Matemática - Vol. III (CPMIL)

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MATEMÁTICA III

CAPÍTULO ASSUNTO PÁGINA


27 Matrizes 11
28 Determinantes 14
29 Sistemas Lineares 17
30 Geometria Analítica I 20
31 Geometria Analítica II 26
32 Números complexos I 31
33 Números complexos II 33
34 Polinômios 36
35 Gabarito 40

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MATEMÁTICA III

10
MATEMÁTICA III

CAPÍTULO 27  MATRIZES ESPECIAIS


MATRIZES
Vejamos alguns tipos de matrizes especiais.
Matriz é toda tabela de números formada por linhas e
colunas, sendo e dois números inteiros maiores ou iguais a 1.  MATRIZ QUADRADA:
Dizemos que a matriz é do tipo (lê-se: ) ou de
ordem . É a matriz que possui o número de linhas igual ao número de
colunas e apresenta duas diagonais, a saber: diagonal principal
Podemos esboçar a matriz da seguinte maneira: (DP) e diagonal secundária (DS).
Exemplo:

Diagonal
Notação: Secundária
 Letras maiúsculas representam as matrizes, por
exemplo, .

 Letras minúsculas representam os elementos, por Diagonal


Principal
exemplo,
 MATRIZ IDENTIDADE
 Os elementos são determinados pela posição que
ocupam dentro da matriz, obedecendo à seguinte Chama-se matriz identidade de ordem , que se indica por ,a
forma: matriz:
.

aij Note que:


Toda matriz identidade de ordem maior que 1 terá todos os
Coluna elementos da diagonal principal iguais a 1 e todos os demais iguais
Linha a 0.
Exemplos:
a) .
Exemplos:

a) b)

é uma matriz de 3 linhas e 2 colunas e de ordem 3 2.  MATRIZ NULA


Por exemplo, o número 5 está na 2ª linha e 2ª coluna, ou seja,
a22 = 5. Matriz nula do tipo  é qualquer matriz que possui todos os
elementos iguais a zero.
b)
Exemplo:
Considere uma matriz nula, então podemos escrever:
é uma matriz de 3 linhas e 3 colunas e de ordem 3 3. Neste
caso, o usual é dizer que B tem ordem 3.

Lei de Formação
Existem matrizes que podem ser representadas abreviadamente  MATRIZ TRANSPOSTA
por uma sentença matemática que indica a lei de formação para
seus elementos. Dada uma matriz qualquer, dizemos transposta de a matriz
Exemplo: obtida de permutando-se as linhas pelas colunas e vice-
01. Construa a matriz de ordem 2 3, sendo a lei de formação dada versa, ou seja, se temos o elemento
por na matriz A, na
Escrevendo a matriz , temos: transposta será .
Exemplo:

Assim,

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MATEMÁTICA III
Notas: Seja a matriz e um número real, definimos
1ª. Se ·, então dizemos que a matriz é simétrica. produto de por todos os elementos da matriz A uma matriz
tal que:
Exemplo:

Exemplo:
Então, temos que . Logo são simétricas. Seja e , então B será:
2ª. Se e os elementos da diagonal principal de
forem todos nulos então, dizemos que a matriz é antissimétrica.
É claro que as matrizes simétricas e antissimétricas são
quadradas.
Exemplo:
Multiplicação de Matrizes

O produto de duas matrizes e é definido quando o número de


. Logo, são antissimétricas. colunas de for igual ao número de linhas de e, indicamos por:

Igualdade de Matrizes Em outras palavras, dadas as matrizes e


, temos:
Dizemos que duas matrizes, e , do mesmo tipo  , são
iguais se, e somente se, todos os elementos que ocupam a mesma
posição forem idênticos. =
Exemplo:
Observe que:
2 0  2 c  1. O número de linhas da matriz é o mesmo da matriz .
Se =  , =   e , então .
1 b  1 3 2. O número de colunas da matriz é o mesmo da matriz .

Operações com Matrizes Para obtermos o produto de duas matrizes e , devemos


multiplicar ORDENADAMENTE os elementos da linha , da matriz
Adição e Subtração de Matrizes A, pelos elementos da coluna , da matriz B. Assim, cada elemento
da matriz é a soma dos produtos obtidos.
I - Dadas as matrizes e , de ordem , chamamos Exemplo:
soma de com a matriz , tal que , para
todo e todo . 1. Dados e , vamos determinar
Por exemplo,
.

Resolução:
Notação: 1º. Passo: verificar se o produto existe.
Temos:
Exemplo:
=
1 4   2  1 1  2 4  (1) 3 3 
 0 7  +  0 2  = 0  0 7  2  =  0 9 
        Esse produto existe, pois o número de colunas de A é igual ao
número de linhas de B. Observe que a ordem da matriz C é 3.
II - Dadas as matrizes , de ordem , chamamos
subtração de com a matriz , tal que , 2º. Passo: realizar o dispositivo prático.
para todo e todo . 3.2+
Por exemplo, 5 .0
3. 2
+5
3.1 .(-
+ 1 )
5
.3

Notação:
3 5 1 2 2
Exemplo:
1 4   2  1 1  2 4  (1)   1 5 2 0 3 -1 0
 0 7  -  0 2  = 0  0 7  2  =  0 5 
        1 4
Multiplicação de um número real por uma matriz

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MATEMÁTICA III
Assim, é o produto dos elementos da 1ª. linha da matriz A Da igualdade de matrizes, temos:
pelos elementos da 1ª coluna matriz B, obtido da seguinte forma: a  2c  1

.  2a  c  0
Analogamente, teremos para os outros elementos:
. b  2d  0

.  2b  d  1
.
. Resolvendo os sistemas temos:
. 1 2 2 1
. a= ,b=− ,c= ed=
5 5 5 5
.
.
1 2
 
Portanto, a matriz C será dada por: a b   5 5
Assim: =   =  .
c d   2 1 
 5 5 

Exercícios

Propriedades das Matrizes 2 1  1 2   4  1


01. (PUC) Se A =   , B =   e C =   ,então
 3 1   1 0  2 1 
Vejamos algumas propriedades das matrizes.
P1. . X  A B X
a matriz X, de ordem 2, tal que:   C é igual a :
P2. . 2 3
P3. .  28 1 
a)   .
 24 3 
Se verificadas as condições de existência, para a multiplicação de
matrizes, são válidas as seguintes propriedades:  28 1
b)  .
P4. .  23 3 
P5. .  28 1
P6. . c)  .
 25 3 
P7. , sendo a matriz identidade de ordem n.
 28 1
d)  .
IMPORTANTE: segundo a definição de produto, só é possível  30 3 
calcular e se e são matrizes quadradas.
 28 1
Entretanto, na multiplicação de matrizes, a ordem dos fatores não é e)  .
indiferente. Em geral, .  22 3 

Matriz Inversa 02. (PM) Sejam as matrizes do tipo , calcule o


elemento situado da 2ª linha e na 2ª coluna, sendo :
Seja uma matriz quadrada de ordem n, definimos matriz inversa a) 36.
de , usualmente simbolizada por , toda matriz quadrada tal b) 35.
que seu produto pela sua inversa seja igual a uma matriz c) 25.
identidade. d) 26.
e) 30.

03. (EEAR) Sejam as matrizes e Se


Exemplo:
1 2  é uma matriz nula , então é:
01. Sendo A =   , vamos determinar a matriz inversa de A. a) -1.
 2 1 b) 0.
Resolução: c) 1.
Sabemos que: . d) 2.
a b 
Sendo c d  , então:
  04. (EEAR) Sejam as matrizes e

. Se e são as matrizes transpostas de A e


1 2  a b  1 0
 2  = B, respectivamente, então + é igual a:
 1 
c d  0 1
a) .
a  2c b  2d  1 0
  = 0 1
  2 a  c  2b  d    b) .

13
MATEMÁTICA III
1 3
det M = = 1 . 3 − 3. 4 = 3 −12 = −9.
c) . 4 3

Determinante de 3ª. ordem


d) .

05. (EFOMM) Se e então Dada a matriz D = , devemos utilizar a regra de


vale: SARRUS para calcularmos o determinante dessa matriz. Assim,
a) . temos o seguinte dispositivo:
1º. Passo: repetimos as duas primeiras colunas ao lado da
terceira.
b) .

c) .

a11 a12 a13 a11 a12


d) .
a 21 a 22 a 23 a21 a 22
e) .

06. (ESPCEX) Os valores de e que satisfazem a igualdade


a31 a 32 a 33 a31 a32
são, respectivamente:
a) 3 e .
b) 3 e 2.
c) 9 e . 2º. Passo: De acordo com a figura abaixo iremos identificar a
d) 3 e . diagonal principal e a diagonal secundaria da matriz
e) 9 e .

07. (AFA) As Matrizes A, B e C são do tipo e , a11 a12


respectivamente. Se a matriz transposta de é do tipo
a11 a12 a13
, então: a 21 a 22
a) .
a 21 a 22 a 23
b) . a31 a 32 a 33 a 31 a32
c) .
d) .

Capítulo 28
Diagonal Diagonal
Determinantes Secundária Principal
Determinante é um número associado a uma matriz quadrada, na
qual é obtido a partir de operações que envolvem todos os
3º. Passo: Iremos calcular o valor das diagonais através da soma
elementos da matriz.
dos produtos dos elementos indicados em cada seta. Veja a
Para representarmos o determinante de uma matriz, utilizamos
indicação dos cálculos abaixo:
barras.
Dados:
Determinante de 2ª. ordem
a11 a12 
Dada a matriz M =   , de ordem 2, por definição, temos
a21 a22 
que o determinante associado a essa matriz, ou seja, o a11 a12 a13 a11 a12
determinante de 2ª. ordem é dado por: a 21 a 22
a 21 a 22 a 23
a11 a12
det M = = a11  a22  a12  a21
a21 a22 a31 a 32 a33 a31 a32
1 3 
Exemplo: Sendo M =   , então
4 3

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MATEMÁTICA III
a11 a12 a13 a11 a12 .

a 21 a 22 a 23 a 21 a 22
Cofator
a31 a 32 a 33 a 31 a32
Sendo A uma matriz quadrada de ordem , e um
elemento qualquer de A, então se denomina cofator do elemento
o número real dado por:

4º Passo:Calcula- se o valor do determinante pela subtração da Sendo o determinante da matriz que se obtém após serem
diagonal principal pela diagonal secundária. eliminadas a linha e a coluna da matriz A.
Exemplo:
01. Calcular o cofator do elemento da matriz abaixo.

Exemplo:
1. Calcular o valor do determinante da matriz: Resolução:

 2 3  1 2 5 3
D   4 1 2 
1 6 -4
 3 2 1 
0 -1 10

Resolução: Temos:
De acordo com a regra de SARRUS, podemos escrever:

 2 3  1 2 3
D   4 1 2  4 1
 3 2 1   3 2 Teorema de LAPLACE

Calculando as diagonais: O determinante de uma matriz quadrada é igual à soma dos


produtos dos elementos de uma fila qualquer (linha ou coluna)
pelos respectivos cofatores.
 2 3  1 2 3 Nesse método, é recomendável escolher a fila que contenha maior
D4 1 2 4 1
quantidade de elementos nulos.
  Exemplo:
 3 2 1   3 2 1. Calcular o determinante D.

5 1 3 2
1 4 0 1
D=
4 1 0 3
2 1 4 1
Resolução:
 2 3  1 2 3 De acordo com o teorema de Laplace, podemos escolher uma fila
qualquer. Por comodidade, escolheremos a fila com maior
D4 1 2 4 1 quantidade de zeros, isto é, a terceira coluna. Tal escolha é
  conveniente porque o produto do elemento zero pelo seu cofator é
 3 2 1   3 2 igual a zero e, portanto, não é preciso calcular esse cofator.
Assim,
D  3  A13  0  A23  0  A33  4  A43

Precisamos calcular apenas os cofatores A13 e A43 :


A13  (1) 4  (1  24  4  2  3  16)  8
Assim, temos:
A43  (1)7  (60  4  2  32  5  3)  26
Logo, D = 3.8 + 4.(−26) = −80.

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MATEMÁTICA III

Propriedades dos Determinantes


As propriedades, a seguir, são relativas a determinantes
associados a matrizes quadradas de ordem n.

 O determinante é nulo.
Logo,
P1. Quando todos os elementos de uma fila (linha ou coluna) são
 O determinante se altera
nulos, o determinante dessa matriz é nulo.
Ex.:
P7. Multiplicando por um número real todos os elementos de uma
fila em uma matriz, o determinante dessa matriz fica multiplicado
por esse número.
Ex.:
P2. Se duas filas paralelas de uma matriz são iguais, então seu
determinante é nulo.
Ex.:
Multiplicando a 1ª. linha por 5, temos:

Observe que:
P8. Quando trocamos as posições de duas filas paralelas, o
determinante de uma matriz muda de sinal.
Ex.:
P3. Se duas filas paralelas de uma matriz são proporcionais, então
o seu determinante é nulo.
Ex.:
Trocando de posição as linhas da matriz, temos:

Observe que:
P9. Se  e A é uma matriz quadrada de ordem n, então

P4. Se os elementos de uma fila de uma matriz são combinações Ex.:


lineares dos elementos correspondentes de filas paralelas, então o
seu determinante é nulo.
Ex.:
Multiplicando a matriz A por 8, temos:

Observe que:  Propriedades complementares

P10. Quando, em uma matriz, os elementos acima ou abaixo da


 O determinante não se altera diagonal principal são todos nulos, o determinante é igual ao
produto dos elementos da diagonal principal.
P5. Teorema de Jacobi: o determinante de uma matriz não se Ex.:
altera quando somamos aos elementos de uma fila uma
combinação linear dos elementos correspondentes de filas
paralelas.
Ex.:
P11. Se as matrizes A, B e C são tais que C = A.B, então
Seja a matriz , pelo teorema acima podemos
det C = det A . det B.
escrever, por exemplo, uma matriz B tal que:
1
P12. Determinante da matriz inversa: det (A-1) =
det( A)
Observe que : Se A-1 é a matriz inversa de A , então A . A-1 = A-1 . A = In, onde In é
a matriz identidade de ordem n. Nessas condições, podemos
afirmar que det(A.A-1) = det(In) e, portanto igual a 1.
Logo, podemos também escrever det(A) . det(A-1) = 1.
Assim, concluímos que:
1
det (A-1) = .
det( A)
P6. O determinante de uma matriz e o de sua transposta são Notas:
iguais.
Exemplo: 1ª. Se det (A) = 0, não existe a matriz inversa A-1. Dizemos, então,
que a matriz A é SINGULAR ou NÃO-INVERSÍVEL.
16
MATEMÁTICA III
04. (AEPOM) Calcule os determinantes por intermédio das
2ª. Se det A ≠ 0 , então a matriz inversa A-1 existe e é única. propriedades, justificando os valores obtidos.
Dizemos, então, que a matriz A é INVERSÍVEL. 2 0 15
3 4 2
3 0 9 4
Exercícios Resolvidos a)  1 1 3 b)
4 0 8 2
2 5 1
1. Qual o determinante associado à matriz? 2 0 3 1
2 3 4 8 2 3 6 4
3 5 6 9 4 2 1 3
c) d)
1 4 9 10 4 6  12 8
Resolução:
Observe que a 4ª. linha da matriz é proporcional à 1ª. linha, isto é, 2 3 4 8 1 0 2 3

Portanto, pela P3, o determinante da matriz é NULO. 05. (AEPOM) Calculando o determinante abaixo encontramos:
3 1 0 1
2. Calcule o determinante: 2 3 1 2
0 4 2 3
0 1 1 2
Resolução: a) 0.
Observe que a 2ª. coluna é composta por zeros; conforme P1: D = b) 1.
0. c) 2.
d) 3.
3. Calcule o determinante: e) 4.

06. (ITA) Seja a matriz . O valor do


determinante de A é:
Resolução:
Observe que os elementos acima da diagonal principal são todos a) .
nulos, portanto pela P10, temos:
. b) .
Exercícios
c) .
01. (PM) O valor do determinante associado à matriz é:
d) 1.
a) .
b) 0.
e)0.
c) .
d) .
e) . 07. (AFA) O determinante é:
02. (EEAR) Sejam uma matriz real quadrada de
ordem 2 e a matriz identidade também de ordem 2. Se “ ” e a) positivo para
“ ” são as raízes da equação – , sendo n b) negativo para
um número inteiro positivo, podemos afirmar que c) positivo para
a) . d) negativo para
b) .
c) .
d) – . 08. (ITA) Considere a matriz . A soma dos

a b 0 elementos da primeira coluna da matriz inversa de é:


a b
03. (FGV) Se = 0, então o valor do determinante 0 d 1 a) 1.
c d b) 2.
c 0 2
c) 3.
é: d) 4.
a) 0. e) 5.
b) bc.
c) 2bc. CAPÍTULO 29
d) 3bc. Sistemas Lineares
e) b²c².
Equação Linear

17
MATEMÁTICA III
Chama-se equação linear com n incógnitas toda equação do tipo:  A a matriz dos coeficientes.
 Ax a matriz que se obtém substituindo da matriz A, a
com 11, 12, 13,... 1n são números reais que recebem o nome
coluna dos coeficientes de x pela coluna dos termos
de coeficientes das incógnitas x1 , x2 , x3 ,...,xn e é um número
independentes.
real chamado termo independente.
Exemplos:  Ay a matriz que se obtém substituindo da matriz A, a
 coluna dos coeficientes de y pela coluna dos termos
independentes.
 e assim por diante, os valores das variáveis são dados por:

Notas:
, ...
1ª. Nas equações lineares, todas as incógnitas apresentam
expoentes iguais a 1.
2ª. Se dizemos que a equação é HOMOGÊNEA. Exemplo:
2 x  y  7
1. Resolver o seguinte sistema: 
Sistema Linear 2 x  3 y  3
Resolução
Chamamos de sistema linear o conjunto de equações
lineares, todas com variáveis, que devem ser resolvidas
Temos = =2
simultaneamente.
Exemplos:
S
S1: S2:
Assim a matriz dos coeficientes:

2 1
S3: A= = −6 −2 = −8 ≠ 0
2 3

Observe que S1 e S2 são sistemas quadrados e Como o sistema é normal, podemos utilizar a regra de Cramer para
respectivamente. S3 é um sistema . Assim, um sistema linear resolvê-lo.
genérico é geralmente representado por: Substituindo na coluna dos coeficientes de pela coluna formada
pelos termos independentes, encontramos:

7 1
det Ax  = −21−3 = −24
3 3

Substituindo, agora, a coluna dos coeficientes de pela coluna dos


Expressão Matricial de um sistema de Equação
termos independentes, encontramos:
2 7
A esse tipo de sistema, é costume associar a um produto de det Ay  = 6 − 14 = −8.
matrizes: 2 3
det Ax  24 det Ay  8
Assim: x   3 e y  1
A 8 A 8

Logo, (x, y) = (3, 1) é a solução do sistema dado.

Sistema Linear Escalonado


Exemplo:
Dependendo do sistema linear, não é conveniente utilizarmos a
regra de Cramer por se tornar muito trabalhosa. Por exemplo, um
1. S: sistema com quatro equações e quatro incógnitas requer o cálculo
de cinco determinantes de 4ª. ordem.
Nesse caso, usamos a técnica de escalonamento, que se aplica a
Temos: S todo tipo de sistema linear.
Vejamos:

Dado o sistema linear:


Regra de Cramer

Em um sistema linear normal, podemos aplicar o método de


Cramer que consiste no seguinte:
Considerando:

18
MATEMÁTICA III
a11 x1  a12 x 2  ...  a1n x n  b1
a x  a x  ...  a x  b
 21 1 22 2 2n n 2

S  .
.

a m1 x1  a m 2 x 2  ...  a mn x n  bm Sistema Escalonado

quando existir pelo menos um coeficiente não-nulo em cada


equação, dizemos que S está escalonado se o número de
coeficientes nulos, antes do primeiro coeficiente não-nulo, Da terceira equação do sistema escalonado, temos:
aumentar de equação para equação.
Exemplos:
2 x  y  6 Substituindo na segunda equação do sistema escalonado,
1. S1  
 3 y  12 encontramos:

5 x  y  z  7

2. S 2   3 y  z  2
 2z  1 Substituindo e na primeira equação do sistema

escalonado, obtemos:
Propriedades fundamentais
P1. Um sistema de equações não se altera, quando permutamos
as posições de duas equações quaisquer do sistema.

P2. Um sistema de equações não se altera, quando multiplicamos


os membros de qualquer uma das equações do sistema, por um Logo, o conjunto solução do sistema proposto é {(1, -1, 3)}.
número real não nulo.
Discussão de um Sistema Linear
P3. Um sistema de equações lineares não se altera, quando
substituímos uma equação qualquer por outra obtida a partir da Se um sistema linear possui equações e incógnitas, então ele
adição membro a membro desta equação, com outra na qual foi pode ser:
aplicada a propriedade 2.
 Possível e determinado: se o determinante da matriz dos
Procedimentos para escalonar um sistema coeficientes for diferente de zero, isto é, det A ≠ 0. Nesse caso, a
solução é única.
1. Fixamos como 1ª. equação uma das que possuam o coeficiente
da 1ª. incógnita diferente de zero.  Possível e indeterminado: se os determinantes forem iguais a
2. Anulamos todos os coeficientes da 1ª. incógnita das demais zero, isto é, det A = det Ax = det Ay = ... = 0, para n = 2; para n ≥ 3,
equações. esta condição só é válida se não temos equações com coeficientes
3. Anulamos todos os coeficientes da 2ª. incógnita a partir da 2ª. das incógnitas respectivamente proporcionais e termos
equação. independentes não-proporcionais. Nesse caso, o sistema
4. Repetimos o processo com as demais incógnitas, até que o apresenta infinitas soluções.
sistema se torne escalonado.
 Impossível: se o determinante da matriz dos coeficientes for
Exemplo: igual a zero (det A = 0) e existir det Ax ≠ 0 ou det Ay ≠ 0 ou
1. Escalone o seguinte sistema: qualquer outro determinante diferente de zero. Nesse caso, o
sistema não tem solução.

Exemplo:
x  2 y  3
Resolução 1. Discutir para quais valores de k o sistema  é:
2 x  ky  2
Para escalonarmos, o sistema proposto vamos nos utilizar das a) possível e determinado.
operações elementares, indicando-as por meio de um esquema b) possível e indeterminado.
com setas. Assim, seguindo os procedimentos de escalonamento c) impossível.
temos:
Resolução:
+ a) O sistema é possível e determinado se det A ≠ 0. Assim:
+
1 2
0k 40k  4
2 k

+ 19
MATEMÁTICA III
b) O sistema é possível e indeterminado se det A = det Ax = det Ay b) .
= 0. c) .
temos: d) .
1 3
det Ay   4  0   k  R
2 2 05. (EFOMM) Em um navio transportador de petróleo, um oficial de
náutica colheu 3 amostras de soluções resultantes da lavagem dos
tal que o sistema seja possível e indeterminado. tanques e constatou 3 produtos diferentes que podem ser
relacionados pelo seguinte sistema homogêneo:
c) O sistema é impossível se det A = 0 e det Ax ≠ 0 ou det Ay ≠ 0.
Mas, det A = 0 para k = 4. Como det Ay = −4 ≠ 0, o sistema é
impossível para k = 4.

Observação: Para que valores de o sistema é possível e determinado?


Chama-se sistema Linear Homogêneo aquele que possui todos a) .
os termos independentes nulos. São exemplos de sistemas b) .
homogêneos: c) .
d) .
e e) .

Note que todo sistema homogêneo é possível, pois admite a 06. (EPCAR) Considere o sistema linear nas
solução nula (0, 0, 0, ..., 0), também conhecida como solução
trivial. variáveis e , com é correto afirmar que:

Exercícios a) Se , os sistema terá solução além da trivial.


b) Se e , o sistema terá mais de uma solução.
01. Escalone, classifique e resolva os seguintes sistemas: c) Existe algum valor de para o qual o sistema é impossível,
x  3 y  1 quando .
a) 
5 x  y  2 d) o sistema terá uma única solução se o determinante da matriz
incompleta não for nulo, qualquer que seja o valor de .
3 x  y  z  0

b)  x  y  2 z  1
2 x  2 y  z  2
07. (AFA) Os valores de fazem o sistema

admitir uma única solução real que pertence ao conjunto:

02. (PM) Se a terna ordenada de números reais, é a a) .


b) .
solução do sistema então é igual: c) .
d) .
a) 0.
b) 1. 08. (AEPOM) Seja dado o sistema de equações lineares:
c) 2.
d) 3.
x  2 y  4 z  0
e) 4. 
3 x  y  2 z  0
 x yz 5
03. (PM) Determine a solução do sistema: 
A solução desse sistema é a terna (x, y, z) igual a:
a) . a) (1, 2, 3).
b) (3, −2, 1).
b) . c) (1, −10, −5).
d) (0, −10, −5).
c) . e) n.d.a.

d) . CAPÍTULO 30

e) . GEOMETRIA ANALÍTICA

04. (EEAR) Os valore de k, tais que o sistema homogêneo Introdução

admita apenas a solução trivial, são: No volume anterior estudamos: geometria plana e geometria
espacial. Agora iremos unir propriedades geométricas com
a) . coordenadas no plano cartesiano e funções, a fim de utilizar a

20
MATEMÁTICA III
geometria das coordenadas ou geometria analítica. Iremos
relacionar as figuras geométricas (com ponto, reta e circunferência)
com elementos algébricos (como pares ordenados, equações etc.). Relembrando Sistema cartesiano ortogonal

Eixo y
Distância entre dois pontos na reta (Ordenadas)

5
Em geometria analítica, um ponto na reta determina uma 2°Quadrante 1°Quadrante
4
coordenada num eixo do plano cartesiano, assim para determinar a 3 P(a,b)

distância entre dois pontos, basta calcular a diferença entre as 2

coordenadas. 1
Eixo x
-8 -7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5 6 7 8 (Abscissas)
-1
-2
-3

-4

3°Quadrante -5 4°Quadrante
A B

Distância entre dois pontos no plano cartesiano


-3 -2 -1 0 1 2 3

3 UNIDADES Quando identificamos no plano cartesiano dois pontos A e B,


teremos os seguintes elementos:

Geometricamente chegamos à conclusão que a distância entre os y


pontos A e B equivale a 3 unidades. Assim generalizando a
chegaremos à seguinte formula: yB B

A B d(A,B)
d(B,C)

yA
a b A d(A,C)
C

d (A, B) =| b - a |
x
Exercício Resolvido xA xB

01. (AEPOM) Dados os pontos A, B e C de coordenadas -6, 2 e 10,


respectivamente, calcular: Sejam e as coordenadas do ponto e e as
a) a distância entre A e B. coordenadas do ponto .
b) o comprimento do segmento BC. No triângulo retângulo , pelo teorema de Pitágoras, teremos:
c) a distância os pontos A e C.
Resolução: B

d ( A, B) | b  a | d(A,B)
d(B,C)= yB yA
d ( A, B) | 2  ( 6) |
a)
d ( A, B) | 2  6 | A C
d(A,C)= xB x A
d ( A, B )  8

d ( B , C ) | c  b | [d( A, B)]2  [d( A, C)]2  [d( B, C)]2 , concluindo a fórmula:

b) d ( B , C ) | 10  2|
[d ( A, B)]2  x B  x A    y B  y A 
2 2

d( B, C )  8
d ( A, B)  x B  x A 2   y B  y A 2
d ( A, C ) | c  a |

d ( A, C ) | 10  ( 6) | Exercícios Resolvidos


c)
d ( A, C ) | 10  6 | 01. (AEPOM) Calcular a distância entre os pontos e
d ( A, C )  16 .
Resolução:
21
MATEMÁTICA III

y
y
B B
6
d(A,B) M

A 3 A
C D

-2 x x
4
xA xM xB
Assim temos:

x A  2 e y A  3 . Na figura, temos dois triângulos, e que são


semelhantes (pelo critério de ângulo-ângulo). O ponto é ponto
xB  4 e y A  6 . médio do segmento . Logo, podemos concluir que o ponto é
ponto médio de .
Assim
d ( A, B )   4( 2 ) 2 63 2
d ( A, B )   6 2 3 2
d ( A, B )  3 69
d ( A, B )  45

02. (AEPOM) Usando as coordenadas abaixo, determine se é


possível formar um triângulo retângulo ligando cada uma delas.
Dados:
Exercício Resolvido
01. (AEPOM) Determine as coordenadas do ponto médio de um
Resolução:
segmento cujas extremidades são e .
Resolução:
d ( A, B)  6  12  1  32  49  16  26 Consideremos o ponto médio de , assim:

d ( A, C )  2  12   5  32  9  4  13 Então, temos:


d ( B, C )  2  6 2
  5  1  16  36  52
2

Aplicando o teorema de Pitágoras e usando o maior lado como


hipotenusa, temos:

 65    13    26 
2 2 2

Condição de alinhamento entre três pontos


65  13  26
65  65 No gráfico a seguir, mostraremos três pontos, ),
B ), ), que estão alinhados em cima da mesma
Logo, o triângulo é retângulo de hipotenusa . reta.

Cálculo das coordenadas do ponto médio de um segmento y

Para solução de alguns problemas, precisaremos determinar a C (xC, yC)


coordenada do ponto equidistante a duas extremidades. Para isso,
iremos utilizar da geometria plana, mais especificamente
B (xB, yB)
semelhança de triângulos para chegarmos a uma conclusão lógica
da fórmula do ponto médio.
A (xA, yA)

22
MATEMÁTICA III
Iremos adotar o método matricial para provar se os três pontos
estão alinhados. Para isto é valida a seguinte afirmação:

X A YA 1
D  XB YB 1  0
XC YC 1 Logo,
D  0  (colineares )

Quando dizemos que os três pontos não estão alinhados,


ou seja, não são colineares. Assim, se ligarmos os pontos, Estudo da Reta
formaremos um triângulo cuja área pode ser calculada pela
Inclinação e Coeficiente angular de uma reta
fórmula:
Dada uma reta no plano cartesiano, o ângulo α é dado como a
y inclinação da reta em relação ao eixo x.

yC
C y

yA A

yB B
α
0
x

xA xC xB x

Denomina-se coeficiente angular o número real que é dado por:

Baricentro Cálculo do coeficiente angular:

Sabemos da Geometria plana, que o baricentro de um triângulo


y
é o ponto de encontro das três medianas. Sendo o
baricentro, as coordenadas de do triângulo nas
B
quais é dado por: yB

yA A

α
xA xB x
Assim, podemos dizer que as coordenadas do baricentro do
triângulo , são iguais às médias aritméticas das
coordenadas dos pontos , e .

Exemplo:

01. Calcule o baricentro do triângulo formado pelos pontos


.
Exercício Resolvido
Resolução:
Sabemos que as coordenadas do baricentro do triângulo são 01. (AEPOM) Determinar o coeficiente angular da reta que passa
iguais às médias aritméticas das coordenadas dos pontos , e pelos pontos e
. Assim, temos: Resolução:

23
MATEMÁTICA III
yB  y A Nota: Para obtermos a equação reduzida da reta é necessário
tg  isolarmos a variável .
xB  x A
74 3 Exemplo:
tg  
3 2 1
01. (AEPOM)Dados os pontos A(3,4) e B (1,2). Determinar a
m3
equação reduzida da reta.
Equação Fundamental da reta
Resolução:
Seja uma reta não-vertical com inclinação e um
ponto conhecido dessa reta, considere ainda, um ponto
x xA xB x x 3 1 x

qualquer da reta . y yA yB y y 4 2 y
Observe a figura abaixo:
x.4  3.2  1. y  (3. y  1.4  x.2)  0
y
4x  6  y  3 y  4  2x  0

2x  2 y  2  0
 2x  2
y  y  x 1
2
x
Observação:
Então, podemos escrever: Equação segmentária de uma reta:

É toda equação de reta do tipo , em que corta o


eixo e corta o eixo .
Assim, uma equação geral da reta pode ser transformada em
Equação da Reta que passa por dois pontos equação segmentária. Observe o exemplo a seguir:
Para que possamos traçar uma reta, é necessário que conheçamos Seja a reta de equação geral , podemos
dois pontos, logo é valido o seguinte método semelhante a uma obter a equação segmentária da seguinte maneira:
matriz capaz de gerar a equação da reta que passa por dois
1º. Passo: isolar as variáveis e .
pontos:

x xA xB x 2º. Passo: dividir toda equação por .


0
y yA yB y

Método de Resolução

x xA xB x
0 Representado a equação segmentária no plano, temos:
y yA yB y
y

Efetuando o cálculo do determinante, obtemos uma equação do


tipo:
x

Dados e definimos a equação geral da reta que


passa por dois pontos.
Observação:

24
MATEMÁTICA III
Retas horizontais, verticais ou que passam pela origem NÃO
possuem equação segmentária.

Posição relativa de duas retas no Plano Cartesiano Exemplo: Determine a distância entre o ponto e a reta s,
de equação .
Considerando duas retas e (não-verticais), teremos as
seguintes situações: Resolução:

1°. Caso: 1   2 .

y
r s

Racionalizando o denominador, obtemos:

θ1 θ2
x Ângulo formado por duas retas
Considere e duas retas não-verticais e o ângulo agudo
, logo as retas e são paralelas.
formado entre essas retas. Então, de acordo com a figura abaixo
temos:
2°. Caso: 1   2
y
y s
r

x
θ1 θ2

x Pelo teorema do ângulo externo, temos que:

, logo as retas e não são paralelas, porém se o


Aplicando em ambos os lados temos:
produto dos coeficientes angulares resultar em -1; chegaremos à
conclusão que r e s são perpendiculares ou ortogonais.

Mas, sabemos que:


Distância entre um ponto e uma reta
Substituindo e como estamos considerando um ângulo agudo
Dados um ponto e uma reta de equação geral ( ), temos:
, a distância entre e é dada pela formula:

ax  by  c
Exemplo: Determine a medida do ângulo agudo formado pelas
d(P,r) retas e .

yP Resolução:
P
Isolando a variável em cada uma das equações, a fim de
determinarmos os coeficientes angulares, temos:
reta
xP x

reta
25
MATEMÁTICA III

05. (AEPOM )Num triângulo , sendo , e


um ponto pertencente ao eixo Ox com . O ponto
Assim, sendo a medida do ângulo agudo, temos: tem como coordenadas
a)
b)
c)
d)

Exercícios 06. (AEPOM) Dados os vértices , e


de um triângulo, o comprimento da mediana que tem extremidade
01. (EEAR) Considere o segmento que une os pontos e no vértice é
e uma reta perpendicular a ele. O coeficiente angular desta a) 12,32.
reta é b) 10,16.
c) 15,08.
2
a) 
. d) 7,43.
3
3
b)  . 07. (EEAR)Seja , o ponto médio do segmento de
4
1
extremidades e . Assim, o valor a+b é
c) . a) 8.
2
b) 6.
2
d) . c) 4.
3
d) 2.
02. (EEAR) Os pontos estão
08. (EEAR) Seja o ângulo formado por duas retas cujos
alinhados. Assim o quadrante que o N pertence é
a) 1°. coeficientes angulares são e . O valor de é:
b) 2º.
a) .
c) 3º.
d) 4°. b) .
c) .
03. (EEAR) Sejam os gráficos e
d) .
. Podemos afirma que
y g
f 09. (AFA) A área, em unidades de área, do polígono cujos vértices
são os pontos
a) 20.
b) 55.
c) 40.
0 d) 72.
x

CAPÍTULO 31

a) CIRCUNFERÊNCIA
b)
c) Estudo da Circunferência
d)
Na definição de geometria, temos que circunferência é o conjunto
de todos os pontos equidistantes a um ponto fixo (centro da
04. (EEAR) Seja um ponto de todas as medianas de um
circunferência).
triângulo cujos vértices são A
abscissa de é

a) -1.
b) 0.
c) 1.
d) 2.
26
MATEMÁTICA III
Exercício Resolvido

01. (AEPOM) Determine a equação reduzida da circunferência em


r
que os pontos e são extremidades do
c diâmetro.

r
r Resolução:
Vamos calcular a medida do diâmetro, sabendo que o raio vale
metade do diâmetro.

Equação reduzida da Circunferência

Sabendo que a distância do centro da circunferência para qualquer


ponto da mesma é sempre igual e que uma circunferência é
formada por infinitos pontos, usaremos a fórmula que calcula a
distância entre dois pontos para definirmos a equação reduzida da
circunferência de centro e raio .
Vamos calcular a coordenada do centro da circunferência,
sabendo que este ponto é ponto médio do diâmetro. Assim, temos:
y

P(x,y)

Raio

b
C(a,b) Logo, o centro é dado por:

Portanto, a equação reduzida da circunferência vale:

a x

Posições relativas

 Ponto e circunferência
Nota:
Desenvolvendo a equação e ordenando convenientemente os De acordo com o estudo de circunferência no volume 2, daremos
termos, temos: um novo enfoque na posição de um ponto em relação a uma
circunferência.

Dada uma circunferência de centro e uma reta , temos:


A essa equação damos o nome de equação geral da
circunferência.

Exemplo: Determinar a equação geral da circunferência com Ponto Interno


centro no ponto e raio igual a .
Ponto da Circunferência
Resolução:
C
 x  a  ²   y  b ²  r ² r
 x  3²   y  6²  4² Ponto externo
x²  2.3. x  3²  y²  2.6. y  6²  4²

x²  6 x  9  y²  12 y  36  16
Para verificar a posição de um ponto na circunferência, basta
x²  6 x  y²  12 y  29  0
calcular a distância entre um ponto e o centro da circunferência.
27
MATEMÁTICA III
s

1°. Caso: ; logo, o ponto é externo. A

2°. Caso: ; logo, o ponto pertence à circunferência. d

3°. Caso: ; logo, o ponto é interno.


C
Exemplo: Determine a posição do ponto em relação à
circunferência .

Resolução:
Analisando a equação reduzida, concluímos que a circunferência
possui centro e raio . A distância do ponto ao
centro é dado por: 3°.Caso: A reta não intercepta a circunferência. Assim,
classificamos a reta como exterior.

Portanto, temos , pois .


s
Logo, o ponto é interno à circunferência.

A
 Reta e Circunferência
d
Dada uma circunferência de centro e uma reta , temos:

1°. Caso: A reta intercepta a circunferência em dois pontos.


Assim, classificamos a reta como secante.

Exercício Resolvido
A
s
01. (AEPOM) A circunferência de equação:
x²  y²  8x  8 y  16  0 é tangente ao eixo no ponto eé
d B
tangente ao eixo no ponto . Determinar o comprimento do
C segmento .

Resolução:

Para determinar as coordenadas do ponto , devemos ter .

2°.Caso: A reta intercepta a circunferência em um ponto. Assim,


classificamos a reta como tangente.
B(0,b) C

x
A(a, 0)

x²  y²  8x  8 y  16  0

28
MATEMÁTICA III
Substituindo por , obtemos:  Tangentes externamente

a²  8a  16  0

Δ  ( 8)²  4.1.16
 

Δ  64  64

Δ 0

8
a  4  Tangentes internamente
2
log o : A(0,4)

Para determinar as coordenadas do ponto B, devemos ter .  


x²  y²  8x  8 y  16  0

Substituindo por , obtemos:

b²  8b  16  0

Δ  8²  4.1.16 3º. Caso: As circunferências não se interceptam. Assim,


Δ  64  64 classificamos as circunferências como:

Δ0  Exteriores
8
b  4
2
log o : B(0,4)
 

O comprimento do segmento é calculado por:

 Internas

 

 Entre duas circunferências

Dadas duas circunferências de centro e e raio e , elas


podem ter um, dois ou nenhum ponto em comum. Portanto, no
plano, elas podem ter as seguintes posições relativas:
 Concêntricas
1º. Caso: As circunferências possuem dois pontos em comum.
Assim, classificamos as circunferências como secantes.


 

Exercício Resolvido
2º. Caso: As circunferências possuem um ponto em comum.
Assim, classificamos as circunferências como:
01. (EEAR) Se uma circunferência de centro e raio e
outra tem equação geral , então
 essas circunferências são:

29
MATEMÁTICA III
a) secantes.  3 .
a) 1, 2 
b) externas.
c) tangentes internas.
d) tangentes externas.  3  .*****
b)  2 ,2
Resolução:
Em primeiro lugar, devemos encontrar o centro e o raio da
circunferência de equação:  5
c) 2, 2  .
Podemos escrever essa equação da seguinte maneira:
5 
d)  2 ,3 .
Agora, devemos preencher as lacunas com números nos quais
possamos completar os quadrados, não se esquecendo de que: o
que somamos de um lado somamos no outro. Observe:
04. (AFA) A circunferência de equação x²  y²  8x  8 y  16  0 e
centro é tangente ao eixo das abscissas no ponto e é tangente
ao eixo das ordenadas no ponto . A área do triângulo vale
a) 4.
b) 8.
c) 12.
d) 16.

Logo, essa circunferência possui centro e raio .


5. (CFO)A circunferência que é tangente à reta
Assim, temos:
e que é concêntrica com a circunferência x²  y²  4x  8 y  4  0
possui equação:
Calculando a distância entre os centros das circunferências, a) x  2²   y  4²  64.
obtemos: b)  x  2²   y  4²  8.
c)  x  4²   y  2²  64.
Portanto, temos . d)  x  4²   y  2²  8.
Logo, as circunferências são tangentes externas. e)  x  2²   y  4²  8.
Resposta: alternativa d.
06. (AEPOM) Determine a equação da circunferência com centro
Exercícios no ponto C(1,3) e que é tangente à reta de equação S: x + y +2 =
0.
01. (EEAR) Seja p ponto pertence à circunferência de
equação x²  y²  4x  6 y  k  0 , então o valor de
s
é
a) 6.
b) 3.
c) -7. d

d) -10.
C
02. (EEAR) Considere a equação da circunferência
9   x  2²   y  4² e uma reta r secante a ela. Uma possível
distância entre r e o centro da circunferência é a)  x  1²   y  3²  18.
a) 5,67.
b)  x  2²   y  3²  9.
b) 4,63.
c)  x  2²   y  3²  9.
c) 3,58.
d) 2,93.**** d)  x  1²   y  3²  18.

03. (AFA) A circunferência x²  y²  2x  2 y  k  0 passa pelo 07. (EEAR) Dadas a reta de equação e a circunferência
ponto Sabendo-se que o ponto , da circunferência, mais de equação x²  y²  4x  0 . A área do triângulo determinado pelo
próximo da origem coincide com o baricentro do triângulo , centro da circunferência e os pontos de intersecção entre a reta e
onde é correto afirmar que a área ela, em unidades de área, é igual a
do triângulo é um número do intervalo
a) 3.
b) 3.
30
MATEMÁTICA III
c) 3 3 .
Logo, .
d) 6.
08. (AFA) Considere duas circunferências de mesmo raio, sendo Adição, Subtração e Multiplicação de Números Complexos
a equação geral da primeira e
, o centro da segunda. Se a reta contém uma corda Nestas operações, consideramos os números complexos como se
comum a ambas circunferências, então é FALSO que : fossem “expressões de 1º grau na variável ”.
a) É perpendicular à bissetriz dos quadrantes pares. Assim, teremos:
b) Tem declividade positiva. Sejam e dois números complexos,
c) Admite equação na forma segmentária. então:
d) Tem coeficiente linear nulo. 

09. (EEAR) Se uma circunferência de equação geral 
tem centro e raio ,
então é igual a: Exemplo:
a) 12. 1. Sendo e , temos:
b) 11.
c) 10.
d) 9.

CAPÍTULO 32

Números Complexos I

Os números da forma , com e reais, são chamados de


números complexos.
A forma é chamada de forma algébrica de z. Os
números e são chamados:
Propriedades
A adição e a multiplicação possuem as seguintes propriedades:
P1. (comutativa ).
P2. (associativa).
O conjunto dos números complexos é representado pela letra ℂ e
P3. (comutativa).
é a unidade imaginária ( i   1 ou simplesmente ). P4. (associativa).
Exemplos: P5. (distributiva).
Os números são exemplos de
números complexos. Conjugado de um Número Complexo
Notas:
1ª. Se que é chamado número imaginário Chamamos de conjugado de o número complexo
puro. indicado por , tal que: .
Exemplos: Exemplos:
a) z1 = 2 − 2i  z1 = 2 + 2i
2ª. Se que é chamado de número real. b) z2 = 3 + 4i  z 2 = 3 − 4i

Igualdade de números complexos c) z3 = − i  z3 = i


Nota:
Dois números complexos e são iguais Para obtermos o conjugado de um número complexo, trocamos o
se, e somente se, possuírem a mesma parte real e a mesma parte sinal do coeficiente da parte imaginária.
imaginária.
Assim, Propriedades do conjugado

Exemplo: P1. .
1. Determine os valores reais de e de modo que: P2. .
Resolução P3. .
Para que dois complexos sejam iguais, eles devem possuir a
mesma parte real e imaginária. Assim, temos: P4. , .
1º. Parte real igual:
P5. .
2°. Parte imaginária igual:
Divisão de Números Complexos

31
MATEMÁTICA III

Dados dois números complexos, e ,


para obtermos a forma algébrica do quociente , ,
multiplicamos o numerador e o denominador da fração por
Podemos, então, escrever:
(conjugado do denominador).
Esse procedimento, além de não alterar o valor de , nos permite
eliminar a parte imaginária do denominador (pois é real),
obtendo, desse modo, a forma algébrica. Exercícios
Exemplo: 01. (EEAR) Seja , para que o seja um
número imaginário puro, o valor de deve ser:
01. Sendo e , temos: a) 5.
z 1 2  3i 2  3i 4  3i 8  6i  12i  9i 2 17  6i b) 6.
=   =  
z 2 4  3i 4  3i 4  3i 16  9i 2 16  9 c) 7.
17 6 d) 8.
  i
25 25
02. (EEAR) Sendo a unidade imaginária, a potência de
Potências de é igual a:
a) 64.
b) 64 .
Estudando as potências de ( i n , n  N ), temos:
c) 64 .
d) 64.
i0  1
03. (EFOMM) O inverso do complexo é:
i1  i
a) .
i 2  1
b) .
i 3  i 2 i  i
c) .
i 4  i 2 i 2  1  (1)  1
i 5  i 4i  1 i  i d) .
i 6  i 4 i 2  1  (1)  1 e) .
i  i i  1  (i )  i
7 4 3
04. (EFOMM) Qual deve ser o valor de , que é um escalar real,
i 8  i 4i 4  1 1  1 em que a parte imaginária do número complexo é nula?
i  i i  1 i  i
9 8
a)
b)
i 10  i 8 i 2  1  (1)  1 c)
i 11  i 10i  1  i  i d)
e)
Então, podemos escrever:
05. (EEAR) Sendo e , os números
i 0  i 4  i 8    i 4 n  (i 4 ) n  1n  1 complexos e são tais que sua soma é:
1 5 4 n 1
i  i  i    i  i 4n i  1  i  i .
9
a)
2 4n2
i  i  i    i  i 4 n i 2  1  (1)  1
6 10
b) .
i 3  i 7  i 11    i 4 n 3  i 4 n i 3  1  (i )  i

Portanto, para determinarmos uma potência de superior a 4, c) .
basta dividirmos o expoente de por 4 e considerarmos apenas
elevado ao resto dessa divisão, isto é: d) .

06. (AEPOM) O primeiro termo de uma PG de razão , de


termos e de último termo é:
a) .
Exemplo:
b) .
1. Calcule o valor de .
Resolução c) – .
Como é muito superior a 4, podemos usar o algoritmo das d) .
potências de . Assim, temos: e) .

32
MATEMÁTICA III
07. (EFOMM) O valor de para que o produto
seja um número real é: Aplicando o teorema de Pitágoras
a) 4. Im
no triângulo destacado, temos:
b) 5. 
c) 6.
d) 7.
e) 8. Re

08. (EEAR) Dado , para que o número complexo Nota:


seja real, o valor de pode ser: Considerando todos os números complexos de mesmo módulo
a) 4. , a figura formada pelos seus afixos é uma
b) 0. circunferência de centro O e raio .
c) -1.
d) -2. Argumento de um Número Complexo

09. (AEPOM) Sendo z



z
5, ,  ,o Seja um número complexo e seu afixo , chamamos
1 i 1 i de argumento de o ângulo (ou sua medida ) que o semieixo
valor de é: real positivo deve girar, no sentido anti-horário, tal que
a) 1. e escrevemos Observe a figura abaixo:
b) 2.
c) 3. Im
d) 4.

e) 5.
CAPÍTULO 33
Números Complexos II Re

Representação Geométrica de um Número Complexo Observação:


Não se define argumento para o número complexo
Podemos representar um número complexo geometricamente por
meio de um plano cartesiano, que é chamado de plano Argand – Exemplo:
Gauss, em homenagem ao matemático alemão Karl Friedrick 1. Determinar o módulo, o argumento e representar graficamente o
Gauss (1777-1855).
número complexo .
Assim, ao complexo associamos o ponto de
Resolução
coordenadas e .
Do número complexo, temos:
Observe a figura:
Im
Im: eixo imaginário Assim:

Re: eixo real  Módulo de :

Re
O ponto é chamado de AFIXO de .  Argumento de :
Essa associação é biunívoca, isto é, cada número complexo possui
um único afixo e vice-versa.

Observações:
 Representação gráfica:
1ª. O número complexo não-nulo e seu oposto
são simétricos em relação a origem. Im

2ª. O número complexo não-nulo e seu conjugado
são simétricos em relação ao eixo real (Re).

Módulo de um Número Complexo Re

Seja um número complexo e o seu afixo. O


Forma Trigonométrica ou Polar
módulo de é a distância de à origem do plano de Gauss.
Notação:
Dado um número complexo com módulo e
Módulo de : escrevemos .
argumento , temos:
Observe a figura:

33
MATEMÁTICA III
Im

 Divisão
Re
Dados os números complexos:
Substituindo esses resultados na forma algébrica de ,
encontramos: e

Temos:

Exemplo:
1. Escreva o número complexo na forma polar.
Resolução
Sabemos que é um complexo que tem representação Note que:
gráfica no primeiro quadrante. 1. O módulo do quociente é o quociente dos módulos do dividendo
Assim, temos: e do divisor.
1º. Cálculo do módulo: 2. O argumento do quociente é a diferença dos argumentos do
dividendo e do divisor.
Exemplo:
2º. Cálculo do argumento: 1. Sejam os números complexos:

Logo,
Calcule o valor de .

Resolução
Operações na Forma Trigonométrica Sabemos que:
 Multiplicação

Dados os números complexos: Então,

Temos:

Note que:
1. O módulo do produto é o produto dos módulos dos fatores.
2. O argumento do produto é a soma dos argumentos dos fatores.
Exemplo:
1. Sejam os números complexos:

Fórmulas de Moivre – (1667-1754)


Calcule o valor de .
 Potenciação
Resolução Considerando o número complexo ,
Sabemos que: não-nulo, temos:

Então,
Exemplo:
1. Sabe-se que , calcule .
Resolução
Sabemos que:

Então,

34
MATEMÁTICA III

 Radiciação
Considerando o número complexo ,
não-nulo, e uma de suas raízes enésimas temos:

Logo, as raízes cúbicas de são:


Com
Exercícios
Observação:
Dizemos que é uma raiz enésima de se, e somente se, 01. (EEAR) O módulo do número complexo é:
elevado ao expoente reproduz , isto é: a) 3.
b) 4.
c) 5.
Exemplo: d) 6.
1. Calcular as raízes cúbicas de .
Resolução 02. (EEAR) O valor de , para que o módulo do número complexo
Temos: seja igual a , é:
a) .
b) .
c) .
d) .
E, portanto, .
Aplicando a fórmula de radiciação de Moivre e lembrando que 03. (EFOMM) O argumento do número complexo é:
, obtemos: a) 45°.
b) 60°.
c) 90°.
d) 135°.
Com . e) 225°.
Assim sendo, as raízes cúbicas valem:
04. (AFA) Dado o número complexo tal que ,é
correto afirmar que:
a) .
b) .
c) .
d) .

05. (EEAR) Um número complexo tem argumento . Se o argu-


mento do produto desse número por outro número complexo é ,
então o argumento principal de é:
a) .

b) .

c) .

35
MATEMÁTICA III
d) .
3ª. Igualdade de Polinômios: dois Polinômios são iguais se, e
06. (ITA) Se , e é um ar- somente se, possuírem termos correspondentes iguais.
gumento de , então é igual a: Exemplo:
Dados os polinômios e
a) . .
b) .

c) .

d) . 4ª. Valor Numérico: o valor numérico de para


ℂ, é o número que obtemos quando substituímos por e
e) . representamos por .
Exemplo:
O valor numérico do polinômio para
07. (AFA) Os pontos da figura abaixo são afixos das é:
raízes cúbicas do número complexo . Se é o menor natural não
nulo para o qual é um real positivo, então é igual a:
a) 8. 5ª. Raiz de um Polinômio: o número é chamado de
b) 6.
se, e somente se, .
c) 4.
Im Exemplo:
d) 2.
é raiz de , pois:

Operações com Polinômios


30
° Re  Adição

Para efetuarmos a soma de dois polinômios, devemos somar os


monômios de mesmo grau.
Exemplo:
1. Dados , calcule
CAPÍTULO 34
Polinômios
Resolução
Definição
Chamamos polinômio na variável toda função polinomial Em primeiro lugar, vamos completar os polinômios. Assim, temos:
ℂ ℂ do tipo: e
Logo,

Em que:
a) ℂ e são chamados de coeficientes.

b) .

c) é a variável.

Exemplo:
1.

Termos:
Coeficientes:  Subtração

Notas: Para efetuarmos a subtração de dois polinômios, devemos subtrair


1ª. Grau de um Polinômio: o grau de um polinômio é o maior os monômios de mesmo grau.
expoente da variável com coeficiente diferente de zero. Exemplo:
01. Dados
Exemplo: calcule
Para o polinômio o grau é 2, e Resolução
escrevemos .
2ª. Polinômio Nulo: é aquele em que todos os coeficientes são Em primeiro lugar, vamos completar os polinômios. Assim, temos:
nulos. e
Exemplo: Logo,

36
MATEMÁTICA III
1. Divida o polinômio pelo polinômio
.
Resolução
Apliquemos o método da chave, lembrando que devemos
acrescentar o termo no dividendo para que ele fique
devidamente reduzido e ordenado. Assim, temos:

 Multiplicação

Para efetuarmos o produto de dois polinômios , quociente


devemos multiplicar cada termo de por todos os termos de
e somar os resultados de mesmo grau.
Exemplo:
1. Dados e , calcule
. resto

Resolução Observe que encontramos resto nulo; logo, dizemos que é


divisível por .

 Teorema do Resto

Seja a divisão de um polinômio por um polinômio do tipo


– . Note que o resto dessa divisão é necessariamente um
polinômio constante, isto é, um número , pois o divisor tem grau
1.
Assim, se a divisão for exata e em caso contrário.
Considere o quociente dessa divisão, então:
Divisão de Polinômios

Dividir um polinômio chamado dividendo, por um polinômio


não-nulo chamado divisor, é encontrar o polinômio ,
chamado quociente, e o polinômio chamado resto, que
satisfaçam as seguintes condições: Substituindo por , obtemos:

1ª)

2ª) ou

Observações: Logo, podemos enunciar o seguinte teorema:


1ª. Quando , dizemos que é divisível por O resto da divisão de um polinômio por um polinômio do
2ª. Em uma divisão polinomial, sempre temos a seguinte relação: tipo – é

Nota:
 Método da chave Uma consequência imediata desse teorema é o teorema de
D’Alembert, que afirma:
Este tipo de divisão segue os seguintes passos: Um polinômio é divisível por se, e somente se,
, ou seja, se for a raiz de
1º. Ordena-se o dividendo e o divisor na forma decrescente, e Exemplo:
complete-os se necessário. 1. Determine o resto da divisão de
por .
2º. Divide-se os monômios do maior grau do dividendo pelo
monômio de maior grau do divisor. Resolução
O teorema do resto nos garante que é o resto da divisão,
3º. Multiplica-se o resultado pelo divisor e subtrai-se do dividendo. então, temos que:

4º. Repete-se sucessivamente a operação até encontrar um


polinômio de grau menor que o divisor. Este será denominado de
resto.
 Algoritmo de Briot-Ruffini
Para ficar mais claro, observe o exemplo abaixo:

37
MATEMÁTICA III
O algoritmo de Briot-Ruffini é um método prático e eficiente que
nos permitirá efetuar com rapidez a divisão de um polinômio Coeficientes do dividendo
por um polinômio do tipo . Raiz do
Explicaremos o algoritmo, considerando o seguinte exemplo: divisor
01. Dividir o polinômio por
– . Coeficientes resto
Resolução Do quociente
Para utilizarmos o algoritmo, devemos realizar os seguintes Assim:
passos: Dividendo:
Divisor: –
1°. Passo: dispomos os coeficientes de devidamente
Quociente: .
ordenados numa mesma linha; fazemos – , logo Resto:
(destacado por uma circunferência) e o colocamos ao lado do
primeiro coeficiente, conforme a figura abaixo.
Considerações Finais

Equações Polinomiais: É toda equação de grau do tipo


, na qual é um polinômio de grau na variável
Exemplo:
A equação é uma equação polinomial.
2°. Passo: abaixamos o primeiro coeficiente de para a linha
inferior; em seguida, multiplicamos esse mesmo coeficiente pelo
Teorema Fundamental da Álgebra (TFA)
número da circunferência e somamos o resultado no 2°. coeficiente
Todo polinômio de grau , admite pelo menos uma raiz
de
complexa.

Teorema da Decomposição
Dado o polinômio:
, com .
Podemos reescrever da seguinte maneira:

Com raízes de .
3°. Passo: o resultado do passo anterior é colocado abaixo do 2°.
coeficiente de . Esse resultado é multiplicado pelo número da Multiplicidade de uma Raiz
circunferência e o produto é adicionado ao próximo coeficiente de Se na decomposição de em fatores de primeiro grau o fator
aparecer vezes, dizemos que o número é raiz de
com multiplicidade
Exemplo:
Considere o polinômio , então
concluímos que:
 O número é raiz com multiplicidade dois ou raiz dupla.

 O número é raiz com multiplicidade um ou raiz simples.


4°. Passo: repetimos as mesmas operações do passo anterior,
colocando o resultado final abaixo do último coeficiente de Teorema das Raízes Conjugadas
Esse resultado final é o número que estamos procurando. Se um número complexo for raiz de uma
equação com coeficientes reais então também é raiz
de .

Relações de Girard
Chamamos de relações de Girard as relações existentes entre as
raízes e os coeficientes de uma equação polinomial.
Assim, temos:
01. Equação de grau
O resultado final é . Para uma equação de grau , temos:
Como é o resto da divisão de por – , de acordo
com o teorema do resto, o algoritmo acaba fornecendo não apenas Logo, podemos concluir que:
o resto, mas também o quociente da divisão. Observe:

Aplicando a propriedade distributiva no segundo membro e


dividindo ambos os lados por , obtemos:

38
MATEMÁTICA III

Assim, igualando os coeficientes correspondentes, obtemos as Sendo uma das raízes, concluímos que o polinômio
duas relações de Girard: é divisível por .
Efetuando essa divisão através do algoritmo de Briot-Ruffini,
temos:

2. Equação de grau
Para uma equação de grau , temos:
Feito isso, conseguimos encontrar o quociente .
Então a equação dada também pode ser escrita da seguinte
maneira:
Logo, podemos concluir que:

Aplicando a propriedade distributiva no segundo membro e


dividindo ambos os lados por , obtemos:
Portanto, o conjunto verdade é .

Exercícios
Assim, igualando os coeficientes correspondentes, obtemos as três
relações de Girard: 01. (PM) Sejam os polinômios e
, calcule:

a) .

b) .
3. Equação de grau
Para uma equação de grau , temos: c) .
d) .
e) .
Com e raízes da equação.
De modo análogo, podemos encontrar as relações de Girard. 02. (EEAR) A igualdade ocorre quando e
Assim, podemos escrever: são, respectivamente:
a) -1 e -1.
b) -1 e 1.
c) 1 e -1.
d) 1 e 1.

03. (EEAR) Seja um polinômio . Se


os coeficientes de são diferentes de zero, então para todo
, tem grau:
a) 4.
b) 3.
c) 2.
Exemplo: d) 1.
1. Resolva a equação , sabendo que
duas de suas raízes são simétricas. 04. (EFOMM) Para que valor de o polinômio
é divisível por ?
Resolução
Sejam as raízes da equação. Pelo enunciado, é dado a) .
que duas raízes são simétricas, consideremos raízes b) .
simétricas, isto é:
c) .

Assim pelas relações de Girard, temos: d) .


e) .

39
MATEMÁTICA III
05. (ITA) A divisão de um polinômio por 11. (EFOMM) Determine as raízes da equação
tem resto . Se os restos das divisões de por e , sabendo que elas estão em PA.
são, respectivamente, os números e , então a) .
vale: b) .
a) 13. c) .
b) 5. d) .
c) 0. e) .
d) 1.
e) 0. 12. (EFOMM) Determine as raízes da equação
, sabendo que elas estão em PG.
06. (AFA) Dado , o valor de , a) .
para o qual é divisível por , é: b) .
a) 1. c) .
b) 7. d) .
c) 13. e) .
d) 17.
13. (ITA) O polinômio com coeficientes reais
07. (AFA) Analise as proposições abaixo:, classificando-as em tem duas
V(verdadeiro) ou F(falso): raízes distintas, cada uma delas com multiplicidade dois, e duas de
suas raízes são e . Então, a soma dos coeficientes é igual a:
( ) Se e a) .
são polinômios idênticos, então . b) .
( ) Dividindo-se por , obtém-se o c) .
quociente e o resto . Pode-se d) .
afirmar que é tal que . e) .
( ) Se e são polinômios de graus e
, então o grau de é dado por 14. (AFA) A equação:
. possui
a) . uma raiz tripla em . O produto é:
b) . a) .
c) . b) .
d) . c) .
d) .
08. (AFA) Se são raízes do polinômio CAPÍTULO 35
, então, o valor de
vale: GABARITO
CAPÍTULO 27
01. B
a) . 02. D
03. A
b) . 04. A
05. A
06. E
c) . 07. A

d) . CAPÍTULO 28
01. C
02. C
09. (EEAR) Uma equação polinomial de coeficientes reais admite 03. D
04.
como raízes os números e . Essa equação tem, no
a) determinante é igual a zero, pois temos uma combinação linear,
mínimo, grau:
isto é, 3ª linha = 1ª linha + 2ª linha.
a) 6.
b) determinante é igual a zero, pois a 2ª coluna é nula.
b) 5.
c) determinante é igual a zero, pois a 1ª linha é igual a 4ª linha.
c) 4.
d) determinante é igual a zero, pois a 3ª linha é proporcional a 1ª
d) 3.
linha, isto é, 3ª linha = ( 2) (1ª linha).
05. A
10. (AFA) A equação polinomial de menor grau com raízes e ,
06. E
com , é: 07. C
a) . 08. A
b) .
c) . CAPÍTULO 29
d) . 01. A
02. A

40
MATEMÁTICA III
03. A
04. E
05. D
06. B
07. E

CAPÍTULO 30
01. B
02. A
03. D
04. D
05. A
06. D
07. A
08. A
09. C

CAPÍTULO 31
01. C
02. D
03. B
04. B
05. E
06. A
07. A
08. C
09. A

CAPÍTULO 32
01. B
02. C
03. D
04. E
05. C
06. B
07. A
08. D
09. E

CAPÍTULO 33
01. C
02. B
03. E
04. B
05. A
06. C
07. C

CAPÍTULO 34
01. A
02. B
03. C
04. A
05. A
06. C
07. D
08. A
09. B
10. A
11. D
12. E
13. A
14. D

41

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