Estatística

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Se os dados são de tipo qualitativo, na tabela de frequências a informação é organizada, de

um modo geral, em 3 colunas: coluna das categorias ou classes – onde se indicam


as categorias observadas para a variável em estudo; coluna das frequências absolutas – onde
se regista o total de elementos da amostra que pertencem a cada categoria e coluna das
frequências relativas – onde se coloca, para cada categoria, a sua frequência relativa. Nesta
última coluna, as frequências relativas podem ser substituídas pelas percentagens.

Tipos de distibuicao de frequencias

A frequência relativa

A frequência relativa é a divisão entre o número de vezes que um dado


específico se repete, pela quantidade total de dados.

A frequência relativa compara a quantidade de respostas de um dado


específico, com a quantidade total de respostas coletadas em uma pesquisa
estatística. Esta comparação entre uma parte das respostas em relação ao todo
é feita através de uma divisão.

Por exemplo, a seguinte amostra que resultou de observar a variável “Cor dos olhos” em 20
alunos de uma turma

Castanhos, Pretos, Castanhos, Azuis, Castanhos, Castanhos, Pretos, Castanhos, Verdes,


Castanhos, Pretos, Castanhos, Azuis, Castanhos, Castanhos, Pretos, Pretos, Castanhos, Pretos,
Pretos

pode ser resumida na seguinte tabela de frequências:

Tabela de frequências para dados de tipo quantitativo discreto

Se os dados são de natureza quantitativa discreta, as classes são os diferentes valores que
surgem no conjunto dos dados. Na tabela de frequências para estes dados a informação é
organizada, no mínimo, em 3 colunas: coluna das classes– onde se indicam todos os valores
distintos que surgem na amostra, que representamos por ; coluna das frequências
absolutas – onde se regista o total de elementos da amostra que pertencem a cada classe (ou
número de vezes que cada valor x∗ixi∗; surge na amostra) e coluna das frequências relativas
(ou percentagens).

A tabela de frequências pode ainda incluir, mais 2 colunas: a coluna das frequências absolutas
acumuladas – onde, para cada classe, se coloca a soma da frequência absoluta observada
nessa classe com as frequências absolutas observadas nas classes anteriores e a coluna das
frequências relativas acumuladas – onde, para cada classe, se coloca a soma da frequência
relativa observada nessa classe com as frequências relativas observadas nas classes anteriores.
Esta coluna é bastante útil para o cálculo de algumas medidas, como a mediana e os quartis.

or exemplo, a seguinte amostra que resultou de observar a variável Número de irmãos em 20


alunos de uma turma

1210110231110231002212101102311102310022

pode ser resumida na seguinte tabela de frequências:

A partir da tabela anterior verifica-se que a mediana dos dados é 1, o quartil inferior é 0,5 e o
quartil superior é 2.

Convém salientar que as colunas referentes às frequências acumuladas só fazem sentido


em tabelas de frequências onde a variável em estudo se possa ordenar ( no exemplo da tabela
de frequências para dados de tipo qualitativo, apresentado anteriormente, não tem sentido
considerar as frequências acumuladas).

Tabela de frequências para dados de tipo quantitativo contínuo

Se os dados são de natureza quantitativa contínua, consideram-se classes na forma de


intervalos. Sempre que possível estes intervalos devem ter a mesma amplitude.

Na tabela de frequências para dados quantitativos contínuos a informação é organizada, no


mínimo, em 3 colunas: coluna das classes – onde se identificam os intervalos (classes) em que
se subdividiu a amostra; coluna das frequências absolutas – onde se regista o total de
elementos da amostra que pertencem a cada classe e coluna das frequências relativas (ou
percentagens).

A tabela de frequências anterior pode ainda incluir mais 3 colunas: coluna do representante
da classe – onde se indica o ponto médio de cada intervalo de classe (usualmente escolhido
para representante da classe); coluna das frequências absolutas acumuladas e coluna das
frequências relativas acumuladas.

Perante uma amostra de dados contínuos, a metodologia para a organização dos dados não é
única e pressupõe que se tomem algumas decisões no que respeita

 o número de classes

 a amplitude das classes

 o valor a partir do qual se começam a construir as classes

Para obter o número k de classes, um processo que pode ser seguido consiste em começar por
utilizar a regra de Sturges. Uma vez o obtido o número k de classes, considera-se para
amplitude de classe h, um valor arredondado, por excesso, do que se obtém dividindo
a amplitude da amostra por k.

Constroem-se as classes como intervalos semiabertos, fechados à esquerda e abertos à direita


(ou vice-versa, como em PESTANA e VELOSA (2010), página 130), sendo o extremo esquerdo
do primeiro intervalo o mínimo da amostra.

Considere-se a seguinte amostra que resultou de observar a variável Altura em 30 alunos de


uma turma

164 166 170 170 147


131 151 148 173 143 180 167 166 162 160 164 166 170 170 147 131 151 148 173 143 180 167
166 162 160

180 148 158 173 150 159 174 149 158 171 140 164 158 167 160
180 148 158 173 150 159 174 149 158 171 140 164 158 167 160

Utilizando a metodologia descrita, pode-se obter a seguinte tabela de frequências:


Frequência é a quantidade de vezes que uma determinada variável ocorre.

Distribuição de Frequência é uma tabela contendo os dados de acordo com sua frequência.

Em estatística, a distribuição de frequência é um arranjo de valores que uma ou mais variáveis


tomam em uma amostra. Cada entrada na tabela contém a frequência ou a contagem de
ocorrências de valores dentro de um grupo ou intervalo específico, e deste modo, a tabela
resume a distribuição dos valores da amostra.
Tipos de distribuição de frequência

A Distribuição de Frequências pode ser classificada em seguintes:

Frequência Absoluta: É caracterizada pela contagem da ocorrência da variável.

Frequência Acumulada (Absoluta): é o total das frequências de todos valores inferiores ao


limite superior do intervalo de uma dada classe:

Exemplo :

𝑭𝒌=𝐟𝒊(𝒊=𝟏,𝟐,𝟑…𝒌)=𝐟𝟏+𝐟𝟐…+𝐟𝒌

Classe X Frequência Simples -fi Frequência Acumulada -Fi

1 3 ⱶ4 2 2

2 4 ⱶ5 3 5

3 5 ⱶ6 2 7

4 6 ⱶ7 1 8

TOTAL 8

Frequência Relativa: É a proporção do volume da ocorrência da variável com relação ao total,


podendo ser representada por uma fração ou percentual.

Exemplo:

X: 3; 3; 4; 4; 4; 5; 5; 6;

X Frequência Simples -fi Frequência Relativa -fri

3 2 28=0,250

4 3 38=0,375

5 2 28=0,250

6 1 18=0,125

TOTAL 8 1,0
Entretanto quando a variável for contínua poderá ocorrer somente um único valor para
observação:

X: 3,15;3,16;4,21;4,25;4,75;5,81,5,90; 6,00;

X Frequência -fi

3,15 1

3,16 1

4,21 1

4,25 1

4,75 1

5,81 1

5,90 1

6,00 1

Frequência Relativa Acumulada: É a soma das frequências relativas conforme a sequência das
linhas da tabela.

Importância da distribuição de frequência

A Distribuição de Frequências é importante para organização dos dados e observação


do comportamento das variáveis, facilitando assim o processo de análise, sendo base
para as representações gráficas.

O tipo de distribuição que será utilizada pode variar de acordo com a intenção da
análise dos dados, as frequências absolutas são úteis para agrupar dados e assim
facilitar na sua contagem, já a frequência relativa é excelente para fins de
comparação, pois é vista como a proporção que a quantidade absoluta representa no
total.

Por exemplo, se temos a intenção de analisar em duas empresas a representatividade


de mulheres e fazer uma comparação, e eu te disser que na empresa A temos 120
mulheres e na empresa B temos 400, você facilmente me diria que na empresa B a
representatividade de mulheres é maior.
Porém, se levar em consideração que na empresa A temos um total de 340
funcionários e que na empresa B 1500 funcionários, a afirmativa se mantém a
mesma?

A resposta é não, porque na empresa A as mulheres representam aproximadamente


35% dos funcionários e na empresa B, representam 26%.

A Distribuição de Frequências pode ser usualmente apresentada em formato


de tabela, onde se encontra uma coluna com as classes de uma variável, e as
demais colunas com as distribuições desejadas.

Cada tipo de Distribuição possui sua própria notação, e podem ser lidas
conforme a orientação abaixo:

ni: Frequência Absoluta

Ni: Frequência Absoluta Acumulada

fi: Frequência Relativa

Fi: Frequência Relativa Acumulada

100.fi: Frequência Relativa em percentual

Exemplo da Distribuição de Frequências na Prática:


O RH de uma empresa está realizando uma análise para saber se o seu time é
considerado jovem, maduro ou sênior.

E para isso coletou os dados de um time de 20 funcionários como amostra,


organizou em um rol e tomou a seguinte classificação considerando o volume
de cada classe:

De 16 a 30 anos: Jovem

DE 31 a 45 anos: Madura

De 46 a 60 anos: Sênior

Rol = {17,19,20,20,27,29,29,31,31,31,38,39,43,47,51,55,55,57,59,60}

A tabela de Distribuição de Frequências ficará como abaixo:

Classes ni Ni fi Fi 100.fi

16 – 30 7 7 0,35 0,35 35%


31 – 45 6 6 + 7 = 13 0,30 0,30 + 0,35 = 0,65 30%

46 – 60 7 6+7+7= 0,35 0,30 + 0,35 + 0,35 = 35%


20 1

E a partir disso é possível responder o questionamento levantado pelo RH, que


como observado, em sua maioria temos funcionários jovens e seniores.

Referências

1. GRAÇA MARTINS, M. E., LOURA, L., MENDES, F. (2007) – Análise de dados, Texto de apoio
Depósito legal 262674/07.

2. MONTGOMERY, D. C., RUNGER, G. C. (1999) – Applied statistics and probability for engineers.
John Wiley & Sons, Inc. ISBN: 0-471-17027-5.

3. PESTANA, D., VELOSA, S. (2010) – Introdução à Probabilidade e à Estatística, Volume I, 4ª


edição, Fundação Calouste Gulbenkian. ISBN: 978-972-31-1150-7. Depósito Legal 311132/10.

4. VELLEMAN, P.F. (1976) Interactive Computing for exploratory data analysis I: display algorithms,
1975 Proceedings of the Statistical Computing Section. Washington, DC: American Statistical
Association.

para os professores do 1º ciclo, Ministério da Educação, DGIDC. ISBN: 978-972-742-261-6.

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