Crimes Contra A Administração Pública
Crimes Contra A Administração Pública
Crimes Contra A Administração Pública
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem
móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em
proveito próprio ou alheio:
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.
§ 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do
dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio
ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário.
Peculato culposo
§ 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
§ 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença
irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.
CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
➢ “Não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja
subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a
qualidade de funcionário”.
➢ Elemento Subjetivo: Dolo
➢ Crime Material
➢ Cabe a tentativa
CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
➢ Pune-se o funcionário público pela sua violação ao dever jurídico de cuidado, ao permitir,
com sua imprudência, negligência ou imperícia, que outra pessoa se aproprie, desvie ou
subtraia o dinheiro, o valor ou outra coisa móvel de quem tem a posse em razão do
cargo, que pertença à Administração Pública ou esteja sob sua custódia.
Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar
ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados
da Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou
para causar dano:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
➢ Crime Próprio
➢ Crime Doloso
➢ Crime Formal
➢ Admite a Tentativa.
CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Art. 314 - Extraviar livro oficial ou qualquer documento, de que tem a guarda em razão do
cargo; sonegá-lo ou inutilizá-lo, total ou parcialmente:
Pena – reclusão, de um a quatro anos, se o fato não constitui crime mais grave.
➢ Crime Próprio
➢ Crime Doloso
➢ Admite a Tentativa (com exceção de sonegar).
➢ Crime Subsidiário
CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Art. 315 - Dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa da estabelecida em lei:
Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.
➢ Crime Próprio
➢ Crime Doloso
➢ Admite a Tentativa
➢ Crime Formal.
CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função
ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida:
Pena – reclusão, de dois a doze anos, e multa
➢ Crime Próprio
➢ Crime Doloso
➢ Admite a Tentativa
➢ Crime Formal.
CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
➢ Crime Próprio
➢ Crime Doloso
➢ Admite a Tentativa (por escrito)
➢ Crime Formal.
CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
➢ Crime Próprio
➢ Crime Doloso
CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que
fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar
promessa de tal vantagem:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
§ 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em consequência da vantagem ou promessa, o
funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo
dever funcional.
§ 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de
dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.
CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
➢ Crime Formal.
➢ Crime Próprio
➢ Crime Formal
CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra
disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente público, de cumprir seu dever de
vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a
comunicação com outros presos ou com o ambiente externo:
Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.
➢ Crime Omissivo
➢ Crime Formal
➢ Crime Doloso.
CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
➢ Crime Próprio
➢ Crime Formal
➢ Crime Doloso
➢ Crime Omissivo
CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
❑ Advocacia Administrativa (Art. 321)
Art. 321 - Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública,
valendo-se da qualidade de funcionário:
Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.
Parágrafo único - Se o interesse é ilegítimo:
Pena - detenção, de três meses a um ano, além da multa.
➢ Crime Próprio
➢ Crime Material
➢ Crime Doloso
➢ Admite a tentativa
CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
❑ Abandono de Função (Art. 323)
Art. 323 - Abandonar cargo público, fora dos casos permitidos em lei:
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.
§ 1º - Se do fato resulta prejuízo público:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
§ 2º - Se o fato ocorre em lugar compreendido na faixa de fronteira:
Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
Art. 324 - Entrar no exercício de função pública antes de satisfeitas as exigências legais, ou continuar a exercê-
la, sem autorização, depois de saber oficialmente que foi exonerado, removido, substituído ou suspenso:
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.
➢ Crime Próprio
➢ Crime Formal
➢ Crime Doloso
CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
❑ Violação de Sigilo Funcional (Art. 325)
Art. 325 - Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, se o fato não constitui crime mais grave.
§ 1º Nas mesmas penas deste artigo incorre quem:
I – permite ou facilita, mediante atribuição, fornecimento e empréstimo de senha ou qualquer outra forma, o acesso de pessoas
não autorizadas a sistemas de informações ou banco de dados da Administração Pública;
II – se utiliza, indevidamente, do acesso restrito.
§ 2º Se da ação ou omissão resulta dano à Administração Pública ou a outrem:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.
➢ Crime Próprio
➢ Crime Formal
➢ Crime Doloso
CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
❑ Conceito de Funcionário Público(Art. 327)
Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora
transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.
§ 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em
entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço
contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração
Pública.
§ 2º - A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes previstos
neste Capítulo forem ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção ou
assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de economia mista,
empresa pública ou fundação instituída pelo poder público.
CRIMES DO PARTICULAR CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
➢ Crime Comum
➢ Crime Doloso
➢ Crime Formal
➢ Admite a Tentativa
CRIMES DO PARTICULAR CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
❑ RESISTÊNCIA (Art. 329)
Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário
competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio:
Pena - detenção, de dois meses a dois anos.
§ 1º - Se o ato, em razão da resistência, não se executa:
Pena - reclusão, de um a três anos.
§ 2º - As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à violência.
➢ Crime Comum
➢ Crime Doloso
➢ Crime Formal
➢ Admite a Tentativa
CRIMES DO PARTICULAR CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
➢ Crime Comum
➢ Crime Doloso
➢ Crime Formal
➢ Admite a Tentativa
CRIMES DO PARTICULAR CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
➢ Crime Comum
➢ Crime Doloso
➢ Crime Formal
➢ Admite a Tentativa
CRIMES DO PARTICULAR CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa
de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da
função:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
Parágrafo único - A pena é aumentada da metade, se o agente alega ou insinua que a
vantagem é também destinada ao funcionário.
➢ Crime Comum
➢ Crime Doloso
➢ Crime Formal
➢ Admite a Tentativa
CRIMES DO PARTICULAR CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-
lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
Parágrafo único - A pena é aumentada de um terço, se, em razão da vantagem ou
promessa, o funcionário retarda ou omite ato de ofício, ou o pratica infringindo dever
funcional.
➢ Crime Comum
➢ Crime Doloso
➢ Crime Formal
➢ Admite a Tentativa
CRIMES DO PARTICULAR CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Art. 334. Iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela
entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria.
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
§ 1ª Incorre na mesma pena quem:
I - pratica navegação de cabotagem, fora dos casos permitidos em lei;
II - pratica fato assimilado, em lei especial, a descaminho;
III - vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de qualquer forma, utiliza em proveito
próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria de
procedência estrangeira que introduziu clandestinamente no País ou importou
fraudulentamente ou que sabe ser produto de introdução clandestina no território nacional
ou de importação fraudulenta por parte de outrem;
CRIMES DO PARTICULAR CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
IV - vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de qualquer forma, utiliza em proveito
próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria proibida
pela lei brasileira;
V - adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade
comercial ou industrial, mercadoria proibida pela lei brasileira.
§ 2º - Equipara-se às atividades comerciais, para os efeitos deste artigo, qualquer forma de
comércio irregular ou clandestino de mercadorias estrangeiras, inclusive o exercido em
residências.
§ 3º A pena aplica-se em dobro se o crime de contrabando é praticado em transporte
aéreo, marítimo ou fluvial.