Dos Delitos e Das Penas - Resenha

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 8

UEMG – Diamantina

Discente: Gabriel da Silva Lemos


Docente: Kellyne Gomes
Turma: 2º Período
Disciplina: História do Direito

Resenha sobre o livro “Dos Delitos e das Penas” de Cesare Beccaria. Edição
eletrônica: Ridendo Castigat Mores. Disponível em: eBooksBrasil.com

I – Introdução
Cesare Beccaria começa seu livro definindo que a sociedade deve ser igualitária, onde
as vantagens devem ser igualmente repartidas entre os membros. Entretanto, ele diz
logo em seguida que naturalmente tende a ser desigual, onde uma minoria tem mais
(poder e felicidade) e a maioria tem menos. Cesare relaciona isso à criação de leis, que
deveriam ser feitas pelos homens livres, mas que se sucumbi às paixões das minorias.
Além disso ele introduz por meio de perguntas, os temas que serão tópicos de
discussão em seu livro, tais como: penas, punições, pena de morte, tormento, tortura
e meios para prevenir delitos.

II – Origem das penas e direito punir


“A MORAL política não pode proporcionar à sociedade nenhuma vantagem durável, se
não for fundada sobre sentimentos indeléveis do coração do homem.” (pag.10)
O autor diz que todas as leis que não se submetem a esse processo de criação estão
sujeitas ao fracasso, afinal é no coração que se encontra os princípios fundamentais do
direito de punir.
Ao dizer isto, tem-se a impressão que as leis que seguem esse método de criação não
fracassarão, mas, entendo que tudo passa por um processo de evolução, mesmo
aquelas leis feitas pelo bom senso do coração humano estão fadadas a caírem.

III – Consequências desses princípios


No capítulo três é evidenciado o importante papel do legislador, este, representa toda
a sociedade por um contrato social. Como consequência tem-se que somente as leis
podem fixar as penas de cada delito. Outra consequência é que o Soberano deve
apenas fazer leis gerais, não compete a ele julgar.
Percebi nesse capítulo que a intenção do autor foi explicar como funciona a divisão de
poderes ideal para ele, com diferenças ao sistema atual (Legislativo, Executivo,
Judiciário), as principais diferenças são que o Soberano para Cesare Interpreta e o juiz
apenas aplica.

Página | 1
UEMG - Diamantina - 2017
IV – Da interpretação das leis
Cesare fala sobre o papel do juiz, e a este compete apenas o papel de aplicar as leis,
não possuindo o direito de interpretar. O autor acredita que o único interprete
autentico é o Soberano.
Como expus no último capítulo, o autor não confere ao juiz o papel que lhe é dado
atualmente (interprete).

V – Da obscuridade das leis


Beccaria afirma ainda que a interpretação arbitrária é um mal, mas também, sua
obscuridade é um mal, é preciso ponderar a interpretação. Sabe-se também que as leis
devem ser escritas na língua vulgar, podendo então, as leis estarem presentes nas
casas das pessoas, e quanto mais forem lidas, menores serão os delitos, pois, ao saber
quais penas são aplicadas a cada delito, haverá um controle maior de emoções.

VI – Da prisão
É nesse capítulo que Cesare defende a prisão como medida de segurança, podendo o
estado prender deliberadamente alguém simplesmente por suspeita ou testemunho
de alguém, em prol da segurança de todos, deve-se também manter presos aqueles
que são inimigos. É papel da lei estabelecer de maneira fixa, por quais indícios de
delitos um acusado pode ser preso.

VII – Dos indícios do delito e da forma dos julgamentos


É necessário então definir sob que circunstâncias os indícios devem ser levados em
consideração. O autor diz que quando a força de todas as provas dependerem de uma
só, merecem pouca consideração, afinal, ao destruir um aprova caem todas as outras.
Agora quando existem provas independentes entre si que se correlacionam, há
grandes chances de ser verdade, por isso, merecem muito mais considerações.
Vejo então a posição de Beccaria a respeito dos julgamentos como opostas à maneira
que funciona hoje em dia. Beccaria baseia-se no ponto em que o réu é quem precisa
provar sua inocência, e não a acusação provar que o réu é culpado.

VIII – Das testemunhas


Beccaria define também quais são as testemunhas confiáveis para se aceitar o
testemunho, não sendo parte desse grupo de pessoas, as mulheres, os já condenados
e os com nota de infâmia. Apenas os homens razoáveis, ou seja, “aqueles que possuem
suas ideias no lugar” sendo necessário mais de uma testemunha para o julgamento,
pois, se o acusado conseguir se defender de uma acusação ele será inocentado, sendo
esse, portanto, um julgamento precipitado.
Atualmente as visões de Cesare seriam consideradas preconceituosas, mas analisando
sua teoria na íntegra, é perceptível uma coerência no fato de ser necessário mais de
uma testemunha para que possa ser levado a julgamento o acusado.

Página | 2
UEMG - Diamantina - 2017
IX – Das acusações secretas
Beccaria não enxerga as acusações secretas de bom grado, para ele, isso possibilita ao
homem ser falso, além disso, as nações que garantem as acusações secretas possuem,
por conseguinte, uma Constituição fraca.
“Desejar-se-ia salvar o delator da infâmia a que se expõe? Seria, então, confessar que
se autorizam as calúnias secretas, mas que se punem as calúnias públicas.” (pag.21)
Beccaria define que os testemunhos falsos devem ser punidos, uma de suas
justificativas para repudiar esse método é que, ao autorizar o sigilo não haveria como
punir os testemunhos falsos.
O autor não analisa o sigilo como algo positivo, mas a verdade é que o sigilo tem
pontos positivos sim, pois, possibilita por exemplo, pessoas ameaçadas ou temerosas
fazerem suas denúncias.

X – Dos interrogatórios sugestivos


Baseando-se nos criminalistas, os juízes devem fazer o interrogatório de maneira sabia,
não seguindo uma linha reta, mas utilizar-se de um meio indireto para evitar que o
criminoso elabore sua resposta.
É como se o autor dissesse que é papel do juiz, dificultar para o acusado, afinal, se ele
for inocente conseguirá provar.

XI – Dos juramentos
Outro artifício que Cesare repudia completamente é o juramento de dizer a verdade.
Ele diz que o homem não falará a verdade quando esta for causar a sua destruição.
Cabe dizer ainda que muitas vezes a voz do interesse humano fala mais alto que a
religião e que o próprio coração.

XII – Da questão ou tortura


Considerado uma barbaria por Beccaria, a tortura é acolhida por muitos governos com
o objetivo de arrancar uma confissão de um crime ou até mesmo para esclarecer as
contradições em que caiu. Para o autor um homem não deve ser considerado culpado
sem a sentença do juiz. Argumenta ainda dizendo que ou um delito é certo u incerto,
se certo, não há a necessidade de tortura pois cabe agora a aplicação da punição, se
incerto, é injusto aplicar tal ato a uma pessoa inocente.

XIII – Da duração do processo e da prescrição


Cesare diz que quando é feita uma acusação e as provas são certas é necessário dar ao
acusado tempo e meios para que este prove sua inocência, contudo, o tempo
disponibilizado tem que ser curto, para que a punição ao delito seja eficaz e sirva como
freio para outros infratores.
Vejo que Cesare tem uma visão de que a sociedade não é boa em si, são as leis que a
regula que asseguram um controle dos delitos humanos.

Página | 3
UEMG - Diamantina - 2017
XIV – Dos crimes começados; dos cúmplices; da impunidade
Para Cesare, a punição não deve apenas ser aplicadas àqueles que já cometeram um
crime, mas também se uma ação considerada o começo de um delito, sendo aplicada
uma pena mais leve, é claro.
Em relação aos cumplices, concordo com Beccaria, pois, à medida que a punição para
que executa o ato é maior, mais difícil será para encontrar alguém que execute,
diminuindo então as execuções de crimes.
A impunidade é vista por ele como algo que tem seus lados positivos e negativos,
nesse caso, acredito que o mais adequado é o que temos atualmente, a “delação
premiada” em que um dos cumplices negocia sua pena e entrega todos os envolvidos.

XV – Da moderação das penas


Nesse capítulo a argumentação de Cesare me agrada, pois, ele diz que as punições
devem ser moderadas, nem exageradas e nem sensíveis, garantindo que o infrator não
cometa mais o ato e a sociedade tema aquela punição, funcionando de maneira
educativa.

XVI – Da pena de morte


Sobre a pena de morte, Cesare diz que em determinadas situações é permitido ou
necessário: única maneira de impedir que determinada pessoa cometa mais crimes.
Por desacreditar na pena de morte e sua eficácia, me considero em desacordo com o
autor. Mesmo se posicionando a favor da pena de morte em casos especiais, Cesare
diz que as punições precisam apenas desviar os homens do crime, não é necessário
então o gigantesco medo que a pena de morte causa.

XVII – Do banimento e das confiscações


Beccaria vê o banimento como uma solução para criminosos que põe em risco a
segurança social. Nesse ponto, discordo, afinal, o Estado tem que ter controle de seus
indivíduos, o banimento é então uma desistência além de “entregar” a outra
sociedade um infrator.
Posteriormente ele fala sobre as confiscações, desaprovando-as, pois, põe a prêmio a
cabeça do infeliz, afinal, os bens precisam ser herdados por alguém e é aí que se
encontra a falha.

XIX – Da publicidade e da presteza das penas


O autor define a necessidade de as leis serem prontas e públicas, evitando assim a
angustia do acusado para saber seu destino, uma vez que, com a presteza dessa o
infrator já saberá sua punição. Para isso, a publicidade das leis é inevitável, sendo
possível a todos terem conhecimento destas.
Acredito que a publicidade é inevitável para um bom funcionamento das leis e
diminuição dos delitos, mas a presteza das leis traz um problema, a relatividade, o juiz
julgará casos distintos de forma igual, podendo ser uma aplicação injusta a
determinados casos.

Página | 4
UEMG - Diamantina - 2017
XX – Que o castigo deve ser inevitável. – Das graças
O autor começa o capítulo dizendo que o que garante a segurança não é o rigor da
norma, mas a certeza do castigo. Ele fala ainda sobre os delitos que são pouco
importantes ou são perdoados, estes continuam sendo contrários ao bem público, por
isso, precisam ser punidos. Me encontro em acordo com o pensamento do autor,
afinal não é necessárias punições drásticas, apenas a certeza de que existirá uma pena
fará com que desperte o medo de recebe-la, ademais, todos os atos ilícitos devem ser
penalizados não importando o grau.

XXI – Dos asilos


Ao iniciar o capítulo é proposto a pergunta sobre os asilos, se eles são justos ou
injustos. Cesare se posiciona contrário ao asilo, era esperado essa resposta, afinal, se
ele considera as punições como um ato “educacional” não poderia concordar com uma
punição que não ocorra no local onde o delito foi cometido.

XXII – Do uso de pôr a cabeça a prêmio


Assim como Beccaria, eu não considero vantajoso colocar a cabeça de uma pessoa a
prêmio, pois, como o autor explicita, demonstra fraqueza do estado que não consegue
se defender por si próprio e busca auxilio do próprio povo, mas também, instiga o mal
comportamento das pessoas, tornando-se mais perigosa, revelando mais criminosos,
matando inocentes e armando a população.

XXIII – Que as penas devem ser proporcionadas aos delitos


Beccaria acredita na proporcionalidade entre os delitos e as penas, pois, se o homem
quer praticar um crime ele sabe que receberá punições, por obvio, ele optará pelo
crime mais funesto pois receberá a mesma pena que aqueles que cometem crimes
menos graves. Sobre a proporcionalidade nas penas, vejo que é o mais correto a ser
feito, apenas a justificativa que o autor utiliza é diferente da minha, acredito que a
proporção das penas e delitos deve haver pelo simples fato de “justiça da pena”.

XXIV – Da medida dos delitos


Nesse capítulo Cesare nos mostra como em diversas sociedades a medida dos delitos é
diferente sendo em alguns locais, a gravidade de um crime, medida pela dignidade da
pessoa ofendida, já em outros, a gravidade é medida pelo nível de ofensa à divindade.

XXV – Divisão dos delitos


Beccaria divide então os crimes em aqueles que tendem diretamente a destruição da
sociedade ou dos que representam, aos que atingem os cidadãos e outros são
contrários ao que a lei prescreve ou proíbe.

Página | 5
UEMG - Diamantina - 2017
XXVI – Dos crimes de lesa-majestade
A respeito desses crimes, não acredito que deveriam ser punidos, afinal, só ocorrem
em Estados autoritários em que não há liberdade de expressão. Beccaria considera-os
como grandes crimes porque são nocivos à sociedade.

XXVII – Dos atentados contra a segurança dos particulares e principalmente


das
Violências
Neste capítulo Cesare finalmente fala sobre os crimes contra a segurança dos
particulares, considerando estes crimes como graves e classificando-os em contra a
vida, contra a honra e contra os bens.

XXVIII – Das injúrias


Beccaria considera também, assim como eu, que os crimes contra a honra precisam
ser punidos baseando-se na infâmia. Diferentemente da justificativa do autor eu vejo
que a punição é merecida, na medida que, não há nenhum cidadão melhor que o
outro, sendo assim, ninguém tem o direito de humilhar ou denegrir a imagem de
outrem.
XXIX – Dos duelos
O autor contextualiza o capítulo anterior ao dizer que em decorrência das injúrias é
que se desencadeiam os duelos. Mesmo sendo contrário aos duelos, não acredito que
estes existem em sociedades com más leis, o conceito de bom e mal é relativo, sendo,
na minha opinião, os duelos frutos do costume.

XXX – Do roubo
É nesse capítulo que Beccaria fala sobre o roubo e qual seria a punição mais adequada,
de fato, ele acerta ao dizer que muitas vezes esses crimes são cometidos por pessoas
infortunadas, mas, ele acredita que a escravidão é a maneira mais justa de punição
neste caso. Graças a um processo evolucional, na sociedade atual repudia a
escravidão, acredito que isso dificulta ainda mais a ascensão social e econômica
daquela pessoa, configurando em um perpétuo ciclo de pobreza e por conseguinte de
mais roubos.

XXXI – Do contrabando
Assim como todos os delitos o contrabando deve por obvio ser punido. Baseando-me
em uma visão Positivista, acredito que esse crime deve ter punições semelhantes ao
roubo, afinal, o contrabando é um roubo ao estado.

XXXII – Das falências


O autor fala inicialmente sobre a distinção do falido fraudulento e o de boa-fé. O
fraudulento deve receber uma pena mais dura, pois, seu crime é equiparado ao de
falsificador de moedas. O de boa-fé não merece ser punido severamente, pois, um
infortúnio não previsível o fez perder todos os seus bens e seus meios de lucro, puni-lo

Página | 6
UEMG - Diamantina - 2017
como se pune os verdadeiros criminosos poderia despertar nele uma figura também
criminosa.

XXXV – Do suicídio
Ele trata o suicídio como um delito, o qual não possui punições aplicáveis pois apena
só poderia recair sobre um corpo insensível. Acredito que o sujeito que suicida
prejudica a sociedade na medida que sua ausência é sentida pelas pessoas que o
conhecia, é claro, não cabendo nenhuma punição a ninguém.
O autor evidencia ainda que existe outro abandono que causa muito mais prejuízo e
dano que o suicídio, tais como aqueles que abandonam sua nação para viver em outra.

XXXVI – De certos delitos difíceis de constatar


Tais delitos são o adultério, a pederastia e o infanticídio. O autor define que o adultério
é diferentemente dos doutros dois algo que advêm antes do pacto social, é natural o
desejo entre duas pessoas.
A verdade é que os dois primeiros são naturais do homem, pois, está ligado à atração
entre pessoas. Apenas o último se encaixa em um delito contra a vida, mas ainda
assim, existem exceções para sua execução.

XXXVIII – De algumas fontes gerais de erros e de injustiças na legislação e, em


primeiro lugar, das falsas ideias de utilidade
Neste capítulo Beccaria demonstra sua indignação aos legisladores que fazem falsas
ideias de utilidade, repudiando aqueles que se ocupam mais com inconvenientes
particulares do que com os gerais. Esse é um problema que continua ocorrendo,
legisladores que trabalham em prol de interesses próprios ou de um grupo,
geralmente pertencente à classe alta da sociedade (minoria).

XXXIX – Do espírito de família


Cesare expõe suas impressões sobre como seria uma sociedade em que cada família
produz seu próprio modo de existência, a partir disso, ele diz que seria uma sociedade
onde existiriam mais escravos que homens livres (o chefe da casa seria livre e os
demais integrantes seguiriam as ordens do chefe, se tornando escravos do chefe). Já
no outro tipo de sociedade em que todos são cidadãos, todos juntos produzem leis
que garantem suas liberdades, sendo, portanto, melhor.
Assim como o autor, vejo que o contrato social é fundamental para o bom
funcionamento das sociedades, pois, o homem é naturalmente social e o contrato
possibilita a criação de um Estado que agrade aquela comunidade com o intuito de
assegurar a segurança e os direitos decididos pelas próprias pessoas, exceto em casos
de representatividade em que as decisões são indiretas.

XL – Do espírito do fisco
O autor neste capítulo fala sobre aqueles estados em que o soberano analisava cada
crime baseando-se no preço do crime. Isso é um problema na medida que, o soberano

Página | 7
UEMG - Diamantina - 2017
passa então a ver os crimes como um negócio lucrativo, decorrente disso, o soberano
não se preocupará com boas leis, pois, o descumprimento delas é lucrativo. Acredito
que esta visão dele é completamente plausível e bem fundamentada, é natural que em
uma sociedade que valoriza as riquezas os homens se apeguem facilmente aos meios
que lhes garantiram lucro.

XLI – Dos meios de prevenir crimes


“Quereis prevenir os crimes? Fazeis leis simples e claras; fazei-as amar; e esteja a
nação
inteira pronta a armar-se para defendê-las, sem que a minoria de que falamos se
preocupe constantemente em destruí-las.
Não favoreçam elas nenhuma classe particular; protejam igualmente cada membro da
sociedade; receie-as o cidadão e trema somente diante delas. O temor que as leis
inspiram é salutar, o temor que os homens inspiram é uma fonte funesta de crimes.”
(pag.69)
Nestes parágrafos O autor define como seria um modelo ideal de legislação, baseando-
se em leis que sejam simples e claras (correlacionando com sua teoria de leis que
sejam estudadas nas casas por todos e que todos tenham capacidade de entende-las),
sejam amadas (garantindo assim um espírito nacionalista em que todos amam e
concordam com as leis, logo descumpri-la seriam algo raro) e que não favoreçam
nenhuma classe particular, afinal a desigualdade desencadeia criminalidade e ódio.
De fato, este modelo feito por Beccaria é coerente em si, contrariando seu modelo, as
constituições atuais são escritas na língua formal e sequer são estudadas nas casas e
escolas, isso com certeza é um ponto negativo e que o autor nos alertou.

XLII – Conclusão
As ideias de Cesare Beccaria são de fato, bem instruídas, levando em consideração a
época em que viveu. Algumas de suas ideias revolucionárias poderiam sim ser
aplicadas atualmente na minha opinião, entre elas, a de leis que sejam simples e claras
afim de ser objeto de estudo por toda a sociedade, coisa que não acontece. Por fim ele
conclui resumindo seus resultados dizendo que as leis precisam ser essencialmente
públicas, prontas, necessárias e proporcionais.

Página | 8
UEMG - Diamantina - 2017

Você também pode gostar