Planejamento Da Produção Florestal - AULA05

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07/07/2023

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ


GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA FLORESTAL

PLANEJAMENTO DA
PRODUÇÃO
FLORESTAL
INTRODUÇÃO

Curitiba
2023

TÓPICO 5

PROGNOSE DA PRODUÇÃO
FLORESTAL

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07/07/2023

SUMÁRIO
 Modelagem do volume do povoamento;

 Modelo de Clutter;

 Função de Weibull de densidade probabilística.

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VOLUME DO POVOAMENTO

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VOLUME DO POVOAMENTO
TABELA OU EQUAÇÃO DE VOLUME DO POVOAMENTO

■ Fornece estimativas da produção por unidade


de área (m³/ha);
■ Volume por área (𝑉) em função de variáveis da
parcela (𝐺, 𝑑𝑔, ℎ);
■ Geralmente, a variável dependente e as
covariáveis apresentam correlação alta;
■ Após obtido o modelo, elimina-se a
necessidade de estimativa por indivíduo.

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VOLUME DO POVOAMENTO
RELAÇÕES VOLUME E ÁREA BASAL ESTIMADAS AO QUINTO E AO OITAVO
ANO DE IDADE EM POVOAMENTOS DE TECA (PELISSARI 2015)

𝑅 . = 0,994
𝑆 = 1,38%

𝑅 . = 0,938
𝑆 = 5,24%

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VOLUME DO POVOAMENTO
EXEMPLOS DE MODELOS DE VOLUME DO POVOAMENTO
Função Modelo
𝑉 = 𝛽 + 𝛽 𝐺 + 𝜀̂
𝑉 = 𝛽 + 𝛽 𝐺² + 𝜀̂
𝑉 = 𝑓(𝐺)
log(𝑉 ) = 𝛽 + 𝛽 log(𝐺) + 𝜀̂
log(𝑉 ) = 𝛽 + 𝛽 log(𝐺²) + 𝜀̂
𝑉 = 𝛽 + 𝛽 𝐺. ℎ + 𝜀̂
𝑉 = 𝑓(𝐺, ℎ)
𝑉 = 𝛽 + 𝛽 𝐺 + 𝛽 ℎ + 𝛽 𝐺. ℎ + 𝜀̂
𝑉 = 𝛽 + 𝛽 𝐺. ℎ + 𝜀̂
𝑉 = 𝑓(𝐺, ℎ, ℎ ) 𝑉 = 𝛽 + 𝛽 𝐺. ℎ + 𝛽 𝐺. ℎ + 𝜀̂
log(𝑉 ) = 𝛽 + 𝛽 log(𝐺². ℎ ) + 𝜀̂

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VOLUME DO POVOAMENTO
ATIVIDADE 8
Tema: Ajuste de modelos de volume do povoamento

Base de dados: dados_atividade8.xls

Etapas:
1. Organizar a base de dados;
2. Separar 80% árvores do conjunto de dados para ajuste;
3. Ajustar os modelos de volume do povoamento;
4. Calcular as estatísticas de ajuste;
5. Construir gráficos de resíduos;
6. Validar o melhor modelo.

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MODELAGEM DA
PRODUÇÃO FLORESTAL

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SUMÁRIO
 Modelos de crescimento e produção (growth and yield
models);

 São modelos que fornecem um mecanismo para descrever o


crescimento de variáveis dendrométricas e do povoamento, bem
como para projetar a produção em um horizonte de planejamento
e prever os fluxos de volume e outros recursos ao longo do tempo;

 Variam conforme os objetivos no manejo, os dados requeridos, a


carga computacional e as projeções preditas;

 Modelos excessivamente complicados não são necessariamente


melhores do que modelos que utilizam uma abordagem mais
simples.

(Kershaw et al. 2017)

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FUNÇÕES DE CRESCIMENTO E PRODUÇÃO


CLASSIFICAÇÃO
Floresta
Nível de Povoamento I, S, G ou N

Classe Diamétrica dmin , dmax , dq


Modelos

Árvores Individuais Competição

Árvore

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FUNÇÕES DE CRESCIMENTO E PRODUÇÃO


MODELOS DE PRODUÇÃO EM NÍVEL DE POVOAMENTO
 PRINCIPAIS COVARIÁVEIS

1º IDADE 2º SÍTIO 3º DENSIDADE

N, G, dg, ...
Curva sigmoidal, assintótica, Um valor assintótico Para mesmo sítio,
ponto de inflexão e ponto de por sítio diferentes densidades
máxima tangência possuem mesma assíntota,
mas diferentes pontos de
inflexão e máxima
tangência
Fonte: adaptado de Scolforo (2006).

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FUNÇÕES DE CRESCIMENTO E PRODUÇÃO


MODELO DE CLUTTER (1963)
Sistema de equações:

ln 𝑌 = 𝛽 + 𝛽 + 𝛽 𝑆 +𝛽 ln 𝐺

𝐼 𝐼 𝐼
ln 𝐺 = ln 𝐺 +𝛼 1− +𝛼 1− 𝑆
𝐼 𝐼 𝐼

 𝛼 do termo 1 − 𝑆 pode ser não-significativo quando o efeito do


sítio não for expressivo.

 𝛽 do termo DEVE ser negativo para que haja consistência nas


estimativas.

 ln 𝐺 possui coeficiente restrito ao valor igual a 1.

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FUNÇÕES DE CRESCIMENTO E PRODUÇÃO


MODELO DE CLUTTER (1963)
Equação para prognose:

Sendo:
ln 𝑌 =𝛽 +𝛽 + 𝛽 𝑆 +𝛽 ln 𝐺

𝐼 𝐼 𝐼
Em que: ln 𝐺 = ln 𝐺 +𝛼 1− +𝛼 1− 𝑆
𝐼 𝐼 𝐼

Então:
ln 𝑌 =𝛽 +𝛽 + 𝛽 𝑆 +𝛽 ln 𝐺 +𝛽 1− +𝛽 1− 𝑆

Em que: 𝛽 = 𝛽 .𝛼 e 𝛽 = 𝛽 .𝛼

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FUNÇÕES DE CRESCIMENTO E PRODUÇÃO


ATIVIDADE 9
Tema: Ajuste do modelo de crescimento e produção de Clutter (1963)

Base de dados: dados_atividade9.xls

Etapas:
1. Ajustar o sistema de equações de Clutter (1963);
2. Avaliar a qualidade do ajuste;
3. Estimar o crescimento e a produção e projetar as curvas, para:
 S1 = 30 # Sítio de alta qualidade
 S2 = 25 # Sítio de media qualidade
 S3 = 20 # Sítio de baixa qualidade
 G1 = 3 # Área basal inicial
 I1 = 20 # Idade inicial em meses
 I2 = 70 # Idade final em meses

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DISTRIBUIÇÃO DIAMÉTRICA

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DISTRIBUIÇÃO DIAMÉTRICA
• Distribuição diamétrica: expressa o numero de árvores (frequência) por
unidade de área (como hectare), ou em termos absolutos ou relativos, em
função de classes de diâmetro.
• Sinônimos: Distribuição de diâmetros, Estrutura diamétrica, Distribuição
de frequências, Agrupamento de árvores em classes de diâmetro.

Densidade de frequência = Frequência relativa = Densidade X Intervalo de classe


Área do retângulo acima do
ponto central Frequência absoluta = Frequência relativa X
Número de observações

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DISTRIBUIÇÃO DIAMÉTRICA
FORMAS DAS DISTRIBUIÇÕES
a) Unimodal e simétrica c) Assimétrica negativa e) Quanto à curtose
ou à esquerda
Moda
Leptocúrtica
Mediana

Média Mesocúrtica

Platicúrtica

Média = Mediana = Moda Média < Mediana < Moda

b) Bimodal ou multimodal d) Assimétrica positiva f) Crescente e decrescente


Moda
ou à direita
Moda
Moda Decrescente Crescente

Mediana

Média

Média > Mediana > Moda

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FUNÇÕES DE DENSIDADE PROBABILÍSTICA


• Diversas funções utilizadas na estatística são empregadas
para descrever a distribuição de frequências em classes de
diâmetros de florestas.

• Essas funções são conhecidas como funções de densidade


de probabilidade (f.d.p.).

• Exemplos: Normal, Log-normal, Gamma, Beta, Weibull, Sb de


Jonhson, entre outras.

• Diversos métodos de ajuste: Momentos; Percentis; Máxima


verossimilhança; e Otimização dos parâmetros (regressão
não-linear).

• Nem todo método se aplica para todas as funções

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FUNÇÕES DE DENSIDADE PROBABILÍSTICA


Weibull 3 Parâmetros
 x a 
c
c 1   b 
c  xa 
f (x )    e
b b 

Em que: a = parâmetros de localização (menor diâmetro); b e c = parâmetros de


escala e forma da distribuição.

MÉTODO DOS PERCENTIS:

𝑎 = mínimo diâmetro ou menor, como 60% do mínimo

𝑋𝑝1 − 𝑎 − log 1 − 𝑝1
𝑏= log
[− log 1 − 𝑝1 ] / − log 1 − 𝑝2
𝑐̂ =
𝑋𝑝1 − 𝑎
log
𝑋𝑝2 − 𝑎
, sendo X𝑝1 = diâmetro percentil a 30% (𝑝1), e
X𝑝2 = diâmetro percentil a 90% (𝑝2).

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FUNÇÕES DE DENSIDADE PROBABILÍSTICA

Comportamento das curvas da distribuição WEIBULL 3P

a=0 a = 20 a = 40

Variando parâmetro Locação (a)

Com,
Escala (𝑏) = 40
Forma (c) = 3,6

Batista (1989)

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FUNÇÕES DE DENSIDADE PROBABILÍSTICA


Comportamento das curvas da distribuição WEIBULL 3P

b = 20
a = 40
c = 3,6 Variando parâmetro Escala (b)

b = 40 b = 10
a=0 a = 80
c = 3,6 c = 3,6

Batista (1989)

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FUNÇÕES DE DENSIDADE PROBABILÍSTICA


Comportamento das curvas da distribuição WEIBULL 3P

c = 0,5
a=0 c=2 c = 3,6 Variando parâmetro Forma (c)
b = 20 a=0 a = 10
b = 30 b = 50
c = 12
a = 50
b = 80

c=1
a=0
b = 20

Batista (1989)

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(Kershaw et al. 2017)

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FUNÇÕES DE DENSIDADE PROBABILÍSTICA


TESTE DE ADERÊNCIA
■ Teste de Kolmogorov-Smirnov (1933, 1939)
 Teste KS ou teste K-S;
 Teste não-paramétrico sobre a igualdade de distribuições
de probabilidade contínuas;

Estatística KS Andrey Nikolaevich


Máxima diferença absoluta Kolmogorov

Função distribuição
normal acumulada
𝐻 : distribuição normal
Função distribuição
empírica acumulada
𝐻 : não há distribuição normal

Nikolai Vasilyevich
Smirnov

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FUNÇÕES DE DENSIDADE PROBABILÍSTICA


TESTE DE ADERÊNCIA
■ Teste de Kolmogorov-Smirnov (1933, 1939)
 Máxima diferença: dist. acumulada estimada – F(x) e
dist. acumulada observada – S(x):

𝐷 = 𝑚𝑎𝑥 𝐹( ) − 𝑆( )

 Comparação com valor crítico:

1,36
𝐷 í ( , ) =
𝑛 𝐻 : há aderência (não−significativo)
1,63 𝐻 : não há aderência (significativo)
𝐷 í ( , ) =
𝑛

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FUNÇÕES DE DENSIDADE PROBABILÍSTICA


ATIVIDADE 10
Tema: Ajuste de funções de densidade probabilística de Weibull 3P

Base de dados: dados_atividade10.xls

Etapas:

1. Construir histogramas de frequência por meio do método de


Sturges.
2. Ajustar a função Weibull 3P.
3. Aplicar o teste de aderência de Kolmogorov-Smirnov ao nível de
5% de probabilidade;
4. Avaliar a qualidade dos ajustes;
5. Simule desbastes.

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