MDI Nivelamento de Matemática - Módulo I Unidade 1

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NIVELAMENTO DE MATEMÁTICA

PARA A MODALIDADE SEMIPRESENCIAL

Adimilton Soares da Silva


Nivelamento de Matemática

Fundação Educacional Monsenhor Messias


Centro Universitário de Sete Lagoas – UNIFEMM

Reitor do UNIFEMM
Antônio Fernandino de Castro Bahia Filho

Pró-reitor Acadêmico
José Hamilton Ramalho

Pró-reitor Administrativo-financeiro
Erasmo Bruno Gonçalves

Coordenadora da Graduação
Jakeline França Dutra

Diretora da Unidade de Ensino de Filosofia Ciências e Letras - UEFI


Patrícia Lins Vieira

Diretor da Unidade de Ensino de Direito – UEDI


Roberto Nogueira

Coordenadora do Núcleo de Ensino Semipresencial


Myrtes Buenos Aires

Coordenador de Informática
Fernando Leal

Designer Instrucional
Andreia Aparecida Costa Silva

Designers Gráficos / Diagramação


Edson Costa
Gracilene Chaves
Nivelamento de Matemática

Plano de Estudo
Embora cada aluno tenha um ritmo próprio de estudar e de aprender, apresentamos
algumas sugestões para que esta disciplina seja melhor aproveitada. Leia com atenção.

o Dentro de cada um dos módulos, siga as orientações quanto às leituras, atividades individuais
e participações em fóruns tal como será indicado pelo tutor no ambiente de aprendizagem
virtual;
o Realize as atividades no momento solicitado e dentro do prazo estipulado pelo tutor,
facilitando assim sua organização e um melhor aproveitamento do conteúdo, uma vez que a
disciplina tem como um dos seus objetivos a associação permanente entre reflexão e prática;
o Comunique-se com a tutoria sempre que precisar esclarecer dúvidas a respeito dos conteúdos
tratados e solicitar novas leituras para enriquecimento;
o A cada etapa de trabalho procure rever sua organização e o modo como vem aproveitando
seu tempo de estudo; observe sempre suas atitudes e veja as que melhor contribuem para
sua produtividade: avalie-se.

No estudo dessa modalidade são solicitadas atitudes, hábitos e responsabilidades bem


diferentes dos que são normalmente desenvolvidos no ensino presencial. Sua meta deve ser
aprender e compreender o que estuda, aplicar esse saber à realidade, organizar e relacionar o novo
conhecimento com o antigo.
Portanto, o sucesso em cursos semipresenciais depende da organização pessoal. É importante
aprender de forma autônoma, elaborando um planejamento dos seus estudos para que tenha
domínio do seu processo de aprendizagem.
Para encerrar, apresentamos algumas dicas práticas de organização de estudo que merecem ser
consideradas:
o Escolha de um lugar adequado que proporcione máxima concentração;
o Procure acompanhar o cronograma das atividades;
o Fixe um tempo mínimo de estudo conforme seu próprio ritmo;
o Faça sínteses e esquemas;
o Não passe adiante em algo que ainda não foi compreendido;
o Procure pesquisar o assunto estudado em outros livros, revistas, artigos e em websites;
o Busque agir com compromisso, dedicação, empenho, determinação e motivação;
o Desenvolva a autonomia e assuma o compromisso de traçar seus próprios percursos para
alcançar um padrão de qualidade único em sua formação;
o Seja colaborativo no processo de aprendizagem dos colegas, participando das atividades com
qualidade e trocando experiências.
SUCESSO!!!!!
Nivelamento de Matemática

SUMÁRIO

Módulo I
UNIDADE 1

1. NÚMEROS ............................................................................................................................ 1
2. FRAÇÃO ................................................................................................................................ 5

UNIDADE 2

1. PROPORCIONALIDADE .......................................................................................................... 1

UNIDADE 3

1. INTRODUÇÃO À MATEMÁTICA FINANCEIRA ......................................................................... 1


Módulo 1 Unidade 1

Números

Os números naturais, inteiros, racionais e irracionais


Os números foram criados pelos homens nas eras mais primitivas. A idéia
de número natural surgiu provavelmente pela necessidade prática da con-
tagem. Como sabemos, o homem das cavernas precisava, de alguma forma,
contar o número de animais de seu rebanho. Naquela época, a representação
do resultado dessa contagem era bastante diferente da que usamos agora
e é provável que cada pessoa tivesse sua maneira própria de fazê-lo. Fun-
damentalmente, contar nada mais é que estabelecer uma comparação entre
quantidades de elementos de conjuntos distintos. Por exemplo, a quantidade
de pedrinhas em um saco com a quantidade de bois ou ovelhas. Os números
naturais 1, 2, 3, 4, .... , são os mais conhecidos e são usados também para
ordenação: Quando dispomos objetos em ordem, ”em fila”, os números as-
sociados são os números naturais: primeiro (1), segundo (2), terceiro (3),
quarto (4) e assim sucessivamente. Por esse motivo, não consideramos o
número 0 como natural, já que ele não é utilizado para ordenação. Indicamos
o conjunto dos números naturais assim:

N = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, ...}.

Observe que esse conjunto é infinito, isto é, contém mais elementos que
qualquer quantidade pré-estabelecida. Outra propriedade fundamental é a
da distribuição desses números: Cada número natural tem um sucessor e,
assim, passamos de um número para o próximo somando um.
Os números naturais são normalmente representados na base decimal.
Para essa representação usamos os chamados algarismos hindu-arábicos:

0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9 .

Esse é um sistema posicional de numeração, ou seja, algarismos em posições


diferentes tem interpretações diferentes, que usa as potências de 10. Por
exemplo, quando escrevemos 1252, na verdade estamos nos referindo a

1252 = 2 + 5 × 10 + 2 × 100 + 1 × 1000 .

1
Analogamente,

45079 = 9 + 7 × 10 + 5 × 1000 + 4 × 10000 .

Os números inteiros seguem essa mesma lógica, mas contém também o


0 e os números negativos -1, -2, -3, -4, -5, -6,... . O conjunto dos números
inteiros é indicado por Z:

Z = {..., −7, −6, −5, −4, −3, −2, −1, 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, ...} .

Somente na era moderna, algebristas italianos iniciaram o uso sistemático


dos números negativos. O primeiro uso conhecido dos inteiros negativos
encontra-se numa obra indiana de 628 d.C. aproximadamente, onde são in-
terpretados como dı́vidas.
O conjunto dos números inteiros é infinito, e é ilimitado inferior e superi-
ormente, já que não há um número menor que todos os inteiros nem um que
seja maior.

Os racionais também surgiram como uma idéia natural. A princı́pio,


como uma resposta ao problema de se partilhar um ou mais bens de pro-
priedade comum entre determinadas pessoas. E num estágio mais avançado
pela necessidade das pessoas trocarem entre si bens de tipos diferentes. Por
exemplo, um pastor deseja trocar com um agricultor carneiros por sacos de
milho numa razão de 3 carneiros para 10 sacos de milho.
Os números racionais já tem uma estrutura mais complexa e são os
números que podem ser escritos na forma fracionária
na o
Q= ; a∈Zeb∈N .
b
Em outras palavras, o conjunto dos números racionais é formado por
todos os quocientes de números inteiros a (chamado de numerador) e b
(chamado de denominador), em que b é não nulo.
1 3 5
Portanto os números , , são exemplos de números racionais. Tal
2 10 100
representação não é única. De fato, na forma fracionária, um mesmo número
2 4 6
racional tem infinitas representações. Por exemplo: = = . A simpli-
3 6 9
ficação é usual exatamente para facilitar os cálculos. Há outra representação

2
dos números racionais chamada de forma decimal. A forma decimal é obtida
dividindo o numerador pelo denominador. Um racional na representação
decimal tem duas classificações:
1 7 31
1) Decimal exata: As frações ; e , podem ser representadas
4 40 8
por 0, 25; 0, 175 e 3, 875 respectivamente. Esses números, contem em sua
representação decimal mais simples um número finito de algarismos.
11
2) Decimal infinita periódica: A fração pode ser representada por
6
1
1, 8333... = 1, 83̄. Ao dividir 11 por 6 encontramos uma repetição infinita
de algarismo após a vı́rgula.
Os gregos antigos, a quem devemos boa parte da Matemática, não re-
conheciam outros números que não os inteiros e os fracionários. Essa idéia
de um ”número”que não seja nem inteiro nem fracionário é, muito menos
natural e intuitiva e surge num estágio muito mais avançado da civilização
com a necessidade da prática da medição de segmentos e áreas.
Esses números são chamados de irracionais e são formados por números cuja
representação decimal não é finita e nem periódica. Embora não haja uma
notação universal para esse conjunto, o indicaremos nestas notas pela letra
I.
Por exemplo, o número

0, 202002000200002000002 · · ·

tem representação decimal infinita e não periódica. Além desse, existem


números importantes cuja representação decimal
√ é infinita e não se repete, é
o caso dos conhecidos π = 3, 1415926 · · · e 2 = 1, 4142135 · · · .

1
Usamos uma barra para indicar o perı́odo, ou seja, a parte da representação decimal
que se repetem. Por exemplo, no número 2, 3418686868686868 · · · = 2, 34186 o perı́odo é
86.

3
O conjunto formado pelos números racionais e pelos números irracionais
é chamado conjunto dos números reais e é representado por R, ou seja, R
é constituı́do de todos os números que tenham representação decimal finita
ou infinita (periódica ou não). Assim, temos:

R=Q∪I .

II
Z N

Observações:
1) Podemos pensar no conjunto dos números reais sendo representado
por uma reta numerada. Cada ponto da reta representa um números real e
vice-versa.
2) Q ∩ I = ∅ . Ou seja, não existe, por definição, nenhum número que
seja simultaneamente racional e irracional.
R é um conjunto infinito, ilimitado superiormente e inferiormente. Como
em Q, em R também não existe a idéia de números consecutivo, ou seja,
não existe um primeiro número real depois de um outro dado (tente pensar,
por exemplo, em qual seria o primeiro número real depois do 0, ou seja, o
menor número real positivo.). Por outro lado, diferentemente dos conjuntos
Q e Z, por exemplo, R é um conjunto contı́nuo, num sentido (impreciso)
de que seus elementos estão dispostos sem buracos entre um e outro (para
visualizar isso pense em R como uma reta!).

4
Fração

Introdução
1
Luiz é operário e seu salário é de R$880,00 por mês. Gasta de seu
4
2
salário com aluguel e com alimentação da famı́lia. Esse mês ele teve uma
5
3
despesa extra de de seu salário que foram gastos com remédio. Quanto
16
sobrou do salário de Luiz:
Resolução:
1 2 3
880 − .880 − .880 − .880 = 880 − 220 − 352 − 165 = 143 reais.
4 5 16
Neste exemplo, podemos observar o uso de frações que por definição são
os números racionais não-negativos, onde Numerador indica quantas partes
são tomadas do inteiro, isto é, o número inteiro que é escrito sobre o traço de
fração e Denominador indica em quantas partes dividimos o inteiro, sendo
que este número inteiro deve necessariamente ser diferente de zero.
numerador
Portanto a fração sera representada por
denominador
Leitura das frações
Uma fração com o numerador igual a 1 e o denominador menor que 10,
podemos escrever assim:
1
um meio ou metade
2
1
um terço ou a terça parte
3
1
um quarto ou a quarta parte
4
1
um quinto ou a quinta parte
5
1
um sexto ou a sexta parte
6
1
um sétimo ou a sétima parte
7

5
1
um oitavo ou a oitava parte
8
1
um nono ou a nona parte
9
Uma fração com o numerador igual 1 e com denominador maior que 10
e diferente de potência de 10 (100, 1000, 10000...), acrescentamos a palavra
avos após a escrita do denominador:
1
um dezessete avos
17
1
um vinte e três avos
23
1
um noventa e oito avos
98
Uma fração com o numerador igual 1 e com denominador de potência de
10 ( 10, 100, 1000..) tem nomes especiais:
1
um décimo ou a décima parte
10
1
um centésimo
100
1
um milésimo.
1000
1
um décimo do milésimo
10000
Uma fração com o numerador maior que 1 podemos escrever assim.
5
cinco quartos
4
6
seis sétimos
7
17
dezesete sessenta avos
60
Tipos de fração
2
1) A fração é chamada de fração própria pelo fato do numerador ser
3
menor que o denominador. Portanto todas frações com numerador menor
que o denominador são chamadas de frações próprias.

6
3
2) A fração é chamada de fração imprópria pelo fato do numerador ser
2
maior que o denominador. Portanto, todas frações com numerador maior
que o denominador são chamadas de frações próprias.
3 6
3) As frações = são frações equivalentes pelo fato das duas frações
2 4
apresentarem o mesmo resultado. Portanto todas as frações que apresentarem
o mesmo resultado são chamadas de frações equivalentes.

textbfOperações entre frações


1) Multiplicação
Para fazer multiplicação entre frações, basta que eu multiplique
numerador pelo numerador e denominador pelo denominador.
3 5 15
Exemplo: . = .
2 7 14
2) Divisão
Para fazer divisão entre frações, temos um processo bem parecido com
a multiplicação. Basta que eu inverta a segunda fração (fração do denomi-
nador) e multiplique as duas frações agora.
3
3 3 9
Exemplo: 2 = . =
4 2 4 8
3
3) Soma ou Subtração
Agora veremos como fazer soma ou subtração entre frações.
Para somar (ou subtrair) duas frações que podem ser reduzidas ao mesmo

7
denominador, basta que eu some (ou subtrai) os numeradores e mantenha o
denominador comum.
3 6 9
Exemplo: + = .
2 2 2
Para somar (ou subtrair) duas frações que não podem ser reduzidas ao
mesmo denominador, vamos ter que fazer uma outra operação, tirar M.M.C.
do denominador( M.M.C. é o MENOR número que é múltiplo dos outros
dois ou mais números).
Antes de dar um exemplo de soma ou subtração duas frações vamos
verificar como determinar o M.M.C de 12, 36 e 18.
12, 36, 18 2 Dividimos os no s pelo menor número primo divisor de pelo menos um deles
6, 18, 9 2 Dividimos os no s pelo menor número primo divisor de pelo menos um deles
3, 9, 9 3 Dividimos os no s pelo menor número primo divisor de pelo menos um deles
1, 3, 3 3 Dividimos os no s pelo menor número primo divisor de pelo menos um deles
1, 1, 1
Agora basta multiplicarmos os números primos: 2.2.3.3=36, logo o M.M.C(12,36,18)
= 36.
Observação: Um número primo é um número natural maior que 1 que é
divisı́vel apenas por 1 e por ele mesmo.
Vejamos agora um exemplo de soma de frações.
3 5
Dados as duas frações , temos que M.M.C(4,18) =36.
4 18
3 5 3.9 + 5.2 37
Logo + = = dividimos o MMC por cada denominador
4 18 36 36
anteriores e multiplicamos o resultado pelo numerador depois somamos.
Exemplos de Aplicações.
1
1) Indo ao supermercado comprar Kg de café que custa R$ 5,60 o Kg
2
e pagando a compra com uma nota de R$ 5,00, qual será o troco obtido?
Resolução:
1 1 56 1 28 28 50 − 28 22
5 − .5, 60 = 5 − . = 5 − . = 5 − = = = 2, 2.
2 2 10 2 5 10 10 10
Portanto o troco será R$ 2,20.

8
2) Três torneiras despejam água numa caixa. A primeira enche a caixa
em 12 horas, a segunda em 6 horas e a terceira em 18 horas. Em uma hora,
que parte da caixa ficará cheia, estando abertas as três torneiras?
Resolução:
1
Em uma hora a primeira torneira encherá da caixa, a segunda torneira
12
1 1
encherá da caixa e a terceira torneira encherá da caixa portanto em
6 18
1 1 1 3+6+2 11
uma hora as 3 encherá: + + = = da caixa.
12 6 18 36 36
3) Para transportar uma determinada carga, um caminhão A precisa de
quatro viagens e um caminhão B precisa de cinco viagens. Trabalhando em
conjunto com um caminhão C, eles conseguem transportar a carga em apenas
duas viagens. Quantas viagens o caminhão C precisaria para transportar esta
carga sozinho?
Resolução:
Como sempre 1 representa o todo, neste caso equivale a toda a carga.
Como em conjunto cada caminhão faz apenas duas viagens, então em
1
cada uma delas eles levam metade da carga .
2
1
Como o caminhão A transporta da carga por viagem e o caminhão B
4
1
transporta da carga por viagem.
5
1
Subtraindo de estas duas frações obtemos quanto da carga o caminhão
2
C transporta em uma viagem.
1 1 1 10 − 5 − 4 1
Portanto: − − = = ı̈¿ 1 a quantidade da carga que
2 4 5 20 20 2
o caminhão C transporta em uma viagem.
Concluı́mos então que para transportar toda a carga, o caminhão C pre-
cisaria de 20 viagens.

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