MOSCAMINADORALiriomyzasp
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1. INTRODUÇÃO
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Figura 1. Adultos de Liriomyza sp. Vista dorsal do adulto (A) e vista lateral destacando o momento de
oviposição (B). Fontes: A – Próprios autores; * B – Disponivel em:
<http://www7.inra.fr/hyppz/IMAGES/7032091.jpg>.
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Figura 2. Larva desenvolvida de Liriomyza sp. dentro de uma galeria (A) e envoltório pupal
(B). Fontes: Próprios autores.
De um modo geral Liriomyza spp. permanece hospedada nos tecidos foliares por
cerca de uma semana, e em seguida permanece na face abaxial das folhas ou no solo.
Esse comportamento do inseto faz com que ele consiga sobreviver protegido em sua
fase imatura no interior do mesófilo foliar (GALLO et al., 2002).
3. INJÚRIAS E SINTOMATOLOGIA
Figura 3. Galerias provocadas por larvas de Liriomyza sp. (A) e pucturas causadas pelos adultos (B).
Fontes: Próprios autores.
Figura 4. Danos de puncturas de alimentação e oviposição provocados por Liriomyza sp. em folhas de
couve-flor (Brassica oleracea L.). Fonte: J. Lotz (STECK, 1999).
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Diante disto Nogueira (2012) relata que a redução da área foliar fotossintética e a
abertura de acesso para patógenos oportunistas, estresse hídrico, depreciação do
produto comercial pelas minas/galerias formadas no tecido foliar, uma vez que as
folhas apresentam queimaduras quando as minas são expostas à luz solar e a causam
o secamento foliar, são os danos mais evidentes e preocupantes que este inseto pode
estar trazendo caso não controlado o seu ataque.
4. AMOSTRAGEM
No entanto o monitoramento deve ser realizado com um auxílio de uma lupa de bolso
e bloco de anotações. A periodicidade é a cada 3 dias a fim de evitar o aparecimento
de novos focos de infestação, em áreas menores que 2,5 ha deve-se examinar 20
plantas, uma a duas folhas em formação completamente abertas (em diferentes
pontos amostrais) com o registro de larvas/minas por folhas e do número de plantas
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atacadas. Em hortas maiores, entre 2,5 ha a 5,0 ha, deve-se avaliar 40 plantas
seguindo a mesma metodologia (GUIMARÃES et al., 2009; DIAS; RESENDE,
2010).
As medidas de controle para evitar prejuízos econômicos devem ser tomadas quando
o nível de ataque da praga na lavoura chegar a 10% das plantas (FONTES, 2005).
No Brasil, Guimarães et al. (2009) relatam que se tem recomendado medidas de
controle da mosca-minadora quando forem amostradas 4 larvas ou 10 adultos em 20
folhas de hospedeiros de meloeiro Cucumis melo.
5. TÁTICAS DE CONTROLE
Dentre os tipos de controle atualmente adotados para Liriomyza spp., podemos citar
o cultural, mecânico, biológico e químico.
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5.1. CONTROLE CULTURAL
Plantas com menor número de tricomas glandulares por cm² em folhas de Solanum
lycopersicum possibilitam uma melhor eficiência de antibiose no combate ao ataque
de Liriomyza spp. (FERNANDES et.al. 2012). Isso implica considerar que plantas
oriundas de melhoramento genético possam ser investigadas e associadas a uma
menor suscetibilidade ao ataque de mosca minadora em Brassicas.
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5.2. CONTROLE MECÂNICO
O esmagamento das larvas com o auxílio das unhas ou até mesmo com alfinetes, ou
a destruição das folhas com larvas é uma técnica rústica e pode ser adotado em
cultivos de pequena dimensão, ou até mesmo em ambiente controlado de pequena
dimensão como casa de vegetação. Porém, em cultivos de grande escala, essa técnica
é inviável economicamente diante da grande demanda de mão-de-obra requerida para
a execução desta prática.
Em todo o globo existem bastantes parasitoides de Liriomyza spp. Chen et al. (2003)
encontraram na China 14 espécies de parasitoides, distribuídos em quatro famílias
(Braconidae, Eulophidae, Megaspilidae e Pteromalidae) parasitando duas espécies
de Liriomyza sp. na china. No Brasil os parasitoides de liriomyza são de ocorrência
natural e colaboram para que ocorra o controle biológico natural. Carvalho et.al.
(2011) ainda relata em seus estudos a ocorrência desses parasitoides do gênero
Diglyphus sp. de Agosto a Março nas seguintes Brassicas sp. mencionadas a seguir:
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Tabela 01: Espécies de parasitoides relatadas controlando larvas minadoras em diversos
hospedeiros no estado de Minas Gerais.
Espécies Hospedeiros Culturas
Diglyphus begini Brassica oleracea var. Acephala (repolho)
Diglyphus intermedius Lyriomyza sp. Brassica oleracea var. italica
Diglyphus isea (brócoli)
No Brasil ainda não são comercializados parasitoides de Liriomyza sp. o que acaba
inviabilizando o controle biológico aplicado (Técnica de introdução de parasitoide
ou predador proveniente de outro País).
Nos cultivos onde ocorre o controle biológico natural, os predadores existentes são
bastante importantes para controlar o nível populacional de Liriomyza sp. são eles
as formigas (predadoras de prepupas e pupas) e o Tripes predador Franklinothrips
vespiformis (Thysanoptera: Aeolothripida), este último é capaz de predar ovos, larvas
e pupas de Liriomyza sp. (ARAKAKI; OKAJIMA, 1998; HODDLE, et. al. 2000).
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6. CONCLUSÃO
7. REFERÊNCIAS
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ARAÚJO, E. L. et al. Biological aspects of the leafminer Liriomyza sativae
(Diptera: Agromyzidae) on melon (Cucumis melo L.). Ciência Rural, Santa Maria,
v. 43, n. 4, p. 579-582, 2013.
ARAUJO, Elton Lucio et al. Biological aspects of the leafminer Liriomyza sativae
(Diptera: Agromyzidae) on melon (Cucumis melo L.). Cienc. Rural, [s.l.], v. 43, n.
4, p.579-582, 2013. FapUNIFESP (SciELO).
EFSA- European Food Safety Authority. 2012. Scientific Opinion on the risks to
plant health posed by Liriomyza huidobrensis (Blanchard) and Liriomyza trifolii
231
(Burgess) in 9 the EU territory, with the identification and evaluation of risk
reduction options. Italy, EFSA Journal, 190 p. (Comunicado Técnico).
232
MELO, P. E.; CASTELO BRANCO, M.; MADEIRA, N. R. Avaliação de
genótipos de repolho para resistência à traça das crucíferas. Horticultura
Brasileira, v.12, n.1, p.19-24, 1994.
MORAIS, E. G. F.; PICANÇO, M. C.; SENA, M. E.; BACCI, L.; SILVA, G. A.;
CAMPOS, M. R. Identificação das principais pragas de hortaliças no Brasil. In:
ZAMBOLIM, L.; LOPES, C. A.; PICANÇO, M. C.; COSTA, H. (Org.). Manejo
Integrado de Doenças e Pragas - Hortaliças. Viçosa: Suprema, 2007. p.381-422
PRATISSOLI, D. et al. Incidence of leaf miner and insect vectors for pest
management systems in the tomato. Revista Ciência Agronômica, v. 46, n. 3,
p.607-614, 2015.
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