Unidade V - Cálculo de Sub-Rede
Unidade V - Cálculo de Sub-Rede
Unidade V - Cálculo de Sub-Rede
Computadores
Material Teórico
Cálculo de sub-rede
Revisão Textual:
Prof. Ms. Luciano Vieira Francisco
Cálculo de sub-rede
• Cálculo de Sub-Rede
• VLSM – Máscaras de Sub-Rede DE
• Exemplo de VLSM
• Rota de Agregação
OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Estudar a técnica VLSM, usada para aproveitar melhor o endereça-
mento IPv4. Os endereços IP são necessários para comunicação en-
tre as máquinas. Sem os quais, não teremos comunicação. O VLSM
é uma técnica interessante para melhor aproveitamento do espaço
de endereço IPv4. Desvincula o endereço IP apenas para classes
cheias – full – e permite a variação dessa máscara. Portanto, não
ficamos limitados apenas às máscaras de classe A, B ou C.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão,
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
UNIDADE Cálculo de sub-rede
Cálculo de Sub-Rede
Antes mesmo de estudar como calcular sub-redes, é interessante revermos como
se faz a conversão de um número binário para decimal – e de decimal para binário.
Não é tão complicado quanto parece. No sistema decimal, nós não possuímos o
algarismo 10 e apresentamos a quantidade de uma dezena utilizando o algarismo
1 seguido do 0, ou seja, passamos a repetir os algarismos que já existem nesse
sistema de numeração.
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Exemplo:
53 : 10 = 5, sobra 3 102
5 : 10 = 0, sobra 5 103
= 5310
No exemplo anterior, note que os números binários com dígito 0 não são conside-
rados na soma, pois qualquer número multiplicado por zero tem valor zero. Portanto,
somente os binários com expoente 5, 4, 2 e 0 foram considerados nesse cálculo.
Para converter de uma base decimal para qualquer outra base, basta dividir, su-
cessivamente, o número decimal pela base que se quer converter, guardando o resto
da divisão. O resultado é novamente dividido pela base e devemos guardar o resto.
Este processo se repetirá até que o resultado seja menor que a base. Assim, teremos:
9
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UNIDADE Cálculo de sub-rede
29 : 2 = 14, resto 1 20
14 : 2 = 7, resto 0 21
7 : 2 = 3, resto 1 22
3 : 2 = 1, resto 1 23
1 : 2 = 0, resto 1 24
O resultado final é composto por todos aqueles restos da divisão que guardamos
durante o processo. A leitura é feita de baixo para cima. Portanto, temos como
resposta 111012.
A técnica VLSM deve ser implementada para oferecer vantagens relacionadas a desempen-
Explor
extended-network-
prefix
Figura 1 – 130.5.0.0./16 com um /22 prefixo estendido de rede
Fonte: Seméria, 1996
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Observe a Figura 1: trata-se de uma rede /16 (máscara 255.255.0.0) com um
prefixo de rede estendido /22, ou seja, pegamos emprestados seis bits para formar
sub-redes, o que permite 64 sub-redes (26), cada qual suporta um número máximo
de 1.022 hosts (210 -2).
O cálculo para se chegar a 64 sub-redes se deu pelo empréstimo dos seis bits
para se formar a sub-rede.
Perceba na Figura que a rede 130.5.0.0 tem um prefixo de rede inicial /16,
representado pela descrição network-prefix. Portanto, teríamos os dois primeiros
octetos à esquerda para representar a rede e os outros dois octetos mais à direita
para figurar os hosts dentro da rede. No entanto, conforme descrito mais acima,
haveria um grande número de endereços IP (216- 2 = 65534) para identificar os
hosts, sendo que não precisaríamos de tantos endereços assim.
Na Figura 1, seis bits foram pegos emprestados para formar redes. Portanto,
passamos de um endereço 130.5.0.0/16 para um 130.5.0.0/22, ou seja, somamos
aos 16 bits de rede os seis bits que pegamos emprestados. Os bits emprestados
estão indicados, na Figura, pela descrição subnet-number bits e os outros 10 bits
serão usados para identificar as máquinas dentro da rede.
Para criarmos as sub-redes correspondentes aos seis bits que pegamos empres-
tados, devemos variá-los um a um. Assim, as seguintes redes seriam possíveis:
Quadro 1
Sub-rede Endereços Conversão em decimal
0 130 5 00000000 00000000 130.5.0.0/22
1 130 5 00000100 00000000 130.5.4.0/22
2 130 5 00001000 00000000 130.5.8.0/22
3 130 5 00001100 00000000 130.5.12.0/22
4 130 5 00010000 00000000 130.5.16.0/22
5 130 5 00010100 00000000 130.5.20.0/22
6 130 5 00011000 00000000 130.5.24.0/22
7 130 5 00011100 00000000 130.5.28.0/22
8 130 5 00100000 00000000 130.5.32.0/22
9 130 5 00100100 00000000 130.5.36.0/22
10 130 5 00101000 00000000 130.5.40.0/22
11 130 5 00101100 00000000 130.5.44.0/22
12 130 5 00110000 00000000 130.5.48.0/22
... 130 5 ... 00 00000000 ...
63 130 5 11111100 00000000 130.5.252.0/22
Fonte: elaborado pelo professor conteudista
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UNIDADE Cálculo de sub-rede
No Quadro acima, os seis bits emprestados do terceiro octeto para criar as sub-
redes estão na cor vermelha, os outros dois bits do terceiro octeto serão usados
para identificar as máquinas dentro de cada rede criada.
O terceiro octeto, no qual foram pegos emprestados os seis bits para formar as
sub-redes, terá um número para cada rede criada.
Assim, a terceira rede (00001000) convertida para decimal ficará da seguinte forma:
27 x 0 + 26 x 0 + 25 x 0 + 24 x 0 + 23 x 1 + 22 x 0 + 21 x 0 20 x 0
Veremos como isto pode ser feito, sendo interessante ressaltar que você não
deverá seguir em frente no estudo do texto se o que foi descrito acima não es-
tiver compreendido.
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Uma solução para esse problema foi permitir que uma sub-rede de rede pudesse
atribuir mais do que uma mascará de sub-rede.
O prefixo /26 pode ser ideal para pequenas sub-redes que necessitem de menos
de 60 hosts, enquanto o prefixo /22 é bem adequado para grandes sub-redes com
elevação para 1.000 hosts.
subnet-number host-number
bits bits
network-prefix
130.5.0.0/26 = 10000010.00000101.00000000.00000000
extended-network-
prefix
Figura 2 – 130.5.0.0./16 com um /26 prefixo estendido de rede
Fonte: Seméria (1996).
Exemplo de VLSM
Imaginemos uma situação hipotética: uma organização tem uma rede cujo
número IP é 140.25.0.0/16 e planeja implantar o VLSM. A Figura 3 apresenta o
desenho de VLSM que se deseja usar na empresa em questão:
140.25.0.0/16
0 1 2 3 ••• 12 13 14 15
0 1 ••• 30 31 0 1 ••• 14 15
0 1 ••• 6 7
Figura 3 – Endereço estratégico para exemplo VLSM
Fonte: Seméria (1996).
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UNIDADE Cálculo de sub-rede
dor de rede tiver um bloco de endereços de classe B para uso em vários campi, normalmente
usa sub-redes de comprimento variável. As sub-redes podem então ser divididas por edifício
e grupo de trabalho nos campi, o que exigiria números diferentes de endereços. Se as más-
caras de sub-rede fixas foram usadas para alocar o mesmo número de endereços IP para
os locais, um número de endereços seria desperdiçado. Se o VLSM for empregado, haverá
menos desperdício no espaço de endereçamento alocado em todos os locais do campus,
dando mais espaço para o crescimento da rede.
140.25.0.0/16
0 1 2 3 ••• 12 13 14 15
0 1 ••• 30 31 0 1 ••• 14 15
0 1 ••• 6 7
Figura 4 – Define as 16 sub-redes para 140.25.0.0/16
Fonte: Seméria (1996).
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As sub-redes estão numeradas de 0 a 15. Cada prefixo de rede estendido está
sublinhado e os dígitos em negrito identificam os 4 bits que representam o número
da sub-rede.
Quadro 2 – Sub-redes da rede principal (140.25.48.0/20)
Base Network: 10001100.00011001.00000000.00000000 = 140.25.0.0/16
0 1 2 3 ••• 12 13 14 15
0 1 ••• 30 31 0 1 ••• 14 15
0 1 ••• 6 7
Figura 5 – Define o endereço do host para a sub-rede #3 (140.25.48.0/20)
Fonte: Seméria (1996).
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UNIDADE Cálculo de sub-rede
Variable Length Subnet Mask (VLSM) é uma técnica que os administradores de rede
empregam para usar sua(s) sub-rede(s) IP de forma mais eficaz. O VLSM também
permite mais de uma máscara de sub-rede dentro do mesmo espaço de endereço de
rede, que também é conhecido como sub-rede de uma sub-rede.
0 1 2 3 ••• 12 13 14 15
0 1 ••• 30 31 0 1 ••• 14 15
0 1 ••• 6 7
Figura 6 – Definir as sub-sub-redes para a sub-rede #14 (140.25.224.0/20)
Fonte: Seméria (1996).
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Quadro 5 – Sub-redes da sub-rede #14
Subnet #14: 10001100.00011001.11100000.00000000 = 140.25.224.0/20
0 1 2 3 ••• 12 13 14 15
0 1 ••• 6 7
Figura 7 – Definir os endereços de host para a sub-rede #14-3 (140.25.227.0/24)
Fonte: Seméria (1996).
Cada sub-rede da sub-rede #14 tem 8 bits para representar os hosts, pois
estamos trabalhando com um /24, significa que faltam 8 bits para completar os
32 bits que compõem o endereçamento IP.
Com 8 bits podemos endereçar 254 hosts (28 -2). Os hosts são numerados de
1 até 254.
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UNIDADE Cálculo de sub-rede
0 1 2 3 ••• 12 13 14 15
0 1 ••• 30 31 0 1 ••• 14 15
0 1 ••• 6 7
Figura 8 – Definir a sub2-sub-redes para a sub-rede #14-14 (140.25.238.0/24)
Fonte: Seméria (1996).
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Quadro 8 – Endereços das sub-redes #14-14
Subnet #14-14: 10001100.00011001.11101110.00000000 = 140.25.238.0/24
com quatro grupos de computadores: o data center com 75 hosts; o call center com 50; a
produção com 25; e o escritório com 20. Em uma configuração de sub-rede fixa, dividir os
255 endereços de hosts disponíveis em quatro sub-redes suportaria apenas 62 hosts cada,
não atendendo às necessidades do data center – excedendo em muito os endereços para
operações e os execs. Contudo, usando VLSM, o espaço é primeiro dividido em 2, com cada
sub-rede capaz de endereçar 126 hosts. Assim, uma sub-rede cobre o data center. A outra
metade é ainda dividida em duas, fornecendo duas sub-sub-redes de 62 hosts. Uma abrange
o call center, a outra é dividida em duas mais uma vez, criando duas sub-sub-sub-sub-30 de
acolhimento, a fim de cobrir o setor de produção e o escritório.
0 1 2 3 ••• 12 13 14 15
0 1 ••• 30 31 0 1 ••• 14 15
0 1 2 ••• 6 7
Figura 9 – Definir os endereços de hosts para a sub-rede #14-14-2 (140.25.238.64/27)
Fonte: Seméria (1996).
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UNIDADE Cálculo de sub-rede
Rota de Agregação
VLSM permite também a divisão recursiva de uma rede dentro de uma
organização. Assim, os endereços podem ser agregados e reagrupados para reduzir
a quantidade de informação de roteamento nos roteadores de borda da empresa.
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Observe que, na Figura 19, a rede 11.0.0.0./8 é a primeira e tem configuradas
sub-redes com o prefixo /16 e a sub-rede 11.1.0.0/16 tem configuradas sub-redes
com o prefixo /24.
Note também que o processo recursivo não requer que para algumas sub-redes
de prefixo estendido seja atribuído um nível de recursão para a qual.
11.253.0.0/16 11.1.253.0/24
Router C Router D
11.253.32.0/19 11.1.253.32/27
11.253.64.0/19 11.1.253.64/27
• 11.1.253.96/27
•
• 11.1.253.128/27
11.253.160.0/19 11.1.253.160/27
11.254.192.0/19 11.1.253.192/27
Figura 11 – VLSM (agregação de rota) reduzindo o tamanho da tabela de roteamento
Fonte: Seméria (1996).
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UNIDADE Cálculo de sub-rede
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
Endereçamento de IP e colocação em sub-rede para novos usuários
CISCO. Exemplo de VLSM. In: Endereçamento de IP e colocação em sub-rede para
novos usuários
https://goo.gl/O3NWM7
Vídeos
Como calcular Subredes
https://youtu.be/By0IkCcolsc
CÁLCULO de máscara de rede – VLSM.
https://youtu.be/Y9-hWsc7whA
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Referências
ANDREW S.; TANENBAUM. Redes de computadores. 4. ed. São Paulo:
Campus, 2003.
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