Bassalo Aspectos Contemporâneos Da Física
Bassalo Aspectos Contemporâneos Da Física
Bassalo Aspectos Contemporâneos Da Física
318
05315-970, São Paulo, SP, Brasil
Publicação IF – 1657/2010
CAPÍTULO 1
ASPECTOS CONTEMPORÂNEOS DA
TERMODINÂMICA1
1.1 INTRODUÇÃO
Via de regra, os livros textos que estudam a Ter-
modinâmica[1−3] apresentam a troca de calor elementar que
ocorre numa transformação realizada por um sistema ter-
modinâmico, com uma notação diferente do Cálculo Elemen-
tar, isto é, usam, por exemplo, δQ, ao invés de dQ. Essa
notação é usada para chamar a atenção do leitor de que a
troca de calor elementar não é uma diferencial exata e, por-
tanto, sua integral ao longo de um caminho fechado não é nula:
C δ Q 6= 0. Essa diferença, aparentemente insignificante, en-
H
Observações
1. A menos que seja especificado ao contrário, um es-
tado termodinâmico representa sempre um estado de equi-
lı́brio, ou seja, um estado que não muda com o tempo. Na
descrição de cada um desses estados há certas funções que re-
presentam um papel importante e que se denominam variá-
veis de configuração. O conjunto de estados de equilı́brio
de um sistema tem a estrutura de uma variedade diferenciável
M de um espaço vetorial de dimensão finita, e as variáveis de
configuração representam um sistema de coordenadas locais
desse espaço. Essas variáveis são de dois tipos: extensivas
e intensivas (Xk , Yk ; k = 1, 2, ... , m) e sempre aparecem
aos pares. As primeiras dependem ou são proporcionais a um
fator de escala global do sistema; as segundas não dependem,
e são do tipo mecânico, ou seja, não estão associadas a trocas
de temperatura e nem de calor.
1.1. No caso de um gás, as variáveis de configuração
são: pressão P (intensiva), volume V (extensiva), e tem-
peratura T (intensiva).
1.2. Costuma-se representar a equação de estado ter-
modinâmico de um gás - a função f (P, V, T) - por uma
3
P V = n R T, (1.2.1.1)
Observação
A Lei Zero da Termodinâmica propõe a tempera-
tura como uma variável intensiva (Y0 = T), porém de caráter
não mecânico, isto é, não está associada a priori com outra
variável extensiva.
1.2.2 Primeira Lei da Termodinâmica
É oportuno chamar a atenção do leitor que, conforme
dissemos na Introdução, usaremos apenas o aspecto opera-
cional das formas diferenciais definidas a seguir. Um estudo
mais detalhado sobre as relações conceituais entre as mesmas
e as variáveis termodinâmicas pode ser visto em Bamberg e
5
Observações
1. No caso de o sistema termodinâmico ser um gás,
teremos:
ω = ± P dV, (1.2.2.1c,d)
ω 6= 0.
H
d ω 6= 0 → d ω 6= 0.
H R
ω =
α = Λ dX + C dY, (1.2.2.1a)
Observações
1. Para um gás, considerando-se as variáveis de con-
figuração V, T ou P, T, teremos, respectivamente:
α = ΛV dV + CV dT, (1.2.2.1c)
α = ΛP dP + CP dT. (1.2.2.1d)
CP − CV = n R. (1.2.2.2)
α 6= 0 ⇐⇒ dα 6= 0.
H
Q(γ) = γ
d(ω + α) = 0.
ω + α = dU →
Observações
1. A expressão (1.2.2.4b) mostra que o calor Q é
uma grandeza fı́sica derivada e não fundamental, conforme
salienta Bamberg e Sternberg,[4] uma vez que ela é calculada
pela diferença entre a energia interna (U) e o trabalho (W).
Contudo, historicamente, o calor Q foi estudado como uma
grandeza fundamental nas célebres experiências realizadas por
Mayer, pelo fı́sico inglês James Prescott Joule (1818-1889) e
pelo fı́sico e fisiologista alemão Hermann Ludwig Ferdinand
von Helmholtz (1821-1894), na década de 1840, para a de-
terminação do equivalente mecânico do calor J. Com
efeito, nessas experiências, eles estudaram o comportamento
adiabático (Q = 0) de um sistema quando recebe uma quan-
tidade externa de trabalho. Assim, tomando-se Q = 0 na
expressão (1.2.2.4b), resultará:
10
W = U(2) - U(1).
α = P dV + dU. (1.2.2.4c)
fj (Xk , Y0 , Yk ) = 0. (1.2.2.4d)
11
Q = P dV + dU,
dQ = 0 = dP ∧ dV + ddU =
∂P ∂P
= [( ∂V )U dV + ( ∂U )V dU ] ∧ dV →
∂P ∂P
0 = ( ∂U )V dU ∧ dV → ( ∂U )V = 0.
n n
P P ∂h
Ai dxi = df, ( ∂xi
) dxi = 0,
i=1 i=1
∂U
dU = ( ∂V )T dV + ( ∂U ) dT.
∂T V
∂U
α = P dV + ( ∂V )T dV + ( ∂U ) dT =
∂T V
= ( ∂U ∂U
) dT + [( ∂V
∂T V
)T + p] dV.
(α)V = ( ∂U ) dT.
∂T V
(α)V = CV dT = ( ∂U ) dT
∂T V
→
13
CV = ( ∂U )
∂T V
(1.2.2.5a)
(α)V = dU → dU = CV dT (1.2.2.5b)
dU = ( ∂U ) dP + ( ∂U
∂P T
) dT.
∂T P
α = P dV + ( ∂U ) dP + ( ∂U
∂P T
) dT.
∂T P
(α)P = P dV + ( ∂U ) dT.
∂T P
P dV = n R dT - V dP,
virá:
(α)P = n R dT + ( ∂U ) dT = [n R + ( ∂U
∂T P
) ] dT.
∂T P
(α)P = CP dT = (n R + CV ) dT = [n R + ( ∂U ) ] dT →
∂T P
14
CV = ( ∂U )
∂T P
(1.2.2.6a)
CV = ( ∂U ) = ( ∂U
∂T V
)
∂T P
(1.2.2.6b)
∆T = Tf − Ti = 0.
dU = 0 →
U = constante, nas transformações isotérmicas.
W = Pi (0 − Vi ) + Pf (Vf − 0) = Pf Vf − Pi Vi .
Uf − Ui = − W = Pi Vi − Pf Vf →
Ui + Pi Vi = Uf + Pf Vf = constante.
H = U + P V. (1.2.2.7a)
dH = dU + d(PV) = dU + d(n R T) = CV dT + n R dT =
∂U
dU = ( ∂V )T dV + ( ∂U ) dT.
∂T V
∂U
α = P dV + ( ∂V )T dV + ( ∂U ) dT =
∂T V
= ( ∂U ∂U
) dT + [( ∂V
∂T V
)T + p] dV.
∂U
(α)T = [( ∂V )T + p] dV .
∂U
(α)T = ΛV dV = [( ∂V )T + p] dV →
∂U
ΛV = ( ∂V )T + P (1.2.2.8a)
dU = ( ∂U ) dP + ( ∂U
∂P T
) dT.
∂T P
α = P dV + ( ∂U ) dP + ( ∂U
∂P T
) dT.
∂T P
17
α = n R dT − V dP + ( ∂U ) dP + ( ∂U
∂P T
) dT =
∂T P
= [n R + ( ∂U ) ] dT + [( ∂U
∂T P
) - V] dP.
∂P T
(α)T = [( ∂U ) − V ] dP .
∂P T
(α)T = ΛP dP = [( ∂U ) − V ] dP
∂P T
→
ΛP = ( ∂U ) -V
∂P T
(1.2.2.8b)
CP
3. Teorema de Reech: γ = CV
. Diferenciando-se
a expressão (1.2.1.1), virá:
P V
P dV + V dP = n R dT = T
dT →
dV dP dT
V
+ P
= T
. (1.2.2.9a)
dV
0 = dU + P dV = CV dT + n R T V
=
dV
= CV dT + (CP − CV ) T V
→
dT
T
= − ( CP C−V CV ) dV
V
= − (γ − 1) dV
V
dP P
( dV )α = − γ V
. (1.2.2.9c)
c2 = ( dP ) ,
dρ T
ρ = m
V
, P
ρ
= P V = constante.
c2 = ( dP ) = γ ( dP
dρ α
) .
dρ T
Esse resultado
√ concordou com a experiência, pois para
√
o ar temos: γ = 1, 4 ' 1,18.
1.2.3 Segunda Lei da Termodinâmica
Em 1824, o fı́sico francês Nicolas Sadi Carnot (1796-
1832) propôs uma máquina de calor (máquina ideal, sem
atrito), que realiza um ciclo completo, de modo que a substân-
cia usada - vapor, gás ou outra qualquer - é levada de volta
a seu estado inicial. Esse ciclo completo, reversı́vel,[6] mais
tarde denominado de ciclo de Carnot, é composto de duas
transformações isotérmicas e duas adiabáticas, da seguinte
maneira. Inicialmente, o gás (ideal) encontra-se em um estado
caracterizado por (P1 , V1 , T1 ). Ele então é expandido isoter-
micamente até o estado (P2 , V2 , T1 ), ao receber a quantidade
de calor (Q1 > 0) do exterior. Em seguida, ele é expandido
adiabaticamente até o estado (P3 , V3 , T2 ), sem troca de calor
com o exterior. A partir daı́, ele é comprimido. Primeiro,
isotermicamente, levando-o ao estado (P4 , V4 , T2 ), ocasião
em que ele fornece a quantidade de calor (Q2 < 0) ao exte-
rior e, finalmente, o ciclo é completado com uma compressão
adiabática que o leva ao estado inicial (P1 , V1 , T1 ), sem
troca de calor. Ora, como nas transformações isotérmicas a
energia interna é conservada, segundo as expressões (1.2.1.1),
(1.2.2.2b) e (1.2.2.4c), teremos:
R2
Q1 = 1 P1 dV =
R2 dV V2
= n R T1 1 V = n R T1 `n V1
(1.2.3.1a)
20
R4
Q2 = 3 P3 dV =
R4 dV V4
= n R T2 3 V = n R T2 `n V3
(1.2.3.1b)
dP P
dV
= −γ V
→ `n (P V γ ) = constante →
− 1
T Vγ = constante
− 1 − 1 − 1 − 1
T1 V2γ = T2 V3γ ; T2 V4γ = T1 V1γ
− 1 − 1
( VV12 )γ = ( VV34 )γ → V2
V1
= V3
V4
(1.2.3.2)
T1 − T2 T2
η = T1
→ η = 1 − T1
. (1.2.3.4b)
Q1 Q2
T1
+ T2
= 0. (1.2.3.5)
δQ
dS ≤ 0,
H H
= T
= (1.2.3.6)
α = f dg. (1.2.3.7)
24
α = T dS. (1.2.3.8)
25
T dS = P dV + dU, (1.2.3.9)
∂U
dU = - P dV + T dS = ( ∂V )S dV + ( ∂U ) dS
∂S V
→
∂U
P = - ( ∂V )S ; T = ( ∂U ) .
∂S V
(1.2.3.10a,b)
dH = dU + d(P V) = dU + P dV + V dP →
dH = V dP + T dS (1.2.3.11a)
dH = ( ∂H ) dP + ( ∂H
∂P S
) dS
∂S P
→
V = ( ∂H ) ;
∂P S
T = ( ∂H ) .
∂S P
(1.2.3.11b,c)
26
F = U - T S. (1.2.3.12a)
dF = dU - d(T S) = dU - T dS - S dT = - P dV - S dT =
∂F
= ( ∂V )T dV + ( ∂F ) dT
∂T V
→
∂F
P = - ( ∂V )T ; S = - ( ∂F ) .
∂T V
(1.2.3.12b,c)
G = H - T S. (1.2.3.13a)
dG = dH - d(T S) = dH - T dS - S dT = V dP - S dT =
= ( ∂G ) dP + ( ∂G
∂P T
) dT
∂T P
→
V = ( ∂G ) ;
∂P T
S = - ( ∂G ) .
∂T P
(1.2.3.13b,c)
27
dT ∧ dS = dP ∧ dV. (1.2.3.14)
∂S ∂S
dT ∧ [( ∂P )T dP + ( ∂T )P dT] =
= dP ∧[( ∂V ) dP + ( ∂V
∂P T
) dT ] →
∂T P
∂S
( ∂P )T dT ∧ dP = ( ∂V ) dP ∧ dT
∂T P
→
∂S
[( ∂P )T + ( ∂V ) ] dP ∧ dT = 0 →
∂T P
∂S
( ∂P )T = − ( ∂V ) ,
∂T P
(1.2.3.15a)
∂S ∂S
dT ∧ [( ∂T )V dT + ( ∂V )T dV] =
= [( ∂P ∂P
) dT + ( ∂V
∂T V
)T dV ] ∧ dV →
∂S
( ∂V )T dT ∧ dV = ( ∂P ) dT ∧ dV
∂T V
→
28
∂S
[( ∂V )T − ( ∂P ) ] dT ∧ dV = 0 →
∂T V
∂S
( ∂V )T = ( ∂P ) ,
∂T V
(1.2.3.15b)
∂T
[( ∂P )S dP + ( ∂T ) dS] ∧ dS =
∂S P
= dP ∧ [( ∂V ) dP + ( ∂V
∂P S
) dS] →
∂S P
∂T
( ∂P )S dP ∧ dS = ( ∂V ) dP ∧ dS
∂S P
→
∂T
[( ∂P )S − ( ∂V ) ] dP ∧ dS = 0 →
∂S P
∂T
( ∂P )S = ( ∂V ) ,
∂S P
(1.2.3.15c)
ddS = d( PT ) dV + d( T1 ) dU →
T dP − P dT 1
0= T2
∧ dV − T2
dT ∧ dU.
1
T
[( ∂P ∂P
) dT + ( ∂V
∂T V
)T dV ] ∧ dV − P
T2
dT ∧ dV -
1
- T2
dT ∧ [( ∂U ∂U
) dT + ( ∂V
∂T V
)T dV ] = 0 →
1
T
[( ∂P ) −
∂T V
P
T
− 1
T
∂U
( ∂V )T ] dT ∧ dV = 0 →
T ( ∂P
∂T V
∂U
) − P = ( ∂V )T . (1.2.3.16)
d( PT ) dS = d(dV ) + d( P1 ) dU →
P dT − T dP 1
P2
∧ dS = 0 − P2
dP ∧ dU →
1 1
P
dT ∧ dS = P2
dP ∧ (T dS - dU).
1 1
P
dT ∧ dS = P2
[( ∂P ) dT +
∂T S
30
+ ( ∂P ) dS] ∧ [T dS − ( ∂U
∂S T
) dT − ( ∂U
∂T S
) dS] =
∂S T
1
= P2
[T ( ∂P ) dT ∧ dS − ( ∂P
∂T S
) ( ∂U ) dT ∧ dS -
∂T S ∂S T
- ( ∂P ) ( ∂U ) dS ∧ dT ] →
∂S T ∂T S
1
P
dT ∧ dS =
1
= P2
[ T ( ∂P ) − ( ∂P
∂T S
) ( ∂U ) + ( ∂P
∂T S ∂S T
) ( ∂U ) ]dT ∧dS →
∂S T ∂T S
T( ∂P ) − P = ( ∂P
∂T S
) ( ∂U ) − ( ∂P
∂T S ∂S T
) ( ∂U ) .
∂S T ∂T S
(1.2.3.17)
∂T
dT ∧ dS = [( ∂P )S dP + ( ∂T ) dS] ∧ dS =
∂S P
∂T ∂T ∂S ∂S
= ( ∂P )S dP ∧ dS = ( ∂P )S dP ∧ [( ∂T )P dT + ( ∂P )T dP] =
∂T ∂S
= ( ∂P )S ( ∂T )P dP ∧ dT =
∂T ∂S
= ( ∂P )S ( ∂T )P [( ∂P ) dT + ( ∂P
∂T S
) dS] ∧ dT =
∂S T
∂T ∂S
= ( ∂P )S ( ∂T )P ( ∂P ) dS ∧ dT
∂S T
→
∂T ∂S
[1 + ( ∂P )S ( ∂T )P ( ∂P ) ] dT ∧ dS
∂S T
→
∂T ∂S
( ∂P )S ( ∂T )P ( ∂P ) = - 1.
∂S T
(1.2.3.18)
dU
dT
→ 0 → CV ∝ T (T → 0)
Observações
1. Em 1910, o fı́sico alemão Max Karl Ernst Planck
(1858-1947; PNF, 1918) afirmou que a capacidade calorı́fica
dos sólidos e lı́quidos tende a zero quando T → 0.
2. Em 1914, Nernst apresentou a hipótese de que a
capacidade calorı́fica a volume constante (CV ) dos gases tende
a zero quando a sua temperatura tende ao zero absoluto. Isso
significava dizer que a Terceira Lei da Termodinâmica
também se aplicava aos gases.
3. O coeficiente de expansão térmica β de qualquer
substância se anula no zero absoluto. Com efeito, tomemos a
definição de β:
1
β≡ V
( ∂V ) .
∂T P
(1.2.4.1)
∂S CP
T dS = ΛP dP + CP dT → ( ∂T )P = T
→
CP ( dT
R
S= T P
) . (1.2.4.2a,b)
( ∂C P
∂P T
∂
) = T ( ∂P ∂S
)T ( ∂T ∂
)P = T ( ∂T ∂S
)P ( ∂P )T →
33
2
( ∂C P
∂P T
) = − T ( ∂∂TV2 )P = − T ( ∂T
∂
)P ( ∂V ) .
∂T P
(1.2.4.2c)
RT RT
=- o ( ∂C P
∂P T
) dT
T
= o
∂
( ∂T )P ( ∂V ) dT
∂T P
→
V β = [ ( ∂V ) ] − [ ( ∂V
∂T P T
) ] .
∂T P T =0
(1.2.4.3)
β → 0, se T → 0.
NOTAS E REFERÊNCIAS
ASPECTOS CONTEMPORÂNEOS DA
MECÂNICA ESTATÍSTICA1
2.1 INTRODUÇÃO
Os livros textos que estudam os fundamentos da Me-
cânica Estatı́stica usam o formalismo da Mecânica Quân-
tica de Schrödinger e/ou o da Mecânica Quântica de
Feynman.[1−4] Neste artigo, vamos usar este último forma-
lismo, porém, ao invés de referirmos aos cálculos dos propa-
gadores de Feynman realizados por intermédio da técnica
das integrais de caminho,[5] referiremos aos obtidos por
intermédio da interpretação hidrodinâmica da equação de
Schrödinger.[6−10] Além de essa escolha ser a motivação prin-
cipal deste artigo, apresentaremos, como motivação adicional
ao mesmo, o tratamento quanto-mecânico-estatı́stico dos sis-
temas dissipativos, representados pelo hamiltoniano de Ba-
teman-Caldirola-Kanai,[11−13] assunto que, em nosso en-
tendimento, é pouco tratado em cursos de graduação de Me-
cânica Estatı́stica.[14]
2.2 HISTÓRICO[1−4]
2.2.1 Entropia e Probabilidade
A Segunda Lei da Termodinâmica, expressa em
termos da entropia S, é traduzida pelo famoso teorema enun-
ciado pelo fı́sico alemão Rudolf Clausius (1822-1888), em 1865:
1
A primeira versão desse artigo foi aceito para publicação na ContactoS, e
assinado por José Maria Filardo Bassalo, Antonio Boulhosa Nassar e Mauro
Sérgio Dorsa Cattani.
36
∆S ≥ 0, (2.2.1.1)
N!
Ω (no , n1 , n2 , ...) = no ! n1 ! ..
. (2.2.1.4)
S = k `n Ω, (2.2.1.6)
x2 /2
Rb
µ([a, b]) = √1
2 π a e− dx. (2.2.1.9)
Rb
µ([a, b]) = a f(x) d[g(x)]. (2.2.1.10)
µ = dq dp. (2.2.1.11)
com:
R+ ∞
− ∞ ρ(x) dx = 1, (2.2.1.13
dρ ∂ρ
dt
= ∂t
+ {H, ρ }, (2.2.2.1)
onde:
Observações
I. Os postulados da Mecânica Estatı́stica Quântica
(MEQ) são postulados relacionados com os coeficentes
(cn , cm ), quando (2.2.3.3) refere-se a um sistema macroscó-
pico, em equilı́brio termodinâmico. Esse sistema, composto
de N partı́culas e ocupando o volume V, interage tão fraca-
mente com o meio exterior, de modo que sua energia (En )
pode ser considerada aproximadamente constante, isto é, ela
se encontra entre E e E + ∆ (∆ E). Assim, se H for a
hamiltoniana desse sistema, a energia (En ) do sistema será
obtida por intermédio da seguinte equação:
2. Fases Randômicas:
(cn , cm ) = 0 (n 6= m)
| bn |2 (Φn , Ô Φn )
P
n
< O >= P
| bn |2
, (2.2.3.7)
n
onde:
| bn |2 = 1 ou 0
onde:
| Φn > < Φn |,
P
ρ̂ = (2.2.3.14)
E ≤ En ≤ E + ∆
ρnn ≡ Ω(E),
P
Tr ρ̂ = (2.2.3.15a)
n
ρmn = δmn e− β En
, (2.2.3.16)
| Φn > e− β En
< Φn | =
P
ρ̂ =
n
= e− β Ĥ
| Φn < Φn | → ρ̂ = e− β Ĥ
P
, (2.2.3.17)
n
e− β En
= Tr e− β Ĥ
P
Z = Tr ρ̂ = , (2.2.3.18)
n
T r (Ô e− β Ĥ )
< O >= Z
, (2.2.3.19)
| Φi > e− β Ei
< Φi |
P
ρ̂ =
i
ρ(x0 , x) =< x0 |ρ̂|x > = < x0 |Φi > e−βEi < Φi |x > →
P
i
∂ ρ̂ ∂ ρ̂
∂β
= − Ĥ e− β Ĥ
→ Ĥ ρ̂ = − ∂β
.
∂ρ(x0 , x; β)
Ĥx ρ(x0 , x; β) = − ∂β
, (2.3.2)
t
β = − i h̄
, (2.3.4)
teremos:
50
∂ρ(x0 , x; β)
Ĥx ρ(x0 , x; β) = i h̄ ∂ t
, (2.3.5)
∂ρ(x0 , x; β)
=- ∂β
. (2.3.6)
λ → i λ, (2.3.7)
∂ρ(x0 , x; β)
= i h̄ ∂t
, (2.3.8)
R
ρ(x, x’; β) = Φ[x(u)] Dx(u), (2.3.9)
Z = e− β F
= T r ρ̂; F = − `n Z
β
, (2.4.1a,b)
Z = e− β F
R
= T r ρ̂ = ρ(x, x; β) dx. (2.4.2)
Observação
No caso de os observáveis de um sistema fı́sico vari-
arem discretamente, a função partição Z é dada por:
Z = e− β F
e− β En
P
= , (2.4.3)
n
1
On e− β En
P
< O >= Z
. (2.4.4)
n
∂U ∂U ∂β ∂U ∂
CV = ∂T
= ∂β ∂T
= ( 1 )
∂β ∂T k T
= − kβ 2 ∂U
∂β
, (2.5.1)
1
En e− β En
P
U= Z
. (2.5.2)
n
∂Z
= − En e− β En
P
∂β
. (2.5.3)
n
Porém:
∂Z ∂Z ∂T ∂Z ∂
∂β
= ∂T ∂β
= ∂T ∂β
( k1β ) = − ∂Z
∂T
k T 2. (2.5.4)
k T 2 ∂Z ∂ (`n Z)
U= Z ∂T
= k T2 ∂T
. (2.5.5)
De (2.4.3), tem-se:
∂ (`n Z) ∂ (β F )
`n Z = − β F → ∂T
= − ∂T
=
∂ (1/k T ) ∂ F
=-F ∂T
− β ∂T
=
F 1 ∂ F
= k T2
− k T ∂T
. (2.5.6)
∂ F
U=F-T ∂T
. (2.5.7)
∂ ∂F ∂F ∂T
∂β
(β F ) = F + β ∂β
= F + β ∂T ∂β
=
∂F ∂(1/k β) ∂F 1
=F+β ∂T ∂β
= F − β ∂T k β 2
→
∂ ∂ F
∂β
(β F ) = F − T ∂T
. (2.5.8)
∂2
CV = − k β 2 ∂β 2
(β F). (2.5.10)
∂2Z
= k β 2 [ Z1 ∂β 2
+ ∂Z ∂
∂β ∂β
(Z − 1 )] →
∂2Z
CV = k β 2 [ Z1 ∂β 2
− 1
Z2
( ∂Z
∂β
)2 ]. (2.5.13)
54
2.6 APLICAÇÃO
Neste item, vamos fazer uma aplicação dos resulta-
dos obtidos anteriormente, calculando a matriz densidade (ρ),
a função partição (Z), a função de Helmholtz ou ener-
gia livre F e o calor especı́fico a volume constante (CV )
dos sistemas dissipativos representados pelo hamiltoniano
de Bateman-Caldirola-Kanai, dado pela expressão (2.3.8).
Nos parece relevante fazer essa aplicação, pois, além de os
mesmos não serem devidamente tratados em cursos de gradua-
ção de Mecânica Estatı́stica, obtém-se, através deles, os
casos particulares do oscilador harmônico e da partı́cula livre,
tratados nos textos tradicionais de Mecânica Estatı́stica.
a) Matriz Densidade - ρ
Segundo vimos anteriormente, a matriz densidade é
obtida do propagador de Feynman do sistema fı́sico con-
siderado, fazendo-se as seguintes substituições:
t = - i h̄ β; λ → i λ. (2.6.1a,b)
onde:
q
λ2
φ = Ω t; Ω = (ω 2 − 4
). (2.6.3a,b)
h i1/2
m Ω eλ h̄ β/2
ρ(x, x0 ; β) = 2 π i h̄ sen (− i h̄ β Ω)
×
h
m Ω eλ h̄ β
× exp { − 2 h̄ i sen (− i h̄ β Ω)
cos (− i h̄ β Ω) -
i
i λ sen (− i h̄ β Ω) m Ω
- 2 Ω
x2 − 2 h̄ i sen (− i h̄ β Ω)
×
h i
i λ sen (− i h̄ β Ω)
× cos (− i h̄ β Ω) + 2 Ω
x02 +
m Ω eλ h̄ β/2
+ 2 h̄ i sen (− i h̄ β Ω)
2 x x0 }. (2.6.4)
Considerando-se as identidades:
ez − e− z ez + e− z
senh z = 2
, cosh z = 2
, (2.6.6a,b)
h
m Ω x2 eλ h̄ β/2
× exp { − h̄ senh (h̄ β Ω)
cosh (h̄ β Ω) cosh ( λ h̄ β
2
) -
i
- λ
2 Ω
senh (h̄ β Ω) senh ( λ h̄ β
2
) − 1 }. (2.6.7)
Casos Particulares
a.1 Oscilador Harmônico Simples
Neste caso, basta fazermos λ = 0 nas expressões (2.6.3b)
e (2.6.7). Desse modo, teremos:
56
h i1/2
m ω
ρOHS (x, x; β) = 2 π h̄ senh (h̄ β ω)
×
h i
m ω x2
× exp { − h̄ senh (h̄ β ω)
cosh (h̄ β ω) − 1 }. (2.6.8)
Considerando-se as identidades:
h i
mωx2
× exp − h̄
tgh( h̄βω
2
) . (2.6.10)
senh z
lim z
= 1. (2.6.11)
z → 0
b) Função Partição - Z
Usando-se as expressões (2.4.2) e (2.6.7), virá:
R +∞ h i1/2
R +∞ m Ω eλ h̄ β/2
Z= −∞ ρ(x, x; β) dx = −∞ 2 π h̄ senh (h̄ β Ω)
×
57
h
m Ω x2 eλ h̄ β/2
× exp { − h̄ senh (h̄ β Ω)
cosh (h̄ β Ω) cosh ( λ h̄ β
2
) -
!
i
- λ
2 Ω
senh (h̄ β Ω) senh ( λ h̄2 β ) − 1 } dx. (2.6.13)
Usando-se a identidade:
q
a x2
R +∞
−∞ e− dx = π
a
, (2.6.14)
1
Z= q . (2.6.15)
λsenh(h̄ β Ω)
2[cosh(h̄βΩ)cosh( λh̄β
2
)− 2 Ω
senh ( λh̄β
2
)−1]
Casos Particulares
b.1 Oscilador Harmônico Simples
Para o caso do Oscilador Harmônico Simples, basta
fazermos λ = 0 nas expressões (2.6.3b) e (2.6.15). Desse modo,
teremos:
ZOHS = √ 1
.
2 [cosh (h̄ β ω) − 1]
1
ZOHS = 2 senh ( h̄ β ω
)
. (2.6.16)
2
c) Função de Helmholtz - F
Usando-se as expressões (2.4.1b) e (2.6.15), teremos:
F= 1
2 β
`n 2 [cosh(h̄ β Ω) cosh ( λ h̄ β
2
) -
!
- λ
2 Ω
senh (h̄ β Ω) senh( λ h̄2 β ) − 1] . (2.6.18)
Casos Particulares
c.1 Oscilador Harmônico Simples
Usando-se as expressões (2.4.1b) e (2.6.16), virá:[1−4]
h i
FOHS = 1
β
`n 2 senh ( h̄ β ω
2
) . (2.6.19)
k β2 ∂2
∂2
CV = − k β 2 ∂β 2
(β F ) = − 2 ∂β 2
`n [A(β)] →
k β2 ∂
h i
∂
CV = − 2 ∂β ∂β
`n [A(β)] =
k β2 ∂
1 ∂
=- 2 ∂β A[β] ∂β
[A(β)] →
k β2 ∂
CV = − 2 ∂β
[B(β)], (2.6.21)
onde:
- λ
2 Ω
senh (h̄ β Ω) senh ( λ h̄ β
2
) - 1], (2.6.22)
1 ∂
B(β) = A(β) ∂β
A(β). (2.6.23)
d d
dz
senh z = cosh z; dz
cosh z = senh z, (2.6.24a,b)
2 h̄ ω 2
B(β) = Ω A(β)
cosh ( λ β h̄
2
) senh (h̄ β Ω). (2.6.25)
k h̄ (β ω)2 ∂
h i
CV = − Ω ∂β
1
A(β)
cosh ( λ β h̄
2
) senh (h̄ β Ω) →
k h̄ (β ω)2
CV = − Ω
C(β). (2.6.26)
60
= 1
[A(β)]2
A(β) ∂
∂β
[cosh ( λ β h̄
2
) senh (h̄ β Ω)] -
- [cosh ( λ β h̄
2
) senh (h̄ β Ω)] ∂
∂β
A(β) →
(λ β h̄
cosh2 )
2 h̄
C(β) = [A(β)]2 Ω
2
[Ω2 cosh2 (h̄ β Ω) -
2
- ω 2 senh2 (h̄ β Ω)] − ( 4λ Ω ) senh2 (h̄ β Ω) senh2 ( λ β h̄
2
) -
- Ω cosh ( λ β h̄
2
) cosh (h̄ β Ω) -
- ( λ2 ) senh ( λ β h̄
2
) senh (h̄ β Ω) . (2.6.27)
- Ω cosh ( λ β h̄
2
) cosh (h̄ β Ω) -
i
- ( λ2 ) senh ( λ β h̄
2
) senh (h̄ β Ω) . (2.6.29)
λ2
+ 4 Ω
senh2 (h̄ β Ω) − Ω cosh ( λ β h̄
2
) cosh (h̄ β Ω) -
ih
- ( λ2 ) senh ( λ β h̄
2
) senh (h̄ β Ω) cosh(h̄βΩ)cosh( λh̄β
2
)-
i− 2
- λ
2 Ω
senh (h̄β Ω) senh ( λ h̄ β
2
) −1 . (2.6.30)
Casos Particulares
d.1 Oscilador Harmônico Simples
Para o caso do Oscilador Harmônico Simples, basta
fazermos λ = 0 nas expressões (2.6.3b) e (2.6.30). Desse modo,
teremos:
3 (h̄ β ω)2
CV = 2
k cosh (h̄ β ω) − 1
. (2.6.31)
h̄ ω h̄ ω
∂
ω2 e k T (ω 2 e k T )
lim h̄ ω = lim ∂ω
h̄ ω =
ω → 0 (e k T − 1)2 ω → 0 ∂
[(e k T − 1)2 ]
∂ω
h̄ ω
h̄ ω 2
ek T (2 ω + )
= lim h̄ ω
k T
h̄ ω =
ω → 0 ek T 2 h̄
(e k T − 1)
k T
∂ ω 2 h̄ ω h̄
(2 ω + ) 1 + 1
= lim ∂ω k T
h̄ ω = lim k T
h̄ ω = ( k h̄T )2
.
ω → 0 2 h̄ ∂
[(e k T − 1)] ω → 0 ( k h̄T )2 e k T
k T ∂ω
CV = 3 k, (2.6.34)
λ 1
+ 2 Ω
senh θ1 senh θ2 ) − ωL2 cosh ωL − α1 (θ1 ,θ2 , θL )
×
2 + ω2 ) 2 i
(ωL
× Ω
cosh θ1 senh θ2 − ωL senh θL +
ω2 ω 2 cosh2 θ1 senh2 θ3
+ 2 α2 (θ1 , θ3 )
− Ω23 α2 (θ1 , θ3 )
+ cosh θ1 cosh θ3 +
63
#
2 λω2
+ Ω3
senh θ1 senh θ3 , (2.6.35)
onde:
h̄ λ β
θ1 = 2
, θ2 = Ω h̄ β, θ3 = Ω3 h̄ β, θL = ωL h̄ β,
q q
λ2 λ2 e H
Ω = ω 2 + ωL2 − 4
, Ω3 = ω2 − 4
, ωL = 2 m c
,
λ
- cosh θL − 2 Ω
senh θ1 senh θ2 ,
λ
- 2 Ω3
senh θ1 senh θ3 . (2.6.36a-i)
NOTAS E REFERÊNCIAS
ASPECTOS CONTEMPORÂNEOS DA
ELETRODINÂMICA CLÁSSICA1
3.1 INTRODUÇÃO
As leis da Teoria Eletromagnética (TE) foram sin-
tetizadas pelo fı́sico e matemático escocês James Clerk Max-
well (1831-1879), em quatro equações diferenciais - as famosas
equações de Maxwell -, e apresentadas em seu célebre livro
A Treatise on Electricity and Magnetism, editado em
1873, usando o formalismo dos Quatérnios desenvolvido pelo
matemático irlandês Sir William Ronan Hamilton (1805-1865)
no livro Lectures on Quaternions, de 1853. Contudo, como
a Análise Vetorial apresentava um modo mais conveniente
de trabalhar com a TE do que os quatérnios, o fı́sico e en-
genheiro eletricista Oliver Heaviside (1850-1925) desenvolveu
a TE nessa nova linguagem matemática, em seu livro intitu-
lado Electromagnetic Theory, publicado em 1893.
O desenvolvimento da Teoria da Relatividade Res-
trita decorrente dos clássicos artigos do fı́sico germano-norte-
americano Albert Einstein (1879-1955; Prêmio Nobel de Fı́sica
(PNF), 1921), de 1905,[1] e do matemático alemão Hermann
Minkowski (1864-1909), de 1908,[2] mostrou que a Análise
Tensorial era o formalismo mais conciso e geral para apre-
sentar a Teoria Eletromagnética.[3−8]
Não obstante o uso de vetores (e/ou de tensores) no
estudo da Teoria Eletromagnética, no entanto, sob o ponto
1
A primeira versão desse artigo foi submetida à publicação na Revista
Brasileira de Ensino de Fı́sica e na ContactoS, e assinada por José Maria
Filardo Bassalo e Mauro Sérgio Dorsa Cattani.
68
E = Ex (x, y, z) dx + Ey (x, y, z) dy +
tal que:
69
R R
τ = Γ E = Γ Ex (x, y, z) dx + Ey (x, y, z) dy +
Observações
1. Na linguagem do Cálculo Vetorial, a expressão
~
(3.2.1.1a) representa o Vetor Campo Elétrico E:
~ r) = Ex x̂ + Ey ŷ + Ez ẑ,
E(~ (3.2.1.1d)
τ =
R
E = E|Γ =
R
~ . d~r.
E (3.2.1.1e)
Γ Γ
E = 0 → dE = 0.
R H
D dE = Γ (3.2.1.1f)
E = - dV, (3.2.1.1g)
~ = − ∇ V.
E (3.2.1.1h)
~ =
E q r̂
; V= q 1
. (3.2.1.1i,j)
4 π o r2 4 π o r
?dE = 0. (3.2.1.1k)
~ = 0.
∇×E (3.2.1.1`)
J = Jx (x, y, z) dy ∧ dz + Jy (x, y, z) dz ∧ dx +
71
tal que:
J = J |S= Jx (x, y, z) dy ∧ dz +
R R
I= S S
Observações
1. Usando-se a operação (?) (Definição A.2) na ex-
pressão (3.2.1.2a), teremos:
? J = ? [Jx dy ∧ dz + Jy dz ∧ dx + Jz dx ∧ dy] =
? J = Jx dx + Jy dy + Jz dz. (3.2.1.2d)
J~ = ? J = Jx x̂ + Jy ŷ + Jz ẑ. (3.2.1.2e)
J = J |S = J~ . n̂ dS.
R R
I= S S (3.2.1.2f)
72
J~ = σ E,
~ (3.2.1.2g)
? E = ? [Ex dx + Ey dy + Ez dz] →
? E = Ex dy ∧ dz + Ey dz ∧ dx +
+ Ez dx ∧ dy. (3.2.1.2h)
J = σ̄ ? E, (3.2.1.2i)
Q = ρ dx ∧ dy ∧ dz, (3.2.1.3a)
tal que:
73
Q = Q|V = ρ dx ∧ dy ∧ dz.
R R
q= V V (3.2.1.3b)
Observações
1. Usando-se a operação (?) (Definição A.2) na ex-
pressão (3.2.1.3a), teremos:
D = Dx (x, y, z) dy ∧ dz + Dy (x, y, z) dz ∧ dx +
tal que:
Q → D | S = Q | V.
R R
S D = V (3.2.1.4b)
Observações
1. Usando-se a operação (?) (Definição A.2) na ex-
pressão (3.2.1.4a), teremos:
? D = ? [Dx dy ∧ dz + Dy dz ∧ dx + Dz dx ∧ dy] =
? D = Dx dx + Dy dy + Dz dz. (3.2.1.4c)
~ = ? D = Dx x̂ + Dy ŷ + Dz ẑ.
D (3.2.1.4d)
Q → dD = Q.
R R R
S D = V dD = V (3.2.1.4e)
+ Dz (x, y, z) dx ∧ dy] →
∂Dy
dD = ( ∂D
∂x
x
+ ∂y
+ ∂Dz
∂z
) dx ∧ dy ∧ dz.
(?d?) (?D) = ρ.
~ = ρ.
∇.D (3.2.1.4g)
~ = E,
D ~ (3.2.1.4h)
D = ¯ ? E, (3.2.1.4i)
1 Q
¯
dD = − d ? dV → ¯
= − d ? dV.
? Q
¯
= − ? d ? dV → (? d ? d) V = − ρ¯ .
∆V = − ρ . (3.2.1.4j)
H = Hx (x, y, z) dx + Hy (x, y, z) dy +
tal que:
H H
I= Γ H = Γ Hx (x, y, z) dx + Hy (x, y, z) dy +
~ r) = Hx x̂ + Hy ŷ + Hz ẑ.
H(~ (3.2.1.5c)
I=
H
H = H |Γ =
H
~ . d~r.
H (3.2.1.5d)
Γ Γ
→ dH = J.
H R R
Γ H = S dH = S J (3.2.1.5e)
? dH = ? J. (3.2.1.5f)
~ = J.
∇×H ~ (3.2.1.5g)
78
B = Bx (x, y, z) dy ∧ dz + By (x, y, z) dz ∧ dx +
tal que:
B = B|S = Bx (x, y, z) dy ∧ dz +
H H
0= S S
? B = ? [Bx dy ∧ dz + By dz ∧ dx + Bz dx ∧ dy] =
= Bx dx + By dy + Bz dz. (3.2.1.6c)
~ = ? B = Bx x̂ + By ŷ + Bz ẑ.
B (3.2.1.6d)
H
B = B|S =
H
~ . n̂ dS = 0.
B (3.2.1.6e)
S S
dB = 0 → dB = 0.
H R
S B = V (3.2.1.6f)
(?d?) (?B) = 0.
~ = 0.
∇.B (3.2.1.6g)
B = dA, (3.2.1.6h)
A = Ax (x, y, z) dx + Ay (x, y, z) dy +
~ = Ax x̂ + Ay ŷ + Az ẑ.
A (3.2.1.6j)
? B = ?dA. (3.2.1.6k)
~ = ∇ × A.
B ~ (3.2.1.6`)
A’ = A + dψ, (3.2.1.6m)
~ = µ H,
B ~ (3.2.1.6o)
? H = ? [Hx dx + Hy dy + Hz dz] →
? H = Hx dy ∧ dz + Hy dz ∧ dx +
+ Hz dx ∧ dy. (3.2.1.6p)
B = µ̄ ? H, (3.2.1.6q)
82
∆ A = − (d δ + δ d) A =
∆ A = d (? d ?) A − (?d) (? B) =
= d (? d ?) A − (?d) (µ̄ H) →
∆ A = d (? d ?) A − µ̄ (? dH) = d (? d ?) A − µ̄ ? J.
(? d ?) A = 0, ~ = 0)
(∇ . A (3.2.1.6r,s)
∆ A = − µ̄ ? J. (3.2.1.6t)
~ = − µ J.
∆A ~ (3.2.1.6u)
(? d ?) A0 = (? d ?) A = 0,
resultará:
83
(? d ?) A0 = (? d ?) A + (? d ?) dψ →
(? d ? d) ψ = 0. (3.2.1.6v)
∆ ψ = 0. (3.2.1.6x)
F = B + E ∧ dt, (3.2.2.1a)
tal que:
(B + E ∧ dt) = 0,
R R
∂C F = ∂C (3.2.2.1b)
onde:
B = Bx (x, y, z, t) dy ∧ dz + By (x, y, z, t) dz ∧ dx +
E = Ex (x, y, z, t) dx + Ey (x, y, z, t) dy +
dF = 0 →
R R
∂C F = C
(dB + Ḃ ∧ dt + dE ∧ dt − E ∧ ddt) =
∂B ∂Bx ∂By
Ḃ = ∂t
= ∂t
dy ∧ dz + ∂t
dz ∧ dx +
∂Bz
+ ∂t
dx ∧ dy. (3.2.2.1g)
dB = 0, (3.2.2.1h)
dE + ∂t B = dE + Ḃ = 0. (3.2.2.1i)
~ = 0,
∇.B (3.2.2.1`)
~ + ~
∂B
∇×E ∂t
= 0. (3.2.2.1m)
Ḃ = 0 →
R R
S dE + S
R R
S dE + S ∂t B = 0. (3.2.2.1n)
(Bx dy ∧ dz +
R R
C (Ex dx + Ey dy + Ez dz) + ∂t S
+ By dz ∧ dx + Bz dx ∧ dy) = 0. (3.2.2.1p)
86
→
R R
= S ∂t B + C iV B
B −
R R R
S ∂t B = δt S C iV B.
B − iV B = 0 →
R R R
C E + δt S C
(E − iV B) = 0.
R R
δt S B + C (3.2.2.1r)
3.3. Chamando-se:
~0 = E
E ~ − V~ × B,
~ (3.2.2.1t)
87
~ = E
E ~ 0 + V~ × B.
~ (3.2.2.1u)
F~em = q E
~ = q (E
~ 0 + V~ × B
~ 0 ), (3.2.2.1v)
F = dΦ, (3.2.2.1w)
Φ = A - V dt, (3.2.2.1x)
~ = ∇ × A,
~ ~ = − ∇V − ~
∂A
B E ∂t
. (3.2.2.1aa,ab)
G = D - H ∧ dt, (3.2.2.2a)
tal que:
(D − H ∧ dt) =
R R R
∂C G = ∂C C j, (3.2.2.2b)
onde:
D = Dx (x, y, z, t) dy ∧ dz + Dy (x, y, z, t) dz ∧ dx +
H = Hx (x, y, z, t) dx + Hy (x, y, z, t) dy +
j = Q - J ∧ dt, (3.2.2.2e)
J = Jx (x, y, z, t) dy ∧ dz +
+ Jy (x, y, z, t) dz ∧ dx +
d(D − H ∧ dt) =
R R R R
∂C G = C dG = C C j=
(Q − J ∧ dt) → dG = j →
R
= C
∂D ∂Dx ∂Dy
Ḋ = ∂t
= ∂t
dy ∧ dz + ∂t
dz ∧ dx +
90
∂Dz
+ ∂t
dx ∧ dy. (3.2.2.2j)
dD = Q, (3.2.2.2k)
dH - ∂t D = dH − Ḋ = J. (3.2.2.2`)
~ = ρ,
∇.D (3.2.2.2o)
~ − ~
∂D ~
∇×H ∂t
= J. (3.2.2.2p)
dQ = dρ ∧ dx ∧ dy ∧ dz =
∂ρ ∂ρ ∂ρ
= ( ∂x dx + ∂y
dy + ∂z
dz)∧dx∧dy∧ dz = 0. (3.2.2.2s)
Q̇ - dJ = 0. (3.2.2.2t)
∇ . J~ + ∂ρ
∂t
= 0. (3.2.2.2v)
dj = 0. (3.2.2.2w)
S = E ∧ H = Sx dy ∧ dz + Sy dz ∧ dx +
+ Sz dx ∧ dy, (3.2.3.1a)
?S = ?(E ∧ H) =
= ?[Sx dy ∧ dz + Sy dz ∧ dx + Sz dx ∧ dy] →
?S = Sx dx + Sy dy + Sz dz = Sx x̂ + Sy ŷ + Sz ẑ.
~ = E
S ~ × H.
~ (3.2.3.1b)
dS = - Ḃ ∧ H − E ∧ (Ḋ + J) →
Ḃ ∧ H + E ∧ Ḋ + E ∧ J + dS = 0. (3.2.3.1d)
˙
?[?(?B)∧H] ˙ + ?[E∧?(?J)] + (?d?)?S = 0.
+ ?[E∧?(?D)]
~˙ . H
B ~ + E ~˙ + E
~ .D ~ . J~ + ∇ . S
~ = 0. (3.2.3.1e)
∂uem ~ . J~ + ∇ . S
+ E ~ = 0, (3.2.3.1f)
∂t
onde:
uem = 1 ~2 + µ H
( E ~ 2) =
2
= 1 ~ .D
(E ~ + H
~ . B),
~ (3.2.3.1g)
2
1
µem = 2
(E ∧ D + H ∧ B), (3.2.3.1h)
94
pois:
1
?µem = 2
?[E ∧ ?(?D)] + ?[H ∧ ?(?B)] →
uem = 1 ~ .D
(E ~ + H
~ . B).
~
2
∧ H + E ∧ Ḋ) + E∧J +
R R H
V (Ḃ V A S = 0. (3.2.3.1i)
F = B + E ∧ dt =
= Bx dy ∧ dz + By dz ∧ dx + Bz dx ∧ dy + Ex dx ∧ dt +
+ Ey dy ∧ dt + Ez dz ∧ dt →
F = Hx dy ∧ dz + Hy dz ∧ dx + Hz dx ∧ dy +
+ Ex dx ∧ dt + Ey dy ∧ dt + Ez dz ∧ dt. (3.2.4.1a)
1
F= 2
Fµν dxµ ∧ dxν , (3.2.4.1b)
Hz − Hy Ex
0
− Hz 0 Hx Ey
Fµν = . (3.2.4.1c)
Hy − Hx 0 Ez
− Ex − Ey − Ez 0
Observações
1. Equações de Maxwell no Espaço-Tempo:
Grupo Homogêneo. Esse grupo é dado pela expressão
(3.2.2.1e):
dF = 0. (3.2.4.1d)
1
= 3!
(∂λ Fµν + ∂ν Fλµ + ∂µ Fνλ ) dxλ ∧ dxµ ∧ dxν = 0 →
F = dΦ, (3.2.4.1f)
Φ = A - V dt, (3.2.4.1g)
Φ ≡ A = Aµ dxµ . (3.2.4.1h)
F = dA = d(Aµ dxµ ) =
Fµν = ∂µ Aν − ∂ν Aµ . (3.2.4.1j)
dF = ddA = 0,
G = D - H ∧ dt =
= Dx dy ∧ dz + Dy dz ∧ dx + Dz dx ∧ dy − Hx dx ∧ dt -
- Hy dy ∧ dt − Hz dz ∧ dt →
G = Ex dy ∧ dz + Ey dz ∧ dx + Ez dx ∧ dy -
- Hx dx ∧ dt − Hy dy ∧ dt − Hz dz ∧ dt. (3.2.4.2a)
Ez − Ey − Hx
0
− Ez 0 Ex − Hy
Gµν = . (3.2.4.2c)
Ey − Ex 0 − Hz
Hx Hy Hz 0
Observações
1. Equações de Maxwell no Espaço-Tempo:
Grupo Não-Homogêneo. Esse grupo é dado pela expressão
(3.2.2.2h):
98
dG = j ⇐⇒ d j = 0. (3.2.4.2d)
?F = − Hx dx ∧ dt − Hy dy ∧ dt − Hz dz ∧ dt +
+ Ex dy ∧ dz + Ey dz ∧ dx + Ez dx ∧ dy.
G=?F → d (? F) = j. (3.2.4.2e)
1
= 2 × 2
µνρσ dF µν ∧ dxρ ∧ dxσ →
1
d (? F ) = 3!
[µνρσ ∂τ F µτ ] dxν ∧ dxρ ∧ dxσ . (3.2.4.2f)
1
j= 3!
[µνρσ j µ ] dxν ∧ dxρ ∧ dxσ , (3.2.4.2g)
∂τ F µτ = j µ . (3.2.4.2h)
? d ? F = ? j.
δ F = δ dA = ? j, (3.2.4.2i)
δ A = 0, (3.2.4.2j)
(δ d + d δ) A = ? j → 2 A = − ? j. (3.2.4.2k)
100
1
F ∧ ? F − j ∧ A),
R
S[A] = (− 2
(3.2.4.3a)
A’ = A + d Λ.
1
d(A + d Λ) ∧ ? d(A + d Λ) -
R
S[A’] = S[A + d Λ] = [− 2
- j ∧ (A + d Λ)] = S[A] − j ∧ d Λ.
R
(3.2.4.3b)
d(j ∧ Λ) = [d j ∧ Λ + (−1)p j ∧ d Λ] = j ∧ Λ.
R R R
D D ∂D
j ∧ d Λ = 0.
R
1
d(A + a) ∧ ? d(A + a) -
R
S[A + a] - S[A] = [− 2
1
- j ∧ (A + a)] − dA ∧ ? dA − j ∧ A) →
R
(− 2
a ∧ ? (− δ dA + ? j).
R
S[A + a] - S[A] = (3.2.4.3d)
S[A + a] - S[A] = 0,
δ dA = ? j,
REFERÊNCIAS
ASPECTOS CONTEMPORÂNEOS DA
MECÂNICA QUÂNTICA1
4.1 INTRODUÇÃO
De um modo geral, os trabalhos de pesquisa em fron-
teira de Fı́sica, publicados em revistas, destinam-se a especia-
listas com experiência (em nı́vel de mestrado, de doutorado,
ou de pós-doutorado) em determinado aspecto da pesquisa
em questão. Dificilmente, alunos de graduação, com conhe-
cimento apenas de Fı́sica Básica, poderão entendê-los. Neste
artigo, vamos dar exemplos de trabalhos publicados nessas
revistas e que, contudo, podem ser estudados por alunos que
tenham feito um curso introdutório de Mecânica Quântica
na graduação,[1] trabalhos esses envolvendo sistemas quânticos
de dois nı́veis, propagadores de Feynman, e evolução tem-
poral do pacote de onda de Schrödinger.
4.2 SISTEMAS QUÂNTICOS DE VÁRIOS NÍVEIS
4.2.1 Formalismo
Quando o hamiltoniano H de um sistema fı́sico é co-
nhecido, é possı́vel prever sua evolução temporal a partir de
condições iniciais dadas, resolvendo a equação de Schrödin-
ger. Se H é um hamiltoniano independente do tempo [H(~r)],
este problema tem uma solução relativamente simples, já que
basta usar a técnica da separação de variáveis para obtermos
a solução daquela equação.
Seja, então, a equação de Schrödinger:
1
Este artigo foi publicado na Revista Brasileira de Ensino de Fı́sica 19 (1):
49-63 (1997) e assinado por José Maria Filardo Bassalo e Mauro Sérgio Dorsa
Cattani.
106
∂Ψ(~
r ,t)
H(~r)Ψ(~r, t) = i h̄ ∂t
. (4.2.1)
onde | Ψ(o)
n ) > é solução da seguinte equação de autovalores:
onde:
(o) (o)
Ek − En
ωkn = h̄
, (4.2.11)
e:
(o)
Vkn = < Ψk | V | Ψ(o)
n >. (4.2.12)
108
i
+ cβ (t) | ψβ > e− E t
h̄ β , (4.2.13)
1
ċα = h̄
[cα (t) Vαα (t) + cβ (t) Vαβ (t) eiωαβ t ], (4.2.14a)
ċβ = 1
h̄
[cα (t) Vβα (t) e− iωαβ t
+ cβ (t) Vββ (t)], (4.2.14b)
onde:
Eα − Eβ
ωαβ = h̄
,
1
ċα (t) = ih̄
[cα (t) Vαα (t) + cβ (t) Vαβ (t) eiωαβ t ],
ċβ (t) = 1
ih̄
[cα (t) Vβα (t) e− iωαβ t
+ cβ (t) Vββ (t)],
E − Eβ
com ωαβ = α h̄ e Vn,k (com n, k = α eβ) definido pela
expressão (4.2.15).
Se V(t) representa a interação dipolo-dipolo entre as
moléculas de amônia, teremos que Vαα = Vββ e Vαβ = Vβα
é uma função real.[16] Desse modo, as expressões (4.2.14 a,b)
serão dadas por:
1
ċα (t) = ih̄
[cβ (t) Vαβ (t) eiωαβ t ], (4.2.16a)
ċβ (t) = 1
ih̄
[cα (t) Vβα (t) e− iωαβ t
]. (4.2.16b)
ih̄ dcdt
α (t)
= cβ (t) Vαβ (t) eiωαβ t , (4.2.18a)
dcβ (t)
ih̄ dt
= cα (t) Vαβ (t) eωαβ t ]. (4.2.18b)
iωαβ t
i
R
− Vαβ (t) e dt
cα (t) + cβ (t) = A e h̄ . (4.2.20)
iωαβ t0
i
Rt
− Vαβ (t0 ) e dt0
cα (t) + cβ (t) = e h̄ − ∞ . (4.2.21)
ei α
= cos α + i senα,
112
e:
Rt 0
cβ (t) = ( −i
h̄
) sen [ − ∞ Vαβ (t0 ) eiωαβ t dt0 ], (4.2.22b)
< E| H | E > = EE = Eo - ,
< D | H | D > = ED = Eo + ,
1 [28]
sendo o tempo de tunelamento natural τ dado por: τ = Λ
.
115
i
+ e− E t
h̄ D [ cD (t) | D >] , (4.2.24a)
obedecendo à equação:
∂|ψ(t)>
ih̄ ∂t
= [ H + U(t) ] | ψ(t) >. (4.2.24b)
1
ċE (t) = ih̄
[ cE (t) (EE + UEE ) +
1
ċD (t) = ih̄
[ cD (t) (ED + UDD ) +
Rt
αn (t) = o Unn (t’) dt’, (4.2.26b)
1 2 t+(αE −αD )]
ḃE (t) = b (t)(δ
ih̄ D
+ UED (t))e(i/h̄)[− , (4.2.27a)
ḃD (t) = 1
b (t)(δ
ih̄ E
+ UDE (t))e(i/h̄)[2t+(αD −αE )] . (4.2.27b)
2 i t
ḃE (t) = 1
ih̄
bD (t) (δ + UDE (t)) e− h̄ , (4.2.28a)
1 2 i t
ḃD (t) = ih̄
bE (t) (δ + UDE (t)) e h̄ . (4.2.28b)
onde:
U(t,t) = 1. (4.3.4)
i
U(t + , t) = 1 − h̄
H(t), ( 1). (4.3.5)
[U (t + ,t) − 1] U (t,to ) i
= lim
→o
= − h̄
H(t) U (t, to ),
ou:
dU (t,to )
ih̄ dt
= H(t)U (t, to ), (4.3.7)
i
U(t,to ) = e− h̄
H(t − to )
, (4.3.8)
i
U(t) = e− h̄
Ht
. (4.3.9)
119
i
| ψm >< ψm | ψn > e− En t
< ψn | =
P
= h̄
m,n
i
δmn e− E t
| ψm >< ψn |,
P
= h̄ n
m,n
ou:
i
e− E t
| ψn >< ψn |,
P
U(t) = h̄ n (4.3.11)
n
onde:
i
K(~q, ~qo ; t) = < ~q | e− E t
| ψn >< ψn | ~qo >,
P
h̄ n
n
~2
p
Ho = 2m
, p~ = − i h̄ ∇. (4.3.19a,b)
| p~ >< p~ | d~p = 1,
R
(4.3.20a)
i
< p~ | Uo (t) | p~o > = < p~ | e− H t
h̄ o | p~o > =
i ~2
p
= < p~ | e− h̄ 2m
t
| p~o > =
i p2 i p2
= e− h̄ 2m
t
< p~ | p~o > = e− h̄ 2m
t
δ (~p − p~o ). (4.3.23)
1 i
p
~.~
q
< ~q | p~ > = ` e h̄ , (4.3.24a)
(2πh̄) 2
1 i
p
~o .~
qo
< p~o | ~qo > = ` e h̄ , (4.3.24b)
(2πh̄) 2
p 2
i
1
e− [ 2m t − p q − q~o )]
~.(~
R
Ko (~q, ~qo ; t) = (2πh̄)`
h̄ d~p. (4.3.25)
b2
q
e−
R∞ 2 iπ i
− ∞ e[i(ax + bx)]
dx = a
4a2 , (4.3.26)
Usando-se a expressão:[38]
q − q
(~ ~o )2
1 1
δ(~q − ~qo ) = ` lim
→o
{ ` e[−
]
}, (4.3.28)
π2 ε2
123
1
L= 2
[a(t) q̇ 2 − b(t) q 2 ] + c(t) q. (4.3.30)
∂ 2 ψ(q, t)
i ∂ψ(q,
∂t
t)
= − 1
2a(t) ∂q 2
+
Considerando-se o ansatz:[41]
124
φ(q̄, τ ) = ei f (q̄,τ )
χ(q̄, τ ) (4.3.33)
∂ 1 ∂2 ∂χ p0 s0 1 ∂f
[i µ ∂τ
+ 2 a s2 ∂ q̄ 2
] χ − i ∂ q̄
[µ s
+ q̄ µ s
− as2 ∂ q̄
]+
2 p0 ∂f
+ 1
2 a s2
[i ∂∂ q̄f2 − ( ∂f
∂ q̄
)2 ] + µ s ∂ q̄
+
s0 ∂f ∂f 1
+ q̄ µ s ∂ q̄
-µ ∂τ
− 2
b s2 q̄ 2 -
- b s p q̄ + c s q̄ + c p χ = 0. (4.3.34)
1 √ 1
f= 2
a s ṡ q̄ 2 + a s ṗ q̄ + i`n s + 2
a p ṗ +
Rt
+ 1
2
c(t0 ) p(t0 ) dt0 , (4.3.35)
ȧ b
s̈ + a
ṡ + a
s = 0, (4.3.36)
ȧ b c
p̈ + a
ṗ + a
p = a
, (4.3.37)
ṡ ȧ µ̇
2 s
+ a
+ µ
= 0, (4.3.38b)
1 ∂ 2 χ(q̄,τ ) ∂χ(q̄,τ )
2 Mo ∂ q̄ 2
+ i ∂τ
= 0, (4.3.39)
Mo 1
Klivre (q̄f , q̄o ; τ, τo ) = [ 2 π i h̄ (τ − τo )
]2 ×
2
i Mo (q̄f − q̄o )
h i
× exp 2h̄ (τ − τo )
, (4.3.41)
h i
× exp − i f ∗ (q̄o , τo ) , (4.3.42)
Mo 1
K(qf , qo ; tf , to ) = [ 2 π i h̄ sf so (τ − τo )
]2 ×
i
× exp h̄
[ 12 (af sf ṡf q̄f2 − ao so ṡo q̄o2 ) +
+ (af sf ṗf q̄f − ao so ṗo q̄o ) + 12 (af pf ṗf − ao po ṗo )] ×
126
i R tf
× exp h̄
[ 12 to c(t) p(t) dt +
Mo
+ 2(τ − τo )
(q̄f − q̄o )2 ] , (4.3.43)
onde:
com:
dx
x = a ou s ou p; y = f ou o; ẋ = dt
.
~2
p h̄2 ∂ 2
Ho = 2m
= − 2m ∂x2
, (4.4.1)
1 (x − a)2
ψ(x, 0) = [2πσ 2 ]− 4 e[− 4σ 2
]
, (4.4.5a)
(x − a)2
| ψ(x, 0) |2 = √1
σ 2π
e[− 2σ 2
]
, (4.4.5b)
(x − a)2
2 1√ [− ]
| ψ(x, t) | = σ(t) 2π
e 2σ 2 (t) , (4.4.6a)
onde:
h̄2 t2 12
σ(t) = (σ 2 + 4m2 σ 2
) . (4.4.6b)
128
(∆p)2o t2
(∆x)2t = (∆x)2o + m2
. (4.4.7)
V = - F(t).x. (4.4.10)
B 3 t2
| ψ(x, t) |2 = Ai2 { B2 [x − 4 m2
-
h̄ 3
1 Rt
- m o F (τ ) (t − τ ) dτ ] }. (4.4.13)
onde:
x’ = x
γ(t)
+ α(t), t0 = η(t). (4.4.16b,c)
η̇ γ 2 = 1, β = √1 , (4.4.18a,b)
γ
2 g2 2 α̇ γ̇ g1
γ̈ + m
γ = 0, α̈ + γ
− m γ
= 0, (4.4.19a,b)
onde:
F= m
2
γ 4 α̇2 + m γ 2 f˙. (4.4.21)
i
R t0
0 0 0 0 [− F (t00 ) dt00 ]
ψ1 (x , t ) = ψ2 (x , t ) e h̄ o , (4.4.22)
g1 (τ 0 )
Rt Rτ
+ o
dτ
γ 2 (τ ) o m
γ(τ 0 ) dτ 0 ] . (4.4.24)
B3
Caso 2: g1 (t) = 2 m γ 3 (t)
.
Neste caso, integrando-se a expressão (4.4.24), obtém-
[56]
se:
1
| ψ(x, t) |2 = γ(t)
Ai2 [ B2 x
]. (4.4.28)
h̄ 3 γ(t)
NOTAS E REFERÊNCIAS
R R
| ~q >< ~q | d~q = 1, | ~qo >< ~qo | d~qo = 1. (4.3.10d)
ASPECTOS CONTEMPORÂNEOS DA
TEORIA DA GRAVITAÇÃO1
dr2
ds2 = c2 dt2 (1 − β 2 ) − (1−β 2 )
− r2 (dϑ2 + sen2 ϑdφ2 ). (5.3.3)
(m - m0 ) c2 + m Φ(r) = 0, (5.3.4)
dr2
ds2 = c2 [1 + 2Φ(r)/c2 ] dt2 − [1 + 2φ(r)/c2 ]
-
0ν ∂xα ∂x 0µ
V ’µ U = ∂x 0µ ∂xβ
Vα U β =
∂xα
= ∂xβ
Vα U β = δβα Vα U β , (5.4.1)
0ν
de onde vemos que V ’µ U = Vα U α = invariante.
151
~ 2 = Uµ U µ = gµν Uµ Uν = gαβ Uα Uβ .
U
0 0 ∂xα ∂xβ
G ’µν = U µν − V µν = ∂x 0µ ∂x 0ν
(Uµν − Vµν ).
D(Uµ U µ ) = d(Uµ U µ ) →
Dµ Dµ f = f;; µ
µ = ∂µ (g µν ∂ν f ) + Γµαµ g αν ∂ν f. (5.4.12)
√
= ( 12 g) ∂α g = ∂α log g. (5.4.14)
√ √ µν
f;µ
;µ = (1/ g)∂µ ( g g ∂ν ) f. (5.4.15b)
µ √ √
Uµ
R H
U;µ g dΩ = g dSµ , (5.4.16)
λ
Dµ Dν Uσ − Dν Dµ Uσ = Rσµν Uλ , (5.4.17)
onde:
R2 R2 q
s12 = 1 ds = 1 gµν dxµ dxν , (5.4.21)
dxµ δ (dxν )
i
= gµν ds ds
ds. (5.4.23)
h i2 h i
dxµ R2 d dxµ
= (δ xν ) gµν ds
− 1 ds gµν ds
δ xν ds.
1
R2 1 dxµ dxν
δ s12 = 1 2 ds ds
(∂σ gµν ) -
161
h i
d dxµ
- ds
gµσ ds
δ xσ = 0. (5.4.24)
dv µ
= gµν ds
+ v µ (∂τ gµν ) v τ ,
dxα
onde definimos vα = ds
. Desse modo, obtemos:
1 dv µ
2
v µ v ν (∂σ gµν ) − gµσ ds
− v µ v τ (∂τ gµσ ) = 0.
1
v µ v τ (∂τ gµσ ) = 2
v µ v τ (∂τ gµσ + ∂µ gτ σ ),
resulta:
dv µ
gµσ ds
+ Γσ,τ µ v µ v τ = 0, (5.4.25)
onde:
1
Γσ,τ µ = 2
(∂τ gµσ + ∂µ gτ σ − ∂σ gµτ ). (5.4.26)
dv µ dv α
gασ gµσ ds
+ g ασ Γσ, τ µ vµ vτ = ds
+ Γατµ v µ v τ = 0.
d2 xα µ dxτ Dv α
ds2
+ Γατµ dx
ds ds
= Ds
= 0 (α, µ, τ = 1, 2, ..., N). (5.4.27)
α
Ao longo de uma geodésica, Dv Ds
= 0, o vetor veloci-
α dxα
dade v = ds , que é tangente à curva em cada ponto,
é constante. Num espaço Euclideano, como os sı́mbolos de
2 α
Christoffel são nulos, teremos, simplesmente, ddsx2 = 0, que
integradas geram as retas xα − xα0 = v α s onde xα0 e vα
são constantes de integração. As geodésicas, num espaço Eu-
clideano, sendo retas, dão as distâncias mais curtas entre dois
pontos. Um outro exemplo interessante é o que se obtém
em uma superfı́cie esférica de raio a. Lembrando que x1 = ϕ
e x2 = φ e, usando os valores do tensor métrico vistos na
secção (5.4.1), as equações da geodésica [expressão (5.4.27)]
se reduzem ao par:
2
d dϕ dφ
ds
a2 ds
− a2 sen ϕ cos ϕ ds
= 0, (5.4.28a)
d dϕ
ds
a2 sen2 ϕ ds
= 0. (5.4.28b)
φ = constante e a ϕ = s ou a ϕ = π/2 e a φ = s,
Assim, se ds = 0, teremos ( d~ x 2
dt
) = v 2 = c2 . Por outro
lado, integrando as equações da geodésica, obtemos linhas re-
tas. Desses resultados, vemos que, num espaço de Minkowski,
uma geodésica nula pode ser interpretada fisicamente como a
história do movimento de um raio de luz. Esta mesma inter-
pretação se mantém quando um fóton se movimenta em um
campo gravitacional.
5.5 AS HIPÓTESES BÁSICAS DA TEORIA
DA GRAVITAÇÃO
Conforme vimos antes, o espaço dos eventos fı́sicos da
R.R., denominado de espaço de Minkowski, é um espaço Rie-
manniano quadridimensional plano com uma métrica pseudo-
Euclideana. Entretanto, como mostramos na secção 1, a geo-
metria de Minkowski é alterada devido à presença de um
164
2 α α
se que ddsx2 = dvds = 0. Ou seja, nesse sistema a acel-
α
eração dvds é nula e, conseqüentemente, a velocidade vα = con-
stante. Obviamente, num sistema de coodenadas curvilı́neas
os Γαµν não se anulam e a partı́cula, apesar de não estar sob a
ação de nenhuma interação, possui acelerações inerciais. Em
R.G., numa generalização óbvia da R.R., postula-se que uma
α
partı́cula livre descreve uma geodésica. Como Dv Ds
= 0, temos,
como conseqüência, a constância absoluta da velocidade vα .
A hipótese de que partı́culas livres descrevem geodésicas é de-
nominada de princı́pio geodésico e corresponde a uma ex-
tensão do princı́pio da inércia de Galileo. Assim, unificando
inércia e gravitação, eliminamos o conceito de força externa
transformando a teoria da gravitação em geometria pura.
Para terminar essa secção, vale a pena notar que ape-
sar de muitos anos de trabalho com a teoria da relatividade,
cujo formalismo matemático é muito bonito e elegante, senti-
mos grande dificuldade com os conceitos relativı́sticos, tanto
no nı́vel da intuição como na linguagem usual. A familiari-
zação com o formalismo, que nos fez apreciá-lo, não ajudou
muito a nossa intuição. Não possuı́mos experiência sensorial
direta do espaço-tempo quadridimensional ou de quaisquer
outros conceitos usados pela teoria.[1,2]
5.6 GRAVITAÇÃO E MATÉRIA
Vimos na secção 5.5 como uma parte das leis da gravi-
tação pode ser formulada postulando que o espaço-tempo é
uma variedade Riemanniana e que todas as acelerações devi-
das a forças gravitacionais e inerciais têm uma origem métrica.
Agora vamos relacionar o campo gravitacional com a matéria
que o gera. Queremos, novamente, chamar a atenção para
o fato de que os argumentos que usaremos para obter essas
equações, como também os utilizados na secção anterior, não
podem ser considerados rigorosos. Eles parecem ser os mais
simples, e de certo modo os mais razoáveis, que sabemos for-
mular.
166
Dν T µν = T;νµν = 0, (5.6.3)
Gµν = k T µν , (5.6.4)
∇2 Φ = − 4 π G ρ.
NOTAS E REFERÊNCIAS