Ulfpie046667 TM Tese
Ulfpie046667 TM Tese
Ulfpie046667 TM Tese
INSTITUTO DE EDUCAÇÃO
TRABALHO DE PROJETO
2014
UNIVERSIDADE DE LISBOA
INSTITUTO DE EDUCAÇÃO
2014
Resumo
The diagnosis made at the beginning of the study allowed us to understand the
importance and, simultaneously, the lack of distance training for trainers in the business
world. Accordingly, in the context of this Master’s degree programme, a course "E-
tutor: Pedagogical Expertise"- which main objective is to train e-tutors, namely the
distance trainers, was developed and implemented.
À minha mãe, pai e irmãos que sempre me apoiaram e motivaram para alcançar este
grande objetivo, entre tantos outros.
Índice
Introdução………………………………………………………………….……1
1.3 – E-Tutor………………………………………………………………………..…24
2.1.1 – Instituição……..……………………………………………………....39
2.2.3 – Atividades…………………………………………………………..…55
Conclusão……………………………………………………………………101
Bibliografia……………………………………………………...…………..104
Anexos
Índice de Gráficos e Imagens
Índice de Anexos
1
A nível estrutural o relatório é composto por três capítulos que abordam o trabalho
realizado no âmbito da Formação Profissional Contínua de Adultos a distância. No
primeiro capítulo faz-se uma contextualização das temáticas através do enquadramento
teórico, com referência ao campo da educação de adultos, à formação profissional e à
formação a distância. Relativamente a este último tema são abordados os conceitos de e-
tutoria e os princípios da formação a distância.
Para finalizar apresento algumas considerações finais, onde explicito uma análise do
trabalho de projeto concebido e implementado ao longo do mestrado, assim como as
dificuldades sentidas e as aprendizagens realizadas durante este percurso.
2
Capítulo I – Enquadramento Teórico
1.1 - Educação e Formação de Adultos
Apesar dos importantes marcos deixados por estes três Movimentos Ideológicos,
a verdade é que ainda hoje se assiste a uma lógica escolarizada na formação de adultos,
tendo-se mantido, pelo menos, dois eixos marcantes: a noção da existência de espaços e
de tempos separados para aprender e para agir (Nóvoa, 1988).
Para Rui Canário (2001), existem cinco características inerentes à forma escolar,
que marcam presença, ainda hoje, na educação:
Uma vez que a finalidade última da educação e da formação é, como nos diz
Josso, “aprender a viver e a gerir as mudanças” (cit. Azevedo, 2005, p.50). Nesse
sentido, cabe à educação de adultos em geral, e à formação profissional em particular, o
papel de colocar à disposição dos indivíduos os meios necessários para o seu
desenvolvimento enquanto pessoas. Como Paulo Freire (1997) referiu um dia… “se a
educação não pode tudo, alguma coisa fundamental a educação pode” (cit. Macedo, et
al., 2001, p.128). Este pensamento é estruturante no campo da educação de adultos, por
se considerar a importância do educando ser entendido enquanto sujeito na construção
do conhecimento e de contribuir, individual e coletivamente, para a mudança social.
Por fim, Canário cita Marcel Lesne (1978) que assume que “as pessoas a quem
consensualmente atribuímos a designação de ‘formadores de adultos’ não são mais que
agentes reconhecidos socialmente, instituídos e a quem é delegada a tarefa de exercer
uma função de formação”, pelo que, de facto se coloca a questão da profissionalização
enquanto critério indispensável ao exercício desta função, como o próprio refere.
Contudo, é importante destacar que, apesar da importância da Formação Profissional em
Portugal, o papel do formador ainda é visto enquanto mera atividade, ou seja, não tem o
estatuto de profissão.
Santos Silva afirmou em 1990 (p.12, cit in Canário, 2008), que “nas últimas
quatro décadas, a educação de adultos foi-se constituindo como um campo específico”.
Contudo, na década de 90 e partir do séc XXI, obteve um lugar especial nas políticas
sociais portuguesas, tendo sido atribuídos financiamentos para a formação profissional,
ainda que nem sempre da forma mais adequada. Estes financiamentos, que não foram
bem aplicados, fomentaram a formação profissional tendo por base uma lógica de
oferta, sem que se procurasse associar o processo formativo à dimensão do
desenvolvimento organizacional. Este processo, que envolveu gastos de milhões de
euros, conduziu ao descrédito das dinâmicas de Formação Profissional em Portugal,
baseadas nas políticas públicas.
Com o aumento das trocas comerciais, nos séculos XIV e XV, e com a
consequente divisão do trabalho decorrente de novas profissões não ligadas à
agricultura, a formação profissional obteve uma maior visibilidade. Todavia, com a
revolução industrial e a introdução da mecanização das tarefas nos meios fabris houve
um retrocesso que resultou na diminuição da procura de formação profissional.
Posteriormente, com o período de recuperação económico vivida no pós-guerra, a
Europa viveu, com o ressurgimento da Indústria, os “30 Gloriosos Anos”, período
marcado por uma baixa expressividade de desemprego, considerado mesmo como
inexistente. Assiste-se a uma expansão da formação contínua, numa lógica supletiva, a
qual tinha como função colmatar as lacunas patentes na formação inicial.
10
Nos anos cinquenta surgiu na Europa a “escola de massas” cujo objetivo
consistia em proporcionar o acesso à aprendizagem a todas as crianças, de modo a
adquirirem competências essenciais para a vida e contribuírem para o desenvolvimento
da sociedade. Deste modo, a escola iniciou uma nova fase da qual se destacava a função
de socialização de todas as crianças. Pretendia-se que a escola tivesse um carácter
democrático de modo a potenciar o aumento do número de alunos e dos anos de
escolarização, tendo para este efeito contemplado tais alterações a nível da Lei de Bases
do Sistema Educativo.
Desde os anos 70, devido à crise económica mundial, fruto do primeiro choque
petrolífero, até à atualidade verificaram-se rápidas alterações no sistema económico, que
conduziram a mudanças substanciais no mercado de trabalho. Ao longo desse período,
passámos do emprego para todos e para toda a vida para elevadas taxas de desemprego,
grande precariedade e instabilidade nos vínculos laborais. Partindo deste cenário de
grande instabilidade e imprevisibilidade, percebeu-se “que haveria que preparar os
trabalhadores para as novas condições de produção” (Lopes, 1995, p.54), já que se
tornava cada vez mais evidente um desajustamento entre as necessidades do mercado e
as capacidades dos trabalhadores.
11
Entendendo-se por formação profissional, “um conjunto de atividades que
visam, essencialmente, a aquisição de capacidades práticas, conhecimentos e atitudes
requeridas para o desempenho de uma função ou grupo de funções, constituindo uma
profissão, ou grupo de profissões, em qualquer um dos ramos da atividade económica”
(Aníbal & Costa, 1988, p.29). A formação profissional visa colmatar as lacunas do
funcionamento do mercado de emprego, assim como melhorar a relação entre o
trabalhador e o posto de trabalho (Lopes, 1995).
12
Roux (1996) refere no seu estudo que, a formação não gera ‘automaticamente’
as competências nos indivíduos; mas tem um importante papel na preparação de um
terreno favorável à emergência das competências. Esta ideia encontra uma expressão
ainda mais visível no que concerne à formação das competências transversais, quando
comparada com a formação de cariz técnico. A formação assume, efetivamente, uma
base incomparável do desenvolvimento do Ser Humano em todos os seus níveis, pessoal
e profissional, mas é um recurso que não se esgota em si mesmo – o próprio indivíduo
tem necessariamente um papel ativo sobre o seu percurso formativo.
13
Uma abordagem esquemática desta questão permite desenhar esta realidade da
seguinte forma:
Permanente Mudança
Competências
Saber Multivalência
Saber-fazer Polivalência
Saber-viver Desempenho
Deste modo, podemos afirmar que os recursos humanos são, nas organizações,
um fator fulcral na medida em que é através destes que as organizações atingem, ou
não, o sucesso. É possível, inclusive, afirmar que todos os outros fatores estão
dependentes dos recursos humanos para gerar out-puts, até nas empresas mais
tecnologizadas. Como tal, a formação profissional atua ao nível da tomada de
15
decisões e da capacidade de escolha de alternativas, sendo considerada um “instrumento
estratégico de gestão” (Cardim, 1993).
De acordo com Canário (2004), existe uma relação de incerteza entre a formação
profissional e o mundo do trabalho na medida em que, atualmente, a transferência das
aprendizagens para o posto de trabalho não é tão efetiva como terá sido numa fase
primordial da formação profissional e académica. Para além da formação
16
técnica, torna-se importante preparar profissionais para o desempenho de funções que
estão em constante mutação e atualização, colmatando as questões relativas à
caducidade da informação. Nesta perspetiva, torna-se muito importante investir em
práticas de formação profissional orientadas para a resolução de problemas e para a
formação em contexto de trabalho, baseadas na reflexão e pesquisa. Com a precariedade
do emprego e a instabilidade do mercado de trabalho somos levados a reconhecer a
importância da aprendizagem como um processo permanente, a partir do qual os
sujeitos desenvolvem competências, reconvertem-se e alteram as suas qualificações, em
detrimento de uma formação profissional focada da aprendizagem para uma profissão
(Canário, 2004). As mudanças aceleradas nas organizações requerem trabalhadores
capacitados para lidar com estas dinâmicas. Com isto, pretende-se passar de uma
“cultura de dependência e de execução, para uma cultura de interação e de resolução de
problemas, o que apela a capacidades de natureza analítico-simbólica para equacionar
problemas imprevisíveis e não apenas a capacidades que permitam mobilizar as
respostas ‘certas’, aprendidas na formação, para dar resposta a situações
estandardizadas” (Canário, 2004).
“a Educação de Adultos parece ter voltado, nos anos 90, ao centro dos
debates técnicos e políticos sobre educação. Em parte por razões que se
prendem com a revalorização da relação entre educação e cidadania, em
parte por causa da consciência da primacialidade do conhecimento como
fator de desenvolvimento das economias contemporâneas” (p. 79).
São novas lógicas e novos dispositivos de formação que surgem, mais abertos e
responsabilizantes, integrados na atividade de trabalho e centrados na figura do sujeito
que se está a formar, o que conduz Licínio Lima (1988) a assumir que “perante novas
dinâmicas emergentes na sociedade portuguesa a nível social, económico, político, cabe
à educação de adultos um papel estratégico que só por miopia política pode deixar de
ser consagrado” (cit. in Cavaco, 2001, p.14).
Nesta lógica, a formação dos recursos humanos do país passou a representar uma
prioridade para os governantes. O Estado Português assume-se, pois, em parceria com a
Comunidade Europeia, como a principal base de sustentação da formação, procurando
uma articulação entre a realidade nacional e os determinantes advindos da União
Europeia. Assim, e tendo em vista a construção de um Espaço Europeu promotor do
desenvolvimento económico, social e de bem-estar, a Comunidade vê-se forçada a
desenvolver soluções para as inegáveis assimetrias patentes entre os Estados-Membros,
a fim de fazer face ao clima, instaurado, de elevada competitividade gerado pelos
mercados das grandes potências económicas. A principal aposta centra-se então na
“preparação profissional dos Recursos Humanos disponíveis, atribuindo-lhes os saberes
necessários para aquilo que se perspetiva que venham a ser os novos perfis de
qualificação profissional, assente em competências que ‘combinem as tecnologias de
informação e as qualificações tradicionais’ (Tavares, 1996, p.20).
23
operacionalização prática deste importante eixo da sociedade atual.
1.3 – E-Tutor
Os e-tutores são, por excelência, o rosto de uma entidade ao nível dos processos
formativos, como tal, devem estar devidamente preparados e enquadrados relativamente
a esta. O processo de recrutamento e seleção destes profissionais deve ser rigoroso,
assumindo uma importância fulcral para o sucesso dos cursos. No que diz respeito à
especificidade das suas funções, o e-tutor participa em reuniões e contacta diretamente
com a Coordenação em diferentes momentos da formação (antes, durante e depois da
ação), planeia as sessões de formação na plataforma e concebe os suportes de apoio à
aprendizagem e as atividades pedagógicas, em articulação com o gestor da formação, e
dinamiza o curso através do contacto direto com os formandos. A um nível mais
prático, e de acordo com Duggleby (2002, p.125), o e-tutor informa e esclarece os
formandos sobre o programa, objetivos e atividades da formação, assim como introduz
conteúdos e materiais pedagógicos orientando a sua exploração.
De acordo com Collison et al. (2000) o e-tutor pode assumir três papeis,
nomeadamente, de Guia Não Participante em que o e-tutor dirige e conduz as discussões
que ocorrem entre os formandos embora a sua participação seja muito reduzida; de
Instrutor através do qual fornece feedback, orienta e define as regras das interações; e
ainda de Líder do Processo de Grupo, promovendo a participação de todos os
formandos nas discussões, guiando-as com vista ao desenvolvimento de conhecimento e
partilha de ideias. Para desempenhar estas funções necessita de competências a vários
níveis que, segundo Hywel Thomas da Training Foundation se baseiam em 4 P’s. O e-
tutor deverá ser Positivo na medida em que deve estabelecer ligações, entusiasmar os
formandos e auxiliá-los tendo em conta as suas dificuldades; Proativo, de modo a
identificar os momentos em que deve agir e fazê-lo; Paciente, isto é, ser compreensivo
para com as necessidades dos diversos formandos e ajustar as atividades sempre que
27
necessário e se justifique; Persistente, ou seja, servir de guia dos formandos impedindo-
os de se afastarem do foco do curso.
33
Fonte: Adaptado de Figueiredo (2009)
O termo Web 3.0, que tem vindo a ser bastante discutido por especialistas da
área, projeta estruturar todo o conteúdo disponível na rede mundial de computadores
dentro dos conceitos de “compreensão das máquinas” e "semântica das redes”. De uma
forma geral, pretende-se organizar e a utilizar a informação e conhecimento já
existentes na Internet, de uma forma mais inteligente. Ao falarmos da web 3.0 referimo-
nos a uma “web Semântica ou Semantic Web, cujo principal objetivo é a integração, o
intercâmbio e a compreensão semântica da informação, tanto na ótica dos humanos,
como na ótica das máquinas, através da transformação da web de documentos numa
web de dados”. Pretende-se que na Web 3.0 um sujeito que tenha como objetivo
35
descobrir qual o nome de um ator de um filme num motor de pesquisa como o Google
assinale opções (todos os filmes policiais, cenas de perseguição de carros, produzidos
nos últimos cinco anos, por exemplo) para que o motor de pesquisa apresente resultados
com base nas páginas que tem organizadas e agrupadas por temas e assuntos, a
selecionar pelo sujeito. Na Web 2.0 se esse mesmo sujeito tentasse pesquisar por um
ator sem indicar os dados sobre este ou sobre o filme seria praticamente uma tarefa
impossível. A ideia principal da Web 3.0 consiste em passarmos de uma rede mundial
(World Wide Web) que consiste num sistema de documentos hipermédia (vídeos,
imagens) que estão interligados entre si e aos quais acedemos, para uma base de dados
mundial (World Wide Database), que consistirá numa base mundial de todos os dados
existentes na anterior rede mundial. Esta base será, idealmente, gerida por programas
que façam a gestão e utilização adequada de todos os dados existentes na internet.
Em suma, a Web 2.0 permitiu que para além da oferta de informação a Internet
tivesse uma dinâmica comunitária em relação pluridialógica e empenhada entre
«orador» e «audiência», permitindo àqueles que procuram informação também produzi-
la, partilhá-la e distribuí-la. Desta forma, podemos afirmar que o conhecimento é
reutilizado, reconfigurado, renovado e reconstruído pelos utilizadores. De acordo com
Tim O’Reilly (2005), a Web 1.0 era considerada do tipo read-only e a Web 2.0 do tipo
read/write/execute, o que, utilizando uma metáfora se poderá afirmar que, numa ida a
uma biblioteca a Web 1.0 consistia em encontrar uma obra particular e retirar
informação para uso individual, enquanto na Web 2.0 não só vamos à biblioteca como
dialogamos com o autor da obra procurada e contribuímos, sendo coautores e passando
a ter um papel ativo na construção do conhecimento. A Web 3.0 consistirá na
organização dos temas e assuntos existentes na World Wide Web e resultantes da Web
2.0 através de uma base de dados mundial de modo a facilitar o acesso à informação.
37
Capítulo II – Trabalho de Projeto
2.1 – Enquadramento Metodológico
2.1.1 – A Instituição
39
Relativamente à qualidade dos serviços, a B-Training, Consulting tem os cursos
de Formação Pedagógica Inicial de Formadores homologados pelo IEFP (Instituto de
Emprego e Formação Profissional) e está devidamente acreditada pela DGERT
(Direção-Geral do Emprego e das Relações do Trabalho). Cumprindo os requisitos
supracitados, assume-se no mercado «como uma entidade que atua ao nível da
Consultoria Estratégica de Gestão de Pessoas, trabalhando na implementação integrada
de soluções de excelência assentes nos princípios do Desenvolvimento de Ativos
Humanos» (cit in www.b-training.pt, 2014).
Serviços
40
- Formação Intraempresas, destinada a clientes organizacionais, é
concebida em função dos seus destinatários, nomeadamente o contexto. Este serviço
consiste num «serviço especializado de conceção, organização e desenvolvimento de
projetos formativos orientados por uma lógica de valorização do vivido e do portefólio
de experiência dos indivíduos», de acordo com site da B-Training, Consulting (2014).
41
de desenvolvimento de planos personalizados de conceção de processos de Certificação
pela DGERT.
Deste modo, assume-se como “parceiro ideal (…) porque conta com uma equipa
de excelência composta por consultores qualificados e com experiência reconhecida”
garantindo um “serviço de excelência chave na mão” (cit in www.b-training.pt, 2014).
Neste serviço estão incluídos os planos personalizados supramencionados e o apoio
continuado aos clientes ao longo de todo o processo até à respetiva aprovação. Este
serviço constitui uma das áreas core da empresa.
Equipa
42
43
Organograma
Administrativo Contabilidade
Outsourcing
Formação
de RH
Direção Geral
_______________
Controlo de
Gestão
43
2.1.2. – Trabalho de Projeto
Segundo Barbosa e Horn (2008), dois dos princípios que Dewey considera que
definem o trabalho de projeto são o Princípio da intenção – toda a ação, para ser
significativa, precisa de ser compreendida e desejada pelos sujeitos, deve ter um
significado vital, isto é, deve dizer respeito a um fim, ser intencional, tendo um
propósito; e o Princípio da situação-problema – o pensamento surge de uma situação
problemática que exige analisar a dificuldade, formular soluções e estabelecer conexões,
constituindo um ato de pensamento completo.
44
Como se constatou no enquadramento anterior acerca da metodologia de projeto,
não existe apenas uma definição sobre a metodologia de projeto e as suas fases.
Adotámos a estruturação apresentada por Guerra (2002, p.127), que considera existir
quatro fases de construção de um projeto. A primeira fase é caracterizada pela
emergência de uma vontade coletiva de mudança e a constatação dos recursos
(humanos, materiais, simbólicos, etc.) capazes de fornecer a energia suficiente para a
montagem do projeto. A segunda fase pressupõe uma análise da situação e a realização
do diagnóstico que resulta no desenho do plano de ação que constitui a terceira fase. Na
quarta e última fase concretiza-se, acompanha-se e procede-se à avaliação do projeto. A
indefinição que existe acerca do conceito e respetivas fases diz respeito, entre outros
motivos, também à existência de uma linha muito ténue, ou até mesmo, da inexistência
da separação entre as diferentes fases.
De acordo com Guerra (2002, p.135), por norma, num projeto estão implicados
diversos atores que poderão contribuir para a realização do processo de diagnóstico,
nomeadamente, os sujeitos que beneficiam da ação, identificados como público-alvo, os
responsáveis pela ação e que executam o projeto, e os decisores que são responsáveis
pelo “acionamento de recursos e soluções”. As ações de todos os sujeitos estão
interligadas e são necessárias à execução e prossecução do projeto. A um nível mais
pormenorizado Guerra (2002, p.135) assume que o diagnóstico implicará três sub-
etapas que dizem respeito a uma primeira fase de pré-diagnóstico que visa explorar a
informação com base em documentação existente (análise documental) e entrevistas a
informadores privilegiados; uma segunda fase de diagnóstico com base em recolha de
informação realizada por quem está a executar o projeto; e uma terceira fase de
hierarquização dos problemas e desenho de soluções alternativas, isto é, já no decorrer
da execução do projeto, ir ao encontro de soluções alternativas para os problemas que
surgem. Do diagnóstico resultam, por norma, diversos campos de intervenção para
serem criteriosamente analisados. Após esta ação, importa proceder à seleção dos
prioritários, no que Guerra (2002, p.142) intitula de “hierarquizar as prioridades para a
intervenção”. O nível de gravidade de cada um dos problemas identificados é um dos
requisitos para a respetiva seleção. Para este efeito é necessária uma análise a longo
prazo sobre cada um dos elementos, por parte da equipa responsável pelo planeamento.
Deste modo, pode ser concebida uma grelha de hierarquia de prioridades de intervenção
onde se faz a ligação entre os problemas identificados e os critérios de avaliação dos
mesmos.
Antecipação
(Reflexão
Prospetiva)
Triângulo Grego
Apropriação da Prospetiva
(Motivação e Ação (Vontade
Mobilização) Estratégica)
Numa primeira fase importa definir os objetivos gerais que são o principal
propósito do projeto e, numa segunda fase, os objetivos específicos, que consistem na
decomposição dos objetivos gerais em objetivos mais facilmente concretizáveis e que,
no seu todo, permitem atingir os objetivos gerais primeiramente definidos. Após definir
os objetivos é necessário refletir sobre como poderão ser atingidos, ou seja, que
estratégias poderão ser mobilizadas. A máxima do planeamento estratégico indica-nos
que “plans are nothing, planning is everything” aludindo à questão de que os planos, por
norma, são muito inflexíveis e que o importante é o planeamento, como refere Guerra
(2002). Deste modo, a estratégia diz respeito à articulação entre os recursos e os
objetivos visando a “elaboração de um pensamento diretor em torno do qual se
estruturam de forma mais ou menos coerente, as decisões fundamentais” (Guerra,
2002). Trata-se, portanto, de opções definidas como linhas de orientação. Imperatori e
Giraldes (1996, cit in Guerra, 2002) afirmam que “a etapa de seleção de estratégias é
uma das etapas fundamentais num processo de planeamento”, uma vez que são estas
que clarificam as grandes orientações do trabalho.
50
B-Training, Consulting, procurando um equilíbrio entre os objetivos, o tempo
disponível, a equipa pedagógica e, essencialmente, os recursos disponíveis.
Após a primeira fase que Guerra (2002, p.127) identifica como a “emergência de
uma vontade coletiva de mudança e constatação dos recursos” procedeu-se à
implementação de uma segunda fase que a mesma identifica como “análise da situação
e a realização do diagnóstico”. Para a realização do diagnóstico, nas suas três fases,
assim como nas etapas seguintes do projeto, foram mobilizadas diversas técnicas e
fontes de recolha de informação, nomeadamente:
51
a distância. Este referencial foi o ponto de partida para a definição dos objetivos
e conteúdos do programa do curso a ser concebido;
52
reflexão, e consequente desenvolvimento de novas ideias, assim como realizar
algumas conclusões sobre o trabalho;
2.2.2 – Objetivos
53
Training, Consulting não é possível dedicarmo-nos a um só projeto por tempo
indefinido, pelo que o planeamento foi fundamental.
54
Deste modo, a conceção do programa de formação será realizado em cinco fases:
1) análise dos contextos de partida - serão analisadas as competências referenciadas a
contextos de desempenho e concebidos os objetivos de aprendizagem; 2) desenho da
proposta formativa – consistirá na agregação dos objetivos de aprendizagem por
domínios do saber e formas de organizar a formação, assim como o desenho de
itinerários de aprendizagem modularizáveis; 3) organização das sequências pedagógicas
– definição das sequências de conteúdos e respetivos saberes a adquirir e desenvolver.
Ainda nesta fase proceder-se-á à seleção de estratégias de aprendizagem adequadas aos
públicos-alvo e aos contextos; 4) realização de recursos técnico-pedagógicos e
preparação do equipamento de apoio – nesta fase concebem-se os conteúdos e guiões
pedagógicos procedendo-se à respetiva validação. No âmbito do presente projeto serão
apenas planeados tais instrumentos; 5) avaliar a estratégia pedagógica – onde se
procederá à definição da estratégia de avaliação.
2.2.3 – Atividades
Tendo como ponto de partida esta estrutura apresenta-se em seguida uma breve
análise conceptual e reflexiva sobre os diversos pontos que darão origem à definição do
programa do curso, constituindo-se as diversas atividades do projeto.
Destinatários
Modalidades de formação
58
Após a verificação dos objetivos de aprendizagem, a identificação da forma de
organização do curso e a pertinência dos conteúdos importa sequenciá-los, de modo a
torná-los compreensíveis, através da adaptação dos mesmos ao nível de formação,
conhecimentos e características sociais e culturais dos formandos. Os conteúdos serão
definidos, em termos de sequência, do mais simples para o mais complexo uma vez que
as estruturações dos tipos conhecido-desconhecido, concreto-abstrato, geral-particular e
conjunto-partes-partes-conjunto não se aplicam à temática em questão. Os conteúdos
programáticos serão organizados por módulos, que segundo o IEFP (1998, p.6, cit in
IQF, 2004, p.122) consiste numa “unidade de curta duração, completa em si mesma,
com uma função própria e simultaneamente autónoma e integrável com outras unidades
numa estrutura modular de formação”, e visam um desenvolvimento sequencial. Os
módulos dividir-se-ão em três partes seguindo a definição de D’Hainaut e Vasamillet
(1989, cit in IQF, 2004, p.122): o sistema de entrada que permite orientar o formando
no início para os objetivos do módulo articulando-os com os dos módulos anteriores, o
corpo do módulo que consiste no desenvolvimento das atividades e o sistema de saída
que orienta o formando para os conteúdos/módulos seguintes.
Carga Horária
59
Metodologias
Gouveia (2007) afirma que “as modalidades pedagógicas são a forma como o
formador se posiciona na sua atividade formativa, a relação que privilegia entre o seu
papel, o do formando e o objeto da formação”. Os fatores que determinam a seleção dos
métodos e técnicas pedagógicos são, de acordo com o IQF (2004, p.161), as
características iniciais dos formandos e respetivos contextos de entrada, mais
60
precisamente o nível de qualificações dos participantes, os respetivos estilos de
aprendizagem, a motivação para a formação, expetativas, entre outros dados
identificados no diagnóstico de necessidades.
Recursos Pedagógico-didáticos
62
Avaliação do Curso
KirkPatrick (cit in IQF, 2004, p.259) menciona diversas técnicas para avaliação
do processo formativo, nomeadamente questionários para aferição do grau de satisfação
dos formandos, grupos de discussão, entrevistas, comentários por parte dos participantes
e da equipa de formação, assim como a aplicação de instrumentos de controlo. Ao nível
da avaliação das aprendizagens o mesmo autor apresenta como sugestões os testes de
entrada e de saída, os testes orais, os testes de conhecimentos, os testes de performance,
as observações diretas e indiretas, a elaboração de projetos, a autoavaliação, as
63
autoscopias/simulações e os jogos. De entre as técnicas importa selecionar as que
permitam recolher a informação necessária para os diversos atores do processo
formativo, ser trianguladas com outras técnicas, adequadas quanto à natureza do que se
pretende avaliar, aceites pelo público-alvo e que permitam igualmente o tratamento e
análise dos dados dentro do tempo pré-definido no plano de formação (IQF, 2004,
p.260).
Requisitos logísticos
71
3) Destinatários
4) Modalidade de Formação
APRESENTAÇÃO
73
MÓDULO IV – PERFIL DO E-TUTOR
O Formador e o e-tutor
Competências do e-tutor
Premissas de atuação do e-tutor
6) Carga Horária
Deste modo, será definido um cronograma por cada ação a realizar onde consta a
indicação da carga horária estimada por dias (em média um módulo por cada 4 dias),
estabelecendo-se uma data limite para cada módulo assim como para o término do
curso. O horário das sessões síncronas será definido diretamente com a coordenação
pedagógica do curso de acordo com a disponibilidade do e-tutor e respetivos e-
formandos, sendo o único momento em que existe obrigatoriedade de aceder à
plataforma num determinado horário. Em todos os outros momentos os conteúdos estão
acessíveis 24 horas por dia, tornando o processo formativo mais flexível e adaptado às
necessidades de cada formando uma vez que se quebra a barreira dos horários (laboral e
pós-laboral) e do tipo de frequência (contínua – todos os dias – ou intercalada, dois ou
três dias por semana) que caracteriza a forma de organização presencial.
7) Metodologias
75
As atividades deverão fomentar a cooperação de modo a ampliar as
possibilidades de sucesso relativamente às propostas de trabalho apresentadas pelo e-
tutor, são exemplos a aprendizagem em grupo, os debates e o role-play ou
dramatização. Relativamente à última técnica mencionada – role-play ou dramatização
–, e tendo em consideração a vertente de especialização do curso, considera-se ajustado
o planeamento de uma atividade que permita ao formando interpretar o papel de e-tutor
dinamizando um momento formativo, com base num programa de curso concebido pelo
próprio, de acordo com a sua área profissional e/ou académica. Deste modo, a
metodologia de projeto deverá marcar presença no curso que aqui se estrutura, enquanto
atividade pedagógica de intervenção, visando o planeamento de um curso por parte dos
formandos, o que proporcionará uma experiência organizada e planificada com
intencionalidade pedagógica. As atividades baseadas na metodologia de projeto
distinguem-se pela participação dos formandos nos diversos momentos, desde a
conceção ao desenvolvimento e avaliação do projeto. Assim, os formandos trabalharão
competências de nível técnico e pedagógico, e o e-tutor desempenhará o papel de
coordenador/orientador do projeto em questão.
Este método mais ativo por parte dos formandos, e que remete o papel do
formador para uma vertente de tutoria online, considera-se o mais eficaz embora não
permita ao e-tutor ter um papel de destaque ao contrário do que acontece na formação
presencial. A relação que se estabelece é direta entre o formando e o saber, sendo o e-
tutor um mediador entre ambos. A opção pela aplicação diversificada dos métodos e
76
respetivas técnicas permite quebrar a rotina e facilita o desenvolvimento de
competências por parte dos formandos.
8) Recursos Pedagógico-didáticos
9) Avaliação do Curso
Avaliação do Processo
79
experiência de diversos elementos da equipa pedagógica da B-Training, Consulting no
âmbito da formação a distância.
80
qualquer parte do mundo ao processo formativo. Na imagem
foi também incluído o logotipo da B-Training, Consulting.
82
Após realização da atividade o e-formando deverá clicar em “submeter” sendo
então apresentadas novas informações acerca dos procedimentos, mais precisamente a
possibilidade de consultar as respetivas respostas e a solução da atividade.
83
Esta atividade permite aos e-formandos, de forma autónoma, sistematizar alguns
dos conteúdos abordados no módulo e testar os seus conhecimentos com a vantagem de
obter rapidamente as respostas corretas. Outro exemplo de atividade desenvolvida é o
apresentado abaixo em que o objetivo consiste em selecionar para cada tipologia de
plataforma os respetivos exemplos. Deste modo, para realizar a atividade é necessário
clicar no tipo de plataforma que se pretende indicar (no lado esquerdo) e no respetivo
exemplo apresentado (no lado direito).
85
84
Quando se seleciona uma resposta e mesmo que esta esteja incorreta é indicado
o feedback “Resposta Incorreta” e é apresentada a resposta correta.
86
Outro tipo de atividades concebidas foram os testes de conhecimentos como o
abaixo apresentado “As Figuras Profissionais”. Nestes testes são colocadas questões
diversas acerca de uma determinada temática sendo possível obter feedback imediato
assim marcar questões para responder posteriormente.
87
86
Após submissão da resposta é disponibilizado um feedback imediato e
apresentada a resposta correta.
89
A primeira campanha de e-mail marketing para divulgação do curso consistiu
numa newsletter exclusiva que se apresenta em seguida. Posteriormente e de forma
periódica o curso é divulgado com a restante oferta formativa da B-Training,
Consulting. Esta primeira publicitação do curso foi visualizada por cerca de 1459
subscritores dos quais alguns demonstraram interesse em saber mais informações.
90
No desenvolvimento da atividade de publicitação do curso as principais
dificuldades estiveram relacionadas com a definição de uma imagem para o curso que
pudesse ser representada numa newsletter de modo que esta se destacasse de todas as
outras enviadas até ao momento. Deste modo, o autor optou por um layout preto,
jogando com o contraste de cores, o que permitiu desde logo dar destaque à newsletter
uma vez que não é usual a utilização das cores selecionadas. A seleção da informação a
enviar foi outra das dificuldades uma vez que era essencial indicar as mais-valias do
curso e ao mesmo tempo as temáticas a dinamizar sem ser demasiado exaustivo devido
ao objetivo comercial da newsletter. Por fim, e de modo a facilitar a comunicação entre
os interessados e a B-Training, Consulting, foi disponibilizado um botão intitulado de
“Mais Informações? A B-Training, Consulting liga-lhe!” que permitiu a solicitação de
um contacto por parte da equipa comercial, tendo este sido clicado imediatamente cerca
56 vezes.
92
Esta fase decorreu de acordo com o previsto, na medida em que se trata de uma
tarefa realizada habitualmente pelo autor do projeto, embora com algumas
especificidades relativas à distribuição dos conteúdos e layout. Contudo, foi essencial a
realização de testes por parte do autor assim como a disponibilização de uma versão
demonstrativa para testes por parte da equipa pedagógica da B-Training, Consulting que
validou o trabalho realizado.
94
3.4 – Avaliação do Projeto
95
Programa e Materiais
Muito Insuficiente Insuficiente Suficiente Bom Muito Bom
17
16
15 15
14
6 6 6 6
3
2 2
1 1
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
E-Tutoria
Muito Insuficiente Insuficiente Suficiente Bom Muito Bom
16 17
15 15
6 7 6 5
0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0
96
Quanto à e-tutoria, e na sequência do gráfico anterior, a globalidade dos
formandos considera o “domínio dos conteúdos” por parte do e-tutor, assim como a
“metodologia adotada pelo tutor enquanto facilitadora da compreensão dos assuntos
abordados” e a “disponibilidade no esclarecimento de questões” entre o Muito Bom e o
Bom. Apenas a nível da “capacidade para motivar os formandos, em termos de
participação na formação síncrona e assíncrona” um dos formandos considerou ser
suficiente.
0% 0% 0%
23%
77%
97
Avaliação Global
Muito Insuficiente Insuficiente Suficiente Bom Muito Bom
18
14
0 0 0 0 0 0
98
Por fim, a formanda Ana Cristina Delgado refere que
100
Conclusão
103
Bibliografia
Alves, P.; Pires, J. A.; Amaral, L. (2005) - Domus mobile: plataforma de suporte ao
mobile-learning. In IADIS Ibero-Americana WWW/Internet. Lisboa. p.417-421
104
Canário, R. (1997). Nota de Apresentação. In: Rui Canário (Org.). Formação e
Situações de Trabalho. Porto: Porto Editora, pp. 7-12.
Canário, R. (2001). A aprendizagem ao longo da vida – análise crítica de um conceito e
de uma política. Universidade de Lisboa.
Collison, G., Elabaum, G., Haavind, S., & Tinher, R. (2000). Facilitating online
learning – effective strategies for moderators. Madison: Atwoood Publishing
Correia, J. (1997). Formação e trabalho: contributos para uma transformação dos modos
de os pensar na sua articulação. In: Canário, R., Formação e situações de trabalho.
Porto: Porto Editora.
Duggleby, J. (2002). Como Ser um Tutor Online. Lisboa: Monitor 105
Estêvão, C., Gomes, C., Torres, L., Silva, P. (2006). Políticas e Práticas de Formação
em Organizações Empresariais Portuguesas. Relato de uma Investigação. Braga:
Universidade do Minho.
Figueiredo, A. (2009). Estratégias e Modelos para a Educação Online. In: Miranda, G.L.
(2009) Ensino online e aprendizagem multimédia. Lisboa: Relógio d'Água Editores.
IQF (2004). Guia para a Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos. Lisboa: IQF.
Leite, E.; Malpique, M. e Santos, M.R. (1989). Trabalho de Projecto I – Aprender por
Projectos Centrados em Problemas. Porto: Edições Afrontamento.
Lesne, M. (s/d). La formation des formateurs d´adultes. S/l: s/e., pp. 229-278.
106
Nóvoa, A. (1988). A formação tem que passar por aqui: as histórias de vida no Projecto
Prosalus. In: Nóvoa, A. e Finger, M. (Orgs.). O Método (auto) biográfico e a formação.
Lisboa: Ministério da Saúde. Pp. 107-130.
O’reilly, T. (2005). What is the Web 2.0? Design Patterns and Business Models for the
Next Generation of Software. Acedido a 13 de Maio de 2014 em
http://oreilly.com/web2/archive/what-is-web-20.html
Salmon, Gilly (2000). E-Moderating: the key to teaching and learning online. London:
Kogan Page
Páginas Web
Vieira, D. A.; Caires, S.; Coimbra, J. L. (Jan-Jun 2011). Do Ensino Superior para o
Trabalho: Contributo dos Estágios para a Inserção Profissional”. In Revista Brasileira
de Orientação Pessoal, 12, Nº.1, pp. 29-36. Web site. Acedido a 15 de Janeiro, 2014,
em http://repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/15351
108