EV 9 Classe
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EV 9 Classe
Em cada classe do ciclo, primeiro é dada uma visão geral dos conteúdos conforme os programas
de ensino e, a seguir, é abordado cada conteúdo, sinteticamente, com base em definição,
importância, exemplificação e, para consolidação, são sugeridos exercícios e respectivas
soluções.
Indice
Visão Geral dos Conteúdos ............................................................................................... 5
Arte ...................................................................................................................................... 7
1.1 Noções gerais ............................................................................................................... 7
1.2 Definição........................................................................................................................ 7
1.3 Importância da Arte no desenvolvimento integral do ser humano ........................... 7
1.3.1 Arte rupestre .............................................................................................................. 7
1.3.2 Arte Medieval .............................................................................................................. 7
1.3.3 Arte do Renascimento ............................................................................................... 7
1.3.4 Arte contemporânea ou pós-moderno ..................................................................... 8
1.4 Técnicas e materiais utilizados na obra de arte ......................................................... 8
1.10 Exercícios ............................................................................................................... 11
2 . Desenho Geométrico ................................................................................................... 12
2.1 Noções gerais ............................................................................................................. 12
2.2 Definição...................................................................................................................... 12
2.3 Importância ................................................................................................................. 12
2.4 Exemplificação ............................................................................................................ 12
2.5 Normalizações............................................................................................................. 13
2.7 Traçado geométricos de espirais, óvulo, oval e arcos arquitectonicos. ................ 14
2.8 Traçados geométricos de curvas cónicas ................................................................ 17
2.9 Exercícios .................................................................................................................... 20
3. Projecção ortogonal ..................................................................................................... 21
3.1 Noções gerais ............................................................................................................. 21
3.2 Definição...................................................................................................................... 21
3.3 Importância ................................................................................................................. 21
3.4 Exemplificação ............................................................................................................ 21
3.5 Exercícios .................................................................................................................... 25
4. Formas em axonometria .............................................................................................. 25
4.1 Definição...................................................................................................................... 25
4.2 Importância ................................................................................................................. 25
4.3 Exemplificação ............................................................................................................ 25
5. Proposta de soluções ................................................................................................... 28
6. Bibliografia .................................................................................................................... 30
V Comunicação visual 06
VI Estudo da forma 04
Revisão e Avaliação 06
Sub-total 24
Total 72
Arte
1.1 Noções gerais
Arte no sentido da palavra é originária do latim (ars) e significa técnica ou habilidade.
Surge da actividade técnica dos povos e da necessidade de expressão de emoções e
sentimentos. É praticada desde a época primitiva até aos dias de hoje com recurso à escultura,
pintura, arquitectura, dança, trabalhos ornamentais e decorativos de utensílios, etc. com a
finalidade de comunicar manifestações ou emoções artísticas dos povos que procuram a
satisfação de necessidades espirituais através da beleza e da estética.
1.2 Definição
Arte é uma técnica ou habilidade usada para representar sentimentos, emoções, ideias e
pensamentos.
Pinturas rupestres
Arquitectura Escultura
Pintura
Contudo, para além das chamadas técnicas tradicionais, existem outras do período
contemporâneo, a saber: vídeo, cinema, dança, moda, música, fotografia, teatro, literatura, banda
desenhada, design, filme, etc.
Importa referir que as técnicas de arte ao logo dos anos conheceram diferentes transformações
em resposta às mudanças do modo de vida do homem provocadas pelo crescente
desenvolvimento econômico, político, social, cultural, etc.
Imagens
> Materiais - o uso de determinado material varia conforme a preferência do artista. Seja pintor,
escultor, cinegrafista ou fotógrafo, o tipo de material a utilizar numa obra de arte é determinado
pelo meio ambiente.
1.6 Exemplificação
Em cada período histórico, a arte teve destaques diversificados, sendo que na época primitiva
caracterizou-se pela representação cenas de caça, com destaque para as pinturas nas cavernas,
rochas, etc. Na idade média ou medieval foi marcada pelas artes românica e gótica, a pintura e a
escultura estavam associadas à arquitectura.
Arte românica- caracterizada pela robustez nas suas representações arquitectónicas de igrejas,
mosteiros e castelos.
(Arquitectura e pintura)
Arte gótica posterior a arte românica foi marcada pela leveza e abertura nas suas obras
arquitectónicas
(Arquitectura)
Arte renascentista diferentemente da arte medieval, que foi essencialmente religiosa, introduz
novos temas ligados ao homem e à natureza. Foi predominado pelas técnicas de pintura,
escultura e arquitectura, cujas figuras de destaque são os Italianos Leonardo da Vinci (pintura,
escultura e arquitectura) e Miguel Ângelo (pintura). Fora da Itália, precisamente na Espanha, foi
destaque na pintura o Pablo Ruiz Picasso.
Exemplos de pinturas
Pintura) (escultura)
Em Moçambique, em ambos os períodos (pré-história, medieval, renascimento e contemporâneo),
o destaque vai para duas técnicas, a saber: i) Pintura, conhecida como “pinturas rupestres”,
realizada no período da pré-história que pode ser vista no Distrito de Manica (Província de
Manica) e também no Distrito de Meconta (Província de Nampula); ii) Escultura, mais conhecida
por escultura Makonde e psikhelekedana, desenvolvidas no período contemporâneo pelos
povos da etnia Bantu localizados respectivamente, nas províncias de Cabo Delgado e Maputo.
Salienta-se que a escultura Makonde é uma das artes tradicionais moçambicanas de maior
reconhecimento nacional e internacional.
Makonde
Chissano Malangatana
1.10 Exercícios
1. Faça um levantamento de imagens fotográficas em número de quatro, que marcaram cada
período ou época de arte, nomeadamente, rupestre, medieval, renascimento e contemporâneo.
2. Quais são os temas que caracterizam cada período ou época de arte?
3. Qual foi o artista de maior destaque do período do renascimento?
4. Qual é diferença entre imagens figurativas e não figurativas?
Nota: Proponha mais exercícios para desenvolver o auto-estudo e a auto-avaliação.
2 . Desenho Geométrico
2.1 Noções gerais
Desenho - é a representação exacta e precisa da forma dos objectos com base em ponto, linha
e/ou plano como elementos geométricos básicos.
Geometria - significa medição da terra e é constituída por duas partes.
Geometria estática - constituída por direcções horizontal, vertical, oblíqua, paralela e
convergente (direcção que se intersecta com outra num ponto).
Direcção Horizontal - é consequência da força da gravidade. Visualmente é mais estática e está
associada à ideia de repouso.
Direcção Vertical - é perpendicular à horizontal. Visualmente é mais dinâmica que a horizontal.
Direcção Oblíqua - não é horizontal e nem vertical. Visualmente exprime movimento e dá uma
sensação de perda de equilíbrio.
As direcções paralelas e convergentes não têm sentido específico. Podem seguir, seja qual for
a direcção, dentre horizontal, vertical e oblíqua.
Geometria dinâmica - é caracterizada pela geração das formas, crescimento e evolução.
2.2 Definição
Desenho geométrico é uma maneira de expressão gráfica usada para representar formas da
natureza e outras criadas pelo homem, utilizando instrumentos de medição (régua, compasso,
transferidor, esquadro, computador e outros) com base numa linguagem clara e universal,
organizada de tal maneira que não conduza o observador a erros de interpretação.
2.3 Importância
Apesar do desenho geométrico ser conhecido historicamente como uma técnica de expressão
gráfica representação de formas geométricas no plano de desenho com recurso a instrumentos de
medição (régua, esquadro, transferidor e compasso), pode ser usada também recorrendo a
instrumentos não graduados na resolução de diferentes problemas geométricos provocados pelo
desenvolvimento da ciência (régua não graduada, computador e outros materiais).
Aplica-se em áreas de arquitectura, engenharia civil e desenho industrial, devido a sua precisão e
exactidão nas medidas, bem como pelo uso de linguagem clara e universal, organizada de tal
maneira que não conduza o observador a erros de interpretação.
2.4 Exemplificação
O desenho geométrico pode ser feito através de perspectiva rigorosa, perspectiva visual,
perspectiva axonométrica, projecção ortogonal, geometria descritiva e desenho técnico ou
industrial.
2.5 Normalizações
É uma linguagem comum baseada em convenções que fixam normas internacionalmente
reconhecidas, utilizadas por desenhadores para comunicar suas ideias em desenho técnico.
O desenho técnico é uma ferramenta do desenho geométrico utilizada na representação gráfica
de formas com precisão e exactidão nas medidas, segundo normas específicas.
Importância de aplicação de letras, algarismos e esquadria
Letras e algarismos - Servem para complementar informações nas representações gráficas em
desenho técnico e são traçados segundo normas estabelecidas.
Esquadria - serve de limite do espaço para o desenho e de registo de legenda.
Aplicação de letras e algarismos
2.6. Exemplo de esquadria
A esquadria na folha A4 deve ter sempre a margem esquerda maior que as outras. Geralmente, a
margem esquerda da folha A4 é parte furada para o arquivo. Contudo, a dimensão do espaço
para legenda depende do que se pretende representar, pois, há desenhos com legendas mais
complexas e outros com legendas menos complexas.
Abatido Ogiva
Romano ou Volta inteira
Curvas cônicas - resultam de cortes feitos no cone por um plano em diferentes formas, sendo:
Hipérbole - quando o plano é paralelo ao eixo e perpendicular à base
Elipse – quando o plano é oblíquo ao eixo, à base e aos geratrizes
Circunferência – quando o plano é paralelo à base e perpendicular ao eixo
Parábola – quando o plano é paralelo a um geratriz e oblíquo ao eixo e a base
Arquitectura
Engenharia civil – ponte Maputo-Katembe
construção de edifícios/escadas
Atenção: Este método, para além de jardineiros, é usado por diferentes profissionais na
construção de suas obras (carpinteiros, pintores e outros).
II. Focos
Dados: Distância focal F1F2 = 60; Eixo maior AB= 80
Passos:
1º - Traçar o eixo AB e marcar F1F2
2º - Achar a mediatriz de AB para obter o ponto M centro de AB
3º - Marcar distâncias iguais no segmento F1M ou F2M do eixo maior AB.
III. Circunferências
Passos:
1º -Traçar circunferências concêntricas dados os diâmetros construtivos respectivos
D1= 80 e D2=60
2º - Dividir as circunferências em partes iguais (oito partes).
Atenção: Bastam oito pontos para definir uma elipse em traçado geométrico.
3º - Unir na horizontal os pontos da divisão da circunferência menor (D2=60).
4º - Unir na vertical os pontos da divisão da circunferência maior (D2=80).
5º - Unir os pontos de intersecção resultantes dos segmentos 1;3 e 7;5 em linha horizontal e dos
segmentos 1;7 e 3;5 em linha vertical
Atenção: Os pontos unidos resultam na elipse.
IV. Rectângulo
Passos:
1º - Traçar um retângulo dadas as medianas AB e CD.
Atenção: As medianas dividem geometricamente o retângulo em quatro partes iguais
Parábola
Passos:
1º - traçar a directriz (d) e o parâmetro (PF) da parábola.
PF= 20
2º - Achar a mediatriz do parâmetro (PF) para obter o vértice (V) do parâmetro
3º - Traçar linhas paralelas à directriz pelos F; 1; 2;…
Atenção: Os pontos 1; 2; … separam-se por medidas iguais, sendo essa medida de separação
qualquer.
4º - Marcar com compasso a distância do ponto P ao ponto F.
5º - Traçar arcos de circunferência de raio PF que vão intersectar a paralela F com ponta seca do
compasso fixo em F.
6º - Traçar arcos de circunferência de raio P1 que vão intersectar a paralela 1 com ponta seca do
compasso fixo em F.
7º - Traçar arcos de circunferência de raio P2 que vão intersectar a paralela 2 com ponta seca do
compasso fixo em F.
8º - Unir, à mão levantada, os referidos pontos com o vértice V para obter a parábola.
Hipérbole
Passos:
1º - Traçar o eixo AB=20 e a distância focal F1F2=40.
2º - Achar a mediatriz de AB para determinar o ponto M.
2.9 Exercícios
1. Dada uma folha A4 com esquadria e legenda:
a. Represente uma composição, ao seu gosto de óvulo, oval e arcos arquitectónicos
b. Acrescente elementos que julgar importantes para o equilíbrio e estética da sua composição.
Para melhor percepção das vistas ortogonais de uma forma pode se recorrer ao prisma
envolvente ou à folha de quadradinhos.
No prisma envolvente - as vistas da forma existem em seis direcções ortogonais – (frontal,
superior, inferior, posterior, lateral esquerdo e direito). De todas as seis vistas, apenas três (frontal,
superior ou inferior e lateral esquerdo) são suficientes para definir a forma.
1- Frontal; 2- lateral direito; 3- lateral esquerdo; 4- superior; 5- inferior; 6- posterior
prisma envolvente Vistas ortogonais
Vistas ortogonais de frente e de cima nos planos de Vistas ortogonais de frente e de cima no plano de
projecção) desenho)
Pentágono Hexágono
Círculo Circunferência
Pirâmide Prisma
Exemplos:
Cilindro resulta da rotação de um rectângulo
Cone resulta da rotação de um triângulo
Esfera resulta da rotação de uma semi-circunferência
Representação da 3ª vista de formas planas a partir de duas vistas dadas, usando cubo
envolvente
Sistema Europeu
O sistema europeu caracteriza-se por representar uma forma através de seis vistas com auxílio de
um paralelepípedo envolvente. Porém, três vistas são suficientes para uma boa compreensão da
forma.
4. Formas em axonometria
4.1 Definição
Formas em axonometria são aquelas que se representam no plano de desenho com base nos
eixos (X, Y e Z) onde:
X - Largura; Y - Comprimento; Z – Altura
Os eixos (X e Y) podem se dispor em relação ao eixo Z de diferentes formas no plano de
desenho, podendo formar diferentes ângulos conforme a tipologia de axonometria:
4.2 Importância
As formas em axonometria (isométrica, cavaleira e dimétrica) servem para representar formas bi e
tri-dimensionais com base nos eixos axonométricos (X; Y; Z), a partir das vistas ortogonais (frente,
superior, lateral esquerdo, lateral direito, inferior e posterior).
4.3 Exemplificação
As formas axonométricas são feitas através de uma construção mental ou imaginária em 3D a
partir das vistas ortogonais (2D).
Forma no espaço Projecção de 3 vistas no plano de Projecção de 3 vistas nos planos
desenho frontal horizontal e lateral
(Isométrica)
4.4. Exercícios
1. Dadas as vistas ortogonais das figuras abaixo.
a. Representa em axonometria cavaleira e isométrica as figuras dadas em três vistas.
c. Atribua dimensões (cotas) de altura, comprimento e largura ao seu critério.
solução
Em perspectiva axonométrica a representação de formas começa com o traçado de eixos que vão
orientar as dimensões de comprimento, largura e altura (X, Y e Z).
Com ajuda de régua e esquadro, são traçadas a traço fino linhas paralelas por diferentes pontos
de comprimento, largura e altura conforme a vista da forma
Por fim, são unidos a traço grosso as linhas que definem a forma.
2. Dadas as figuras abaixo em perspectiva axonométrica:
a. Represente-as pelas vistas ortogonais (de frente, de cima e de lado).
b. Atribua dimensões (cotas) de altura, comprimento e largura ao seu critério
Nota: A vista de frente é indicada pela seta.
Solução
1º - Traçar planos de projecção frontal, horizontal e laterais rebatidos.
Atenção: Os planos em referência rebatidos são representados pelos eixos X e Y onde:
o eixo X separa os planos frontal e horizontal.
o eixo Y separa os planos frontal e horizontal do plano lateral.
2º - Traçar as vistas frontal ou de frente e horizontal ou de cima nos planos respectivos.
Atenção: A vista lateral obtenção por construção, pois, não é necessário traçar as suas medidas.
Basta para o efeito prolongar os traços das diferentes alturas, comprimentos e larguras, conforme
a disposição da forma para o plano lateral.
3º - Rebater, por meio de compasso ou régua e esquadro, as medidas de comprimento e largura
para o plano lateral.
Atenção: O ângulo de rebatimento deve ser de 45º.
4º - Unir os vértices que definem a forma em projecção ortogonal.
Atenção: As arestas invisíveis são representadas a traço fino ou interrompido
BIBLIOGRAFIA
ALFREDO, Mdjer “et al”. História de Arte Moçambicana; disponível em < pt.scribd.com> acesso
em: Agosto de 2021.
PORFÍRIO, Manuel e RAMOS, Elza. Educação Visual 3º ciclo 7º./8º./9º. Anos; Asa Editores:
Lisboa.
BRITO, José Maria e MIRANDA, Helena. Educação Visual 7º./8º./9º. Debaixo d'olho; Texto
Editora, Lda; Porto; 1998.
LOPES, Manoel. Espaço Visual 2-8º ano de Ensino Básico; Asa Editora; Lisboa.