Revistas, v19 n3 256-273

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Artigo original DOI: 105902/2236117018864

Revista Eletrônica em Gestão, Educação e Tecnologia Ambiental


Santa Maria, v. 19, n. 3, set-dez. 2015, p. 256-273
Revista do Centro de Ciências Naturais e Exatas – UFSM
ISSN : 22361170

Gestão Ambiental e Sustentabilidade: Um Estudo de Caso na Agência do Banco do


Brasil de Alagoa Nova/PB

Environmental Management and Sustainability: A Case Study in the Agency of the Bank of Brazil
Alagoa Nova/PB

Maria do Socorro Bezerra Medeiros1, Robson Fernandes Barbosa², Jackson Epaminondas de Sousa³,
Stefane Nogueira Alexandre³, Cláudio Germano dos Santos Oliveira4

Banco do Brasil S.A


1

Curso de Engenharia de Produção da UFCG


2

3 Graduando do curso de Engenharia de Produção – UFCG

4 Professor da UFPB

Resumo

Nos últimos tempos, a gestão ambiental e a sustentabilidade vêm ocupando um espaço cada vez maior entre a sociedade e as empr esas, o
que, consequentemente acarreta em mudanças nas políticas de controle, gestão e acompanhamento ambiental dos processos produtivos das
organizações. Assim, este trabalho teve o objetivo de apresentar como os funcionários da agência Alagoa Nova/PB avaliam a gestão ambiental
e o desenvolvimento sustentável no Banco do Brasil como instrumento de vantagem competitiva. O trabalho focou-se no fato de que o setor
financeiro tem avançado bastante na questão ambiental, buscando integrar o exercício de seu papel social às práticas de seus negócios,
ressaltando a estratégia de negócio adotada pelo Banco do Brasil, no que se refere às ações voltadas a Agenda 21 e ao Programa de Ecoeficiência.
Trata-se de um estudo de caso e que pode ser caracterizado como exploratório, em que foi aplicado um questionário estruturado com os seis
funcionários que compõem a agência em estudo. Os resultados mostraram que a visão de sustentabilidade ambiental dos funcionár ios é
paradora, pois, informaram não ter conhecimento e nem participarem das ações socioambientais promovidas pelo banco e, ao mesmo tempo
declararam que essas ações são muito importantes para seus clientes, como p ara seus ambientes de trabalho.

Palavras-chave: Gestão ambiental, Desenvolvimento sustentável, Vantagem competitiva

Abstract

In recent times, environmental management and sustainability are occupying an increasing space between society and business, which
consequently leads to changes in political control, environmental management and monitoring of production processes of organizations. Thus
this work had the objective to show how agency employees Alagoa Nova / PB assess the environmental management and sustainable
development in the Banco do Brasil as a tool for competitive advantage. The work focused on the fact that the financial sector is well advanced
in environmental issues, seeking to integrate the exercise of their social practices of their business, highlighting the business strategy adopted
by the Banco do Brasil, with regard to actions focused on Agenda 21 and the Eco-Efficiency Program. This is a case study and can be
characterized as exploratory, where it was applied a structured questionnaire with the six employees that make up the agency under study. The
results showed that the vision of environmental sustainability of the employees is paradoxical, therefore, not informed or aware and participate
in environmental actions promoted by the bank and at the same time declared that these actions are very important to their customers as to
their environments work

.Keywords: Environmental management; Sustainable development; Competitive advantage


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1 Introdução

Nos últimos anos vêm aumentando as exigências demandadas pela sociedade sobre as organizações
que não respeitam o meio ambiente. Neste sentido, a gestão ambiental surge como instrumento
essencial, guiando as organizações na busca pela adoção de uma política de controle, prevenção e
recuperação ambiental a fim de compatibilizar crescimento econômico com preservação ambiental.
Em épocas passadas, o mundo organizacional esteve focado essencialmente em resultados
financeiros e na maximização do lucro. Com as exigências dos consumidores, que hoje em dia são mais
conscientes e requerem informações a respeito da forma de obtenção dos produtos e/ou serviços
ofertados, as atuais organizações ampliaram os seus objetivos, abrindo espaço para que a maximização
dos lucros e a sua imagem frente à sociedade seja construída através da sua boa relação com o meio
ambiente. Conseguir vantagem competitiva em uma organização é uma premissa básica adotada nos
modelos gerenciais desenvolvidos para tomadas de decisões eficazes.
Uma das formas de obtenção de vantagem competitiva, além de procurar manter os custos em um
patamar inferior ao dos concorrentes, é adotar medidas, cuja implementação e resultado se tornem
atraentes para o comprador de maneira que as organizações busquem nestas iniciativas diferenciações
como estratégia competitiva. Esta por sua vez, tem o papel de definir em toda e qualquer organização,
os objetivos, os fins e as metas a serem alcançadas, estabelecidos conforme a vantagem competitiva
estabelecida.
Em um mercado globalizado e avançado, a eficiência gerencial das organizações passa a ser um
determinante para sua sobrevivência. Por isso, a gestão ambiental como instrumento destinado a
fornecer informação, passa a ser uma das principais aliadas aos anseios das organizações, caracterizada
pela sua capacidade de proporcionar conhecimento que pode ser utilizado na definição da estratégia
empresarial.
O estudo tem caráter inovador pois não foi encontrado outros trabalhos que abordasse os temas
Gestão Ambiental e Sustentabilidade aplicado a uma agência bancária.
Em face a limitação dos estudos desenvolvidos, é interessantes citar o artigo de TOMÉ, I. M.;
BRESCIANI, L. P. (2015), intitulado Explicitação e Análise de Modelos de Sustentabilidade de Empresas
de Gestão Ambiental baseados em MORPH1, aborda que a BMF&BOVESPA criou em 2010 o índice de
Sustentabilidade Empresarial (ISE) e logo no ano seguinte o Programa Em Boa Companhia (PEBC) cujo
desígnio principal é discutir em abrangência e profundidade a sustentabilidade e a governança
corporativa, tendo como foco as empresas de capital aberto.
Assim, percebe-se o interesse por práticas sustentáveis de empresas do ramo financeiro é uma
preocupação no sentido de criar uma imagem positiva para os seus acionistas, no qual a implementação
de programas para estimular uma governança corporativa mais voltada para as questões ambientais
pode ser vista também como uma estratégia de mercado para fortalecer a percepção dos stakeholders
mediante a responsabilidade ambiental da organização.
O Banco do Brasil (BB) programou como diretriz gerencial os parâmetros delimitados pela Agenda
21, baseada em uma estratégia de negócios para implementar o Programa de Ecoeficiência, um sistema
de gestão ambiental que tem como finalidade minimizar o uso dos insumos, os custos das atividades e
o impacto no ambiente.
Os assuntos relacionados à responsabilidade socioambiental e ao desenvolvimento sustentável
permeiam todas as ações do Banco do Brasil, tanto em nível estratégico, como em nível tático e
operacional.
Em nível estratégico, a empresa possui uma unidade especifica para tratar dos assuntos relacionados
à sustentabilidade, denominada Unidade Desenvolvimento Sustentável. Neste mesmo nível, conta
também com o Fórum de Sustentabilidade, que reúne executivos de diversas diretorias e da Fundação
Banco do Brasil, tendo como objetivo apoiar o processo de disseminação dos preceitos e práticas de
responsabilidade socioambiental.
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Em nível tático e operacional, o Banco conta com os Módulos de Desenvolvimento Sustentável,


compostos por equipes estaduais, formadas por funcionários das Gerências Regionais, que promovem
a disseminação e acompanhamento das ações de sustentabilidade do BB em nível regional e estadual.
Neste sentido, o objetivo deste trabalho é avaliar a percepção dos funcionários quanto à gestão
ambiental e desenvolvimento sustentável em uma agência do Banco do Brasil em Alagoa Nova/PB.

2 Fundamentação teórica

2.1 A sociedade, as organizações e a responsabilidade social

Foi-se o tempo em que bastava a organização cumprir as leis e os regulamentos para manter o seu
produto no mercado. Se antes a demanda era maior que a oferta excluindo a concorrência, hoje, para
ser competitivo as organizações precisam se adaptar as preferências dos clientes e também serem
responsáveis pelo bem estar da sociedade. Para Mota (1992) as pessoas passaram a questionar o impacto
das atividades das organizações, exigindo assim, um posicionamento mais responsável das empresas.
Nos ano 80 e 90, o Brasil registrava índices de recordes no desmatamento na região amazônica. A
partir daí, o país passou a ter um perfil mais ativista, com projetos voltados a temas sociais, ambientais
e de cidadania. A sociedade passou a reivindicar que as empresas cumpram um novo papel no processo
de desenvolvimento como atores de uma nova cultura e mudança social com fins a uma sociedade
melhor.
Desse modo, o movimento de valorização socioambiental ganhou forte impulso na década de 90,
através da ação de organizações não-governamentais, institutos de pesquisa e empresas que se
prenderam à questão. Como exemplo, tem-se:
 O trabalho do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (IBASE) na promoção do
Balanço Social;
 A obtenção de certificados de padrão de qualidade e de adequação ambiental, como as normas
ISO 14000, por diversas empresas brasileiras;
 A atuação da Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (ABRINQ) pelos direitos da
criança e pela erradicação do trabalho infantil com a adoção do selo Empresa Amiga da Criança;
 A criação do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) e
do Instituto Ethos de Responsabilidade Social Empresarial, referências no fomento da responsabilidade
socioambiental no meio empresarial. (Disponível em < http:// intranet.bb.com.br > Acesso em 13 abril
de 2012).
Sendo assim, a responsabilidade socioambiental norteia todas as políticas internas e externas da
organização relacionadas com funcionários, clientes, comunidade, fornecedores, meio-ambiente,
concorrentes, acionistas, investidores e governo. Segundo Donaire (1999, p. 20):
Esta responsabilidade assume diversas formas, entre as quais se incluem proteção
ambiental, projetos filantrópicos, e educacionais, planejamento da comunidade,
equidade nas oportunidades de emprego, serviços sociais em geral, de conformidade
com o interesse público.

A degradação de ambiente está colocando as organizações diante do desafio e da necessidade de


redefinirem suas prioridades e seus valores. Surge então, a necessidade de justificar o objetivo social,
visando melhorar a imagem da organização com relação ao meio ambiente. Assim, as organizações
devem buscar compreender as normas sociais, que são advindas de consumidores cada vez mais
exigentes, na tentativa de amenizar os prejuízos causadores ao ambiente e consequentemente à
sociedade.
Segundo Tinoco (2001, p.24) “a melhor forma de prestar contas das performances empresariais
consiste em elaborar um quadro socioeconômico que leva em conta, de um lado, os recursos externos
utilizados e, de outro os aportes à comunidade”. Dessa forma, é importante que as organizações
reconheçam na preservação do meio ambiente uma oportunidade de otimização dos aspectos como
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responsabilidade ambiental, buscando na produção cotidiana sempre a melhor opção frente a


tecnologias não prejudiciais às pessoas.
Em uma perspectiva ambiental, ainda são muito recentes as práticas de controle ambiental pelas
organizações. O alto custo e a falta de conscientização são alguns dos fatores que dificultam a
incorporação dessas políticas, pois existe toda uma cultura que precisa ser estimulada para aderir essa
nova concepção na relação do homem com o meio ambiente (MACIEL, 2011). Percebe-se que pouco
adiantará tecnologias de controle ambiental de última geração se as pessoas não redefinirem o seu
comportamento quanto ao consumo e ao uso desordenado dos recursos naturais. Todavia, conforme
afirma Porter (1992), para que uma gestão ambiental seja implementada de forma eficaz, é preciso que
atitudes organizacionais sejam modificadas, padrões de comportamento sejam reformulados, bem
como a própria cultura organizacional seja rediscutida.
Já em uma perspectiva pessoal, para que os funcionários da organização sintam-se empenhados em
buscar melhorias na sua relação com o meio ambiente, antes de tudo é necessário que se vejam como
parte integrante deste processo.
Para que o processo de integração entre os funcionários ocorra, é preciso que as pessoas reflitam
sobre o seu comportamento no que se refere ao consumo e ao uso insustentável dos recursos naturais
(MACIEL, 2011). Na medida em que as pessoas são motivadas e influenciadas a adotarem
comportamentos preventivos, a Educação Ambiental mostra-se como uma importante ferramenta de
Gestão Ambiental, permitindo que uma consciência preventiva vá se formando e fazendo com que seja
assumida uma postura de conservação e não de remediação com relação ao entorno ambiental.
Nesta perspectiva de consciência preventiva Ferraz (2002, p.107) afirma que educação ambiental é
uma das possíveis ferramentas de sensibilização e capacitação da população em geral sobre os
problemas ambientais. Com ela busca-se desenvolver métodos e técnicas que facilitem o processo de
tomada de consciência sobre a gravidade dos problemas ambientais e a necessidade urgente de nos
debruçarmos seriamente sobre eles.
Na tentativa de atender aos padrões ambientais almejados pela sociedade e pelo mercado, algumas
organizações estão introduzindo práticas de Educação Ambiental como ferramentas de fomento para a
sua Gestão Ambiental, uma vez que qualquer ação de proteção ambiental deve passar pela educação
ambiental. Sobre este assunto, Ferraz (2002, p.98) prossegue esclarecendo:

Propõe-se que a Educação Ambiental seja um processo de formação dinâmico,


permanente e participativo, onde as pessoas envolvidas passem a ser agentes
transformadores, participando ativamente tanto do diagnóstico dos problemas quanto
da busca de alternativas e da implementação de soluções.

Para melhoria da sua qualidade ambiental, as organizações devem ir além do uso de recursos e
equipamentos que favoreçam o controle ambiental, devem, acima de tudo, conhecer as principais causas
do problema ambiental resultantes de suas práticas industriais ou empresariais. Para tanto, é necessário,
a priori, uma conscientização de seus clientes internos e externos, envolvendo-os no processo rumo à
identificação e controle dos impactos ambientais gerados à sociedade. Neste sentido, essas ações
permitem às organizações alcançar bons resultados, pois incentivam a formação de uma consciência
ecológica preventiva aos empregados e consequentemente à comunidade, construindo assim uma
cultura ambiental que se sobrepõe ao consumismo cada vez mais presente na sociedade contemporânea.

2.2 Gestão ambiental: o despertar de uma consciência ecológica

Antes de se falar propriamente em gestão ambiental é importante apresentar um breve relato do


termo gestão. O termo gestão diz respeito ao ato de planejar, organizar, liderar e controlar os esforços
desprendidos pelos membros da organização bem como a utilização de outros recursos organizacionais
visando alcançar o objetivo pretendido (STONER e FREEMAN, 1999). Contudo, para que esses objetivos
sejam realizados é necessário que as atividades sejam efetuadas eficientemente, o que para tanto requer
pessoas capazes e comprometidas.
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Toda e qualquer organização possui um modelo de gestão que, conforme Oliveira et al. (2002),
envolve o conjunto de princípios, ideias, valores e crenças, expressas ou não por meio de regulamentos
que direcionam o processo administrativo da organização. Logo, cabe a organização a escolha de um
modelo que contemple concomitantemente aspectos financeiros e sociais, incorporando ainda ao
planejamento estratégico, tático e operacional um programa próprio de gestão ambiental.
De acordo com Valle (2000), a gestão ambiental consiste em um conjunto de atividades e ações bem
definidas e adequadamente implantadas com a finalidade de minimizar e controlar os impactos
advindos das operações de um empreendimento sobre o meio ambiente, incluindo uma série de
atividades que devem ser administradas, tais como: formular estratégias de administração do meio
ambiente, assegurar que a organização esteja de acordo com as leis ambientais, inserir programa de
prevenção à poluição, providenciar medidas de correção de danos ao ambiente, adequar os produtos às
especificações ecológicas, como também gerenciar o programa ambiental da organização.
Em outro sentido, Ferreira (2003) afirma que a gestão ambiental deve ser incluída em qualquer
premissa organizacional, estabelecendo seus limites de responsabilidades e autoridades, seguindo os
princípios e valores sociais. A capacidade econômica e financeira não deve ser o único objetivo da
empresa, mas também ações voltadas para a preservação ambiental.
Agindo desta maneira a organização terá a possibilidade de diminuir e evitar possíveis problemas
ambientais, da mesma forma que obtém vantagem perante os seus concorrentes ao cumprir as
regulamentações ambientais e ao atender as expectativas de seus clientes. Sobrepondo-se aos outros, a
organização também poderá, em longo prazo, ofertar produtos e/ou serviços com menor custo para seus
clientes, pois conforme afirma Ottman (1994, p.8):
(...) os produtos passam a ser avaliados não apenas com base em desempenho
ou preço, mas na responsabilidade social dos fabricantes. Valor agora inclui a
salubridade ambiental do produto e da embalagem, sendo que cada vez mais
isto envolverá o impacto em longo prazo de um produto na sociedade após
ser usado. A qualidade é uma imagem que não mais se separa do impacto
ambiental.
As organizações ampliaram o conceito de gestão ambiental, a partir dos anos 80. Em vez de
trabalharem sobre as consequências e efeitos, as organizações partiram para o combate à causa, ou seja,
em vez de gastarem com a correção dos impactos ambientais, perceberam que a prática da prevenção
tornava-se muito mais rentável. Como consequência das diversas exigências requeridas pela sociedade,
pelos governos e pelas entidades não-governamentais, as organizações começaram a mudar os seus
conceitos, o que acarretou mudanças de comportamentos relativos ao meio ambiente.
Dessa forma, investir no meio ambiente ganha um novo significado, passando a compreender
também o cuidado com os agentes que propiciam a sua riqueza e simultaneamente demonstrando à
sociedade como um todo a sua razão de existir, ou seja, corroborando com a responsabilidade social.
No momento que a organização decide pela implantação de um modelo pautado na gestão ambiental,
a relação de regras escritas e procedimentos a serem seguidos por todos passam a estar presente no
cotidiano de todos que fazem a organização.
North (1992 apud Donaire 1999, p.59) expõe os benefícios econômicos e estratégicos dos quais as
organizações dispõem quando da implantação da gestão ambiental, a citar:
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BENEFÍCIOS ECONÔMICOS BENEFÍCIOS ESTRATÉGICOS


Economias devido à redução do consumo de água, Melhoria da imagem institucional.
energia e outros insumos.

Economias devido à reciclagem, venda e Renovação do “portfólio” de produtos.


aproveitamento de resíduos e diminuição de efluentes.

Economias devido à reciclagem, venda e Aumento da produtividade.


aproveitamento de resíduos e diminuição de efluentes.
Aumento da contribuição marginal de “produtos Alto comprometimento pessoal.
verdes” que podem ser vendidos a preços mais altos.

Aumento da participação no mercado devido à Melhoria nas relações de trabalho.


inovação nos produtos e menos concorrência.

Linhas de novos produtos para novos mercados. Melhoria e criatividade para novos desafios.

Aumento da demanda para produtos que contribuem Melhoria das relações com os órgãos governamentais,
para a diminuição da poluição comunidade e grupos ambientalistas.
Incremento das receitas Acesso assegurado ao mercado externo.

Quadro 1 – Benefícios econômicos e estratégicos da gestão ambiental


Fonte: North (1992 apud Donaire 1999, p.59)

Desse modo, o gerenciamento ambiental passa a ser um fator estratégico que a alta administração
das organizações deve analisar, visto que se apresenta como uma eficiente ferramenta que melhora o
desempenho da organização, como também, proporciona ao mesmo tempo uma melhoria na
rentabilidade dos recursos.
Além disso, as estratégias competitivas da organização, segundo Porter (1986), devem estar
alinhadas com as mudanças do ambiente para que possam ser consideradas como um fator decisivo no
processo concorrencial. Essas mudanças do ambiente podem ser entendidas como desenvolvimento
social e ambiental pela organização que passam a fazer parte das novas exigências da sociedade e
principalmente do consumidor. Manter-se competitivo neste novo cenário implica que a organização
precisa oferecer produtos e serviços socialmente corretos e estabelecer um relacionamento ético com os
stakeholders.
Hojda (1998) menciona que as organizações mais preparadas estrategicamente utilizam-se da gestão
ambiental para obter vantagens competitivas, por meio do melhoramento e da redução dos custos,
aprimorando continuamente os processos de redução de resíduos, possibilitando alcançar mercados
mais restritos, exigentes e sensíveis ambientalmente, reduzindo demandas judiciais devido a
indenizações de responsabilidade civil, obtendo financiamentos especiais junto aos bancos
financiadores de projetos como o desenvolvimento sustentável a exemplo do Banco Nacional de
Desenvolvimento Social (BNDES), além da promoção do marketing social. É possível, desta forma,
afirmar que, uma organização pode obter lucro e proteger o meio ambiente ao mesmo tempo, embora
esta nem sempre atue diretamente no chamado ‘mercado verde’.

2.3 Estratégia socioambiental: rumo à competitividade

Como já abordado, a gestão ambiental vem se firmando como uma forte ferramenta estratégica
dentro das organizações e isso tem se tornado um fator importante de competitividade. A estratégia é
o meio e a forma mais viável para a organização atingir e manter a sua vantagem competitiva no
mercado, ou seja, a estratégia é o meio e a vantagem é o fim. Para Oliveira (2001), a estratégia serve
como instrumento para alcançar o caminho rumo aos objetivos estabelecidos, posicionando de forma
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adequada no ambiente. Assim, o estabelecimento de uma vantagem competitiva se dará através da


implementação bem-sucedida de uma estratégia.
Dessa forma, para a organização se utilizar da sua relação com o meio ambiente como vantagem
competitiva, é necessário antes de tudo, uma eficiente adoção de um modelo de gestão ambiental, visto
que a estratégia por si só não garante a manutenção da vantagem competitiva. Assim, Salgado Júnior et
al. (2007, p.176) afirmam que:

A adoção de uma estratégia socioambiental é uma decisão política, que deve envolver
toda a empresa a se comprometer com a aplicação de princípios e valores em toda a
cadeia produtiva, minimizando riscos em cada etapa do processo produtivo. Uma
estratégia boa [adequada] é aquela que neutraliza ameaças e explora oportunidades,
enquanto capitaliza as forças e evita ou repara as fraquezas.

Os benefícios de adotar estratégias organizacionais socioambientais saudáveis são para alterar o seu
próprio ambiente competitivo e participar ativamente do contexto da estratégia competitiva é
formulada. Diante das transformações que o mundo vem presenciando nos diversos campos de atuação,
vê-se que as organizações estão em processo acirrado de competição.
O estabelecimento e a manutenção de uma vantagem competitiva no mercado, hoje é fator decisivo
para o crescimento e sobrevivência das organizações. Dessa forma, pode-se definir vantagem
competitiva segundo Oliveira (2001) como sendo produtos e serviços que são oferecido pelas empresas
com algo a mais, de forma diferenciada em detrimento de seus concorrentes.
Partindo dos conceitos de estratégia e de competitividade, observa-se o quanto é importante que as
organizações implantem projetos para a preservação do meio ambiente, bem como, ações de proteção,
visto que ambos dão credibilidade e seriedade à organização.
A gestão ambiental, portanto, proporciona de acordo com Porter (1992), oportunidades que
adicionem valor e, possivelmente vantagem competitiva por meio da percepção pública, economia de
custos ou rendimentos da mesma forma que diminui os efeitos de seus produtos e processos produtivos
no ambiente. Poderá também poderá obter benefícios adicionais, caso demonstre que está se utilizando
de tecnologias “limpas”, dentre esses destacam-se: a motivação dos funcionários, a diminuição nas
multas e taxas por danos ambientais, menores custos de produção e de armazenamento de resíduos,
bem como, a certeza de estar ofertando bens e/ou serviços ambientalmente corretos.
Da mesma forma, a organização que adota mecanismos de preservação do meio ambiente favorece
a sua expansão no comércio exterior, uma vez que a entrada nos mercados europeus e norte-americanos
é cercada de grandes exigências ambientais.
Segundo Melo Neto e Fróes (1999), a proteção ambiental deixou de ser filantropia e passou a ser um
negócio rentável. Várias organizações já têm um profissional trabalhando na área de gestão ambiental.
Elas querem economizar e evitar desperdícios, a partir do momento que dispõem de um funcionário
habilitado para tal função, as chances de se obter sucesso aumentam.
Diante do exposto, parece que nos dias atuais, não há mais lugar para as organizações que visam
apenas lucros. Inúmeras são aquelas que ao adotarem uma consciência ecológica conseguiram bons
resultados, para as empresas que não despertaram para essa nova consciência ambiental, certamente
estariam pondo em risco a sua continuidade no mercado competitivo.
Neste sentido, se as organizações buscam ter um diferencial competitivo, a questão ambiental pode
e deve ser usada, uma vez que a preservação ambiental é uma aplicação que trará retorno garantido dos
seus investimentos.

2.4 Os bancos e a ecoeficiência

De acordo com o Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (World


Business Council for Sustainable Development – WBCSD), a ecoeficiência é alcançada por meio do
fornecimento de bens e serviços a preços competitivos, que satisfaçam aos anseios humanos e acarretem
qualidade de vida, concomitantemente à redução progressiva do impacto ambiental e ao consumo de
recursos ao longo do ciclo de vida, a um nível, no mínimo, equivalente à capacidade de sustentação
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estimada da Terra (Disponível em <http:// intranet.bb.com.br/portal/sustentabilidade> Acesso em 01


março de 2012).
Essa definição implica uma significativa relação entre eficiência dos recursos (que leva à
produtividade e à lucratividade) e responsabilidade ambiental. Sendo assim, ecoeficiência é o uso mais
eficiente de materiais e de energia, a fim de reduzir os custos econômicos e os impactos ambientais.
No mesmo foco, pode-se afirmar que ecoeficiência é ter a capacidade de saber combinar desempenho
econômico e ambiental, reduzindo impactos ambientais; usando mais racionalmente matérias- primas;
minimizando os riscos de acidentes e melhorando a relação da organização consigo mesmo e com a
sociedade.
Os elementos delimitados pela Organização das Nações Unidas (ONU), na Rio-92, conceituam
ecoeficiência nas empresas com o resultado da implantação de um sistema de gestão ambiental, que
adota a política dos três “erres”.
* Reduzir – repensar a vida, ver de fato o que é essencial para a “minha vida” e diminuir o consumo.
* Reutilizar – ser criativo, inovador, usar um produto de várias maneiras e várias vezes.
* Reciclar – transformar, possuir a capacidade de imaginar, criar e renovar.
O Desenvolvimento Sustentável é a palavra mestra que guia a Agenda 21, com uma amplitude
diversa, abrangendo as áreas: social, ambiental, política e tecnológica. O primeiro conceito de
Desenvolvimento Sustentável surgiu em 1987, “é aquele que satisfaz as necessidades presentes, sem
comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades”. Tal conceito foi
resultado da Assembleia Geral das Nações Unidas, que produziu o relatório Nosso Futuro Comum,
conhecido como Relatório Brundtland, traduzindo as preocupações com o meio ambiente que já se
instalavam na sociedade da época.
O desenvolvimento sustentável vai muito além de uma definição, é um desafio que foi lançado,
ancorado nos seguintes sistemas:
 Político: que assegure a efetiva participação dos cidadãos no processo decisório;
 Econômico: que propicie gerar excedentes e conhecimento técnico sob bases confiáveis e
constantes;
 Social: que consiga resolver as tensões causadas por um desenvolvimento não equilibrado;
 Produtivo: que respeite e preserve a base ecológica do desenvolvimento;
 Tecnológico: que possibilite, de forma constante, novas soluções;
 Internacional: que proporcione padrões sustentáveis de comércio e financiamento;
 Administrativo: que seja flexível e tenha a capacidade de se autocorrigir.

A sustentabilidade do desenvolvimento implica uma mudança nas relações econômicas, político-


sociais, culturais e ecológicas, nos níveis local e global. Sendo assim, o processo de desenvolvimento
sustentável consiste em três bases intrínsecas – a conservação ambiental, a inclusão social e o
crescimento econômico – articuladas a partir da diversidade cultural.

Figura 1: Dimensões do Desenvolvimento Sustentável


Fonte: www.bb.com.br
264

A Agenda 21, fruto da conferência Rio-92, é um documento que delimita a importância que cada
país (englobando empresas, organizações não-governamentais, governos) deve-se integrar na busca de
soluções para os problemas socioambientais. Cada país desenvolve a sua própria Agenda 21 e no Brasil
as discussões são administradas pela Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável (CPDS) e
da Agenda 21 Nacional.
Em junho de 2004, o BB mostrou a sua intenção em produzir a sua Agenda 21 Empresarial que traria
o compromisso do banco com ações voltadas ao desenvolvimento sustentável em seus negócios. O
compromisso foi assumido publicamente em solenidade, contando com a presença da Ministra do Meio
Ambiente, onde foi assinado um protocolo com o intuito de disseminar a Agenda 21 nos Projetos de
Desenvolvimento Regional Sustentável. Em setembro de 2008, foi aprovada a nova Agenda 21 do Banco
do Brasil para o período 2008-2012, revista a partir da contribuição de todo o funcionalismo do banco,
pelos investidores sócios e pelos consumidores, através duma pesquisa feita pelo Índice de Defesa do
Consumidor (IDEC).
O termo “Agenda 21” foi usado no sentido de expressar as intenções de se caminhar para a realização
desse novo modelo ao longo do século XXI. A Agenda 21 é um instrumento de planejamento para a
construção de sociedades sustentáveis, em diferentes regiões do planeta, conciliando métodos de
proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica
(www.bb.com.br/sustentabilidade/dwn/agenda21.pdf. acesso em 25/04/12).
O Banco do Brasil, além da Agenda 21, é signatário de um conjunto de compromissos que
corroboram perante a sociedade a sua postura de empresa socioambiental e preocupada com o
desenvolvimento sustentável. Dentre eles, podem-se destacar os principais:
- Protocolo Verde: uma carta de princípios para o desenvolvimento sustentável, assinada por bancos
oficiais em 1995, ratificado em 2008, no qual se compromete a adotar políticas e práticas que estejam em
harmonia com o desenvolvimento empresarial e se comprometa com a qualidade de vida das próximas
gerações.
- Princípios do Equador: em 2005, de forma pioneira, o BB adotou o conjunto de políticas definidas
pelo Internacional Finance Corporation (IFC), vinculado ao Banco Mundial. Em 2009, o BB ampliou a
utilização dos critérios de responsabilidade ambientais estabelecidos no Principio do Equador, para
todos os projetos independentes do valor.
- Programa Brasileiro GHC Protocol: o BB é um dos fundadores do Programa, lançado em 2008, tem
por fim auxiliar a capacidade técnica das empresas, para que estas melhor gerenciem suas emissões de
gases de efeito estufa.
- Programa Água Brasil: no dia 22.03.2010 – Dia Mundial da Água- foi lançado esse programa, onde
o BB elegeu o tema “ÁGUA” como principal diretriz de atuação em suas ações para a sustentabilidade.
A escolha do tema deveu-se a necessidade que o BB sentiu em abraçar uma causa de forma mais
específica, que tivesse um porte tão relevante quanto seu tamanho e, de grande importância para o
desenvolvimento sustentável do país, devido a escassez e poluição do recurso e a crescente exaustão
dos aquíferos.
-Grupo de Trabalho da Moratória da Soja: os estudos produzidos pelo Grupo têm como finalidade
conciliar desenvolvimento econômico com utilização sustentável dos recursos naturais brasileiros.
Através da adesão ao grupo, o BB se compromete a não financiar a produção da soja em áreas
desmatadas dentro do Bioma Amazônia, desde julho/2006. Além de organizações não governamentais
(ONGs), o grupo conta com a participação do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e do Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Além de ser signatário em diversos compromissos com outras instituições, conforme descritos
anteriormente, o BB vem, a mais de 20 anos, implementando programas institucionais que visam
minimizar o desgaste dos recursos naturais, o desperdício de insumos e a correta destinação dos
resíduos.

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
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3.1 Tipo de Pesquisa

O presente estudo foi desenvolvido no Banco do Brasil, Agência Alagoa Nova/PB, na área de Gestão
Ambiental, nela percebeu-se a importância em se realizar uma pesquisa que possibilitasse diagnosticar
e avaliar a percepção dos funcionários quanto à gestão ambiental.
O trabalho do ponto de vista de seus objetivos é uma pesquisa descritiva e exploratória, na qual visa
descrever as características de determinada população ou fenômeno, ou o estabelecimento de relação
entre variáveis.
Com o objetivo de analisar a gestão ambiental da agência Banco do Brasil Alagoa Nova, optou-se
por um estudo de caso, visto esse tipo de estudo, segundo Santos (1999, p.27) caracteriza-se pela seleção
de “um objeto de pesquisa restrito, com o objetivo de aprofundar-lhe os aspectos característicos”.

3.2 Caracterização da organização

O Banco do Brasil foi o primeiro banco a operar no país, no ano de 1808, ou seja, possui mais de 203
anos de atuação no Brasil. Em 2011, segundo dados do próprio banco, manteve-se como a maior
instituição financeira da América Latina em quantidade de ativos (R$ 811,2 bilhões).
É uma sociedade de economia mista, um banco múltiplo com sede em Brasília, Distrito Federal,
presente em 3.550 municípios brasileiros e em 23 países no exterior. É um dos importantes parceiros do
Governo Federal na implementação de políticas e atividades desenvolvidas no âmbito social e
econômico do país, realizando ações no setor de agronegócios, apoiando micro e pequenas empresas e
o comercio exterior brasileiro.
Atualmente, os negócios do BB podem ser divididos em sete grandes grupos: Setor Bancário, Setor
de Investimentos; Setor de Gestão de Recursos; Setor de Seguros e Saúde; Setor de Previdência e
Capitalização; e Setor de Meio de Pagamentos.
A pesquisa foi realizada na agencia Banco do Brasil Alagoa Nova/PB, localizada a 26 km da cidade
de Campina Grande - Paraíba.
A cidade de Alagoa Nova é um município brasileiro localizado no Planalto da Borborema,
compondo ainda a Região Metropolitana de Campina Grande. De acordo com o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), no ano de 2010 sua população era estimada em 19.681 habitantes e sua
área territorial é de 122 km², possuindo clima ameno, característico do brejo de altitude. Seus
municípios limítrofes são: Areia, Alagoa Grande, Matinhas, Sao Sebastião de Lagoa de Roça e
Esperança.

3.3 Instrumentos de Coleta de Dados

O instrumento de coleta de dados usado foi o questionário, aplicado apenas para os aprovados em
concurso público, excluindo assim, os terceirizados e estagiários. O questionário contém um conjunto
de questões, todas logicamente relacionadas com um problema central (CERVO E BERVIAN apud
MAGNANTI, 2003, p. 95).
Uma das vantagens da aplicação do questionário é a sua natureza impessoal, para assegurar
uniformidade na avaliação de uma situação para outra. Possui a vantagem de os respondentes sentirem-
se mais confiantes, dado o anonimato, o que possibilita coletar informações e respostas mais reais.
As respostas dadas pelos pesquisados foram coletadas por meio de um questionário com 08 (oito)
perguntas fechadas, adaptado de BOGER (2005). Os dados coletados foram agrupados em categorias,
onde foi realizada uma tabulação computadorizada e posteriormente expressa em gráficos.

3.4 Procedimentos de Coleta e Análise de Dados

Os procedimentos que foram usados na pesquisa são a análise documental, o levantamento


bibliográfico sobre a área em questão, o estudo de caso e a análise estatística dos dados informados
266

pelos componentes da amostra, isto é, foram analisadas as respostas dos funcionários quanto às praticas
de gestão ambiental adotada pelo BB, como também, a percepção dos mesmos quanto às essas práticas.
Na fase de análise de dados foi realizada uma tabulação computadorizada e posteriormente expressa
em tabelas para melhor visibilidade e representatividade da análise dos dados obtidos. Tabulação é
definida por Abramo (1979 apud Marconi e lakatos, 1999,p.146) como sendo “a arrumação dos dados
em tabelas, de maneira a permitir a verificação das relações que eles guardam entre si”.
A tabulação é expressa quantitativamente através de dados numéricos e posteriormente revertidos
em reflexões e comparações com o embasamento teórico já exposto a fim de haver equivalência e
coerência com o estudo abordado. Contudo, utilizou-se recursos do tipo média por questões e por
variável. O uso da média se deu com o objetivo de resumir as diversas respostas dadas pelos
entrevistados e transformá-la em apenas um dado aproximado da resposta registrada pela maioria. Os
programas de software utilizados para a tabulação foram o Excel e programas específicos.

4 Resultados e discussão

A visão que os funcionários da agência Banco do Brasil Alagoa Nova/PB possuem acerca da
gestão ambiental e da sustentabilidade desenvolvidas pelo BB foram estudadas tendo como foco o
resultado das 8 (oito) questões aplicadas.
A primeira questão teve a finalidade de detectar qual o nível de conhecimento que os
funcionários possuem sobre os diversos projetos patrocinados pelo BB no que condiz a gestão
ambiental. Dos pesquisados, 83 % declararam que possuem pouco conhecimento sobre tais práticas e
apenas 17% disseram possuir um bom conhecimento acerca das práticas ambientais.
A importância com que o tema gestão ambiental é tratado pela empresa, não condiz com o
resultado obtido. No Banco do Brasil, a Diretoria Relação com Funcionários e Responsabilidade
Socioambiental está ligada à Vice-Presidência de Gestão de Pessoas e Responabilidade Socioambiental.
Além da unidade em nível estratégico, existe um grupo permanente de discussão, denominado
Responsabilidade Socio Ambiental (RSA).
Pelo resultado apresentado, pode-se ver claramente, que mesmo o banco promovendo
inúmeros meios de divulgar suas práticas ambientais, através de cursos presenciais em sua Gerência
Regional de Gestão de Pessoas (GEPES), cursos pela Universidade Corporativa Banco do Brasil
(UNIBB), cursos e artigos na intranet.bb, entre outros, ainda são poucos os funcionários que se
predispõem a conhecer de forma mais aprofundada as suas atividades. O conhecimento é
multidimensional, engloba pontos de vista diversos. Em virtude disso, torna-se necessário que o RSA
se utilize de material auxiliar para o empreendimento dos projetos desenvolvidos pelo banco, que seja
capaz de envolver todos os funcionários da agência e que o conhecimento não fique setorizado.

Gráfico 1 – Nível de conhecimento sobre os projetos de gestão ambiental


Fonte: Dados da Pesquisa, 2012.
267

A segunda questão teve o intuito de analisar o grau de envolvimento dos pesquisados com os
projetos de gestão ambiental praticados pelo BB. Dos pesquisados, 67% disseram não possuir nenhum
envolvimento com os projetos ambientais do BB, e 33% disseram possuir pouco envolvimento com os
projetos. Tal resultado, levando-se em consideração a primeira questão, já era esperado.
De forma geral, quando um funcionário possui um conhecimento mais a fundo sobre certo
assunto ou projeto do banco, deve-se a necessidade daquele funcionário deter tal conhecimento para
realizar o seu trabalho. Então, pode-se afirmar, que conhecimento e envolvimento são interligados. Uma
pessoa que detenha um conhecimento maior sobre as práticas de gestão ambiental desenvolvidas pelo
BB, certamente ele atua na área de agronegócios, como em assuntos relacionados: ao Programa
Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF); ao Fundo de Amparo ao Trabalhador
(FAT) Taxista, este programa financia veículos para taxistas com recursos do FAT, afim de renovar a
frota de veículos, favorecendo a geração de renda e contribuindo para o meio ambiente, na medida em
que, tal linha só permite financiar automóveis, cujo combustível seja de fonte renovável; Banco
Nacional do Desenvolvimento Social (BNDES-Produsa) que tem por fim estimular a produção
agropecuária sustentável, por meio da correção e conservação de solos, recuperação de pastagens, ações
de adequação e preservação ambiental, através de crédito fixo, com recursos do BNDES; Débito Direto
Automático (DDA) sistema que possibilita o recebimento em meio eletrônico de boletos de cobrança,
atualmente emitidos em papel, proporcionando aos seus clientes segurança, confiabilidade, controle e
praticidade no pagamento de suas contas, além de minimizar o uso excessivo de papel.

Gráfico 2 – Grau de envolvimento com os projetos de gestão ambiental


Fonte: Dados da Pesquisa, 2012.

A terceira questão enfatizou a importância que os projetos ambientais desenvolvidos pelo BB


possuem para a realização do trabalho diário de cada funcionário. Dos pesquisados, 67% disse que os
projetos do BB detêm grande importância para a realização do seu trabalho. Ao passo que 33%
afirmaram que os projetos de gestão ambiental pouco interferem no seu trabalho cotidiano.
Constata-se, pois, que em sua grande maioria, os funcionários não detêm o conhecimento das
políticas ambientais e de seus projetos. Consideram relevantes para o seu cotidiano na execução de suas
tarefas, porém não as buscam. Na visão de Kraemer (2004) para que uma empresa, de fato, trabalhe com
gestão ambiental ela necessita passar por uma reestruturação na sua cultura empresarial, por uma
revisão nos seus paradigmas. Isto é, implica, indubitavelmente, realizar um investimento no seu capital
humano, preparando seus colaboradores em áreas técnicas e científicas, como também, buscando
especialistas na área que sejam capazes de apoiar no desenvolvimento de tal conscientização.
268

Gráfico 3 – Nível de importância dos projetos ambientais no trabalho diário


Fonte: Dados da Pesquisa, 2012.

A quarta questão averiguou a importância da gestão ambiental junto aos clientes do banco. Dos
pesquisados, 50% alegaram que é grande a importância das práticas para os clientes; 33% disseram que
é de pouca importância as práticas ambientais para os clientes e 17% disseram que tais práticas não
importam para o cliente.
O público que mais tem contribuído para que as empresas repensem o seu contexto ambiental
é o consumidor, onde este possui um papel direto na sobrevivência da empresa. O perfil de um
consumidor mais consciente e exigente, no que condiz aos impactos socioambientais, é mais comum em
países desenvolvidos, onde ser uma empresa-cidadã já não é um papel de destaque ou uma novidade
(WELER, 2007).
Nos dias atuais, o consumidor socialmente responsável busca empresas que possuem práticas
socioambientais corretas, que prezam pelas leis e regulamentos ambientais. O BB atende aos
dispositivos legais que regem o tema ambiental no país, tais como:
 Crimes Ambientais – Lei 9.605/98 (artigo 54);
 Destinação de resíduos- Decreto 5.940/06;
 Segurança e saúde no trabalho – Portaria Ministerial 3.214, de 08/06/1978 – Ministério do
Trabalho e Emprego (MTE);
 Código de cores para programas de coleta seletiva – Resolução Conselho Nacional do Meio
Ambiente (CONAMA). Nr.275, abril de 2001;
Além dos dispositivos legais, o BB conta com as certificações de sistema de gestão ambiental
que dependem da aplicabilidade de normas específicas pela empresa para a sua concessão:
 Sistema de Gestão Ambiental – NBR ISO 14001
 Resíduos Sólidos – NBR 10.004

Gráfico 4 – Importância da utilização da gestão ambiental em relação aos clientes BB


Fonte: Dados da Pesquisa, 2012.
269

No que condiz a questão 5, foi perguntado a cada pesquisado quais as ações de sustentabilidade
desenvolvidas pelo banco que possuem mais efetividade e aceitação pelos funcionários. Cada
pesquisado deveria escolher duas alternativas dentre as cinco expostas. Todos (100%) escolheram o
gerenciamento de impressão/quantidade de papel usado, como uma das alternativas. A opção
gerenciamento do consumo de energia deteve 67% das respostas e 33% escolheram programas de
reciclagem de papel como uma ação.
As atividades desenvolvidas pelos bancos, de forma geral, não despejam poluentes na biosfera. Seus
resíduos limitam-se a ao consumo de papel, cartuchos e toners de impressão, água, energia elétrica e
produção de lixo inorgânico, os quais podem ser reaproveitados e/ou reciclados.
As torneiras com mecanismo de racionalização no uso de água e as lixeiras próprias para coleta
seletiva são ações, atualmente, não-ativas na agência Alagoa Nova. O não uso da lixeira seletiva deve-
se ao fato da agência possuir um quadro muito pequeno de colaboradores - incluindo-se todos os
funcionários, os terceirizados e a estagiária, a agência conta com 12 (doze) pessoas. Assim, a relação
custo/benefício não compensaria, como também, a cidade não dispõe dessa coleta seletiva, fato esse um
tanto limitador. Na sede do BB, em Brasília e em algumas agências do Sudeste, a coleta seletiva de
resíduos sólidos, com sua correta destinação para reciclagem e reaproveitamento, é algo presente desde
2008.
As agências fazem seu próprio acompanhamento de indicadores de consumo através do Sinergia
BB, que é uma plataforma online que mostra a situação da agência em relação as demais, no que diz
respeito aos produtos/serviços, capacitação, consumo, entre outros. Os principais indicadores
mostrados para acompanhamento são: quantidade de papel consumido (timbrado e sem timbre);
quantidade de cartuchos fornecidos para a dependência; a água e a energia consumida pela
dependência.

Gráfico 5- Ações de sustentabilidade desenvolvidas pelo BB que possuem mais efetividade e


aceitação pelos funcionários
Fonte: Dados da Pesquisa, 2012.

Na questão 6 indagou-se qual o principal empecilho à implementação de eficazes práticas de gestão


ambiental no ambiente de trabalho. O resultado foi distribuído de maneira uniforme: 33% alegou ser a
falta de comprometimento da equipe o fato que dificulta a implementação das práticas; 33% alegaram
ser a falta de treinamento sobre as práticas ambientais e os outros 33% disseram ser a burocracia para
implementar tais práticas.
270

Gráfico 6 – Principal empecilho à implementação de eficazes práticas de gestão ambiental no


ambiente de trabalho
Fonte: Dados da Pesquisa, 2012.

O resultado foi bastante uniforme. A implementação de eficazes práticas de gestão ambiental


depende de um conjunto integrado de fatores, cada qual variando em função da equipe, com a cultura
e/ou o clima organizacional.
A questão 7 perguntou se o BB se utiliza da gestão ambiental como vantagem competitiva para com
seus clientes/fornecedores. Dos pesquisados, (83%) afirmaram que o banco sempre se utiliza da gestão
ambiental como vantagem competitiva e (17%) disse que o banco se usa da gestão ambiental como
vantagem competitiva, algumas vezes.
Convém ressaltar, que a vantagem competitiva analisada na questão refere-se, única e
exclusivamente, como um importante fator de destaque do banco percebido pelos clientes/fornecedores
– segundo os funcionários. Vantagem competitiva remonta a algo mais abrangente, envolvendo o
diferencial do BB perante os outros bancos, porém o trabalho limitou-se a analisar apenas a visão de
vantagem competitiva sob a ótica dos funcionários.
O resultado mostrado declara, sobremaneira, a visão que os funcionários possuem acerca das
políticas de gestão ambiental praticadas pelo banco. Hoje em dia, é mais do que uma necessidade a
empresa ser politicamente correta, no âmbito social e ambiental. Segundo Garnier (2009) a gestão
ambiental e a responsabilidade social dentro de uma empresa são estabelecidas pela pressão de
regulamentações e pela busca de melhor reputação perante a sociedade. Atualmente, pode-se afirmar
que quase toda a sociedade - nela incluídos o mercado empresarial, o consumidor e o cidadão comum
- tem consciência e reconhece a responsabilidade socioambiental como valor permanente.

Gráfico 7 – Gestão ambiental usada como vantagem competitiva perante seus clientes/fornecedores
Fonte: Dados da Pesquisa, 2012.

Não é uma mera ação de filantropia a empresa atuar como ambientalmente responsável, é muito
mais que uma necessidade para permanecer ativa no mercado. Filantropia limita-se, por exemplo: “a
271

uma ação voluntária de empregados de uma certa empresa em programas de limpeza local ou
distribuição de alimentos para os necessitados” (SAVITZ E WEBER, 2007, p.28).
A questão 8 teve a finalidade saber se os funcionários conseguem enxergar ações realizadas pelo BB
que contribuam para o Desenvolvimento Sustentável. Dos pesquisados (83%) disseram que visualizam
as ações do BB tendo em vista contribuir para o Desenvolvimento Sustentável. Enquanto que (17%)
alegaram que não conseguem enxergar tais ações realizadas pelo Banco do Brasil.

Gráfico 8- Ações realizadas pelo BB que contribuem para o Desenvolvimento Sustentável


Fonte: Dados da Pesquisa, 2012.

Assim, visualiza-se uma preocupação da agência bancária em promover ações de cunho sustentável
como política institucional, segundo a percepção da maioria dos entrevistados.
O Banco do Brasil possui uma infinidade de ações voltadas para o contexto socioambiental e para a
sustentabilidade, cujas ações são amplamente divulgadas nos seus diversos meios de comunicação,
dentre as quais: o BB possui uma página da internet direcionada unicamente para sustentabilidade; o
BB possui certificação interna (realizada semestralmente) com vários conhecimentos, um deles é
Desenvolvimento Regional Sustentável (DRS); na página da intranet, existe um índice especifico focando
a sustentabilidade. Enfim, toda e qualquer atividade desenvolvida com foco no socioambiental é
amplamente publicada e visível para todos.

5 Considerações finais

Pode-se observar através da pesquisa realizada que a visão de sustentabilidade ambiental dos
funcionários do BB, que trabalham na agência Alagoa Nova/PB, é contraditória, pois ao mesmo tempo
em que alegaram não possuir conhecimento e nem envolvimento com as ações socioambientais
desenvolvidas pelo banco, eles informaram, em sua maioria, que tais ações são muito importantes tanto
para os clientes, como para o seu trabalho diário.
Pode-se afirmar, também, que a agência possui práticas socioambientais ativas, sendo que a maioria
dessas ações concentra-se no monitoramento dos insumos usados no processo de impressão ou
utilização de papel. Por outro lado, são equivalentes em nível de importância os fatores que impedem
a implementação eficazmente das práticas de gestão ambiental: a falta de comprometimento da equipe,
a falta de treinamento sobre as práticas ambientais e a burocracia.
O Banco do Brasil se utiliza da gestão ambiental e da sustentabilidade como instrumento de
vantagem competitiva. Segundo o WBCSD (2001) os bancos podem inovar sua vantagem competitiva e
diferenciar-se dos concorrentes com a ecoeficiência. Para tanto, devem integrar o tema ambiental na sua
estratégia empresarial; perceber como os consumidores valorizam as qualidades ambientais dos
produtos e serviços; analisar as propostas de investimento ambiental com o mesmo olhar dado aos
demais investimentos; maximizar a eficiência energética e dos insumos por cada serviço
272

disponibilizado; reduzir o custo do crédito ao tomador que pratique ações sustentáveis; oferecer
capacitação aos seus colaboradores sobre as melhores práticas de gestão ambiental.
Dessa forma, pode-se afirmar que o Banco do Brasil vem conduzindo suas atividades, buscando
conscientizar seus funcionários, fazendo com que estes possam atuar mais efetivamente nas ações
sociais e ambientais – delimitadas pelo Grupo RSA do BB. Agindo assim, o BB está promovendo meios
para que seus funcionários promovam uma maior divulgação de suas ações socioambientais perante
seus clientes e a sociedade como um todo.
Os dados leva a crer que não existe uma consciência do colaborador quanto às suas ações pessoais e
do banco no meio ambiente. Pois, empresa utiliza-se dessa política mais para reduzir custo do que como
ação inserida na mudança do pensamento local com reflexo global de suas práticas. Assim, há indícios
que a visão de gestão ambiental na agência é mais como foco mercantilista do que propriamente com o
comprometimento de mudança ou conscientização do meio ambiente. Assim, a organização BB nacional
tem suas políticas, mas os seus colaboradores e a agência estudada tem uma visão muito incipiente do
impacto de suas ações, o que pode ser comprovado na agencia em estudo uma relação passiva com o
meio ambiente.
Finalmente, observa-se que a gestão ambiental é um instrumento destinado a fornecer informações
que sirvam como importante fator agregador de valor à organização no que condiz a sustentabilidade.
Logo, a gestão ambiental passa a atuar como instrumento para a formulação da estratégia empresarial
uma vez que fornecendo informações geradas sobre os elementos ambientais contribui
significativamente para obtenção de vantagem competitiva. Dessa forma, fica evidente que a
organização que tem compromisso com o meio ambiente vai muito além da geração de riquezas,
contribuindo para a consolidação de uma melhor qualidade de vida no planeta.

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