4832-Texto Do Artigo-12798-1-10-20210726
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Resumo: Esta investigação teve como objetivo analisar as marcas deixadas pela Etnomatemática na
Licenciatura de Matemática. Este estudo apoiou-se nos referenciais teóricos da Etnomatemática e da
Formação de Professores. Identificamos por meio do e-MEC cinco cursos com disciplinas cujo nome
apresentava a palavra Etnomatemática. Realizamos entrevista com os professores de tais disciplinas e
aplicamos questionário eletrônico aos estudantes. Os resultados da pesquisa apontaram algumas contribuições
da Etnomatemática, no que tange a quebra de paradigmas em relação a universalidade da Matemática e suas
implicações na perspectiva de ensino e aprendizagem dos licenciandos. As marcas identificadas foram: a
necessidade da valorização do contexto social, econômico e cultural dos futuros estudantes, o reconhecimento
da Matemática como construção humana, a abertura para o diálogo e a humanização do processo educativo.
Palavras-chave: Etnomatemática. Formação inicial de professores de Matemática. Currículo.
Mantendo o nosso olhar nessa perspectiva, reconhecemos, como Passos (2016) e Vilela
(2013), que no campo da Matemática a tensão se dá entre os Matemáticos Acadêmicos e os
Educadores Matemáticos, e que essa tensão impacta na determinação dos programas de ensino
da formação inicial dos futuros professores de Matemática. Diante disso, ressaltamos a
importância de pensar um espaço de diálogo, de resgate da dimensão humana tanto do estudante
quanto do professor e a valorização dos diversos saberes no ambiente escolar.
Entendemos que outra crítica pertinente está associada ao exagero na formação teórica
da Matemática, em detrimento de uma formação holística e mais pautada na prática social.
Fiorentini (2004), apoiado nas ideias de Shulman (1986), é enfático ao dizer que:
A vida que vira existência se matematiza. Para mim, e eu volto agora a esse ponto, eu
acho que uma preocupação fundamental, não apenas dos matemáticos mas de todos
nós, sobretudo dos educadores, a quem cabem certas decifrações do mundo, eu acho
que uma das grandes preocupações deveria ser essa: a de propor aos jovens,
estudantes, estudantes homens do campo, que antes e ao mesmo em que descobrem
que 4 por 4 são 16, descobrem também que há uma forma matemática de estar no
mundo (D’AMBROSIO, FREIRE e DOMITE, 2009).
As falhas na formação do educador devem ser analisadas com uma visão mais
abrangente do processo. Um educador “conscientizado” precisa ser formado de “outra maneira”;
acreditamos que a Etnomatemática, por seu caráter libertador, pode trazer inúmeras contribuições
aos futuros professores de Matemática.
Alguns autores da Etnomatemática, como Gerdes (1996), Stillman e Balatti (2001), Domite
(2004), Moreira (2004) e Monteiro (2004), sinalizam algumas possibilidades de contribuição da
Etnomatemática para a formação inicial dos professores de Matemática. Segundo Gerdes (1996,
p. 126), é essencial incluir na formação inicial do professor o desejo e a preocupação deles em
“investigar as ideias e as práticas das suas próprias comunidades culturais, étnicas e linguísticas
e procurar formas de construir o seu ensino a partir delas [...] e para construir, para entendimento
mútuo, o respeito e a valorização das (sub)culturas e atividades”. Esse autor enfatiza a
necessidade de desenvolver nos futuros professores a busca por conhecer as práticas
matemáticas locais e o contexto sociocultural a que ele, os estudantes e a escola onde leciona
pertencem.
Outro aspecto importante é apresentado por Monteiro (2004) quando afirma que, na
perspectiva da Etnomatemática, a escola deixa de ser um espaço ou local de transmissão de
conhecimento para ser um espaço de “interlocução entre diferentes saberes”. A autora argumenta
que
a instituição escola precisa, assim, se preparar para ser, nos próximos anos, mais que
um espaço para a difusão do saber; será necessário gerar condições de: interlocução
entre diferentes saberes; articulação entre igualdade e diferença, entre tempo e
espaço, ou seja [...] a escola está desafiada a ser um espaço de cruzamento de
saberes e linguagens, de educação intercultural e construção de uma nova cidadania
(MONTEIRO, 2004, p. 436).
A autora sinaliza que trazer reflexões acerca do papel social da escola, assim como da
construção do conhecimento escolar na formação inicial, pode ampliar a visão de educação dos
futuros professores. Diante dessa perspectiva, é necessário que os futuros professores de
Matemática possam ter contato com todas as possibilidades, inquietações e fundamentações que
emergem da Etnomatemática. Reconhecendo esta perspectiva como elemento potente para uma
formação de professores que fomente uma postura e uma prática mais criativas, críticas e
reflexivas e voltadas para a especificidade sociocultural dos estudantes, D’Ambrosio (2005),
Domite (2004) e Ribeiro (2006) inquietam a todos, ao questionar se essas dimensões de fato vêm
sendo abordadas nos cursos de Licenciatura em Matemática.
3 Caminhos da pesquisa
De início, foi feito um levantamento das Universidades públicas do Brasil que possuíam
ativo o Curso de Licenciatura em Matemática em 2018, por meio de consulta à base de dados do
e-MEC. Esta escolha deu-se pelo fato do e-MEC ser a base de dados oficial de informações
relativas às Instituições de Educação Superior – IES e cursos de graduação do Sistema Federal
de Ensino no Brasil. Neste site é facultativo as IES do Sistema Estadual de Ensino fazer parte do
cadastro do e-MEC.
Após esse levantamento, passamos para a segunda etapa, que consistiu em identificar
que cursos possuíam disciplinas apresentando no nome a palavra Etnomatemática. Para essa
identificação foi feita uma busca por meio das matrizes curriculares ou Projeto Pedagógico do
Curso de cada IES, ressaltando que para as IES que possuem cursos de Licenciatura em
Matemática em campi diferentes, acessamos a matriz curricular disponibilizada na página
eletrônica de cada campus. As IES que não disponibilizaram o Plano Pedagógico do Curso ou a
matriz curricular foram desconsideradas, devido à ausência de informações. Optamos por
estabelecer como critério que a disciplina de Etnomatemática fosse ofertada aos alunos nos anos
de 2018 ou 2019. A partir desses parâmetros fixados, encontramos cinco Cursos de Licenciatura
em Matemática de universidades públicas do Brasil que possuíam em sua matriz curricular uma
disciplina com a palavra Etnomatemática no título. Apresentamos a seguir as universidades que
foram identificadas nesse levantamento.
Como metodologia de análise de dados optamos pela Análise Textual Discursiva, pois
esse processo é considerado uma tempestade de ideias e nos possibilita visualizar novas
conexões e relações aos fenômenos estudados (MORAES, 2003). A primeira etapa dessa
metodologia implicou em reunir um conjunto de informações sistematizadas em forma de texto ou
outras representações gráficas, e recebe o nome de Corpus. A etapa seguinte foi a desconstrução,
fase em que ocorreu a derivação do Corpus em elementos textuais significativos na busca pela
emersão das unidades de análise, tendo como parâmetro os objetivos da pesquisa.
Posteriormente foi feita a categorização, na tentativa de estabelecer articulações entre as unidades
de análise. Na última etapa foi construído um texto interpretativo a partir das categorias.
Nesse artigo apresentaremos apenas uma síntese parcial das entrevistas feitas com os
professores participantes da pesquisa, assim como das respostas do questionário proposto aos
alunos. Optamos por representar os sujeitos da pesquisa como Estudante 1, Estudante 2... de
acordo com a ordem que responderam o questionário, e atribuímos a primeira letra do nome do
seu professor após o número; por exemplo, Estudante 1 G significa o primeiro estudante que
1Cadastrados no Diretório dos Grupos de Pesquisa no Brasil do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico.
A disciplina foi de grande valia para a minha formação, pois pude refletir a respeito da
matemática que é ensinada até os dias atuais, e de poder ter contato com "outras
matemáticas", além da trazida pelos europeus. Me fez refletir que cada um de nós
temos algo a agregar a esse campo independente de ter feito uma graduação ou de
ter contato com a escola, pois cada um devido as circunstâncias da vida aprender algo
para sobreviver e isso deve ser valorizado. (Estudante 6 G, 2019).
Esse estudante reconhece a importância dos saberes e fazeres da escola, bem como dos
relacionados ao cotidiano de cada aluno. D’Ambrosio (2005) nos apresenta as tensões e as
relações de poder no campo da Matemática no que tange a busca por invisibilizar a matemática
do dia a dia. A valorização de outras matemáticas perpassa primeiro a disposição em conhecer
outras formas de pensar, medir, quantificar, enfim, outras formas de estar e permanecer no mundo.
A estudante 5 J conta que a disciplina “foi muito legal, aprendi várias coisas diferentes e
descobri que existe outros tipos de matemática sem ser a matemática acadêmica” (Estudante 5J,
2019). Os estudantes 25 D e 13 J corroboram essa descoberta, ao afirmarem que “pude repensar
o conceito de matemática universalizada” (Estudante 25 D, 2019) e “Foi uma ótima matéria pra
sair do conceito de matemática acadêmica, coisa que eu não enxergava” (Estudante 13 J, 2019).
Percebemos nesses discursos que o encontro com outras matemáticas impactou a concepção
Reconhecer que a Matemática não é universal pode ajudar na postura dos futuros
professores em sala de aula, como afirma a estudante 5 J: “Foi muito importante para o meu
desenvolvimento enquanto professora daqui a uns anos. Aprendi que existem vários tipos de
matemática e não só uma" (Estudante 5 J, 2019). Complementando essa ideia, Bicudo (2005)
ressalta que o professor de matemática não deve concebê-la como algo isolado e sem relação
com homem e com o mundo. A partir dessa ideia de Bicudo (2005), identificamos outra marca
apresentada pelos estudantes nessa pesquisa, relacionada à percepção de mundo e de
Matemática. O estudante 23 D revela que a disciplina foi “um aprendizado que fará muita diferença
na minha graduação e na percepção de mundo e até mesmo em relação à matemática e sua
construção [...], trouxe uma visão que eu nunca imaginei que a matemática poderia tomar”
(Estudante 23 D, 2019). Baraldi (1999) ajuda a entender que a Matemática é uma construção
humana e não pode estar desassociada dela, ao nos advertir que
uma palavra com conceito amplo, entendo que a etnomatemática vai observar as
culturas, as matemáticas produzidas ali, entender o porquê é daquela maneira e tentar
conscientizar todos que não há uma matemática melhor que a outra e sim
matemáticas, produzidas por pessoas (Estudante 23 D, 2019).
A estudante 28 G completa essa ideia dizendo que “a matemática deve ser compreendida
não apenas como uma constituição social, mas também como uma construção histórica e política”
(Estudante 28 G, 2019). D’Ambrosio (2008, p. 13) ressalta que “a invenção matemática é acessível
a todo indivíduo, e a importância dessa invenção depende do contexto social, político, econômico
e ideológico.” Nessa perspectiva pedagógica, Ferreira (1992) afirma que a Etnomatemática
[...] resgata o real vivido e o transforma, melhor dizendo amplia esse real, respeitando
a existência de cada aluno. Minhas experiências (...) mostram que a matemática dita
institucional perde seu estado de “verdade absoluta” para se transformar no que de
fato é, uma criação humana (FERREIRA, 1992, p. 8).
Diante das falas desses estudantes, podemos perceber que as disciplinas incorporaram
espaços e diálogos que promoveram a reflexão acerca da universalidade da Matemática,
evidenciando que a sua supervalorização deve ser revista, e que deve ser atribuída à Matemática
a marca de ser uma construção social, humana, histórica e política. E quais as implicações
pedagógicas a Etnomatemática deixou nos estudantes dessa disciplina?
Monteiro e Mendes (2014) trazem algumas reflexões acerca das possíveis implicações
pedagógicas da Etnomatemática para a prática escolar. Qual modelo de escola essa perspectiva
inspira? Que saberes são silenciados na escola? Como promover um ambiente escolar
democrático? Tais questionamentos têm gerado debate entre os pesquisadores da área, como
A Estudante 8 D menciona que a disciplina Etnomatemática foi uma das “poucas matérias
em que discutimos diferenças culturais e como isso se relaciona com a educação” (Estudante 8
D, 2019). Segundo Gerdes (1996, p. 126), é essencial incluir na formação inicial do professor o
desejo e a preocupação deles em “investigar as ideias e as práticas das suas próprias
comunidades culturais, étnicas e linguísticas e procurar formas de construir o seu ensino a partir
delas [...] para construir, para entendimento mútuo, o respeito e a valorização das (sub)culturas e
atividades”. Esse autor enfatiza a necessidade de desenvolver nos futuros professores a busca
por conhecer as práticas matemáticas locais e o contexto sociocultural ao qual eles, os estudantes
e as escolas onde lecionam pertencem. Reconhecendo a escola como o encontro de diversas
culturas e sujeitos conforme sinaliza Monteiro (2004), percebemos indícios de que a formação
inicial de Matemática ainda oferece poucos espaços para a reflexão dessa temática.
A Etnomatemática apresenta-se, assim, não como uma nova disciplina, mas como
uma prática pedagógica. Não se trata da substituição da Matemática acadêmica, mas
sim de facilitar ao indivíduo, a partir do domínio da sua Etnomatemática, a aquisição
das partes da Matemática acadêmica que lhes são interessantes e úteis. [...] A
Etnomatemática propõe uma pedagogia viva, dinâmica, de fazer o novo em resposta
a necessidades e estímulos ambientais, sociais, culturais (D’AMBROSIO, 2008, p. 9).
D’Ambrosio (2005, p. 23) sinaliza que “práticas apreendidas fora do ambiente escolar
podem contribuir para uma visão crítica da realidade”. Essa preocupação em dialogar com os
saberes cotidianos dos estudantes também foi evidenciada por diversos estudante na pesquisa.
Acreditamos que tal reflexão tenha sido o legado dessa disciplina. Algumas falas dos estudantes
relacionadas abaixo mencionam essa concepção:
Sim, a etnomatemática me fez ver o mundo com outros olhos e entender que acima
de todos os conhecimentos existe a necessidade de saber muito mais do dia a dia e
das culturas dos nossos alunos (Estudante 24 D, 2019).
Tudo indica que essa característica apresentada por Domite representa uma das marcas
mais descritas na visão dos estudantes em relação à disciplina Etnomatemática. Interagimos ainda
com Moreira (2014), que corrobora a perspectiva acima e ressalta um
Essa busca por uma formação de professores que impulsione o desejo de pensar e
repensar o ensino da Matemática, visando promover transformações e novos horizontes, esbarra
nas ponderações feitas pelo Estudante 6 G:
A disciplina foi muito boa, porém eu percebo que, para a vida real mesmo, para aplicar
nas escolas, dependendo do que fosse feito, seria mais difícil, pois toma muito tempo
e dedicação, fora que geralmente professor não tem essa carga horária assim
disponível. Teríamos que rever o sistema de ensino (Estudante 6 G, 2019).
sei que quando estiver dentro de sala de aula saberei entender quando o meu aluno
tiver o novo jeito de fazer uma conta e não acharei que está errado (Estudante 5 J,
2019).
A partir desta e de uma outra disciplina, consegui interligá-las para entender que cada
aluno tem seu jeito de entender um conteúdo e que não necessariamente está errado,
e isso de julgar o aluno que pensa diferente está errado, é por causa do entendimento
do aluno licenciando de que o conhecimento acadêmico é o único correto (Estudante
12 J, 2019).
Diante desses discursos, podemos inferir que tais futuros professores começaram a
questionar algumas crenças que trazem em relação ao “erro”. Segundo Tardif (2002), os saberes
temporais são aqueles construídos ao longo do tempo e que ocorrem por meio de modelos, pois
boa parte do que os professores sabem sobre o ensino tem origem na própria vida escolar, em
decorrência dos conhecimentos, crenças e certezas já construídos. O autor ressalta que, ao
começar a lecionar, o professor reativa as crenças e maneiras de fazer que ele vivenciou na época
escolar para solucionar os problemas profissionais aos quais se depara (TARDIF, 2002).
Ao iniciar seu trabalho como professores, os indivíduos tiveram em média dezesseis anos
de convívio com diversos professores e com várias crenças que permeiam o espaço escolar.
Segundo Tardif, em geral, os estudantes passam pelos cursos de formação sem conseguir
Essa preocupação em entender o aluno, entender o seu “fazer matemático”, como citado
pelo Estudante 25 D, revela uma perspectiva diferente de olhar para a escola e os processos
educacionais. Nesse sentido, alguns estudantes revelaram que a Etnomatemática modificou suas
concepções acerca do ensino de Matemática. O Estudante 28 G afirma que a Etnomatemática
“contribuiu para melhorias desse ensino, dialogando e trazendo novos saberes” (Estudante 28 G,
2019); o Estudante 26 G é assertivo ao dizer que as marcas deixadas nele estão atreladas à
relação entre professor e estudante; ele fala que
auxiliou bastante em relação aos vínculos que nós, como futuros professores,
precisamos manter com os alunos e com todos os envolvidos no processo
educacional. Aprendi a ter um olhar mais empático, valorizar as diferenças,
contextualizar os conteúdos abordados e assim transformar a sala de aula em um
ambiente inclusivo e agradável para todos (Estudante 26 G, 2019).
Ele sinaliza que a disciplina contribuiu não só para sua formação profissional, mas também
para sua formação como pessoa, enfatizando a importância das relações humanas no processo
de ensino-aprendizagem. Segundo Fantinato (2004),
A autora enfatiza a busca da valorização do outro, o que, segundo ela, pode potencializar
a aprendizagem. Essa perspectiva dialoga com D’Ambrosio, quando este afirma que a
Etnomatemática visa uma formação integral do indivíduo e no desenvolvimento da criatividade
(D’AMBROSIO, 2008).
Ainda não dou aula, mas de certa forma irá contribuir, porque hoje em dia estamos
acostumados ao jeito tradicional de ensino, onde o professor diz e o aluno obedece, e
nós precisamos mudar isso, precisamos reconhecer, respeitar e aceitar a cultura do
aluno como conhecimento valido a ser trabalhado em sala de aula. Temos que
trabalhar com a etnomatemática e buscar entender os procedimentos utilizados pelos
alunos para a construção do conhecimento; o professor não deve impor o caminho a
ser percorrido (Estudante 1 G, 2019).
a faculdade estava perdendo sentido, pois estava tendo contato com apenas um tipo
de produção de conhecimento (matemática acadêmica de caráter eurocêntrico).
Quando entendi a proposta do Programa Etnomatemática, me identifiquei e me
encontrei como educadora matemática (Estudante 10 J, 2019).
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