Cefaleia 230504 170621 1683811797
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CLÍNICA MÉDICA
CEFALEIA
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Cefaleia Clínica Médica
CASO CLÍNICO
JMS, 35 anos, sexo masculino, procura o ambulatório de neurologia com queixa de cefaleia intensa
e progressiva nos últimos três meses. Relata que a dor começou de forma insidiosa, sendo bilateral
e localizada nas têmporas, com irradiação para a região occipital. JMS descreve a dor como pulsátil
e de intensidade moderada a severa, com duração variável entre 4 e 72 horas. Nas últimas semanas,
a frequência das crises aumentou para três a quatro vezes por semana, com duração de até 5 horas
por episódio.
O paciente relata que a dor é frequentemente acompanhada de fotofobia, fonofobia e, ocasionalmente,
náuseas e vômitos. As crises de cefaleia são desencadeadas por situações de estresse, privação de
sono e consumo de álcool. JMS informa que o uso de analgésicos comuns (paracetamol e anti-in-
flamatórios não esteroides) tem sido ineficaz no alívio da dor.
Antecedentes pessoais: hipertensão arterial sistêmica controlada com losartana 50 mg/dia e histó-
rico familiar de migrânea (mãe e irmã). Nega tabagismo, etilismo ou outras comorbidades. Não faz
uso de outros medicamentos.
Exame Físico e Neurológico: Paciente consciente, orientado, corado, hidratado e afebril. Pressão arterial:
130/85 mmHg; frequência cardíaca: 80 bpm; frequência respiratória: 18 irpm; saturação de oxigênio:
98%. Exame neurológico sem déficits focais, com fundo de olho normal e sem sinais meníngeos.
Exames Complementares: Hemograma, glicemia de jejum, perfil lipídico, função renal e hepática
e eletrólitos séricos dentro dos limites da normalidade. Ressonância magnética do encéfalo sem
alterações.
Diagnóstico: Com base na história clínica, exame físico e exames complementares, o paciente foi
diagnosticado com migrânea crônica sem aura.
Tratamento e Orientações: A abordagem terapêutica foi dividida em duas etapas: tratamento agudo
das crises e profilaxia.
Tratamento agudo das crises: prescrição de triptanos (ex: sumatriptano 50-100 mg VO) para alívio da
dor durante as crises, com orientação para uso no início do episódio. Caso a cefaleia não melhore
em 2 horas, pode-se repetir a dose, com um limite máximo de duas doses em 24 horas.
Profilaxia: introdução de medicação profilática para redução da frequência e intensidade das crises.
Neste caso, optou-se por iniciar com um betabloqueador (propranolol 40 mg VO 2x/dia) por ser eficaz
e seguro no controle da migrânea e por ter indicação na hipertensão arterial sistêmica do paciente.
Orientações gerais: aconselhamento sobre a identificação e evitação dos fatores desencadores das
crises, como estresse, privação de sono e consumo de álcool. Incentivo à prática regular de exercícios
físicos, manutenção de uma rotina de sono adequada e alimentação equilibrada.
Acompanhamento: agendamento de retorno em seis semanas para reavaliação da eficácia do tra-
tamento e ajuste das medicações, se necessário. Caso as crises não melhorem com o tratamento
inicial, outras opções farmacológicas podem ser consideradas, como anticonvulsivantes (topiramato,
valproato de sódio) ou antidepressivos tricíclicos (amitriptilina).
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Cefaleia
DIAGNÓSTICO:
u Anamnese detalhada, focando na caracterização da dor, duração e frequência das crises, fatores
desencadeantes e resposta a analgésicos comuns.
u Exame físico e neurológico completo, incluindo fundoscopia e pesquisa de sinais meníngeos.
u Exames complementares para exclusão de causas secundárias de cefaleia, como hemograma,
glicemia, função renal e hepática, eletrólitos séricos e imagem do encéfalo (ressonância magné-
tica ou tomografia computadorizada).
TRATAMENTO:
u Tratamento agudo das crises com triptanos (ex: sumatriptano), administrados no início do episódio
e repetidos conforme necessário, respeitando o limite máximo de doses em 24 horas.
u Profilaxia com medicação adequada para redução da frequência e intensidade das crises (ex: beta-
bloqueadores, anticonvulsivantes, antidepressivos tricíclicos), ajustada de acordo com a resposta
do paciente e presença de comorbidades.
u Orientações gerais sobre a identificação e evitação dos fatores desencadeantes, prática regular
de exercícios físicos, rotina de sono adequada e alimentação equilibrada.
u Acompanhamento e reavaliação periódica para ajuste das medicações e monitoramento da evo-
lução clínica.
Questão 1 Discursiva
Questão 2 Discursiva
Quais são as principais causas de cefaleia secundária que devem ser consideradas e investigadas?
Questão 3 Discursiva
Como diferenciar a enxaqueca da cefaleia tensional e da cefaleia em salvas com base na história
clínica?
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Cefaleia Clínica Médica
Questão 4 Discursiva
Quais são as principais opções de tratamento farmacológico agudo para enxaqueca e cefaleia ten-
sional?
Questão 5 Discursiva
Quais são as principais estratégias de prevenção farmacológica e não farmacológica para pacientes
com enxaqueca e cefaleia tensional?
GABARITO
Questão 1 Discursiva
Questão 2 Discursiva
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Cefaleia
Questão 3 Discursiva
A enxaqueca é caracterizada por dor de cabeça unilateral, pulsátil, de intensidade moderada a intensa,
associada a náuseas e/ou vômitos e fotofobia ou fonofobia. A cefaleia tensional é caracterizada por
dor de cabeça bilateral, em faixa ou peso, de intensidade leve a moderada, sem náuseas ou vômitos
e sem fotofobia ou fonofobia. A cefaleia em salvas é caracterizada por dor de cabeça extremamente
intensa, unilateral, em torno do olho ou na têmpora, acompanhada de sintomas autonômicos do
mesmo lado da dor.
Questão 4 Discursiva
Questão 5 Discursiva
As principais estratégias de prevenção não farmacológica para enxaqueca e cefaleia tensional incluem:
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Cefaleia Clínica Médica
u Identificação e evitação de gatilhos: como estresse, privação de sono, jejum prolongado, consu-
mo de álcool e cafeína, e exposição a luzes intensas ou sons altos.
u Terapia cognitivo-comportamental: para manejo do estresse e desenvolvimento de habilidades
de enfrentamento.
u Técnicas de relaxamento: como respiração profunda, meditação, ioga e exercícios de alongamento.
u Biofeedback: técnica que permite ao paciente aprender a controlar funções corporais, como a
tensão muscular e a frequência cardíaca, para reduzir a dor de cabeça.
u Prática regular de atividade física: como caminhadas, natação ou ciclismo, que podem ajudar a
reduzir a frequência e a intensidade das crises de cefaleia.
u Manutenção de uma rotina regular de sono: estabelecer horários fixos para dormir e acordar, além
de garantir um ambiente adequado para o sono, pode ajudar a prevenir crises de cefaleia.
u Hidratação adequada: manter-se bem hidratado ao longo do dia pode auxiliar na prevenção de
crises de cefaleia.
MATERIAL
COMPLEMENTAR
DO CASO CLÍNICO
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Material complementar do caso clínico Clínica Médica
CEFALEIAS
Cinquenta anos
C (início após)
Paciente com cefaleia
E Esforços admitido na emergência
F Febre
História colhida e exa-
me físico performado
A Acordou pela dor
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Material complementar do caso clínico
E Esforços
F Febre
A Acorda o paciente
I Imunossupressão
A Anticoagulação
S Severidade progressiva
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Material complementar do caso clínico Clínica Médica
Cefaleia que muda substancial- Piora com DD: causas de hipertensão intracraniana; Pio-
mente com o decúbito. ra com ortostase: causas de hipotensão intracraniana.
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Material complementar do caso clínico Clínica Médica
Pioram quando se estimula o cérebro: Luz (fotofobia), barulho (fonofobia), cheiro (os-
mofobia), atividades que requeiram concentração (estudo, trabalho, etc).
Náuseas e vômitos.
Insonia
Jejum/ “Pular refeições”
Desidratação
Período menstrual/pré -menstrual
Estresse
Alguns alimentos: Queijo envelhecido, especialmente do tipo Cheddar; Álcool, especial-
mente vinho tinto; Frutas cítricas, alimentos muito condimentados, hipercalóricos.
Nenhum evento único (por exemplo, vinho tinto, estresse, chocola-
te) age como um gatilho para todas as pessoas com enxaqueca.
É raro, em um individuo com enxaqueca, que um gatilho sempre leve a uma crise.
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Material complementar do caso clínico
CEFALEIA TENSIONAL
TRATAMENTO
CEFALEIA EM SALVAS
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Material complementar do caso clínico Clínica Médica
TRATAMENTO
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