EV 9 Classe

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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO HUMANO


DIRECÇÃO NACIONAL DE ENSINO SECUNDÁRIO

STOP SIDA STOP COVID-19


FICHA TÉCNICA

Título: O meu caderno de actividades de Educação Visual 9ª Classe


Direcção: Gina Guibunda & João Jeque
Coordenação Manuel Biriate
Elaboradores: Abrão Nhangume & Ventura Mucanze
Concepção gráfica e Layout: Hélder Bayat & Bui Nguyet

Impressão e acabamentos: MINEDH


Revisão: Rui Manjate
Tiragem: xxx exemplares.
Nota explicativa

O presente instrumento designado “O meu caderno de Actividades” define-se como material de


apoio para o professor e o aluno na abordagem de conteúdos do I ciclo de Educação Visual.

No referido instrumento, os conteúdos estão dispostos segundo os programas de ensino das


classes do ciclo, sendo que, as unidades didácticas de repetição, casos por exemplo, da Arte que
é abordada em todas classes do ciclo, do Desenho Geométrico (8ª e 9ª classes), das
Projecções Ortogonais (9ª e 10ª classes), etc. o seu tratamento teórico é observado de forma
sintética na classe de introdução e, nas classes subsequentes de repetição, são propostos apenas
exercícios de aplicação.

Em cada classe do ciclo, primeiro é dada uma visão geral dos conteúdos conforme os programas
de ensino e, a seguir, é abordado cada conteúdo, sinteticamente, com base em definição,
importância, exemplificação e, para consolidação, são sugeridos exercícios e respectivas
soluções.
Indice
Visão Geral dos Conteúdos ............................................................................................... 5
Arte ...................................................................................................................................... 7
1.1 Noções gerais ............................................................................................................... 7
1.2 Definição........................................................................................................................ 7
1.3 Importância da Arte no desenvolvimento integral do ser humano ........................... 7
1.3.1 Arte rupestre .............................................................................................................. 7
1.3.2 Arte Medieval .............................................................................................................. 7
1.3.3 Arte do Renascimento ............................................................................................... 7
1.3.4 Arte contemporânea ou pós-moderno ..................................................................... 8
1.4 Técnicas e materiais utilizados na obra de arte ......................................................... 8
1.10 Exercícios ............................................................................................................... 11
2 . Desenho Geométrico ................................................................................................... 12
2.1 Noções gerais ............................................................................................................. 12
2.2 Definição...................................................................................................................... 12
2.3 Importância ................................................................................................................. 12
2.4 Exemplificação ............................................................................................................ 12
2.5 Normalizações............................................................................................................. 13
2.7 Traçado geométricos de espirais, óvulo, oval e arcos arquitectonicos. ................ 14
2.8 Traçados geométricos de curvas cónicas ................................................................ 17
2.9 Exercícios .................................................................................................................... 20
3. Projecção ortogonal ..................................................................................................... 21
3.1 Noções gerais ............................................................................................................. 21
3.2 Definição...................................................................................................................... 21
3.3 Importância ................................................................................................................. 21
3.4 Exemplificação ............................................................................................................ 21
3.5 Exercícios .................................................................................................................... 25
4. Formas em axonometria .............................................................................................. 25
4.1 Definição...................................................................................................................... 25
4.2 Importância ................................................................................................................. 25
4.3 Exemplificação ............................................................................................................ 25
5. Proposta de soluções ................................................................................................... 28
6. Bibliografia .................................................................................................................... 30

Visão Geral dos Conteúdos


Nº Unidade Temática Tempos lectivos
I Arte 06
II Desenho Geométrico 12
Revisão e Avaliação 06
Sub-total 24

III Projecções ortogonais 10


IV Formas em axonometria 08
Revisão e Avaliação 06

V Comunicação visual 06
VI Estudo da forma 04
Revisão e Avaliação 06
Sub-total 24
Total 72
Arte
1.1 Noções gerais
Arte no sentido da palavra é originária do latim (ars) e significa técnica ou habilidade.
Surge da actividade técnica dos povos e da necessidade de expressão de emoções e
sentimentos. É praticada desde a época primitiva até aos dias de hoje com recurso à escultura,
pintura, arquitectura, dança, trabalhos ornamentais e decorativos de utensílios, etc. com a
finalidade de comunicar manifestações ou emoções artísticas dos povos que procuram a
satisfação de necessidades espirituais através da beleza e da estética.

1.2 Definição
Arte é uma técnica ou habilidade usada para representar sentimentos, emoções, ideias e
pensamentos.

1.3. Importância da Arte no desenvolvimento integral do ser humano


Serve de meio de comunicação para a troca de impressões, ideias, pensamentos, sentimentos,
emoções entre pessoas e/ou povos. Desde o surgimento, passou por diferentes momentos, tais
como:

1.3.1 Arte rupestre


Pintura de imagens nas paredes, rochas, cavernas em (representação de animais, seres humanos
e cenas de caça).

Pinturas rupestres

1.3.2. Arte Medieval


Movimento artístico caracterizado por pintura, escultura e arquitectura com temas ligados à
religião. Regista-se no período da Idade Média (século V ao XV) e foi dominado por dois estilos,
nomeadamente, Românico e Gótico.

Arquitectura Pintura Escultura

1.3.3 Arte do Renascimento


Regista-se na Itália no início do século XV, como movimento artístico caraterizado por abundância
de diversidade de obras. Marca a evolução da pintura, escultura e arquitectura devido à
valorização dos aspectos ligados a humanidade e a natureza por conta da mudança de
mentalidade, no concernente a intelectualidade e cultura. Embora os temas estivessem também
ligados à religião e espiritualidade, houve destaque de variedades de temáticas como; os
costumes, a mitologia, as paisagens, etc.

Arquetectura Pintura Escultura

1.3.4 Arte contemporânea ou pós-moderno


Movimento artístico Pop-art, que surgiu na segunda metade do século XX (década de 60),
prolongando-se aos dias de hoje. Caracteriza-se por diversidade de estilos, surgimento da
perspectivas e abrangência de linguagem artística (dança, moda, música, fotografia, pintura,
teatro, escultura, literatura, vídeo, banda desenhado, design, filme, etc.)

Arquitectura Escultura
Pintura

1.4 Técnicas e materiais utilizados na obra de arte


>Técnicas - o uso de determinada técnica depende do espaço disponível, assim: o espaço bi-
dimensional (comprimento e largura) usa desenho, pintura e gravura enquanto o espaço tri-
dimensional (comprimento, largura e altura) usa escultura e arquitectura. É de referir que estas
técnicas de pintura, escultura e arquitectura foram predominantemente usadas no período da
pré-história, do medieval e do renascimento daí serem tratadas como sendo técnicas
tradicionais.

Contudo, para além das chamadas técnicas tradicionais, existem outras do período
contemporâneo, a saber: vídeo, cinema, dança, moda, música, fotografia, teatro, literatura, banda
desenhada, design, filme, etc.

Importa referir que as técnicas de arte ao logo dos anos conheceram diferentes transformações
em resposta às mudanças do modo de vida do homem provocadas pelo crescente
desenvolvimento econômico, político, social, cultural, etc.
Imagens
> Materiais - o uso de determinado material varia conforme a preferência do artista. Seja pintor,
escultor, cinegrafista ou fotógrafo, o tipo de material a utilizar numa obra de arte é determinado
pelo meio ambiente.

1.5 Componentes duma obra de arte


> Tema é composto por um objecto, uma pessoa ou uma ideia. O mais importante é a maneira
como esse tema será tratado, podendo ser objectivo ou abstracto.
> Objectivo é composto por imagens objectivas ou figurativas (imagens de fácil identificação).
> Abstracta é composta por imagens não figurativas (imagens baseadas em elementos de arte
e/ou em objectos e pessoas não reais).
> Forma é composta por linha, textura, figura, cor, etc. cuja organização e disposição geral de
uma obra de arte dentro de estrutura da obra devem proporcionar harmonia, variação, equilíbrio,
proposição, dominância, movimento, etc.
> Conteúdo é mensagem da obra podendo não ser objectivo (difícil percepção para qualquer
pessoa), por ser de natureza intelectual ou emocional.

1.6 Exemplificação
Em cada período histórico, a arte teve destaques diversificados, sendo que na época primitiva
caracterizou-se pela representação cenas de caça, com destaque para as pinturas nas cavernas,
rochas, etc. Na idade média ou medieval foi marcada pelas artes românica e gótica, a pintura e a
escultura estavam associadas à arquitectura.

Arte românica- caracterizada pela robustez nas suas representações arquitectónicas de igrejas,
mosteiros e castelos.

(Arquitectura e pintura)
Arte gótica posterior a arte românica foi marcada pela leveza e abertura nas suas obras
arquitectónicas
(Arquitectura)

Arte renascentista diferentemente da arte medieval, que foi essencialmente religiosa, introduz
novos temas ligados ao homem e à natureza. Foi predominado pelas técnicas de pintura,
escultura e arquitectura, cujas figuras de destaque são os Italianos Leonardo da Vinci (pintura,
escultura e arquitectura) e Miguel Ângelo (pintura). Fora da Itália, precisamente na Espanha, foi
destaque na pintura o Pablo Ruiz Picasso.

Exemplos de pinturas

(Leonardo da Vinci) (Miguel Ângelo) (Pablo Picasso)

Arte contemporânea caracterizada por diversidade de estilos, surgimento da perspectiva e


abrangência da linguagem artística (dança, moda, música, fotografia, pintura, teatro, escultura,
literatura, vídeo, banda desenhado, design, filme, etc.).
Exemplos de pintura e escultura

Pintura) (escultura)
Em Moçambique, em ambos os períodos (pré-história, medieval, renascimento e contemporâneo),
o destaque vai para duas técnicas, a saber: i) Pintura, conhecida como “pinturas rupestres”,
realizada no período da pré-história que pode ser vista no Distrito de Manica (Província de
Manica) e também no Distrito de Meconta (Província de Nampula); ii) Escultura, mais conhecida
por escultura Makonde e psikhelekedana, desenvolvidas no período contemporâneo pelos
povos da etnia Bantu localizados respectivamente, nas províncias de Cabo Delgado e Maputo.
Salienta-se que a escultura Makonde é uma das artes tradicionais moçambicanas de maior
reconhecimento nacional e internacional.

Makonde

Chissano Malangatana

1.7 Elementos de leitura de obras de arte


São o Ponto, a Cor e a Estrutura
1.8 Tipos de expressão artística
Existem actualmente 11 tipos de expressão artística, designadamente:
1. Música; 2 Dança; 3 Pintura; 4 Escultura; 5 Teatro; 6 Literatura; 7 Cinema; 8 Fotografia; 9
Histórias em quadradinhos; 10 jogos electrónicos; e 11 Arte Digital.

1.9 Tema da obra


O tema numa obra de arte não tem limites, podendo ser um objecto, uma pessoa, uma ideia ou
qualquer coisa. O mais importante é a maneira como esse tema é tratado, devendo ser
representado de maneira objectivo ou abstracta.
> Maneira objectivo quando representa imagens figurativas, ou seja, imagens de fácil
identificação
> Maneira abstracta quando represente imagens não figurativas, ou seja, imagens não reais ou
simplesmente baseada em elementos da arte (ponto, cor e estrutura).

1.10 Exercícios
1. Faça um levantamento de imagens fotográficas em número de quatro, que marcaram cada
período ou época de arte, nomeadamente, rupestre, medieval, renascimento e contemporâneo.
2. Quais são os temas que caracterizam cada período ou época de arte?
3. Qual foi o artista de maior destaque do período do renascimento?
4. Qual é diferença entre imagens figurativas e não figurativas?
Nota: Proponha mais exercícios para desenvolver o auto-estudo e a auto-avaliação.

2 . Desenho Geométrico
2.1 Noções gerais
Desenho - é a representação exacta e precisa da forma dos objectos com base em ponto, linha
e/ou plano como elementos geométricos básicos.
Geometria - significa medição da terra e é constituída por duas partes.
Geometria estática - constituída por direcções horizontal, vertical, oblíqua, paralela e
convergente (direcção que se intersecta com outra num ponto).
Direcção Horizontal - é consequência da força da gravidade. Visualmente é mais estática e está
associada à ideia de repouso.
Direcção Vertical - é perpendicular à horizontal. Visualmente é mais dinâmica que a horizontal.
Direcção Oblíqua - não é horizontal e nem vertical. Visualmente exprime movimento e dá uma
sensação de perda de equilíbrio.
As direcções paralelas e convergentes não têm sentido específico. Podem seguir, seja qual for
a direcção, dentre horizontal, vertical e oblíqua.
Geometria dinâmica - é caracterizada pela geração das formas, crescimento e evolução.

2.2 Definição
Desenho geométrico é uma maneira de expressão gráfica usada para representar formas da
natureza e outras criadas pelo homem, utilizando instrumentos de medição (régua, compasso,
transferidor, esquadro, computador e outros) com base numa linguagem clara e universal,
organizada de tal maneira que não conduza o observador a erros de interpretação.

2.3 Importância
Apesar do desenho geométrico ser conhecido historicamente como uma técnica de expressão
gráfica representação de formas geométricas no plano de desenho com recurso a instrumentos de
medição (régua, esquadro, transferidor e compasso), pode ser usada também recorrendo a
instrumentos não graduados na resolução de diferentes problemas geométricos provocados pelo
desenvolvimento da ciência (régua não graduada, computador e outros materiais).

Aplica-se em áreas de arquitectura, engenharia civil e desenho industrial, devido a sua precisão e
exactidão nas medidas, bem como pelo uso de linguagem clara e universal, organizada de tal
maneira que não conduza o observador a erros de interpretação.
2.4 Exemplificação
O desenho geométrico pode ser feito através de perspectiva rigorosa, perspectiva visual,
perspectiva axonométrica, projecção ortogonal, geometria descritiva e desenho técnico ou
industrial.

Perspectiva visual Perspectiva axonométrica

Projecção ortogonal Perspectiva Rigorosa

Geometria descritiva Desenho técnico ou industrial

2.5 Normalizações
É uma linguagem comum baseada em convenções que fixam normas internacionalmente
reconhecidas, utilizadas por desenhadores para comunicar suas ideias em desenho técnico.
O desenho técnico é uma ferramenta do desenho geométrico utilizada na representação gráfica
de formas com precisão e exactidão nas medidas, segundo normas específicas.
Importância de aplicação de letras, algarismos e esquadria
Letras e algarismos - Servem para complementar informações nas representações gráficas em
desenho técnico e são traçados segundo normas estabelecidas.
Esquadria - serve de limite do espaço para o desenho e de registo de legenda.
Aplicação de letras e algarismos
2.6. Exemplo de esquadria
A esquadria na folha A4 deve ter sempre a margem esquerda maior que as outras. Geralmente, a
margem esquerda da folha A4 é parte furada para o arquivo. Contudo, a dimensão do espaço
para legenda depende do que se pretende representar, pois, há desenhos com legendas mais
complexas e outros com legendas menos complexas.

2.7 Traçados geométricos de espirais, óvulo, oval e arcos arquitectónicos.


Aplicação de espirais

Espiral de dois Espiral de três


Espiral de quatro centros

Aplicação de óvulo e Oval

Exemplo de óvulo Exemplo de oval

Óvulo dado o diâmetro construtivo Oval dado o eixo AB

Aplicação de arcos arquitectónicos


Aplicação de arcos arquitectónicos

Abatido Ogiva
Romano ou Volta inteira

Arco romano ou volta inteira Arco abatido

Arco Contracurvado Arco Ogiva alongada

Curvas cônicas - resultam de cortes feitos no cone por um plano em diferentes formas, sendo:
Hipérbole - quando o plano é paralelo ao eixo e perpendicular à base
Elipse – quando o plano é oblíquo ao eixo, à base e aos geratrizes
Circunferência – quando o plano é paralelo à base e perpendicular ao eixo
Parábola – quando o plano é paralelo a um geratriz e oblíquo ao eixo e a base

1.Hipérbole 2. Elipse 3. Circunferência 4. Parábola

Aplicação das curvas cónicas


As curvas cônicas são aplicadas em diferentes áreas, como:
Design de Moda Carpintaria – Mobiliário Ciência – Matemática

Arquitectura
Engenharia civil – ponte Maputo-Katembe
construção de edifícios/escadas

2.8 Traçados geométricos de curvas cónicas


Atenção: As curvas cônicas são basicamente traçadas a mão levantada. No entanto, os
instrumentos de medição (compasso, régua e outros) servem apenas de auxílio para a obtenção
dos pontos de união das curvas cônicas.
Elipse - métodos de traçado
I. Jardineiro
Requisitos: corda, duas estacas e um ponteiro
Passos:
1º - Pregar as estacas a uma determinada distância entre elas que deixa a corda não esticada.
Atenção: A separação entre as duas estacas considera-se distância focal (F1F2)
2º - Esticar a corda com o ponteiro e em movimento contínuo, riscando na terra conforme a
direcção indicada pela corda até completar a volta. A curva que vai resultar será elipse

Atenção: Este método, para além de jardineiros, é usado por diferentes profissionais na
construção de suas obras (carpinteiros, pintores e outros).
II. Focos
Dados: Distância focal F1F2 = 60; Eixo maior AB= 80
Passos:
1º - Traçar o eixo AB e marcar F1F2
2º - Achar a mediatriz de AB para obter o ponto M centro de AB
3º - Marcar distâncias iguais no segmento F1M ou F2M do eixo maior AB.

Atenção: A distância repetida (F1;1) e (1;2) no segmento F1M ou F2M é qualquer.

4º - Com ajuda do compasso marcar a distância A até ponto 1


5º - Traçar arcos a partir dos pontos F1 e F2
6º - Com a ajuda do compasso, marcar a distância B até ponto 1
7º traçar arcos a partir dos pontos F1 e F2 para intersectar os anteriores nos pontos da elipse
8º- Repetir os passos (4, 5, 6 e 7) conforme os pontos arbitrários marcados na distância F1M ou
F2M

III. Circunferências
Passos:
1º -Traçar circunferências concêntricas dados os diâmetros construtivos respectivos

D1= 80 e D2=60
2º - Dividir as circunferências em partes iguais (oito partes).
Atenção: Bastam oito pontos para definir uma elipse em traçado geométrico.
3º - Unir na horizontal os pontos da divisão da circunferência menor (D2=60).
4º - Unir na vertical os pontos da divisão da circunferência maior (D2=80).
5º - Unir os pontos de intersecção resultantes dos segmentos 1;3 e 7;5 em linha horizontal e dos
segmentos 1;7 e 3;5 em linha vertical
Atenção: Os pontos unidos resultam na elipse.
IV. Rectângulo
Passos:
1º - Traçar um retângulo dadas as medianas AB e CD.
Atenção: As medianas dividem geometricamente o retângulo em quatro partes iguais

2º - Dividir em partes iguais os segmentos AO e C'A (4 partes por exemplo)

Atenção: Na divisão de AO e C'A pode-se usar o método geral de divisão de um segmento em


partes iguais ou o método de mediatriz de um segmento.
3º - Marcar pontos simétricos dos pontos obtidos na divisão dos segmentos AO e C'A.
Atenção: Os pontos simétricos resultam nos segmentos OB; AD'; C''B e BD''.
4º - Unir os pontos D1; D2; D3 para intersectar, respectivamente com os pontos C1; C2; C3..
5º - Unir, à mão levantada, os pontos de intersecção resultante de D1 com C1; D2 com C2; D3 com
C3.
6º - fazer o mesmo nos segmentos BD''; OB; AO; AD' e C'A.

Parábola
Passos:
1º - traçar a directriz (d) e o parâmetro (PF) da parábola.
PF= 20
2º - Achar a mediatriz do parâmetro (PF) para obter o vértice (V) do parâmetro
3º - Traçar linhas paralelas à directriz pelos F; 1; 2;…
Atenção: Os pontos 1; 2; … separam-se por medidas iguais, sendo essa medida de separação
qualquer.
4º - Marcar com compasso a distância do ponto P ao ponto F.
5º - Traçar arcos de circunferência de raio PF que vão intersectar a paralela F com ponta seca do
compasso fixo em F.
6º - Traçar arcos de circunferência de raio P1 que vão intersectar a paralela 1 com ponta seca do
compasso fixo em F.
7º - Traçar arcos de circunferência de raio P2 que vão intersectar a paralela 2 com ponta seca do
compasso fixo em F.
8º - Unir, à mão levantada, os referidos pontos com o vértice V para obter a parábola.
Hipérbole
Passos:
1º - Traçar o eixo AB=20 e a distância focal F1F2=40.
2º - Achar a mediatriz de AB para determinar o ponto M.

Atenção: O ponto M estabelece a simetria entre os pontos dos ramos da hipérbole


3º - Marcar com ajuda do compasso a distância A1.
4º - Traçar arcos de circunferência com a ponta seca do compasso fixo em F1 e F2.
5º - Marcar com ajuda do compasso a distância B1.
6º - Traçar arcos de circunferência com a ponta seca do compasso fixo em F1 e F2.
Atenção: Os passos (3,4,5 e 6) repetem para as restantes distância A2; A3; A4;… B2; B3; B4;
7º - Unir os pontos de intersecção entre os arcos para obter os ramos da parábola.

2.9 Exercícios
1. Dada uma folha A4 com esquadria e legenda:
a. Represente uma composição, ao seu gosto de óvulo, oval e arcos arquitectónicos
b. Acrescente elementos que julgar importantes para o equilíbrio e estética da sua composição.

2. Dada uma folha A4 com esquadria e legenda


a. Represente uma elipse com base nos seguintes métodos:
Focos
AB=70; F1F2= 50
Rectângulo
Mediana AB= 70; Mediana CD=50
Circunferências
D1=70; D2=50
3. Dada uma folha A4 com esquadria e legenda:
a. Represente uma composição, ao teu gosto, de elipse, parábola e hipérbole
b. Acrescente elementos que julgar importantes para o equilíbrio e estética da sua composição.
3. Projecção ortogonal
3.1 Noções gerais
Projecção - imagem/sombra que se reflecte numa superfície.
Ortogonal - Intersecção entre rectas/raios ou planos que resulta em ângulos de 90º
(perpendicular)
3.2 Definição
Projecção ortogonal-é a representação de formas em planos ortogonais ou perpendiculares,
onde os raios que projectam as formas fazem 90º com o plano de projecção.
3.3 Importância
Serve para representar formas pelas suas vistas ortogonais (frente, superior, lateral esquerdo,
lateral direito, inferior e posterior). É aplicada em cartografia na elaboração de mapas
geográficos, planos cartesianos, etc., na indústria de fabricação de peças, etc.
3.4 Exemplificação
Em projecção ortogonal representa-se o que for visível na forma ou objecto em cada direcção
ortogonal (frontal, superior, inferior, posterior, lateral esquerdo e direito). Para facilitar a
compreensão das vistas ortogonais, geralmente recorre-se à codificação, por numeração, pintura
das faces ou de outra forma qualquer, das partes visíveis em determinada direcção ortogonal para
garantir uma leitura correcta em cada direcção ortogonal.

Para melhor percepção das vistas ortogonais de uma forma pode se recorrer ao prisma
envolvente ou à folha de quadradinhos.
No prisma envolvente - as vistas da forma existem em seis direcções ortogonais – (frontal,
superior, inferior, posterior, lateral esquerdo e direito). De todas as seis vistas, apenas três (frontal,
superior ou inferior e lateral esquerdo) são suficientes para definir a forma.
1- Frontal; 2- lateral direito; 3- lateral esquerdo; 4- superior; 5- inferior; 6- posterior
prisma envolvente Vistas ortogonais

Na folha de quadradinhos - para definir a forma em questão, basta seguir o número de


quadradinhos que envolvem ou definem a sua vista ortogonal (projecção ortogonal) ou a vista em
perspectiva axonométrica.

3.4.1. Projecção de uma figura nos planos de projecção frontal e horizontal

Vistas ortogonais de frente e de cima nos planos de Vistas ortogonais de frente e de cima no plano de
projecção) desenho)

3.4.2. Projecção ortogonal de formas planas ou polígonos


Formas planas são formas limitadas por várias linhas rectas ou curvas (lados) que se cruzam em
pontos chamados vértices. Possuem apenas duas dimensões (comprimento e largura).
As formas planas ou polígonos podem ser rectilíneos ou curvilíneos e côncavos ou convexos.
Exemplos de Formas rectilíneas e convexas
Triângulo, quadrado e rectângulo

Triângulo Quadrado Rectângulo

Exemplos de Formas rectilíneas e côncavas


Pentágono e hexágono

Pentágono Hexágono

Exemplos de forma curvilínea


Círculo e circunferência

Círculo Circunferência

3.4.3. Projecção ortogonal de formas poliédricas


Formas poliédricas são formas limitadas por polígonos que se intersectam em linhas e pontos
designados, respectivamente, arestas e vértices. Os polígonos nos poliedros designam-se faces.

Exemplos de poliedros irregulares:


Pirâmide - tem um vértice oposto à base;
Prisma - tem duas bases opostas e paralelas

Pirâmide Prisma

Exemplos de poliedros regulares (figuras do filósofo Platão):


Tetraedro – tem 4 faces triangulares
Hexaedro ou cubo – tem 6 faces quadrangulares
Octaedro - tem 8 faces triangulares
Dodecaedro – tem 12 faces pentagonais
Icosaedro – tem 20 faces triangulares

Tetraedro Hexaedro ou cubo Octaedro Dodecaedro Icosaedro

3.4.3 Projecção ortogonal de formas de revolução


Formas de revolução ou corpos redondos são sólidos geométricos que resultam da rotação de
uma forma plana e possuem superfícies curvas. O eixo do sólido é perpendicular à base.

Exemplos:
Cilindro resulta da rotação de um rectângulo
Cone resulta da rotação de um triângulo
Esfera resulta da rotação de uma semi-circunferência

Cilindro Cone esfera

Representação da 3ª vista de formas planas a partir de duas vistas dadas, usando cubo
envolvente

Sistema Europeu
O sistema europeu caracteriza-se por representar uma forma através de seis vistas com auxílio de
um paralelepípedo envolvente. Porém, três vistas são suficientes para uma boa compreensão da
forma.

Na representação da forma, a vista de cima desenha-se no plano horizontal, a vista de frente


desenha-se no plano frontal ou vertical e a vista lateral esquerda desenha-se no plano lateral
direito.
3.5 Exercícios
1. Represente as vistas de frente (plano frontal/ou vertical) e de cima (plano horizontal) de
polígonos (quadrado, triângulo e circunferência ou círculo), com dimensões à sua escolha.
2. Represente as vistas de frente (plano frontal/ou vertical) e de cima (plano horizontal) de
poliedros (prisma triangular, pirâmide pentagonal e cubo ou prisma quadrangular), com dimensões
à sua escolha.
3. Represente as vistas de frente (plano frontal/ou vertical) e de cima (plano horizontal) de figuras
ou forma de revolução (cilindro e cone), com dimensões à sua escolha.

4. Formas em axonometria
4.1 Definição
Formas em axonometria são aquelas que se representam no plano de desenho com base nos
eixos (X, Y e Z) onde:
X - Largura; Y - Comprimento; Z – Altura
Os eixos (X e Y) podem se dispor em relação ao eixo Z de diferentes formas no plano de
desenho, podendo formar diferentes ângulos conforme a tipologia de axonometria:

a. Isométrica - ângulos de 30º e 30º

b. Dimétrica - ângulos 42º e 7º

c. Cavaleira - ângulos de 45º e 90º

4.2 Importância
As formas em axonometria (isométrica, cavaleira e dimétrica) servem para representar formas bi e
tri-dimensionais com base nos eixos axonométricos (X; Y; Z), a partir das vistas ortogonais (frente,
superior, lateral esquerdo, lateral direito, inferior e posterior).

4.3 Exemplificação
As formas axonométricas são feitas através de uma construção mental ou imaginária em 3D a
partir das vistas ortogonais (2D).
Forma no espaço Projecção de 3 vistas no plano de Projecção de 3 vistas nos planos
desenho frontal horizontal e lateral

4.3.1 Tipos de representação axonométrica


Cavaleira Dimétrica

(Isométrica)

4.3.2 Exemplos de composição de cubos em axonometria cavaleira e isométrica


Nota: Cubos podem se considerar prismas quadrangulares
Axonometria Cavaleira Axonometria Isométrica

Na representação de formas em perspectiva axonométrica é preciso traçar com rigor linhas


paralelas com base no uso de régua e esquadro. Pois, esta forma facilita a compreensão de
linhas, sejam linhas auxiliares, assim como, as que definem a forma final.

4.4. Exercícios
1. Dadas as vistas ortogonais das figuras abaixo.
a. Representa em axonometria cavaleira e isométrica as figuras dadas em três vistas.
c. Atribua dimensões (cotas) de altura, comprimento e largura ao seu critério.

2. Dadas as figuras abaixo em perspectiva axonométrica.


a. Represente-as pelas vistas ortogonais (de frente, de cima e de lado).
Nota: A vista de frente é indicada pela seta.
5. Proposta de soluções
Formas em axonometria
1. Dadas as vistas ortogonais das figuras abaixo.
a. Represente em axonometria cavaleira e isométrica as figuras dadas em três vistas

solução
Em perspectiva axonométrica a representação de formas começa com o traçado de eixos que vão
orientar as dimensões de comprimento, largura e altura (X, Y e Z).

No passo seguinte, são marcadas as medidas de comprimento no eixo X, de largura no eixo Y e


de altura no eixo Z. O comprimento, dependendo da vista principal da forma pode ser marcado no
eixo Y.

Com ajuda de régua e esquadro, são traçadas a traço fino linhas paralelas por diferentes pontos
de comprimento, largura e altura conforme a vista da forma
Por fim, são unidos a traço grosso as linhas que definem a forma.
2. Dadas as figuras abaixo em perspectiva axonométrica:
a. Represente-as pelas vistas ortogonais (de frente, de cima e de lado).
b. Atribua dimensões (cotas) de altura, comprimento e largura ao seu critério
Nota: A vista de frente é indicada pela seta.

Solução
1º - Traçar planos de projecção frontal, horizontal e laterais rebatidos.
Atenção: Os planos em referência rebatidos são representados pelos eixos X e Y onde:
o eixo X separa os planos frontal e horizontal.
o eixo Y separa os planos frontal e horizontal do plano lateral.
2º - Traçar as vistas frontal ou de frente e horizontal ou de cima nos planos respectivos.
Atenção: A vista lateral obtenção por construção, pois, não é necessário traçar as suas medidas.
Basta para o efeito prolongar os traços das diferentes alturas, comprimentos e larguras, conforme
a disposição da forma para o plano lateral.
3º - Rebater, por meio de compasso ou régua e esquadro, as medidas de comprimento e largura
para o plano lateral.
Atenção: O ângulo de rebatimento deve ser de 45º.
4º - Unir os vértices que definem a forma em projecção ortogonal.
Atenção: As arestas invisíveis são representadas a traço fino ou interrompido
BIBLIOGRAFIA

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