Romantismo

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Romantismo

17 7 4 - 1 8 4 9
Contexto
Início na Europa em 1774 com a
publicação do livro Os
Sofrimentos do Jovem Werther,
de Goethe;
Revolução Francesa e ascensão
da burguesia;
Queda da influência da
monarquia;
No Brasil, chegada da família
real e elevação da colônia a
Reino Unido de Portugal, Brasil e
Algarves;
Surgimento da imprensa
brasileira
Características
Gerais
OPOSIÇÃO AO IDEALIZAÇÃO SAUDOSISMO LINEARIDADE HEROÍSMO
CLACISSICISMO Visualização subjetiva da Apego ao passado, em Histórias escritas em Criação de heróis
Sem modelo a ser mulher, da sociedade e especial aos tempos de sequências cronológicas e nacionais nas histórias e
seguido, com ideais do amor. infância da personagem divididas em capítulos definições plenas de herói
individuais, escrita principal. lançados semanalmente e vilão.
pessoal e subjetiva, além (folhetins).
da utilização de versos
livres.
Gerações

Indianista Ultrarromântica Condoreira


José de Alencar Álvares de Azevedo Castro Alves
I n d i a n i s m o
r m a ç ã o n ac ional;
cessid ad e d e afi
Ne
h e ró i n a c io na l;
Índio como
ad or c o m o vilã o;
Coloniz
ra is d o B ra s il;
Belezas natu
s é d e A le n c a r
Iracema - Jo
- G on ç a lv e s D ias
Juca Pirama
Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte,
nasceu Iracema. Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os
cabelos mais negros que a asa da graúna, e mais longos que seu
talhe de palmeira.
O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha
recendia no bosque como seu hálito perfumado.
Mais rápida que a corça selvagem, a morena virgem corria o sertão e
as matas do Ipu, onde campeava sua guerreira tribo, da grande
nação tabajara. O pé grácil e nu, mal roçando, alisava apenas a
verde pelúcia que vestia a terra com as primeiras águas.

Trecho de Iracema, de José de Alencar


r a r r o m â n t i c a
U l t
çã o B ay o ri an a ;
Gera
M a l d o S é c u lo;
Geração
o e m e la n c o lia;
Pessimism
e e g o ce nt ris m o;
Escapismo
Morte; e Azevedo
e rn a - Á lv ar es d
Noite na Ta v
Se eu morresse amanhã Que sol! que céu azul! que doce
Se eu morresse amanhã, viria ao n'alva
menos Acorda a natureza mais louçã!
Fechar meus olhos minha triste irmã; Não me batera tanto amor no peito
Minha mãe de saudades morreria Se eu morresse amanhã!
Se eu morresse amanhã!
Mas essa dor da vida que devora
Quanta glória pressinto em meu A ânsia de glória, o doloroso afã…
futuro! A dor no peito emudecera ao menos
Que aurora de porvir e que amanhã! Se eu morresse amanhã!
Eu perdera chorando essas coroas
Se eu morresse amanhã!

Se eu morresse de amor, de Álvares


de Azevedo
Oh! que saudades que tenho Como são belos os dias
Da aurora da minha vida, De despontar da existência!
Da minha infância querida – Respira a alma inocência
Que os anos não trazem mais! Como perfumes a flor;
Que amor, que sonhos, que flores, O mar é – lago sereno,
Naquelas tardes fagueiras O céu – um manto azulado,
À sombra das bananeiras, O mundo – um sonho dourado,
Debaixo dos laranjais! A vida – um hino d’amor!

Meus oito anos, de Casimiro de


Abreu
C o n d o r e i r a
ç ão H u go a n a ;
Gera
m o e pe c ad o ;
Erotis
o e m e la n c o lia;
Pessimism
e e g o c e nt ris m o;
Escapismo
Morte; e Azevedo
ern a - Á lv ar es d
Noite n a Ta v
Era um sonho dantesco... O Negras mulheres, suspendendo às
tombadilho tetas
Que das luzernas avermelha o brilho, Magras crianças, cujas bocas
Em sangue a se banhar. pretas
Tinir de ferros... estalar do açoite… Rega o sangue das mães:
Legiões de homens negros como a Outras, moças... mas nuas,
noite, espantadas,
Horrendos a dançar... No turbilhão de espectros
arrastadas,
Em ânsia e mágoa vãs.

Trecho de Navio Negreiro, de Castro Alves

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