Administração Do Sistema Operacional

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Capítulo 8

Administração do
sistema operacional
 Instalação de programas no Linux

 Compactadores e backup

 Arquivos de lote no Linux

 Arquivos de Linux
Informática 1 capítulo 8

Figura 218
Arquivo
“sources.list”.

C onhecidos os diferentes tipos de sistemas operacionais existentes no


mercado, é o momento de abordar a sua gestão, ou seja, analisar as
atividades que fazem parte do cotidiano de um técnico de informá-
tica nesse âmbito. É fundamental saber algumas práticas que podem ser adotadas
durante o trabalho, seja o profissional um responsável pelo parque de máquinas
de sua empresa, seja um programador, com foco direcionado a projetos. 8.1.2. Instalando programas a partir de sites de download

8.1. Instalação de programas no Linux Arquivos “.deb” são pacotes de software do Debian, distribuição Linux bastante
famosa, da qual derivou o Ubuntu. Portanto, qualquer arquivo com extensão
Um bom começo é abordar tudo o que envolve a instalação de programas no Li- “.deb” pode ser instalado no Ubuntu. Se você encontrar em um site um pacote
nux, porque a maioria daqueles que se dedicam ao segmento está mais acostumada “.deb” e quiser instalá-lo em seu equipamento, basta baixar o arquivo e dar duplo
a fazer isso no Windows. E é simples. Basta clicar sobre o arquivo do instalador e clique sobre ele, como fez com o arquivo do CD no item anterior. DICA
seguir os passos do assitente de instalação (next, next, next, finish...). O Linux tam- Podemos alterar o
bém oferece essa possibilidade bem amigável. Acessando os mesmos sites, é possível 8.1.3. Gerenciador de pacotes do Linux (apt-get e synaptic) endereço “http” do
baixar softwares para Linux e instalar um por um, com um duplo clique do mouse. servidor que será
Mas essa não é a única forma de fazê-lo. Vejamos quais são as outras alternativas. Um conceito importante sobre os sistemas Linux é o de servidores de pacotes. Já utilizado para baixar
sabemos que um pacote é um software que pode ser instalado no Linux. E um os pacotes. Basta
servidor de pacotes é uma máquina disponível na rede (ou na internet), para tor- consultar os que
8.1.1. Instalando programas a partir do CD da distribuição
nar disponíveis diversos pacotes a serem baixados por distribuições Linux, como estão disponíveis
Ao inserir o CD do Ubuntu no drive, conseguimos acessar diversas pastas com o Ubuntu. Assim que é instalado, o Ubuntu configura, automaticamente, um no site do Ubuntu e
arquivos de instalação, executáveis manualmente com um duplo clique do mou- servidor de pacotes do país cuja linguagem foi escolhida no início do processo. trocar o que estava
se. Esses arquivos têm a extensão “.deb”. Durante a execução, veremos uma jane- Essa configuração é feita no arquivo “sources.list” (lista de fontes de software), no “sources.list”.
Lembre-se de salvar
la como a da figura 217. Se você clicar no botão “Instalar Pacote”, o utilitário vai que fica na pasta “/etc/apt” (figura 218). A partir desse momento, podemos utili-
as alterações antes
adicionar o novo software ao sistema operacional. zar o comando “apt-get” (gerenciador de pacotes usado no Ubuntu) e o comando
de fechar o arquivo.
“apt-cache” (programa usado para manter um banco de dados) para instalar, de
Figura 217 maneira extremamente fácil, um novo pacote no PC.
Instalando um
programa É recomendável atualizar a lista de pacotes atual, antes de instalar um, pois
a partir do novos pacotes são criados e atualizados diariamente no servidor. Para fa-
arquivo no CD. zer essa atualização, digite o comando “sudo apt-get update” (figura 219-A).
Atenção: para utilizar o “apt-get”, é preciso manter a conexão com a internet, pois
o servidor de pacotes não está na máquina nem na rede local.

Figura 219-A
Atualizando a lista
de pacotes.

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Figura 219-B Figura 221


Atualizando a Lista de pacotes
lista de pacotes relacionados com a
com o servidor palavra-chave “game”.
remoto.

Figura 222
Se o resultado for parecido com o da figura 219-B, é sinal de que os pacotes foram Instalando um
atualizados com sucesso. Caso haja algum erro durante a atualização, abra no- novo pacote.
vamente o arquivo “sources.list” e confira se o endereço do servidor está correto.

O próximo passo é consultar a lista de pacotes utilizando uma palavra-chave.


Isso nos permite fazer uma busca, no servidor, à procura de pacotes que têm algo
a ver com a palavra “game” (jogo). O resultado retorna os nomes dos aplicativos,
seguidos de uma pequena descrição. Fazer uma busca é importante, pois preci-
saremos do nome correto do pacote para instalá-lo, como mostra a figura 220.

Chegou o momento de instalar o pacote. Digite o comando “apt-get install” (o


parâmetro “install” significa instalar), seguido do nome do pacote que seleciona-
mos ao digitar o comando anterior para consulta (figura 221). DICA
1. Nem sempre os
Para que o pacote escolhido funcione corretamente, são necessários outros paco- novos pacotes criam
tes, que são detectados e instalados pelo utilitário, conforme ilustra a figura 222. Antes de começar a baixar os pacotes necessários e suas dependências, no entan- atalhos no menu
to, o utilitário solicita uma confirmação e informa a quantidade de arquivos e o “Aplicativos” do
Figura 220 tamanho total em MB (Megabytes) de todos. Para continuar o processo, pressio- Ubuntu. Então, pode
ser necessário digitar o
Busca, por ne a tecla “Enter”. Pronto. O pacote é instalado com sucesso.
comando para chamar o
pacotes, via
aplicativo no prompt de
palavra-chave. 8.2. Compactadores e backup comandos (terminal).
2. Quando não quiser
Provavelmente você já deve ter recebido um e-mail com um arquivo anexado
mais o programa ou se
cuja extensão seja “.zip” ou “.rar”: eles passaram por um processo de compactação precisar de mais espaço
(compressão). O motivo é simples: quanto menor o arquivo, mais rápido será o em disco, você poderá
seu envio como anexo, pois ele utiliza menos espaço em disco. desinstalá-lo utilizando
o parâmetro “remove”
Existem diversos tipos de compactadores no mercado, além de diferentes forma- do comando “apt-get”.
tos de compactação. Atualmente, os formatos RAR e ZIP têm sido os mais uti-
lizados, mas o 7Z também é muito bem aceito, em especial por ser um software
do tipo OpenSource (código aberto). Cada um desses formatos pode ser adotado
tanto no Windows quanto no Linux. Basta instalar um software de compactação
que possua suporte para o formato escolhido. Alguns até dispõem de suporte para
mais de um formato de compressão e descompressão.

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Informática 1 capítulo 8

Figura 226
8.2.1. Compactadores nativos do Linux Instalação do “rar”.
O comando “tar” está presente em qualquer distribuição Linux e permite ar-
DICA mazenar ou compactar pastas ou conjuntos de arquivos em um único arquivo.
Quanto maior Sua sintaxe é a seguinte:
a taxa de
compressão de um Figura 227
tar [parametros] [nome do arquivo] [itens a serem arquivados] Compactando
compactador, mais
tempo ele vai levar em formato “rar”.
para criar o arquivo
Imagine uma pasta chamada “backup”, com arquivos a compactar. Primeiramente di-
compactado.
gite o comando “du” para ver qual é o espaço ocupado em disco pela pasta (figura 223).
Mas isso pode ser
compensado com
Para arquivá-la em um arquivo com a extensão “.tar”, digite o comando mostrado
a obtenção de um
arquivo menor no
na figura 224. 8.2.2. Instalação de novos compactadores,
final do processo. usando o gerenciador de pacotes
Digite novamente o comando “du” para visualizar o tamanho do arquivo “.tar”
criado, conforme a figura 225-A. Agora instale o compactador “rar”, utilizando o comando “apt-get”, como se viu
no item anterior (figura 226).
Veja que o arquivamento diminui um pouco o tamanho do arquivo, mas isso não
chega a ser uma compactação, pois esse processo converte os bits repetitivos da Em seguida crie um arquivo compactado com o formato “rar”, como ilustra a
estrutura de todos os arquivos, fazendo com que seja necessário menos espaço em figura 227.
disco para armazenamento. Compacte o arquivo, ainda utilizando o comando
“.tar”, mas agora com o ZIP (figura 225-B). Agora, o arquivo resultante tem 725 Observe que é preciso digitar o comando “rar”, seguido do parâmetro “a”, que
KB. É menos de um quarto do tamanho da pasta de origem. significa “add” (adicionar). O próximo passo é o nome do arquivo resultante
(backup.rar) e, por último, a pasta que será compactada pelo comando. Veja com
Figura 223 que tamanho o arquivo “backup.rar” ficou (figura 228).
Visualização do espaço
em disco usado pela Com o formato rar, o arquivo resultante é ainda menor. Isso acontece porque o
pasta “backup”. seu algoritmo de compactação é mais eficiente que o utilizado pelo formato “zip”.
Justamente por comprimir mais, o “rar” precisa de um tempo maior para efetuar
todos os cálculos de compactação e, por isso, é mais lento que o “zip”.
Figura 224
Arquivando a
Já o 7Z é do tipo OpenSource, o que significa que diversas pessoas constante-
pasta “backup”.
mente ajustam seu algoritmo, para torná-lo cada vez mais eficiente. Faça um teste
prático. Instale-o via “apt-get” (figura 229).
Figura 225-A
Visualizando o Figura 228
tamanho do arquivo Visualização
“.tar gerado”. do espaço em
disco usado por
“backup.rar”.
Figura 225-B
O arquivo compactado, Figura 229
menor do que o arquivado, Instalando o
e a pasta de origem. compactador
para usar o
formato “7Z”.

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Figura 230 Figura 233


Compactando Salvando o
com “7zr”. arquivo “.bat”

Figura 231
O arquivo compactado
com “7z” é menor que os
demais compactados.

Para compactar a mesma pasta, com o comando “7zr”, faça como mostra a figura 230.

Veja que o parâmetro “add” ainda é o mesmo, mas agora é preciso especificar uma
extensão diferente para o arquivo (“.7z”), como aparece na figura 231. Fica evidente O próximo passo é salvar o arquivo com o nome “backup.bat”. No caso do
que o “7z” conseguiu realmente compactar mais do que os outros formatos. Windows, é necessário usar a extensão “.bat” para que o sistema operacional
o reconheça como sendo do tipo batch. Para salvar corretamente é necessário
8.3. Arquivos de lote (batch) alterar o tipo do documento para “Todos os Arquivos”. Caso contrário, o ar-
quivo terá extensão “.txt”. Então, digite o nome do arquivo “batch” no campo
Qualquer sistema operacional permite a criação de arquivos batch, também co- “Nome”, escolha o diretório de destino (no nosso caso é o Desktop) e clique
nhecidos como de lote e que servem para automatizar tarefas repetitivas e coti- no botão “Salvar” (figura 233).
dianas do administrador do sistema. Com um arquivo de lote, podemos confi-
gurar backups, gerar relatórios etc. Podem ser automatizados, se forem colocados Um ícone característico sinaliza que o arquivo é executável (Batch). Basta,
em conjunto com os respectivos programas de agendamento de tarefas. Arqui- agora, dar um duplo clique sobre esse ícone para abrir uma janela do prompt
vos batch devem ser criados com o uso de um editor de textos simples (padrão na tela (figura 234). Mas ela não permanece aberta e há uma razão para isso: é
ASCII) e salvos com a extensão correspondente, para que o sistema operacional que não foi usado um comando para parar a execução e ele pode ser útil para
o reconheça. Normalmente, seu conteúdo é formado por conjuntos de comandos que você veja o resultado do script. Para alterar o script, basta clicar com o
da linguagem de cada sistema operacional; portanto, é preciso conhecer esses botão direito do mouse sobre o arquivo e escolher a opção “Editar”.
comandos para criar arquivos de lote.
Figura 234
8.3.1. Criação de arquivos de lote usando Arquivo criado na área
comandos do prompt do Windows de trabalho (desktop).

Vamos aprender agora a criar um arquivo “Batch” no Windows utilizando co-


mandos básicos do prompt, para gerar uma pasta de backup no pen-drive. Copie
os arquivos de alguns diretórios do sistema operacional para essa pasta. Na prá-
tica, apenas dois comandos são adicionados ao arquivo: o primeiro cria a pasta
“backup” na unidade de disco “E”; o segundo copia todos os dados da pasta
“Arquivos” localizada na unidade “C” para a recém-criada (figura 232).

Figura 232
Criação de um
arquivo batch de
backup.

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Figura 235 Figura 239


Adicionando o Uso do “echo”
comando “pause”. para informar
melhor o usuário.

Adicione o comando “Pause” no final do código, fazendo com que ele pare nesse
Figura 240
ponto antes de fechar a janela do prompt (figura 235).
Resultado final
do script
8.3.2. Comandos adicionais aplicáveis em arquivos de lote de backup.
Além dos comandos do prompt, é possível adicionar outros pertencentes aos
scripts batch do Windows. Se você preferir, pode colocar também um caractere
Para ver os códigos
@ na frente de cada comando, para que ele não seja apresentado no prompt. As-
de cores disponíveis,
digite no prompt
sim, somente o resultado do comando aparecerá (figura 236).
de comandos do
Windows o seguinte O comando “color” também pode ser útil. Permite configurar uma cor espe-
comando: “color/?” cífica para a execução do script e diferenciá-lo do prompt normal ou mesmo de Provavelmente, nenhum usuário leigo utilizará esse script. Mesmo assim, é im-
outros scripts. Já o “title” permite especificar um título para a janela do prompt portante frisar que ainda está faltando alguma coisa. Talvez informações sobre o
que está executando o script (figura 237). que está sendo feito durante a execução do script.

Observe que adicionamos um caractere que significa maior (>) e a palavra “nul” à Para exibir dizeres ou frases no script, podemos utilizar o comando “echo”
frente do “pause”. Isso faz com que o retorno do “pause”, que é a frase “pressione (figura 239).
qualquer tecla para continuar...”, permaneça como oculto do prompt, no final da
execução (figura 238). Agora execute o script e observe o resultado. É aconselhável que você aproveite para
criar seu próprio arquivo “batch” e automatizar seu backup diário (figura 240). DICA
Faça uma boa revisão
Figura 236
do que aprendeu
Caracteres como 8.3.3. Funções avançadas aplicáveis em arquivos de lote sobre os comandos
@ ocultam
do Windows e do
os comandos. Há diversas funções avançadas que podem ser aplicadas em arquivos de lote do
Linux antes de
Windows. Vejamos, aqui, apenas dois desses conceitos, dos muitos que podem começar a trabalhar
ser adicionados a partir de pesquisas de documentação específicas na internet. com arquivos de lote.
Podemos direcionar a saída de um comando para um arquivo gerando um rela-
tório, no final do backup, com o nome dos arquivos copiados e a data de reali-
Figura 237
zação do backup – entre outras opções. Utilizando um sinal de maior ( > ) após
Incrementando
o comando, direcionamos a saída de um comando para um dispositivo diferente
o script.
do monitor. Pode ser um arquivo, por exemplo. Dois sinais de maior (>>) direcio-
nam a saída para o arquivo, incrementando seu conteúdo. Se usarmos um sinal
só, os dados que antes estavam armazenados no arquivo serão perdidos. Mas com
dois sinais eles se mantêm e a nova informação é incrementada.

Outro recurso útil é o de substrings. É possível pegar uma parte de uma string
Figura 238
ou variável de ambiente e armazenar em uma variável ou apresentar na tela.
Script
Exemplo: “echo %date%” apresenta a data atual na tela e “%date:~0,3%” exibe
personalizado somente os três primeiros caracteres de “%date%” (a partir do índice 0, pega
com título, três caracteres), ou seja, só o dia da semana. Trabalhar com parâmetros tam-
cor e pausa. bém é bem fácil. O sinal “%1” representa o primeiro parâmetro passado na
linha de comando. O “%2” significa o segundo.

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Figura 242
8.4. Arquivos de lote no Linux Salvando o script
na área de
8.4.1. Introdução aos shell scripts trabalho com o
No Linux também é possível criar arquivos de lote, que devem ser salvos com nome “listar.sh.
a extensão “.sh”. A linguagem de scripts utilizada para criar arquivos de lote é
chamada de “shell script”. É extremamente poderosa, permitindo laços de re-
petição, condições etc. Gerar um shell script requer um editor de textos-padrão
ASCII, como o gedit do Ubuntu.

8.4.2. Scripts básicos utilizando comandos do Linux


Vamos criar nosso primeiro script para Linux. Inicialmente abra o Gedit ou o
Editor de Textos no menu Aplicativos / Acessórios / Editor de Textos do Gnome.

A primeira linha do script deve conter um #!/bin/sh”, que representa a aplicação


a ser utilizada para executar o script. Isso significa que na pasta “bin” existe um
comando, chamado “sh”, que será usado para interpretar o script quando você
digitar seu nome para ser executado.
Figura 243
Todos os comandos que você conhece para o terminal do Linux podem ser in- O gedit aplica
seridos nos scripts. Então, vamos começar criando um script simples de listagem cores à sintaxe
do conteúdo da pasta atual, como fizemos com o arquivo de lote do Windows. de acordo com
a linguagem
Veja que adicionamos apenas duas linhas de código. Na primeira configuramos o correspondente.
comando que será utilizado para executar o script. Na segunda, o comando “ls”,
que lista o conteúdo do diretório atual, como mostra a figura 241. Para salvar o
arquivo, clique no botão “Salvar” ou no menu “Arquivo / Salvar”. Será apresen-
tada a tela apresentada na figura 242.

Agora digite o nome do arquivo e escolha a pasta de destino. “Desktop”, como


se sabe, representa a área de trabalho do usuário atual. Ao clicar no botão
“Salvar”, você verá que o arquivo será criado em sua área de trabalho com um
ícone característico do Gnome. Perceba que o Gedit (Editor de Textos) torna
coloridos os comandos de acordo com a linguagem que está sendo utilizada. O próximo passo é permitir a execução do arquivo. No Linux, isso é necessário “chmod” é o
Ele converte os comandos em cores pré-configuradas no momento em que sal- porque, por padrão, os arquivos são criados apenas com permissão de leitura e comando que
varmos o arquivo com a extensão “.sh” (figura 243). gravação para o usuário. Para tornar o arquivo executável, ou seja, para que o permite alterar as
sistema operacional execute os comandos internos do script como se fosse um permissões de um
programa, temos de utilizar o comando “chmod +x arquivo.sh”. Após digitar arquivo qualquer do
Figura 241
Linux; “+x” adiciona
Digitando um o comando de permissão, vamos executar o script com o comando “./listar.sh”.
permissão de
script no Editor de Para isso substituiremos o nome “listar.sh” pelo nome do script que está sendo
execução no arquivo;
Textos (Gedit). criado, caso seja escolhido um nome diferente. Lembre-se de que o Linux é case-
e “arquivo.sh” é o
sensitive. Isso significa que, se você criar um arquivo com o nome “Falar.sh”, não
nome do arquivo
conseguirá executá-lo com o comando “falar.sh”.
ao qual queremos
adicionar permissão
8.5. Arquivos de lote no Linux de execução.
(estruturas de decisão, laços)
Podemos adicionar, também, estruturas de decisão e laços de repetição em nossos
shell scripts. Vamos, então, aprender a fazer isso com exemplos práticos.

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Figura 244 Figura 246


Adicionando Criando um laço
estrutura de repetição
de decisão. com o comando
“while.

Figura 245
Uilizando o
Em seguida, adicionamos o comando “while:. Assim, enquanto o usuário não
comando “read”.
pressionar as teclas de finalização “CTRL+C”, o script vai continuar em pro-
cesso de execução. Adicionamos, agora, um comando “elif ” para validar tam-
bém o 2 como uma solicitação de listagem detalhada do diretório no script.
Atenção: qualquer código diferente de 1 ou 2 vai resultar numa mensagem de
erro pelo script (figura 247).

Em vez de pressionar CTRL+C para finalizar o script, é possível fazer uma


validação melhor, solicitando a tecla 0 para sair, por exemplo. É importante
frisar que a linguagem “Shell Script” é extremamente poderosa. É aconselhável
aprofundar-se no tema consultando materiais específicos.
8.5.1. Implementação de estruturas de decisão em scripts
Figura 247
Se você já programa em alguma linguagem, vai ter facilidade para trabalhar com Adicionando
shell scripts. Entretanto, alguns detalhes precisam ser estudados, pois a sintaxe uma condição
aqui é um pouco diferente. Um “Se” (estrutura de decisão) é representado pela ao laço “while”.
palavra IF (Se), cuja condição deve ser apresentada entre colchetes, seguido da
palavra-chave THEN (então), como ilustra a figura 244.

Veja que criamos uma variável chamada “teste”, que recebe inicialmente o valor 1.
Faremos a validação dessa variável utilizando a estrutura de decisão IF. Agora va-
mos pedir ao usuário que digite o código durante a execução do script, utilizando
o comando “read” (ler), conforme mostra a figura 245.

Ao executar o script, será solicitado o código para listar o conteúdo do diretório


atual. Se o usuário digitar algum código diferente de 1, a mensagem “Código
incorreto” será apresentada (ainda a figura 245). Para usar o “senão”, utilize “elif”,
pois esta é a sintaxe correta do shell script.

8.5.2. Implementação de laços de repetição em scripts


O script pode permanecer executando indefinidamente até que o usuário pres-
sione um código de saída. Isso permite que ele seja utilizado por tempo indeter-
minado. Ao terminar o trabalho, você só precisa pressionar 0, por exemplo, para
fechá-lo. Para fazer isso, vamos implementar um laço de repetição (figura 246).
No primeiro exemplo, criamos um laço infinito que poderá ser finalizado pres-
sionando a tecla “CTRL+C” no teclado.

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