
Eab =
30º V
3 Ebn
Ebc =
− 90º V
3 Ecn
Eca = /
150º V
E
I = an
a Z Y
Ebn
Ib =
ZY
Ecn
Ic =
ZY
Eab
I AB =
Z∆
Ebc
I BC =
Z∆
Eca
I CA =
Z∆
I = 3 I AB
− 30º
10
3 I BC
Ib =
− 150º
3 I CA
Ic =
90º
S3φ = 3 VL I L = 3V f I L
11
3. SISTEMA DE UNIDADE P.U. (POR UNIDADE)
Uma quantidade no sistema P.U. é definida pela razão entre o valor real de
uma grandeza e o valor base da mesma grandeza, selecionado como referencia,
isto é:
Observe que:
A quantidade em P.U. é admensional
Valor base é sempre um numero real
O ângulo do valor em P.U. é sempre o mesmo do valor verdadeiro.
V1 = 126 KV
V2 = 109 KV
V3 = 120 KV
V = ZI
S = VI *
P = XI 2
Q = XI 2
S = P + jQ
Basta, então, escolher como base, apenas duas dessas grandezas. É comum,
em sistema de potência, escolher como bases a tensão (Vbase) e a potência
12
aparente (Sbase), ficando, conseqüentemente, fixadas as bases de corrente e de
impedância para o nível de tensão correspondente.
Sistema Monofásico
Sbase
Sbase = Vbase . I base → I base =
Vbase
Sistema Trifásico
13
Sb (3φ ) = 3 Sb (1φ )
Sbase
I base =
3Vbase
Vbf
Z base =
I bf
I bf = I base
Vbase = 3 Vbf
Vbase V 2base
Z base = Z base =
3 I base Sbase
Exemplo: Um sistema de potencia trifásico, tem como 100 MVA e 230 KV.
Determinar:
a) Corrente base
b) Impedância base
c) Admitância base
d) Corrente I = 502,04 A em P.U.
e) Impedância Z = 264,5 +j 1058 Ω em P.U.
f) Em P.U., a impedância de uma linha de transmissão de 230 Kv
com 52,9 Km de comprimento, tendo 0,5 Ω /Km por fase.
14
Mudança de base de uma grandeza (Impedância)
2
Vbase velha Sbase nova
Z pu novo = Z pu velho
Vbase nova Sbase velha
15
Exemplo: Considerando o diagrama unificar abaixo calcule a corrente na carga e
a corrente fornecida pelo gerador.
Vbase1 = 13,8 KV
Vbase 2 = 138 KV
Vbase 3 = 13,8 KV
Vbase 4 = 18 KV
16
4. TRANSFORMADORES
Transformador ideal
E1 N1 I1 N 2
= =
E2 N 2 I 2 N1
S1 = E1 I1* = E2 I 2* = S 2
Transformador defasador
Este transformador pode ser utilizado para o controle dos fluxos de potência
ativa nas LT’s.
A relação de transformação é um numero complexo expresso por a = e j φ .
A tensão e a corrente no lado primário são respectivamente
E1 = a E 2 = e j φ E 2
I1 = e j φ I 2
onde se pode observar que
17
− As magnitudes das correntes e tensões não são modificadas.
S1 = E1 I 1* = E 2 I 2*
YY, Y , Y,
a)
18
VT ? VbT ?
VT = ZT I = 0,08 . 1,0 º = 0,08 º pu
90º − 36,87 53,13
b)
Num transformador nós temos AT, MT e BT, ou seja, três tensões diferentes.
No sistema pu
I ATpu = I MTpu + I BTpu
19
Autotransformadores
Onde Vno min al 1 e Vno min al 2 são as tensões nominais dos lados primário e
secundário do transformador, respectivamente, e at é suposto um numero real ou
complexo.
Supondo ainda que as tensões base selecionadas satisfazem a relação.
20
Se at = b
Vbase 1 = bbase 2
c =1
definido C = at / b, obtem − se O segundo trafo sai
at
Vno min al 1 = b Vno min al 2 = bc Vno min al 2
b
21
V nomiinal 1 13,8KV
at = = = 0,04 = b
Vno min al 2 345KV
500 MVA
Z eq novo = j 0,10 = j 0,05 pu
1000 MVA
b) Vbase 1 = b ⋅ Vbase 2
Vbase 1 13,8 K
b= = = 0,04
Vbase 2 345K
at 0,0444
c= = = 1,111
b 0,04
1
c Yeq = 1,111 = − j 22,22 pu
j 0,05
1
(1 − c )Yeq = (1 − 1,111) = j 2,222 pu
j 0,05
(c 2
) (
− c Yeq = 1,1112 − 1,111 ) 1
j 0,05
= − j 2,469 pu
Transformadores Reguladores
22
As tensões ajustáveis ∆Van , ∆Vbn e ∆Vcn possuem magnitudes iguais
(denotadas como ∆V ) e estão em fase com as tensões Van , Vbn e Vcn .
O parâmetro correspondente a variação do TAP é:
C = (1 + ∆V ) no caso de um aumento de tensão no lado abc.
C = (1 + ∆V ) se a elevação da magnitude da tensão é no lado a’b’c’.
−1
23
C≈ 1 se o aumento de fase é no lado abc.
α
C≈ 1 se o aumento de fase é no lado a’b’c’.
−α
24
5.FLUXO DE POTÊNCIA
Vi − V j
I ij =
Rij + j X ij
1 VV
Vi 2 − i j (
Sij' =
Rij − j X ij δi − δ j )
25
Denotando a defasagem entre os fasores tensão nas barras i e j como
δ ij = (δ i − δ j ) , a qual é chamada ângulo de potência, ou abertura da LT, e
expandindo a última equação obtém-se:
Rij + j X ij
Sij' =
R +X
2 2
[V
i
2
]
− ViV j (cos δ ij + j sen δ ij )
ij ij
Pij' =
1
R + X ij
2 2
(
RijVi 2 − RijViV j cos δ ij + X ijViV j sen δ ij )
ij
Qij' =
1
R + X ij2
2
(
X ijVi 2 − X ijViV j cos δ ij − RijViV j sen δ ij )
ij
Pij = Pij'
Isto não acontece no caso do fluxo de potência retiva
A potência aparente que flui no ramo shunt relativo a barra i é dada por
*
ViYsh Vi 2 Bc
S shi = Vi I shi
*
= Vi =−j
2 2
− Vi 2 Bc
Qshi =
2
Pij =
1
R + X ij
2 2
(
RijVi 2 − RijViV j cos δ ij + X ijViV j sen δ ij − RijViV j sen δ ij )
ij
Vi 2 Bc
Qij = −
2
+ 2
1
Rij + X ij
2
(
X ijVi 2 − X ijViV j cos δ ij − RijViV j sen δ ij )
Pji =
1
R + X ij
2 2
(
RijV j2 − RijViV j cos δ ji + X ijViV j sen δ ji )
ij
26
V j2 Bc
Q ji = −
2
+
1
R + X ij
2 2
(
X ijV j2 − X ijViV j cos δ ji − RijViV j sen δ ji )
ij
ViV j
Pij = sen δ ij Pji = Pij
X ij
Qij =
1
X ij
(
Vi 2 − ViV j cos δ ij )
Q ji =
1
X ij
(
V j2 − ViV j cos δ ij )
PL = Pij + Pji
QL = Qij + Q ji
27
5.1.FLUXO DE POTÊNCIA CC
( )
Sij = Pij + j Qij = Vi 2 − ViV j cos δ ij − jViV j sen δ ij (g ij + jbij ) − jV j2bsh
*
Supondo que:
δ ij ≅ 0
Vi = V j = 1,0 pu
X ij >> Rij Rij ≈ 0
então
g ij = 0
− X ij 1
bij = =−
R +X2
ij
2
ij X ij
cos δ ij = 1,0
sen δ ij = δ ij
Portanto:
δi − δ j
Pij =
X ij
em geral Pi = Pij
ou em forma matricial
P = Bδ
PN BN 1 BNN δN
28
Seqüência p/ o cálculo
construção da matriz B’
( n −1)
1
Bij Quando i = j =
j =0 X ij
j ≠i
−1
Quando i ≠ j =
X ij
29
5.2.FLUXO DE POTÊNCIA C.A.
Si* n
= YikVk
Vi* k =1
ou
n
Si* = Vi* YikVk
k =1
ou
n
Vi Vk
Si* = Yik
δi k =1
δk
n
Vk
Si* = Vi Yik
k =1
δ ki
onde δ ki = δ k − δ i
n
Pi (Viδ ) = Vi (Gik cos δ ik + Bik sen δ ik )Vk
k −1
n
Q(V1δ ) = Vi (Gik sen δ ik − Bik cos δ ik )Vk
k =1
YV = I
30
onde I representa o equivalente modal das correntes injetadas e é calculado
de:
Si*
Ii =
Vi*
31
da tensão modal são calculados através da solução das equações da rede
elétrica; portanto para uma barra de carga.
( ) ( ) ( )
Siesp = Pgiesp − Pdi + j Qgiesp − Qdi = Vi I i*
esp
32
Nessas equações é suposto que Vi é a tensão calculada na iteração r. o
critério de convergência mais comumente utilizado na pratica é:
Uma das técnicas mais simples para resolver equações não lineares é o
método de Gauss-seidel. Para estabelecer o algoritmo iterativo correspondente a
esta técnica considere que o sistema de equações a ser resolvido é expresso
como
f1 ( x1 , x2 , x3 ,..., xn ) = 0
f 2 ( x1 , x2 , x3 ,..., xn ) = 0
f ( x ) f 3 ( x1 , x2 , x3 ,..., xn ) = 0
f n ( x1 , x2 , x3 ,..., xn ) = 0
x1 = F1 (x1 , x2 , x3 ,..., xn )
x2 = F2 ( x1 , x2 , x3 ,..., xn )
x3 = F3 ( x1 , x2 , x3 ,..., xn )
xn = Fn ( x1 , x2 , x3 ,..., xn )
(
X V = F X V −1 )
33
onde V é o número da iteração corrente;
X V − X V −1 ≤∈
(
x3V = F3 x1V , x2V , x3V −1 ,..., xnV −1 )
A convergência do método de Gauss-seidel pode se tornar ainda mais rápida
se forem utilizados fatores de aceleração adequados. Apesar de existirem muitas
estratégias de solução alternativas, na prática a seguinte extrapolação linear é a
mais freqüentemente utilizada: definindo o incremento na variável xi entre duas
iterações como:
V
xiac = xiV −1 + α∆xiV
2 x1 + x1 x2 − 1 = 0
2 x2 − x1 x2 + 1 = 0
(
xiV = Fi x1V −1 ,..., xVn −1 )
34
Aplicação no problema de fluxo de potência
n
Si* = Pi − jQi = Vi* Yik (Vk ) i = 1,2,..., n
k =1
ou
Pi − jQi
= Yi1V1 + Yi 2V2 + ... + YinVn
Vi*
1 Pi − jQi n
V1 = − YikVk i = 1,2,...n
Yii Vi* k =1
k ≠i
− Barras PQ: Desde que para este tipo de barra a injeção de potência
esp
complexa Si é especificada e a tensão complexa Vi é
desconhecida, as equações que caracterizam as barras de
carga são
1 Pi esp − jQiesp n
Vi novo
= * antigo
− YikVkatual
Yii Vi k =1
k ≠i
− Barras PV: Para uma barra PV, a injeção de potência ativa Pi esp e a
magnitude da tensão Vi ESP são especificadas, o ângulo da
tensão δinovo a injeção de potência reativa Qinovo são
desconhecidos. Estes podem ser calculados considerando
inicialmente a equação.
35
1 Pi esp − jQicalc n
Vi novo = * antigo
− YikVkatual i = 1,2,...n
Yii Vi k =1
k ≠i
Vi valv
Vi calc =
δ ivalv
( )
Vi ace (k ) = α Vi novo (k ) − Vi velho(k −1) + Vi velho (k −1)
36
demasiadamente altos ou baixos) pode levar à violações desta restrição de
desigualdade no processo iterativo. O procedimento adotado para o tratamento
deste tipo de restrição de potência consiste no seguinte:
Teste de convergência
37
−j j
Ybarra =
j −j
38
6.COMPENSAÇÃO DE POTÊNCIA REATIVA
Para analisar como flui a potência reativa num sistema, considere as fórmulas
do fluxo de potência numa LT sem perdas, isto é, com resistência desprezível.
VV
Pij = i j sen δ ij
X ij
Qij =
Vi
(Vi − V j cos δ ij )
X ij
Sempre que entre dois pontos de uma LT existir uma diferença escalar de
tensões, haverá um fluxo de potência reativa do ponto de maior tensão para o de
menor tensão. Em outras palavras, sempre que em uma barra houver deficiência
de potência reativa, esta deverá ser fornecida através das linhas que nela incidem
e assim a tensão na barra deverá se reduzir.
Reciprocamente, quando em uma barra houver excesso de reativo (por
exemplo, devido ao chaveamento de um banco de capacitores) a tensão na barra
deverá se elevar.
39
Concluir-se então, que a tensão em uma barra pode ser controlada injetando-
se nela uma potência reativa de sinal conveniente (usando-se banco de
capacitores ou reatores eventualmente disponíveis).
Máquinas síncronas
40
Bancos de capacitores e indutores
∗ Reatores shunt: são projetados para consumir potência reativa gerada por
linhas descarregadas. Estes equipamentos são comumento instalados em
pontos selecionados ao longo das LT’s de extra alta tensão, de cada fase ao
neutro. Os indutores absorvem potência reativa e reduzem as sobretensões
durante os períodos de carga leve. Eles também reduzem as sobretensões
transitórias resultantes de surtos de chaveamentos. Entretanto, sob condições
de plena carga é necessário remover seu efeito da LT a fim de que a
capacidade de carregamento da mesma não seja reduzido.
41
O esquema de compensação de uma LT e seu correspondente circuito
equivalente são abaixo.
Onde:
− NC é a quantidade de compensação reativa série expressa em percentagem
(%) da impedância de seqüência positiva da LT.
Outros Equipamentos
42
de carga pesada. Através do controle automático dos tiristores as
flutuações de tensão minimizadas e a capacidade de carregamento é
aumentada.
R + J wl
Z0 =
G + wc
L
Z0 =
C
(VL / 3)
IL =
Z0
2
VL V
SIL = 3 VL I L = 3 VL = L [W ] C arg a Re sistiva
3 Z0 Z0
A SIL pode ser interpretada como a carga de fator de potência unitário que
faz com que os MVAr gerados na caracitância Shunt da LT compensem
extremamente as perdas de MVar na reatância indutiva série.
Para valores abaixo do SIL (linhas de descargas) haverá um saldo de
geração de MVAr acima do SIL (linhas carregadas) haverá excesso de perdas
MVAr na linha.
- Cabos: Devido a sua alta capacitância e pelo fato de que o limite térmico de
condução de corrente é muito menor que a SIL, estes equipamentos atuam como
geradores de potência reativa.
43
Exemplo: O circuito da figura abaixo representa uma carga sendo alimentada
através de LT de 525KV compensada com reatores sem taps. Determine
como se deve compensar a linha utilizando um compensador shunt no lado
da carga, sob condições de cargas mínimas (3,0 -j1,0 pu) e máxima (6,0 +j
1,0 pu) para operar a linha plana em 0,95 pu.
44
7.CURTO – CIRCUITO
Componentes simétricos
Teorema de Fortescue
2π
σk = k
n
45
Seqüência zero: É o conjunto de n fatores Vao Vbo Vco,..., Vno de mesmo modulo
e em fase, girando no mesmo sentido e velocidade síncrona do sistema original
de n fases.
Va1 = 1
0º
Vb1 = 1
− 120º⋅Va1
Vc1 = 1
− 240º⋅Va1
46
Va1 = Vb1 = Vc1
a= 1
120º
Então, Va1 = 1
0º
Vb1 = a ⋅ Va1
2
Vc1 = a ⋅ Va1
Va2 = 1
0º
Vb2 = a ⋅ Va2
Vc2 = a 2 ⋅ Va2
47
Sistema trifásico de seqüência zero
Na forma matricial,
Va 1 1 1 Va0
Vb = 1 a a2
Va1
2
Vc 1 a a Va2
48
Representado a matriz T, tem-se
1 1 1
T = 1 a2 a
1 a a2
Na forma matricial
Va0 1 1 1 Va
Vb1 = 1 1 a a2 Vb
3
Vc2 1 a2 a Vc
1 1 1
T =1
−1
1 a a2
3
1 a2 a
Ia 1 1 1 Ia0
Ib = 1 a a 2
Ia1
2
Ic 1 a a Ia2
Ia0 1 1 1 Ia
Ia1 = 1 1 a a 2
Ib
3
2
Ia2 1 a a Ic
49
Obs:
Ia0 = 1 ( Ia + Ib + Ic)
3
Gerador síncrono
50
Va1 = Ea1 − jx" d ⋅ Ia1
Ia2 -> Corrente de seqüência negativa que sai pela fase “a” do gerador.
51
X0 -> Reatância de seqüência zero.
Va0 -> Tensão de seqüência zero da fase “a” em relação ao neutro do gerador
síncrono.
Ia0 -> Corrente de seqüência zero que sai pela fase “a” do gerador síncrono.
Motor síncrono
52
Motor assíncrono
Onde,
Em -> tensão por fase nos terminais do motor de indução antes do defeito.
Transformador
53
Impedância de seqüência positiva
Como, por definição, a corrente de seqüência zero nas três fases são
iguais, as mesmas só poderão existir se houver possibilidade de retorno através
de um circuito fechado.
A impedância de seqüência zero (Z0) vai depender do tipo de
transformador, da forma do seu núcleo magnético e do tipo de conexão das
bobinas primaria e secundaria.
Abaixo temos os circuitos equivalentes por fase de seqüência zero de
transformadores trifásicos de núcleo envolvente e de banco de transformadores
monofásico.
54
Abaixo temos os circuitos equivalentes, por fase, de transformadores
trifásicos de núcleo envolvente com três enrolamentos
55
Abaixo temos os circuitos equivalentes, por fase, de transformadores
trifásicos de núcleo envolvente com três enrolamentos
56
Linha de transmissão
Z2 = Z1
57
Impedância de seqüência zero
Z 0 LT = 2a 6 Z1 LT
58
Curto – circuito trifásico
Portanto:
a) As correntes de seqüência
b) As correntes verdadeiras
59
Pela figura acima conclui-se que
Va = 0
Ib = Ic = 0
Ia = 0
Vb =Vc
Ib + Ic = 0
60
Os modelos de seqüência positiva e negativa deverão ser ligados em
paralelo para o curto – circuito bifásico.
Ia = 0
Vb =Vc = 0
Ib + Ic = 3Ia0
61
Exemplo: O gerador síncrono é o mesmo do exemplo da pagina 59. O gerador
está girando a vazio com tensão nominal nos seus terminais e ocorre
um CC bifásico-Terra nas fases B e C.
Determinar:
a) As correntes de seqüência
b) A corrente que passa pela terra
62
8. ESTABILIDADE EM SISTEMAS DE POTÊNCIA
63
1. Somente correntes e tensões na freqüência síncrona são consideradas nos
enrolamentos ao estator e no sistema de potência. Conseqüentemente,
correntes CC de ajuste e componentes harmônicas são desprezadas.
2. Componentes simétricos são usadas na representação e fruta
desequilibradas.
3. A tensão gerada é considerada não afetada pelas variações de velocidade
da máquina.
J d 2 σm
= Ta = Tm − Te [ Nm]
dt 2
Onde:
J = Momento de inércia total das massas do rotor, em Kgm2.
σm = Deslocamento angular do rotor com respeito a um eixo estacionário, em
radianos.
t = Tempo em segundos
Tm = Torque do eixo ou torque mecânico suprido pela máquina primária
menos o torque de retardo devido as perdas rotacionais em Nm.
Te = Torque elétrico ou eletromagnético resultante em Nm.
Ta = Torque de aceleração resultante em Nm.
64
síncrona é de interesse, é mais conveniente medir a posição angular do rotor com
respeito a um eixo de referencia que gira em velocidade síncrona.
σm = ωsm+δm
Onde:
dσ m dδ m
= ω sm +
dt dt
dσ m dδ m
é a constante e igual a velocidade síncrona somente quando é
dt dt
zero.
dδ m
Portanto representa o desvio de sincronismo da velocidade e as
dt
unidades de medida são radianos mecânicos por segundo.
A aceleração do rotor é medida em radianos por segundo ao quadrado é
representada por:
d 2σm d 2δm
=
dt 2 dt 2
Substituindo na equação
Jd 2σm
= Ta = Tm − Te [ Nm]
dt 2
Fica
Jd 2δm
= Ta = Tm − Te
dt 2
65
Pe – é a potência elétrica no entreferro
Pa – é a potência de aceleração que leva em conta qualquer desequilíbrio
entre as duas quantidades.
d 2δm
M = Pa = Pm − Pe [ w]
dt 2
1 Jω 2 sm 1 Mω m
H= 2 = 2
S S
[ MJ / MVA]
Smaq Smaq
Substituindo na equação
d 2δm
M = Pa = Pm − Pe [W ]
dt 2
Temos
2 H d 2δ
= Pa = Pm − Pe [ pu ]
ω S dt 2
2 Hdω
= Pm − Pc ( p.µ .)
ωs dt
dδ
= ω − ωs
dt
66
Potencia sincronizante e freqüência de oscilação
Diagrama fatorial
EV
Pe = sen δ onde xeq = x' d + xe
Xeq
2 H d 2δ
= Pm − Pe ( pu )
ω dt 2
2 H d 2δ EV
= Pm − sen δ
ω dt 2
Xeq
ou
d 2δ EV
M 2
= Pm − sen δ
dt Xeq
EV
= P max
Xeq
67
d 2δ
M = Pm − P max sen δ
dt 2
Peo δ =δ 0
δ = δ 0 + ∆δ
Então
EV
Pe = Peo + ∆P = sen(δ 0 + ∆δ )
Xeq
EV EV
= = sen δ 0 cos ∆δ + cos δ 0 sen ∆δ
Xeq Xeq
68
EV
Tomando-se P max =
Xeq
Então
∆P = ( P max cos δ 0 )∆δ
Onde
Ps = P max cos δ 0
d2
M (δ 0 + ∆δ ) = Pm − Peo − Ps∆δ
dt 2
d 2 (∆δ )
M = Pm − Peo − Ps∆δ
dt 2
d 2 (∆δ )
M = − Ps∆δ
dt 2
d 2 (∆δ )
ou M + Ps∆δ = 0
dt 2
69
Ps EV cos δ 0 ω S Ps
ωosc = = ou
M Mxeq 2H
1 EV cos δ 0 1 ω S Ps
fosc = ou
2π MXeq 2π 2H
2 H d 2δ
= Pm − Pe = Pa (δ )
wr dt 2
dδ
Multiplica-se a equação por , obtem – se
dt
2 H d 2δ dδ dδ
2
= Pa (δ )
wr dt dt dt
ou
2
H d dδ dδ
= Pa (δ )
wr dt dt dt
2
H d dδ dδ
t
to dt = t
to Pa (δ )
wr dt dt dt
70
δ
dδ wr
= Pa(δ ) dδ
dt H δ0
dδ
w − wr = w (desvio da velocidade em relação a velocidade síncrona)
dt
Pa (δ max) ≤ 0
δ max
Pa (δ ) dδ = 0
δ0
δ max
Pa (δ )dδ = 0
δ0
δ max
[ Pm − Pe(δ )] dδ = 0
δ0
δ1 δ max
[ Pm − Pe(δ )]dδ − [ Pm − Pe(δ )]dδ = 0
δ0 δ1
δ1 δ max
[ Pm − Pe(δ )]dδ = [ Pe(δ ) − Pm]dδ
d δ1
71
A condição de limite de estabilidade aconteceria para uma perturbação tal
que
Aacel = Adesacel
δ max =π − δ 1= δm
Considere o SEE
Circuito equivalente
Situação de operação:
EV00
Pm0 = Pe0 = sen δ 0
Xeq0
XL
Xeq0 = x' d + 2 xt +
2
72
Ev00
Pe1 = sen δ
Xeq1
Determinação de Xeq1
73
Caso 2: Estudar as implicações da ocorrência de um CC trifásico na metade de
uma LT, eliminando posteriormente pelo desligamento total da LT afetada.
Situação de operação
EV00
1. Antes do defeito Pe0 (δ ) = sen δ
Xeq0
EV
2. Durante o defeito Pe1 (δ ) = 00 sen δ
Xeq1
EV
3. Pós defeito Pe2 (δ ) = 00 sen δ
Xeq2
Circuitos equivalentes
= Antes de defeito
= Durante o defeito
= Pós - defeito
74
Xeq2 = x' d + 2 xt + XL
Xeq1 > Xeq2 > Xeq0
P max 0 > P max 2 > P max1
δc
Aacel = [ Pm − Pe1 (δ )] dδ
δ0
δ max
Adesacel = [ Pe2 − Pm] dδ
δc
Determinação do ângulo δ cr
EV00
Pe0 = sen δ = P max sen δ
Xeq0
EV00
Pe1 = sen δ
Xeq1
EV00
Pe2 = sen δ
Xeq2
75
Xeq0
Pe2 = P max sen δ
Xeq2
Então:
δc δ max
[ Pm − r1 P max sen δ ] dδ = [r2 P max sen δ − Pm] dδ
δ0 δc
1 Pm
δcr = cos −1 (δ 0 − δµ ) + r1 cos δ 0 − r2 cos δµ
r1 − r2 P max
Onde
xeq0 xeq0
r1 = r2 =
xeq1 xeq2
EV
P max = Pm = P max sen δ 0
xeq0
Pm π
δ 0 = sen −1 <
P max 2
Pm π
δµ = sen −1 2
>
r P max 2
2M Pm t 2cr
tcr = (δcr − δ 0 ) δcr = δ 0 +
Pm 2M
76
Exemplo: Considere o see abaixo. Os parâmetros e valores nominais são S =
415MVA, FP = 0,9, XL = 0,7, Xt = 0,12, x’d = 0,3 e H = 5,0s. Todas as
reatâncias estão em pu da potência nominal da máquina. Suponha que
o sistema esteja operando em regime permanente com V1 = 1,02 pu,
V00 = 1,0pu e fornecendo 343MW a barra infinita, o que acontecerá com
o comportamento dinâmico do sistema se A LT “c” for desligada
permanentemente nestas condições de operação.
77