Literatura Infantil: Primeiros Passos À Eterna Juventude
Literatura Infantil: Primeiros Passos À Eterna Juventude
Literatura Infantil: Primeiros Passos À Eterna Juventude
RESUMO
PALAVRAS-CHAVE
1 INTRODUÇÃO
dualidade inerente ao ser humano, se faz presente desde os primórdios, assim como nossa
buscando a felicidade, não somente nossa, mas de todo o gênero humano, ao menos era
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Artigo desenvolvido sob encomenda
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Acadêmico do curso de Letras Português / Inglês, UNISUL Araranguá / SC
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assim que deveria ser. É com essas máximas que se tem o início da Literatura Infantil,
apresentam um narrador (pensador) de maior escalão chamado Esopo. Sabe-se que ele foi
um escravo libertado e, embora tivesse uma estranha aparência (fala-se que era corcunda),
personagens eram animais e suas estórias sempre findavam com lições morais.
mestre das fábulas, La Fontaine, que também foi de suma importância ao quadro literário
universal. O mesmo La Fontaine (1668), definiu assim Esopo: “Acho que deveríamos
colocar Esopo entre os grandes sábios de que a Grécia se orgulha, ele que ensinava a
verdadeira sabedoria, e que a ensinava com muito mais arte que os que usam regras e
definições”.
Dentre todos os autores e “estórias sem pai”, vale relatar as influências das fontes
Calila e Dimna, As mil e uma noites, Sendebar, Barbaan e Josafat, entre outras. No campo
de autores temos Mme. D’Aulnoy, Fénelon, Charles Perrault, sendo estes, escritores
batalha por tempos injusta, em que deve escolher um caminho que não lhe traga
Quantas vezes o ser humano está diante desse questionamento, e quantas vezes
mais busca-se na razão o que deveria ser uma escolha de sentidos, emoção. Na literatura,
não é diferente, pois os autores, e por conseguinte as personagens, por tempos muitos
Maravilhoso
Literatura Infantil. Alguns autores dosam, às vezes, mais de um elemento que de outro, ou
pesam exatamente iguais, para assim, amenizar o efeito catártico em seus leitores,
Dentre os vários autores que escreviam com esse estilo de “luta entre bem e mal”,
encontramos Hans C. Andersen, que pesava e media a ternura e a realidade crua em seus
escritos, construídos em duas fontes: a da literatura popular conservada pela tradição oral
nesse ponto, enquanto Andersen, muitas vezes chocava com tanto sofrimento e realismo,
Segundo COELHO (1991), por detrás do “maravilhoso” que existe nas estórias,
homens é forjado pelo próprio homem, e não por seres fantásticos e/ou sobrenaturais.
Que a pena é mais forte que a espada, sabe-se há tempos, e é por este motivo que
uma das grandes armas da literatura se apresenta pelo fruto dessa pena. Algumas das mais
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importantes obras da literatura universal tem como rótulo o de Literatura Infantil, mas
pondo-se a dissecar tais obras, encontra-se uma contundente crítica social e de valores, em
que, os autores mascaram seus ataques com enredos maravilhosos e umedecidos por
ternura. As obras que valem ser citadas são: Viagens de Gulliver, de Jonathan Swift;
Robison Crusoé, de Daniel Defoe; Dom Quixote, de Miguel de Cervantes; Alice no país
Certamente há outras interessantes obras, mas não se aterá nelas, buscar-se-á então
Swift, segundo COELHO (1991), era mais agressivo e amargo do que seu
contemporâneo Defoe, e Swift se notabilizou por sua mordacidade crítica e seus panfletos
ou do absurdo encontrado num cotidiano comum e prosaico, o outro, como bom realista,
punha em suas obras a vivência sofrida e humilhante das crianças e mulheres, onde ele
próprio passou por uma dura experiência, a quase escravidão da classe menos favorecida
que trabalhava nas fábricas que faziam a revolução industrial. Miguel de Cervantes,
Caminhando, e sabendo que muito ficou na estrada, finda-se esta parte, buscando
Quixote, era satirizar a novela de cavalaria, que tinha sido muito popular na Europa e em
sua época enfrentava a decadência. Mas acabou retratando o perfil do homem, dividido
Formado em Direito, estreou sua carreira literária com Urupês. Nacionalista por
opção, batalhou incessantemente pela saúde pública, pela exploração de nossas riquezas
literário de Portugal, que quase comandava a forma e o estilo da escrita em nosso país.
Além dos contos de Urupês, escreveu Cidades Mortas e Negrinha, também contos.
Com o Jeca tatu, mostrava a miséria física e moral do sertanejo brasileiro. Com
Juvenil, algo como um divisor de águas, separando nosso país no ontem e no hoje, um
Brasil de passado e de presente. Além do senso crítico, que era uma de suas marcas,
Lobato abriu caminho com criatividade; caminho este que a Literatura Infantil tanto
necessitava, não somente para uma leitura prazerosa e de entretenimento, mas ainda mais
uma leitura de pedagogia e didática. Com isso, extraiu pela raiz o mal das convenções
literatura, tanto para adultos quanto para crianças, obras estas que lhe renderam fama e
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econômico.
dos tempos.
Na área das adaptações, Monteiro Lobato buscou um duplo objetivo: por um lado
feitas”, os valores e não valores que o tempo petrificou, e cabe ao Presente redescobrir
e/ou renovar.
autores que traduziu para adultos estão: Herman Melville, Mark Twain, Ernest
“Quando olho para trás fico sem saber o que realmente sou. Porque tenho sido
tudo, e creio que minha verdadeira vocação é procurar o que valha a pena ser.” (Monteiro
Lobato, 1928)
4 CONCLUSÃO
totalmente dotados de fantasia, a Literatura Infantil, como conceito, sabe-se que ultrapassa
os limites aqui expostos, e que talvez não se alcançará nessa vida. Não obstante, os textos
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padrões de qualidade não diferentes das do trabalho focado ao adulto. Assim sendo, não se
deve, enquanto escritor, fazer um trabalho menos esmerado, menos lapidado, apenas pelo
essencialmente a mesma obra de arte para o adulto. Difere desta apenas na complexidade
de concepção: a obra para crianças será mais simples em seus recursos, mas não menos
valiosa.
Deixar-se-á, então uma reticência, sabendo-se que todo estudo permanece a mercê da
continuidade. Espera-se, assim, de modo ansioso, novas oportunidades de se pôr em trabalho com o
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANGELI, José. Miguel de Cervantes, Dom Quixote: o cavaleiro da triste figura. São
Paulo, Ed. Scipione, 1985.
CUNHA, Maria Antonieta Antunes. Literatura Infantil, Teoria e Prática. São Paulo,
Ed. Ática, 1991.
GÓES, Lúcia Pimentel. Introdução à Literatura Infantil e Juvenil. São Paulo, Ed.
Pioneira, 1991.
VIANNA, Antônio Carlos. Fábulas de Esopo. Porto Alegre, Ed. L&PM, 1997.
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