Ebook Cereais e Pseudocereais

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Cereais e

Pseudo-
cereais
Da seara ao prato
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Apoio Institucional:
Ficha
técnica Título: Cereais e Pseudocereais: Da seara ao prato
Coleção E-books APN: N.º 67
Direção editorial: Célia Craveiro
Conceção: Helena Real, Sofia Ferraz
Corpo redatorial: Rafaela Silva, Rita Fernandes
Criação gráfica: Cooperativa 31
Propriedade: Associação Portuguesa de Nutrição
Redação: Associação Portuguesa de Nutrição
Revisão interna: Helena Real, Sofia Ferraz
Revisão externa: ANPOC, Ana Maria Barata, Olga Amaral, Manuel Patanita, Raquel Abrantes
ISBN: 978-989-8631-59-6
Apoio à produção:

Abril de 2023 © APN

O conteúdo final do trabalho poderá não incluir a totalidade das propostas efetuadas pelos revisores. Interdita a repro-
dução integral ou parcial de textos ou fotografias, sob quaisquer meios e para quaisquer fins, inclusive comerciais.
COMO CITAR: Associação Portuguesa de Nutrição. Cereais e Pseudocereais: Da seara ao prato. E-book N.º 67. Porto:
Associação Portuguesa de Nutrição; 2023.
01. Contextualização 4
02. Produção 6
03. Processamento 8
04. Consumo 10
05. Cereais 12
06. Pseudocereais 26
07. Produtos à base de Cereais na Roda da 34
Alimentação Mediterrânica

Índice 08. Produtos à base de Cereais na Pirâmide


da Alimentação Mediterrânica

09. Cereais e Pseudocereais no Manual de


«Equivalentes» Alimentares
36

38

10. Produtos à base de Cereais e Saúde 40


11. Sustentabilidade Alimentar 44
12. Legislação de Interesse 47
13. Referências Bibliográficas 49
01
Contextua-
lização

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01
Contextua- Os alimentos à base de cereais são há muitos anos considerados funda-
mentais para os humanos e utilizados como principal fonte de energia

lização da alimentação diária da maioria da população.

Além disso, apresentam um papel importante na implementação de


uma alimentação saudável e sustentável, tendo em conta fatores am-
bientais, económicos, culturais e sociais.

Este e-book tem como objetivo transmitir os benefícios associados a


um adequado consumo de cereais e pseudocereais na alimentação
diária, dar a conhecer os diferentes tipos de cereais e pseudocereais,
bem como salientar algumas práticas promotoras de sustentabilidade
alimentar associadas a estes alimentos.

1-3

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02
Produção

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02
Produção *
De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação
e a Agricultura (FAO):
> Em 2020, a produção mundial de cereais foi de 299 142 mil toneladas;
> Em 2022, a produção mundial de cereais aumentou 8,3 milhões de
toneladas.

De acordo com as estatísticas agrícolas – 2021:


> Em Portugal, são produzidas anualmente 1 117 578 toneladas de
cereais;
> O grau de autoaprovisionamento de cereais é dos mais baixos do
mundo, correspondente a 18,6%.

4-7 *dados disponíveis apenas referentes a Cereais.


7
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03
Processa-
mento

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Processa- O processamento de cereais e pseudocereais representa um conjun-
to de técnicas utilizadas com o propósito de tornar os grãos comestí-

mento veis na forma de alimentos e ração.

Existem vários tipos de processamento, sendo os mais comuns, e que


podem variar de acordo com o tipo de cereal e pseudocereal, os
seguintes:

Os cereais e
pseudocereais geram > Colheita
subprodutos que são em
> Separação
parte canalizados para a alimen-
tação animal, nomeadamente a > Remoção da casca
farinha forrageira de arroz pré-cozido e
a sêmea do centeio. Outros produtos > Moagem
têm vindo a ganhar um crescente > Maltagem
interesse para consumo humano,
como a sêmea e o gérmen de > Secagem e limpeza
trigo devido à sua riqueza em
> Processamento térmico
fibra e proteína, respetiva-
mente.

9, 10

9
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04
Consumo

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04
Consumo Dados do Inquérito Alimentar Nacional e de Atividade Física (IAN-AF)
(2015-2016) revelam que:

em > O grupo dos “Cereais e derivados, tubérculos” apresenta um consu-


mo habitual médio de 306,1g por dia;

Portugal* > Os adolescentes são a faixa etária que mais consome cereais, inge-
rindo em média 323g/dia;
> Quando comparado ao recomendado pela Roda dos Alimentos,
a população nacional consome mais 1% do que as recomendações
deste guia alimentar para o grupo dos cereais e derivados, tubérculos.

Dados da Balança Alimentar Portuguesa (2016-2020) demonstram que:


> Portugal apenas cobriu 23,9% das necessidades de consumo de
cereais nestes anos, valor que diminuiu relativamente ao ano de
2012-2015 (28,2%).

6, 8 *dados disponíveis apenas referentes a Cereais.


11
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05
Cereais

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05
Cereais Os cereais apresentam uma composição especialmente rica em ma-
cronutrientes, em especial hidratos de carbono e proteínas necessários
a um desenvolvimento saudável. Além disso, são excelentes fornece-
dores de minerais, vitaminas e outros micronutrientes.

Tendo em conta a sua composição nutricional, o consumo adequado


deste grupo alimentar está associado a um menor risco de incidência
de doenças relacionadas com a alimentação.

Os cereais que serão abordados neste e-book são o arroz, a aveia, o


centeio, a cevada, o milho, o milho painço e o trigo.

1-3

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Arroz > Origem: China
Oryza sativa L. > Produção Nacional: 175 mil toneladas
> Produção Mundial 2021: 787 milhões de toneladas
> Consumo Nacional: 14,2 Kg/hab/ano
> Produtos Derivados: Trincas de arroz, Sêmea, Farinha forrageira de
arroz pré-cozido, Bagaço de gérmen de arroz, Amido de arroz, Farinha
> Isento de glúten
> Principal alimento para mais de metade da população mundial
> Um dos cereais mais consumidos e produzidos no mundo

6, 7, 11-13

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Aveia > Origem: Ásia
Avena sativa L. > Produção Nacional: 38 mil toneladas
> Produção Mundial 2021: 22 571 milhões de toneladas
> Consumo Nacional: 1,4 Kg/hab/ano
> Produtos Derivados: Farinha, Flocos e Sêmea de aveia
> Isenta de glúten, no entanto, sofre frequentemente contaminação
cruzada com cereais com glúten, apresentando-se recorrentemente
como fonte de glúten.

6, 13-15

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Centeio > Origem: Ásia
Secale cereale L. > Produção Nacional: 16 mil toneladas
> Produção Mundial 2021: 13 223 milhões de toneladas
> Consumo Nacional: 4,1 Kg/hab/ano
> Produtos Derivados: Sêmea e Farinha
> Contém glúten
> Muito utilizado pelas indústrias alimentares para preparação de pão,
biscoitos, tostas, etc.

6, 16

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Cevada > Origem: Norte de África e Ásia
Hordeum vulgare L. > Produção Nacional: 48 mil toneladas
> Produção Mundial 2021: 145 623 milhões de toneladas
> Consumo Nacional: 1,3 Kg/hab/ano
> Produtos Derivados: Malte
> Contém glúten

6, 17-19

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Milho > Origem: México
Zea mays L. > Produção Nacional: 752 mil toneladas
> Produção Mundial 2021: 1210 milhões de toneladas
> Consumo Nacional: 12,6 Kg/hab/ano
> Produtos Derivados: Farinha, Sêmea, Bagaço do gérmen, Amido
de milho, Milho grão, Flocos e Gritz
> É o cereal com maior produção mundial
> Ocupa o terceiro lugar como alimento básico, depois do trigo e do
arroz
> Isento de glúten

6, 20, 21

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Milho Painço/ > Origem: África

Millet/Milheto > Produção Nacional: Não encontrada


> Produção Mundial 2021: 30 089 milhões de toneladas
Panicum miliaceum
> Consumo Nacional: Não encontrado
> Produtos Derivados: Farinha
> Grande capacidade de crescimento em diversos tipos de solo
> Elevada resistência à seca, contribuindo para a estabilidade da
segurança alimentar
> Isento de glúten

22-25

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Trigo > Origem: Região do Levante
Triticum spp. > Produção Nacional: 67 mil toneladas
> Produção Mundial 2021: 770 milhões de toneladas
> Consumo Nacional: 104,7 Kg/hab/ano
> Produtos Derivados: Farinha, Sêmea, Gérmen, Amido de trigo
> Contém glúten
> Aproximadamente 95% do trigo produzido é o chamado trigo mole,
os restantes 5% é trigo duro
> O trigo duro (Triticum durum) é usado geralmente na produção de
massas alimentícias, bulgur e cuscuz
> O trigo mole (Triticum aestivum) é bastante utilizado na indústria de
panificação, pastelaria e produção de farinhas para fins culinários

6, 7, 26

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Composição e
Valor Nutricional
dos Cereais
Macronutrientes

Proteínas
O conteúdo médio em proteína
do grão de cereal varia entre 6 e 16%.
Hidratos Lípidos
de Carbono Os cereais fornecem uma boa variedade
de aminoácidos, no entanto, alguns Os lípidos representam
70 a 80% do grão encontram-se presentes em pequenas apenas 1 a 7% da
dos diversos cereais é quantidades, nomeadamente no que diz constituição total do
constituído por hidratos respeito à lisina e ao triptofano, no caso grão de cereal.
de carbono. do centeio. A junção de cereais
com outros alimentos de origem
vegetal pode compensar esses
aminoácidos limitantes.

2, 3, 27

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Composição e
Valor Nutricional
dos Cereais
Macronutrientes

Valor Hidratos de
Proteínas (g) Lípidos (g)
Energético (kcal) Carbono (g)

Arroz 347 78,1 6,7 0,4

Aveia 366 61,7 13,5 5,8

Centeio 352 69 12 2

Cevada 324 64,4 8,3 2

Milho Painço* 349 64,4 11 4,2

Milho 368 70,3 9,3 4,9

Trigo 373 69 14 2,5

*valores calculados com base na média de valores de três marcas diferentes existentes no mercado

28

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Composição e
Valor Nutricional
dos Cereais
Micronutrientes

Minerais
Vitaminas
Fósforo, potássio e
Boa fonte de vitaminas magnésio são os minerais
do complexo B. presentes em maiores
quantidades.

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Composição e
Valor Nutricional
dos Cereais
Micronutrientes

Tiamina Riboflavina Niacina Sódio Potássio Cálcio Fósforo Magnésio Ferro


(mg) (mg) (mg) (mg) (mg) (mg) (mg) (mg) (mg)

Arroz 0,06 0,03 2 6 94 13 87 32 0,6

Aveia 0,27 0,1 2,4 4 350 40 220 120 1,3

Centeio 0,35 0,17 1,8 40 530 64 370 110 3,7

Cevada 0,12 0,03 5,7 5 280 18 220 70 3,2


Milho
NE NE NE NE NE NE NE NE NE
Painço
Milho 0,63 0,18 1,6 14 290 14 190 110 2,5

Trigo 0,08 0,15 4,1 11 410 11 300 140 2,4

NE - Não Encontrado

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Sazonalidade
Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.

Arroz X X X X

Aveia X X X X

Centeio X X X X X

Cevada X X X X X X
Milho
X X X X
Painço
Milho X X X X

Trigo X X X X X X

X Época de sementeira
X Época de colheita

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06
Pseudocereais

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06
Pseudo- Os pseudocereais são sementes comestíveis com aparência física e
teores em amido semelhantes aos cereais.

cereais O cultivo e consumo de pseudocereais encontra-se numa época de


grande expansão por serem uma boa alternativa aos cereais fornece-
dores de glúten e por apresentarem um alto valor nutricional.

São uma boa fonte de vitaminas e minerais e a biodisponibilidade da


proteína é superior aos cereais.

Os pseudocereais mais conhecidos e que serão destacados neste


e-book são a quinoa, o trigo sarraceno e o amaranto.

30, 31

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Amaranto > Origem: América do Sul
Amaranthus spp > Produção Nacional: Não encontrada
> Produção Mundial 2021: Não encontrada
> Consumo Nacional: Não encontrado
> Produtos Derivados: Farinha e Óleo de amaranto
> Isento de glúten
> Farinha de amaranto é usada na produção de alimentos dietéticos
> Apresenta um teor em ferro superior ao trigo. Produtos com este
pseudocereal podem ser um bom complemento alimentar para pes-
soas com sintomas de anemia.

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Quinoa > Origem: América do Sul
Chenopodium > Produção Nacional: Não encontrada

quinoa Willd > Produção Mundial 2021: 147 mil toneladas


> Consumo Nacional: Não encontrado
> Produtos Derivados: Farinha e Flocos de quinoa
> Isenta de glúten
> Classificada pela FAO como uma das culturas promissoras da huma-
nidade, que pode contribuir para a segurança alimentar no século
XXI, devido ao seu alto potencial nutritivo.

24, 30, 33

29
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Trigo > Origem: Asiática

Sarraceno
> Produção Nacional: Não encontrada
> Produção Mundial 2021: 1875 milhões de toneladas
Fagopyrum > Consumo Nacional: Não encontrado

esculentum > Produtos Derivados: Farinha, Massa e Flocos de trigo sarraceno


> Isento de glúten
> Grande capacidade de adaptação ambiental

34, 35

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Composição e
Valor Nutricional
dos Pseudocereais
Macronutrientes

Proteínas Lípidos
Hidratos
A fração proteica varia
de Carbono entre 5,7 e 21,5% da
Varia entre 4 e 7,6%
na quinoa; 5,6 e 10,9%
composição total de trigo no amaranto e 0,75 e
Os hidratos de carbono
sarraceno, quinoa e amaranto. 7,4% no trigo sarraceno.
representam o principal
componente dos grãos O conteúdo lipídico é,
Os pseudocereais apresentam tal como o conteúdo
de pseudocereais,
um conteúdo proteico proteico, superior
variando entre
superior ao dos cereais. relativamente aos
60 e 80%.
cereais.

30, 31

31
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Composição e
Valor Nutricional
dos Pseudocereais
Macronutrientes

Valor Hidratos de
Proteína (g) Lípidos (g)
Energético (kcal) Carbono (g)

Quinoa* 353 60,5 13,5 4,9


Trigo
350 61,5 13,3 3,4
Sarraceno
Amaranto* 365 58,6 13,6 7

*valores calculados com base na média de valores de três marcas diferentes existentes no mercado

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Composição e
Valor Nutricional dos
Pseudocereais
Micronutrientes

Minerais
Vitaminas
À semelhança dos cereais,
Composição rica em o potássio, o fósforo e o
vitaminas do complexo B. magnésio são os minerais
que estão presentes
em quantidades mais
elevadas.

30

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07
Produtos à base de Cereais
na Roda da Alimentação
Mediterrânica

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07
Produtos à base > Os cereais integram o grupo Cereais e derivados, tubérculos na Roda

de Cereais da Alimentação Mediterrânica.

Roda da > A porção diária recomendada para este grupo de alimentos é de 4


Alimentação a 11 porções.

Mediterrânica > Uma porção corresponde a:


• 1 pão (50 g);
• 1 fatia fina de broa (70 g);
• 5 colheres de sopa de cereais
de pequeno-almoço (35 g);
• 2 colheres de sopa de arroz/
massa crus (35 g);
• 4 colheres de sopa de arroz/
massa cozinhados (110 g).

36

35
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08
Produtos à base de Cereais
na Pirâmide da Dieta
Mediterrânica

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08
Produtos à base > Os cereais enquadram-se no grupo de alimentos que devem ser con-
sumidos em cada refeição principal.
de Cereais
Pirâmide da Dieta > De acordo com a Pirâmide, é sugerida a ingestão de 1 a 2 porções
de cereais a cada refeição principal.
Mediterrânica

37

37
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09
Cereais e Pseudocereais no
Manual de «Equivalentes»
Alimentares

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09
Cereais e CEREAIS, TUBÉRCULOS E FRUTOS AMILÁCEOS – EQUIVALENTE DE 28 g

ARROZ, MASSA E OUTROS GRÃOS


DE HIDRATOS DE CARBONO
PORÇÃO (g)
MEDIDAS
CASEIRAS

Pseudocereais Arroz cozido simples, esparguete cozido


Arroz agulha, arroz carolino branqueado, arroz comum, arroz integral, aveia, bulgur,
cevada, cuscus, massa (várias formas), massa esparguete, massa integral, massa sem
110

Manual de
40
glúten, painço
BOLACHAS A 35 5 bolachas

Equivalentes
Bolacha de arroz, bolacha de arroz tufado, bolacha de milho, bolacha de soja
BOLACHAS B 40 6/7 bolachas
Bolacha cream cracker, bolacha de água e sal, bolacha de espelta, bolacha Maria,

da APN bolacha torrada


CEREAIS DE PEQUENO-ALMOÇO 40
Cereais de arroz integral, cereais de arroz tufado, cereais de farelo de aveia, cereais de
flocos de arroz, cereais de flocos de aveia, cereais de flocos de trigo, cereais de quinoa,
cereais de trigo tufado
FARINHAS, FLOCOS, SEMOLINA 40
Farinha de amido de milho, farinha de aveia, farinha de centeio, farinha de cevada, farinha
de espelta, farinha de mandioca, farinha de milho, farinha de pau de mandioca, farinha
de trigo (várias), farinha de trigo integral, fécula de batata, flocos de arroz, flocos de aveia,
flocos de centeio, flocos de cevada, flocos de trigo, gérmen de trigo, sêmola de milho,
semolina, tapioca
MILHO 150
Milho em conserva, maçaroca de milho cozida
PÃO 60
Broa de milho, pão alemão (Pumpernickel), pão cacete, pão chapata, pão de mistura, pão
de água, pão de alfarroba, pão de aveia, pão de centeio, pão de centeio integral, pão de
espelta,
pão de milho, pão de mistura de trigo e centeio, pão de trigo (carcaça), pão de trigo
integral,
pão de trigo meio sal, pão do coração de trigo, regueifa
PSEUDOCEREAIS 45
Amaranto, grãos de quinoa, trigo sarraceno
TOSTAS 45 5 tostas
Tosta de trigo simples, tosta de trigo sem sal, tosta de trigo integral, tosta de centeio
38

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10
Produtos à base de
Cereais e Saúde

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10
Benefícios do Consumo
1. Redução do risco de doenças cardiovasculares
2. Prevenção da diabetes mellitus tipo 2
3. Redução dos níveis de colesterol
4. Prevenção da obesidade Os efeitos benéficos para
a saúde estão, muitas
5. Regulação da microbiota intestinal vezes, associados à fibra
alimentar, presente em maior
6. Melhoria do funcionamento do sistema digestivo quantidade nos grãos
integrais e pseudocereais.
7. Prevenção de cancro
8. Redução do stress oxidativo e inflamação
9. Prevenção de hipertensão
10. Promoção da sensação de saciedade

39, 40

41
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Glúten O glúten corresponde a uma fração proteica dos grãos de trigo, cen-
teio e cevada. É estável ao calor e bastante usado como aditivo em
alimentos processados com a finalidade de melhoria de textura, sabor
e retenção de humidade.

A aveia, embora não contenha glúten na sua composição, sofre


frequentemente contaminação cruzada com cereais com glúten,
apresentando-se recorrentemente como fonte de glúten. No entan-
to, quando isenta de glúten, esta apresenta no seu rótulo a garantia
de isenção.

41-45

42
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Glúten A ingestão de glúten, em indivíduos sensíveis ao mesmo, pode
desencadear sintomas como:
> Diarreia
> Perda de peso
> Má absorção de alguns micronutrientes
> Inchaço
> Dor abdominal
> Fadiga
> Dor de cabeça

Exemplos de cereais e pseudocereais isentos de glúten:


> Arroz
> Milho Painço
> Milho
> Quinoa
> Amaranto
> Trigo sarraceno
41-45

43
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11
Sustentabilidade
Alimentar

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12 > Promover culturas mais sustentáveis;

Sugestões > Realçar os cereais e pseudocereais cuja cultura seja mais poupa-
dora de água;
de implementação:
da seara ao prato > Procurar reintroduzir os pseudocereais por rotação de culturas, o
que contribui para a preservação dos terrenos de cultivo, propor-
ciona a conservação de genótipos e cria habitats para espécies
benéficas;

> Promover o cultivo de cereais após as leguminosas. Esta prática


pode permitir que se produzam mais 1,5 toneladas de cereais por
hectare do que se cultivados em sistemas de monoculturas. De
acordo com a Organização das Nações Unidas, as leguminosas au-
xiliam na fertilidade do solo por terem boa capacidade de fixação
do nitrogénio do ar e por otimizarem o uso de fertilizantes sintéticos;

> Incentivar o desenvolvimento de produtos de base de cereal ou


pseudocereal que pressuponham pouco processamento;

46-48

45
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12 > Encorajar biodiversidade nas variedades cultivadas;

Sugestões > Assegurar um comércio justo para todas os elos da cadeia;

de implementação: > Procurar adquirir cereais de produção nacional, minimizando o


da seara ao prato transporte marítimo ou aéreo;

> Comprar cereais ou pseudocereais a granel ou em embalagens


mais sustentáveis;

Sabia que > Não comprar quantidades excessivas de produto, evitando um


Portugal tem uma
Estratégia Nacional para eventual desperdício alimentar;
a Promoção da Produção
de Cereais (ENPPC)? > Confecionar apenas a quantidade de cereais necessários para
Para mais informação,
consulte: cada refeição, contribuindo para minimizar o desperdício alimentar;

> Reaproveitar as sobras para preparar outras refeições.

46-48

46
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12
Legislação de
Interesse

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Legislação > Decreto-Lei N.º 42/2017, de 6 de abril, que regula a produção,
o controlo, a certificação e a comercialização de sementes de es-

de pécies agrícolas e de espécies hortícolas, transpondo as Diretivas de


Execução (UE) N.º 2015/1168, 2015/1955, 2016/11 e 2016/317.

interesse > Regulamento (UE) N.º 1169/2011 do Parlamento Europeu e do


Conselho de 25 de outubro de 2011, relativo à prestação de informa-
ção aos consumidores sobre os géneros alimentícios.

> Regulamento (CE) N.º 1924/2006 do Parlamento Europeu e do


Conselho de 20 de Dezembro de 2006, relativo às alegações nutricio-
nais e de saúde sobre os alimentos.

> Regulamento (UE) N.º 432/2012 da Comissão de 16 de maio de


2012, que estabelece uma lista de alegações de saúde permitidas
relativas a alimentos que não referem a redução de um risco de do-
ença ou o desenvolvimento e a saúde das crianças.

49- 52

48
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13
Referências
Bibliográficas

[email protected] | apn.org.pt
Referências 1. Topping D. Cereal complex carbohydrates and their contribution to human health. J Cereal Sci. 2007;46(3):220–9.
2. Zamaratskaia G, Gerhardt K, Wendin K. Biochemical characteristics and potential applications of ancient
Bibliográficas cereals - An underexploited opportunity for sustainable production and consumption. Trends Food Sci Technol.
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3. Hervert Hernández D. [The role of cereals in nutrition and health for a sustainable diet]. Nutr Hosp. 2022;39(Spec
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4. STATISTICAL YEARBOOK WORLD FOOD AND AGRICULTURE 2022 [internet]. [citado 24 de fevereiro de
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