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1 INTRODUÇÃO
a pesquisa consta que 58,5% tem caráter físico; 10,6% são de ordem psicológica;
8,9% tem base moral e 4,9% conotações sexuais (SEMIRA, 2007, p. 47).
Pesquisa realizada pela fundação Perseu Abramo, em 2002 revelou que a
cada 15 segundos uma mulher é violentada no Brasil (SEMIRA, 2007, p. 47).
Com o passar dos tempos e com a evolução da sociedade em pleno século
XXI muitas coisas mudaram a favor das mulheres, elas abriram mão de todo
compromisso com uma moralidade essencial ou substancial, em favor de uma
pluralidade de códigos morais e de concepções distintas de que seria o bem para si
mesma, então passaram a perceber que também mereciam uma vida digna de
respeito, uma liberdade para suas devidas escolhas, e acima de tudo se amar e
serem amadas por todos que os cercavam.
Segundo Maciel (1997), as mulheres buscam Igualdade destacada na
Constituição Brasileira de 1988 que significa dizer que a lei e sua aplicação tratam a
todos igualmente, sem levar em conta distinções, pois a igualdade constitui o signo
fundamental da democracia, e para a busca da igualdade são feitos vários
movimentos feministas espalhados pelo mundo, sendo uma reinvindicação das
mulheres defendendo seu sexo, sua raça, sua cor e pedindo respeito e liberdade
perante a todos.
2 ANTECEDENTES HISTÓRICOS
Portanto, Gonçalves (2013) afirma que até o século XVIII se tornava uma
tarefa difícil achar pessoas que se casasse sem antes ter tido relações sexuais,
porque naquela época ter filhos era de extrema importância, e a mulher provava
para o homem que era fértil engravidando antes de qualquer acordo e isso era
imposto a toda coletividade, inclusive pela igreja desde que no final terminasse com
a realização de um casamento.
Na visão de Oliveira (2007), com tantas imposições foi se falar em
reinvindicação dos direitos da mulher a partir do século XVIII com o surgimento do
Iluminismo e da Revolução Francesa.
Alves (2016) pontua que no século XIX, a mulher passa a ser a
complementação do homem. No contexto da Revolução Industrial, aumentou o
número de mulheres empregadas em indústrias e fábricas, as mulheres deixavam
de fazer somente os afazeres domésticos e começa a se impor diante a sociedade e
se igualando aos homens. Foi a partir desse momento, que os valores se
consolidaram, de modo que o feminismo ficou mais forte e que as mulheres foram
mais reconhecidas e respeitadas pelo jeito que eram.
No entendimento de Mazza (2015), já no século XX que o papel da mulher
realmente mudou. Os movimentos feministas foram fortes e alcançou varias
conquistas entre elas o direito de voto, realizado no Brasil em 1932 na era Vargas,
com o Decreto n° 21.076.
Oliveira (2014) observa que, no século XXI, as mulheres se destacam por
seus esforços e suas lutas diárias, e também ocupam cargos que na antiguidade
eram restritos aos homens, e um exemplo que temos é de estarmos em um País
que foi governado bem recentemente por uma mulher. O povo brasileiro elegeu 288
mulheres para o cargo de prefeito e 5000 para o cargo de vereadoras nas eleições
de 2004. Nos últimos 15 anos, entraram no mercado de trabalho brasileiro mais de
12 milhões de mulheres. Nos dias atuais, mais de 30 milhões de mulheres trabalham
fora de casa.
Na concepção de Consolim (2017), apesar de grandes conquistas as
mulheres tem um longo caminho a percorrer, pois ainda vivemos em uma sociedade
machista e de alguns preconceitos sobre a mulher, apesar de agora na atualidade
existirem mulheres independentes que não mais se sujeitam a imposições dos
maridos, tem dentro de si o amor próprio, a vontade de crescer na vida, tomam
decisões sozinhas, tem liberdade e direito de expressão e como cidadã sabem o que
querem.
2 CONCEITO
Falar da mulher não é fácil, pois um ser humano que na antiguidade sua
identidade se traduzia na esfera da vida privada, na Igreja na Administração em
geral, seu dia-a-dia iniciavam e terminavam no espaço da casa e da família, não
podiam sair sem o marido eram totalmente submissas aos homens se sentiam
inferiores ao papel masculino.
Com muitas lutas, as mulheres vêm conquistando cada dia mais seu lugar,
com a evolução da sociedade e com atitudes marcantes as mulheres ganham
espaço na politica, na educação, na cultura, no mercado de trabalho, tem-se
aceitado o próprio corpo e também apresentando sua vida profissional do jeito que
almeja.
Mulher não é sinônimo de fragilidade ou fraqueza muito pelo contrario
nascemos de uma progenitora do sexo feminino, são guerreiras, são domesticas,
professoras, lutadoras, arquitetas, motoristas, pilotas, muitas das vezes fazem uma
jornada dupla todos os dias porque cuidam da família, da casa, dos filhos, estudam,
trabalham e ainda cuidam de si mesma. Mulheres sabem o que fazem e tem uma
tentativa diária de se equilibrar entre a independência e a intimidação, pois merecem
serem respeitadas por onde passam e por todos.
Para Ferron (2017), ser mulher é ter que provar a todo momento que é
absolutamente capaz de ser e fazer o que quiser, como quiser e quando quiser, é
lutar diariamente pela liberdade de ter sua felicidade, sorrindo mesmo escorrendo
lágrimas, é passar para os filhos sua felicidade e simpatia e mais além mostrar ser
ética com todos, é ouvir mesmo quando querem falar, usam sempre a razão e o
coração como guia para não desistir do direito a igualdade e liberdade.
Segundo Cortella (2017, p. 102),
Não devemos deixar um mundo melhor para nossos filhos, e sim filhos
melhores para o mundo. Educação é a base de tudo, basta olharmos para o
passado daqueles que hoje causam “barulho” e “dor”. Esses pequenos
serão nosso futuro e só depende de cada um deixar e passar os ideais e
valores corretos.
Ferron (2017) entende que é necessário ter uma luta diária por ideais que já
existem em nosso País, mas que infelizmente, não são seguidas. Não temos como
entrar na cabeça de cada um para fazer diferente, mas podemos fazer a nossa parte
ajudando pessoas e criando crianças mais conscientes e respeitadoras, pois somos
todos humanos e é isso que nos torna iguais. Nem maiores, nem menores do que os
outros. De acordo com Rousseff (2010), a Igualdade de oportunidades para homens
e mulheres é um princípio essencial para ter democracia.
Na concepção de Pena (2006), é preciso combater a cultura machista na
sociedade, melhorando o acesso das mulheres ao mercado de trabalho e a cargos
de maiores proventos, promover melhores salários, efetivar o direito da mulher sobre
o seu próprio corpo e sobre a sua liberdade individual, e também efetivar com muito
rigor a proteção de muitas mulheres que sofrem violências físicas ou psicológicas no
dia-a-dia e que na maioria das vezes preferem o silencio, por estarem ameaçadas
ou por ficarem com medo.
O autor (2006) ainda ressalta que os desafios são grandes, mas quanto
menor for a resistência das pessoas aos questionamentos de combate ao papel
feminino, maior e melhor será a efetivação de uma sociedade mais igualitária e
justa. Trata-se de uma missão a ser concluída por toda a sociedade, tanto pelas
mulheres quanto pelos homens.
Na visão de Marcondes Filho (2001), a violência contra a mulher, do ponto de
vista histórico brasileiro, também é herdeira de uma cultura com raízes em uma
sociedade escravocrata.
O papel da mulher não está em competir ou ser melhor com o universo masculino.
Homens e mulheres são diferentes em seu modo de ser, pensamentos e ideias na
maioria das vezes fazem distinções, mas que se complementam quando buscam um
ao outro, diz a psicóloga (2016).
4 AMPARO JURÍDICO
Preâmbulo
A Lei ganhou esse nome devido à luta da farmacêutica Maria da Penha com o
intuito de ver seu agressor condenado pelas maldades que faziam com ela.
A Lei Maria da Penha não contempla apenas os casos de agressão física.
Mas também estão previstas as situações de violência psicológica como proibição,
ofensas, difamação e calúnia. Pois cria mecanismos para coibir a Violência
doméstica e familiar contra a mulher.
A referida Lei pode ser considerada um sucesso, apenas 2% dos brasileiros
não tem conhecimento desta lei por ser uma lei muito aplicada e bastante conhecida
por diversas classes sociais, que tem por objetivo proteger mulheres e aplicando
penas severas aos agressores e também houve um aumento de 86% de denuncias
de violência familiar e domestica após a sua criação.
5 DO PRINCÍPIO DA IGUALDADE
Silva (1994, p. 214) relata que no artigo 7º, XXX e XXXI, são ordens de
Igualdade material, proibindo distinções fundadas em certos fatores ao vedarem
diferenças de salários, de exercícios de funções e de critérios de admissão por
motivo de sexo, idade, cor ou estado Civil e qualquer discriminação no tocante a
salario e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência.
Mello (1998, p. 35) defende que não se deve tratar de forma desigual pessoas
que realmente não sejam desiguais.
Segundo Maia (2017), as pessoas possuem diversidade que na maioria das
vezes não são superadas quando submetidas a uma mesma lei, o que aumenta
NOVOS DIREITOS – Revista Acadêmica do Instituto de Ciências Jurídicas
v. 4, n. 2, jul./dez. 2017 – ISSN: 2447-1631
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Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social:
[…]
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos
específicos, nos termos da lei;
[…]
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de
critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios
de admissão do trabalhador portador de deficiência.
ocupam. Sendo assim, os cargos devem ser ocupados pelo grau de capacidade e
responsabilidade com o empregado e a empresa e não em razão do sexo feminino
ou masculino.
Segundo Carvalho (2007, p. 20), a participação feminina no ambiente de
trabalho vem aumentando significante nas últimas décadas. Em 1970, as mulheres
representavam 20% da população economicamente ativa (PEA) no Brasil, já em
2003, segundo dados do IBGE, as mulheres constituíam 43,7% da PEA, e a maior
parte trabalham em áreas urbanas. A participação no mercado cresceu, mas a
desigualdade não caiu na mesma medida.
A situação da mulher trabalhadora ainda é marcada com grandes problemas
que refletem todo o processo de exclusão, discriminação e desvalorização do sexo
feminino. Na maioria das vezes, são as mulheres que concentram a maior parte dos
trabalhadores de menor remuneração e também os menos prestigiados, conforme
Carvalho (2007, p. 20).
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
ABSTRACT: Women in the history of the world and also in Brazil find themselves in
constants evolutions and seek each day for better stability in every aspect of life. The
objective is to demonstrate that human beings need to respect all the moments,
defending their own essence, and that regardless of gender are all the same,
according to article 5 of the Federal Constitution of 1988. In the present work,
inicially, will be studied the historical background as it was the daily life of women in
centuries past. After is presented the concept of woman. The behavior of women and
the achievements of women in the contemporary world are then demonstrated. Later,
the feminist movements are spoken. After demonstrating that still in the XXI century
women still fight battles against prejudice and discrimination, also talking about the
condition of black women in Brazil. After that, is exposed the principle of formal and
material equality and the importance of the principle of equality in women's work. The
last topic demonstrates the equality between the gender in the constitution of 1988.
Ends the work demonstrating that women has gained its place in society and that the
principle of equality relates to all.
REFERÊNCIAS
BASSANEZI, Carla; PRIORE, Mary Del. Histórias das mulheres no Brasil. São
Paulo: Contexto, 2006.