Decreto - Agroindústria de Pequeno Porte

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 16

www.LeisMunicipais.com.

br

DECRETO Nº 18.301, DE 10 DE OUTUBRO DE 2019.

REGULAMENTA A LEI Nº 12.905, DE 7 DE MARÇO DE 2018,


QUE "DISPÕE SOBRE A HABILITAÇÃO SANITÁRIA DE
ESTABELECIMENTO AGROINDUSTRIAL RURAL DE
PEQUENO PORTE NO MUNICÍPIO DE UBERLÂNDIA E DÁ
OUTRAS PROVIDÊNCIAS".

O PREFEITO DE UBERLÂNDIA, no exercício de suas atribuições legais, em especial a que lhe confere o
inciso VII do artigo 45 da Lei Orgânica Municipal, e com fundamento nos artigos 5º, 7º e 34 da Lei nº
12.905, de 7 de março de 2018, DECRETA:

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º Este Decreto regulamenta a Lei nº 12.905, de 7 de março de 2018, e estabelece:

I - requisitos e normas operacionais para a concessão da habilitação sanitária ao estabelecimento


agroindustrial rural de pequeno porte no Município de Uberlândia;

II - critério simplificado para o exame das condições de funcionamento dos estabelecimentos,


conforme exigências higiênico-sanitárias essenciais, para obtenção do título de registro e do cadastro;

III - detalhamento das ações de inspeção, fiscalização, padronização, embalagem, cadastro e registro
dos estabelecimentos agroindustriais rurais de pequeno porte, bem como normas para aprovação de seus
produtos, incluindo a metodologia de controle de qualidade e sanidade, quando for o caso;

IV - normas complementares para venda ou fornecimento pelos estabelecimentos de que trata esta
Lei de pequenas quantidades de produtos da produção primária, a retalho ou a granel; e

V - normas específicas relativas às condições gerais das instalações, dos equipamentos e das práticas
operacionais dos estabelecimentos de que trata a Lei nº 12.905, de 2018, observados os princípios
básicos de higiene e saúde, com vistas a garantir a inocuidade e a qualidade dos produtos.

Art. 2º A habilitação sanitária do estabelecimento agroindustrial rural de pequeno porte é condicionada


à prévia inspeção e à fiscalização sanitária dos estabelecimentos e produtos de que trata a Lei nº 12.905,
de 2018, e compreende os respectivos cadastro ou o registro dos estabelecimentos e de seus produtos e
a autorização para comercialização.

Parágrafo único. A concessão de Registro e do Alvará Sanitário se dará mediante o cumprimento das
normas contidas neste Decreto e nas demais legislações que se aplicam ao estabelecimento
agroindustrial de pequeno porte.

Art. 3º Para os fins deste Decreto, considera-se:

I - alvará sanitário: documento expedido por intermédio de ato administrativo privativo dos órgãos de
controle e de inspeção sanitária de acordo com as respectivas competências, contendo permissão para o
funcionamento dos estabelecimentos sujeitos ao controle sanitário;

II - cadastro: ato da Vigilância Sanitária que consiste na emissão do alvará sanitário que atesta que o
estabelecimento agroindustrial rural de pequeno porte é fiscalizado e atende à legislação que disciplina a
produção alimentos que não de origem animal;

III - certificação: título complementar de adesão voluntária que atesta os padrões de identidade, da
qualidade e da origem dos produtos, de acordo com o caso concreto;

IV - registro: ato do Serviço de Inspeção Municipal - SIM atestando que o estabelecimento


agroindustrial rural de pequeno porte é inspecionado e atende à legislação que disciplina a produção de
produtos de origem animal, adicionados ou não de produtos de origem vegetal;

V - aditivo alimentar: qualquer ingrediente adicionado intencionalmente aos alimentos, sem


propósito de nutrir, com o objetivo de modificar as características físicas, químicas, biológicas ou
sensoriais, durante a fabricação, processamento, preparação, tratamento, embalagem,
acondicionamento, armazenagem, transporte ou manipulação de um produto;

VI - alimento: toda substância, elaborada, semi elaborada ou bruta, que se destina ao consumo
humano, incluídas as bebidas, o chiclete e quaisquer outras substâncias utilizadas na sua fabricação,
preparação ou tratamento;

VII - alimento in natura: todo alimento de origem animal ou vegetal, cujo consumo imediato exige
apenas a remoção da parte não comestível e os tratamentos indicados para a sua perfeita higienização e
conservação;

VIII - alimento enriquecido: todo alimento que tenha sido adicionado de substância nutriente com a
finalidade de reforçar o seu valor nutritivo;

IX - consumidor: é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza o produto como destinatária
final;

X - denominação de venda do produto: é o nome específico e não genérico que indica a verdadeira
natureza e as características do produto de origem animal comestível ou alimento;

XI - destaque: aquilo que ressalta uma advertência, frase ou texto e que, quando feito por escrito,
deverá manter fonte igual ao texto informativo de maior letra excluindo a marca, em caixa alta e em
negrito, quando deverá ser feito de forma clara e legível;

XII - embalagem: é o recipiente ou pacote destinado a garantir a conservação e facilitar o transporte e


manuseio dos alimentos, classificando-se como:

a) primária ou envoltório primário: é a embalagem que está em contato direto com os alimentos;
b) secundária ou pacote: destinada a conter a(s) embalagem(ns) primária(s); e
c) terciária ou embalagem: destinada a conter uma ou várias embalagens secundárias.

XIII - fracionamento do alimento: é a operação por meio da qual o produto é dividido e acondicionado
para atender a sua distribuição, comercialização e disponibilização ao consumidor;

XIV - ingrediente: é toda substância, incluídos os aditivos alimentares, empregados na fabricação ou


no preparo de alimentos e que está presente no produto final em sua forma original ou modificada;

XV - lote: conjunto de produtos de um mesmo tipo, processados pelo mesmo fabricante ou


fracionador, em um espaço de tempo determinado, sob condições essencialmente iguais;

XVI - matéria-prima: é toda substância que, para ser utilizada como alimento, necessita passar por
tratamento ou transformação de natureza física, química ou biológica;

XVII - painel principal: parte da rotulagem onde se apresenta, de forma mais relevante, a
denominação de venda e marca ou o logotipo, caso existam;

XVIII - painel frontal: parte do painel principal imediatamente colocado ou mais facilmente visível ao
comprador, em condições habituais de exposição à venda e as tampas metálicas que vedam as garrafas e
os filmes plásticos ou laminados utilizados para vedação de vasilhames em forma de garrafa ou de corpo;

XIX - painel lateral: é a parte do painel principal, contíguo ao painel frontal, onde deverão estar
dispostas as informações de natureza obrigatória do produto;

XX - painel secundário: é a parte do rótulo, não habitualmente visível ao comprador, nas condições de
exposição à venda, onde deverão estar expressas as informações facultativas ou obrigatórias, a critério da
autoridade competente, bem como as etiquetas ou outras informações escritas que constam da
embalagem;

XXI - produto embalado: é todo o produto que está contido em uma embalagem pronta para ser
oferecida ao consumidor;

XXII - produto de origem animal: toda substância de origem animal, elaborada, semielaborada ou
bruta, destinada ao consumo humano ou não;

XXIII - produto de origem animal comestível: é toda substância de origem animal, elaborada,
semielaborada ou bruta, destinada ao consumo humano;

XXIV - produto de origem animal não comestível: é toda substância alimentícia de origem animal,
elaborada, semi-elaborada ou bruta, que se destina ao consumo animal ou não;

XXV - produto ou substância alimentícia: todo alimento derivado de matéria-prima alimentar ou de


alimento in natura, ou não, de outras substâncias permitidas, obtido por processo tecnológico adequado;
e

XXVI - rótulo ou rotulagem: toda inscrição, legenda, imagem ou matéria descritiva ou gráfica, escrita,
impressa, estampada, gravada, em relevo ou litografada ou colada sobre a embalagem dos produtos.

Parágrafo único. Não se incluem na classificação de que trata o inciso VI do caput deste artigo os
cosméticos, o tabaco, as substâncias utilizadas unicamente como medicamentos.

CAPÍTULO II
DO PROCESSO DE HABILITAÇÃO

Art. 4º Para a habilitação do estabelecimento agroindustrial de pequeno porte, o responsável perante o


órgão oficial competente deverá protocolizar, via Protocolo Geral, requerimento para o registro e o alvará
sanitário, nos termos dos Anexos I-A e I-B deste Decreto, devendo ser instruído com a seguinte
documentação:

I - cópia do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ ou Cadastro de Pessoa Física - CPF do
requerente;

II - Inscrição Estadual do Produtor Rural - IEPR;

III - Declaração de Aptidão ao PRONAF - DAP jurídica ou DAP individual atualizada, expedidas por
órgãos ou instituições credenciadas pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário;

IV - cópia do estatuto ou contrato social para os estabelecimentos coletivos;

V - cópia da ata da eleição e posse do responsável legal de estabelecimento coletivo;

VI - representação gráfica, com dimensionamento da metragem dos ambientes e da disposição de


portas, janelas e equipamentos e fluxo de produção, contemplando recepção da matéria-prima,
produção, armazenamento e saída do produto acabado, anexa ao memorial descritivo da construção, nos
termos do Anexo II deste Decreto;

VII - laudo do resultado de análise da água que abastecerá o estabelecimento agroindustrial de


pequeno porte;

VIII - memorial descritivo econômico sanitário, nos termos do Anexo III deste Decreto; e

IX - Atestado de Saúde Ocupacional dos manipuladores.

§ 1º O requerimento e a documentação de que trata este artigo deverão ser protocolizados via
Núcleo de Protocolo, com a instauração do respectivo processo administrativo, que será encaminhado
para a Secretaria Municipal de Agropecuária, Abastecimento e Distritos que, após análise do pleito, o
remeterá:

I - ao Serviço de Inspeção Municipal - SIM, da Secretaria Municipal de Agropecuária, Abastecimento e


Distritos, quando se tratar de estabelecimentos de produtos de origem animal, adicionados ou não de
produtos de origem vegetal; e

II - à Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde, quando se tratar de estabelecimentos de


produtos de origem vegetal.

§ 2º Nos casos de estabelecimento agroindustrial rural de pequeno porte misto, o processo de


habilitação sanitária será feito de forma integrada, por meio de parecer conjunto dos órgãos de que
tratam os incisos I e II do § 1º deste artigo.

§ 3º Do indeferimento do requerimento de habilitação de que trata este artigo caberá recurso à


Comissão instituída para esse fim, composta por, no mínimo:

I - 2 (dois) representantes do SIM; e

II - 2 (dois) representantes da Vigilância Sanitária.

§ 4º Caberá ao Secretário Municipal de Agropecuária, Abastecimento e Distritos o julgamento, em


segunda instância, dos processos de indeferimento de habilitação dos estabelecimentos agroindustriais
rurais de pequeno porte, na produção de produtos de origem animal.
§ 5º Caberá ao Secretário Municipal de Saúde o julgamento, em segunda instância, dos processos de
indeferimento de habilitação dos estabelecimentos agroindustriais rurais de pequeno porte, na produção
de produtos de origem vegetal.

§ 6º Em se tratando de estabelecimentos mistos, o julgamento em segunda instância dos processos


de indeferimento de habilitação caberá conjuntamente às autoridades de que tratam os §§ 4º e 5º deste
artigo.

§ 7º Os códigos referentes à classificação dos estabelecimentos para registro no Serviço de Inspeção


Municipal - SIM e às atividades dos estabelecimentos para cadastro na Vigilância Sanitária, necessários
para o preenchimento dos Anexos II e III deste Decreto são os constantes do Anexo V.

Art. 5ºA habilitação sanitária concedida ao estabelecimento agroindustrial rural de pequeno porte terá
validade de 1 (um) ano, para todos os seus efeitos legais, enquanto forem mantidas inalteradas as
condições higiênico-sanitárias e ambientais verificadas pelos órgãos competentes ao tempo da concessão.

§ 1º Para a execução de alteração, acréscimo, ampliação, reforma ou construção nas edificações,


equipamentos, processos de fabricação de estabelecimento agroindustrial rural de pequeno porte
habilitado e atividades autorizadas, será exigida a prévia aprovação do órgão de inspeção sanitária
competente, com a anuência, no que couber, do órgão oficial de controle ambiental.

§ 2º Em se tratando de estabelecimentos agroindustriais de pequeno porte de origem vegetal, o


requerimento de renovação do alvará sanitário nos termos do Anexo I-A deste Decreto, deverá ser
protocolizado na sede da Vigilância Sanitária no prazo de 120 (cento e vinte) dias antes do vencimento.

§ 3º Em se tratando de estabelecimentos agroindustriais de pequeno porte de produtos de origem


animal, fica dispensado o requerimento formal para renovação do registro, sendo o mesmo renovado de
ofício, após análise dos critérios legais e fiscalização periódica do SIM.

Art. 6º No estabelecimento agroindustrial rural de pequeno porte, o responsável técnico poderá ser
suprido por profissional técnico de órgãos governamentais ou privado ou por técnico de assistência
técnica, exceto agente de fiscalização sanitária.

CAPÍTULO III
DOS REQUISITOS GERAIS DE ESTRUTURA FÍSICA E DEPENDÊNCIAS

A área onde se localiza o estabelecimento deve ter espaço suficiente para construção de todas as
Art. 7º
dependências necessárias para a atividade pretendida.

§ 1º A pavimentação das áreas destinadas à circulação de veículos transportadores deve ser realizada
com material que evite formação de poeira e empoçamentos, podendo, nestas áreas, ser utilizadas britas.

§ 2º Nas áreas de circulação de pessoas, recepção e expedição, o material utilizado para


pavimentação deve permitir lavagem e higienização, não podendo ser rugoso de forma a permitir o
acúmulo de sujeiras e resíduos.

§ 3º A área do estabelecimento deve ser delimitada com cercamento de modo a não permitir a
entrada de pessoas não autorizadas e animais.

A área útil construída deve ser compatível com a capacidade, processo de produção e tipos de
Art. 8º
equipamentos não excedendo o limite mencionado no artigo 3º da Lei nº 12.905, de 2018.
§ 1º Não são considerados para fins do cálculo da área útil construída, os vestiários, sanitários,
escritórios, área de descanso, área de circulação externa, área de projeção de cobertura da recepção e
expedição, área de lavagem externa de caminhões, refeitório, caldeira, sala de máquinas, estação de
tratamento de água de abastecimento e esgoto, quando existentes.

§ 2º O estabelecimento não pode estar localizado próximo a fontes de contaminação que por sua
natureza possam prejudicar a identidade, qualidade e inocuidade dos produtos.

§ 3º Será permitido que o estabelecimento seja instalado anexo à residência, no meio rural, desde
que a rede de esgoto seja totalmente individualizada, exista acesso independente e não ocorra nenhuma
comunicação entre domicílio e área industrial, e o domicílio e outras construções não relacionadas ao
estabelecimento.

Devem ser instaladas barreiras sanitárias em todos os pontos de acesso à área de produção de
Art. 9º
produtos de origem animal.

Parágrafo único. A barreira sanitária deve possuir cobertura, lavador de botas, pias com torneiras com
fechamento sem contato manual, sabão líquido inodoro e neutro, toalhas descartáveis de papel não
reciclado ou dispositivo automático de secagem de mãos, cestas coletoras de papel com tampa acionadas
sem contato manual e substâncias anitizante.

Art. 10. As dependências devem ser construídas de maneira a oferecer um fluxograma operacional
racionalizado em relação à recepção da matéria-prima, produção, embalagem, acondicionamento,
armazenagem e expedição, além de atender aos seguintes requisitos:

I - apresentar condições de instalações e estrutura física que permitam os trabalhos de fiscalização


sanitária, a manipulação adequada de matérias primas, a elaboração de produtos e subprodutos, limpeza
e desinfecção, de modo a evitar a contaminação dos produtos;

II - o pé direito deve ter altura suficiente para disposição adequada dos equipamentos, permitindo
boas condições de temperatura, ventilação e iluminação, sendo passível de aprovação pelo órgão
responsável;

III - os pisos, paredes, forros, portas, janelas, equipamentos, e utensílios devem ser impermeáveis,
constituídos de material liso, resistente, de fácil limpeza e desinfecção;

IV - as paredes e o teto da área de processamento devem ser revestidos com material impermeável
de cores claras na altura mínima de dois metros para a realização das operações; e

V - todas as aberturas para a área externa devem ser dotadas de telas milimétricas à prova de insetos.

§ 1º É proibida a utilização de materiais do tipo elemento vazado ou cobogós na construção total ou


parcial de paredes, exceto na sala de máquinas e depósito de produtos químicos, bem como a
comunicação direta entre dependências industriais e residenciais.

§ 2º Nos estabelecimentos que não possuem forros, o teto deve atender aos requisitos do inciso III do
caput deste artigo.

Art. 11. As operações devem ser organizadas de tal forma a evitar contaminação.

Art. 12. As instalações e equipamentos devem ser alocados obedecendo a um fluxograma operacional
racionalizado que evite contaminação cruzada e facilite os trabalhos de manutenção e higienização.
§ 1º Os equipamentos devem ser instalados em número suficiente, com dimensões e especificações
técnicas compatíveis com o volume de produção e particularidades dos processos produtivos do
estabelecimento.

§ 2º A disposição dos equipamentos deve ter afastamento suficiente entre si e demais elementos das
dependências, para permitir os trabalhos de inspeção sanitária, limpeza e desinfecção.

§ 3º Os equipamentos e utensílios devem ser atóxicos e aptos a entrar em contato com alimentos.

§ 4º É proibido modificar as características e estruturas dos equipamentos sem autorização prévia do


serviço oficial de inspeção ou da vigilância sanitária, de acordo com a classificação do estabelecimento,
bem como utilizá-los acima de sua capacidade operacional.

Art. 13.É permitida a multifuncionalidade do estabelecimento para utilização das dependências e


equipamentos destinados à fabricação de diversos tipos de produtos, desde que respeitadas às
implicações tecnológicas, sanitárias e classificação do estabelecimento.

Art. 14.Os instrumentos de controle devem estar em condições adequadas de funcionamento, aferidos
ou calibrados.

Art. 15. Devem ser instalados exaustores ou sistema para climatização do ambiente quando a ventilação
natural não for suficiente para evitar condensações, desconforto térmico ou contaminações.

Parágrafo único. É proibida a instalação de ventiladores nas áreas de processamento.

Art. 16.O estabelecimento deve possuir áreas de armazenagem em número suficiente, dimensão
compatível com o volume de produção e temperatura adequada, de modo a atender as particularidades
dos processos produtivos.

§ 1º Os produtos que necessitam de refrigeração devem ser armazenados de acordo com a


capacidade do equipamento, com afastamento que permita a circulação de frio, sendo vedado o acúmulo
de gelo.

§ 2º Produtos diferentes podem ser armazenados em uma mesma área desde que separadamente e
não haja interferência de qualquer natureza que possa prejudicar a identidade e a inocuidade dos
produtos.

§ 3º As câmaras frias podem ser substituídas por equipamentos de frio providos de termômetro com
leitura externa, para controle de temperatura, desde que compatíveis com os volumes de produção e
particularidades dos processos produtivos.

§ 4º A armazenagem das embalagens, rótulos, ingredientes e demais insumos a serem utilizados deve
ser feita em local que não permita contaminações de nenhuma natureza, separados uns dos outros de
forma a não permitir contaminação cruzada, podendo ser realizada em armários de material não
absorvente e de fácil limpeza.

§ 5º O armazenamento de materiais de limpeza e de produtos químicos deve ser realizado em local


próprio e isolado das demais dependências.

Art. 17.A guarda para uso diário das embalagens, rótulos, ingredientes e materiais de limpeza poderá ser
realizada nas áreas de produção, dentro de armários de material não absorvente e de fácil limpeza,
isolados uns dos outros e adequadamente identificados.
Art. 18.A área de expedição deve possuir projeção de cobertura com prolongamento suficiente para
proteção das operações nela realizadas.

Art. 19. A iluminação artificial, quando necessária, deve ser realizada com uso de luz fria.

§ 1º As lâmpadas localizadas sobre a área de manipulação de matéria-prima, de produtos e de


armazenamento de embalagens, rótulos e ingredientes devem estar protegidas contra rompimentos,
quando for o caso.

§ 2º É proibida a utilização de luz colorida que mascare ou produza falsa impressão quanto à
coloração dos produtos ou que dificulte a visualização de sujidades.

A água utilizada nos estabelecimentos deve ser potável, encanada e em quantidade compatível
Art. 20.
com a demanda do estabelecimento.

§ 1º Em caso de cloração para obtenção de água potável, o controle do teor de cloro deve ser
realizado sempre que o estabelecimento estiver em atividade.

§ 2º A cloração da água deve ser realizada por meio do dosador de cloro.

§ 3º O estabelecimento deve possuir rede de água de abastecimento com pontos de saída que
possibilitem seu fornecimento para todas as dependências que necessitem de água para processamento e
higienização.

§ 4º A fonte de água, canalização e reservatório devem estar protegidos de qualquer tipo de


contaminação.

Art. 21.A lavagem de uniformes deve atender aos princípios das boas práticas de higiene, seja em
lavanderia própria ou terceirizada.

O estabelecimento deve dispor de sanitários e vestiários em número suficiente para


Art. 22.
desempenho satisfatório das atividades.

§ 1º O estabelecimento deverá apresentar vestiário contíguo ao estabelecimento.

§ 2º Quando os sanitários não forem contíguos ao estabelecimento, o acesso deverá ser pavimentado
e não deve passar por áreas que ofereçam risco de contaminação de qualquer natureza.

§ 3º Os sanitários devem ser providos de vasos sanitários com tampa, papel higiênico, pias, toalhas
descartáveis de papel não reciclado ou dispositivo automático de secagem de mãos, sabão líquido
inodoro e neutro, cestas coletoras de papéis com tampa acionadas sem contato manual.

§ 4º É proibida a instalação de vaso sanitário do tipo "turco".

§ 5º É proibido o acesso direto entre as instalações sanitárias e as demais dependências do


estabelecimento.

Art. 23. As redes de esgoto sanitário e industrial devem ser independentes e exclusivas para o
estabelecimento.

§ 1º Nas redes de esgotos devem ser instalados dispositivos que evitem refluxo de odores e entrada
de roedores e outras pragas.
§ 2º É proibida a instalação de rede de esgoto sanitário junto a paredes, pisos e tetos da área
industrial.

§ 3º As águas residuais não podem desaguar diretamente na superfície do terreno e seu tratamento
deve atender às normas específicas em vigor.

§ 4º Todas as dependências do estabelecimento devem possuir canaletas ou ralos para captação de


águas residuais com sistemas de proteção, de forma a evitar a entrada de insetos, roedores ou outras
pragas, exceto nas câmaras frias.

Os pisos de todas as dependências do estabelecimento devem ser lisos, estar em perfeito estado
Art. 24.
de conservação e contar com declividade suficiente para escoamento das águas residuais.

A sala de máquinas, quando existente, deve dispor de área suficiente, dependências e


Art. 25.
equipamentos segundo a capacidade e finalidade do estabelecimento.

Parágrafo único. Quando localizada no prédio industrial, deverá ser separada de outras dependências
por paredes inteiras.

CAPÍTULO IV
DAS CONDIÇÕES DE HIGIENE, ARMAZENAMENTO E TRANSPORTE

Seção I
Das Condições de Higiene

Art. 26. Os responsáveis pela agroindústria rural de pequeno porte deverão assegurar que todas as
etapas de fabricação dos produtos sejam realizadas de forma higiênica, a fim de obter produtos que
atendam aos padrões de qualidade, que não apresentem risco à saúde, à segurança e ao interesse do
consumidor.

Art. 27.As instalações, os equipamentos e os utensílios da agroindústria rural de pequeno porte devem
ser mantidos em condições satisfatórias de higiene antes, durante e após a realização das atividades
industriais.

Parágrafo único. Os procedimentos de higienização devem ser realizados regularmente e sempre que
necessário, respeitando-se as particularidades de cada setor, de forma a evitar a contaminação dos
produtos.

Art. 28. Devem ser tomadas precauções para impedir a contaminação dos alimentos causada por
produtos saneantes, pela suspensão de partículas e pela formação de aerossóis.

Parágrafo único. Substâncias odorizantes e desodorantes em quaisquer das suas formas não devem
ser utilizadas nas áreas de preparação e armazenamento dos alimentos.

Art. 29. Os produtos saneantes devem estar regularizados pelo Ministério da Saúde e estar identificados
e guardados em local reservado para essa finalidade.

Art. 30.Os utensílios e equipamentos utilizados na higienização devem ser próprios para a atividade e
estar conservados, limpos e disponíveis, em número suficiente e guardados em local reservado para essa
finalidade.
Parágrafo único. Os utensílios utilizados na higienização de instalações devem ser distintos daqueles
usados para higienização das partes dos equipamentos e utensílios que entrem em contato com o
alimento.

Art. 31. É proibida a presença de qualquer animal alheio ao processo de produção nas agroindústrias
rurais de pequeno porte.

Art. 32. Para o desenvolvimento das atividades de produção, todos os manipuladores devem ter asseio
pessoal e usar uniformes apropriados, compatíveis com a atividade, de cor clara, conservados e
higienizados.

§ 1º Os uniformes devem ser trocados diariamente ou sempre que necessário, e usados


exclusivamente nas dependências internas do estabelecimento.

§ 2º As roupas e os objetos pessoais devem ser guardados em local específico e reservados para esse
fim.

Art. 33.Os manipuladores devem lavar cuidadosamente as mãos ao chegar ao trabalho, antes e após
manipular alimentos, tocar materiais contaminados, usar os sanitários, bem como antes e após qualquer
interrupção do serviço e sempre que se fizer necessário.

Parágrafo único. Devem ser afixados cartazes de orientação aos manipuladores sobre a correta
lavagem e antissepsia das mãos e demais hábitos de higiene, em locais de fácil visualização, inclusive nas
instalações sanitárias e lavatórios.

Art. 34. Os manipuladores não devem fumar, falar desnecessariamente, cantar, assobiar, espirrar, cuspir,
tossir, comer, manipular dinheiro ou praticar outros atos que possam contaminar o alimento, durante o
desempenho das atividades.

Os manipuladores envolvidos de forma direta ou indireta em todas as atividades de produção


Art. 35.
devem cumprir práticas de higiene pessoal e operacional que preservem a inocuidade dos produtos.

§ 1º Os manipuladores devem usar cabelos presos e protegidos por toucas de cor clara, não sendo
permitido o uso de barba.

§ 2º As unhas devem estar limpas, curtas e sem esmalte ou base.

§ 3º Durante a manipulação, devem ser retirados todos os objetos de adorno pessoal e a maquiagem.

Art. 36. Os manipuladores de alimentos devem ser supervisionados e capacitados periodicamente em


higiene pessoal, em manipulação higiênica dos alimentos e em doenças transmitidas por alimentos,
devendo a capacitação ser comprovada mediante documento próprio.

Art. 37. Os visitantes devem cumprir os requisitos de higiene e de saúde estabelecidos para os
manipuladores.

Art. 38. São proibidos o consumo, a guarda de alimentos e o depósito de produtos, roupas, objetos e
materiais estranhos às finalidades ou em desuso do setor onde se realizem as atividades de produção.

Art. 39.É proibido fumar nas dependências destinadas à manipulação ou ao depósito de matérias-
primas, de produtos e de seus insumos.

Art. 40. O SIM e a Vigilância Sanitária, sempre que necessário, determinarão melhorias e reformas nas
instalações e nos equipamentos, de forma a mantê-los em bom estado de conservação e funcionamento,
e a fim de evitar os riscos de contaminação.

Art. 41. As instalações de recepção, os alojamentos de animais vivos e os depósitos de resíduos devem
ser higienizados regularmente e sempre que necessário.

Art. 42.As matérias-primas, os insumos e os produtos devem ser mantidos em condições que previnam
contaminações durante todas as etapas de elaboração, desde a recepção até a expedição, incluído o
transporte.

Art. 43.É proibido o uso de utensílios que, pela sua forma ou composição, possam comprometer a
inocuidade da matéria-prima ou do produto durante todas as etapas de elaboração, desde a recepção até
a expedição, incluído o transporte.

Parágrafo único. Não é permitido o reaproveitamento de vasilhames para embalagem e venda de


alimentos.

Art. 44. O responsável pela agroindústria rural de pequeno porte deve implantar procedimentos para
garantir que os manipuladores de alimentos não sejam portadores de doenças que possam ser veiculadas
pelos alimentos.

§ 1º Deve ser apresentado atestado de saúde ocupacional para a função de manipulador de


alimentos, renovado anualmente, e sempre que solicitado, com a finalidade de comprovar que eles não
apresentem doenças que os incompatibilizem com a fabricação de alimentos.

§ 2º A autoridade sanitária poderá exigir exame laboratorial de pessoas que exerçam atividades nos
estabelecimentos sujeitos ao controle sanitário.

§ 3º No caso de constatação ou suspeita de que o manipulador de alimentos apresente alguma


enfermidade ou problema de saúde que possa comprometer a inocuidade dos produtos, ele deverá ser
afastado de suas atividades, enquanto persistirem essas condições de saúde.

A recepção das matérias-primas, dos ingredientes e das embalagens deve ser realizada em área
Art. 45.
protegida e limpa, devendo ser adotadas medidas para evitar que esses insumos contaminem o alimento
preparado.

Art. 46.As matérias-primas, os ingredientes e as embalagens devem ser submetidos à inspeção e


aprovados na recepção.

§ 1º As embalagens primárias das matérias-primas e dos ingredientes devem estar íntegras.

§ 2º A temperatura das matérias-primas e ingredientes que necessitem de condições especiais de


conservação deve ser verificada nas etapas de recepção e de armazenamento.

Art. 47.As matérias-primas, os ingredientes e as embalagens devem ser armazenados em local limpo e
organizado, de forma a garantir proteção contra contaminantes e devem estar adequadamente
acondicionados e identificados, sendo que sua utilização deve respeitar o prazo de validade.

Parágrafo único. Para os alimentos dispensados da obrigatoriedade de indicação do prazo de validade,


deve ser observada a ordem de entrada deles.

Art. 48.As matérias-primas, os ingredientes e as embalagens devem ser armazenados sobre paletes,
estrados ou prateleiras, respeitando-se o espaçamento mínimo necessário para garantir adequada
ventilação, limpeza e, quando for o caso, desinfecção do local.

Parágrafo único. Os paletes, estrados e ou prateleiras devem ser de material liso, resistente,
impermeável e lavável.

Art. 49. As matérias-primas, os ingredientes e as embalagens utilizados para preparação do alimento


devem estar em condições higiênico-sanitárias adequadas e em conformidade com a legislação específica.

Durante a preparação dos alimentos devem ser adotadas medidas a fim de minimizar o risco de
Art. 50.
contaminação cruzada.

Art. 51. O processo de resfriamento de um alimento preparado deve ser realizado de forma a minimizar
o risco de contaminação cruzada e a sua permanência em temperaturas que favoreçam a multiplicação
microbiana.

Art. 52.Quando aplicável, os alimentos a serem consumidos crus devem ser submetidos a processo de
higienização a fim de reduzir a contaminação superficial.

Parágrafo único. Os produtos utilizados na higienização dos alimentos devem estar regularizados no
órgão competente do Ministério da Saúde e serem aplicados de forma a evitar a presença de resíduos no
alimento preparado.

Seção II
Do Armazenamento e Transporte

Art. 53. O armazenamento e o transporte do alimento preparado, da distribuição até a entrega ao


consumo, deve ocorrer em condições de tempo e temperatura que não comprometam sua qualidade
higiênico-sanitária.

Parágrafo único. Na etapa de armazenamento e transporte deverão ser mantidos e monitorados os


limites críticos de temperatura de acordo com a natureza do produto.

Art. 54.Os meios de transporte dos produtos alimentícios devem ser higienizados, sendo adotadas
medidas a fim de garantir a ausência de vetores e pragas.

Art. 55. Os veículos devem ser dotados de cobertura para proteção da carga, não devendo transportar
outras cargas que comprometam a qualidade higiênico-sanitária dos produtos.

CAPÍTULO V
DO CADASTRO, REGISTRO E ROTULAGEM DE PRODUTO

Seção I
Do Cadastro e Registro

Art. 56. Os produtos de origem animal, adicionados ou não de produtos de origem vegetal, devem ser
registrados no Serviço de Inspeção Municipal - SIM da Secretaria Municipal de Agropecuária,
Abastecimento e Distritos.

Parágrafo único. A solicitação de registro de que trata o caput deste artigo deve ser feita em
formulário próprio, constante do Anexo IV deste Decreto e protocolizada na sede do SIM.
Art. 57. Os produtos de origem vegetal devem ser cadastrados na Vigilância Sanitária da Secretaria
Municipal de Saúde.

Parágrafo único. A solicitação de cadastro de que trata o caput deste artigo deve ser feita por meio de
formulário próprio de comunicação do início da fabricação, conforme Anexo X da Resolução - RDC nº 23,
de 15 de março de 2000 e suas alterações, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA e
protocolado na sede da Vigilância Sanitária.

Seção II
Da Rotulagem Dos Produtos

Art. 58. Os produtos embalados não devem apresentar rótulo que:

I - utilize vocábulos, sinais, denominações, símbolos, emblemas, ilustrações ou outras representações


gráficas que possam tornar as informações falsas, incorretas, insuficientes, ou que possa induzir o
consumidor a equívoco, erro, confusão ou engano, em relação à verdadeira natureza, composição,
procedência, tipo, qualidade, quantidade, validade, rendimento ou forma de uso do produto;

II - atribua efeitos ou propriedades que não possuam ou não possam ser demonstradas;

III - destaque a presença ou ausência de componentes que sejam intrínsecos ou próprios de produtos
de igual natureza, exceto nos casos previstos em regulamentos técnicos específicos;

IV - ressalte, em certos tipos de produtos processados, a presença de componentes que sejam


adicionados como ingredientes em todos os produtos com tecnologia de fabricação semelhante;

V - ressalte qualidades que possam induzir ao engano com relação a reais ou supostas propriedades
terapêuticas que alguns componentes ou ingredientes tenham ou possam ter quando consumidos em
quantidades diferentes daquelas que se encontram no alimento ou quando consumidos sob forma
farmacêutica;

VI - indique que o alimento possui propriedades medicinais ou terapêuticas; e

VII - aconselhe seu consumo como estimulante, para melhorar a saúde, prevenir doenças ou com
ação curativa.

Art. 59. Além de outras exigências previstas em normas complementares, os rótulos devem conter, de
forma clara e legível, as seguintes informações:

I - nome do produto que deve ser indicado no painel principal do rótulo em caracteres destacados,
uniformes em corpo e cor, sem intercalação de desenhos e outros dizeres, sendo o tamanho da letra a ser
utilizada proporcional ao tamanho utilizado para a indicação da marca comercial ou logotipo, caso
existam;

II - lista de ingredientes e aditivos que deve ser indicada no rótulo em ordem decrescente de
quantidade, sendo os aditivos citados com função, nome e número de INS - International Numbering
System;

III - indicação quantitativa, conforme legislação do órgão competente;

IV - identificação da origem;
V - nome ou razão social e endereço do estabelecimento produtor;

VI - carimbo oficial do SIM, em se tratando de produto de origem animal;

VII - categoria do estabelecimento, de acordo com a classificação oficial quando do registro do


mesmo no SIM;

VIII - CNPJ ou CPF;

IX - inscrição de produtor rural;

X - instruções sobre a conservação do produto;

XI - marca comercial do produto, quando houver;

XII - data de fabricação, prazo de validade e identificação do lote;

XIII - indicação do número de registro do produto no SIM da Secretaria Municipal de Agropecuária,


Abastecimento e Distritos, em se tratando de produtos de origem animal;

XIV - instruções sobre o preparo e uso do produto, quando necessário;

XV - tabela de informação nutricional conforme legislação específica da ANVISA;

XVI - advertência quanto à presença ou ausência de glúten;

XVII - telefone de atendimento ao consumidor; e

XVIII - Indústria Brasileira.

Art. 60. A denominação de venda do produto deve ser indicada no rótulo de acordo com a estabelecida
no Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade do Produto expedido pelo Ministério da Agricultura
Pecuária e Abastecimento.

Art. 61. Deve constar do rótulo uma lista de ingredientes, com exceção de produtos com um único
ingrediente.

A lista de ingredientes deve constar no rótulo precedida da expressão "ingredientes:" ou "ingr.:",


Art. 62.
de acordo com o especificado abaixo:

I - todos os ingredientes deverão constar em ordem decrescente da respectiva proporção;

II - quando um ingrediente for um produto elaborado com dois ou mais ingredientes, este ingrediente
composto, definido em um regulamento técnico específico, pode ser declarado como tal na lista de
ingredientes, sempre que venha acompanhado imediatamente de uma lista, entre parênteses, de seus
ingredientes em ordem decrescente de proporção;

III - quando para um ingrediente composto for estabelecido um nome em um Regulamento Técnico
específico, e represente menos que 25% (vinte e cinco por cento) do produto, não será necessário
declarar seus ingredientes, com exceção dos aditivos alimentares que desempenhem uma função
tecnológica no produto acabado;
IV - declaração da água; e

V - no caso de misturas de frutas, de hortaliças, de especiarias ou de plantas aromáticas em que não


haja predominância significativa de nenhuma delas (em peso), estas poderão ser enumeradas seguindo
uma ordem diferente, sempre que a lista desses ingredientes venha acompanhada da expressão "em
proporção variável".

Parágrafo único. A declaração da água de que trata o inciso IV do caput deste artigo não será
necessária quando formar parte de salmouras, xaropes, caldas, molhos ou outros similares, e estes
ingredientes compostos forem declarados como tais na lista de ingredientes, bem como a água e outros
componentes voláteis que se evaporem durante a fabricação.

Art. 63.Os aditivos alimentares devem ser declarados fazendo parte da lista de ingredientes e nesta
declaração deve constar:

I - a função principal ou fundamental do aditivo no alimento; e

II - seu nome completo ou seu número de INS, ou ambos.

Art. 64. Quanto aos conteúdos líquidos, deve ser atendido o estabelecido no Regulamento Técnico
específico.

Art. 65. Deve ser indicada a razão social ou o nome do produtor responsável legal, endereço completo,
número de registro no SIM, em se tratando de produto de origem animal.

Art. 66.A data de fabricação e o prazo de validade, expressos em dia, mês e ano, e a identificação do
lote, devem ser impressos, gravados ou declarados por meio de carimbo, conforme a natureza do
continente ou do envoltório, observadas as normas complementares.

Art. 67.Nos rótulos das embalagens de produtos que exijam condições especiais para sua conservação
deve ser incluída uma legenda com caracteres legíveis, indicando as precauções necessárias para manter
suas características normais, devendo ser indicadas as temperaturas máximas e mínimas para a
conservação do alimento e o tempo que o produtor garante sua durabilidade nessas condições.

Art. 68. Quando necessário, o rótulo deve conter as instruções sobre o modo apropriado de uso,
incluídos o descongelamento ou o tratamento que deve ser dado pelo consumidor para o uso correto do
produto.

Parágrafo único. As instruções não devem ser ambíguas, nem dar margem a falsas interpretações, a
fim de garantir a utilização correta do produto.

Art. 69. A informação nutricional deve aparecer agrupada em um mesmo lugar, estruturada em forma de
tabela, com os valores e as unidades em colunas.

Art. 70. Deve constar do painel principal a denominação de venda do alimento, sua qualidade, pureza ou
mistura, quando regulamentada, a quantidade nominal do conteúdo do produto, em sua forma mais
relevante em conjunto com o desenho, se houver, e em contraste de cores que assegure sua correta
visibilidade.

A rotulagem destinada a embalagens de produtos orgânicos e agroecológicos deve atender ao


Art. 71.
Regulamento Técnico específico.

Art. 72. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.


Uberlândia, 10 de outubro de 2019.

ODELMO LEÃO
Prefeito

WALKIRIA BORGES NAVES LORENO


Secretária Mun. de Agropecuária, Abastecimento e Distritos

GLADSTONE RODRIGUES DA CUNHA FILHO


Secretário Municipal de Saúde

Download Anexo: Decreto Nº 18301/2019 - Uberlândia-MG


(www.leismunicipais.com.brhttps://s3.amazonaws.com/municipais/anexos/uberlandia-mg/2019/anexo-decreto-18301-
2019-uberlandia-mg-1.zip?X-Amz-Algorithm=AWS4-HMAC-SHA256&X-Amz-
Credential=AKIAI4GGM64DHHZJ3HAA%2F20230526%2Fus-east-1%2Fs3%2Faws4_request&X-Amz-
Date=20230526T171849Z&X-Amz-Expires=900&X-Amz-SignedHeaders=host&X-Amz-
Signature=ed557b3622021a3a087e8afd397857aa21e0e72561169977864286311a1bb69a)

Nota: Este texto não substitui o original publicado no Diário Oficial.

Data de Inserção no Sistema LeisMunicipais: 11/10/2019

Você também pode gostar