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ESTADO DE GOIÁS

ANTEPROJETO DE LEI COMPLEMENTAR N° , DE 2021

Institui as Microrregiões de
Saneamento Básico do Centro-Oeste
e Centro-Leste no Estado de Goiás e
suas respectivas estruturas de
governança.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE GOIÁS: faço saber que a Assembleia


Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei Complementar:

CAPÍTULO I

DO OBJETO E DO ÂMBITO DE APLICAÇÃO

Art. 1º Esta Lei Complementar tem por objeto a instituição das


Microrregiões de Saneamento Básico do Centro-Oeste e Centro-Leste e suas respectivas
estruturas de governança, com fundamento no art. 3º, inciso VI alínea a, da Lei Federal
n º 11.445 de 5 de janeiro de 2007, conforme redação atribuída pela Lei Federal n
º14.026 de 15 de julho de 2020.

§1º O disposto nesta Lei Complementar aplica-se ao Estado de Goiás e aos


Municípios que integram as Microrregiões, bem como às pessoas naturais ou jurídicas,
de direito público ou privado, que com elas se relacionem no que concerne às funções
públicas de interesse comum previstas no artigo 3º desta Lei Complementar.

§2º Para os fins desta Lei Complementar, considera-se saneamento básico


os serviços públicos de abastecimento de água, de esgotamento sanitário, de limpeza
urbana e resíduos sólidos, nos termos dispostos pelo artigo 3º, caput, inciso I, alíneas
“a”, “b” e “c” da Lei Federal nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007.
CAPÍTULO II

DAS MICRORREGIÕES DE SANEAMENTO BÁSICO

Seção I

Da instituição

Art. 2º Ficam instituídas as Microrregiões de Saneamento Básico:

I – do Centro-Oeste, integrada pelo Estado de Goiás e os Municípios


mencionados no Anexo I desta Lei Complementar;

II - do Centro-Leste, integrada pelo Estado de Goiás e os Municípios


mencionados no Anexo II desta Lei Complementar;

§ 1º Cada Microrregião de Saneamento Básico possui natureza jurídica de


autarquia intergovernamental de regime especial, com caráter deliberativo e
normativo, e personalidade jurídica de Direito Público.

§ 2º A autarquia microrregional não possui estrutura administrativa ou


orçamentária própria e exercerá sua atividade administrativa por meio derivado,
mediante o auxílio da estrutura administrativa e orçamentária dos entes da Federação
que a integram ou com ela conveniados.

Seção II

Das funções públicas de interesse comum

Art. 3º São funções públicas de interesse comum das Microrregiões de


Saneamento Básico: o planejamento, a regulação, a fiscalização e a prestação, direta ou
contratada, dos serviços públicos de abastecimento de água, de esgotamento sanitário,
de limpeza urbana e resíduos sólidos, conforme disposto no §2º do artigo 1º desta Lei
Complementar.

Parágrafo único. No exercício das funções públicas de interesse comum


mencionadas no caput, a Microrregião de Saneamento Básico deve assegurar:

I - a manutenção e a instituição de mecanismos que garantam o


atendimento da população dos Municípios com menores indicadores de
desenvolvimento, especialmente pelo serviço público de esgotamento sanitário; e

II – o cumprimento das metas de universalização previstas na legislação


federal;
Seção III

Das finalidades

Art. 4º Cada Microrregião de Saneamento Básico tem por finalidade exercer


as competências relativas à integração da organização, do planejamento e da execução
de funções públicas previstas no artigo 3º desta Lei Complementar em relação aos
Municípios que as integram, dentre elas:

I - aprovar objetivos, metas e prioridades de interesse regional,


compatibilizando-os com os objetivos do Estado e dos Municípios que o integram, bem
como fiscalizar e avaliar sua execução;

II - apreciar planos, programas e projetos, públicos ou privados, relativos à


realização de obras, empreendimentos e atividades que tenham impacto regional;

III - aprovar e encaminhar, em tempo útil, propostas regionais, constantes


do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual;

IV - comunicar aos órgãos ou entidades federais que atuem na unidade


regional as deliberações acerca dos planos relacionados com os serviços, por eles
realizados.

CAPÍTULO III

DA ESTRUTURA DE GOVERNANÇA

DAS MICRORREGIÕES DE SANEAMENTO BÁSICO

Seção I

Da Estrutura de Governança

Art. 5º - Integram a estrutura de governança de cada autarquia


microrregional:

I - o Colegiado Microrregional, instância colegiada deliberativa composta por


um representante de cada Município que a integra, por um representante do Estado de
Goiás e por um representante da sociedade civil integrante do Conselho Participativo;

II - o Comitê Técnico, instância com funções técnico-consultivas composta


por três representantes do Estado de Goiás e por oito representantes dos Municípios
integrantes da Microrregião;

III - o Conselho Participativo, composto por:


a) 5 (cinco) representantes da sociedade civil escolhidos pela Assembleia
Legislativa; e

b) 6 (seis) representantes da sociedade civil escolhidos pelo Colegiado


Microrregional;

IV - o Secretário-Geral, instância executiva eleita na forma do § 2º do art. 7º.

V – o sistema integrado de alocação de recursos e de prestação de contas.

§ 1º Para os fins desta Lei Complementar, considera-se sociedade civil as


instituições de âmbito regional representativas de setores relacionados ao
saneamento básico, à infraestrutura e à gestão de recursos hídricos.

§ 2º O Regimento Interno de cada autarquia microrregional disporá, dentre


outras matérias, sobre:

I - o funcionamento dos órgãos mencionados nos incisos I a V do caput;

II - os critérios e a forma de escolha dos membros do Comitê Técnico e do


Conselho Participativo, observando-se, quanto a este último, tanto quanto possível, o
disposto no artigo 47 da Lei federal nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007;

III - a criação e funcionamento das Câmaras Temáticas, permanentes ou


temporárias, ou de outros órgãos, permanentes ou temporários.

Art. 6º - O Comitê Técnico tem por finalidade:

I - apreciar previamente as matérias que integram a pauta das reuniões do


Colegiado Microrregional, providenciando estudos técnicos que a fundamentem;

II - assegurar a prévia apreciação do Conselho Participativo sobre as matérias


que integram a pauta de que trata o inciso I deste artigo.

Parágrafo único. Presidirá o Comitê Técnico o Secretário-Geral.

Art. 7º O Secretário-Geral é o representante legal da entidade


intergovernamental, cumprindo-lhe dar execução às deliberações do Colegiado
Microrregional.

§ 1º O Secretário-Geral participa, sem voto, de todas as reuniões do


Colegiado Microrregional, sendo responsável pelo registro e publicidade de suas atas.

§ 2º O Secretário-Geral será eleito pelo Colegiado Microrregional dentre os


membros do Comitê Técnico, sendo demissível ad nutum, a juízo da maioria de votos do
Colegiado.
§ 3º Vago o cargo de Secretário-Geral, ou impedido o seu titular, exercerá
interinamente as suas funções um dos representantes do Estado de Goiás que compõem
do Comitê Técnico, à escolha do Governador do Estado.

Art. 8º O Estado de Goiás pode designar a Entidade Microrregional como


local de lotação e exercício de servidores estaduais, inclusive de suas entidades da
Administração Indireta, de direito público ou privado, sem prejuízo de remuneração e
demais vantagens aos servidores designados.

Seção II

Do Colegiado Microrregional

Subseção I

Da composição e do funcionamento

Art. 9º O Colegiado Microrregional é a instância máxima da entidade


intergovernamental e deliberará somente com a presença de representantes de entes
da Federação e da sociedade civil que, somados, detenham a maioria absoluta do
número total de votos, sendo que:

I - o Estado do Goiás terá número de votos equivalente a 40% (quarenta por


cento) do número total de votos; e

II - cada Município terá, dentre 55% (cinquenta e cinco por cento) dos votos,
o número de votos proporcional à sua população.

III - a sociedade civil terá o número de votos equivalente a 5% (cinco por


cento) do número total de votos.

§ 1º Cada Município terá direito a pelo menos um voto no Colegiado


Microrregional.

§ 2º As deliberações exigirão número de votos superior à metade do total


de votos, salvo a aprovação ou alteração do Regimento Interno e a matéria do inciso VI,
caput, do artigo 10, cujas aprovações exigem número de votos equivalente a 3/5 (três
quintos) do total de número de votos do Colegiado Microrregional.

§ 3º O Regimento Interno pode prever hipóteses de quórum qualificado


além da prevista na parte final do § 2º deste artigo.

§ 4º Presidirá o Colegiado Microrregional o Governador do Estado ou, na sua


ausência e impedimento, um dos representantes do Estado de Goiás que compõem do
Comitê Técnico, à escolha do Governador do Estado, que passará a integrar
automaticamente o Colegiado Microrregional representando o Estado de Goiás.

Subseção II

Das atribuições

Art. 10 São atribuições do Colegiado Microrregional, dentre outras


correlatas que o Regimento Interno dispuser:

I - instituir diretrizes sobre o planejamento, a organização e a execução de


funções públicas de interesse comum, a serem observadas pelas Administrações Direta
e Indireta de entes da Federação integrantes da Microrregião;

II - deliberar sobre assuntos de interesse regional, em matérias de maior


relevância, nos termos do Regimento Interno;

III - aprovar os planos microrregionais e, quando couber, os planos


intermunicipais ou locais;

IV - definir a entidade reguladora responsável pelas atividades de regulação


e de fiscalização dos serviços públicos que integram funções públicas de interesse
comum da Microrregião, bem como estabelecer as formas de prestação destes serviços
e à unificação de sua prestação;

V - propor critérios de compensação financeira aos Municípios da


Microrregião que suportem ônus decorrentes da execução de funções ou serviços
públicos de interesse comum;

VI - autorizar Município a prestar isoladamente os serviços públicos de


saneamento básico, ou atividades deles integrantes, inclusive mediante contrato de
concessão, ajuste vinculado à gestão associada de serviços públicos ou criação de
autarquia;

VII - elaborar e alterar o Regimento Interno da Entidade Microrregional;

VIII - eleger e destituir o Secretário-Geral;

§1º A unificação dos serviços em Municípios quepossuem entidade ou órgão


prestador de serviços públicos saneamento básico dependerá da aquiescência expressa
do Município, por meio de manifestação inequívoca de seu representante no Colegiado
Microrregional.
Seção III

Da participação popular e da transparência

Art. 11 São atribuições do Conselho Participativo, dentre outras correlatas


que o Regimento Interno dispuser:

I - elaborar propostas para apreciação das demais instâncias da Entidade


Microrregional;

II - apreciar matérias previamente à deliberação do Colegiado


Microrregional;

III - indicar um de seus integrantes para representar a orientação do


Conselho nas deliberações do Colegiado Microrregional;

Art. 12 Cada autarquia microrregional estabelecerá em seu Regimento


Interno os procedimentos adequados à participação popular, observados os seguintes
princípios:

I - a divulgação dos planos, programas, projetos e propostas;

II - o acesso aos estudos de viabilidade técnica, econômica, financeira e


ambiental;

III - a possibilidade de representação por discordância e de comparecimento


à reunião do Conselho Participativo e do Comitê Técnico para sustentação;

IV - o uso de audiências e de consultas públicas como forma de se assegurar


o pluralismo e a transparência.

Art. 13 A autarquia microrregional convocará audiências públicas na


periodicidade prevista no Regimento Interno ou sempre que a relevância da matéria
exigir.

CAPÍTULO IV

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 14 Os serviços públicos de saneamento básico referidos no §2º do artigo


1º desta Lei Complementardeixam de ser função pública de interesse comum da região
metropolitana de Goiânia (RMG) existente no Estado de Goiás.

Art. 15 Resolução do Colegiado Microrregional definirá a forma da gestão


administrativa da Microrregião, podendo, por prazo certo, delegar o exercício de
atribuições ou a execução de determinadas tarefas para órgãos ou entidades que
integram a estrutura administrativa do Estado de Goiás ou de Municípios que integram
a Microrregião.

Parágrafo único. Até que seja editada a resolução prevista no caput deste
artigo, as funções de secretaria e suporte administrativo da Microrregião serão
desempenhadas por um dos representantes do Estado de Goiás que compõem do
Comitê Técnico, à escolha do Governador do Estado.

Art. 16 Enquanto não houver disposição em contrário do Colegiado


Microrregional, as funções de regulação e fiscalização dos serviços públicos de
saneamento básico serão desempenhadas pela Agência Goiana de Regulação, Controle
e Fiscalização de Serviços Públicos - AGR nos Municípios que, antes da vigência desta Lei
Complementar, não tenham atribuído o exercício das ditas funções para outra entidade
que atenda ao previsto no artigo 21 da Lei federal nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007.

Parágrafo único. A designação de entidade reguladora não poderá se realizar


em prejuízo ao previsto em contratos ou convênios de cooperação entre entes
federados em vigor e na legislação estadual vigente, salvo se a entidade reguladora
deixar de atender as normas de referência da ANA – Agência Nacional de Águas e
Saneamento Básico ou em razão de acordo com as partes contratantes ou convenentes.

Art. 17 O Governador, por meio de decreto, editará o Regimento Interno


provisório de cada Entidade Microrregional.

Parágrafo único. O Regimento Interno provisório deverá dispor sobre a


convocação, a instalação e o funcionamento do Colegiado Microrregional, inclusive os
procedimentos para a elaboração de seu primeiro Regimento Interno.

Art. 18 Vencido o contrato de prestação de abastecimento de água e


esgotamento sanitário sem a retomada do serviço pelo município, para exploração
direta, a SANEAGO assegurará a continuidade do serviço adequado, conforme do § 1º
do artigo 6º da Lei Federal nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, até nova contratação
pelo titular, onde houver sido contratada e nos termos do negócio, resguardados a
operação, o dever de manutenção do serviço e da universalização, bem como o direito
de indenização pelo não amortizado e outros valores atualizados decorrentes da
continuidade do serviço.

Parágrafo único. Para a continuidade do serviço, deve ser formalizada a


anuência do município, independentemente da autorização prevista no artigo 10, caput,
inciso VI desta Lei Complementar.

Art. 19. A Lei Complementar nº 139, de 22 de janeiro de 2018, passa a vigorar


com o acréscimo do seguinte dispositivo:
Art. 2º. ........................

§ 1º.............................

§ 2º Revogado

§ 3º ...........................

§4º ...........................

§5º Não se considera como função pública de interesse comum da Região


Metropolitana de Goiânia (RMG) o planejamento, a regulação, a fiscalização e a
prestação, direta ou contratada, de serviços públicos de saneamento básico. (NR)

Art. 20. Ficam revogados:

I – o inciso II do artigo 2º da Lei Complementar nº 139, de 22 de janeiro de


2018;

II – o parágrafo 2º do artigo 2º da Lei Complementar nº 139, de 22 de janeiro


de 2018;

III – o inciso II do artigo 14 da Lei Complementar nº 139, de 22 de janeiro de


2018;

IV – o artigo 16, inciso de I a IV, e parágrafo 2º da Lei Complementar nº 139,


de 22 de janeiro de 2018;

V – o inciso I do artigo 17 da Lei Complementar nº 139, de 22 de janeiro de


2018;

VI – o inciso II do artigo 21 da Lei Complementar nº 139, de 22 de janeiro de


2018;

Art. 21. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.

PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DE GOIÁS, Goiânia, de 2021.

Ronaldo Caiado
Governador do Estado
ANEXO I
As Microrregiões de Saneamento Básico (MSBs) e suas composições municipais.

MSBs Municípios

ABADIA DE GOIAS; ADELANDIA; ALTO HORIZONTE; ALTO PARAISO DE GOIAS; ALVORADA DO NORTE;
AMARALINA; AMERICANO DO BRASIL; AMORINOPOLIS; ANICUNS; APARECIDA DE GOIANIA; ARACU;
ARAGARCAS; ARAGOIANIA; ARAGUAPAZ; ARENOPOLIS; ARUANA; AURILANDIA; AVELINOPOLIS; BALIZA;
BARRO ALTO; BELA VISTA DE GOIAS; BOM JARDIM DE GOIAS; BONFINOPOLIS; BONOPOLIS;
BRAZABRANTES; BRITANIA; BURITI DE GOIAS; BURITINOPOLIS; CACHOEIRA DE GOIÁS; CAIAPONIA;
CALDAZINHA; CAMPESTRE DE GOIAS; CAMPINACU; CAMPINORTE; CAMPOS BELOS; CAMPOS VERDES;
CATURAI; CAVALCANTE; COLINAS DO SUL; CORREGO DO OURO; CRIXAS; DAMIANOPOLIS; DIORAMA;
DIVINOPOLIS DE GOIAS; DOVERLANDIA; ESTRELA DO NORTE; FAINA; FAZENDA NOVA; FIRMINOPOLIS;
FORMOSO; GOIANAPOLIS; GOIANIA; GOIANIRA; GOIAS; GUAPO; GUARAITA; GUARANI DE GOIAS;
HEITORAI; HIDROLANDIA; IACIARA; INHUMAS; IPORA; ISRAELANDIA; ITABERAI; ITAGUARI; ITAGUARU;
ITAPIRAPUA; ITAPURANGA; ITAUCU; IVOLANDIA; JANDAIA; JAUPACI; JUSSARA; MAMBAI; MARA ROSA;
Centro- MATRINCHÃ; MINACU; MOIPORA; MONTE ALEGRE DE GOIAS; MONTES CLAROS DE GOIAS; MONTIVIDIU
Oeste DO NORTE; MOSSAMEDES; MOZARLANDIA; MUNDO NOVO; MUTUNOPOLIS; NAZARI; NEROPOLIS;
NIQUELANDIA; NOVA CRIXAS; NOVA IGUACU DE GOIAS; NOVA ROMA; NOVA VENEZA; NOVO BRASIL;
NOVO PLANALTO; PALESTINA DE GOIAS; PALMEIRAS DE GOIAS; PALMINOPOLIS; PARAUNA;
PIRACANJUBA; PIRANHAS; PORANGATU; SANCLERLANDIA; SANTA BARBARA DE GOIAS; SANTA FE DE
GOIAS; SANTA TEREZA DE GOIAS; STA TEREZINHA DE GOIAS; SANTO ANTONIO DE GOIAS; SAO
DOMINGOS; SAO JOAO DA ALIANÇA; SAO LUIZ M BELOS; SAO MIGUEL DO ARAGUAIA; SENADOR CANEDO;
SIMOLANDIA; SITIO DA ABADIA; TERESINA DE GOIAS; TEREZOPOLIS DE GOIAS; TRINDADE; TROMBAS;
TURVANIA; UIRAPURU; URUACU; VALPARAISO DE GOIAS.
ANEXO II
As Microrregiões de Saneamento Básico (MSBs) e suas composições municipais

MSBs Municípios

ABADIÂNIA; ACREUNA; AGUA FRIA DE GOIAS; AGUA LIMPA; AGUAS LINDAS DE GOIAS; ALEXANIA;
ALOANDIA; ANAPOLIS; ANHANGUERA; APARECIDA DO RIO DOCE; APORE; BOM JESUS; BURITI ALEGRE;
CABECEIRAS; CACHOEIRA ALTA; CACHOEIRA DOURADA; CACU; CALDAS NOVAS; CAMPO ALEGRE DE;
GOIAS; CAMPO LIMPO DE GOIAS; CARMO DO RIO VERDE; CASTELANDIA; CATALÃO; CERES; CESARINA;
CHAPADÃO DO CÉU; CIDADE OCIDENTAL; COCALZINHO DE GOIAS; CORUMBÁ DE GOIÁS; CORUMBAIBA;
CRISTALINA; CRISTIANOPOLIS; CROMINIA; CUMARI; DAMOLANDIA; DAVINOPOLIS; EDEALINA; EDEIA;
FLORES DE GOIAS; FORMOSA; GAMELEIRA DE GOIAS; GOIANDIRA; GOIANESIA; GOIATUBA;
GOUVELANDIA; GUARINOS; HIDROLINA; INACIOLANDIA; INDIARA; IPAMERI; IPIRANGA DE GOIAS; ITAJA;
ITAPACI; ITARUMA; ITUMBIARA; JARAGUA; JATAI; JESUPOLIS; JOVIANIA; LAGOA SANTA; LEOPOLDO DE
BULHOES; LUZIANIA; MAIRIPOTABA; MARZAGAO; MAURILANDIA; MIMOSO DE GOIAS; MINEIROS;
MONTIVIDIU; MORRINHOS; MORRO AGUDO DE GOIAS; NOVA AMERICA; NOVA AURORA; NOVA GLORIA;
Centro- Leste NOVO GAMA; ORIZONA; OURO VERDE DE GOIAS; OUVIDOR; PADRE BERNARDO; PALMELO; PANAMÁ;
PARANAIGUARA; PEROLANDIA; PETROLINA DE GOIAS; PILAR DE GOIAS; PIRENOPOLIS; PIRES DO RIO;
PLANALTINA; PONTALINA; PORTEIRAO; PORTELANDIA; POSSE; PROFESSOR JAMIL; QUIRINOPOLIS;
RIALMA; RIANAPOLIS; RIO QUENTE; RIO VERDE; RUBIATABA; SANTA CRUZ DE GOIAS; SANTA HELENA DE
GOIAS; SANTA ISABEL; SANTA RITA DO ARAGUAIA; SANTA RITA DO NOVO DESTINO; SANTA ROSA DE
GOIAS; STO ANTONIO DA BARRA; SANTO ANT DO DESCOBERTO; SAO FRANCISCO DE GOIAS; SAO JOAO
DA PARAUNA; SAO LUIS DO NORTE; SÃO MIGUEL PASSA QUATRO; SAO PATRICIO; SÃO SIMÃO;
SERRANOPOLIS; SILVANIA; TAQUARAL DE GOIAS; TRES RANCHOS; TURVELANDIA; URUANA; URUTAI;
VARJAO; VIANOPOLIS; VICENTINÓPOLIS; VILA BOA; VILA PROPICIO
EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

Este projeto tem por objetivo criar as Microrregiões de Saneamento Básico


no Estado de Goiás e suas respectivas estruturas de governança, com fundamento no
artigo 90 da Constituição do Estado de Goiás, no § 3º do artigo 25 da Constituição
Federal e no artigo3º, inciso VI, alínea “a”, da Lei Federal nº 11.445, de 5 de janeiro de
2007, conforme redação atribuída pela Lei Federal nº 14.026 de 15 de julho de 2020.

A medida se justifica por três destacados motivos decorrentes das novas


disposições da Lei Federal nº 14.026, de 15 de julho de 2020 (“Novo Marco Legal do
Saneamento Básico”): (1) o Estado de Goiás tem a obrigação de promover a
regionalização até 15 de julho de 2021, sob pena da União a fazer mediante blocos de
referência; (2) os municípios somente poderão receber recursos públicos federais se
fizerem parte de alguma regionalização; e (3) a regionalização garante a geração de
ganhos de escala, a universalização e a viabilidade técnica e econômico-financeira.

A proposta atende a quatro diretrizes: (a) respeito àautonomia municipal;


(b) concepção que pensa o interesse conjunto; (c) escala adequada para dar
transparência à prática de subsídio cruzado, assegurando assim a universalização
também nos Municípios com menor Índice de Desempenho dos Municípios (IDM); e (d)
a obtenção de recursos públicos federais.

O objetivo com a regionalização por microrregião é o planejamento e a


provisão dos serviços de saneamento básico de maneira isonômica em todo o território
do Estado, buscando fortalecer os laços de solidariedade entre os entes políticos,
promover a redução das desigualdades regionais e sociais e garantir o cumprimento dos
padrões e metas de universalização definidas pelo Novo Marco, o que seria impossível
pela prestação fragmentada, dissociada de um contexto regional e sem o estímulo ao
subsídio cruzado, este a garantir que os municípios economicamente mais rentáveis
contribuam para a universalização dos serviços de saneamento dos municípios menos
desenvolvidos.

A fim de cumprir com as determinações da legislação federal, assim como


superar os obstáculos das desigualdades de acesso, a solução legislativa ora alvitrada é
a de regionalizar o serviço saneamento básico no Estado de Goiás mediante
microrregião, a rigor do que sugere a redação dos artigos acima propostos.

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