Pressupostos Básicos Da Abordagem Centrada Na Pessoa 1
Pressupostos Básicos Da Abordagem Centrada Na Pessoa 1
Pressupostos Básicos Da Abordagem Centrada Na Pessoa 1
CENTRADA NA PESSOA
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Sumário
NOSSA HISTÓRIA .......................................................................................... 2
INTRODUÇÃO................................................................................................. 3
PREMISSAS FUNDAMENTAIS....................................................................... 6
DESENVOLVIMENTO DA PERSONALIDADE.............................................. 10
REFERÊNCIAS ............................................................................................. 23
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NOSSA HISTÓRIA
2
INTRODUÇÃO
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No que se refere à psicoterapia, de modo mais específico, a prática clínica e o
contato com outros profissionais centrados no cliente suscitaram diversos
questionamentos. A terapia centrada no cliente, bem como as outras abordagens
terapêuticas pertencentes à terceira força em psicologia – a Psicologia Humanista –
enfatiza o potencial humano e sua tendência ao crescimento, desde que supridas as
condições para tanto. Frick (1971) e Greening (1975) pontuam a reação dos
psicólogos humanistas frente ao determinismo limitador que as escolas psicanalítica
e comportamental preconizam como característico da natureza humana.
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outro lado, o que dizer? Como ser empático? Como manifestar aceitação positiva
incondicional? Como ser congruente na relação?
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PREMISSAS FUNDAMENTAIS
A Abordagem Centrada na Pessoa foi uma expressão utilizada por Carl Rogers
para referir uma forma específica de entrar em relação com outro, estando implícito
um modo positivo de conceitualizar a pessoa humana. Esta expressão representa
uma evolução no pensamento de Carl Rogers e no quadro teórico por ele
desenvolvido, que foi formalizada na publicação do seu livro Sobre o Poder Pessoal
(em inglês, On Personal Power, 1977), onde explicita a aplicação do seu quadro
conceptual aos mais diversos campos (GOBBI et al., 1998: 13).
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permissiva como condição básica e suficiente para o desenvolvimento de uma pessoa
(Wood e outros, 2008). A interação entre a potência para a autorrealização, que é a
Tendência Atualizante (Rogers, 1983), e as condições de um meio facilitador,
possibilitam o desenvolvimento pessoal, concretizando um processo de crescimento.
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razões e emoções presentes no momento em que a relação acontece. Dessa forma,
a atitude empática
Nesses termos, autenticidade não significa dizer o que se pensa, mas ter
atitudes coerentes com o que é experienciado na relação com o outro, independente
do contexto no qual esteja inserida esta relação. A união dessas três atitudes em
qualquer relação interpessoal é considerada por Rogers a condição necessária e
suficiente para promover o desenvolvimento humano (Wood e outros, 2008).
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TENDÊNCIA ATUALIZANTE E NÃO DIRETIVIDADE
Neste sentido a Não Diretividade pode ser entendida como uma forte
subscrição do conceito de Tendência Atualizante na medida em que "É uma confiança
de que o cliente pode tomar as rédeas, se guiado pelo técnico, é a confiança de que
o cliente pode assimilar insight se lhe for inicialmente dado pelo técnico, pode fazer
escolhas".(Rogers, citado por Raskin, 1998:76).
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maneira, por diversos motivos, todos nós somos influenciados por uma série de
formas de ser, impostas, que fazem com que, muitas vezes nos distanciemos daquilo
que somos ou sentimos.
DESENVOLVIMENTO DA PERSONALIDADE
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Autoimagem: Como a pessoa se enxerga e se descreve. A autoimagem afeta
como uma pessoa pensa, sente e se comporta no mundo.
Quanto mais próximos o “eu ideal” e a autoimagem forem, mais congruente uma
pessoa é e aumenta o seu valor sobre si mesmo. A incongruência é quando uma
das partes é inaceitável, ou a autoimagem é distorcida, causando uma
discrepância, e consequentemente um desequilíbrio, ansiedade e angústia. Por
exemplo, se o “eu ideal” de um indivíduo é uma pessoa ativa e que persegue seus
objetivos, mas na verdade, o que acontece na vida e nas experiências desse
indivíduo é que ele age desinteressadamente e sem ânimo, existe uma
discrepância. Todas as pessoas experimentam a incongruência em alguma
quantidade e em algum momento de sua vida.
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ACEITAÇÃO POSITIVA INCONDICIONAL E
CONGRUÊNCIA
Empatia
Congruência
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importante que tudo que o facilitador sinta de forma persistente na relação seja dito.
Com empatia, cuidado, respeito, mas principalmente com autenticidade. Para a
Abordagem Centrada na Pessoa, é importante que o facilitador diga o que sente, mais
é claro que como sendo a sua verdade, e não como verdade do outro.
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OUTROS PRESSUPOSTOS
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Atitudes Facilitadoras
O terapeuta será congruente na medida em que for ele mesmo na relação com
o cliente. Quanto mais puder desprover-se de barreiras profissionais ou pessoais,
maior a probabilidade de que o cliente mude e cresça de modo construtivo, afirma
Rogers (1983a). O cliente pode perceber o que o terapeuta é na relação. Deste modo,
o mesmo experiencia a congruência do terapeuta, e passa a ser congruente consigo
nesta relação. Na concepção de Rogers, a congruência é a correspondência entre o
que está sendo vivido em nível profundo, o que está presente na consciência e o que
está sendo expresso ao cliente.
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diagnosticar, apreciar ou avaliar; quando o cliente está numa situação
psicologicamente dolorosa e o terapeuta é capaz de simplesmente ouvir, sem tentar
assumir a responsabilidade pelo cliente, sem tentar moldá-lo – este sente-se aceito
sem condições e torna-se capaz de rever seu mundo e continuar sua auto exploração
(Rogers, 1983a).
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A Segurança
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A Mudança
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dessa experiência, para tentativas de construção, para a descoberta de um eu que é
mutável, para a realidade e proximidade das relações, a uma unidade e integração
do funcionamento.
Para Rogers, nenhuma outra condição é necessária: “Se estas seis condições
existirem e persistirem por um período de tempo, isto é o suficiente. O processo de
mudança construtiva da personalidade ocorrerá” (Rogers, in Wood, 1995 p. 160).
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As três atitudes facilitadoras foram amplamente discutidas ao longo da obra de
Rogers. O autor, no entanto, chama a atenção sobre a necessidade de que estas
atitudes sejam percebidas pelo cliente, pelo menos em grau mínimo.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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autor. São elas: a fase não diretiva; a reflexiva; a experiencial e a coletiva ou inter-
humana.
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REFERÊNCIAS
Evans, R. I. (1979). Carl Rogers: o homem e suas idéias (M. Ferreira, Trad.). São
Paulo: Martins Fontes.
23
Freire, J. C. (1987). A ética da psicologia centrada na pessoa. Revista de Psicologia,
Fortaleza, 5(1),77-91.
Gobbi, S. L., Missel, S. T., Justo, H., & Holanda, A. (2005). Abordagem Centrada na
Pessoa: Vocabulário e Noções Básicas da Abordagem Centrada na Pessoa (2.ed).
São Paulo: Vetor.
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Rogers, C. R. (1975). Terapia centrada no paciente. (1a ed., M. Ferreira, Trad.). São
Paulo: Martins Fontes. (Originalmente publicado em 1951)
Rogers, C. R. (1983). Um jeito de ser. (M. Kupfer, H. Lebrão, Y. Patto , Trad.) São
Paulo: EPU.
Rogers, C. R., &Kinget, G.M. (1977). Psicoterapia e Relações Humanas. Vol.1. (M.
Bizzoto, Trad.) Belo Horizonte: Interlivros.
Rogers, C.R., & Rosenberg, R. L. (1977). A pessoa como centro. São Paulo: EPU,
Ed. da Universidade de São Paulo.
Rogers, C. R., Wood, J. K., O'Hara, & Fonseca, A. H. L. (1983). Em busca de vida.
São Paulo: Summus.
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