Suinos Area 2
Suinos Area 2
Suinos Area 2
Natimortos pré-parto: Os fetos são frequentemente expulsos nas membranas fetais com
descoloração e alterações degenerativas, pele descolorida, olhos profundos, córneas
azuladas e autólise. Na necropsia vai aparecer órgãos parenquimatosos, friáveis e
descoloridos, com excesso de líquido serossanguinolento nos tecidos subcutâneo e
cavidades corporais e os pulmões não flutuam na água.
Natimortos intraparto (maior %): Leitão com aparência normal ao ser expulso, pode
estar cianótico e com extensões de tecido cartilaginoso nos cascos, presença de
mecômio sobre a pele, laringe, traqueia e brônquios. Na necropsia vai apresentar
pulmões vermelho púrpura, firmes e sem evidência de aeração (não flutuam na água),
edema subcutâneo e volume excessivo de líquidos serosos, congestão de vísceras e no
estômago pode conter mecômio.
Natimortos pós-parto: Aparência normal ao ser expulso, podem apresentar batimentos
cardíacos ou respiratórios. Na necropsia a principal diferença é que os pulmões flutuam
na água e há congestão subcutânea e visceral e no estômago pode conter leite.
PARVOVIROSE
LEPTOSPIROSE
ERISIPELA
MATERNIDADE
CRECHE
RECRIA/TERMINAÇÃO
DESINTERIA SUÍNA:
Agente: Bactéria Brachyspira hyodysenteriae.
Sinais clínicos: Diarreia mucoide e catarral hemorrágica.
Patogenia: A infecção ocorre por via oral – tropismo por intestino grosso – induz a
produção de muco – descamação dos enterócitos – invasão da submucosa.
Lesões: Intestino grosso com conteúdo hemorrágico.
Vacinação: Não há.
SALMONELOSE: A infecção não representa doença, pois o agente está dentro das
granjas.
Agente: Salmonella cholerasuis e S. thyphimurium.
Sinais clínicos: Diarreia com cheiro forte e ruim, enfraquecimento, tendência a se
amontoarem e áreas avermelhadas nas orelhas.
Patogenia: A bactéria S. cholerasuis invade as células M e os enterócitos – corrente
sanguinea – septicemia. Já a S. thyphimuruim invade as placas de Peyer, macrófagos e
neutrófilos – linfonodos mesentéricos – diarreia.
Lesões: Úlceras em botão.
Agudos: Gastroenterire hemorrágica, aumento do baço, petéquias nos rins e
linfonodos aumentados.
Crônicos: Necrose da mucosa do ceco e cólon, aumento da espessura e conteúdo
líquido e fétido.
Vacinação: Vacina autógena para o leitão na maternidade.
DOENÇAS PARASITÁRIAS
Controle: Uso de antihelmínticos tanto no homem quanto no suíno, manejo e higiene
corretos das instalações, saneamento básico, monitoramento e segurança alimentar no
frigorífico e realizar ciclo contínuo all-in all-out.
ASCARIDIOSE:
Agente: Ascaris suum.
Sinais clínicos: Atraso no desenvolvimento, tosse e dificuldade respiratória.
Fatores predisponentes: Ambientes úmidos e quentes, imunidade baixa e nutrição
inadequada.
Lesões: Fígado com infiltração eosinofílica, presença da larva no intestino e pontos
hemorrágicos nos pulmões e pneumonia vermnótica.
METASTRONGILOSE:
Agente: Metastrongylus elangatus, M. salmi, M. apri e M. pudendotectus.
Ciclo: É um parasita pulmonar, ou seja, o animal expectora e depois deglute o parasita
que vai para o tgi e é excretado nas fezes. No ambiente os ovos evoluem para L1, L2 e L3
e o suíno ingere a L3 que penetra no intestino delgado, coração e pulmão. A transição
para L4 e L5 ocorre dentro dos pulmões, onde ocorre uma nova postura retornando ao
ciclo.
Sinais clínicos: Assintomático ou tosse e dificuldade respiratória.
Lesões: Bronquite, bronquilite, pneumonia, atelactasia e presença do parasita nos
pulmões.
CISTICERCOSE:
Agente: Taenia solium e T. hydatigea.
Ciclo: O homem é o HD – ao ingerir o alimento contaminado, a larva atinge o intestino e
se desenvolve até sua excreção via fecal, podendo desenvolver a cisticercose ou a
neurocisticercose e ao ingerir a carne mal preparada e contaminada com a cisticercose
vai desenvolver a teníase intestinal. O suíno é o HI e não causa a doença no homem pois
só desenvolve a fase larvar (e a fase que desenvolve a doença é a proglote), ou seja, o
suíno é contaminado pelo homem.
Sinais clínicos: Ausentes ou dificuldade de mastigação e deglutição.
Lesões: Vesículas redondas e esbranquiçadas.
DOENÇAS NERVOSAS
Sinais clínicos gerais: Excitação, depressão, paresia, paralisia, incoordenação,
vocalização, cegueira, tremores, pedalagem e opistótono.
Principais doenças por idade:
Maternidade: Meningite estreptocócica, doença de Aujesky, hipoglicemia neonatal,
mioclonia congênita e doença de Glasser.
Creche: Doença do edema (colibacilose), envenenamento por NaCl, doença de
Glasser e doença de Aujesky.
Recria/terminação: Meningite estreptocócica, envenenamento por NaCl e doença
de Aujesky.
DOENÇA DO EDEMA:
Agente: Bactéria E. coli.
Patogenia: Com sua aderência ocorre vasculite, aumento da permeabilidade capilar e
edema.
Sinais clínicos: Diarreia causada por outras cepas de E. coli e sinais nervosos.
Lesões: Edema do subcutâneo, pálpebra, mesocólon, parede do estômago, ascite,
necrose e lesões em artérias e arteríolas.
CIRCOVIROSE
Agente: Circovirus. PCV 1 e PCV2.
Patogenia: O PCV2 está presente em praticamente todas as granjas do mundo, então é
preciso uma determinada carga viral para causar os sinais clínicos. Afeta leitões de
crescimento rápido de 30 a 90 dias de idade. Após o surto, o plantel adquiri uma certa
imunidade, Atingindo o limiar de concentração do virus, ele causa lesões no tecido linfoide
e uma consequente baixa dos linfócitos e imunodepressão devido à intoxicação por
citocinas.
O animal se infecta – viremia baixa – soroconversão – cura.
O animal se infecta – viremia baixa – forma subclínica – redução no ganho de peso
O animal se infecta – viremia alta – difusão sistêmica – formas clínicas.
O animal de infecta – viremia alta – depleção linfóide – co-infecções.