Marxismo e Questao Racial Silvio Almeida Edit
Marxismo e Questao Racial Silvio Almeida Edit
Marxismo e Questao Racial Silvio Almeida Edit
E QUESTAO
RACIAL
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MARC 11 M ESQUERDA
SILVIO
ALMEIDA (ORG.)
M ARXISM O
E QUESTAO
RACIAL
D O S S IE M A R G E M E S Q U E R D A
SILVIO
A LM EID A (ORG.)
Copyright © Boitempo Editorial, 2021
Equipe de apoio
Camila Nakazone, Carolina Merces, Dibora Rodrigues, Elaine Ramos,
Frederico Indiani, Higor Alves, Ivam Oliveira, Jc-ssica Soares, Kim Doria,
Luciana Capelli, Marcos Duarte, Marina Valeriano, Marissol Robles,
Marlene Baptista, Mauricio Barbosa, Pedro Davoglio, Rai Alves, Tulio Candiotto
ISBN 978-65-5717-060-1
BOITEMPO
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SUM ARIO
Apresentagao 7
SILVIO LUIZ DE ALMEIDA
Sobre os autores 63
Apresenta$ao
Silvio Luiz de Almeida
1 Como enfatiza Etienne Balibar, “o racismo e uma rela^ao social, nao um^
simples delfrio de sujeitos racistas”. Etienne Balibar e Immanuel Wallerstein,
Raga, nagao, classe: as identidades ambiguas (trad. Wanda Caldeira Brant,
Sao Paulo, Boitempo, 2021), p. 79.
8
Alessandra Devulsky
Dilemas da luta contra
o racismo no Brasil
Dennis de Oliveira
Dennis de Oliveira
Pensamento social
e reiagoes raciais
no Brasil: a analise
marxista de
Clovis Moura
Marcio Farias
2 Idem.
39
3 Clovis Moura, Sociologia do negro brasileiro (Sao Paulo, Atica, 1988), p. 48.
4 Ibidem, p. 14.
40
3 Clovis Moura, Sociologia do negro brasileiro (Sao Paulo, Atica, 1988), p. 48.
4 Ibidem, p. 14.
42
5 Idem.
6 Idem.
7 Ibidem, p. 23.
apresentado, sistematicamente, como sendo incapaz de
trabalhar como assalariado”8.
Para o autor, o periodo exposto e o auge da ideolo-
gia de branqueamento, sendo o Estado conivente com a
exclusao do negro ao incentivar a vinda do trabalhador
branco europeu.
Segundo Moura, diante desses processos, a popula^ao
negra no Brasil sempre se organizou em novos grupos
ou se envolveu em grupos ja existentes no intuito de se
preservar, manter sua cultura, tentar encontrar momen-
tos de lazer entre os pequenos periodos de descanso da
labuta, preservar padroes africanos e resistir ao regime de
opressao durante a escravidao. No pos-aboli^ao, diante
da sociedade competitiva e da marginaliza^ao a que a
popula^ao negra foi exposta deliberadamente, coube
ao negro novamente se organizar em espa^os e grupos.
“Podemos dizer, por isso, [...] que o negro brasileiro,
tanto durante a escravidao como posteriormente, orga-
nizou-se de diversas formas, no sentido de se autopre-
servar tanto na situa^ao de escravo como de elemento
marginal apos o 13 de Maio”9.
Esses grupos variam em rela^ao aos objetivos, que
sao os mais diversos, e Moura propoe que essas orga-
niza 5oes, independentemente do motivo pelo qual se
aglutinavam, podem ser compreendidas por grupos di-
ferenciados e grupos especificos.
8 Ibidem, p. 65.
9 Ibidem, p. 112.
44
10 Ibidem, p. 116.
11 Idem.
12 Ibidem, p. 117.
13 Ibidem, p. 120.
45
Marcio Farias
Feminismos negros e
marxismo: quem deve
a quem?
Rosane Borges
—Audre Lorde
Uma autobiografia
Angela Davis
Escritos politicos
Frantz Fanon
“Ao contrario do que apregoam as
leituras liberals, racismo nao e apenas
um problema etico, uma categoria
juridica ou um dado psicologico.
Racismo e uma relagao social, que se
estrutura politica e economicamente.”