Meios de Transmissão Tchocolusse

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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DO CUITO

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIAS

TEMA:
- CARACTERISTICAS DOS MEIOS DE TRANSMISSÃO
- UTILIZADOS PARA COMUNICAÇÃO DE DADOS
- MEIOS COM FIOS
- MEIOS SEM FIOS

CURSO : ENGEMHARIA DE TELECOMUNICAÇÕES

NOME: TCHOCOLUSSE OTON LAMBO GOMES 16


Nº 170001

DOCENTE
_______________________________
FERNANDO SANTOS

1
INDICE

Indice de figuras……………………………………………………………pag 3
Indice de tabelas……………………………………………………….…...pag 4
Objetivos geral……………………………………………………………..pag 5
Objetivo especifico………………………………………………………...pag 5
Introdução………………………………………………………………….pag 6
Desenvolvimento…………………………………………………………..pag 7
Características dos Meios de Transmissão…..................................……….pag 7
Meios de transmissão guiados……………………………………………..pag 8
Cabo de par trançado…………………………............................................pag8

Cabo coaxial…………………………………………………………….....pag14

Fibra óptica………………………………………………………………...pag 15

Meios de transmissão não guiados…………………………………………pag 20

Rádio (RF ou radiofrequência)…………………………………………......pag21

Micro-ondas…………………………………………………………….….pag23
Laser…………………………………………………………………….…pag24
Topologiasda rede(modos)………………………………………………..pag25

Infravermelhos……………………………………………………………..pag26
Conclusão………………………………………………………………….pag27
Referência.…………………………………………………………………pag 28

2
INDICE DE FIGURAS

Figura 13 – Tipos de meios de transmissão…………………………………pag 8

Figura 14 – Cabo de par trançado…………………………………………...pag 8

Figura 15 – Cabo FTP……………………………………………………….pag 9

Figura 16 – Cabo STP……………………………………………………….pag 9

Figura 17 – Cabo SSTP……………………………………………………...pag 10

Figura 18 – Cabo cat 5E, certificado para o padrão TIA/EIA-568-B…….....pag 10

Figura 19 – Cabo cat 6a com o espaçador interno………………………......pag 13

Figura 20 – Cabo coaxial……………………………………………………pag 14

Figura 23 – Modos de propagação na fibra………………………………....pag 17

Figura 24 – Conectores para cabos de fibra óptica…………………………pag 18

Figura 25 – Espectro eletromagnético para a comunicação sem fio…….….pag 20

Figura 26 – Métodos de propagação…………………………………...…...pag 21

Transmissão de RF omnidirecional………………………………………………….pag 22

Transmissão de RF direcional………………………………………………pag 22

Transmissão num sistema direcional micro-ondas………………………….pag 24

Sistema indoor………………………………………………………………pag 25

Rede wireless outdoor………………………………………………………pag 26

Porta infravermelho de um notebook……………………………………….pag 26

3
INDICE DE TABELAS

Tabela 3 – comparação entre laser semicondutor e LEDs utilizados como fontes de


luz.....................................................................................................................…pag 18

Tabela 4 – Vantagens e desvantagens da fibra…………………………………pag 19

4
OBJETIVO GERAL

Tem-se como objectivo geral o estudo das características dos meios de transmissão.

OBJETIVO ESPECIFICO

 Vantagens e desvantagens dos meios de transmissão


 Estudo dos meios de transmissão

5
INTRODUÇÃO

Na comunicação de dados são usados muitos tipos diferentes de meios de transmissão.


A escolha correta dos meios de transmissão no projeto de redes de computadores é
fundamental, pois o cabeamento utilizado, ao contrário do software, tem vida útil em
tomo de 15 anos. E importante saber também qual a topologia mais adequada ao perfil
do usuário, como a rede evoluirá com o correr do tempo e quanto se pretende investir na
instalação da mesma.

Entre os meios de transmissão, os condutores de cobre sob a forma de par trançado ou


cabo coaxial são os mais comuns. Recentemente, o uso de fibra óptica tem crescido
muito, mas existem outras alterativas como microondas e infra-vermelhos. Nesse
tutorial focalizaremos as tecnologias que a indústria tem como padrão: cabos par
trançado, cabos coaxiais e fibras ópticas.

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DESENVOLVIMENTO

Um meio de transmissão são sistemas de transmissão que utilizam meios para o envio
das informações, estes meios podem ser de dois tipos: meios físicos, por exemplo, cabo
coaxial e fibra óptica.

Meios não-físicos, o espaço livre. Pode-se conceituar meio de transmissão como todo
suporte que transporta as informações entre os terminais telefónicos, desde a origem
(central telefónica na origem da chamada) até o destino (central telefónica no destino da
chamada) e vice-versa.

Características dos Meios de Transmissão

 Largura de banda– A largura de banda disponível condiciona o ritmo de


transmissão possível.

 Atenuação e outras limitações à transmissão– Impõe limitações à distância que o


sinal pode percorrer.

 Interferência– A transmissão de diferentes sinais num mesmo meio de


transmissão pode criar “sobreposições” dos sinais, degradando ou mesmo
“escondendo” um dado sinal.

 Número de receptores– Ao ligar mais equipamentos a um meio de transmissão


pode criar-se interferência, atenuação, distorção, limitando as distancias
alcançáveis ou os ritmos de transmissão utilizáveis.

 Preço

 etc

7
Diferentes meios de transmissão apresentam diferentes características, tendo pois
aplicação em situações diferentes.

Figura 13 – Tipos de meios de transmissão

MEIOS DE TRANSMISSÃO GUIADOS

Os meios de transmissão guiados são aqueles que requerem um condutor físico para
interligar um dispositivo a outro. Um sinal trafegando por um meio guiado é
direcionado e contido pelos limites físicos do meio. Cabos de par trançado e coaxiais
usam condutores metálicos (cobre) que transportam sinais na forma de corrente elétrica,
enquanto a fibra óptica é um tipo de cabo que aceita e transporta sinais luminosos.

CABO DE PAR TRANÇADO

O meio de transmissão guiado mais barato e mais usado é o cabo de par trançado. Ele é
formado por dois condutores (normalmente cobre), cada qual revestido por um material
isolante plástico, trançados juntos, conforme exposto na Figura 14.

Figura 14 – Cabo de par trançado

8
O trançado torna mais provável que ambos os fios sejam igualmente afetados por
interferências externas (ruído ou linha cruzada). Isso significa que o receptor, que
calcula a diferença entre os dois sinais, não perceberá nenhum sinal indesejado. Os
sinais indesejados são, em sua maioria, cancelados. Decorre desse fato que o número de
tranças por unidade de comprimento (por exemplo, polegadas) tem grande efeito sobre a
qualidade da transmissão efetuada pelo cabo. Basicamente, quanto maior o número de
tranças por comprimento, melhor a qualidade da transmissão e maior a taxa de
transmissão que se pode alcançar.

Os cabos sem blindagem são chamados de UTP (Unshielded Twisted Pair – par
trançado sem blindagem). Esta é a modalidade mais comumente utilizada. Os cabos
blindados, por sua vez, se dividem em três categorias: FTP, STP e SSTP.

Os cabos FTP (Foiled Twisted Pair) são os que utilizam a blindagem mais simples, em
que uma fina folha de aço ou de liga de alumínio envolve todos os pares do cabo,
protegendo-os contra interferências externas, mas sem proteção com relação à linha
cruzada ou crosstalk, decorrente da interferência entre os pares do próprio cabo. A
Figura 15 traz uma ilustração desse tipo de cabo.

Figura 15 – Cabo FTP

Os cabos STP (Shielded Twisted Pair), por sua vez, utilizam uma blindagem individual
para cada par de cabos. Isso reduz a linha cruzada ou crosstalk e melhora o desempenho
do cabo com relação à distância, o que pode ser útil em situações onde seja necessário
crimpar cabos fora do padrão, com mais de 100 metros. A Figura 16 traz uma ilustração
do cabo STP.

9
Figura 16 – Cabo STP

Por fim, tem-se os cabos SSTP (Screened Shielded Twisted Pair), também designados
como SFTP (Screened Foiled Twisted Pair), que combinam a blindagem individual para
cada par de cabos com uma segunda blindagem externa, envolvendo todos os pares, o
que torna os cabos especialmente robustos contra interferências externas. A aplicação
desse tipo de cabo é mais adequada a ambientes com fortes fontes de interferências.
Uma ilustração do cabo SSTP pode ser vista na Figura 17.

Figura 17 – Cabo SSTP

A EIA (Electronic Industries Association — Associação das Indústrias Eletrônicas)


desenvolveu padrões que classificam os cabos de par trançado em categorias. Essas
categorias são determinadas pela qualidade do cabo, na qual 1 representa a qualidade
mais baixa e 7 a mais alta. Quanto maior a categoria, maior o entrançamento do cabo
por unidade de comprimento e cada categoria é apropriada para uma determinada
aplicação ou uso específico. É fácil descobrir qual é a categoria dos cabos, pois a
informação vem decalcada no próprio cabo, como pode-se observar na Figura 18.

Figura 18 – Cabo cat 5E, certificado para o padrão TIA/EIA-568-B

Independente da categoria, a distância máxima permitida é de 100 metros (com exceção


das redes 10G com cabos categoria 6, onde a distância máxima cai para apenas 55
metros). O que muda é a largura de banda, além do nível de imunidade a interferências

10
externas e, como decorrência disso, a taxa máxima de transferência de dados suportada
pelo cabo.

A seguir, tem-se uma descrição das categorias de cabos de par trançado existentes:

• Categorias 1 e 2 – não são mais reconhecidas pela TIA (Telecommunications Industry


Association – Associação das Indústrias de Telecomunicações), que é a responsável
pela definição dos padrões de cabos. Foram usadas no passado em instalações
telefônicas e os cabos de categoria 2 chegaram a ser usados em redes Arcnet de 2.5
Mbps e redes Token Ring de 4 Mbps, mas não são adequadas para uso em redes
Ethernet.

• Categoria 3 – primeiro padrão de cabos de par trançado desenvolvido especialmente


para uso em redes. Certificado para sinalização de até 16 MHz, o que permitiu seu uso
no 10BASE-T, que é o padrão de redes Ethernet de 10 Mbps para cabos de par trançado.
Há um padrão de 100 Mbps para cabos de categoria 3, o 100BASE-T4, mas ele é pouco
usado e não é suportado por todas as interfaces de rede. A principal diferença do cabo
de categoria 3 para os obsoletos cabos de categoria 1 e 2 é o entrançamento dos pares de
cabos. Enquanto nos últimos não existe um padrão definido, os cabos de categoria 3
(assim como os de categoria 4 e 5) possuem pelo menos 24 tranças por metro e, por
isso, são muito mais resistentes a ruídos externos. Cada par de cabos tem um número
diferente de tranças por metro, o que atenua as interferências entre os pares.

• Categoria 4 – categoria de cabos com uma qualidade um pouco superior e é certificada


para sinalização de até 20 MHz. Usada em redes Token Ring de 16 Mbps, podendo
também ser utilizada em redes Ethernet em substituição aos cabos de categoria 3 (na
prática isso é incomum). Similarmente às categorias 1 e 2, a categoria 4 não é mais
reconhecida pela TIA e os cabos não são mais fabricados, ao contrário dos cabos de
categoria 3, que continuam sendo usados em instalações telefônicas.

• Categoria 5 – são o requisito mínimo para redes 100BASE-TX e 1000BASE-T, que


são, respectivamente, os padrões de rede de 100 e 1000 Mbps usados atualmente. Eles
seguem padrões de fabricação muito mais estritos e suportam frequências de até 100
MHz, o que representa um grande salto em relação aos cabos cat 3.

11
A despeito disso, é muito raro encontrar cabos cat 5 à venda atualmente, pois eles foram
substituídos pelos cabos categoria 5e (o "e" vem de "enhanced"), uma versão
aperfeiçoada do padrão, com normas mais estritas, desenvolvidas de forma a reduzir a
interferência entre os cabos e a perda de sinal, o que ajuda em cabos mais longos, perto
dos 100 metros permitidos.

Cabos cat 5e devem suportar os mesmos 100 MHz dos cabos cat 5, mas este valor é
uma especificação mínima e não um número preciso exigido. Com isso, os fabricantes
podem produzir cabos acima do padrão, certificando-os para frequências mais elevadas.
Não é raro encontrar no mercado cabos cat 5e certificados para 110 MHz, 125 MHz ou
mesmo 155 MHz, embora na prática isso não faça muita diferença, já que os 100 MHz
são suficientes para as redes 100BASE-TX e 1000BASE-T.

Os cabos 5e são os mais comuns atualmente, mas eles estão em processo de


substituição pelos cabos categoria 6 e categoria 6a, que podem ser usados em redes de
10 Gbps.

• Categoria 6 – foi originalmente desenvolvida para ser usada no padrão Gigabit


Ethernet, mas com o desenvolvimento do padrão de modo a aproveitar cabos categoria 5
sua adoção acabou sendo retardada, já que, embora os cabos de categoria 6 ofereçam
uma qualidade superior, o alcance continua sendo de apenas 100 metros, de modo que,
apesar da melhor qualidade dos cabos cat 6, não há ganhos práticos que justifiquem a
substituição.

Os cabos categoria 6 utilizam especificações ainda mais estritas que os de categoria 5e e


suportam frequências de até 250 MHz. Cabe observar que (STALLINGS, 2008, p. 192)
afirma que a banda do cat 6 é de 200 MHz.

Além desse tipo de cabo poder ser usado em substituição aos cabos cat 5 e 5e, eles
também podem ser usados em redes 10G Ethernet, mas nesse caso o alcance é reduzido
para apenas 55 metros. De modo a permitir o uso de desses cabos em até 100 metros em
redes 10G foi criada uma nova categoria de cabos, a categoria 6a ("a" de "augmented",
ou ampliado). Eles suportam frequências de até 500 MHz e utilizam um conjunto de
medidas para reduzir a perda de sinal e tornar o cabo mais resistente a interferências.

12
A despeito de muitas referências na web mencionarem que os cabos cat 6a suportam
frequências de até 625 MHz, que foi o valor definido em uma especificação preliminar
do 10GBASE-T, avanços no sistema de modulação permitiram reduzir a banda
necessária na versão final, chegando aos 500 MHz. Uma das medidas para reduzir o
crosstalk no cat 6a foi distanciar os pares usando um separador, conforme pode ser visto
na Figura 19.

Isso aumentou a espessura dos cabos de 5.6 mm para 7.9 mm e tornou-os um pouco
menos flexíveis. A diferença pode parecer pequena, mas ao juntar vários cabos ela se
torna considerável.

Figura 19 – Cabo cat 6a com o espaçador interno

É importante observar que existe também diferenças entre os conectores RJ-45


destinados a cabos categoria 5 e os cabos cat 6 e cat 6a. No conector cat 5 os 8 fios do
cabo ficam lado a lado, formando uma linha reta, enquanto no conector cat 6 eles são
dispostos em zig-zag, uma medida para reduzir o crosstalk e a perda de sinal no
conector. Embora o formato e a aparência seja a mesma, os conectores RJ-45 destinados
a cabos cat 6 e cat 6a utilizam novos materiais, suportam frequências mais altas e
introduzem muito menos ruído no sinal. Utilizando conectores RJ-45 cat 5, seu
cabeamento é considerado cat 5, mesmo que sejam utilizados cabos cat 6 ou 6a.

• Categoria 7 – pode vir a ser usado no padrão de 100 gigabits, que está em estágio
inicial de desenvolvimento. (STALLINGS, 2008, p. 192) afirma que o cat 7 é um cabo
SSTP com banda de 600 MHz.

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CABO COAXIAL

O cabo coaxial apresenta um núcleo condutor central de fio torcido ou sólido


(normalmente, cobre) envolto em um revestimento isolante que, por sua vez, é revestido
por um condutor externo de folha de metal, uma capa ou uma combinação de ambos. O
invólucro metálico externo serve tanto como uma blindagem contra ruídos como um
segundo condutor que completa o circuito. Esse condutor externo também é revestido
por uma cobertura isolante e o cabo todo é protegido por uma cobertura plástica (Figura
20).

Figura 20 – Cabo coaxial

O cabo coaxial transporta sinais de faixas de frequência mais altas que as do cabo de par
trançado, em parte como decorrência dos dois meios de transmissão serem construídos
de forma bem diferente.

Vantagens:

1.fácil instalação .

2.baixo custo quando instalado em barramento único sem uso de hub .

Desvantagens:

1.limites rígidos de comprimento

2.até 30 nós num segmento de tamanho máximo

14
3.detecção de falhas dificultada, principalmente em ambiente que não contenham
hub coaxial .

Uma forma de classificação dos cabos coaxiais é a que considera os seus índices RG
(radio government). O representa um conjunto exclusivo de especificações físicas,
incluindo a bitola do fio condutor interno, a espessura e o tipo do isolante interno, a
construção da blindagem e o tamanho e tipo do revestimento externo. Como pode ser
observado na Tabela 1, cada cabo definido por um índice RG é apropriado para uma
função especializada.

Do ponto de vista da aplicação, o cabo coaxial foi bastante usado em redes de telefonia
analógica, mais tarde ele foi usado em redes de telefonia digital, de TV a cabo e de
computadores, particularmente, no padrão de redes locais (LAN – Local Area Network)
Ethernet. Em razão de sua largura de banda elevada e, por consequência, da alta taxa de
dados possível, o cabo coaxial foi escolhido para a transmissão nas primeiras LANs
Ethernet.~

A Ethernet 10Base-2, ou Ethernet de cabo fino, usava o cabo coaxial RG-58 com
conectores BNC para transmitir dados a 10 Mbps com um alcance de 185 m. Contudo, o
padrão original Ethernet especificava a Ethernet de cabo grosso ou Ethernet 10Base5,
utilizando o cabo RG-11 para transmitir a 10 Mbps com alcance de 500 m. A Ethernet
de cabo grosso usava conectores especiais.

FIBRA ÓPTICA

Um cabo de fibra óptica é construído sobre uma estrutura de vidro ou de plástico e


transmite sinais na forma de luz.

As fibras ópticas usam esse fenômeno da reflexão para guiar a luz por um canal. Desta
forma, um núcleo de vidro ou de plástico é revestido por uma casca de vidro ou de
plástico menos denso. A diferença na densidade dos dois materiais tem de ser tal que

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um fluxo de luz deslocando-se através do núcleo seja refletido pela casca em vez de ser
refratado.

Basicamente, a tecnologia atual suporta dois modos de propagação da luz ao longo de


canais ópticos, cada um dos quais exigindo fibras ópticas com características físicas
diferentes: multimodo e monomodo. Por sua vez, o multimodo pode ser implementado
de duas formas: índice degrau e índice gradual.

A fibra multimodo é assim chamada, pois os múltiplos fluxos de uma fonte de luz se
deslocam ao longo do seu núcleo usando caminhos diferentes. A movimentação do
fluxo dentro do cabo depende da estrutura do núcleo, conforme mostrado na Figura 23.

Na fibra multimodo com índice degrau, a densidade do núcleo permanece constante do


centro para as bordas. Um fluxo de luz se desloca por essa densidade constante em linha
reta até atingir a interface entre o núcleo e a casca. Na interface, há uma mudança
abrupta do índice de refração em virtude da densidade menor. Isso altera o ângulo de
movimentação do fluxo. O termo índice degrau refere-se à forma abrupta dessa
mudança, o que contribui para a distorção do sinal à medida que ele trafega pela fibra.

Um segundo tipo, chamado fibra multimodo com índice gradual, diminui essa distorção
do sinal através do cabo. A palavra índice gradual aqui se refere ao índice de refração.
Uma fibra com índice gradual é uma fibra com densidades variáveis. A densidade é
mais alta no centro do núcleo e diminui gradualmente em direção à sua borda. A Figura
23 mostra o impacto dessa densidade variável na propagação dos fluxos de luz.

O modo monomodo utiliza fibras de índice degrau e uma fonte de luz extremamente
focalizada que limita os fluxos a um pequeno intervalo de ângulos, todos próximos da
horizontal. A fibra monomodo é fabricada com um diâmetro de núcleo muito menor que
a da fibra multimodo e com densidade substancialmente menor. A diminuição na
densidade resulta em um ângulo crítico próximo de 90º, que faz que a propagação dos
fluxos ocorra praticamente na horizontal. Nesse caso, a propagação de fluxosdiferentes
é praticamente idêntica e os retardos são desprezíveis. Todos os fluxos chegam “juntos”
no destino e podem ser recombinados com pequena distorção do sinal (Figura 23).

16
Figura 23 – Modos de propagação na fibra

Existem três tipos de conectores para cabos de fibra óptica, conforme exposto na Figura
24. O conector SC (canal de assinante) é usado em TV a cabo e utiliza um sistema de
travamento empurra/puxa. O conector ST (ponta reta) é empregado para conectar o cabo
de fibra óptica aos dispositivos de rede. Ele usa um sistema de travamento baioneta, que
é mais confiável que o empurra/puxa, utilizado no conector SC. Por fim, o conector
MT-RJ é um tipo de conector que é do mesmo tamanho do RJ45.

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Figura 24 – Conectores para cabos de fibra óptica

Dois tipos de fontes de luz geralmente são usados para fazer a sinalização: os diodos
emissores de luz (light emitting diodes — LEDs) e os lasers semicondutores. Eles têm
diferentes propriedades, como mostra a Tabela 3.

Tabela 3 – comparação entre laser semicondutor e LEDs utilizados como fontes de luz

A Tabela 4 apresenta uma série de vantagens e desvantagens da fibra óptica em relação


aos cabos metálicos (par trançado e cabo coaxial).

18
Tabela 4 – Vantagens e desvantagens da fibra

19
MEIOS DE TRANSMISSÃO NÃO GUIADOS

Os meios de transmissão não guiados transportam ondas eletromagnéticas sem o uso de


um condutor físico. Esse tipo de comunicação é, muitas vezes, conhecido como
comunicação sem fio. Os sinais são normalmente transmitidos pelo espaço livre e,
portanto, ficam disponíveis a qualquer um que tenha um dispositivo capaz de recebê-
los.

A Figura 25 mostra o mapeamento do espectro eletromagnético, que vai dos 3 kHz aos
900 THz, usado para a comunicação sem fio.

Figura 25 – Espectro eletromagnético para a comunicação sem fio

Os sinais não guiados podem trafegar da origem ao destino de diversas maneiras:


propagação terrestre, propagação ionosférica e propagação em linha de visada,
conforme pode ser observado na Figura 26.

Na propagação terrestre, as ondas de rádio trafegam pela parte mais baixa da atmosfera,
próximo à Terra. Esses sinais de baixa frequência se propagam em todas as direções a
partir da antena transmissora e seguem a curvatura do planeta. O alcance máximo
depende do nível de potência do sinal: quanto maior a potência, maior a distância. Na
propagação ionosférica, as ondas de rádio de alta frequência são irradiadas para cima
atingindo a ionosfera (a camada da atmosfera onde partículas existem na forma de íons)
onde são refletidas de volta para a Terra. Esse tipo de transmissão permite maior
alcance com menor potência de saída. Na propagação em linha de visada, sinais de
frequência muito alta são transmitidos em linha reta de uma antena para outra. As
antenas têm de ser unidirecionais, voltadas umas para as outras e também altas o
suficiente ou próximas o bastante para não serem afetadas pela curvatura da Terra. A

20
propagação em linha de visada é capciosa, pois as transmissões de rádio não podem ser
completamente focalizadas.

Figura 26 – Métodos de propagação

Rádio (RF ou radiofrequência)

As ondas de rádio são fáceis de gerar e conseguem percorrer longas distâncias e


atravessar prédios e paredes. Devido a essas características, elas são amplamente
utilizadas. Os governos exercem o controle do seu licenciamento de uso, justamente
para evitar que algumas frequências interfiram em outras. Imagine você falando ao
celular e de repente escutar a transmissão de um canal de TV? Com algumas exceções,
como a banda ISM (Industrial Scientifc and Medical – Banda Industrial, Científica e
Médica), todas as bandas de celulares, canais de rádio e TV, sistemas de
posicionamento global (GPS) e radar de controle de tráfego aéreo, dentre outras, são
controladas pelos governos.

Basicamente, existem dois modos de transmissão em RF: as ondas que se propagam de


forma difusa (ou omnidirecionais – que se propagam em todas as direções,
possibilitando várias conexões) e as ondas que se propagam de forma direcional,
formando apenas um enlace.

21
Transmissão de RF omnidirecional.

Você facilmente pode notar que a forma omnidirecional de transmissão não oferece
muita segurança, já que qualquer antena receptora instalada nas proximidades pode
captar os dados que ali trafegam. Por isso, algumas dessas transmissões são feitas com
algum tipo de segurança, como criptografia ou senhas. É o que acontece nas redes sem
fio instaladas em prédios e casas por meio dos APs.

T
ransmissão de RF direcional.

O sistema direcional utiliza duas antenas, normalmente do tipo parabólica ou grade,


para se comunicar. Assim, somente duas redes podem estabelecer conexão, formando

22
apenas um enlace. Essas antenas precisam estar alinhadas (chamadas popularmente de
“visada sem barreiras”) e são mais difíceis de instalar. Têm a grande vantagem de não
dispersar o sinal, melhorando a segurança contra acessos indevidos.

Micro-ondas

Quando há necessidade de transmissão de dados em longas distâncias, o enlace micro-


ondas é mais eficaz, podendo chegar a taxas de 1 Gbps. Esse sistema é chamado
também de MMDS (Multipoint Microwave Distribution System – Sistema de
Distribuição Multiponto Micro-ondas) e utiliza antenas direcionais para estabelecer o
enlace. A frequência nesse tipo de transmissão normalmente precisa ser licenciada pelo
órgão regulador do governo (no caso do Brasil, a ANATEL). Essa modalidade é
utilizada para transmissões de TV por assinatura, mas as concessionárias telefônicas
como Embratel e Oi também a utilizam para transmissão de grandes volumes de dados.

As micro-ondas viajam em linha reta. Assim, a distância que uma transmissão desse
tipo pode alcançar está relacionada diretamente à altura da torre transmissora. Isso
porque a torre transmissora deve “enxergar” a receptora; assim, montanhas ou a própria
curvatura da terra podem interferir na transmissão. Dados obtidos em Tanembaum
(2003) afirmam que uma torre com 100 m de altura pode transmitir dados sob forma de
micro-ondas até uma distância de 80 km sem o uso de repetidores.

Assim, a comunicação por micro-ondas é muito usada na telefonia a longa distância, em


telefones celulares, na distribuição de sinais de televisão e em outras formas novas de
comunicação. A disseminação de canais de fibra óptica tem um alto custo que, em
vários casos, pode ser bastante diminuído com os canais de micro-ondas.

23
Transmissão num sistema direcional micro-ondas.

Na Figura Transmissão num sistema direcional micro-ondas, simulamos um exemplo de


transmissão de TV por assinatura (comercialmente conhecida por SKY). O fato de as
micro-ondas atravessarem facilmente a atmosfera terrestre torna atrativo seu uso por
transmissoras de TV. Nas residências é necessário instalar um equipamento receptor
dotado de uma miniantena parabólica apontada para o satélite transmissor utilizando
cálculos de latitude e longitude. As duas antenas precisam estar devidamente alinhadas
para que a recepção aconteça com perfeição.

É muito comum observarmos notebooks, netbooks, celulares, tablets e outros


dispositivos portáteis se comunicando através de enlaces wireless.

Laser

Outra forma de transmissão sem fio é o sinal óptico sob forma de laser, que já vem
sendo utilizado há algum tempo. O mais comum nesse tipo de enlace é a conexão de
LANs situadas em prédios diferentes, porém com visada. Uma das vantagens desse tipo
de transmissão é prescindir (não necessitar) da licença de um órgão regulador.

Apesar do custo relativamente baixo, esse tipo de enlace enfrenta alguns problemas. O
primeiro deles é a natureza direcional: é necessária precisão milimétrica para

24
estabelecer a visada perfeita. Muitas vezes são usadas lentes que desfocam o laser para
facilitar o estabelecimento do enlace. Outro fato é a questão climática: há problemas na
transmissão em dias de chuva e de neblina; também em dias de sol intenso pode haver
interferências das correntes de convecção (turbulências de ar quente) que emanam dos
telhados e desviam o feixe de laser.

Topologias da rede (modos)

Segundo Engst (2005), esta é a classificação de redes wireless quanto ao espaço físico:

 Indoor: dizemos que uma WLAN é indoor quando o sinal está sendo transmitido em
ambiente fechado, normalmente na presença de muitos obstáculos; um escritório é um
bom exemplo. Seu alcance é pequeno, ficando em torno de até 300 metros.

Sistema indoor.

 Outdoor: dizemos que uma WLAN é outdoor quando o sinal está sendo transmitido
em ambiente aberto. Nesse caso, o objetivo é a interligação entre prédios ou localidades
remotas, muitas vezes a alguns quilômetros de distância.

25
Rede wireless outdoor.

Infravermelhos

As redes baseadas em infravermelhos ou lasers, segundo Dantas (2002), utilizam a


mesma tecnologia dos controles remotos sem fio usados em aparelhos de TV. Para
haver uma conexão de rede de infravermelho é necessário alinhar os dois dispositivos
para estabelecer um vínculo de conexão. Por esse motivo, elas são especialmente
convenientes para computadores pequenos e portáteis, pois um computador portátil que
use infravermelho pode ter todo o hardware de comunicação embutido.

Porta infravermelho de um notebook.

26
CONCLUSÃO

Os dispositivos, elementos ou equipamentos de rede são responsáveis por diversas


funções em termos da interligação física e lógica entre os hosts da rede e de outros
elementos de rede.

27
Referência

http://alldiesjoaoalmeida.weebly.com/meios-de-transmissatildeo.html

https://silo.tips/download/6-meios-de-transmissao

https://free-content.direcaoconcursos.com.br/demo/curso-7998.pdf

http://cecead.com/assuntos/disciplinas/redes-de-computadores/aula-04-redes-de-
computadores/

28

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