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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CAMPUS ARARANGUÁ
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENSINO DA FÍSICA

MAICON TEIXEIRA DE MATOS

ROBÓTICA EDUCACIONAL NO ENSINO DE FÍSICA – CONSTRUÇÃO E


APLICAÇÃO DE CARRINHOS DE CONTROLE REMOTO PARA ABORDAGEM DO
CONTEÚDO DE DINÂMICA – FORÇAS E AS LEIS DE NEWTON.

ARARANGUÁ
2021
MAICON TEIXEIRA DE MATOS

ROBÓTICA EDUCACIONAL NO ENSINO DE FÍSICA – CONSTRUÇÃO E


APLICAÇÃO DE CARRINHOS DE CONTROLE REMOTO PARA ABORDAGEM DO
CONTEÚDO DE DINÂMICA – FORÇAS E AS LEIS DE NEWTON.

Dissertação submetida ao Programa de Mestrado


Nacional em Ensino de Física da Universidade Federal
de Santa Catarina para a obtenção do Grau de mestre em
ensino de física.

Orientador: Prof. Dr. Marcelo Zannin da Rosa.

ARARANGUÁ
2021
Maicon Teixeira de Matos

ROBÓTICA EDUCACIONAL NO ENSINO DE FÍSICA – CONSTRUÇÃO E APLICAÇÃO DE


CARRINHOS DE CONTROLE REMOTO PARA ABORDAGEM DO CONTEÚDO DE
DINÂMICA – FORÇAS E AS LEIS DE NEWTON.

Esta Dissertação foi julgada adequada para obtenção do Título de “Mestre em Ensino de Física”,
e aprovado em sua forma final pelo Programa de Pós-Graduação em Ensino de Física da Universidade
Federal de Santa Catarina, Curso de Mestrado Profissional em Ensino de Física (MNPEF).

Araranguá, 20 de agosto de 2021.

________________________
Prof. Dr. Leandro Batirolla Krott
Coordenador do Curso

Banca Examinadora:

________________________
Prof. Dr. Marcelo Zannin da Rosa
Orientador
Universidade Federal de Santa Catarina

________________________
Prof. Dr. Evy Augusto Salcedo Torres
Membro interno
Universidade Federal de Santa Catarina

________________________
Prof. Dr. Éverton Fabian Jasinski
Membro Interno
Universidade Federal de Santa Catarina

________________________
Prof. Dr. Luiz Fernando Belchior Ribeiro
Membro Externo
Universidade Federal de Santa Catarina
Este trabalho é dedicado minha esposa Ana Paula e aos
meus filhos Davi e Brenda, por todo apoio, incentivo e
carinho no transcorrer desta caminhada e por nunca
deixar de acreditar em mim.
AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por minha vida e minha saúde.

À Universidade Federal de Santa Catarina do polo de Araranguá e à Sociedade Brasileira de


Física (SBF) pelo programa Mestrado Nacional Profissional em Ensino de Física e à CAPES pelo
apoio financeiro por meio da bolsa concedida.

Aos professores do Mestrado Nacional Profissional Ensino de Física (MNPEF) da


Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) do polo de Araranguá, representados na pessoa do
coordenador Leandro Batirolla Krott por compartilhar seus conhecimentos.

Ao meu orientador Marcelo Zannin da Rosa pela oportunidade de compartilhar comigo seus
conhecimentos, fundamentais ao desenvolvimento deste trabalho, sua dedicação nas orientações e a
paciência para a construção deste trabalho.

A todos os funcionários da universidade, pelo carinho e atenção.

A todos os colegas da turma 2017/2018 do MNPEF pela convivência, troca de conhecimento


e companheirismo durante esta etapa de nossas vidas, em especial às minhas colegas Keli Cristina
Luchese, Schirley Aparecida de Alano Scheffer e Tânia Aline Varela da Silva.

Ao meu amigo Douglas Edson Schereiber incentivo e os debates para a construção da ideia
inicial deste trabalho.

Em especial a pessoa que mais me incentivou nesta caminhada, minha amada esposa Ana
Paula Tiscoski Coelho, sem você nada disso seria possível, obrigado, obrigado e obrigado por tudo.

Aos meus filhos Davi Tiscoski Teixeira de Matos e Brenda Tiscoski Teixeira de Matos,
desculpas pelos momentos de ausência, papai ama vocês incondicionalmente.
“Embora os mestres e os livros sejam auxiliares necessários. É do esforço próprio que resulta os mais
complexos e brilhantes resultados”

(Garfield por Jim David)


RESUMO

Este trabalho descreve uma proposta pedagógica na disciplina de Física, destinada ao estudo sobre
Dinâmica no conteúdo das Forças e Leis de Newton em que trabalha o sistema de polias. O produto
educacional utilizou a robótica educacional na qual os alunos construíram um carrinho controlado
remotamente via bluetooth para rebocar peso com o auxílio de um aparato de polias. Optou-se por
utilizar materiais que apresentassem um baixo custo e portátil e pudessem ser empregados em novos
conteúdos. A utilização experimento com o uso da robótica educacional é uma ferramenta para uma
educação voltada ao século XXI. O questionamento norteador deste trabalho foi “Como o uso da
robótica baseada nas teorias de aprendizagem de Vygotsky pode contribuir para a formação integral
dos estudantes?”. Para este fim, foram desenvolvidas e aplicadas quatro sequências didáticas
envolvendo a utilização da Robótica Educacional aos conteúdos de Dinâmica sobre as Forças e as
Leis de Newton, buscando explorar e tirar proveito de recursos tecnológicos para aumentar o interesse
do aluno nas aulas de física. Nos grupos de trabalho, foram montados carrinhos controlados
remotamente através de aplicativo para aparelho móvel. Para o desenvolvimento destas atividades,
foi desenvolvido um manual e um guia de montagem do carrinho, totalmente ilustrado. Também foi
disponibilizado manual de montagem do aparato de polias. A proposta apresentada foi implementada
com alunos do primeiro ano do Ensino Médio da Escola de Educação Básica Joaquim Ramos,
localizada na cidade de Criciúma/SC. As etapas do projeto foram divididas em três partes: (i)
Preparação, (ii) Execução e (iii) Fechamento. Na Etapa de preparação: realizadas divisões dos grupos
de trabalho, confecção das carenagens, montagem da parte eletrônica, os testes de rodagem do
carrinho e resposta do questionário eletrônico individual. A etapa da execução: na qual foram
implementadas as quatro etapas da pesquisa sobre a força de tração, polia fixa, polias móveis e
associação de polias; estas etapas foram desenvolvidas no laboratório de ciências da escola, onde os
grupos de trabalho buscavam soluções que exigiram deles muito mais que simples resoluções de
cálculos matemáticos e aplicações de fórmulas prontas sobre o conteúdo de polias. Essas
experimentações, criações e refutações de hipóteses pelos alunos formulados, só são possíveis quando
o erro é visto como parte do processo de aprendizagem e colabora para a construção do conhecimento
e elaboração dos conceitos adotados nesta pesquisa. A etapa de fechamento: ao final de cada atividade
da etapa anterior, eram coletados os questionários das respostas formuladas pelos grupos de trabalho
e ao final de todo o processo, cada estudante realizou um questionário eletrôn.3333ico. A análise dos
resultados juntamente com a aplicação e implementação desta proposta metodológica, tem como
objetivo buscar respostas, fomentar e implementar soluções para a questão norteadora desta pesquisa.
O trabalho que foi desenvolvido com uso da robótica educacional contribuiu de forma significativa,
para o aprendizado dos estudantes, como constatado nos instrumentos de avaliação utilizados,
resultando em uma maior participação nas aulas e na sua motivação ao estudo da física e empenho na
busca de soluções, mostrando que a escola pública pode e deve ser um local em que os recursos
tecnológicos agregam e são ferramentas fundamentais para o ensino.

Palavras-chave: Polias. Arduino. Metodologia de ensino de Física. Robótica educacional


ABSTRACT

This work tests a pedagogical proposal in the discipline of Physics, aimed at the study of Dynamics in the content
of Newton's Forces and Laws in which the pulley system works. The educational product uses educational robotics
in which students built a remotely controlled cart via bluetooth to haul weight with the aid of a policy device. We
chose to use materials that were low cost and portable and could be used in new content. Experimental use with the
use of educational robotics is a tool for an education focused on the 21st century. The guiding question of this work
was “How can the use of robotics based on Vygotsky's learning theories contribute to the integral formation of
students?”. To this end, four didactic sequences involving the use of Educational Robotics were developed and
applied to the contents of Dynamics on Newton's Forces and Laws, seeking to explore and take advantage of
technological resources to increase student interest in physics classes. In the work groups, carts were set up remotely
controlled through a mobile device application. For the development of these activities, a manual and a guide for
the assembly of the cart were developed, fully illustrated. A manual for the assembly of the pulley apparatus was
also made available. The proposal presented was implemented with first-year high school students at the Joaquim
Ramos Basic Education School, located in the city of Criciúma/SC. The project stages were divided into three parts:
(i) Preparation, (ii) Execution and (iii) Closing. In the Preparation stage: divisions of work groups were carried out,
fairings were made, the electronic part was assembled, the cart running tests and the individual electronic
questionnaire answered. The execution stage: in which the four stages of the research on traction force, fixed pulley,
mobile pulleys and pulley association were implemented; these steps were carried out in the school's science
laboratory, where the work groups sought solutions that required much more than simple mathematical calculations
and application of ready-made formulas on the pulleys content. These experiments, creations and refutations of
hypotheses formulated by the students are only possible when the error is seen as part of the learning process and
contributes to the construction of knowledge and elaboration of the concepts adopted in this research. The closing
stage: at the end of each activity from the previous stage, questionnaires were collected from the responses
formulated by the working groups, and at the end of the entire process, each student completed an electronic
questionnaire. The analysis of the results together with the application and implementation of this methodological
proposal, aims to seek answers, promote and implement solutions for the guiding question of this research. The
work that was developed using educational robotics contributed significantly to student learning, as seen in the
assessment instruments used, resulting in greater participation in classes and their motivation to study physics and
commitment to finding solutions , showing that the public school can and should be a place where technological
resources add and are fundamental tools for teaching.

Keywords: Pulleys. Arduino. Physics teaching methodology. educational robotics


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Polia simples com uma corda passado pelo sistema de fixação. .............................................. 19
Figura 2 - Um ponto de apoio e moverei o mundo. .................................................................................. 20
Figura 3 - Mudança do sentido da força em uma roldana fixa. ................................................................. 20
Figura 4 - Força motora e resistência. ....................................................................................................... 21
Figura 5 - Forças atuantes na polia fixa. ................................................................................................... 23
Figura 6 - Polia móvel. .............................................................................................................................. 26
Figura 7 - Forças atuantes na polia móvel paralelas. ................................................................................ 26
Figura 8 - Diagrama de corpo livre polia móvel ....................................................................................... 27
Figura 9 - Deslocamento inicial e final na polia móvel. ........................................................................... 28
Figura 10 - Sistema de polias móveis........................................................................................................ 29
Figura 11 - Divisão das forças na polia 2 da associação de polias. ........................................................... 30
Figura 12 - Divisão de forças na polia 3 da associação de polias ............................................................. 30
Figura 13 - Forças atuantes em cada polia dos sistemas de polias móveis ............................................... 31
Figura 14 - Kit de peças de montagem distribuídos aos alunos, ............................................................... 40
Figura 15 - Carrinho controlado remotamente. ......................................................................................... 47
Figura 16 - Montagem da parte eletrônica. ............................................................................................... 48
Figura 17 - Realização da medição da força tração................................................................................... 49
Figura 18 - Aparato com polia fixa e móvel. ............................................................................................ 50
Figura 19 - Ilustração realizada pelos grupos de trabalho para os vetores presentes na montagem da
atividade de força de tração: (a) G1, (b) G2, (c) G3, (d) G4 e (e) G5.................................. 57
Figura 20 - Carrinho com massa extra e com a mudança do piso de tracionamento. ............................... 59
Figura 21 - Ilustração realizada pelos grupos de trabalho para os vetores presentes na montagem da
atividade de polia fixas: (a) G1, (b) G2, (c) G3, (d) G4 e (e) G5. ....................................... 62
Figura 22 - Ilustração realizada pelos grupos de trabalho para os vetores presentes na montagem da
atividade de polia móvel: (a) G1, (b) G2, (c) G3, (d) G4 e (e) G5. ..................................... 67
Figura 23 - Ilustração realizada pelos grupos de trabalho para os vetores presentes na montagem da
atividade de associação de polia móvel: (a) G1, (b) G2 e (c) G3 ........................................ 71
Figura 24 - Ilustração realizada pelos grupos de trabalho para os vetores presentes na montagem da
atividade de associação de polia móvel: (a) G4 e (b) G5..................................................... 72
Figura 25- As opiniões dos alunos da metodologia utilizada. ................................................................... 73
Figura 26 - Opiniões dos alunos sobre aulas de física antes e depois da implementação. ........................ 73
Figura 27 - Trecho do trabalho do grupo .................................................................................................. 77
Figura 28 - Esquemas uso das polias nas estruturas.................................................................................. 78
Figura 29 - Modificações das variáveis físicas. ........................................................................................ 78
Figura 30 - Trechos da escrita dos grupos de trabalho. ............................................................................. 79
Figura 31 - Interface gráfica do Arduino................................................................................................... 94
Figura 32 - Seleção do modelo do Arduino. ............................................................................................. 95
Figura 33 - Selecionando a porta serial do Arduino. ................................................................................. 95
Figura 34 - Interface com o nome do programa. ....................................................................................... 96
Figura 35 - Carregamento do arquivo. ...................................................................................................... 96
Figura 36 - Led's indicadores RX e TX..................................................................................................... 97
Figura 37 - Status do programa. ................................................................................................................ 97
Figura 38 - Controle com as letras de comando. ..................................................................................... 100
Figura 39 - Interface gráfica do MIT APP Inventor................................................................................ 104
Figura 40 - Aba de importação de projetos. ............................................................................................ 105
Figura 41 - Janela de adicionar um URL. ............................................................................................... 105
Figura 42 - Aba de informação do URL.................................................................................................. 106
Figura 43 - Tela com o aplicativo importado. ......................................................................................... 106
Figura 44 - Blocos de comando............................................................................................................... 107
Figura 45 - Aba de compilação do aplicativo.......................................................................................... 108
Figura 46 - Arquivo executável do programa. ........................................................................................ 108
Figura 47 - Layout do aplicativo instalado.............................................................................................. 109
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Etapas dos projetos................................................................................................................... 41


Tabela 2 - Força de tração média do carrinho de cada grupo em kgf. ...................................................... 52
Tabela 3 - Força de tração com polias fixas em kgf. ................................................................................. 58
Tabela 4 - Força de tração obtidos com polias móveis em kgf. ................................................................ 63
Tabela 5 - Força de tração obtidos com sistemas de polias móveis em kgf. ............................................. 68
Tabela 6 - Notas atribuídas aos alunos ...................................................................................................... 76
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

APP Aplicativo
IDE Integrated Development Environment
LED Light-emitting Diode
MEC Ministério da Educação
MIT Massachusetts Institute os Technology
MNPEF Mestrado Nacional Profissional em Ensino de Física
MRU Movimento Retilíneo Uniforme
PVC Policloreto de polivinila
PWN Pulse-Width Modulation
RE Robótica Educacional
R.U.R. Rossuum's Universal Robots
SBF Sociedade Brasileira de Física
UFPE Universidade Federal de Pernambuco
S.I. Sistema Internacional
UFRGS Universidade Federal do Rio Grande do Sul
UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro
UFSC Universidade Federal de Santa Catarina
UNESCO Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura
UNICAMP Universidade Estadual de Campinas
URL Uniform Resource Locator
USB Universal Serial Bus
VM Vantagem Mecânica
Z.P.D. Zona de Desenvolvimento Proximal
LISTA DE SÍMBOLOS

a Aceleração
∝ Alfa
𝒄𝒐𝒔 ∝ Cosseno
Sf Deslocamento final
Si Deslocamento inicial
𝑭⃗ Força
𝑭⃗𝑴 Força motora
𝑭⃗𝑹 Força resistência
g Gramas
kgf Quilograma-força
m Massa
N Newton
n Número de polias
𝑷⃗ Peso
Kg Quilograma
s Segundos
T⃗ Tensão
∆St Variação do deslocamento total
VM⃗ Vantagem mecânica
V Volts
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 12

2. OBJETIVOS ............................................................................................................................. 14
2.1 OBJETIVOS GERAIS ........................................................................................................... 14
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................................... 14

3. FUNDAMENTOS DA FÍSICA ............................................................................................... 15


3.1 LEIS DE NEWTON ............................................................................................................... 15
3.2 PRIMEIRA LEI DE NEWTON – PRINCÍPIO DA INÉRCIA ......................................... 16
3.3 SEGUNDA LEI DE NEWTON – LEI DO MOVIMENTO ............................................... 16
3.3 TERCEIRA LEI DE NEWTON – LEI DA AÇÃO E REAÇÃO ....................................... 18
3.5 POLIAS .................................................................................................................................... 18
3.6 POLIAS FIXAS ....................................................................................................................... 22
3.7 POLIAS MÓVEIS.................................................................................................................... 25
3.8 ASSOCIAÇÃO DE POLIAS MÓVEIS ................................................................................... 28

4. REVISÃO BIBIOGRÁFICA .................................................................................................. 32


4.1 TEORIA DE APRENDIZAGEM ......................................................................................... 32
4.2 ROBÓTICA NA EDUCAÇÃO ............................................................................................. 35

5. METODOLOGIA .................................................................................................................... 38
5.1 DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO EDUCACIONAL .................................................. 38
5.2 O DESENVOLVIMENTO DOS PROTÓTIPOS EXPERIMENTAIS ................................... 42
5.3. PROGRAMAÇÃO E INSTALAÇÃO DO ARDUINO UNO ............................................ 43
5.4. PROGRAMAÇÃO DO APLICATIVO .............................................................................. 43
5.5 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS ....................................................................... 43
5.5.1 Análise dos dados ................................................................................................................ 44
5.5.2 Questionários pré-teste e pós-teste..................................................................................... 44
5.5.3 Diário de bordo .................................................................................................................... 45
5.6 AVALIAÇÕES ........................................................................................................................ 45

6 RESULTADOS .......................................................................................................................... 46
6.1 SUJEITO DA PESQUISA ..................................................................................................... 46
6.2 DETALHAMENTO DAS ATIVIDADES ............................................................................ 46
6.3 OS ROTEIROS DE ATIVIDADES PROPOSTAS ............................................................. 50
6.3.1 MONTAGEM E EXECUÇÃO DA ATIVIDADE 1 – FORÇA DE TRAÇÃO.............. 51
6.3.2 MONTAGEM E EXECUÇÃO DA ATIVIDADE 2 – POLIAS FIXAS ......................... 57
6.3.3 MONTAGEM E EXECUÇÃO DA ATIVIDADE 3 – POLIAS MÓVEIS..................... 63
6.3.4 MONTAGEM E EXECUÇÃO DA ATIVIDADE 4 – ASSOCIAÇÃO DE POLIAS
MÓVEIS ........................................................................................................................................ 67
6.4 REGISTRO DAS CONCEPÇÕES DOS ALUNOS ............................................................ 72

7 PERSPECTIVA FUTURAS ..................................................................................................... 80

8 CONCLUSÃO ........................................................................................................................... 80

REFERÊNCIAS ........................................................................................................................... 83

Apêndice A - Molde da lateral esquerda do carrinho ............................................................... 87


Apêndice B - Molde da lateral direita do carrinho ................................................................... 88
Apêndice C - Molde da superior frontal .................................................................................... 89
Apêndice D - Molde da superior trazeira................................................................................... 90
Apêndice E - Molde da base ........................................................................................................ 91
Apêndice F - Programação para o carrinho .............................................................................. 92
Apêndice G - Programação do Arduino..................................................................................... 94
Apêndice H - Programação para o carrinho comentada .......................................................... 98
Apêndice I – Programação do aplicativo ................................................................................. 104
Apêndice J - Relatório de atividade .......................................................................................... 110
Apêndice K - Modelo de relatório força de tração .................................................................. 112
Apêndice L - Modelo de relatório polias fixa ........................................................................... 113
Apêndice M - Modelo de relatório polias móveis .................................................................... 114
Apêndice N - Modelo de relatório para associação de polias móveis .................................... 115
Apêndice O - Lógica de programação ...................................................................................... 116
Apêndice P - Molde da base para corte a laser........................................................................ 117
Apêndice Q – Produto educacional........................................................................................... 118
12
1. INTRODUÇÃO Capt

A geração atual de estudantes do ensino médio está muito mais inserida, familiarizada e
interessada em tecnologia (Persada, 2019; Turner, 2015). O uso de telefones celulares durante as aulas
como ferramenta de suporte ao ensino tem se tornado, por exemplo, é uma tendência cada vez mais
presente, gerando controvérsia, com argumentos a favor de seu uso (Prensky, 2005; Grant, 2015;
Nikolopoulou, 2020) e contra ele (McCoy, 2016; O'Bannon, 2015; Flanigan, 2020).
A robótica é uma prática com grande potencial para impactar a educação em ciência e tecnologia,
pois favorece o “aprender fazendo” (Campos, 2017). A utilização desta ferramenta no âmbito educacional
pode estimular a curiosidade, empolgação, concentração, orgulho e prazer na realização das atividades
(Aglaé, 2008) a partir de metodologias específicas que possibilitem o relacionamento entre conteúdos
curriculares, como os de Matemática, Artes, Física e Ciências. Assume-se, desta forma, como ferramenta
interdisciplinar, defendendo de tal modo a construção do conhecimento (Aglaé, 2008). Entretanto, há a
necessidade de pesquisa sobre o impacto dos resultados da aprendizagem e sobre novas formas de integrar
o uso da robótica educacional nos currículos (Miller, 2016; Benitti, 2012; Zhong, 2020).
O uso de metodologias de aprendizagem apropriadas, como trabalho por projetos, abordagem por
competências, aprendizagem baseada em problemas, bem como a aprendizagem cientifica, podem
contribuir de maneira significativa no desenvolvimento dessas habilidades (Campos, 2017).
A aplicação da teoria de Vygostky em conjunto ao ensino de robótica educacional para estudantes
do Ensino Médio torna-se um ambiente fértil para a construção e compartilhamento de conhecimento, por
propor um ambiente de trabalho em equipe, por meio de compartilhamento de tarefas onde os eventuais
erros farão parte do processo, busca-se assim o desenvolvimento de uma aprendizagem colaborativa através
do uso da robótica educacional (Aglaé, 2008). Desta forma, o estudante passa a aprender através de seus
próprios acertos e erros. O erro deixa de ser algo ruim e passa a oferecer oportunidades de aprendizado,
para que o aluno entenda porque errou, tornando-se autônomo na construção do seu conhecimento,
investigando, explorando, planejando e dando forma a suas ideias (Almeida, Silva, & Amaral, 2013; Zilli,
2004).
No entanto muitos alunos consideram que a disciplina de Física, da maneira que é abordada no
ambiente escolar, torna-se complexa e as aulas se concentram em manipulações matemáticas e carecem de
exemplos reais (DeWitt, 2019; Erinosho, 2013). A maioria dos livros didáticos de Física traz uma
abordagem centrada em cálculos matemáticos, sem qualquer relação com o dia a dia do estudante conforme
(Scorsatto, 2010).
13
O ensino de Física, assim como de outras áreas de conhecimento, continua essencialmente centrado
nos conteúdos, sem apresentar ligação com o dia a dia dos estudantes e baseia-se, na maioria das
vezes, em aulas expositivas. Nesta perspectiva, os professores tendem a transmitir conteúdos e os
estudantes possuem um comportamento passivo no processo, muitas vezes simplesmente realizando
cálculos matemáticos ao invés de interpretar fenômenos físicos. No contexto citado, há poucos
espaços para a reflexão referentes aos problemas existentes na natureza e muito menos a verificação
e a aprendizagem de fenômenos existentes no planeta. (Scorsatto, 2010, p.9).

Conforme (Ferreira & Raboni, 2013):

As aulas de Física têm sido restritas à linguagem textual, acompanhada dos signos matemáticos e
físicos, de modo que a grande maioria dos estudantes encontra muita dificuldade na interpretação
de leis, postulados, enunciados de problemas e outros, bem como na compreensão do mundo a partir
dessas leis, limitando-se quase sempre à aplicação de equações sobre as quais pouco sabem falar.
(Ferreira & Raboni p. 86, 2013)

Esta forma de ensino da Física, que se encontra centrada na manipulação matemática e vem sendo empregada a
décadas pelos professores de ensino médio, está recriando os modelos apresentados a estes profissionais em sua formação,
onde (Moreira M. A., 2020).

... parece que nunca saímos do paradigma do livro. Em nosso ensino de graduação, tanto nas
disciplinas de Física Geral como nas avançadas, é o livro de texto quem determina o nível do curso,
a ementa, o programa, a sequência das aulas, enfim, o plano de ensino da disciplina. O laboratório
parece ser uma obrigação incômoda para muitos professores; o ideal aparenta ser explicar, ou
simplesmente repetir, o que está no livro e dar uma lista de problemas para os alunos. (Moreira,
2000, p.95).

Para transposição deste paradigma, a participação ativa dos alunos no seu processo de
aprendizagem, assume um papel significativo no processo de construção do conhecimento (Moreira M. A.,
2020).
Portanto, para o ensino médio a perspectiva é de uma mudança radical: Física não dogmática,
construtivista para a cidadania, com ênfase em modelos, situações reais, elementos próximos, práticos e
vivenciais do aluno, do concreto para o abstrato, Física Contemporânea (Moreira M. A., 2000, p.98),
possibilitando assim, que o aluno possa testar ideias sobre o conteúdo de Física proposto a ele. E com a
inserção da robótica educacional como instrumento de socialização na disseminação do conhecimento,
torna-se um caminho motivador para o aprendizado, pois a mesma permite desenvolver trabalhos em
equipe levando o estudante à interações sociais em seu grupos de trabalho, que de acordo com Vygosky
(Vygosky, 2001) é fundamental para o desenvolvimento do conhecimento.

a zona de desenvolvimento proximal é a distância entre o nível real de desenvolvimento determinado


pela resolução de problemas independentemente e o nível de desenvolvimento potencial
determinado pela resolução de problemas sob orientação de adultos ou em colaboração com
companheiros mais capacitados. (Vygosky, 2001)
14
Na teoria vygotskyana os agentes envolvidos devem ter contato com o experimento e a troca de
saberes. O desenvolvimento cognitivo se dá pelo processo de internalização da interação social com
materiais fornecidos pela cultura (Silva & Gonçalves, 2007).
Experimentos são frequentemente usados para ilustrar e contextualizar os conceitos e motivar os
alunos (Anwar, 2019; Azar, 2011; Schwichow, 2016; Cardoso, 2019; Arís & Orcos, 2019). A apresentação
de experiências e demonstrações em sala de aula, geralmente, negligencia as interações entre os estudantes
e entre eles e o instrumental. Ocorrem aulas expositivas em que o experimento realizado pelo professor
equivale a um recurso audiovisual (Gaspar & Monteiro, 2005).

2. OBJETIVOS

2.1. OBJETIVO GERAL

Essa pesquisa propõem desenvolver e aplicar um produto educacional de baixo custo para ilustrar
as leis de Newton com experimentos com robótica educacional, fazendo uma análise do seu uso como
ferramenta para uma educação voltada ao século XXI, e como essa metodologia pode contribuir para a
formação integral dos educandos embasada na teoria de aprendizagem de Vygotsky.

2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Montar o hardware de um carrinho de controle remoto;


 Desenvolver a comunicação e controle do carrinho via aplicativo de celular;
 Desenvolver um produto educacional para o estudo de polias em Física do Ensino Médio.
 Elaborar sequência didática que abordem os conceitos de polias;
 investigar a aplicação de um produto educacional desenvolvido na eficiência
didática/pedagógica de alunos de 1º ano do ensino médio
 Realizar a análise crítica sobre a aplicação;
15
3. FUNDAMENTOS DA FÍSICA

3.1. LEIS DE NEWTON

Ao longo da história da humanidade existiu uma série de notáveis pensadores, filósofos,


matemáticos e físicos, que contribuíram para a existência dos pressupostos teóricos que antecederam a este
notável físico, Isaac Newton.
O publicação das Leis de Newton, provocou na história da ciência um marco conceitual de
fundamental importância, pois alterou as concepções de mundo da humanidade dando uma explicação
universal e contundente para os movimentos dos corpos (Menezes L. d., 2016).
A necessidade de criação de um marco temporal para a realização desta escrita, será realizada
como utilizada com publicação por Isaac Newton uma de suas obras que versam sobre o assunto abordado
nesta pesquisa.
A obra escolhida foi Philosophiae naturalis principia mathematica, ou Princípios Matemáticos da
Filosofia Natural, publicada em 5 de julho de 1687.
Esta obra foi a mais completa sistematização do conhecimento de sua época, na qual toda Física
clássica foi sintetizada em uma única obra, unindo a cinemática de Galileu e a Astronomia de Kepler.
O núcleo central dos Principia, constituem os três pilares fundamentais que chamamos Mecânica
Clássica, que justamente por isso também é conhecida por Mecânica Newtoniana.
As leis de movimento de acordo com Newton no Principia, segundo (Balola, 2010):

Lei I: Todo o corpo persevera no seu estado de repouso ou de movimento uniforme em linha reta, a
não ser na medida em que é obrigado a mudar o seu estado pelas forças que lhe são impressas. [...]
Lei II: A mudança de movimento é proporcional à força motriz impressa, e dá-se ao longo da linha
reta em que aquela força é impressa. [...]
Lei III: A uma ação corresponde sempre uma reação contrária e igual: ou seja, as ações de dois
corpos entre si são sempre iguais e vão em direções contrárias. (Balola, 2010, p. 32-33).

As leis de Newton estão enunciadas no livro didático de (Fukui, Molina, & Venê, 2006) como:

Lei I - Se nenhuma força atua em um corpo, ou se a resultante das forças que atuam for nula, o corpo
fica em repouso ou em movimento retilíneo uniforme (MRU).
Lei II - Quando a resultante das forças externas que atuam sobre um corpo é não nula (R ≠ O), sua
velocidade vetorial sofrerá alteração. Essa alteração de velocidade (aceleração) é proporcional à
intensidade da resultante.
Lei III - Quando um corpo interage com outro, aplicando-lhe uma força (ação), recebe desse corpo
a aplicação de outra força (reação), de mesma intensidade e mesma direção, mas de sentido oposto.
(Fukui, Molina & Venê, 2006, p. 109 – 119)
16
3.2. PRIMEIRA LEI DE NEWTON PRINCIÍPIO DA INÉRCIA

A primeira lei de Newton, denominada de Princípio da Inércia, tem seu enunciado descrito da
seguinte forma. “Existem referenciais chamados inerciais tais que, nesses referenciais, uma partícula
isolada se move em linha reta percorrendo distâncias iguais em tempos iguais”. (Cabral, 1984).
Percebemos neste enunciado deixa explicito que são referenciais inerciais, sem os quais não
podemos caracterizar de forma apropriada a Mecânica.
Quando não adotarmos um referencial inercial como podemos afirmar que o referencial que
adoramos é inercial a qualquer outro referencial, que se encontra movendo como velocidade (módulo,
direção e sentido) constante em relação a este corpo que consideramos em inercial.
Ao consideramos o nosso referencial inercial em nosso sistema, podemos consideram que o
resultante da soma de todas as forças (𝐹⃗ ) que atuam no sistema é zero, matematicamente representamos
esta situação como:

𝑃𝑟𝑖𝑚𝑒𝑖𝑟𝑎 𝑙𝑒𝑖 𝑑𝑒 𝑁𝑒𝑤𝑡𝑜𝑛


(1)
𝐹⃗ = 0⃗

Newton conseguiu mostrar o comportamento de um corpo a resultante das forças é igual a zero,
porém, sentiu necessidade de entender o que acontece quando um corpo está sob a ação de forças, pois a
experiência diz que dada força produz acelerações de módulos diferentes, em corpos diferentes, com massas
diferentes.

3.3. SEGUNDA LEI DE NEWTON – LEI DO MOVIMENTO

A segunda lei de Newton, denominada Lei do Movimento, diz que a força resultante que age sobre
um corpo deve ser igual ao produto da massa do corpo por sua aceleração.
Este princípio, também chamado de princípio fundamental da dinâmica.
Como exemplo pegaremos dois objetos de formatos similares e massas distintas.
Uma bola de tênis e uma bola de basquete, a força aplicada (𝐹⃗ ) em ambos os casos será idêntica,
sendo que a massa (𝑚) das bolas são diferentes resultando em uma aceleração (𝑎⃗) diferente em ambos os
casos.
Na mecânica clássica o momento linear (𝑝⃗), ou simplesmente momento, é um vetor que é
determinado pelo produto da massa (𝑚) do objeto por sua velocidade(𝑣⃗)
17

𝑝⃗ = 𝑚. 𝑣⃗ (2)

Conforme (Halliday, Resnick, & Walker, 1996), Newton em seu famoso livro Principia, descreveu
a segunda lei do movimento em termos do momento linear (que chamou de quantidade de movimento).
Como sabemos que a massa pode varia com o tempo, no entanto, para a realização deste
experimento será considerado que a massa não sofrerá nenhuma alteração.
Na equação (1) temos a formulação da 2ª Lei de Newton com base em seu momento linear.
Fazendo a derivada em ambos membros podemos expressar matematicamente a 2° Lei de Newton da
seguinte forma:

𝑑𝑝⃗ 𝑑𝑣⃗
=𝑚 (3)
𝑑𝑡 𝑑𝑡

Reescrevendo a equação (3) e trocando a derivada em função do tempo pela aceleração, teremos:
𝑑𝑝⃗
= 𝑚. 𝑎⃗ (4)
𝑑𝑡

Na equação (4) mostra força resultante sobre um determinado corpo é igual à variação de sua
quantidade de movimento durante um determinado intervalo de tempo.

𝐹⃗ = 𝑚. 𝑎⃗ (5)

Sendo essa, a expressão contida nos livros didáticos que tornou-se a mais “conhecida”,
correspondente à segunda lei de Newton escrita da seguinte forma:

𝑆𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑎 𝑙𝑒𝑖 𝑑𝑒 𝑁𝑒𝑤𝑡𝑜𝑛 (6)


𝐹⃗ = 𝑚. 𝑎⃗

Ou temos a segunda lei de Newton em termos das componentes da força e da aceleração, que
matematicamente fica desta forma:

𝐹⃗ , = 𝑚. 𝑎⃗ ; 𝐹⃗ , = 𝑚. 𝑎⃗ ; 𝐹⃗ , = 𝑚. 𝑎⃗ (7)
⃗ ⃗ ⃗
𝐹⃗ , = 𝑚. = ; 𝐹⃗ , = 𝑚. = ; 𝐹⃗ , = 𝑚. (8)
18
Nas expressões apresentadas anteriormente vale lembrar que a força resultante aplicada
(𝐹⃗ ), a massa (𝑚) e a aceleração (𝑎)⃗ realizada sobre um corpo, ocasiona uma aceleração diretamente
proporcional a força aplicada sobre este corpo.
Sendo a massa, o comprimento e o tempo definidos como grandezas fundamentais no estudo da
física, a força é uma grandeza derivada. Assim a unidade padrão para força é chamada de Newton, sendo
representada matematicamente por:

1 𝑁𝑒𝑤𝑡𝑜𝑛 = (1 𝑞𝑢𝑖𝑙𝑜𝑔𝑟𝑎𝑚𝑎) × (1 𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑝𝑜𝑟 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜 𝑎𝑜 𝑞𝑢𝑎𝑑𝑟𝑎𝑑𝑜) (9)


𝑚
𝑁 = 𝑘𝑔 . (10)
𝑠

Assim em decorrência a segunda lei de Newton quando existir vária forças atuando sobre um único
ponto material, levamos em conta o princípio da superposição que afirma, para todos os sistemas lineares
o resultado de duas ou mais forças atuando sobre o sistema, teremos a seguinte situação onde o vetor
resultante é igual ao multiplicação da massa do corpo pelo vetor de aceleração deste corpo. Podemos
representar esta da seguinte forma:

𝐹⃗ = m𝑎⃗ (11)

3.4. TERCEIRA LEI DE NEWTON – LEI DA AÇÃO E REAÇÃO

A terceira lei de Newton, denominada ação e reação, enuncia que se um corpo A exerce uma força
(𝐹⃗ ) sobre um corpo B, então o corpo B também exercerá uma força (𝐹⃗ ) de mesmo módulo, mesma
direção e sentidos contrários, isso significa que as duas forças têm módulos iguais e sentidos opostos e pode
ser descrito matematicamente da seguinte forma:

𝑇𝑒𝑟𝑐𝑒𝑖𝑟𝑎 𝑙𝑒𝑖 𝑑𝑒 𝑁𝑒𝑤𝑡𝑜𝑛 (12)


𝐹⃗ = − 𝐹⃗

3.5. POLIAS

As polias, roldanas ou moitões, como podemos observar na Figura 1, são peças mecânicas,
constituídas de uma roda de material rígido, de metal, madeira ou plástico, lisa ou apresentado uma fenda
ou fulcro no disco, acionada por uma correia, corda ou fio, flexível e inextensível que gira sobre um eixo
19
central e transferindo o movimento e a força para outro objeto, podendo ser associado a outras polias, assim
fazendo o trabalho de uma engrenagem.

Figura 1 - Polia simples com uma corda passado pelo sistema de fixação.

Fonte: Fukui, Molina & Venê, 2006, p. 133

Estes dispositivos mecânicos são instalados com o propósito de facilitar o transporte ou


deslocamento de peso nas mais diversas atividades humanas.
Podemos caracterizar um sistema de polias de duas formas.
Na primeira que podemos considerar um sistema de polias é considerá-lo ideal, onde tem a
capacidade de mudar a direção do fio e transmitir a força aplicada integralmente, acoplada a um fio ideal,
sendo este caracterizado por ter uma massa desprezível, ser inextensível e flexível, ou seja, é capaz também
de transmitir totalmente a força aplicada nele de uma extremidade à outra, podemos assim considerar o
sistema como se os corpos estivessem encostados.
Na segunda de considerar um sistema de polias chamado de real, onde tem a capacidade de mudar
a direção do fio, no entanto, parte da força aplicada nesta mudança de direção e perdida no processo, o fio
utilizado para tem massa, é extensível e flexível, ou seja parte da força aplicada absorvida por ele e não
transmitida totalmente a outra extremidade.
A história relata que Arquimedes, grego do terceiro século a.C., foi a primeira pessoa que construiu
e usou um sistema de roldanas, assim ele podia deslocar grandes pesos exercendo pequenas forças, segundo
(Assis, 2008):

Diversos autores mencionam uma frase famosa de Arquimedes em conexão com suas invenções
mecânicas e sua capacidade de mover grandes pesos realizando pouca força: “Dê-me um ponto de
apoio e moverei a Terra,” Esta frase foi dita quando ele conseguiu realizar uma tarefa solicitada pelo
rei Hierão de lançar ao mar um navio de muitas toneladas, movendo-o apenas com a força das mãos
ao utilizar uma engrenagem composta de um sistema de polias e alavancas. (Assis, 2008, p.16)

A célebre frase “Dê-me um ponto de apoio e moverei a Terra” atribuída a ele, como podemos
observar na Figura 2, mostra que desde aqueles tempos o princípio das alavancas já era compreendido. O
relato mais antigo da representação da utilização de uma polia que temos registro é datado de 800 a.C., em
um mural da Assíria (Assis, 2008).
20

Figura 2 - Um ponto de apoio e moverei o mundo.

Fonte: Disponível em: <https://www.idoneos.com>

Na Física, as alavancas e polias são consideradas simples máquinas, no entanto com princípios
físicos a estas duas maquinas simples são completamente diferentes.
As polias, dependendo da maneira como estes dispositivos são utilizados podem servir para
multiplicar forças ou simplesmente mudar o seu sentido. Têm como princípio básico que a força realizada
sobre uma de suas extremidades seja transmitida para a outra extremidade da carga, mudando assim o
sentido da força aplicada, como podemos observar na Figura 3 abaixo:

Figura 3 - Mudança do sentido da força em uma roldana fixa.

Fonte: Fukui, Molina & Venê, 2006, p. 133

Segundo (Barbieri, 2011) uma máquina simples é definida como:

máquina simples é aquela que não pode ser decomposta em outra. Em geral, no estudo das máquinas
simples as grandezas físicas de interesse são: força potente resultante, força resistente resultante,
braço mecânico de potência, braço mecânico de resistência, trabalho potente, trabalho resistente,
momento torsor potente (ou torque potente), momento torsor resistente (ou torque resistente).
Todavia, é observado que no estudo em particular de uma determinada máquina, apresentado por
muitos livros didáticos, não se menciona a física de muitas grandezas presentes na situação em
questão.
A pretensão é reforçar a ideia de que a máquina somente é o elemento de transmissão de força,
independentemente de sua configuração. A preocupação de certa forma está concentrada nas forças,
21
potente e resistente, que se posicionam nas extremidades dessas máquinas simples. (Barbieri, 2016,
p. 4205-2)

Considerar as polias como máquinas simples; as suas classificações são apresentadas por (Fukui,
Molina, & Venê, 2006) sendo:

Há dois tipos de polia: fixa e móvel. Ambas funcionam como uma alavanca: uma extremidade da
corda é presa a carga a ser deslocada, sendo está a extremidade onde atua a força resistente; a outra
extremidade é usada para puxar a corda e deslocar a carga, sendo está a extremidade onde atua a
força potente. No meio, o ponto de fixação da polia serve como apoio.
Nos estudos de polias, neste livro, o cabo ou a corda que conecta todo o sistema é considerado ideal,
ou seja, fios inextensíveis e polias que giram livremente sem atrito, todos com massa desprezível.
(Fukui, Molina & Venê, 2006, p. 133).

Conforme (Barbieri, 2011) comenta:

Quando se estuda polias pelos textos em livros didáticos não fica clara a observância das utilidades
delas independentemente de suas classificações, fixa ou móvel, seja no ensino secundarista, ensino
superior ou mesmo pela internet, salvo alguns casos. Os estudos dos livros textos já são conduzidos
para suas combinações, ou seja, aos conjuntos de polias. Esses conjuntos também não possuem uma
descrição esclarecedora. A dificuldade encontrada em qualquer nível de ensino na exploração desses
assuntos. (Barbieri, 2011, p. 4305-3)

Os conjuntos de polias apresentam e podem ser utilizados em diferentes combinações e


configurações sendo estas chamadas de força motora 𝐹⃗ e força resistente 𝐹⃗ , conforme podemos
observar na Figura 4.

Figura 4 - Força motora e resistência.

Fonte: Simulador Physics at School - Adaptada

Na física a força motora é o nome dado ao trabalho realizado a favor do movimento de um corpo
corresponde à força que se aplica à máquina ao dotando estes corpo de energia cinética e força resistente
22
como é chamado a força que tem o trabalho de resistência realizado ao contrário ao movimento, isto é, que
tenta buscar ser equilibrada ou superada pela força motora, fazendo que o corpo tenha a energia cinética
reduzida ou alterada em outros tipos de energia, podendo ser aplicadas em pontos diferentes do sistema.
(Menezes L. d., 2016).
Vale ressaltar aqui que o conceito de trabalho que é uma grandeza física, e esta mede a
transformação ou transferência de energia, tem sua unidade de media em Joules. Além disso, o trabalho
que é exercido por uma força equivale a sua variação de energia cinética, bem como da energia
potencial atribuída a um corpo ou sistema de corpos.

3.6. POLIAS FIXAS

Uma polia fixa tem seu eixo preso a um suporte rígido, que lhe permite apenas o movimento de
rotação, impedindo qualquer translação, sendo que as forças agem nos extremos do fio (Barbieri, 2011).
Assim, a força de tração ou motora (𝐹⃗ ) realizada possui sentido oposto ao do movimento do objeto. Esta
força aplicada ao sistema é, em um modelo ideal, igual à força que seria aplicada caso o objeto fosse erguido
diretamente com a força aplicada. A vantagem está na possibilidade de mudar a direção de aplicação da
força. Outra vantagem da utilização de polias é a possibilidade a força motora seja menor que a força
resistente (𝐹⃗ ). Este ganho de força, chamado por (Assis, 2008) de vantagem mecânica (𝑉𝑀), é que
podemos expressar matematicamente pela fórmula:

𝐹⃗
𝑉𝑀 = = 1 (13)
𝐹⃗

Se 𝑉𝑀 < 1, temos desvantagem mecânica: a força empregada é maior que a força de resistência.
Se 𝑉𝑀 = 1, as forças são iguais: não há vantagem nem desvantagem mecânica ao movimentar ou
equilibrar o objeto.
A Figura 5 ilustra o sistema de forças de uma polia com seu eixo central fixo. O atrito é
desconsiderado neste modelo simplificado. As forças no cabo são modeladas por forças de tensão (𝑇⃗) em
suas extremidades. São mostradas também no sistema a motora (𝐹⃗ ) e resistente (𝐹⃗ ).
23
Figura 5 - Forças atuantes na polia fixa.

Fonte: Simulador Physics at School - Adaptada

Ao analisar o sistema de forças atuantes na Figura 5 podemos perceber que ambas as forças de
tração (𝐹⃗ ) e motora (𝐹⃗ ) exercidas no fio são empregadas com a mesma intensidade e no mesmo sentidos,
fazendo que o sistema se encontre em equilíbrio.
Quando analisamos o sistema na representação das forças atuantes através do diagrama de corpo
livre do sistema representados na Figura 5, percebemos as seguintes forças.

Figura 6 - Diagrama de corpo livre de uma polia fixa

Fonte: Simulador Physics at School - Adaptada

No diagrama de corpo livre da Figura 6, temos as seguintes forças atuando.

−𝐹⃗ = 𝑇⃗ −(𝑚. 𝑔⃗) = 𝑇⃗


↔ (14)
−𝐹⃗ = 𝑇⃗ −𝐹⃗ = 𝑇⃗
24
Para considerar as forças que atuam em um sistema estas se encontram em equilíbrio estático é
necessário observar duas condições.
Primeira condição de equilíbrio: A soma das forças
Um determinado corpo esteja em equilíbrio é que a soma de todas as forças que atuam sobre ele
deve ser nula.
O equilíbrio é estático quando a força resultante sobre o corpo é nula e este está em repouso, ou
seja, não possui velocidade, sendo assim, um objeto que se encontra executando movimento retilíneo
uniforme, não há aceleração, portanto, conforme a segunda lei de Newton, não existe força resultante.
Como a força é nula e o objeto possui velocidade constante, diz-se que o corpo está em equilíbrio
dinâmico.

𝐹⃑ = 0 (15)

Segunda condição de equilíbrio: A soma dos torques


O torque, também chamado de momento de uma força, é a grandeza vetorial relacionada com a
rotação de um sistema. Essa grandeza é definida pelo produto da força aplicada perpendicularmente em
determinado ponto do sistema pelo braço de alavanca, que corresponde à distância entre o ponto de
aplicação da força e o eixo de rotação.
Para que um sistema esteja em equilíbrio, é necessário que não haja rotação, portanto, a soma dos
torques que atuam sobre o sistema deve ser nula.
Na Figura 5, podemos observar a segunda condição descrita anteriormente, onde o fio que une
estas duas forças está sendo estão submetido por uma força de tensão (𝑇⃗) de mesma intensidade e sentido
contrário, aplicada em cada um das extremidades do fio, o somatório da forças atuantes no sistema é nulo
e fazendo que o resultando no seu torque também seja nulo. Quando fazemos a utilização de uma polia fixa
para a movimentação de cargas, obtemos como vantagem mecânica (𝑉𝑀), de resultado 1. Sendo assim a
polia fixa somente proporciona a mudança de direção da força aplicada e não um ganho de força.

𝐹⃗
𝑉𝑀 = = 1 (16)
𝐹⃗

Ao utilizar um sistema de polias fixas, a vantagens a se considerar é que o princípio do


deslocamento é o mesmo, fazendo com que o deslocamento apresentado entre o ponto inicial e o final da
massa seja o mesmo deslocamento obtido pela força motora (𝐹⃗ ) como mostra a Figura 7.
25

Figura 7 – Deslocamento entre o ponto final e inicial da polia fixa

Fonte: Simulador Physics at School - Adaptada

A vantagem mecânica é maior que um quando há redução na aplicação da força motora empregada
para o deslocamento da massa a ser movimentada. Para obter esta redução, se faz necessária a utilização de
polia móvel na configuração de montagem do sistema.
O objetivo de se investir no uso das polias móveis é de facilitar a realização de algumas tarefas,
dependendo como são empregadas.

3.7. POLIAS MÓVEIS

A polia móvel na Figura 8, mostra uma polia móvel que apresenta o seu eixo livre, permitindo
rotações e translações, sustentado o peso da massa acoplada a ela sobre o próprio fio e a força resistente
(𝐹⃗ ) , que deve ser superada ou equilibrada encontra-se aplicada no eixo da polia, enquanto a força motora
(𝐹⃗ ) age no extremo livre do fio, movimentando a massa. (Barbieri, 2011).
26

Figura 8 - Polia móvel.

Fonte: Fukui, Molina & Venê, 2006, p. 133

O sistema de polias paralelas, quando as direções das forças motora e resistente aplicadas ao
sistema, estiverem paralelamente, conforme mostrado na Figura 9.

Figura 9 - Forças atuantes na polia móvel paralelas.

Fonte: Simulador Physics at School - Adaptada

Podemos observar na Figura 9, uma polia suspensa por um corda envolta dela, que está presa ao
teto, a massa que está suspensa pela polia exerce uma força de resistência (𝐹⃗ ) em uma tensão (𝑇⃗) na corda
que o segura de mesma intensidade de sua força de resistência (𝐹⃗ ).
Quando analisamos o sistema na representação das forças atuantes através do diagrama de corpo
livre do sistema representados na
Figura 10, percebemos as seguintes forças.
27

Figura 10 - Diagrama de corpo livre polia móvel

a) b)

Fonte: Simulador Physics at School - Adaptada

A tensão (𝑇⃗) na corda, que está presa em um lado ao teto e ao outro lado a uma força motora (𝐹⃗ ),
em ambos os lados a tensão possui um valor igual a metade do valor, pois aqui estamos admitindo que é
uma roldana utilizada seja do tipo ideal, ou seja, massa desprezível e, portanto, as tensões na corda é
consequência apena devido ao peso do bloco.
Assim, para determinar o valor da força motora (𝐹⃗ ) necessária para a movimentação do sistema,
podemos escrever a equação matemática com base no diagrama de corpo livre,
Figura 10a, temos.

2𝑇⃗ = − 𝐹⃗ (17)
−𝐹⃗ (18)
𝑇⃗ =
2

Incluindo o diagrama de corpo livre,


Figura 10b ao sistema, teremos a seguinte condição:

𝐹⃗ = −𝑇⃗ (19)
28
Ao igualar as equações (17) e (18) a equação matemática resultante para a movimentação do uma
polia livre fica escrita da seguinte forma:

𝐹⃗ (20)
𝐹⃗ =
2

A associação de polias móveis como na Figura 11, resulta numa força motora menor, no entanto,
o deslocamento total ∆𝑆 = 𝑆 − 𝑆 entre a força motora (𝐹⃗ ) em relação a força de resistência (𝐹⃗ ), a
movimentação da massa será metade do deslocamento total final ocorrido na força motora, quando aplicado
para esta movimentação somente uma polia móvel, conforme podemos observar a segui na Figura 11:

Figura 11 - Deslocamento entre o ponto inicial e final na polia móvel.

Fonte: Simulador Physics at School - Modificada

3.8. ASSOCIAÇÃO DE POLIAS MÓVEIS

Quando acoplamos ao sistema em uso várias polias móveis ao mesmo sistema para realizar a
movimentação de grandes massas, chamamos este dispositivo de associação de polias móveis, conforme a
Figura 12. No entanto, existem algumas associações bem características e que acabam recebendo os nomes
talha, moitão e cadernal, sem muita descrição de qual é um ou outro (Barbieri, 2011).
29
Figura 12 - Sistema de polias móveis.

Fonte: Simulador Physics at School - Modificada

Quando trabalhamos com “n” polias, em um sistema, conforme a Figura 12, a força motora
empregada (𝐹⃗ ) em sua movimentação da massa (𝐹⃗ ) é reduzida pela metade a cada nova polia adicionada
ao sistema.
Ao analisar o diagrama de corpo livre de cada uma das polias acopladas no sistema podemos
verificar esta situação mais claramente, pois cada uma das polias seguem o mesmo princípio de
dimensionamento de forças atuantes utilizados quando trabalhamos com uma única polia móvel que foram
deduzidas nas equações (18, 19, 20, 21).
Ao adicionar outra polia móvel (𝑛 = 2), ao sistema e verificarmos a força necessária para a
movimentação da massa (𝐹⃗ ) neste ponto de movimentação, perceberemos que será novamente dividida
por dois, como o acoplamento desta nova polia, isto ocorre por que as forças atuante no sistema se dividem
como explicitado no diagrama de corpo livre realizado em polias móvel na
Figura 10 e podemos replicar este pensamento nesta situação.
30
Figura 13 - Divisão das forças na polia 2 da associação de polias.

Fonte: Simulador Physics at School - Modificada

Podemos expressar matematicamente a força atuante no fio da polia 2 da seguinte forma.

𝐹⃗
(21)
𝐹⃗ = 2 ;
2
𝐹⃗ 1
𝐹⃗ = . ; (22)
2 2
𝐹⃗
𝐹⃗ = ; (23)
2

𝐹⃗
𝐹⃗ = ; (24)
4

Quando adicionamos uma nova polia ao sistema, que chamaremos de (n=3), esta associação
novamente a força motora será reduzida pela metade.

Figura 14 - Divisão de forças na polia 3 da associação de polias

Fonte: Simulador Physics at School - Modificada


31
Representaremos matematicamente esta situação da seguinte forma.

𝐹⃗
(25)
𝐹⃗ = 4
2
𝐹⃗ 1
𝐹⃗ = . ; (26)
4 2
𝐹⃗ 1
𝐹⃗ = . ; (27)
2 2
𝐹⃗
𝐹⃗ = ; (28)
2

As forças atuantes mostrado na Figura 11 em cada polia fica representado da seguinte forma na
Figura 15, onde os fios com as mesmas cores tem as forças atuantes iguais.

Figura 15 - Forças atuantes em cada polia dos sistemas de polias móveis

Fonte: Simulador Physics at School - Modificada

Assim de uma forma geral, se continuarmos a acoplar (𝑛) polias em um sistema onde polias
móveis, podemos generalizar que a força motora (𝐹⃗ ) motora necessária para a movimentação da massa é
32
igual a força de resistência será dividida por dois elevado à enésima potência, onde o este (n) representa o
número de polias móveis do sistema, representado a partir da seguinte expressão da equação matemática.

𝐹⃗ (29)
𝐹⃗ =
2

Ao utilizarmos uma associação de polias móveis, obtemos diminuição da força motora empregada
na movimentação do sistema a cada nova polia móvel acoplada. Sua expressão pode ser obtida a partir da
equação 29, sendo que n é o número de polias móveis acopladas no sistema.

𝑉𝑀 = 2 (30)

4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

4.1. TEORIAS DE APRENDIZAGEM

Com o avanço das tecnologias no atual cenário contemporâneo, as ferramentas tecnológicas


tornaram-se usuais em nosso cotidiano de maneira que modificam e contribuem para uma mudança na
perspectiva de observações e na postura em relação ao que estamos desenvolvendo e vivenciando no mundo
e no ambiente em que estamos inseridos.
O uso destas tecnologias pode ajudar a modificar a qualidade de vida do indivíduo ou de um grupo,
na obtenção de novas habilidades, na disseminação de conhecimento das mais diversas formas e origens
trazendo informações que podem mudar a vida em sociedade como um todo, permitindo uma maior
interatividade entre as relações pessoais, sociais e institucionais.
Com o aumento sistemático da utilização das tecnologias, nos mais diferentes ambientes, a escola
não poderia estar à margem desta revolução, assim sendo, podemos fazer delas um grande catalisador no
processo de ensino/aprendizagem, na conclusão e na construção do conhecimento, pois a tecnologia sendo
um processo dinâmico, interativo e participativo e parece-me conveniente dizer o óbvio, que estamos
envoltos em uma grande quantidade de informações, tendo a necessidade de organizá-las para que
possamos construir nosso próprio conhecimento, fazer relações e compreender novas informações.
Muitos estudiosos procuraram compreender a forma que o ser humano aprende a aprender. Desses
estudos realizados ao longo da história, surgiram algumas teorias de aprendizagem abordando as mais
diferentes formas de como se processa a assimilação do conhecimento.
33
A escolha para orientação metodológica busca na prática docente e no modelo de ensino e
aprendizagem tem respaldo nas ações, métodos e construções contidas nessa dissertação, baseiam-se na
linha construtivista pensada por Lev Vygotsky, sendo que as contribuições conceituais fundamentais acerca
desta linha filosófica para ensino de física com o uso da robótica educacional seriam observados três pontos
principais:
 Interação sócio cultural;
 Zona de desenvolvimento proximal (Z.P.D.);
 Socialização com um ser de maior conhecimento cognitivo.
O ser humano aprende a todo momento, e essa aprendizagem tem relação com o meio em que o
indivíduo está inserido. Muitas vezes a sala de aula não permite essa troca de conhecimento entre
estudantes, porque muitas metodologias estão voltadas ao conhecimento individual que segundo (Aglaé,
2008).

Acreditamos, que esse processo se dá através de um ensino colaborativo, onde parceiros (professores
e alunos) construam coletivamente. Entretanto, desenvolver um ambiente onde a aprendizagem
colaborativa ocorra não é uma tarefa fácil. É preciso que os profissionais envolvidos trabalhem
também de forma a colaborarem uns com os outros. Isso é possível através do planejamento. (Aglaé,
2008)

A aprendizagem colaborativa é um desafio a ser realizado por parte do educador, pois o mesmo
tem que envolver a sua turma no entorno de uma proposta de trabalho que propicia os meios para essa
aconteça, como reforça (Campos, 2017):

O espaço social não é visto aqui com um lugar neutro onde o desenvolvimento de atividades
intelectuais acontece, mas sim como intimamente envolvido com o processo e com o resultado do
próprio desenvolvimento. Assim, este desdobramento está fundamentado no próprio
construcionismo e também marcado fortemente pela presença do sócio interacionismo de Vygotsky.
(Campos, 2017; p. 2110)

A aprendizagem na teoria sociocultural acontece nas mediações realizadas no transcorrer da


realização do trabalho baseados na Zona de Desenvolvimento Proximal definida por (Vygotsky, 1991):

A zona de desenvolvimento proximal provê psicólogos e educadores de um instrumento através do


qual se pode entender o curso interno do desenvolvimento. Usando esse método podemos dar conta
não somente dos ciclos e processos de maturação que já foram completados, como também daqueles
processos que estão em estado de formação, ou seja, que estão apenas começando a amadurecer e a
se desenvolver.
Assim, a zona de desenvolvimento proximal permite-nos delinear o futuro imediato da criança e seu
estado dinâmico de desenvolvimento, propiciando o acesso não somente ao que já foi atingido
através do desenvolvimento, como também àquilo que está em processo de maturação. (Vygotsky,
1991, p. 58)
34
Conforme a teoria de Vygotsky, sempre que o educador vai aplicar sua aula, ele deve ter claro qual
o conhecimento cognitivo de seus educandos já adquiriu. Para que não corra o risco de utilizar conceitos
que não estão na zona proximal deles ou ainda utilizar conceitos que estão muito abaixo do que eles já
conhecem.
Conforme (Moreira A. C., 2011):

O destaque dado por Vygotsky ao professor valoriza as atividades experimentais em sala de aula no
momento em que ela é um instrumento que serve prioritariamente ao professor, agente do processo
e parceiro mais capaz a ser imitado. É de responsabilidade do professor, fazer, demonstrar e destacar
o que deve ser observado, sobretudo, explicar o modelo teórico que possibilite a compreensão do
que é observado e estabelecido cultural e cientificamente”. (Moreira A.C., 2011, p. 36).

Na robótica educacional torna possível propor situações problemas aos alunos que estejam de
acordo com sua zona de conhecimento proximal, ampliando gradativamente a complexidade de conceitos
necessários para a resolução da situação problema, elevando-os à apropriação de mais conhecimento,
conforme relata.
De acordo com (Vygotsky, 1991):

o meio através do qual o desenvolvimento avança; em outras palavras, os conteúdos socialmente


elaborados do conhecimento humano e as estratégias cognitivas necessárias para sua internalização
são evocados nos aprendizes segundo seus "níveis reais de desenvolvimento. (Vygotsky, 1991, p.
87)

O aprendizado se dá pelas relações e interações sociais, tendo sempre um ser com maior
conhecimento cognitivo, sendo este o elemento fundamental para o processo de aprendizagem e
desenvolvimento, pois segundo (Vygosky, 2001):

A criança fará amanhã sozinha aquilo que hoje é capaz de fazer em cooperação. Por conseguinte, o
único tipo correto de pedagogia é aquele que segue em avanço relativamente ao desenvolvimento e
o guia; deve ter por objetivo não as funções maduras, mas as funções em vias de maturação.
(Vygotsky, 2001, p. 104)

E segundo (Paula, 2009):

Zona de desenvolvimento próximo, por sua vez, abrange todas as funções e atividades que a criança
ou o aluno consegue desempenhar apenas se houver ajuda de alguém. Esta pessoa que intervém para
orientar a criança pode ser tanto um adulto (pais, professor, responsável, instrutor de língua
estrangeira) quanto um colega que já tenha desenvolvido a habilidade requerida. (Paula, 2009, p.
51)
35
Ao utilizarmos a robótica como ferramenta de ensino, propõe-se a formação de trabalhos em
equipe capaz de proporcionar uma diversidade de conhecimentos cognitivos, fazendo com que o educando,
através dessa interação aluno/aluno e professor/aluno, possa se apropriar de novos conhecimentos.
Ao trabalharmos em grupo estamos fazendo com que o educando tenha contato mais íntimo com
colegas com maior conhecimento cognitivo, dentro da teoria sócio – cultural esse indivíduo é chamado de
ser mais capaz sendo este o guia necessário para a realização das tarefas sugeridas.

4.2. ROBÓTICA NA EDUCAÇÃO

Em pleno século XXI não podemos pensar nossas vidas sem o uso da tecnologia, inteiramente
ligada à nossa vida cotidiana e muitos de nós já tornamos dependentes do uso de alguma forma da
tecnologia, seja ela direta ou indiretamente em nosso cotidiano.
Um olhar sobre as indústrias, tendo como ponto de partida a revolução industrial até os tempos
atuais, podem nos mostrar vários estágios deste avanço no uso de tecnologia, suas linhas de produção que
outrora eram repletas de trabalhadores, este realizavam trabalhos repetitivos e exaustivos, agora vêm sendo
gradativamente trocadas por linhas de produções automatizadas na realizações desta tarefas, sabe-se muito
bem que essa troca foi buscando cada vez mais lucros com aumento da produção e com isso, resultando
nos ganhos de capital nos que do pensando no bem estar do trabalhador.
No entanto, quando na história humana, foi cunhada e empregada pela primeira vez a palavra robô?
Segundo (Almeida, Silva, & Amaral, 2013):

termo robô foi usado pela primeira vez em 1921, por Karel Capek, em sua peça de teatro “Rossum’s
Universal Robots”. Já Issac Asimov foi a primeira pessoa a utilizar o termo Robótica em 1941, no
seu filme de ficção científica. (Almeida, Silva e Amaral, 2013 p.)

Reforçando esta ideia (Azevedo, Aglaé, & Pitta, 2010):

Foi por meio da literatura, filmes e peças de ficção científicas que o termo robô se popularizou. A
palavra “robota” em tcheco, no inglês “robot”, e robô para nós, tornou-se popular quando o escritor
tcheco Karel Capek, escreveu, em 1921, a peça R.U.R. (Rossuum's Universal Robots). Em sua peça
conta a história de um cientista brilhante chamado Rossum, que desenvolve uma substancia química,
utilizada para construção de robôs humanóides, que deveriam ser obedientes e realizar todo o
trabalho físico. Rossum projetou e construiu um exército de robôs que acabaram se tornando muito
inteligentes e dominaram o mundo. (Azevedo, Aglaé e Pitta, 2010)

Nos dias atuais, os robôs desempenham as mais diversas tarefas nas mais diversificadas áreas de
nossas vidas, desde atividades simples de nosso cotidiano até tarefas mais complexas de busca e
36
salvamento, manipulações de materiais que colocariam em risco nossa vida e buscando até salvar ela como
em operações cirúrgicas, sendo assim os robôs estão em nossas casas, nosso trabalho, nosso convívio.
A escola como meio social não poderia ficar inerte ao uso de robôs e este vem inserido no meio
educacional como robótica. O percurso do uso da robótica com a finalidade de educacional foram os estudos
de Seymour Paper, segundo (Lopes, 2008) relata que:

Desde de Resnick e seus colegas do Media Lab, sob orientação de Seymour Papert, desenvolveram
no Massachusetts Institute os Technology (MIT), a interface LEGO® TCLogo, posteriormente, os
“tijolos programáveis” e, mais tarde, a criação de sua versão comercial pela divisão educacional da
LEGO®, a atividade de design e de programação dos robôs têm deixado de ser matéria exclusiva de
faculdades de informática, engenharia mecânica e mecatrônica. A facilidade de montagem e
programação dos robôs, os conjuntos de peças articuláveis e as interfaces intuitivas de programação
devem ser apontados como fatores que hoje colocam a robótica num campo de acessível aos
propósitos educacionais. (Lopes, 2008, p. 49)

Como reforça (Campos, 2017):

A robótica na educação notoriamente emergiu como um recurso tecnológico de aprendizagem, único


que pode oferecer o “aprender fazendo”, bem como atividades lúdicas em um ambiente de
aprendizagem atrativo, que fomenta o interesse e curiosidade dos alunos. (Campos, 2017, p. 2109)

Nas escolas brasileiras o marco inicial da robótica foi a visita de Papert e Minsk nos anos de 1975
e 1976, trazendo dos resultados de suas pesquisas de atividades desenvolvidas com o uso de computador
envolvendo a linguagem LOGO. Em convênio com MEC, UNICAMP, UFRGS, UFRJ e UFPE criou-se o
Projeto EDUCOM. (Lopes, 2008, p.39)
Entende-se como robótica educacional, segundo (Lopes, 2008):

Em termos gerais, a robótica educacional (RE) pode ser compreendida como um conjunto de
recursos que visa o aprendizado científico e tecnológico integrado às demais áreas do conhecimento,
utilizando-se de atividades como design, construção e programação de robôs. (Lopes, 2008, p. 41)

Para (Gomes, Silva, Botelho, & Souza, 2010) robótica educacional é definida como:

como um conjunto de conceitos tecnológicos aplicados à educação, em que o aprendiz tem acesso a
computadores e softwares, componentes eletromecânicos como motores, engrenagens, sensores,
rodas e um ambiente de programação para que os componentes acima possam funcionar. (Gomes,
Silva, Botelho & Souza. 2010, p. 206)

Segundo (Menezes & Santos, 2019) a Robótica Educacional:

Termo utilizado para caracterizar ambientes de aprendizagem que reúnem materiais de sucata ou
kits de montagem compostos por peças diversas, motores e sensores controláveis por computador e
softwares que permitam programar de alguma forma o funcionamento dos modelos montados. Em
37
ambientes de robótica educacional, os sujeitos constroem sistemas compostos por modelos e
programas que os controlam para que eles funcionem de uma determinada forma.

Robótica educacional será caracterizado pelo conjuntos de recurso materiais de montagem, com
materiais procedente de sucatas, kits comerciais prontos ou kits montados que se utilizem plataformas livres
ou não de programação, que se empregue em suas montagem peças, motores, atuadores e sensores
controláveis através de uma linguagem de programação e softwares e tenha a possibilidade de conversar,
com computadores, onde os modelos montados possam sofrer modificações em seu design ou na sua
construção para que se adapte a determinadas funções ou atividades propostas e sua utilização será pautada
em atividades ou sequências didáticas que tenha como a proposta o uso para fins pedagógicos e de
construção do conhecimento por parte do aluno.
Para promovermos uma educação voltada a trabalhar habilidades e competências, descritas nos
documentos oficiais que norteiam a educação, devemos buscar integrar o conhecimento científico à projetos
que levem os estudantes a pensar de forma crítica, visando resolver problemas no meio no qual o aluno está
inserido.
Por isso é importante usar ferramentas e metodologias voltadas à resolução de problemas e busca
de solução em atividades realizada em grupos, que facilitem a interação social e evitem o individualismo.
O uso da robótica em ambiente escolar tem por objetivo promover a integração entre os alunos,
através de atividades em grupo, onde os mesmos devem procurar soluções para resolver uma situação
problema proposta pelo professor, bem como, fazer com que o aluno seja observador e consiga fazer
ligações entre teoria e prática. Devemos estimulá-lo para analisar criticamente o caso e propor soluções
para questões da vida real (UNESCO, 2015).
De acordo com (Campos, 2017):

O uso de metodologias de aprendizagem apropriadas, como trabalho por projetos, abordagem por
competências, aprendizagem baseada em problemas, bem como a aprendizagem cientifica, podem
contribuir de maneira significativa no desenvolvimento dessas habilidades. A resolução de
problemas e a aprendizagem científica têm estado em evidencia nos últimos anos nas discussões
sobre os rumos da educação no país, e pode ser evidenciada nas organizações curriculares das
escolas. (Campos, 2017, p. 2113)

Dentro das habilidades interpessoais e intrapessoais podemos citar: confiança, responsabilidade,


trabalho em equipe, influência social, empatia, poder de tomar decisões, auto monitoramento, liderança,
produtividade, autodidatismo e iniciativa.
Essas habilidades podem ser trabalhadas no âmbito da robótica educacional, quando as atividades
são realizadas em grupos e cada um dos integrantes realiza uma função diferente dentro da equipe.
38
Ao desenvolvermos uma aula, onde o professor busca trabalhar um determinado conceito,
buscando a observação de um determinado fenômeno, é possível levar o aluno a perceber que nem sempre
conseguimos atingir os resultados esperados na prática proposta.
Conforme descreve (Almeida, Silva, & Amaral, 2013):

A robótica na escola possibilita a autonomia do aluno, permite que ele saia da carteira para atuar em
atividades práticas e virar um observador/inventor. Ele passa a aprender através de seus próprios
erros e acertos, sendo autônomo na construção do seu conhecimento, investigando, explorando,
planejando e dando forma a suas ideias. (Almeida, Silva & Amaral, 2013, p. 181)

O desenvolvimento de aulas utilizando a robótica educacional parte do pressuposto de que o


professor deve expor aos alunos uma situação problema, onde o mesmo deverá utilizar conceitos aprendidos
em sala de aula, para conseguir desenvolver um robô que sirva como solução para o problema proposto
pelo professor.
Como afirma (Almeida, Silva, & Amaral, 2013):

A Robótica Educacional desenvolve competências e habilidades cada vez mais necessárias,


principalmente por desmistificar a tecnologia em um mundo cada vez mais global e tecnológico.
Assim, é possível perceber possibilidades para novas abordagens de ensino, onde os estudantes se
sentirão mais envolvidos e desafiados a resolver problemas e, como consequência, buscarão
soluções, construindo o seu próprio conhecimento. (Almeida, Silva & Amaral, 2013, p. 182)

Além disso, é possível desenvolver atividades que façam o aluno observar e analisar tirando suas
próprias conclusões. Ao final da aula eles compartilham com as demais equipes o que conseguiram
observar, o que deu certo na atividade, como chegaram à solução do problema, mostrando que cada
integrante é parte fundamental da equipe e que se cada um não desenvolver o seu papel, a equipe acaba
sendo prejudicada. Dessa maneira, é possível fazer o aluno perceber o seu auto monitoramento e sua
influência social.

5. METODOLOGIA

Neste capítulo descrevemos a metodologia aplicada no desenvolvimento do produto desta dissertação


as etapas que nortearam criação, desenvolvimento, implementação, as quatro atividades de avaliação
didáticas como base nos referenciais bibliográficos e os instrumentos de coletas de dados utilizados na
pesquisa.

5.1. DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO EDUCACIONAL


39
O produto educacional elaborado para esta dissertação tem como objetivo orientar e ser uma
ferramenta de ensino/aprendizagem fundamentada na teoria construtivista de Vygotsky, sobre a utilização
e a implementação da Robótica Educacional como recurso pedagógico no ensino-aprendizagem na área de
Física, mais especificamente nas áreas de Dinâmica – Forças e as Leis de Newton. Os atores envolvidos
serão ativos na construção dos seus conhecimentos e poderão, sob orientação do professor, realizar este
projeto de montagem do carrinho controlado remotamente e usá-lo para experimentarem com as Leis de
Newton.
Os alunos trabalharam em equipes e buscaram desenvolver seus potenciais, respeitando a opinião
dos outros colegas; desenvolvendo a concentração através da montagem, seguindo um manual de
instruções, a disciplina, responsabilidade, persistência e a perseverança; estimulando a criatividade, tanto
no momento da concepção das ideias, como durante o processo de resolução de problemas.
O processo de montagem do carrinho controlado remotamente acontece com a distribuição a cada
equipe do kit de montagem Figura 16, contendo itens necessários a montagens as folhas impressas da
carenagem do carrinho disponível Apêndice A - Molde da lateral esquerda do carrinho,
40
Apêndice B - Molde da lateral direita do carrinho, Apêndice C - Molde da superior frontal, Apêndice D -
Molde da superior trazeira e o molde para recorte do MDF disponível no Apêndice E - Molde da base.

Figura 16 - Kit de peças de montagem distribuídos aos alunos,

Fonte: O autor

Nos apêndices Apêndice K - Modelo de relatório força de tração, Apêndice L - Modelo de relatório
polias fixa, Apêndice M - Modelo de relatório polias móveis e Apêndice N - Modelo de relatório para
associação de polias móveis são fornecidos uma sugestões de relatórios de atividades para serem usados
nas aulas práticas. Esses modelos de experimentos são pensados para serem executados com alunos do 1°
ano do Ensino Médio. No entanto, vale ressaltar que o professor teria total liberdade para adequar/modificar
as atividades dependendo das suas finalidades didáticas e objetivos.
Para a realização de todas as etapas nesta sequência didática do carrinho controlado remotamente
foi planejado o total de 15 horas/aulas para abordagem do conteúdo de dinâmica – forças e as leis de Newton
e distribuída em 8 encontros.
Uma possível organização das aulas, pode ser realizada conforme descrição apresentada na Tabela
1. Este modelo é pensado de tal forma que a realização de todas as etapas pudesse ser iniciada e concluída
dentro da carga horária semanal atribuída da disciplina.
41
Tabela 1 - Etapas dos projetos.
Sessão Horários de aula Atividades
Apresentação da problematização, resposta do
1º 2 formulário de pré-teste a montagem dos grupos
de trabalho.
2º 2 Montagem da carenagem do carrinho.
3º 2 Montagem da parte eletrônica e testes.
4° 2 Atividade 1 com tema de força tração.
5° 2 Atividade 2 com o tema polia fixa.
6° 2 Atividade 3 com o tema polia móvel.
7° 2 Atividade 4 como tema associação de polias.
Fechamento da atividade e resposta do
8° 1
formulário pós-teste.
Fonte: O autor

Sendo previsto o número de oito encontros para a realização de todas as sequências didáticas
elaboradas, vale ressaltar que o número de aulas pode vir a sofrer alguma variação conforme as
características de cada turma que será implementado o projeto em função de alguns fatores externos, tais
como, o grau de proximidade entre os alunos e esse recurso tecnológico; o nível de discussões provenientes
das relações estabelecidas durante a execução e discussões proporcionadas durante a intervenção didática,
entre outros fatores.
Todas etapas de construção do projeto de pesquisa foram planejadas para serem desenvolvidas no
laboratório de ciências da escola, durante horário formal de aula pertinente a disciplina, onde os estudantes
estariam organizados em cinco grupos fixos de quatro estudantes cada, sob a supervisão do professor
pesquisador e titular da disciplina.
A escolha de trabalhar em grupos previamente estipulados, deve-se ao alinhamento pedagógico
escolhido para este projeto de pesquisa, onde segundo (Vygotsky, 1991), desenvolvimento mental dos
alunos poderia ser melhor avaliado quando eles trabalham em conjunto reconhecendo que o conhecimento
é resultado de interações sociais.
A parte da estrutura do aparato de polias, utilizada no projeto, foi montada e projetada pelo
professor antes da realização das atividades. Este dispositivo de uso de polias tinha que contemplar todas
as funcionalidades do projeto que contribuísse para o desenvolvimento das atividades, sendo possível o seu
uso tanto com polias fixas e/ou móveis simultaneamente e tivesse a possibilidade de variação dos pesos a
serem suspensos.
42
A montagem dos carrinhos controlados remotamente, é interessante ser feita e preservada por todo
o processo de aplicação da atividade para a preservação dos parâmetros iniciais de suas montagens.
Com a conclusão das atividades com os grupos de trabalho, é possível que os carrinhos controlados
remotamente sejam totalmente desmontados e suas peças guardadas e preservadas para futuras utilizações
com outros grupos de estudantes, tornando assim, o kit um produto reutilizável, adaptável a outras
atividades e que busca unir a robótica educacional ao ensino de física, sendo um economicamente acessível
e sustentável

5.2. O DESENVOLVIMENTO DOS PROTÓTIPOS EXPERIMENTAIS

Antes de se utilizar o carrinho controlado remotamente e o aparato de polias em sala de aula,


muitos testes e aperfeiçoamentos foram necessários até chegar ao produto final.
A primeira versão do carrinho controlado remotamente tinha somente dois motores de
acionamento e uma roda móvel na frente que permitia a sua mudança de direção. Sua base foi desenvolvida
primeiramente em papelão e posteriormente trocada por Eucatex. Este modelo foi abandonado pois
apresentava pouca capacidade de tração. Além disso, sua estrutura de acoplagem rompia-se devido ao
manuseio do cabo de reboque.
Por conta destas limitações o layout da base teve que ser repensado e replanejado, desenvolvendo
assim uma nova versão que apresentava uma maior capacidade de tracionamento, já que cada roda teria seu
próprio motor de acionamento e sua mudança de direção.
Em relação à estrutura de polias o grande desafio foi conseguir alinhar a altura da estrutura com a
viabilidade de uso no ambiente escolar, sendo necessário desenvolver e testar quatro tipos de protótipos até
chegar à versão final.
Os dois primeiros protótipos, criados em madeira, de tamanhos 50cm x 50cm e 50cm x 80cm,
funcionaram bem nos testes iniciais, mas mostraram-se limitados à medida que novas polias eram
adicionadas ao sistema, por falta de espaço. O uso de madeira tornaria estruturas maiores muito pesadas e
difíceis de deslocar no ambiente escolar. Então, o terceiro protótipo foi construído com a utilização de
madeira e canos de PVC, na forma de 50 cm x 100 cm. O problema do peso foi resolvido, mas seriam
necessários ajustes adicionais em relação à altura para os içamentos e transporte da estrutura.
No quarto protótipo desenvolvido todos os problemas apresentados nas versões anteriormente
conseguiram ser solucionados e possibilitando na chegada do modelo final.
43
5.3. PROGRAMAÇÃO E INSTALAÇÃO DO ARDUINO UNO

Com o término da montagem do carrinho, necessidade de instalar o software que fará os comandos
dos componentes utilizados na montagem do carrinho controlado remotamente.
A escolha deste programa para a montagem da programação do carrinho usará a plataforma open
code, fundamentada em hardware e software de fáceis manipulação chamada de Arduino, que está
disponível para download no endereço https://www.arduino.cc/en/Main/Software, havendo versões
disponíveis para diversos tipos de ambientes operacionais tais como: Windows, Mac e Linux.
Existe a possibilidade de se trabalhar o Arduino nas versões off-line e on-line. Foi escolhido a
versão off-line neste tutorial, mas caso queira trabalhar com a versão on-line, deve-se neste acaso acessar
o site https://create.arduino.cc/.

5.4. PROGRAMAÇÃO DO APLICATIVO

Para fazer o controle das ações do carrinho foi desenvolvido um aplicativo de celular utilizando
um plataforma disponível pelo Masschusetts Institute of Technology desenvolvedora do aplicativo (MIT
APP Inventor) disponível neste endereço http://ai2.appinventor.mit.edu/, um ambiente de programação
gráfica que permite a criação de aplicativos para as mais variadas formas de plataformas, está versalidade
foi preponderante para a escolha para o criação e desenvolvimento da interface gráfica do aplicativo deste
projeto. Para a sua utilização somente é necessária o login com uma conta de e-mail do tipo Gmail, um
serviço gratuito de E-mail da empresa Google.
O passo a passo para fazer o login e como foi criado o aplicativo está disponível no Apêndice I -
Programação do aplicativo

5.5. INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS

Os instrumentos utilizados para a coleta de dados foram feitos de duas partes de forma individual
e de forma coletiva, de modo a que todos os atores envolvidos no processo participassem da elaboração das
atividades propostas.
Os instrumentos de coletas de dados que foram realizados de forma individual foram:
 O formulário chamado questionário pré-teste era composto de 6 questões objetivas e 1
questão discursiva,
 O formulário chamado de questionário pós-teste era composto de 6 questões objetivos e
3 questões discursivas.
44
Os instrumentos de coleta de dados utilizados de forma coletiva foram:
 Relatório de para registro de atividades, Apêndice J - Relatório de atividade.
 Relatório de força de tração, Apêndice K - Modelo de relatório força de tração.
 Relatório de polias fixas, Apêndice L - Modelo de relatório polias fixa.
 Relatório de polias móveis, Apêndice M - Modelo de relatório polias móveis.
 Relatório de associação de polias móveis, Apêndice N - Modelo de relatório para
associação de polias móveis.
Cada grupo recebia uma cópia e completava com as informações necessárias e com as todas as
atividades propostas, os grupos de trabalho deveria entregar ao final da etapa de montagem este relatório
de registro de atividade preenchido conjuntamente com o relatório da atividade da atividade que estavam
desenvolvendo, estas atividades são compostas com perguntas discursivas que serão respondidas através
das observações e análises dos dados obtidos com a realização das atividades propostas em cada roteiro
desenvolvido.

5.5.1. Análise dos dados

Com a implementação destas etapas buscou-se responder dois questionamentos sobre o trabalho
desenvolvido.
Houve um impacto na percepção dos alunos sobre as aulas de física?
As atividades facilitaram o aprendizado?
Adotamos uma abordagem qualitativa para apresentar essas questões (Cohen, Manion, &
Morrison, 2011) onde buscávamos compreender os porquês de determinadas respostas que os alunos
estavam apresentado sobre física, da metodologia empregada e da estratégia utilizadas para desenvolver
esta pesquisa. Estas informações foram coletadas nos documentos dos questionários pré-teste e pós-teste,
serviram de norteador do trabalho aqui desenvolvido, conjuntamente com as anotações realizadas no diário
de bordo durante o transcorrer das atividades.

5.5.2. Questionários pré-teste e pós-teste

A coleta de dados dos questionários pré-teste e pós-teste foram feitas utilizando o aplicativo do
google formulários e foi respondido pelos estudantes por meio digital, sendo enviado a eles por meio de
aplicativos de conversa instantânea.
Os dados obtidos no questionário pré-teste serviram de parâmetro para a validação ou não da
sequência didática, bem como o aprimoramento do experimento.
45
Os dados do questionário pós-teste, foram fundamentais de forma a validar a Sequência Didática
proposta o uso do aparato de polias e do uso da robótica educacional para o ensino de física.
A utilização de um sistema de avaliação processual possibilitou-nos a percepção do desempenho
dos estudantes durante a realização das atividades proposta ao longo da sequência didática.
Com os resultados obtidos pelos alunos nos questionários pré-teste e pós-teste , foi possível
estabelecer comparações estatísticas com relação ao seu desempenho antes e após a aplicação da Sequência
Didática proposta por esta pesquisa e fazendo comparações com os relatórios entregues durantes a
realização das atividades comparando com as anotações realizadas pelo professor no diário de bordo.

5.5.3. Diário de bordo

Por sua importância no processo de investigação educacional, o diário de bordo foi utilizado para
que, através das anotações realizadas ao final de cada aula, pudéssemos avaliar a utilização do aparato de
polias e do uso da robótica educacional durante todo o processo de sua aplicação na Sequência Didática.
As análises críticas das práticas propostas foram realizadas a partir desses registros colhidos
durantes as aulas e por todo o processo de aplicação, de forma a relacioná-las com os objetivos propostos
anteriormente levantados e formular possíveis mudanças no processo de ensino-aprendizagem do conteúdo
da Sequência Didática deste trabalho e possíveis adequações para futuros usos.

5.6. AVALIAÇÕES

Em cada sessão de aplicação da proposta desta pesquisa, os alunos do grupo de trabalho


responderam perguntas sobre os conceitos físicos envolvidos nas montagens que acabaram de realizar.
As avaliações foram realizadas, utilizando diversas estratégias e diferentes abordagens, podendo
destacar as seguintes propostas sugeridas no roteiro do produto educacional desta dissertação:
Proposta A: Os grupos de trabalho montados pelos alunos devem registrar os valores obtidos em
cada medição da força de tração do carrinho controlado remotamente no relatório de atividades
preenchendo todos os campos deste relatório, que deve ser entregue ao professor após a realização da
atividade.
Proposta B: Resolução do questionamento das atividades de forma individual e/ou em grupos por
parte dos alunos.
Proposta C: Pode também ser solicitado um vídeo e/ou foto da atividade que apareça os diversos
momentos que foram realizados as medições do carrinho controlado remotamente.
46
Proposta D: Solicitar que os grupos de trabalho imprimam uma foto do momento da medição do
carrinho controlado remotamente e destaque nesta foto da impressão os vetores de força que estão atuando
sobre o sistema.
Em cada proposta de avaliação sugeridas se busca de alguma maneira ajudar o processo de avaliar
a compreensão dos conceitos abordados e a interpretação dos fenômenos observados em cada etapa do
projeto, buscando de forma diferente o aluno mostra que se apropriou-se dos conceitos abordados. Sendo
assim, os grupos de trabalhos debateram, pesquisaram, no livro texto ou na internet e entregaram relatórios
por meios físicos da equipe com suas conclusões da atividade desenvolvidas.

6. RESULTADOS

Este capítulo discute os resultados obtidos com a utilização do recurso educacional aplicado em
consonância com a proposta de metodologia descrita anteriormente e promovendo a relação entre o
referencial teórico e a sua prática aplicada em aula.

6.1. SUJEITOS DA PESQUISA

A proposta de trabalho que está sendo apresentada, foi aplicada no segundo trimestre de 2019,
mais precisamente entre os meses de outubro a novembro, em uma escola da rede estadual de ensino
denominada Escola de Educação Básica Joaquim Ramos, localizadas na cidade de Criciúma do estado de
Santa Catarina do período matutino no primeiro ano do Ensino Médio, denominada turma 100 que é
composta por 20 estudantes, sendo 9 do sexo feminino e 11 do sexo masculino com idades variando entre
15 e 18 anos.

6.2. DETALHAMENTO DAS ATIVIDADES

A estrutura de montagem do carrinho controlado remotamente baseou-se na utilização de peças e


atuadores da família do Arduino pois representa um kit de baixo custo e fácil aquisição. Utiliza a arquitetura
Arduino que possui hardware e software abertos. Possui vastas bibliotecas, que facilitam o uso de diferentes
sensores e atuadores, além de fóruns que auxiliam no estudo e desenvolvimento de atividades e se tratando
de um software livre não necessário o pagamento de licença para uso que facilitaria muito sua utilização
dentro do ambiente escolar.
47
O kit de montagem foi inteiramente desenvolvido para aplicabilidade e necessidade de cada etapa
propostas deste projeto de pesquisa, sendo que suas configurações e sensores podem ser facilmente
alterados para adaptações a outras atividades.
A Figura 17 mostra a toda a montagem da estrutura eletrônica do carrinho.

Figura 17 - Carrinho controlado remotamente.

Fonte: O autor

A proposta utilizando e estruturado de uso do carrinho controlado remotamente foi dividido em


seis sessões, visando à preparação e a utilização proposta de ensino com atividade estruturada de cunho
prático de forma a abordar e trabalhar conceitos físicos com atividades práticas.
De maneira geral a primeira sessão, com duração de 2 horas/aula, foi apresentada em forma de
uma explanação oral do projeto de pesquisa e em seguida sendo formados os grupos de trabalho para a
realização das atividades.
Estes grupos receberam um kit com cópias em formato A4 estrutura de revestimento externa do
carrinho controlado remotamente, disponível Apêndice A - Molde da lateral esquerda do carrinho
48
Apêndice B - Molde da lateral direita do carrinho, Apêndice C - Molde da superior frontal, Apêndice D -
Molde da superior trazeira, este deveriam personalizar suas estruturas e depois realizar a montagem e
responderam o questionário pré-teste que receberam por meio por aplicativo de mensagens instantânea.
Os grupos decidiram reforçar a parte interna da estrutura de revestimento com papelão duro para
proporcionar uma maior firmeza e não ocorresse danos ao ser manuseada nas outras etapas do projeto.
Na segunda sessão, com duração de 3 hora/aula, foi entregue o kit de montagem da parte eletrônica
do carrinho controlado remotamente com seu manual de montagem, como podemos perceber na Figura 18.

Figura 18 - Montagem da parte eletrônica.

Fonte: O autor
.
Paralelamente a esta atividade os grupos que não tinham concluído a parte de revestimento da
estrutura terminaram a montagem.
Na terceira sessão, com duração de 2 horas/aula, os grupos de trabalho terminaram de corrigir os
sentidos de rotação das rodas do carrinho controlado remotamente, mudando a localização dos jumpers
executada na aula anterior, visto que a programação de comando do carrinho não era possível de ser
modificadas, pois a escola não existia uma sala de computação ou computadores disponíveis para tal
finalidade.
O aplicativo de controle do carrinho foi repassado pelo professor aos estudantes via comunicação
bluetooth para ser instalado nos celulares, com isso, podendo enviar os comandos de acionamento para o
carrinho, sendo possível determinar seus movimentos, podendo assim realizar a etapa de determinação da
força de tração de cada carrinho.
49
Para executar esta atividade de mensuração da força de tração do carrinho controlado
remotamente foram realizados o acionamento do carrinho, sendo que este estava preso a um fio a uma
balança e está estava presa a uma estrutura, conforme a mostra a Figura 19.

Figura 19 - Realização da medição da força tração

Fonte: O autor

Os valores marcados no display da balança eram registrados em uma tabela, a determinação de um


valor para a força de tração do carrinho, foi calculada utilizando uma média aritmética simples de todos os
valores encontrados nos momentos de acionamento e tracionamento do carrinho.
Na quarta sessão, com duração de 3 horas/aula, os grupos de trabalhos foram apresentados ao
funcionamento do aparato com roldanas, como seria realizado a trocas de massa e como proceder de forma
a realizar as medições necessárias para o desenvolvimento das atividades subsequentes que terias que
realizar.
A proposta de trabalho seria verificar se os carrinhos conseguiam rebocar os valores encontrados
na atividade anterior com a utilização de polia fixa, sendo que a variáveis a ser modificada pelos grupos
eram os quatros pesos disponíveis, estes pesos feitos de garrafas pet de tamanho pequeno preenchidas com
areia, variando de 100 g, 200 g, 300 g e 400 g cada, com um gancho fixo em sua tampa para facilitar a
fixação no olhal do cabo de içamento do aparato com roldanas, podendo também haver uma associação
entres os pesos disponíveis para a obtenção de valores maiores.
Buscando trabalhar o conceito de polia fixa, cada grupo acoplava no furo do reboque do carrinho
controlado remotamente a ponta do cabo da içamento e na outra extremidade que estava o olhal uma ou
mais massas, acionado o carrinho, buscando encontrar o limite de reboque, quando este limite era atingido
os grupos registravam os valorem obtidos e liberavam o aparato para ser usado por outros grupos.
Na quinta sessão, com duração de 2 horas/aula, o conceito planejado para ser abordado neste
encontro seria de polia móvel, onde os grupos de trabalho acrescentariam na montagem realizada na aula
anterior uma polia móvel, buscando confrontar se com isso seria possível um tracionamento maior de peso
com seus carrinhos.
50
Estas massas eram fixadas diretamente na polia móvel, que dispunha de um gancho onde seria
adicionada os pesos para serem içados, como podemos perceber na Figura 20, com isso, grupos de trabalho
perceberam que os seus carrinhos controlados remotamente conseguiram içar pesos maiores que tivera
conseguido anteriormente com esta nova configuração do aparato com polias.

Figura 20 - Aparato com polia fixa e móvel.

Fonte: O autor

Na sessão final, com duração de 3 horas/aula a atividade dos grupos foi dividido em duas etapas
de obtenção de dados e acrescentado uma nova possibilidade de massa com 800 g.
A primeira etapa consistia em acrescentar ao sistema montado na aula anterior mais uma polia
móvel, assim ficando com duas polias móveis e uma fixa, com os pesos sendo acoplado nesta polia
adicionada ao sistema e verificar o valor máximo no tracionamento que conseguiriam alcançar.
No segundo momento desta atividade seria acrescentada uma nova polia móvel ao sistema anterior
e todo o peso seria agora transferido para esta nova polia móvel e novamente buscava-se alcançar o valor
máximo de tracionamento possível conseguido pelo carrinho.

6.3. OS ROTEIROS DE ATIVIDADE PROPOSTAS

Para a realização desta proposta de pesquisa, foram concebidos roteiros de atividades pré-
estabelecidos, conceitos iniciais a serem trabalhados em cada uma das quatro atividades propostas com a
elaboração de atividades práticas baseadas nos conteúdos previstos no currículo escolar do ensino médio
das escolas do estado de Santa Catariana para esta etapa de ensino.
Estes roteiros nortearam as atividades que foram desenvolvidas em sala de aula de cada etapa de
aplicação do projeto. Os questionamentos neles contidos devem ser respondidos com os dados e
observações dos experimentos, com base nas consultas bibliográficas realizadas pelos grupos de trabalho
em seu livro texto ou em pesquisas realizadas na internet.
51
As quatro atividades propostas abordaram os seguintes conteúdos:
Atividade 1 – Força de tração, Apêndice K - Modelo de relatório força de tração.
Atividade 2 – Polia fixa, Apêndice L - Modelo de relatório polias fixa.
Atividade 3 – Polias móveis, Apêndice M - Modelo de relatório polias móveis.
Atividade 4 – Associação de polias, Apêndice N - Modelo de relatório para associação de polias
móveis.
No início de cada uma das quatro etapas práticas de aplicação do projeto, o professor explica como
proceder a montagem na estrutura de polias para toda a toda a turma e posteriormente cada equipe realiza
sua atividade descrita no roteiro, utilizando sempre o mesmo carrinho controlado remotamente previamente
montado para este fim em aulas anteriores e preservados para a realização das atividades.

6.3.1. Montagem e execução da atividade 1 – Força de tração

A primeira atividade proposta foi determinação da força de tração dos carrinhos que cada grupo
montou nas etapas anteriores.
A ideia de força utilizada pelos grupos de trabalho, está extremamente ligado as suas experiências
diárias. Sempre que puxamos ou empurramos um objeto dizemos que estamos exercendo uma força sobre
este objeto.
Vários destes puxões, empurrões é costumeiramente dizer que utilizamos a expressão que usamos
muita força ou pouca força. Mas qual a intensidade de força que realmente é aplicada nesta ação?
Em nosso cotidiano, se referimos a força utilizando uma unidade que é 1 quilograma-força que se
representa pelo símbolo 1 kgf.
Sendo que esta unidade nada mais é que o peso de um objeto, que podemos definir como sendo 1
quilograma-força (1kgf) é a força com que a Terra atrai o quilograma-padrão ao nível do mar e a 45º de
latitude.
Embora esta referenciação seja bastante usual em nosso cotidiano, o seu emprego em termos
físicos não está correto, o kgf não é a unidade de força no Sistema Internacional de Unidades.
A unidade de força no Sistema Internacional de medidas é denominada 1 newton = 1 N, em
homenagem a Isaac Newton.
A relação existente entre essas duas unidades é expressa matematicamente da seguinte forma:

1 kgf = 9,8 N
52
Podendo encontrar em alguns livros didáticos, arredondado da seguinte forma:

1 kgf = 10 N

Assim facilmente determinar que, a força de 1 N = 0,1 kgf é praticamente igual à força que a Terra
exerce sobre um pacote de 100 g, sendo que, o aparelho utilizado para medir força é denominado
dinamômetro.
Os grupos de trabalho tinham que nesta primeira montagem determinar a força de tração que seus
carrinhos controlados remotamente exerciam sobre uma balança ancorada a uma estrutura fixa, ligadas por
um fio.
Para isso, os grupos de trabalho fizeram a ancoragem em locais distintos. Alguns dos grupos
escolheram um local de ancoragem muito leve, sendo que o carrinho controlado remotamente conseguia
arrastar o mesmo, impossibilitando a aferição da força de tração exercida.
Com a mudança para um local adequado os grupos de trabalho fizeram cinco medições para
determinar a força de tração, executando uma média aritmética simples dos valores encontrados em suas
medições conforme podemos observar na Tabela 2. Os grupos formados foram denominados de G1 até G5,
para preservar as identidades dos participantes desta pesquisa.

Tabela 2 - Força de tração média do carrinho de cada grupo em kgf.


Força de tração
G1 0,190 kgf
G2 0,255 kgf
G3 0,165 kgf
G4 0,187 kgf
G5 0,358 kgf
Fonte: O autor

Durante a realização desta atividade os grupos conversavam entre os seus componentes para
comparar os valores obtidos, buscando entender os motivos que levavam os resultados encontrados serem
diferentes.
Durante a execução das atividades, os grupos de trabalho registraram os dados do processo de
montagem, sendo direcionado para as perguntas norteadoras que constam no relatório Apêndice K - Modelo
de relatório força de tração- este foi disponibilizado no início da aula para tal finalidade. Sendo assim, os
alunos puderam desenvolver seus projetos e de forma dinâmica observar as etapas dos processos
desenvolvidos.
As respostas a cada questionamento realizado no relatório das atividades foram transcritas a seguir.
53
a) O carrinho controlado remotamente conseguiu mover a estrutura onde foi ancorado? Por
quê?
G1 - Não, por causa do atrito, pois o carrinho ficou patinando.
G2 - Não conseguiu porque o carrinho não tem força o bastante para mover a estrutura.
G3 – Não, pois a estrutura era mais pesada do que a capacidade de tração do carrinho.
G4 – Não, porque a estrutura em que o carrinho foi ancorado é muito mais pesada que o carrinho.
O carrinho não tem força o suficiente para mover a estrutura.
G5 – Não, porque a estrutura é mais pesada que o carrinho.
Com este questionamento queríamos levantar a possibilidade de que o carrinho conseguisse ou
não movimentar o local onde estava ancorado. Os grupos de trabalho não relataram em suas respostas, o
momento em que escolheram um local da estrutura de ancoragem que foi possível que o carrinho arrastasse,
buscando somente relatar o processo final no qual conseguiram realizar as medições solicitadas no roteiro
proposto.
Conforme anotações realizadas no diário de bordo e as observações dos trabalhos dos grupos,
algumas hipóteses foram levantadas para que o carrinho não conseguisse tracionar a estrutura onde o
carrinho estava ancorado. Estas hipóteses levantadas abordavam os conceitos como: atrito das rodas com o
piso, força e a capacidade de tração dos motores quem usado para movimentar o carrinho, por achar que o
carrinho ser muito leve influenciaria nesta tentativa de movimentação, não tiveram abordagem conceitual
nesta montagem. Fazem, sim, parte do repertório de conceitos físicos de suas elaborações mentais
realizadas em outros momentos.
Buscamos com a implementação desta etapa, fazer que os grupos de trabalho conseguissem
verificar e quantificar a relação de tração do carrinho controlado remotamente.
Com o término do levantamento das medidas realizadas por cada grupo, os mesmos começaram
a comparar entre eles os resultados e se questionarem os motivos pelos os quais os valores encontrados não
foram iguais fizeram com que os grupos formulassem explicações diversas, que passavam pelo peso do
carrinho até pela carga da baterias ao modo de como as rodas estavam fixadas na estrutura, estes motivos
foram suas explicações para as diferenças aos valores encontrados.
Os valores encontrados por cada grupo nesta metrificação foram apresentados, anteriormente, na
tabela 1, fizeram que cada grupo de trabalho percebessem que sua montagem de seu carrinho controlado
remotamente, mesmo seguindo os mesmos procedimentos e utilizando as mesmas peças, se tornaria único,
fazendo que seu trabalho seja diferente de outros grupos da sala.
54
Neste segundo questionamento, gostaríamos de fazer que os grupos de trabalho refletirem sobre a
possibilidade de rompimento do fio por fadiga, por peso ou força exercida sobre ele, buscando entender
como, o que, e como eles pensavam sobre este possível problema.
b) O fio que estava conectando o carrinho controlado remotamente à estrutura pode vir a se
romper? O que poderia ter acontecido? Explique:
G1 – O carrinho poderia ter tomado mais distância e, com o impacto, romper o fio.
G2 – Sim, se o carrinho conseguir uma propulsão forte o suficiente para não mover o objeto, e sim
forçar a corda para que puxe a estrutura de uma forma que vai exceder a resistência máxima da corda, sim,
vai romper.
G3 – Não, pois não havia força suficiente para tal.
G4 – Não, a não ser se o carrinho tivesse muito mais força e com o impulso dado para arrancar o
carrinho, a corda rompesse.
G5 – Sim, o carrinho teria uma velocidade alta e sairia disparadamente, provavelmente bateria em
algo danificando o carrinho.
Observando as respostas propostas pelos grupos, ficou evidente que para alguns seria possível
romper o fio que estava unindo o carrinho controlado remotamente à estrutura, bastando para isso aumentar
a velocidade e a distância entre eles.
Quando buscamos construir esta proposta de trabalho, o material que foi utilizado suportaria com
folga toda a totalidade das massas a serem içadas e a força de tração que o carrinho conseguiria exercer
sobre o fio, não sendo possível de serem rompidas desta maneira, por isso a opção pela construção do em
MDF do chassi do carrinho controlado remotamente.
Alguns grupos de trabalho imaginaram que o aumento de velocidade ou de distância poderia fazer
com que o carrinho controlado remotamente conseguisse romper o cabo de tração. No momento de
montagem deste questionamento imaginávamos que poderiam sugerir a troca do cabo de tração por um
mais fino com menor resistência de tração, que não acabou acontecendo.
Em uma futura aplicação, seria interessante disponibilizar vários cabos de ancoragem com
diversos diâmetros e diferentes materiais para que os grupos de trabalho além de determinar a força de
tração, escolhessem os cabos que iriam utilizar para realizar as montagens.
Nos questionamentos realizados a seguir tivemos a intenção de buscar atrelar as respostas da
próxima etapa desta pesquisa, em que seria realizado o içamento de massa com diferentes valores.
Neste momento, os grupos de trabalho não sabiam ainda o que aconteceria no próximo encontro.
55
Estes pensamentos, ao serem analisados individualmente, deixam pistas de seu comportamento
frente ao experimento e nas etapas posteriores pôde ser observado que buscaram implementar uma
melhorara na performance conseguida nesta etapa.
c) Qual seria o peso máximo que o carrinho controlado remotamente poderia rebocar?
Explique:
G1 – 190 gramas dependendo do lugar, pois um pode ser mais áspero e o outro não.
Nesta resposta o grupo sugere que alterando o coeficiente de atrito do carrinho controlado
remotamente, poderia influenciar na capacidade de tração do mesmo. Esta modificação não foi realizada
nesta etapa.
G2 – O peso máximo é 300 g.
Este outro grupo de trabalho, colocou um valor pouco superior a sua média obtida no experimento.
Este valor, provavelmente, foi o maior valor encontrado pelo grupo de trabalho em suas cinco tentativas.
Ficando natural pensar que seria este o maior valor que o carrinho de sua montagem conseguiria rebocar.
G3 – Um peso inferior a ele mesmo.
Este grupo limitou-se a condicionar a relação entre o peso do carrinho, que é desconhecido por
todos do grupo e a sua força de tração. Não fazendo nenhuma referência a atividade desenvolvida e as
medições realizadas para determinar a sua força de tração.
G4 – Outro carrinho, pois ele não tem força suficiente para carregar algo de maior peso que o
próprio.
Neste grupo, fizeram a relação implícita que o carrinho somente conseguiria tracionar o limite de
peso igual ao do seu carrinho controlado remotamente, quando fazem referência a outro carrinho, limitando
a este condicionante a força de tração, deixando de lado as medições realizadas e não levantando nenhuma
outra possibilidade e melhoria a ser realizada.
G5 - Seria, 3,58. Porque somando todas as velocidades que o carrinho foi para frente, resultou
neste número. E caso o resultado fosse maior, o carrinho não conseguiria ter força para puxar e se deslocar.
O grupo anterior fez referência à média encontrada no tracionamento do seu carrinho controlado
remotamente, mesmo não seguindo o rigor matemático necessário para a realização da atividade e a
grandeza física não estando representada de modo adequado. Ainda assim é possível perceber a ligação do
valor numérico apresentado, pelo acompanhamento da atividade realizada pelo grupo de trabalho com a
atividade proposta. Mas fica evidente que o grupo limitou a sua resposta o valor máximo de tracionamento
do carrinho controlado remotamente a sua média encontrada.
56
Os grupos de trabalho não mencionaram em nenhum momento a possibilidade da utilização de
nenhum artefato, objeto ou dispositivos que possibilitassem ou melhorassem a performance de seus
carrinhos na movimentação de pesos maiores que obtiveram com as suas médias na força de tração.
Nesta próxima pergunta buscávamos observar se os componentes dos grupos de trabalho já teriam
observado a aplicação do uso da força de tração no cotidiano. Estes relatos são de tal forma muito abertos,
pois não sabemos quais são suas experiências de vida fora do ambiente escolar, ficando assim um recorte
de observação restrito a suas descrições de suas explanações apresentadas aqui escritas.
d) Existe (m) alguma (as) aplicação(ões) que você conhece desta atividade que acabou de
realizar no seu cotidiano? Qual? Explique:
G1 – Quando um carro é rebocado por outro.
G2 – Não reconheço nada no meu cotidiano que possa utilizar.
G3 – Estender roupa no varal, força troca entre a roupa e através do fio do varal.
G4 – Empurrar o sofá para mudar de lugar, arrastar a cadeira para botar lugar, empurrar o carro...
G5 – No elevador, quando as cordas e os peso vão para baixo, para assim o elevador, poder se
locomover para cima. Na escada rolante porque nela também existe um limite de peso.
Quatro grupos limitaram-se a relacionar a atividade realizada com alguma outra atividade do
cotidiano deles. Somente o G5 deixou uma pista de que já poderia ter visto polias em ação em suas
referências.
Como o questionamento não alcançou de maneira satisfatória o grau de aprofundamento e a
intencionalidade que se propôs, estou sugerindo uma modificação na versão final do manual, modificando
a forma de realização desta pergunta para as próximas aplicações, substituindo a pergunta anterior por esta
nova versão:
Você consegue identificar alguma dessas atividades no seu cotidiano? Se sim, qual? Explique.
Neste último questionamento desta atividade, foi solicitada a representação, por desenho, das
forças atuantes na atividade realizada na Figura 21. Pelos conteúdos normativos, descritos como
obrigatórios a serem apresentados em física a este nível de ensino a representação de vetores é anterior a
este conteúdo. Imaginava-se que os desenhos, apresentariam estes vetores mesmo que não estivessem
presentes em seus relatos anteriores.
e) Faça a representação dos vetores de força presentes nesta montagem
57
Figura 21 - Ilustração realizada pelos grupos de trabalho para os vetores presentes na montagem da
atividade de força de tração: (a) G1, (b) G2, (c) G3, (d) G4 e (e) G5.

Fonte: O autor
Figura SEQ Figura \* ARABIC 46 - Ilustração do
Nos grupos G1 e G3 não foi possível notar a presença de nenhum vetor em suas representações.
Nos outros grupos de alguma forma foram representados os vetores que interagem na realização do
experimento, mesmo que alguns deles estejam representados de forma equivocada, a tentativa de
representação é válida e pode ser explorada em uma abordagem conceitual futura.

6.3.2. Montagem e execução da atividade 2 - Polias fixas

No segundo encontro, os grupos de trabalho estavam ansiosos para saber o que fariam com o
carrinho controlado remotamente.
Os grupos foram dispostos nas bancadas do laboratório de ciências da escola e apresentados à nova
peça destas pesquisas: o aparato de polias e seu funcionamento. Foi repassada uma breve explanação para
todos os grupos, receberam seus roteiros da aula e fizeram os testes para ver se seus carrinhos estavam
funcionando perfeitamente - vale destacar que o carrinho não foi desmontado durante toda a execução das
atividades e que os grupos sempre trabalhavam com a sua montagem.
Nesta etapa, os grupos tinham que içar o maior valor possível de massa que o carrinho conseguisse
tracionar com o uso do aparato de polias utilizando a configuração de polias fixas.
58
Os valores obtidos por cada grupo estão relacionados na Tabela 3. Podemos perceber uma
discrepância entre os valores encontrados por alguns grupos e o conceito físico envolvido, pois deveriam
encontrar valores próximos da força de tração calculada na aula anterior.
Os grupos G1, G3, G4 conseguiram valores superiores aos encontrados na primeira atividade e os
grupos G3 e G5 valores menores. Esta variação pode ter ocorrido por alguns fatores, tais como, a mudança
do piso onde foi realizado a medição, as cargas das baterias utilizadas, o atrito da polia entre outros fatores.
É importante ressaltar que os grupos perceberam que mesmo apresentando diferença entre os
valores, existe uma limitação de içamento por parte do carrinho controlado remotamente e esta foi diferente
entre os grupos.

Tabela 3 - Força de tração com polias fixas em kgf.


Força de tração Polia fixa
G1 0,190 kgf 0,300 kgf
G2 0,255 kgf 0,300 kgf
G3 0,165 kgf 0,200 kgf
G4 0,187 kgf 0,200 kgf
G5 0,358 kgf 0,300 kgf
Fonte: O autor

Os questionamentos propostos, para serem respondidos durante a realização desta etapa da


atividade, buscam estimular uma reflexão sobre os conceitos físicos e evidenciar uma forma que os alunos
busquem uma elaboração conceitual durante a realização da atividade.
Esta elaboração conceitual será incentivada a ser externada de forma escrita nas respostas do
roteiro de pesquisa.
As respostas apresentadas por os grupos de trabalhos foram transcritas abaixo.
a) O carrinho controlado remotamente conseguiu levantar todos os pesos colocados para
serem rebocados por ele? Por quê?
G1 – Não, pois ele estava sem tração, mas depois colocamos um peso em cima do carrinho e ele
conseguiu puxar 300 gramas, pois com o peso em cima o carrinho possui mais força de atrito, fazendo com
que o carrinho pudesse levantar mais peso.
G2 – Sim, mas para levantar um peso maior que a força do carrinho (270 gramas), foi preciso de
uma ajuda com o atrito (Colocamos mais peso no carrinho).
G3 – Não, ele levantou primeiro 100 g e depois 200 g. Não levantou todos os outros, pois nossa
força média é 165 g.
G4 – Não, ele conseguiu levantar apenas o de 100 g e o de 200 g, porque os pesos de 300 g e 400
g são maiores que o peso do carrinho.
59
G5 – Não, porque na atividade anterior vimos que o carrinho só suporta levantar 358g, assim ele
conseguiu somente os três primeiros pesos de 100 g, 200 g e 300 g.
Era de se esperar que os grupos de trabalho não conseguissem içar todos os pesos à disposição,
pois com relação à força de tração encontrada na etapa anterior, esperava-se, no máximo, conseguir alcançar
a marca de 300 g, pois não foi dimensionado o atrito das duas polias que compõem o sistema e nem a massa
do fio de tração que seria utilizado.
Os grupos perceberam que o carrinho apresentava uma limitação na capacidade de içamento dos
pesos que estavam à disposição para a atividade, buscaram uma maneira de melhorar a performance de seus
carrinhos, utilizando o artifício da tentativa e erro, sem aplicar critérios de quantificação.
Este artifício foi a inserção da mudança da massa do carrinho controlado remotamente com a
utilização de pesos extras sobre a estrutura disposta sobre o carrinho e mudando o coeficiente de atrito do piso
em que se deslocava para tracionar o peso que deveria ser içado, como podemos observar na Figura 22.
Figura 22 - Carrinho com massa extra e com a mudança do piso de tracionamento.

Fonte: O autor

Esta modificação levou a um pensamento equivocado de alguns grupos que a capacidade de tração
do carrinho controlado remotamente estava diretamente associada ao peso do carrinho. Na realidade, a
adição deste peso extra muda a área de contato da roda do carrinho com a superfície.
O grupo G5 foi o único grupo de trabalho que explicou a ligação entre esta atividade e a anterior,
fazendo relação com a capacidade de torque a utilização da polia fixa.
60
No próximo questionamento realizado, buscávamos fazer com que os grupos de trabalho
refletissem sobre maneiras de melhorar a performance conseguida nesta etapa da montagem.
b) Existe alguma forma do carrinho controlado remotamente conseguir levantar pesos
maiores que estes utilizados? Explique.
G1 – Existe, porém o carrinho teria que ter mais força de atrito, e ser mais pesado.
G2 – Sim. Achando alguma forma de o carrinho conseguir maior força de atrito.
G3 – Pegando impulso, mas nesse caso com o tempo o carrinho perdeu força, aumentamos o peso
do carrinho e ele conseguiu puxar, pois a força média aumentou.
G4 – Se a força do carrinho e o peso fossem maiores, sim, e igual de polias.
G5 – Não, como explicado na pergunta acima, ele suporta somente levantar 300 g.
Os grupos de trabalho referiram-se às mudanças acima citadas para melhorar a performance obtida
com seus carrinhos, não fizeram nenhuma referência à utilização de polias móveis como forma de obter
melhores resultados.
Neste outro questionamento, buscamos entender qual a percepção que os grupos de trabalho
tiveram sobre a utilização de polias fixas para o uso de tracionamento de pesos.
c) Qual a função da polia fixa para o movimento de massa? Explique.
G1 – Tornar mais cômodo o trabalho de puxar um peso, facilitando assim quem ou o que está
puxando.
G2 – A polia fixa é melhor para calcular uma força de algo, porque a polia não se move, se não
houver força.
G3 – E mudar a direção e o sentido da força que puxamos.
G4 – Modificar apenas o sentido e a direção da força motora ou equilibrar o peso.
G5 – Ela modifica apenas o sentido e a direção de força motora que equilibra o peso. Desta forma,
são utilizados para tornar mais cômodo o trabalho de puxar a massa para o carinho
Quase a totalidade dos grupos de trabalho perceberam a função da polia fixa na mudança de
direção e sentido da força aplicada para a movimentação da massa, somente o grupo G2 não deixou claro
em sua resposta a sua percepção quanto a esta funcionalidade da polia fixa.
d) Qual a relação entre os deslocamentos do carrinho controlado remotamente e a massa a
ser içada?
G1 – O carrinho pode ser mais pesado ou mais do que peso içado.
G2 – A relação é a força exercida pelo carrinho que puxa a corda, que gira nas polias passando a
força nos pesos.
61
G3 – Com o peso de 100 g, ele conseguiu se deslocar posteriormente, conseguiu com o de 200 g,
a partir do 300 g ele foi incapaz de se deslocar.
G4 – O atrito.
G5 – A relação entre eles é que a mesma medida que o carrinho anda e se locomove para frente, é
a mesma massa que sobe.
Em relação a este questionamento, somente o grupo G5 percebeu que o deslocamento total
realizado pelo carrinho controlado remotamente é igual o deslocamento total realizado pela massa que está
sendo içada por ele.
Os demais grupos de trabalho buscaram responder este questionamento observando outros
aspectos que não abordados na pergunta, consequentemente respondendo de forma equivocada o que estava
sendo solicitado.
Este equívoco pode ter acontecido por um erro na resolução deste questionamento aconteceu de
forma sistêmica pelo fato no erro de interpretação do comando da atividade e/ou pelo desconhecimento de
conceitos básicos de física e/ou pelo vocabulário empregado.
e) Existe(m) alguma (as) aplicação(ões) que você conhece desta atividade que acabou de
realizar no seu cotidiano? Qual? Explique.
G1 – Sim, construção civil, pois os pedreiros levantam baldes com cimento usando o auxílio de
uma polia fixa.
G2 – Sim. Guincho que vai puxar ou rebocar um carro, ou uma empresa quando usa guindaste
para mover algo.
G3 – Quando puxamos um móvel nós aplicamos força, e os nossos braços agem como o fio, mas
há um limite do que conseguimos puxar.
G4 – Aparelhos de musculação, os pesos são encontrados e temos que fazer uma força na vertical,
de cima para baixo, a polia tem que estar posicionada em cima do aparelho. O guindaste, usado para levantar
materiais mais pesados e em uma vela náutica, há polias para controlar as velas em embarcações.
G5 – Ao fechar ou abrir de persianas em que temos que realizar o mesmo movimento da polia fixa
e no elevador, no qual o peso vai para baixo, para assim o elevador ir para cima.
Nas respostas apresentadas anteriormente pelos grupos de trabalhos, podemos perceber que quase
que a totalidade dos grupos conseguiram associar a atividade realizada com alguma atividade realizada
foram do ambiente escolar. Fazendo com isso uma conexão entre o que está sendo estudado em sala de aula
com o mundo real.
A resposta apresentada no G3 foi a indica que não apresenta elemento que podemos relacionar
com o uso de polias fixas, sendo está totalmente fora de contexto neste momento do trabalho.
62
Neste último questionamento desta atividade, foi solicitada a representação, por desenho, das
forças atuantes na atividade realizada na Figura 23. Pelos conteúdos normativos, descritos como
obrigatórios a serem apresentados em física a este nível de ensino a representação de vetores é anterior a
este conteúdo. Imaginava-se que os desenhos, apresentariam estes vetores mesmo que não estivessem
presentes em seus relatos anteriores.
f) Faça a representação dos vetores de força presentes nesta montagem.
Figura 23 - Ilustração realizada pelos grupos de trabalho para os vetores presentes na montagem da
atividade de polia fixas: (a) G1, (b) G2, (c) G3, (d) G4 e (e) G5.

Fonte: O autor

Os grupos de trabalho tentaram fazer as representações de vetores presentes na montagem dos


sistemas de polias fixas da atividade que realizaram, no enteando muitas vezes os colocam de forma
equivocadas e em locais inapropriados.
Podemos observar a tentativa de colocação dos vetores nos desenhos dos grupos G1(a), G2(b) e
G5(e) e a presença de alguns vetores colocados pelo grupo G4(d) e a inexistência de vetores pelo grupo
G3(c).
Mesmo equivocada, a tentativa de representação dos vetores por parte dos grupos de trabalho é
válida. Entretanto, o tópico deve ser retomando posteriormente, mesmo sendo um conteúdo programático
anterior ao abordado nesta montagem.
63
6.3.3. Montagem e execução da atividade 3 - Polias móveis

Neste terceiro encontro, os grupos de trabalho já estavam mais familiarizados com o andamento
das etapas do projeto e muitos dos alunos já haviam questionado o que iriam fazer nesta etapa.
Na busca de resolver a atividade proposta, os grupos, estando mais familiarizados, pegaram os
materiais e se acomodaram nas bancadas do laboratório de ciências para testar seus carrinhos controlados
remotamente e esperaram receber as orientações dos procedimentos que seriam adotados nesta nova etapa.
As orientações de como proceder foram feitas de forma oral a todos os grupos simultaneamente,
apresentando como deveriam adicionar uma nova polia – desta vez móvel – ao aparato de polias e buscarem
rebocar o maior peso possível com seus carrinhos. Para isso poderiam combinar no ato do içamento mais
de uma massa para ser suspensa de uma única vez.
Esta nova combinação rendeu outros valores de pesos, maiores que normalmente os grupos de
trabalho vinham utilizando. Os valores poderiam variar, agora, de 100 g, o mínimo, até a combinação de
todos os pesos juntos, perfazendo o total de 1000g.
Os valores obtidos através das medições realizadas pelos grupos de trabalho e registradas nos
roteiros de atividades disponível nos Apêndice K - Modelo de relatório força de tração, Apêndice L -
Modelo de relatório polias fixa e Apêndice M - Modelo de relatório polias móveis, que tiveram recebido
previamente estão dispostos na Tabela 4.

Tabela 4 - Força de tração obtidos com polias móveis em kgf.


Força de tração Polia fixa Polias móveis
G1 0,190 kgf 0,300 kgf 0,400 kgf
G2 0,255 kgf 0,300 kgf 0,600 kgf
G3 0,165 kgf 0,200 kgf 0,400 kgf
G4 0,187 kgf 0,200 kgf 0,300 kgf
G5 0,358 kgf 0,300 kgf 0,600 kgf
Fonte: O autor

Grande parte dos grupos de trabalho obtiveram os valores iguais aos encontrados quando
utilizamos as fórmulas matemáticas pertinentes a este assunto nos livros de referências que consultamos,
bem como no livro didático adotado como ferramenta de estudo.
Os roteiros de atividades tinham alguns questionamentos propostos para serem respondidos
durante a execução, estes questionamentos visam fazer com que os grupos de trabalho possam realizar uma
reflexão sobre os conceitos físicos envolvidos na execução e presentes na atividade para servirem de base
para a elaboração das respostas.
64
Com base nestas respostas, buscamos evidências que proponham subsídio para a internalização
dos conceitos sobre o assunto e que sejam externadas de forma escrita nas respostas.
A transcrição das respostas apresentadas pelos grupos de trabalho é apresentada a seguir
a) O carrinho controlado remotamente conseguiu levantar todos os pesos colocados para
serem rebocados por ele? Por quê?
G1 – Sim, por causa de polias móveis.
G2 – Não, pois o carrinho não conseguiu força de tração suficiente para puxar o último peso.
G3 – Não, pois não teve tração suficiente a partir de 300 g, porem quando colocamos peso em
cima, ele foi capaz de levantar até 600 g.
G4 – Sim, mas tivemos que modificar a superfície em que o carrinho ondou para dar mais atrito.
G5 – Não, de acordo com a atividade de ontem sobre a polia fixa, o carrinho pode levantar até 358
g, mas hoje com a ajuda da polia móvel onde foi dividida o peso o carrinho conseguiu levantar até 600 g.
Através das respostas dos grupos acima, os alunos perceberam que, com a utilização de polias
móveis, poderiam movimentar pesos maiores que na etapa anterior, porém não conseguiram ainda alcançar
todas as configurações possíveis de pesos utilizando somente uma polia móvel.
No questionamento seguinte, buscamos um olhar entre as duas polias fixas da estrutura e qual sua
finalidade neste processo.
b) Qual a finalidade das polias presas na parte inferior e superior da estrutura? Explique.
G1 – Facilitar na hora de levantar peso.
G2 – Só para mudar a direção da força.
G3 – Para levantar um peso e a outra para dividir o peso.
G4 – Dividir o peso entre eles.
G5 – A polia fixa, tem a finalidade de direção e sentido. E a móvel tem como finalidade dividir o
peso.
Os grupos responderam o questionamento e compararam os dois tipos de polias que compunham
esta configuração na estrutura. As respostas sugerem que os grupos de trabalho conseguiram diferenciar a
funcionalidade na prática do uso de polias, seja ela fixa ou móvel.
Nesta nova pergunta, buscávamos entender a percepção dos grupos quanto a função da polia móvel
para estas montagens.
c) Qual a função da polia móvel para o movimento de massa? Explique:
G1 – Ela tem a função de levantar peso mais facilmente, porque distribuiu o peso e facilitou o
carrinho levantar o peso.
G2 – Divide a força entre as polias.
65
G3 – A roldana tem seu eixo preso em algum ponto apoio, portanto, apresenta apenas movimento
de rotação, não sendo possível o movimento de translação. Eles modificaram apenas o sentido e a direção
da força motora que equilibra o peso.
G4 – Ela diminuiu pela metade a força necessária para levantar um objeto. Quanto maior for o
número de polias móveis, menor será a força aplicada sob o sistema para mudar a posição vertical do objeto.
G5 – A função é diminuir o peso, fazendo então o objeto ficar mais leve, e no nosso caso o carrinho
conseguiu levantar mais peso.
Alguns grupos de trabalho perceberam que a utilização das polias aumentou a eficiência de
reboque do carrinho controlado remotamente, mensurando que com elas foi necessária metade da força
empregada antes para o içamento do mesmo objeto.
De maneira geral os grupos de trabalhos fizeram projeções de que se aumentassem o número de
polias, a força necessária para a movimentação das massas seria menor.
É interessante destacar neste momento que nas intervenções realizadas pelo professor em sala de
aula foi apresentar a parte teórica sobre o assunto, estas constatações vieram das pesquisas realizadas e pela
observação das atividades propostas.
Retomamos este questionamento sobre a diferenciação entre os tipos de polias empregadas, para
assegurar que não ficaram dúvidas.
d) Qual a diferença entre usar a polia fixa e a polia móvel? Explique.
G1 – pois com as polias fixas o carrinho puxa um determinado peso. E com as polias móveis ele
puxa mais do que a com as polias fixas faz com o que seja dividido
G2 – Fixa - Só muda a direção. Móvel - Móvel – permitiu puxar o dobro da força do carrinho
G3 – Fixa – Apenas modifica a direção e o sentido. Móvel – Ajuda a reduzir a força necessária
para puxar um objeto.
G4 – A polia fixa altera a direção e o sentido da força e a polia móvel divide a força resistente
entre o ponto de fixação das cordas e a força potente.
G5 – A fixa apenas interfere na direção e sentido, já a móvel ajuda na divisão do peso, fazendo
então o objeto que será puxado ficar mais leve.
Podemos perceber que a diferenciação entre os tipos de polias ficou clara para os estudantes, pois
os mesmos conseguiram conceitualizar cada uma delas de forma correta.
Com o intuito de instigar a curiosidade dos grupos de trabalho, foi sugerido que colocassem a
balança utilizada para determinar a força de tração no local onde estava preso o cabo da polia móvel à
estrutura de polias, para determinar o valor do peso que aquele cabo estava sendo tencionado.
66
e) Os valores registrados no visor da balança digital e a massa utilizadas como peso para ser
movimentada foram iguais? Por quê? Explique:
G1 – Não porque a polia móvel (resposta incompleta).
G2 – Não porque a polia móvel divide o peso da massa utilizada.
G3 – Não pois a polia móvel dividiu o peso
G4 – Não porque a polia móvel e o peso entre elas e a polia fixa.
G5 – Não, porque com a polia móvel o peso diminui, sendo assim a balança mostra um número
menor do que realmente é. E na polia fixa não muda o peso e ainda aumenta, pois também tem também o
peso da corda e das polias.
Com esta modificação os alunos puderam visualizar na prática as ideias anteriores que a polia
móvel facilitava o tracionamento do carrinho controlado remotamente, bem como a quantificação dos
valores encontrados. Esta quantificação ajudou a formulação do conceito descrito anteriormente que a polia
móvel dividiu na metade o peso.
Com isso, buscamos com esta nova pergunta, fazer com que os grupos de alunos olhassem em seu
cotidiano aplicações do uso de polias móveis.
f) Existe(m) alguma (as) aplicação(ões) que você conhece desta atividade que acabou de
realizar no seu cotidiano? Qual? Explique:
G1 – Não.
G2 – Sim, nos treinos de academia que puxamos os pesos do aparelho.
G3 – Em uma construção civil as polias utilizadas levantar os materiais em diferentes níveis.
G4 – Em oficinas para erguer o motor de carro, na construção civil para colocar os materiais das
obrar, nos barcos para controlar as velas e etc.
G5 – Não exatamente do nosso cotidiano, porque não acontece com frequência, mas temos o
exemplo de quando normalmente, a polia móvel é utilizada na ponta de um guindaste para aumentar a força
do motor ao levantar uma carga.
Podemos perceber na Figura 24 que conseguiram associar o trabalho que estavam desenvolvendo
com várias situações do seu dia a dia. Isso faz acreditar que a abordagem está sendo realizada de maneira
satisfatória.
g) Faça a representação dos vetores de força presentes nesta montagem.
67
Figura 24 - Ilustração realizada pelos grupos de trabalho para os vetores presentes na montagem da
atividade de polia móvel: (a) G1, (b) G2, (c) G3, (d) G4 e (e) G5.

Fonte: O autor

6.3.4. Montagem e execução da atividade 4 - Associação de polias

Neste quarto encontro, os grupos já estavam bastante ambientados com os processos de trabalho
que estavam desenvolvendo.
Esta etapa aconteceu na sala de aula da turma, pois o laboratório de ciências estava sendo utilizado
para outros fins pela direção da escola impossibilitando assim a utilização pela turma para o
desenvolvimento de nosso encontro.
Os grupos de trabalho receberam seus roteiros de aula, referentes ao assunto que abordaríamos
neste encontro, associação de polias, disponível no Apêndice N - Modelo de relatório para associação de
polias móveis.
68
Cada grupo de trabalho realizou sua montagem no aparato de polias, utilizando primeiramente
duas polias móveis e fazendo suas anotações. Posteriormente adicionando mais uma polia aos sistemas
perfazendo três polias móveis utilizadas simultaneamente no sistema.
Com o término da montagem os grupos de trabalho se preocuparam em buscar responder os
questionamentos e de preencher as folhas de atividades que receberam no início da aula, formulando e
debatendo em seus grupos na busca de formular as respostas aos questionamentos propostos.
Os valores encontrados em cada grupo de trabalho, apresentados na Tabela 5, foram retirados de
seus roteiros de atividades.

Tabela 5 - Força de tração obtidos com sistemas de polias móveis em kgf.


Força de tração Polia fixa Polias móveis Associação de polias
2 polias – 0,760 kgf
G1 0,190 kgf 0,300 kgf 0,400 kgf
3 polias – 1,200 kgf
2 polias – 0,900 kgf
G2 0,255 kgf 0,300 kgf 0,600 kgf
3 polias – 1,200 kgf
2 polias – 0,700 kgf
G3 0,165 kgf 0,200 kgf 0,400 kgf
3 polias – 0,900 kgf
2 polias – 0,500 kgf
G4 0,187 kgf 0,200 kgf 0,300 kgf
3 polias – 0,700 kgf
2 polias – 1,300 kgf
G5 0,358 kgf 0,300 kgf 0,600 kgf
Não realizou
Fonte: O autor

Neste primeiro questionamento, buscou-se saber qual a função da associação de polias.


a) Qual a função da associação de polias para a realização da movimentação de grandes
massas? Explique.
G1 – A função de dividir o peso entre as cordas
G2 – Polias é uma estrutura funcional que conseguem dividir os pesos da massa, facilitando assim
a movimentação.
G3 – Divisão de peso, facilitando a tração de objetos com maior peso.
G4 – Quando mais associações de polias, maior é o peso dividido e distribuído entre as cordas.
Assim, maior e a força do carrinho.
G5 – Quantos mais polias móveis mais peso o carrinho poderia levantar. Assim a função de o peso
ser dividido entre as polias e as cordas.
Os grupos de trabalho deixaram claro com suas respostas que a associação de polias ajudava o
carrinho controlado remotamente a tracionar um peso maior e, que para isso, o peso era distribuído de forma
igual nos cabos de içamento.
69
Neste outro questionamento, queríamos confrontar os grupos sobre qual o limite de tracionamento
que o carrinho controlado remotamente podia alcançar.
b) Existe um peso máximo que o carrinho controlado remotamente conseguiria levantar
utilizando um sistema de polias móveis? Explique.
G1 – Sim, mas não se sabe qual.
G2 – Sim, 1200 kg pois roldanas dividi os pesos.
G3 – O máximo foi 900 g, pesos maiores não teve tração suficiente para levantar.
G4 – Sim, 700 g. Este sistema é 3 polias móveis e 2 polias fixas, tendo distribuição de peso e
puxando o seu limite de 700 g.
G5 – De acordo com o nosso carro, conseguimos levantar com polias móveis, o máximo de 1 kg
e 300 g. como a ajuda de outras polias, o peso seria dividir melhor e conseguiríamos achar outros limites
que o carro poderia erguer.
Alguns grupos de trabalho se limitaram a responder o limite alcançado em suas medições, mas o
grupo G5 foi além, conseguiu fazer uma generalização, deixando implícito que o peso máximo está ligado
ao número de polias móveis do sistema.
Como o questionamento não alcançou de maneira satisfatória o grau de aprofundamento e a
intencionalidade que se propôs, estou sugerindo uma modificação na versão final do manual, modificando
a forma de realização desta pergunta para as próximas aplicações, substituindo a pergunta anterior por esta
nova versão:
Utilizando o sistema de polias, é possível determinar o peso máximo que o carrinho consegue
levantar o peso?
O fato curioso que este grupo, G5, foi o único grupo que não apresentou os valores para a utilização
da configuração com três polias móveis, levando a acreditar que na atividade anterior, foi construída de
forma significativa o conceito de polias móveis e este conceito foi replicado de forma correta desta
montagem que abordava a associação de polias móveis, antes sem mesmo fazer esta etapa do trabalho.
Seguindo este pensamento, os grupos de trabalho foram instigados a elaborar um modelo mental,
para sua realidade obtida até o momento, seu carrinho conseguiria tracionar um peso que não estava à
disposição para serem realizados na prática.
c) Quantas polias móveis seriam necessárias para o carrinho controlado remotamente
conseguir levantar um peso de massa 2 kgf? Demonstre.
G1 – 2 polias fixas e 4 polias móveis.
G2 – O necessário de polias mover uma massa de 2 kg seria seis polias, já que a cada polia
adicionada conseguimos puxar mais 300 g.
70
G3 – Seriam necessárias 4 polias móveis e duas poluas fixas, pois cada polia adicionada o peso
resistente é dividido por 2.
G4 – Com duas polias fixas, e três móveis o limite do carrinho puxar foi 700. Para puxar 2 kg foi
necessário: além das 2 polias fixas e três móveis colocamos mais 770 g sobre carrinho e ele conseguiu
puxar 2 kg.
G5 – 4 polias móveis e 2 fixas.
Cada grupo de trabalho, dentro de sua realidade, acrescentou de uma a três polias móveis para que
que seu carrinho controlado remotamente conseguisse ter sucesso no tracionamento desejado. Os grupos
perceberam que cada polia móvel acrescentada dobrava o valor de tracionamento de seu carrinho, assim
fizeram um cálculo do içamento de peso, sem o uso de fórmulas matemáticas prontas.
Neste novo questionamento tínhamos a intenção confrontar os conceitos apresentados e
trabalhados o momento, buscando assim fazer que os grupos de grupos de trabalho pensassem sobre o que
vinham fazendo até o presente momento. Seria possível conseguir o mesmo tracionamento obtido com as
polias móveis e com as associações de polias somente utilizando polias fixas.
d) O que seria necessário fazer para que o carrinho controlado remotamente movesse um
peso de 2 kg com polias fixas? Explique.
G1 – Aumentar o peso do carrinho para que ele tenha maior atrito.
G2 – Aumentando o atrito do carrinho, pois com mais atrito, mas pelo podemos puxar.
G3 – Nos teríamos de ter que acrescentar mais polias e assim dividir o peso.
G4 –Seria necessárias mais 2 polias fixas. Porque com 2 ele puxou o limite de 200 g (polia fixa)
G5 – Teria que ter no mínimo 2 polias fixas e um peso sobre o carrinho para dar mais atrito.
Os grupos de trabalho acreditavam que aumentando o atrito do carrinho controlado remotamente
conseguiriam fazer o tracionamento necessário. Este pensamento é decorrente das modificações realizadas
por eles durante a montagem das interações das aulas anteriores. Nenhum grupo sugeriu algo diferente do
que o aumento do atrito, deixando de lado outras mudanças que poderiam ser realizadas, como o aumento
de potência dos motores, de um trabalho de união de forças dos carrinhos ou combinações desta e outras
modificações que poderiam surgir.
Com esta pergunta, estamos buscando fazer com que os alunos transponham os muros do espaço
escolar e busquem, em seus cotidianos, algumas relações da física estudadas em sala de aula e as atividades
vivenciadas por eles.
e) Existe(m) alguma (as) aplicação(ões) que você conhece desta atividade que acabou de
realizar no seu cotidiano? Qual? Explique.
71
G1 – Sim, o trem mesmo as suas rodas e o trilho sendo de ferro não patina por causa os pesos em
cima dele.
G2 – Sim, fabricas que precisamos puxar algo que tenha mais peso do que podem puxar usando
as roldanas para dividir o peso
G3 – Em um aparelho de academia, usamos para puxar peso. As polias na casa são utilizando para
dividir os pesos em cada braço, perna e etc.
G4 – Guindaste, usando para levantar materiais mais pesados. Vela náutica, há polias para
controlarem as velas da embarcação.
G5 – Na academia nos aparelhos de levantar peso, é usado as polias para dividir e diminuir o peso.
Os exemplos utilizados de seu cotidiano, muito se assemelham aos apresentados na montagem que
utilizou somente uma polia móvel. Esta aproximação dos exemplos, tem como pano de fundo as mesmas
estruturas de percepção realizadas pelos grupos de trabalho sobre o funcionamento das polias móveis.
Neste último questionamento desta atividade, foi solicitada a representação, por desenho, da
atividade desenvolvida anteriormente com as suas representações das forças atuantes.
Pelos conteúdos normativos a serem apresentados em física a este nível de ensino a representação
de vetores é anterior a este conteúdo. Imaginava-se que os desenhos apresentariam estes vetores mesmo
que não fossem solicitados explicitamente nos relatórios.
f) Faça a representação dos vetores de força presentes nesta montagem.

Figura 25 - Ilustração realizada pelos grupos de trabalho para os vetores presentes na montagem da
atividade de associação de polia móvel: (a) G1, (b) G2 e (c) G3
72

.
Fonte: O autor

Podemos perceber que na ilustração realizada na Figura 26 os conceitos propostos para serem
trabalhados em sala de aula ficaram evidentes, em que cada cabo de içamento está associado ao peso, sendo
que este está dividido pela metade quando encontra outra polia móvel. Esta representação, muitas vezes é
realizada pelo professor no seu quadro, quando apresenta, em sala, estes conceitos.

Figura 26 - Ilustração realizada pelos grupos de trabalho para os vetores presentes na montagem da
atividade de associação de polia móvel: (a) G4 e (b) G5.

Fonte: O autor

6.4. REGISTROS DAS CONCEPÇÕES DOS ALUNOS.

Na comparação das respostas obtidas na pesquisa estudantil e nas observações feitas acerca da
proposta de pesquisa apresentada pelo professor pesquisador, a utilização do carrinho em sala de aula,
sugere uma aprendizagem dos conceitos sobre Forças e as Leis de Newton de forma colaborativa e
significativa para os alunos envolvidos na construção das atividades.
Os alunos avaliaram sua motivação e interesse pela física uniformemente em ambas as pesquisas.
No entanto, 19 dos 20 alunos concordaram que se sentiriam mais motivados se as aulas continuassem com
experimentos como esses. A Figura 27 mostra as proporções das opiniões dos alunos.
73

Figura 27- As opiniões dos alunos da metodologia utilizada.

Eu me sentiria mais motivado se as aulas continuassem


assim?

-20% 0% 20% 40% 60% 80% 100%


Discordo Totalmente Discordo Concordo Concordo Totalmente

Fonte: O autor

Neste momento pode ser observada a participação voluntária dos alunos, iniciativa, espírito de
equipe e de compartilhamento de informações e conhecimentos, conforme previsto na teoria de
aprendizagem realizada no transcorrer da realização do trabalho conforme afirma (Aglaé, 2008).

o conhecimento é construído pelas interações com outros indivíduos. As interações sociais


desencadearam o desenvolvimento. Isso ocorre devido ao processo de mediação criado quando duas
ou mais pessoas cooperam numa atividade (interpessoal), favorecendo a reconstrução do
conhecimento (intrapessoal). (Aglaé, et al, p. 2, 2008)

Os alunos, quando questionados se gostavam de estudar física da maneira como está sendo
ensinada, deram as seguintes respostas: 19 deles concordaram após as sessões experimentais; o número era
11 antes. A Figura 28 mostra as proporções em ambos os itens.

Figura 28 - Opiniões dos alunos sobre aulas de física antes e depois da implementação.

Você gosta da disciplina de Física, da maneira que está


sendo ensinada?

Antes

Depois

-60% -40% -20% 0% 20% 40% 60% 80% 100%

Não Sim

Fonte: O autor
74

Como podemos perceber nos comentários dos estudantes, extraídos do documento aplicado depois
de terminado as etapas de aplicação da pesquisa na forma online, se esta forma de abordagem realizadas
teria contribuído com a modificação do olhar sobre a disciplina de física e na busca de soluções aos
questionamentos realizados em sala de aula.
Os estudantes responderam alguns questionamentos de forma discursiva, podendo opinar sobre
suas impressões sobre os encontros que tiveram, as atividades desenvolvidas e a forma que foi abordada o
conteúdo. Como forma de preservar a identidade dos participantes da pesquisa, os seus nomes formam
substituídos uma denominação de uma letra do alfabeto de forma aleatória.
A primeira pergunta buscava ter elementos para análise das aulas propostas naquele formato teriam
agradado os estudantes.
O que fez você gostar das aulas ministradas desta maneira?
“As aulas de física, com o conteúdo polias e roldanas, foram muito bem elaboradas, amei sair um
pouco da rotina de copiar e escrever, fazer trabalhos manuais e que ativam a criatividade é muito
interessante. Tenho mais facilidade em aprender a prática do que a teoria”. Trecho transcrito do aluno
denominado A.
“O fato de ter que trabalhar em equipe, foi muito legal”. Trecho transcrito do aluno denominado B.
“Mais clareza na explicação e compreensão das aulas, sendo até divertido fazer as aulas”. Trecho
transcrito do aluno denominado C.
O simples fato das aulas saírem do formato tradicional que normalmente é realizado, fez que os
alunos tivessem outro olhar para a disciplina, adicionado a isso o trabalho em grupo durante todo o processo,
onde os estudantes tiveram a liberdade de trocar conhecimento e a construção de atividades prática,
mostrasse um caminho interessante para ser trilhado no ensino de física.
Nenhumas das respostas recebidas deste grupo de estudantes apontou pontos negativos para esta
forma de trabalho, mas como expressado anteriormente, é necessário validar a proposta em grupos e
ambientes.
Nesta pergunta buscávamos levantar elementos e/ou hipóteses que esta forma de ensino ajudassem
os estudantes na forma de compreensão dos conceitos de física abordados nos conteúdos propostos nas
atividades.
Você gostaria de estudar física da forma que está sendo ministrada?
“Sou apaixonado por mecatrônica, usar a robótica para fins de estudo foi maravilhoso, pois
descobri o que realmente quero estudar. As aulas são bem mais dinâmicas, nunca havia tido uma aula que
eu tivesse tanta vontade de fazer. As aulas de física, muitas vezes, são chatas, somente a teoria, mas unindo
75
a prática com a teoria fica muito mais fácil e legal de estudar”. Trecho transcrito do questionário pós prática
do aluno denominado H.
O uso de elementos novos como robótica educacional, no primeiro momento pode criar um
obstáculo, por ser um mundo novo a muito dos estudantes. Saber que eles podem aprender com seus erros
e estes fazem parte do seu aprendizado, não sendo somente de forma classificatória se torna muito mais
prazeroso e deixa o aluno mais aberto a tentativas de buscar soluções aos problemas.
Trabalhar em equipe, unir a teoria com a prática, alicerçada a uma metodologia e uma
planejamento das aulas, pode tornar as aulas de física muito mais atrativas e significativas aos estudantes,
despertando neles suas vocações, como deixou claro o estudante H, quando externou que descobriu na
mecatrônica a sua paixão.
Neste questionamento buscamos que os estudantes pudessem evidenciar elementos que nos
ajudem a entender como os conceitos de polias/roldanas foram significativos para eles.
Qual a sua opinião sobre as aulas de física ministradas sobre polias/roldanas?
“Por nós, alunos, termos montado e participado de todos os detalhes da atividade, por podermos
criar e aprender, às vezes nós errávamos, mas logo com a ajuda do professor, consertávamos o que de errado
havia e pelo fato de todos os alunos terem feito parte disso e ser um trabalho em conjunto”. Trecho transcrito
do questionário pós prática do aluno denominado I.
“A maneira que os fenômenos físicos funcionam na prática”. Trecho transcrito do questionário pós
prática do aluno denominado N.
Notamos a importância de que o estudante de ser participativo no processo da construção do seu
conhecimento, construindo, errando, refazendo, testando, formulando, mudando, sendo elemento principal
da engrenagem e compartilhando com seus pares as suas observações e descobertas.
Esta forma de construção dos conceitos, que não chegou pronta e foi sendo construída ao longo do
processo, fez que eles dessem muito mais significado aos conceitos trabalhados e compreendessem através
da prática o funcionamento dos fenômenos físicos propostos.
Neste questionamento estávamos buscando entender se na visão dos alunos seria possível
continuar a aplicar esta metodologia de ensino para as aulas de física durante e inserido com outros
conteúdos a serem abordados e se esta forma ajudaria a eles se interessar nos estudos da disciplina.
Como você avaliaria se as aulas de física continuassem a ser realizadas desta maneira, sua
motivação para os estudos mudaria?
“O contato manual gerou muito mais interesse, pois, mostrou que a física é muito usada no nosso
cotidiano. Toda vez que for para uma academia ou passar em frente a uma construção e ver máquinas
76
levantando algo, vou me lembrar das aulas do Maicon”. Trecho transcrito do questionário pós prática do
aluno denominado G.
“Eu consegui aprender mais do que se fossem explicadas apenas no quadro". Trecho transcrito do
questionário pós prática do aluno denominado D.
Podemos percebem que os alunos buscam fazer comparações com as aulas que tiveram antes da
aplicação deste projeto, que era de se esperar, fazendo este paralelo, mostra que a grande parte dos alunos
gostaram e aprovaram esta forma de trabalho proposto nesta pesquisa.
No entanto temos que apontar alguns pontos negativos levantados e apresentados, em partes das
respostas dos alunos, alguns alunos reclamaram das dificuldades que tinham em fazer a parte das conexões
elétricas necessária para a montagem.
Mesmo com esta dificuldade, que era esperada quando foi organizado as etapas do trabalho, todos
os grupos conseguiram montar seus carrinhos controlados remotamente e fizeram todas as montagens na
estrutura de polia. Acreditamos que tal desafio foi benéfico para o aprendizado deles (Warshauer, 2014).
Os registros feitos pelo professor em seu diário de bordo e os relatórios das atividades propostas,
realizados pelos alunos, com suas respostas e reflexões às perguntas sobre física, sugerem que eles foram
capazes de aprender os principais conceitos envolvidos nas propostas de atividade. No entanto, não é
possível concluir a partir de suas respostas se os alunos obtiveram um ganho conceitual diferenciado aos
que teriam com aulas tradicionais.
Conforme as notas atribuídas aos grupos de trabalhos durante a realização das atividades propostas
pelo professor apresentadas na Tabela 6, podemos perceber que grande parte dos grupos de estudantes
conseguiram atingir os objetivos propostos nas atividades.

Tabela 6 - Notas atribuídas aos alunos


G1 G2 G3 G4 G5
Força de Tração 6,6 6,2 7,6 7,2 7,0
Polias fixas 7,2 7,0 7,5 6,5 8,8
Polias móveis 6,4 9,7 7,1 7,7 9,4
Associação de polias 6,0 5,5 4,8 5,7 7,2
Fonte: O autor

As notas atribuídas na Tabela 6, apesar de ser uma exigência formal de nosso sistema de ensino,
de atribuir ao conhecimento do aluno um valor numérico, foram realizadas de forma reflexiva sobre a
participação, reflexão, questionamentos e nas devolutivas dos estudantes, sendo estas realizadas em grupos
ou em questionamentos individuais, nas diferentes formas utilizadas de coletas de dados desta pesquisa.
77
A avaliação realizada dos grupos de trabalho, sempre se pautaram em duas premissas
fundamentais, premissas as quais foram os pilarem que nortearam todo o processo de avaliação da didática
das atividades descritas que sempre estiveram presentes, desde o processo de elaboração, montagem e
execução desta proposta.
A primeira destas premissas, que pautou o processo de avaliação e norteou a construção deste
trabalho foi a seguinte.
Se este projeto de pesquisa vai causar algum impacto na percepção dos alunos sobre as aulas de
física ministradas na escola?
Durante o processo de aprendizagem, foi observado que esses alunos estavam muito mais
engajados nas atividades e que as discussões de classe eram mais produtivas do que o habitual e buscaram
respostas a suas limitações em conceitos que não estavam previstos anteriormente à aplicação da atividade.
Esses aspectos estão intimamente ligados à aprendizagem significativa (Ausubel, 1978).
A segunda questão que nos guiou na construção desta proposta de trabalho foi a seguinte.
As atividades propostas neste projeto de pesquisa facilitarão o aprendizado dos alunos?
Podemos perceber que ao final das atividades, eles foram capazes de projetar com sucesso sistemas
de polias necessários para que o carro conseguisse rebocar um peso de 2000g. A Figura 29 apresenta o
trecho extraído do roteiro de atividade do G 3

Figura 29 - Trecho do trabalho do grupo

.
Fonte: O autor

A resposta apresentada anteriormente pelo grupo de trabalho não deixando claro ao leitor como
foi feita a distribuição, acoplamento e nem com fizeram a utilização destas quatro polias móveis e duas
polias fixas na estrutura de polias na obtenção deste ganho de força por parte do grupo de trabalho.
A interpretação da resposta como correta, ocorreu pelo acompanhamento das atividades e os
registros feitos no diário de bordo realizados durante a realização das atividades e a observação por parte
do professor ao acompanhar as montagens realizadas nas atividades propostas.
Sabendo que o aparato de polias que foi utilizado eram necessárias duas polias fixas para a
mudança de direção das forças e cada polia móvel acoplada ao sistema possibilitava um melhor do
78
aproveitamento da força motora empregada pelo carrinho controlado remotamente, como apresentado na
Figura 30, a interpretação da resposta foi considerada correta desta forma.

Figura 30 - Esquemas uso das polias nas estruturas.

Fonte: Matos e Zannin, 2021, p.52.

Além das metas de aprendizagem que tínhamos em mente, os alunos se mostraram competitivos e
curiosos sobre as diferenças de capacidade entre os seus carrinhos. Aos alunos foi dado total liberdade para
explorar, modificar e testar novas variações e modificações durante as montagens do projeto, buscando
formas de sempre melhorar a performance e o desempenho de seus carrinhos de acordo com seus interesses.
Um dos alunos, tomou a iniciativa de modificar as condições iniciais de tracionamento do carrinho
controlado remotamente, conseguiam com isso, melhorar seu desempenho, por tentativa e erro,
acrescentando peso sobre a estrutura do carrinho controlado remotamente e modificando o piso onde ele se
deslocava conforme podemos verificar na Figura 31.
Posteriormente a esta realização, os demais grupos observando que este grupo de trabalho conseguindo
valores maiores de tracionamento, quando modificando algumas variáveis físicas, como peso do carrinho, a
mudança do piso de rodagem para mudar o coeficiente de atrito e a colocação do peso sobre o carrinho
controlado remotamente para mudar a área da superfície de contado da roda com o piso e assim, poderiam
melhorar o desempenho de seus carrinhos. realizassem suas medições aplicassem as mesmas modificações.

Figura 31 - Modificações das variáveis físicas.

Fonte: O autor
79
A “descoberta” deste princípio aconteceu quando um dos alunos, ao perceber que o carrinho
controlado remotamente estava patinando a roda e não se movendo, por brincadeira acrescentou sobre o
carrinho pesos extras, colocando sobre o reboque as massas não utilizadas na etapa do trabalho.
Aproveitando está “descoberta” por parte do estudante, foi incentivada por parte do professor uma
segunda modificação a ser realizada no experimento, do coeficiente de atrito em diferentes condições,
modificando a superfície de contato com as rodas.
Estas modificações foram implementadas colocando um material emborrachado sobre a superfície
e, em outro momento, um material lubrificante para verificar que comportamento o tracionamento do
carrinho, controlado remotamente, apresentava nestas duas situações.
A combinação entre estas duas modificações, conforme mostrado na Figura 31, com peso extra e
superfícies alternativas, foram testadas pelos grupos para verificação do desempenho dos carrinhos. A
Figura 32 apresenta trechos extraídos dos roteiros de trabalho dos grupos G3 e G4 respectivamente.

Figura 32 - Trechos da escrita dos grupos de trabalho.

Fonte: O autor

Estas modificações realizadas pelos grupos de trabalho proporcionaram abertura para debater o
papel do coeficiente de atrito e peso, mesmo que não estivesse previsto na concepção original do projeto
de pesquisa.
A aprendizagem baseada em inquéritos tem sido demonstrada para induzir os alunos a se sentirem
mais responsáveis por sua aprendizagem e engajados com as atividades (Barron & Darling-Hammond,
2010; Deignan, 2009) que é o que acreditamos ter acontecido com esse grupo de trabalho.
80
7. PERSPECTIVA FUTURAS

Nesse ponto estou deixando registrado algumas ideias que sugiram no decorrer da aplicação desta
pesquisa que poderiam ser aproveitadas em uma nova reaplicação ou até mesmo exploradas em um outro
trabalho com o uso do carrinho controlado remotamente em conjunto com o aparato de polias.
Ideias estas, por razão de tempo, não foram possíveis de serem implementadas nesta pesquisa, mas
poderiam contribuir de forma significativa para o principal produto desta pesquisa, o aprendizado dos
alunos.
Ao desenvolver este trabalho, surgiu a ideia, a partir dos questionamentos dos alunos, de modificar
o piso onde carrinho se desloca, podendo colocar matérias com diferentes composições para estudar a
relação do coeficiente de atrito e a capacidade de reboque.
Outra modificação a ser explorada que despertou bastante curiosidade por parte dos estudantes, a
relação do peso sobre o carrinho e a capacidade de tracionamento.
Esta reflexão não foi implementada, mas sua ideia poderia ser explorada. O que aconteceria se um
ou mais carrinhos controlados remotamente tentassem rebocar as massas. O que aconteceria com as forças
de tração.
Poderia ter explorado um “cabo de guerra” com os carrinhos controlados remotamente, para
explorar os conceitos de vetores opostos.
Fora do conteúdo citados, ele pode ser utilizado para abordar outros conceitos com por exemplo:
 velocidade,
 aceleração,
 referencial,
 circuitos elétricos,
 motores elétricos.
Enfim, acredito que os professores, dentro de suas necessidades podem adaptar a utilização da
melhor maneira, pois seu desenvolvimento e construção foi pensado na forma de proporcionar esta
adaptabilidade ao carrinho controlado remotamente a suprir a necessidade de ser um recurso didático
tecnológico para ser usados dentro do ambiente escolar.

8. CONCLUSÃO

Este projeto proporcionou aos estudantes um grande interesse pelo estudo da Física, ao combinar
a robótica educacional com uma sequência didática pensada com este propósito. As ferramentas utilizadas
81
se mostraram valiosas, considerando os conteúdos abordados dentro da disciplina de Física, mais
especificamente no conteúdo de das Leis de Newton. A utilização do carrinho controlado remotamente e
aparato de polias possibilitou aos estudantes testarem suas hipóteses com liberdade, observando na prática
o que visualizaram nas figuras do livro didático, estimulando-os no processo de ensino e aprendizagem.
Esta confiança vem dos relatos e observações oriundas das aulas ministradas e a interação ocorrida
em sala de aula, bem como a dedicação dos alunos durante a realização das mesmas e a busca em entender,
compreender e responder os questionamentos acerca dos conceitos abordados em cada etapa do projeto.
Primeiramente, cabe destacar que, a construção e o uso do carrinho controlado remotamente
trouxeram para a sala de aula uma novidade, pois grande parte dos estudantes envolvidos nunca tiveram
contato com este tipo de recurso tecnológico.
O uso deste recurso em conjunto com o aparato de polias, onde grupos de estudantes tiveram que
rebocar várias massas, com diversos pesos diferentes, com montagens distintas em cada etapa do projeto,
possibilitou uma dinâmica diferenciada as aulas.
A abordagem que foi proposta, tendo como base a robótica educacional em conjunto com a
experimentação e o trabalho em equipe, proporcionou uma interação que favoreceu o aprendizado do aluno,
o estimulando e aguçando sua criticidade e criatividade.
Com isso, foi possível contextualizar o conteúdo das Leis de Newton de forma inovadora,
diferenciada e criativa, possibilitando aos estudantes a compreensão dos conceitos de polias, conseguiram
em muitas oportunidades fazer relações com situações que transpassaram o ambiente escolar, assim dando
significado aos conceitos trabalhados nas aulas. que nos leva a refletir, no uso da robótica educacional,
favorece a aprendizagem, por meio da utilização deste recurso tecnológico que não se faz presente de forma
ampla no ambiente escolar da rede pública de ensino.
Nesta implementação, a parte da programação do carrinho controlado remotamente foi toda
desenvolvida anteriormente à aplicação, pois a escola onde foi aplicado o projeto de pesquisa não dispõe
de local e estrutura para desenvolver e testar as programações. No entanto, em escolas que tiverem local
que permita esta etapa do projeto, recomendo envolver os alunos na mesma.
A montagem foi realizada de forma positiva, sem maiores dificuldades. O uso do manual de
montagem se fez fundamental para este sucesso, pois ele foi todo pensado e desenvolvido para facilitar a
execução, com diversos recursos visuais, com o intuito de facilitar e dar autonomia aos estudantes.
Na execução das atividades propostas, os alunos conseguiram realizar e executar as propostas
solicitadas, respondendo os questionamentos e realizando as montagens e as atividades. Em uma nova
aplicação podem ser explorados outros conceitos que não foram contemplados nesta pesquisa, tais como: a
82
mudança da massa do carrinho (colocação de peso extras para analisar seu comportamento), o coeficiente
de atrito sobre diferentes superfícies e a ação conjunta de reboque dos carrinhos, entre outros.
No tocante ao aprimoramento profissional e pessoal, a elaboração e construção desta proposta de
trabalho contribuíram de maneira significativas na mudança do olhar a respeito da minha prática
pedagógica, trazendo a certeza que o professor sendo agente mediador e ativo no processo de aprendizado,
contribui significativamente para um bom desempenho nas aulas e envolvimento dos alunos nas atividades,
com isso o aprendizado dos conceitos propostos tornam-se significativos, tornando o professor a um papel
de mediador do conhecimento em sala de aula.
Diante disso, o trabalho desenvolvido contribuiu para a apropriação dos conceitos da Física e a
inserção do uso da robótica educacional mostrou ser uma ferramenta com fantástica capacidade de
engajamento para a aula de física, podendo ser ampliada a outras disciplinas, pois desperta curiosidade nos
estudantes, ficando mais motivados e engajados nas realizações das aulas de física, sendo capazes de
aprender os principais conceitos e até mesmo discutir e aprender conceitos fora dos objetivos de
aprendizagem.
O ponto desfavorável para a utilização desta metodologia encontra-se na lacuna a ser vencida
dentro do ambiente escolar, tal como o investimento para sua implementação, capacitação dos professores,
tempo necessário para sua prática nas aulas e principalmente o ceticismo de alguns professores quanto a
sua validade como instrumento pedagógico que forneça elementos que corroborem com a aprendizagem
efetiva dos alunos.
Este é um estudo preliminar. Resultados mais consistentes exigem uma amostra maior,
implementação em diferentes turmas, por diferentes professores e dentro de diferentes ambientes escolares.
O instrumento de avaliação também deve ser aprimorado, validado e aplicado aos grupos de controle.
83
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87
APÊNDICE
Apêndice A - Molde da lateral esquerda do carrinho
Col

Colar

Colar
Colar

Colar
88
Apêndice B - Molde da lateral direita do carrinho
Colar

Colar
Colar

Colar
Colar

Colar
89
Apêndice C - Molde da superior frontal

Dobrar Dobrar

Dobrar Dobrar

Dobrar
Dobrar

Dobrar
Dobrar
90
Apêndice D - Molde da superior trazeira

Colar
Dobrar Dobrar

Dobrar Dobrar

Dobrar Dobrar
91
Apêndice E - Molde da base

PROTOBOARD
D C C D

MOTOR MOTOR
1 2

B A A B

PONTE H 298L
BATERIA
BATERIA

B A A B

MOTOR MOTOR
3 4

D C C D

PLACA DO ARDUINNO UNO


92
Apêndice F - Programação para o carrinho

O programa a seguir deve ser copiado e colado no Arduino IDE para, em seguida, ser carregado
no Arduino via cabo USB.
//Programa: Carrinho controlado remotamente
//Autor: Maicon Teixeira de Matos

//Portas no qual estaremos utilizando


// MOTORES ESQUERDOS
int IN1 = 4; //jumper cinza
int IN2 = 2; //jumper branco
int velocidadeA = 3; // jumper preto

//MOTORES DIREITOS
int IN3 = 5; //jumper rosa
int IN4 = 7; // jumper azul
int velocidadeB = 6; //jumper verde

//COMUNICAÇÃO VIA BLUETOOTH


char x;

void setup(){
//COMUNICAÇÃO COM A SERIAL
Serial.begin(9600);
//DEFININDO OS PINOS DE SAIDAS
pinMode(IN1, OUTPUT);
pinMode(IN2, OUTPUT);
pinMode(IN3, OUTPUT);
pinMode(IN4, OUTPUT);
pinMode(velocidadeA,OUTPUT);
pinMode(velocidadeB, OUTPUT);
}

void loop()
{
x = Serial.read();
if(x=='f') {
//Gira os motores para frente (FRONT)
digitalWrite(IN1, HIGH);
digitalWrite(IN2, LOW);
analogWrite(velocidadeA,250);
digitalWrite(IN3, HIGH);
digitalWrite(IN4, LOW);
analogWrite(velocidadeB,250);
}
if(x=='r') {
//Gira os motores direita (RIGHT)
digitalWrite(IN1, LOW);
digitalWrite(IN2, HIGH);
analogWrite(velocidadeA,200);
digitalWrite(IN3, HIGH);
digitalWrite(IN4, LOW);
analogWrite(velocidadeB,200);
}

if(x=='s') {
//Os motores param (STOP)
digitalWrite(IN1, LOW);
93
digitalWrite(IN2, LOW);
analogWrite(velocidadeA,0);
digitalWrite(IN3, LOW);
digitalWrite(IN4, LOW);
analogWrite(velocidadeB,0);
}

if(x=='l') {
//Gira os motores esquerda (LEFT)
digitalWrite(IN1,HIGH);
digitalWrite(IN2, LOW);
analogWrite(velocidadeA,200);
digitalWrite(IN3, LOW);
digitalWrite(IN4,HIGH);
analogWrite(velocidadeB,200);
}

if(x=='c') {
//Os motores voltar (COME BACK)
digitalWrite(IN1, LOW);
digitalWrite(IN2, HIGH);
analogWrite(velocidadeA,250);
digitalWrite(IN3,LOW);
digitalWrite(IN4,HIGH);
analogWrite(velocidadeB,250);
}
}
94
Apêndice G - Programação do Arduino

A programação do carrinho usará a plataforma open code, fundamentada em hardware e software


fáceis manipulação chamada de Arduino.
A escolha pelo Arduino deu-se por ser uma placa de prototipagem de fácil manuseio e de custo
acessível e podendo se adaptar aos mais diferentes projetos e por isso tendo diversas possibilidades de
consulta sobre sua utilização, desde os fóruns, tutoriais de instalação e utilização e tira dúvidas no próprio
site do fabricante bem como em diversas plataformas na internet, com isso podendo ser consultadas para
sanar eventuais dúvidas sobre a montagem e programação do projeto.
Efetuando o download e a instalação do aplicativo do Arduino Desktop IDE, (Integrated
Development Environment), compatível com o seu sistema operacional utilizado em seu laptop ou desktop,
aparecerá uma janela de comando o apresentado abaixo. Destacamos os principais funções e comandos da
janela conforme indica na Figura 33.

Figura 33 - Interface gráfica do Arduino.

Fonte: O autor

Com o programa de Arduino instalado e aberto deve-se selecionar o modelo da placa do Arduíno
utilizado no projeto. Para isso Para isso selecionasse na interface o menu Ferramentas → Placa → Arduino
Uno (modelo usado neste projeto), conforme mostra à Figura 34.
95

Figura 34 - Seleção do modelo do Arduino.

Fonte: O autor

Com o Arduino aberto selecione a porta serial que a sua placa está se comunicando com seu
correspondente à placa do Arduino utilizada no seu projeto no menu como indicado na Figura 35 (COM1
e COM2) são normalmente reservados para portas seriais nativas e não por USB).

Figura 35 - Selecionando a porta serial do Arduino.

Fonte: O autor

Após selecionar o modelo basta copiar o código programação para o carrinho (apêndice F)
utilizado na programação deste projeto e colar no ambiente de programação salvando em seguida, abaixo
a Figura 36. Mostra o aspecto da interface com parte do código do projeto.
96
Figura 36 - Interface com o nome do programa.

Fonte: O autor

Para fazer o upload do código na placa do Arduino, “Carregar” clique na opção upload ambiente
de desenvolvimento. Conforme indicado na Figura 37.
Atenção: Para carregar o programa no Arduino, desconecte os pinos TX e RX do módulo
Bluetooth, para não ocorrer conflito com a serial.

Figura 37 - Carregamento do arquivo.

Fonte: O autor

Espere alguns segundos. Se tudo ocorrer normalmente, os diodos emissores de luz ou


simplesmente (LED’s) indicadores RX e TX, indicados na Figura 38 ,devem estar piscando.
97

Figura 38 - Led's indicadores RX e TX

Fonte: disponível em: https://www.gratispng.com/png-lwugx2


Acesso em 01 de setembro de 2020

Logo aparecerá uma mensagem no console do compilador com as informações de tamanho do


arquivo e outros detalhes, isto indica que o upload foi bem-sucedido a mensagem “Carregado” irá aparecer
acima do console compilador conforme a Figura 39.

Figura 39 - Status do programa.

Fonte: O autor
98
Apêndice H - Programação para o carrinho comentada

A programação utilizada no carrinho controlado remotamente, sendo está uma forma de dizer para
um computador o que ele deve fazer, este deve conter uma sequência de comandos que o programa deve
executar, afim de realizar a tarefa desejada.
Os computadores por maiores avanços tecnológicos que tenha alcançados não conseguem entender
diretamente a nossa linguagem, necessitamos para isso de um ambiente especial para fazer que o
computador entenda o que desejamos que ele faça, este ambiente, chamado de linguagem de programação,
existem muitas delas, neste caso especifico iremos trabalhar a programação em Arduino.
Esta sequência de comandos será escrita no aplicativo do Arduino Desktop IDE que será escrita
na forma de um arquivo de texto contendo códigos, introduções e declarações de shield usados na
montagem, também conhecida como sketch, será compilada pelo aplicativo e convertida em um programa
para a linguagem da máquina, onde somente o aplicativo do Arduino entenderá, esta ação de conversão dos
dados em para a máquina é chamado de compilar.
Este conjunto de códigos ou introduções é conhecido como programação, na linguagem do
Arduino precisamos fazer uma declaração de variável, esta declaração de variável é um recurso utilizado
para armazenar dados em um programa de computador na sua memória, assim ao declararmos uma variável
ela representará uma região da memória que será utilizada para o armazenamento desta informação.
Primeiramente o que faremos na programação é colocar no início do programa, uma observação
sobre o nome do programa, a sua função e quem o nome do programador que à criou.
//Programa: Carrinho controlado remotamente
//Autor: Maicon Teixeira de Matos
As informações que estão colocadas depois de um par de barras duplas, são comentário de texto
no programa que serve apenas para explicar, ou seja, documentar o código, lembretes para a função ou
nome que colocamos para os programas sem executar nenhum tipo de comando,
Nesta parte da programação estão definindo as variáveis do tipo inteira, que serão usados para as
conexões com os motores e a regulagem de velocidade.
//Portas no qual estaremos utilizando
// MOTORES ESQUERDOS
int IN1 = 4; //jumper cinza
int IN2 = 2; //jumper branco
int velocidadeA = 3; // junper preto
99
//MOTORES DIREITOS
int IN3 = 5; //jumper rosa
int IN4 = 7; // jumper azul
int velocidadeB = 6; //jumper verde

O motor_A declarado no comentário, onde estão conectados aos pinos 2, 3 e 4 no Arduino,


movimenta as rodas do lado esquerdo do carrinho. O motot_B, conectados aos pinos 5, 6 e 7 no Arduino
movimenta as rodas do lado direito.
Estas linhas de código, só conectadas aos motores através dos pinos 4, 2, 6 e 7 do Arduino
respectivamente e as velocidades destes motores podem ser variadas conforme a programação, mas esta
informação chegará ao Arduino pelos pinos 3 e 5 dos motores respectivamente, pois são pinos PWN onde
é possível realizar modificações da velocidade de rotação dos motores, assim esta informação será
armazenar para usar ao longo do programa.
Tendo a necessidade de variar a velocidade dos motores, devemos modificar os comandos dos
códigos da programação em cada if da programação na linha, mostrada abaixo:
analogWrite(velocidadeA,250);
analogWrite(velocidadeB,250);
Os valores que podem ser utilizados pelo Arduino para o controle da velocidade é um valor inteiro
armazenado em 8 bits, variam de 0 até 255.
Para a comunicação com o módulo bluetooth foi utilizado uma variável do tipo char, quando
acionada pelo comando direcional aplicativo que controla o deslocamento do carrinho, que enviará um
caractere como comando ao Arduino, que será recebido no comando abaixo, detalhado na função loop.
char x;
A função void setup é executada uma única vez na programação, sempre que a placa do Arduino
for ligada ou religada.
void setup() {
A primeira função a ser utilizada ao se trabalhar com o Arduino, sendo que a velocidade da taxa
de comunicação em Bits por segundo entre a placa de Arduino e o programa.
//Comunica com a serial
Serial.begin(9600);
Esta função chamada de pinMode pode configurar um determinado pino como sendo de entrada
(INPUT) ou saída (OUTPUT).
Na programação apresentada todos pinos estão configurados com saída de dados.
100
//Define os pinos como saida
pinMode(IN1, OUTPUT);
pinMode(IN2, OUTPUT);
pinMode(IN3, OUTPUT);
pinMode(IN4, OUTPUT);
pinMode(velocidadeA, OUTPUT);
pinMode(velocidadeB, OUTPUT);
}
Depois de realizar os comandos da função setup, o programa busca no código de comando
pertencentes a função loop.
Estas instruções são enviadas ao Arduino através do aplicativo utilizando para controlar
remotamente o carrinho.
Cada botão do aplicativo, quando acionado está programado para enviar um caractere, via
comunicação bluetooth ao Arduino, sendo este o responsável pelo controle direcional do carrinho.
Os caracteres responsáveis pelos comandos direcionais são as iniciais minúsculas dos comandos:
fronte “f”, right ”r”, stop “s”, left ”l” e come back “c” como mostra a Figura 40.

Figura 40 - Controle com as letras de comando.

Fonte: O autor

void loop()
{
x = Serial.read();
O comando if na estrutura da programação tem a finalidade de verificação na programação, se isso
for verdade, execute tal comando. No caso desta programação, se o botão do direcional do aplicativo de
controle for pressionado com a intenção de mandar o carrinho ir a frente, será enviado “f” pelo aplicativo
por meio da comunicação via bluetoooth, assim a programação realizada entenderá que deve acionar os
101
motores de modo que o carrinho controlado remotamente ande para frente, se não busque a próxima função
declarada na sua programação para executar uma tarefa.
A lógica da programação e muito simples, pois se a condição for verdadeira, os comandos descritos
entre { e }, esta função ficará em loop esperando receber um novo comando.
if(x=='f') {
//Gira os motores para frente (FRONT)
digitalWrite(IN1, HIGH);
digitalWrite(IN2, LOW);
analogWrite(velocidadeA,250);
digitalWrite(IN3, HIGH);
digitalWrite(IN4, LOW);
analogWrite(velocidadeB,250);
}
Dentro da estrutura de programação buscará qual dos if é a condição verdadeira solicitada pelo
aplicativo direcional do carrinho a ser executada, assim os comandos descritos nesta parte da programação
serão realizados, estes comandos estão escritos dentre os parênteses.
if(x=='f') {
//Gira os motores para frente (FRONT)
digitalWrite(IN1, HIGH);
digitalWrite(IN2, LOW);
analogWrite(velocidadeA,250);
digitalWrite(IN3, HIGH);
digitalWrite(IN4, LOW);
analogWrite(velocidadeB,250);
}
Em cada estrutura do comando if, temos descritas o que deve ser executados nos motores, isto é,
ligando o desligando os pinos, para que estes façam os carrinhos se movimentar da forma desejada.
Esta será realizada nos digitalWrite, este parâmetro de comando define que tipo de pino e o valor.
Nesta programação os digitalWrite estão buscando nas variáveis declaradas int e ser este pino deve
ser HIGH, ligado ou LOW, desligado.
A função analogWrite também tem dois parâmetros, sendo as variáveis onde informaremos o valor
de rotação do motor, isto é, controlando este valor controlamos a velocidade de rotação do motor,
consequentemente a velocidade que o carrinho controlado remotamente vai ter. Este controle só e possível
102
de ser realizado pois o pino utilizado nesta conexão é do tipo PWN, assim podemos varia o valor de 0 até
255.
Esta lógica de programação utilizada para escrever o primeiro if, foi replicada aos outros blocos
de programação, variando os pinos que estavam sendo ligados e desligados e a valor atribuído a rotação do
motor, como podemos observar no restante da programação descrita abaixo.
if(x=='r') {
//Gira os motores direita (RIGHT)
digitalWrite(IN1, LOW);
digitalWrite(IN2, HIGH);
analogWrite(velocidadeA,200);
digitalWrite(IN3, HIGH);
digitalWrite(IN4, LOW);
analogWrite(velocidadeB,200);
}
if(x=='s') {
//Os motores param (STOP)
digitalWrite(IN1, LOW);
digitalWrite(IN2, LOW);
analogWrite(velocidadeA,0);
digitalWrite(IN3, LOW);
digitalWrite(IN4, LOW);
analogWrite(velocidadeB,0);
}
if(x=='l') {
//Gira os motores esquerda (LEFT)
digitalWrite(IN1,HIGH);
digitalWrite(IN2, LOW);
analogWrite(velocidadeA,200);
digitalWrite(IN3, LOW);
digitalWrite(IN4,HIGH);
analogWrite(velocidadeB,200);
}
if(x=='c') {
103
//Os motores voltar (COME BACK)
digitalWrite(IN1, LOW);
digitalWrite(IN2, HIGH);
analogWrite(velocidadeA,250);
digitalWrite(IN3,LOW);
digitalWrite(IN4,HIGH);
analogWrite(velocidadeB,250);
}
}
104
Apêndice I - Programação do aplicativo

O Masschusetts Institute of Technology desenvolvedora do aplicativo (MIT APP Inventor)


disponível neste endereço (http://ai2.appinventor.mit.edu/) é um ambiente de programação gráfica que
permite a criação de aplicativos para as mais variadas formas de plataformas, está versalidade foi
preponderante para a escolha deste software para o criação e desenvolvimento da interface gráfica do
aplicativo deste projeto. Para a sua utilização somente é necessária o login com uma conta de e-mail do tipo
Gmail, um serviço gratuito de E-mail da empresa Google.
A abaixo Figura 41 mostra o aspecto da interface gráfica do ambiente de desenvolvimento MIT
APP Inventor.

Figura 41 - Interface gráfica do MIT APP Inventor.

Fonte: O autor

Com o MIT APP Inventor aberto, clic em: Projetos → Importa projetos de um repositório, como
mostrado na Figura 42.
105
Figura 42 - Aba de importação de projetos.

Fonte: O autor

Neste momento abrirá uma nova janela criar uma janela a partir de um modelo onde devemos
selecionar a opção de adicionar uma novo URL (Uniform Resource Locator) na biblioteca de modelos
conforme a Figura 43.

Figura 43 - Janela de adicionar um URL.

Fonte: O autor
106
Neste momento, insira o endereço (______) no local indicado na Figura 44 e pressionando a caixa
de diálogo: ok.

Figura 44 - Aba de informação do URL.

Fonte: O autor

O MIT APP Inventor importará da biblioteca o arquivo do aplicativo Controle C, conforme a


Figura 45 que permitirá gerar o controle remoto do carrinho e se achar necessário mudar algumas
informações do layout do aplicativo.

Figura 45 - Tela com o aplicativo importado.

Fonte: O autor
107
A programação do aplicativo foi realizada por meio da programação de blocos lógicos, onde cada
comando de cada tecla é feito separadamente, como mostra a Figura 46.

Figura 46 - Blocos de comando.

Fonte: O autor

Realizada esta importação, devemos compilar o programa e salvar este no computador para após,
através de um cabo USB transmitir este para o celular onde deverá ser executado.
Para compilar o aplicativo devemos clicar em: Compilar → App (salvar.apk em computador),
como mostra a Figura 47.
108
Figura 47 - Aba de compilação do aplicativo.

Fonte: O autor

Com o término da compilação do aplicativo este criará um ícone do executável no local onde foi salvo
no computador, conforme a Figura 48.

Figura 48 - Arquivo executável do programa.

ControleC.apk
Fonte: O autor

O executável deve ser enviado para o celular e instalado, assim servindo de controle do carrinho,
este envio será realizado com o auxílio de um cabo de dados do celular conectado na porta USB do
computador e copiando o aplicativo em uma pasta. Ao término do envio, deveremos executar o aplicativo e
instalar no celular o seu layout, instalado ficará como na Figura 49.
109
Figura 49 - Layout do aplicativo instalado.

Fonte: O autor

Uma outra alternativa de obter o aplicativo de controle do carrinho será instalando-o diretamente
através da loja da Play Store, buscando pelo nome do aplicativo: Controle C, baixando assim diretamente
no celular.
110
Apêndice J - Relatório de atividade

TURMA: DATA:
EDUCANDO (A): ___________________________________________________________________________
EDUCANDO (A): ___________________________________________________________________________
EDUCANDO (A): ___________________________________________________________________________
EDUCANDO (A): ___________________________________________________________________________
EDUCANDO (A): ___________________________________________________________________________

NOME DA ATIVIDADE:

INTRODUÇÃO: (Fazer uma breve explicação dos conceitos envolvidos na atividade).

MATERIAL UTILIZADO: (Listar todos os materiais usados para a montagem da atividade).

OBJETIVO DA ATIVIDADE: (Descrever qual o objetivo a ser estudado na atividade proposta).


111
PROCEDIMENTO: (Descrever o passo a passos para a montagem da atividade).

CONCLUSÕES DA ATIVIDADE: (Escrever com as próprias palavras o que aprendemos com a atividade).

ILUSTRAÇÃO DA ATIVIDADE:
112
Apêndice K - Modelo de relatório força de tração

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA


MESTRADO NACIONAL PROFISSIONAL EM ENSINO DE FÍSICA
POLO ARARANGUÁ MESTRANDO: MAICON TEIXEIRA DE MATOS.
PROJETO DE PESQUISA: ROBOTICA EDUCACIONAL NO ENSINO DE FÍSICA -
CONTRU ÇÃO DE CARRINHO CONTROLADO REMOTAMENTE PARAESTUDODE DINÂMICA.

ATIVIDADE 1 – FORÇA DE TRAÇÃO


a) O carrinho controlado remotamente será que conseguiu mover a estrutura onde foi ancorado? Por
quê?

b) O fio que estava conectando o carrinho controlado remotamente à estrutura pode vir a se romper?
O que poderia ter acontecido? Explique?

c) Qual seria o peso máximo que o carrinho controlado remotamente poderia rebocar? Explique?

d) Você conseguiu identificar alguma dessas atividades no seu cotidiano? Se sim, qual? Explique.

e) Faça a representação dos vetores de força presentes nesta montagem.


113
Apêndice L - Modelo de relatório polias fixa

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA


MESTRADO NACIONAL PROFISSIONAL EM ENSINO DE FÍSICA
POLO ARARANGUÁ MESTRANDO: MAICON TEIXEIRA DE MATOS.
PROJETO DE PESQUISA: ROBOTICA EDUCACIONAL NO ENSINO DE FÍSICA -
CONTRUÇÃO DE CARRINHO CONTROLADO REMOTAMENTE PARAESTUDODE DINÂMICA.

ATIVIDADE 2 - POLIA FIXA


a) O carrinho controlado remotamente conseguiu levantar todos os pesos colocados para
serem rebocados por ele? Por que?

b) Existe alguma forma do carrinho controlado remotamente conseguir levantar pesos


maiores que este utilizados? Explique.

c) Qual a função da polia fixa para o movimento de massa? Explique.

d) Qual a relação entre os deslocamentos do carrinho controlado remotamente e a massa a


ser içada?

e) Existe alguma (as) aplicação(ões) que você conhece desta atividade que acabou de
realizar no seu cotidiano? Qual? Explique.

f) Faça a representação dos vetores de força presentes nesta montagem.


114
Apêndice M - Modelo de relatório polias móveis

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA


MESTRADO NACIONAL PROFISSIONAL EM ENSINO DE FÍSICA
POLO ARARANGUÁ MESTRANDO: MAICON TEIXEIRA DE MATOS.
PROJETO DE PESQUISA: ROBOTICA EDUCACIONAL NO ENSINO DE FÍSICA -
CONTRUÇÃO DE CARRINHO CONTROLADO REMOTAMENTE PARAESTUDODE DINÂMICA.

ATIVIDADE 3 - POLIAS MÓVEIS


a) O carrinho controlado remotamente conseguiu levantar todos os pesos colocados para serem
rebocados por ele? Por que?

b) Qual a finalidade das polias presas na parte inferior e superior da estrutura? Explique.

c) Qual a função da polia móvel para o movimento de massa? Explique

d) Qual a diferença entre usar a polia fixa e a polia móvel? Explique.

e) Os valores registrados no visor do da balança digital e massa utilizadas como peso para ser
movimentada foram iguais? Por que? Explique?

f) Existe alguma (as) aplicação(ões) que você conhece desta atividade que acabou de realizar no seu
cotidiano? Qual? Explique?

g) Faça a representação dos vetores de força presentes nesta montagem.


115
Apêndice N - Modelo de relatório para associação de polias móveis

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA


MESTRADO NACIONAL PROFISSIONAL EM ENSINO DE FÍSICA
POLO ARARANGUÁ MESTRANDO: MAICON TEIXEIRA DE MATOS.
PROJETO DE PESQUISA: ROBOTICA EDUCACIONAL NO ENSINO DE FÍSICA -
CONTRUÇÃO DE CARRINHO CONTROLADO REMOTAMENTE PARAESTUDODE DINÂMICA.

ATIVIDADE 4 - ASSOCIAÇÃO DE POLIAS MÓVEIS

a) Qual a função da associação de polias para a realização da movimentação de grandes massas?


Explique.

b) Utilizando o sistema de polias, é possível determinar o peso máximo que o carrinho consegue
levantar o peso?

c) Quantas polias móveis seriam necessárias para o carrinho controlado remotamente conseguir
levantar um peso de massa 2 kgf? Demonstre.

d) O que seria necessário fazer para que o carrinho controlado remotamente mover um peso de 2 kgf
com polias fixas? Explique.

e) Existe alguma (as) aplicação(ões) que você conhece desta atividade que acabou de realizar no seu
cotidiano? Qual? Explique.

f) Faça a representação dos vetores de força presentes nesta montagem.


116
Apêndice O - Lógica de programação

LIGAR DISPOSITIVOS

DECLARAR VARIÁVEL

COMUNICAR VIA BLUETOOH

HÁ NÃO
COMUNICAÇÃO
BLUETOOH?

SIM

BOTÃO PRESSIONADO

SIM LIGAR MOTOR


ANDAR PARA
FRENTE? INT 1 E INT 3

NÃO

SIM LIGAR MOTOR


ANDAR PARA
DIREITA? INT 2 E INT 3

NÃO

SIM
PARAR? DESLIGAR TODOS OS
MOTORES

NÃO

ANDAR PARA SIM LIGAR MOTOR


ESQUERDA? INT 1 E INT 4


O

ANDAR DE
SIM LIGAR MOTOR
VOLTAR? INT 2 E INT 4
117
Apêndice P - Molde da base para corte a laser

MOTOR B
MOTOR A

MOTOR B
MOTOR A
118
Apêndice Q – Produto educacional

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA


MESTRADO NACIONAL PROFISSIONAL EM ENSINO DE FÍSICA
POLO ARARANGUÁ

ROBÓTICA EDUCACIONAL NO ENSINO DE FÍSICA – CONSTRUÇÃO E APLICAÇÃO DE


CARRINHOS DE CONTROLE REMOTO PARA ABORDAGEM DO CONTEÚDO DE
DINÂMICA – FORÇAS E AS LEIS DE NEWTON.

Guia de Montagem, Utilização e Aplicação

Araranguá – Santa Catarina


Agosto de 2021.
APRESENTAÇÃO

Caro(a) professor(a):

Este trabalho refere-se às atividades propostas para professores de Física do 1º ano do Ensino
Médio aplicar com seus estudantes, assim como apliquei com minhas turmas na Escola de Educação Básica
Joaquim Ramos, na cidade de Criciúma – SC. São apresentadas quatro atividades de Dinâmica – Forças e
as Leis de Newton, nas quais utilizamos a Robótica Educacional, no intuito de facilitar a aprendizagem
significativa dos estudantes. Nessas atividades, cada discente terá a oportunidade de ser ativo na construção
de seu próprio conhecimento, tornando-se capaz de opinar sobre as descobertas da Física, além de permitir
testar em um equipamento físico, o que foi aprendido na teoria. Preparar o aluno para o trabalho em grupo,
respeitando a opinião dos outros; desenvolver a concentração, a disciplina, responsabilidade, persistência e
a perseverança; estimular a criatividade, tanto no momento da concepção das ideias, como durante o
processo de resolução de problemas, são alguns dos objetivos da utilização da Robótica Educacional como
estratégia de ensino. Este Roteiro está associado ao produto educacional desenvolvido juntamente com a
Dissertação de Mestrado “ROBÓTICA EDUCACIONAL NO ENSINO DE FÍSICA – CONSTRUÇÃO E
APLICAÇÃO DE CARRINHOS DE CONTROLE REMOTO PARA ABORDAGEM DO CONTEÚDO
DE DINÂMICA – FORÇAS E AS LEIS DE NEWTON”. de Maicon Teixeira de Matos, pelo Mestrado
Nacional Profissional em Ensino de Física (MNPEF), na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
– polo de Araranguá, sob orientação do Prof. Dr. Marcelo Zannin da Rosa.
LISTA DE FIGURAS

Figura 50 - Recorte do molde da base do carrinho controlado remotamente. .............................................14


Figura 51 - Base do carrinho controlado remotamente cortada manualmente. ...........................................15
Figura 52 - Motores DC com fios soldados. ................................................................................................15
Figura 53 - Base com a braçadeira plástica para fixação dos motores. .......................................................16
Figura 54 - Braçadeira plástica no local de fixação na parte frontal. ..........................................................16
Figura 55 - Braçadeira plástica no local de retorno. ....................................................................................17
Figura 56 - Braçadeira de plástico prendendo a parte traseira.....................................................................17
Figura 57 - Braçadeira plástica prendendo a parte traseira nos furos C e D. ..............................................17
Figura 58 - Todos os motores fixados nos seus respectivos locais..............................................................18
Figura 59 - Passagem dos fios para a parte superior da montagem. ............................................................18
Figura 60 - Retirada dos excessos das braçadeiras plásticas. ......................................................................19
Figura 61 - União dos fios de mesma cor. ...................................................................................................19
Figura 62 - Colocação das rodas. .................................................................................................................19
Figura 63 - Kit completo para a montagem. ................................................................................................21
Figura 64 - Fixação dos componentes eletrônicos. ......................................................................................21
Figura 65 - Fixação dos fios dos motores na ponte H. ................................................................................22
Figura 66 - Esquema de pinagem da ponte H. .............................................................................................23
Figura 67 - Esquema de pinagem na placa Arduino. ...................................................................................23
Figura 68 - Visão geral das conexões da placa Arduino e da ponte H. .......................................................24
Figura 69 - Módulo bluetooth pinado na protoboard...................................................................................24
Figura 70 - Pinagem do conector bluetooth. ................................................................................................25
Figura 71 - Conexão dos pinos TX e RX na placa Arduino. .......................................................................25
Figura 72 - Esquema pinagem do jumper GND e VCC. .............................................................................26
Figura 73 - Clip de bateria com jumper. ......................................................................................................27
Figura 74 - Esquema de ligação do clip de bateria com a ponte H. ............................................................27
Figura 75 - Jumpers da bateria no pino do GND. ........................................................................................28
Figura 76 - Conexão do pino P4 do clip da bateria ao Arduino. .................................................................28
Figura 77 - Vista superior completa da parte mecânica e eletrônica. ..........................................................29
Figura 78 - Suporte de papelão para bateria de 9V. ....................................................................................29
Figura 79 - Conclusão da construção do carrinho controlado remotamente. ..............................................30
Figura 80 - Carenagem pintada e parcialmente montada. ...........................................................................31
Figura 81 - Carenagem do completamente montada. ..................................................................................31
Figura 82 - Local da colagem dos suportes da carenagem. .........................................................................32
Figura 83 - Carrinho controlado remotamente finalizado. ..........................................................................32
Figura 84 - Canos com tampões. .................................................................................................................35
Figura 85 - Colocação dos tampões nos canos. ...........................................................................................35
Figura 86 - Local de fixação do parafuso. ...................................................................................................36
Figura 87 - Parafuso rosqueado. ..................................................................................................................36
Figura 88 - Colocação do suporte da base. ..................................................................................................36
Figura 89 - Suportes colocados....................................................................................................................37
Figura 90 - Tampa do condulete com furo. .................................................................................................37
Figura 91 - Tampa do condulete com furos de fixação. ..............................................................................37
Figura 92 - Fixação das tapas do condulete na base. ...................................................................................38
Figura 93 - Fixação da caixa do condulete na base. ....................................................................................38
Figura 94 - Base com conduletes fixados. ...................................................................................................39
Figura 95 - Colocação das buchas de redução nos canos. ...........................................................................39
Figura 96 - Colocação dos adaptadores ao cano. .........................................................................................40
Figura 97 - Colocação das nipel rosqueável aos adaptadores......................................................................40
Figura 98 - Colocação dos adaptadores do condulete as nípel rosqueável. .................................................41
Figura 99 - Colocação do cano a caixa do condulete. .................................................................................41
Figura 100 - Cano fixo na caixa de condulete. ............................................................................................41
Figura 101 - Local de fixação da roldana fixa da base inferior. ..................................................................42
Figura 102 - Base inferior concluída. ..........................................................................................................42
Figura 103 - Colocação do joelho de 90° ao cano. ......................................................................................43
Figura 104 - Local de fixação da roldana fixa da parte superior. ................................................................43
Figura 105 - Cano com polias e ganchos rosqueados. .................................................................................44
Figura 106 - Parte superior com rolda fixa e gancho de rosqueáveis de ancoragem...................................44
Figura 107 - Numeração dos furos no cano de suporte. ..............................................................................44
Figura 108 - Fixação do cano de suporte ao joelho de 90°. .........................................................................45
Figura 109 - Estrutura superior concluída. ..................................................................................................45
Figura 110 - Acoplamento da parte superior na inferior. ............................................................................46
Figura 111 - Interface gráfica do Arduino. ..................................................................................................48
Figura 112 - Seleção do modelo do Arduino. ..............................................................................................48
Figura 113 - Selecionando a porta serial do Arduino. .................................................................................49
Figura 114 - Interface com o nome do programa. .......................................................................................50
Figura 115 - Carregamento do arquivo. .......................................................................................................50
Figura 116 - Led's indicadores RX e TX .....................................................................................................51
Figura 117 - Status do programa. ................................................................................................................51
Figura 118 - Medindo a força de tração.......................................................................................................53
Figura 119 - Força de tração. .......................................................................................................................58
Figura 120 - Visor da balança com a tração do carrinho. ............................................................................59
Figura 121 - Movendo o peso com polia fixa. .............................................................................................61
Figura 122 - Polia simples com uma corda passado pelo sistema de fixação. ............................................62
Figura 123 - Um ponto de apoio e moverei o mundo. .................................................................................63
Figura 124 - Mudança do sentido da força em uma roldana fixa. ...............................................................64
Figura 125 - Força motora e resistência. .....................................................................................................65
Figura 126 - Movendo peso com polias móvel. ..........................................................................................69
Figura 127 - Forças atuantes na polia fixa. ..................................................................................................71
Figura 128 - Diagrama de corpo livre de uma polia fixa .............................................................................71
Figura 129 – Deslocamento entre o ponto final e inicial da polia fixa ........................................................73
Figura 130 - Polia móvel. ............................................................................................................................74
Figura 131 - Forças atuantes na polia móvel paralelas. ...............................................................................74
Figura 132 - Diagrama de corpo livre polia móvel......................................................................................75
Figura 133 - Deslocamento entre o ponto inicial e final na polia móvel. ....................................................76
Figura 134 - Polia móvel com balança ........................................................................................................78
Figura 135 - Movendo peso com associação de polias................................................................................81
Figura 136 - Sistema de polias móveis. .......................................................................................................82
Figura 137 - Divisão das forças na polia 2 da associação de polias. ...........................................................83
Figura 138 - Divisão de forças na polia 3 da associação de polias..............................................................84
Figura 139 - Forças atuantes em cada polia dos sistemas de polias móveis................................................85
Figura 140 - Associação de polia móvel com balança no primeiro pitão ....................................................87
Figura 141 - Controle com as letras de comando. .....................................................................................100
Figura 142 - Interface gráfica do MIT APP Inventor. ...............................................................................106
Figura 143 - Aba de importação de projetos. ............................................................................................107
Figura 144 - Janela de adicionar um URL. ................................................................................................107
Figura 145 - Aba de informação do URL. .................................................................................................108
Figura 146 - Tela com o aplicativo importado. .........................................................................................108
Figura 147 - Blocos de comando. ..............................................................................................................109
Figura 148 - Aba de compilação do aplicativo. .........................................................................................110
Figura 149 - Arquivo executável do programa. .........................................................................................110
Figura 150 - Layout do aplicativo instalado. .............................................................................................111
LISTA DE TABELAS

Tabela 7 - Esquema de pinagem da ponte H. ..............................................................................................23


Tabela 8 - Esquema de pinagem na placa Arduino. ....................................................................................23
Tabela 9 - Pinagem do conector bluetooth. .................................................................................................25
Tabela 10 - Conexão dos pinos TX e RX na placa Arduino. ......................................................................25
Tabela 11 - Esquema pinagem do jumper GND e VCC. .............................................................................26
Tabela 12 - Jumpers da bateria no pino do GND. .......................................................................................28
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................................... 9

2. GUIA DE MONTAGEM DO KIT CARRINHO .................................................................. 12


2.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS ............................................................................................... 12
2.2 OBJETIVOS ............................................................................................................................ 12
2.2.1 Objetivo principal ............................................................................................................... 12
2.2.2.Objetivo específico .............................................................................................................. 13

3. MANUAL DE MONTAGEM DO CARRINHO ................................................................... 13


3.1 MONTAGEM DO CARRINHO ............................................................................................. 14
3.2 PARTE ESTRUTURAL DO CARRINHO ............................................................................. 14
3.2.1 Materiais para a montagem do carrinho .......................................................................... 14
3.2.2 Materiais para da parte eletrônica .................................................................................... 20
3.3 COMO MONTAR A PARTE ELETRÔNICA DO CARRINHO ........................................... 21
3.4 MATERIAIS PARA A MONTAGEM DA CARENAGEM DO CARRINHO...................... 30
3.5 MATAGEM DA CARENAGEM DO CARINHO.................................................................. 30
3.6 SOLUÇÕES DE PROBLEMAS ............................................................................................. 33

4. MANUAL DE MONTAGEM DA ESTRUTURA DE POLIAS .......................................... 33


4.1. MONTAGEM DA ESTRUTURA DE POLIAS................................................................. 33
4.2. MONTAGEM DA ESTRUTURA DE ROLDANAS ......................................................... 34
4.3. FERRAMENTAS PARA A MONTAGEM DA ESTRUTURA DE ROLDANAS .............. 34
4.4. PREPARAÇÃO PARA A MONTAGEM DA ESTRUTURA DE ROLDANAS ................. 34
4.5. COMO MONTAR A PARTE INFERIOR DA ESTRUTURA DE ROLDANAS................. 35
4.6. COMO MONTAR A PARTE SUPERIOR DA ESTRUTURA DE ROLDANAS ................ 43
4.7. ACOPLAMENTO DA PARTE INFERIOR E SUPERIOR DA ESTRUTURA ................... 46

5. INSTALAÇÃO DO ARDUINO UNO .................................................................................... 47


5.1 PROGRAMAÇÃO DO ARDUINO UNO .............................................................................. 47

6 PROPOSTA DE SEQUÊNCIA DIDÁTICA .......................................................................... 52


6.1 ATIVIDADE 1: FORÇA TRAÇÃO A................................................................................... 53
6.2 ATIVIDADE 2: POLIA FIXA ............................................................................................... 61
6.3 ATIVIDADE 3: POLIA MÓVEL .......................................................................................... 69
6.4 ATIVIDADE 4: ASSOCIAÇÃO DE POLIAS MÓVEIS ...................................................... 81

CONCLUSÃO .............................................................................................................................. 89

REFERÊNCIAS ........................................................................................................................... 90

Apêndice A - Molde da lateral esquerda do carrinho .............................................................. 91


Apêndice B - Molde da lateral direita do carrinho ................................................................... 92
Apêndice C - Molde da superior frontal .................................................................................... 93
Apêndice D - Molde da superior trazeira .................................................................................. 94
Apêndice E - Molde da base........................................................................................................ 95
Apêndice F - Programação para o carrinho.............................................................................. 96
Apêndice G - Programação para o carrinho comentada ......................................................... 98
Apêndice H- Relatório de atividade ......................................................................................... 104
Apêndice I – Programação do aplicativo ................................................................................. 106
Apêndice J - Relatório de atividade ......................................................................................... 112
Apêndice K - Modelo de relatório força de tração ................................................................. 114
Apêndice L - Modelo de relatório polias fixa .......................................................................... 115
Apêndice M - Modelo de relatório polias móveis .................................................................... 116
Apêndice N - Modelo de relatório para associação de polias móveis .................................... 117
Apêndice O - Lógica de programação ..................................................................................... 118
Apêndice P - Molde da base para corte a laser ....................................................................... 119
9
1. INTRODUÇÃO.

O presente manual tem como objetivo orientar e ser uma ferramenta de ensino/aprendizagem
fundamentada na teoria construtivista de Vygotsky, sobre o uso da Robótica Educacional na como
ferramenta pedagógica de ensino-aprendizagem na área de Física, mais especificamente nas áreas de
Dinâmica – Forças e as Leis de Newton, onde os atores envolvidos serão ativos na construção do seu
conhecimentos e poderão sob orientação do educador e realizar a execução deste projeto de
montagem do carrinho a controle remoto que será controlado através de uma aplicativo de celular,
desenvolvidos especificamente para esta finalidade.
A fundamentação teoria que se alicerçou este trabalho, buscar poder ajudar os educando as
trabalharem em equipes, respeitando a opinião dos outros colegas que compõem a equipe;
desenvolvendo a concentração através da montagem, a disciplina, responsabilidade, persistência e a
perseverança; estimulando a criatividade, tanto no momento da concepção das ideias, como durante
o processo de resolução de problemas, são alguns dos objetivos da utilização da Robótica Educacional
como estratégia de ensino.
O processo de montagem do carrinho acontecerá com a distribuição dos kits de montagem,
o MANUAL DE MONTAGEM DO CARRINHO, os molde da base Apêndice E - Molde da base e
as folhas impressas da carenagem do carrinho Apêndice A - Molde da lateral esquerda do carrinho,
10
Apêndice B - Molde da lateral direita do carrinho, Apêndice C - Molde da superior frontal e Apêndice
D - Molde da superior trazeira e o guia de montagem, à cada equipe, orientando sobre os devidos
cuidados com o manuseio dos itens que compõem o kit de montagem do carrinho controlado
remotamente.
Ao professor apresento quatro atividades descritas em suas respectivas sequências didática
possível para o uso deste experimento no 1° Ano do Ensino Médio, mas cabe salientar que o professor
tem total liberdade de criar outras possibilidades para exploração na utilização do carrinho de controle
controlado remotamente em suas aulas, bem como modificar as que estão elaboradas para adaptar a
sua realidade, necessidade ou limitações, seja esta, técnica ou estruturais de seu ambiente escolar
onde está inserido.
Para cada etapa nesta sequência didática, onde abordaremos o tema dinâmica – Forças e as
Leis de Newton e será distribuída no total de 15 horas/aulas e distribuída em 8 encontros e distribuídas
da seguinte forma:

Preparação:

 Apresentação da problematização
 Montagem dos grupos de trabalho.
 Montagem da carenagem do carrinho.
 Montagem da parte eletrônica e testes.

Execução:

 Atividade 1 com tema de força tração.


 Atividade 2 com o tema polia fixa.
 Atividade 3 com o tema polia móvel.
 Atividade 4 como tema associação de polias.

Finalização:

 Fechamento da atividade
11
De todas as sequencias didáticas elaboradas, no entanto, este número pode variar em outras
turmas, pois outros fatores podem influenciar na execução e elaboração deste trabalho que não
estavam previstas anteriormente.
12
2. GUIA DE MONTAGEM DO KIT CARRINHO

2.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

O presente produto educacional faz parte do trabalho de dissertação do Mestrado


Profissional em Ensino de Física - MNPEF, da Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, polo
de Araranguá e busca por meio da construção do aparato experimental com o carrinho controlado
remotamente, uma proposta de ensino de física, mais especificamente Dinâmica – Forças e Leis de
Newton nos primeiros anos do Ensino Médio, com base do conteúdo programático definido pela
legislação vigente no período de elaboração desta dissertação.
Acredito que nem todos os professores possuem conhecimento prévio sobre a montagem,
funcionamento e programação em Arduino, para tanto buscando encorajar nesta caminhada do uso
da Robótica Educacional em sala de aula, procurou-se montar um manual ilustrado e explicativa todas
as etapas de montagem do carrinho.
Buscando transpor a dificuldade encontrada e com a preocupação de detalhar de forma clara
e objetiva todo o passo a passo da montagem, procurando sempre a maneira mais fácil, claro, acessível
e objetiva possível a qualquer professor de física, alertando sempre para os possíveis equívocos na
sua construção.
Com intuito de ajudar a quem desejar caminhar por esta área possa seguir concluir a
montagem em sala de aula com seus alunos e assim podendo proporcionar a primeira inserção no
mundo da Robótica Educacional, de maneira exitosa e podendo aproveitar todo o potencial
educacional que este material pode oferecer.

2.2. OBJETIVO

Construção de um carrinho controlado remotamente, através de um aplicativo de celular.

2.2.1. Objetivo principal

Desenvolver um de sistema de polias fixa e móveis e um carrinho controlado remotamente,


fazendo o uso de um aplicativo no celular desenvolvido para esta finalidade e utilizando o protocolo
de comunicação bluetooth, que consiga rebocar pesos com diferentes massas.
13
2.2.2. Objetivo específico

 Montar o hardware de um carrinho de controle remoto;


 Desenvolver a comunicação e controle do carrinho via aplicativo de celular;
 Construir uma estrutura para associação de polias;
 Elaborar sequência didática;
 Aplicar o produto educacional em ambiente escolar;
 Realizar a análise crítica sobre a aplicação;

3. MANUAL DE MONTAGEM DO CARRINHO

O objetivo da elaboração deste manual é auxiliar na sistematização das etapas a serem


seguidas na montagem do carrinho controlado remotamente, é pertinente ressaltar que, o professor
pode optar por iniciar a atividade em duas etapas distintas com sua turma, no entanto deverá seguir
todos os passos descritos neste manual.
Iniciando a montagem desde a primeira etapa, é importante ressaltar a necessidade da
utilização de ferramentas potencialmente perigosas e de difícil manipulação no ambiente escolar,
tornado um trabalho dispendioso aos alunos e pouco produtivo ao objetivo que proponho neste
manual de montagem.
A alternativa mais viável seria iniciar a montagem à partir da quarta etapa, no entanto, o
professor deverá providenciar previamente o recorte da base do carrinho, este recorte pode ser feito
em um local onde realize estre trabalho de corte a laser, assim sendo, será necessário disponibilizar o
molde Apêndice P - Molde da base para corte a laser para empresa que execute este trabalho.
De qualquer modo, a descrição das etapas realizadas neste manual terá início desde à
primeira etapa, pois existe a possibilidade de professores ou alunos que tenham facilidade ou acesso
a outros tipos de materiais, ferramentas ou tecnologias diferentes que a utilizada neste projeto e
desejem realizar a construção deste carrinho de iniciar o processo de montagem a partir da primeira
etapa.
Atenção: As cores dos jumpers utilizados na descrição das etapas de montagem têm fins
didáticos e organizacional, tendo puramente o intuito de facilitar o processo de montagem do
carrinho, podendo ser trocadas por outras sem que interfiram no produto final.
14
3.1. MONTAGEM DO CARRINHO

A montagem do carrinho controlado remotamente é realizada em três etapas. A primeira


etapa da parte estrutural do carrinho a segunda etapa a eletrônica do carrinho e a terceira etapa da
carenagem, para a realização destas etapas são necessários os seguintes materiais:

3.2. PARTE ESTRUTURAL DO CARRINHO

3.2.1. Materiais para a montagem do carrinho

AS 1° E 2° ETAPAS SOMETE SERÃO REALIZADAS SE O CORTE DA BASE DE EUCATEX


FOR REALIZADO PELOS ESTUDANTES.

1º Etapa: Fixe o modelo recortado na base de Eucatex e faça as marcações nos locais
indicados. (Os locais dos furos da base são indicados com um x no seu interior e o contorno do
carrinho onde deve ser recortado com um traço contínuo.

Figura 50 - Recorte do molde da base do carrinho controlado remotamente.

Fonte: O autor
15
2º Etapa: Realize o recorte da base de Eucatex e os todos os furos, utilizando para esta tarefa
os equipamentos necessários.

Figura 51 - Base do carrinho controlado remotamente cortada manualmente.

Fonte: O autor

3º Etapa: Usando um soldador e estanho, solde dois fios de cores preta e vermelha nos pinos
dos motores DC, vale ressaltar que os motores DC utilizados nesta montagem tinha uma marcação
no corpo do motor, sendo colocado a mesma cor de fio ao lado desta marcação.

Figura 52 - Motores DC com fios soldados.


Figura SEQ Figura \* ARABIC 78 - Esquema de soldagem dos fios aos motores com caixa de redução.

Fonte: O autor
16
Observação: Com o término da soldagem foi revestido o local da solda com fita isolante para
dar mais firmeza no manuseio dos fios, diminuindo assim o risco de quebra do pino onde foi realizado
a solda.

4º Etapa: Coloque a braçadeira transpassando pelo furo A da base de Eucatex.

Figura 53 - Base com a braçadeira plástica para fixação dos motores.

Fonte: O autor

5º Etapa: Coloque o motor com a caixa de redução no local indicado no esquema do molde
da base, conforme o Apêndice E - Molde da base, passando a braçadeira de plástico pelo furo da
frente da caixa do motor de redução, na parte mais distante da base até sair do outro lado.

Figura 54 - Braçadeira plástica no local de fixação na parte frontal.

Fonte: O autor
17
6º Etapa: Retorne a braçadeira pelo furo B na base, passando a braçadeira pela ponta
do olhal onde deve ser presa e tensionado de modo que o motor com a caixa de redução não apresente
folga com a base de Eucatex.

Figura 55 - Braçadeira plástica no local de retorno.

Fonte: O autor

7º Etapa: Coloque a braçadeira transpassando pelo furo C da base de Eucatex e logo


em seguida passe-a pelo olhal da caixa de redução do motor na parte traseira até sair do outro lado.

Figura 56 - Braçadeira de plástico prendendo a parte traseira.

Fonte: O autor

8º Etapa: Retornando a braçadeira pelo furo D na base, passando a braçadeira pela


ponta do olhal onde deve ser presa e tensionado de modo que o motor com a caixa de redução não
apresente folga com a base de Eucatex.

Figura 57 - Braçadeira plástica prendendo a parte traseira nos furos C e D.

Fonte: O autor
18

Observação: Cuidado para não tencionar muito forte, pois pode quebrar o pino de fixação da
caixa de redução.

9º Etapa: Repita este processo descritos na 9° etapa até 12° etapa de modo que todos
os motores com as caixas de redução fixados na base de Eucatex.

Figura 58 - Todos os motores fixados nos seus respectivos locais.

Fonte: O autor

10º Etapa: Passar todos os fios dos motores para a parte superior da base do carrinho
controlado remotamente pelos furos que se encontram entre os motores de cada lado da montagem.

Figura 59 - Passagem dos fios para a parte superior da montagem.

Fonte: O autor
19
11º Etapa: Retirar o excesso da braçadeira plásticas que fixa os motores com as caixas
de redução com o auxílio de uma tesoura.

Figura 60 - Retirada dos excessos das braçadeiras plásticas.

Fonte: O autor

Figura SEQPrenda
12º Etapa: Figura os
\* ARABIC
fios de 87 - Esquema
mesma de motores
cor dos união dosde
fios dos lado
cada motores.
da montagem do
carrinho.
Figura 61 - União dos fios de mesma cor.

Fonte: O autor

13º Etapa: Encaixe todas as rodas nos motores com as caixas na redução.

Figura 62 - Colocação das rodas.

Fonte: O autor
20

3.2.2. Materiais para montagem da parte eletrônica

 2 Baterias 9V;
 8 Braçadeiras plásticas;
 1 Clip de bateria com entrada P4;
 Cópia do Apêndice A - Molde da lateral esquerda do carrinho;
 Cópia do
21
Apêndice B - Molde da lateral direita do carrinho;
 Cópia do Apêndice C - Molde da superior frontal;
 Cópia do Apêndice D - Molde da superior trazeira;
 1 Chave de fenda Philips pequena;
 1 Clip de bateria;
 4 Caixas de redução com motores acoplados;
 6 Jumpers macho/fêmea;
 5 Jumpers macho/macho;
 1 Módulo bluetooth hc-06;
 1 Módulo drive ponte H – L298H;
 Placa de MDF;
 1 Placa de mini protoboard com 170 furos;
 1 Placa de Arduino UNO;
 4 Rodas.

Figura 63 - Kit completo para a montagem.

Fonte: O autor

3.3. COMO MONTAR A PARTE ELETRÔNICA DO CARRINHO

1º Etapa: Utilizando uma pistola de cola quente, fixe nos locais indicado no molde da na base
a ponte H L298n, mini protoboard e a placa de Arduino.

Figura 64 - Fixação dos componentes eletrônicos.


22

Fonte: O autor

2º Etapa: Prenda os fios na ponte H L298n no local indicado (output_A ou output_B)


em ambos os lados.

Atenção: Não é necessário a retirada total do parafuso para a fixação do na ponte H.

Figura 65 - Fixação dos fios dos motores na ponte H.

Atenção: Não é necessário

Fonte: O autor

3º Etapa: Utilizando os seis jumpers macho/fêmea faça as conexões na ponte L298n


com o lado fêmea do cabo.

Figura SEQ Figura \* ARABIC 91 - Pinagem dos jumpers na ponte H.


23
Figura 66 - Esquema de pinagem da ponte H.

Fonte: O autor

Esquema de pinagem
Atenção com as cores dos jumpers que está sendo usada na sua montagem, as cores
descritas aqui servem somente para guiar a montagem.

Tabela 7 - Esquema de pinagem da ponte H.


Cores Preto Branco Cinza Rosa Azul Verde
Pinos ENA IN1 IN2 IN3 INT4 ENB

4º Etapa: Com a ponta macho dos jumpers faça as conexões nos pinos indicados na

placa do Arduino.

Figura 67 - Esquema de pinagem na placa Arduino.


Figura SEQ Figura \* ARABIC 92 - Esquema de pinagem dos

Fonte: O autor

Esquema de pinagem

Tabela 8 - Esquema de pinagem na placa Arduino.


DIGITAL PWN
24
Cores Azul Verde Rosa Cinza Preto Branco
ENA IN1 IN2 IN3 IN4 ENB
PINOS
7 ~6 ~5 4 ~3 2

5º Etapa: Com o término das conexões os jumpers ficarão dispostos desta forma na
base do carrinho controlado remotamente.

Figura SEQ Figura \* ARABIC 93 - Ligações dos motores na ponte H e as pinagem na placa

Figura 68 - Visão geral das conexões da placa Arduino e da ponte H.

Fonte: O autor

6º Etapa: Conecte o módulo bluetooth HC - 06 em qualquer local da mini


protoboard.

Figura 69 - Módulo bluetooth pinado na protoboard.

Fonte: O autor

Atenção: As linhas vermelhas representam as ligações internas da protoboard, ou seja,


internamente elas já estão interligadas, devemos colocar o módulo bluetooh de maneira que cada pino
estela ligado em uma destas linha, não importando o local na protoboard.
25
7º Etapa: Utilizando os quatro jumpers macho/macho faça as conexões do módulo
bluetooth, utilizando as conexões da protoboard onde o módulo foi pinado.

Figura 70 - Pinagem do conector bluetooth.

Fonte: O autor

Esquema de pinagem

Tabela 9 - Pinagem do conector bluetooth.


Cores Azul Rosa Verde Amarelo
Pinos +5V GND TX RX

8º Etapa: Realizando as conexões dos jumpers no pino RX e TX do módulo


bluetooth na placa Arduino (Atenção coma as cores dos jumpers dos pinos RX e TX).

Figura SEQ Figura \* ARABIC 96 - Esquema de pinagem na placa Arduino nas


Figura 71 - Conexão dos pinos TX e RX na placa Arduino.

Fonte: O autor

Esquema de pinagem

Tabela 10 - Conexão dos pinos TX e RX na placa Arduino.


DIGITAL PWN
26
Cores Azul Verde Rosa Cinza Preto Branco Amarelo Verde
Pinos Estes pinos já estão colocados. RX TX
Pinos 7 ~6 ~5 4 ~3 2 TX RX
Os pinos devem ser
ligados invertidos.

9º Etapa: Realizando as conexões dos jumpers nos pinos GND e VCC (Power) do
módulo bluetooth na placa Arduino.

Figura 72 - Esquema pinagem do jumper GND e VCC.

Fonte: O autor

Esquema de pinagem

Tabela 11 - Esquema pinagem do jumper GND e VCC.


POWER
Cores Azul Rosa
Pinos GND 5v

Observação: Existe outros locais que os pinos dos jumpers GND e VCC podem serem
plugados na placa Arduino, desde que seja respeitado as funções das portas de entrada descritas na
placa este podem receber estas ligações.

10º Etapa: Unir o fio de energia preto do clip da bateria com um jumper macho /
macho.
27
Figura 73 - Clip de bateria com jumper.

Fonte: O autor

11º Etapa: Realizando a conexões da bateria na ponte H L298N, o fio preto do clip de
bateria que está unido ao jumper deve ser ligado a porta GNG e o fio vermelho deve ser ligado na
entrada +12V., ambas na ponte H.

Figura 74 - Esquema de ligação do clip de bateria com a ponte H.

Fonte: O autor

12º Etapa: A outra ponta do jumper macho / macho que foi ligada na ponte H deve
ser plugado na porta GND na placa Arduino.
28
Figura 75 - Jumpers da bateria no pino do GND.

Fonte: O autor

Esquema de pinagem

Tabela 12 - Jumpers da bateria no pino do GND.


POWER
Cores Preto Rosa Azul
Pinos GND GND 5v

13º Etapa: Conectar o clip P4 na entrada da placa de Arduino.

Figura 76 - Conexão do pino P4 do clip da bateria ao Arduino.

Fonte: O autor

14º Etapa: Imagem da pinagem completa de todas as ligações mecânica e eletrônica do


carrinho controlado remotamente.
29

Figura 77 - Vista superior completa da parte mecânica e eletrônica.

Fonte: O autor

15º Etapa: Faça um suporte com papelão para colocar as baterias de 9V.

Figura 78 - Suporte de papelão para bateria de 9V.

Fonte: O autor

16º Etapa: Fixar os suportes de baterias nos locais indicados no modelo da base,
inserindo as baterias e conectando as baterias de 9V plugadas nos seus clipes.
30
Figura 79 - Conclusão da construção do carrinho controlado remotamente.

Fonte: O autor

3.4. MATERIAIS PARA A MONTAGEM DA CARENAGEM DO CARRINHO

A montagem da carenagem do carrinho remotamente requer os seguintes materiais:


 Cola branca;
 Chave Philips;
 Canudos de suco;
 Pistola de cola quente;
 Tesoura;

3.5. MONTAGEM DA CARENAGEM DO CARRINHO

1º Etapa: Imprima e recorte conforme as instruções indicadas nos modelos da


carenagem do carrinho controlado remotamente disponível nos Apêndice A - Molde da lateral
esquerda do carrinho
31
Apêndice B - Molde da lateral direita do carrinho Apêndice C - Molde da superior frontal e Apêndice
D - Molde da superior trazeira.

2º Etapa: Cada grupo deverá recortar, pintar e montar carenagem do carrinho controlado
remotamente disponibilizado ao grupo.

Figura 80 - Carenagem pintada e parcialmente montada.

Fonte: O autor

3º Etapa: Com o término da carenagem do carrinho controlado remotamente montada ficará


desta maneira:

Figura 81 - Carenagem do completamente montada.

Fonte: O autor
32
Observação: Se os grupos acharem necessário, podem ser reforçar o revestimento interno
da carenagem com papelão duro para dar maior firmeza e estabilidade a estrutura.

4º Etapa: Colar os pedaços de canudo ou papelão de aproximadamente 2 cm pela parte interna


da carenagem para ser utilizada como suporte, evitando assim que carenagem do carrinho controlado
remotamente toque nas rodas.

Figura 82 - Local da colagem dos suportes da carenagem.

Fonte: O autor

5º Etapa: Coloque a carenagem sobre a base do carrinho controlado remotamente concluindo


a montagem.

Figura 83 - Carrinho controlado remotamente finalizado.

Fonte: O autor
33

3.6. SOLUÇÕES DE PROBLEMAS

PROBLEMA CAUSA SOLUÇÃO


Carrinho não acende as luzes
Bateria descarregada Colocar as baterias a recarregar
nas placas.
Desfazer as conexões dos
Rodas andas para lados motores com a ponte H,
Conexões trocadas
contrários. invertendo as combinações dos
fios
Carrinho não responde aos Alguma conexão estra Verificar todas as conexões do
comandos. errada ou mal feita projeto.
Excluir o pareamento realizado e
reconectar o dispositivo.
Controle não reconhece o
Conexão com o celular Pedido de senha pelo
dispositivo bluetooth.
dispositivo.
0000 ou 1234
Trocar as conexões dos motores
Carrinho com os comandos
Conexões trocadas com a ponte H, invertendo os
trocadas
locais de pinagem.

4. MANUAL DE MONTAGEM DA ESTRUTURA DE POLIAS

O objetivo da elaboração deste manual é auxiliar na sistematização das etapas a serem


seguidas na montagem da estrutura de roldanas, parte integrante do projeto de pesquisa de utilização
do carrinho controlado remotamente.
Caba ressaltar que o professor que optar em construir a estrutura, pode optar em construir
uma única para ser utilizada por todos ou propor a construção com seus alunos
Neste processo poderá haver a modificar da sugestão de ordem da montagem, no entanto
ressalto que esta proposta apresentada desta montagem, surgiu de um processo de amadurecimento e
de outras versões anteriores, onde foram identificados problemas até chegar no modelo apresentado.
Sugiro que esta estrutura seja montada previamente pelo professor ou estudantes, para que
no dia de sua utilização já esteja disponível.

4.1. MONTAGEM DA ESTRUTURA DE ROLDANAS

A realização da montagem da estrutura de polias para o içamento das massas que o carrinho
controlado remotamente deve movimentar, será necessário os seguintes materiais e ferramentas para
a sua execução.
34

4.2. MATERIAIS PARA A MONTAGEM DA ESTRUTURA DE ROLDANAS

 Caibro de madeira (2 x 7 x 45) cm


 2 m de cano de PVC de 25mm
 2 m de cano de PVC de 20 mm
 2 Bucha Redução 25x20mm
 2 Adaptador Soldável Curto 25mm
 2 Joelho 90° soldável de 20 mm
 2 Nípel Roscável de 25 mm
 4 tampões de 25 mm
 2 Caixa de condulete de PVC de 25 mm
 2 adaptadores condulete de 25 mm
 2 roldanas/polias plásticas de 6cm
 4 parafusos ganchos de 6 mm
 6 Parafusos de madeira chipboard 6,0 x 7,0 mm

4.3. FERRAMENTAS PARA A MONTAGEM DA ESTRUTURA DE ROLDANAS

 Serra de arco para cano


 Parafusadeira com ponteira Philips ou chave Philips
 Furadeira
 Broca de 3mm
 Serra copo de 36 mm ou ½ polegada.

4.4. PREPARAÇÃO PARA A MONTAGEM DA ESTRUTURA DE ROLDANAS

1º Etapa: Cortar um pedaço de caibro de madeira (2 x 7 x 45) cm


2º Etapa: Cortar dois pedaços do cano de PVC de 25 mm com o tamanho de 70 cm.
3º Etapa: Cortar dois pedaços do cano de PVC de 25 mm com o tamanho de 30 cm.
4º Etapa: Cortar dois pedaços do cano de PVC de 20 mm com o tamanho de 100 cm.
5º Etapa: Cortar um pedaço do cano de PVC de 20 mm com o tamanho de 45 cm.
35
4.5. COMO MONTAR A PARTE INFERIOR DA ESTRUTURA DE ROLDANAS

1º Etapa: Separar os dois pedaços do cano 25 mm com 30 cm e os 4 tampões de 25 mm.

Figura 84 - Canos com tampões.

Fonte: O autor

2º Etapa: Pegar os dois pedaços do cano de PVC de 25 mm do tamanho de 30 cm e colocar


em suas extremidades os tampões de 25 mm.

Figura 85 - Colocação dos tampões nos canos.

Fonte: O autor
36
3º Etapa: Apontar o parafuso para ser rosqueado na madeira a 5 cm em ambas as
extremidades
Figura SEQ Figura \* ARABIC 107 - Local onde colocar o

Figura 86 - Local de fixação do parafuso.

5 cm

Fonte: O autor

4º Etapa: Com a parafusadeira o a chave Philips rosquei todo parafuso na madeira


em ambos os lados.

Figura 87 - Parafuso rosqueado.

Fonte: O autor

5º Etapa: Pegue o cano com os tampões e marque o centro do cano e fixe no parafuso
rosqueando o cano ao parafuso em ambos os lados.

Figura 88 - Colocação do suporte da base.

Fonte: O autor
37
6º Etapa: Com esta etapa pronta ficará montado assim.

Figura 89 - Suportes colocados.

Fonte: O autor

7º Etapa: Pegue a tampa da caixa de condulete de PVC e com a serra copo de 36 mm


ou ½ polegada e faça um furo em uma das tampas, logo abaixo do encaixe do parafuso e de forma
centralizada.

Figura 90 - Tampa do condulete com furo.

Fonte: O autor

8º Etapa: Com a furadeira com a broca de número 3 mm faça dois furos em ambas
as tampas. Figura SEQ Figura \* ARABIC 111 - Furo na tampa

Figura 91 - Tampa do condulete com furos de fixação.


Figura SEQ Figura \* ARABIC 112 - Local dos furos no condulete para fixação.

Fonte: O autor
38
9º Etapa: Fixe a tampa com auxílio da furadeira ou chave Philips, nas extremidades
da madeira de forma que sua borda fique no mesmo nível dos canos já fixados.

Figura 92 - Fixação das tapas do condulete na base.

Fonte: O autor

10º Etapa: Parafuse a outra parte da caixa de condulete de PVC.

Figura 93 - Fixação da caixa do condulete na base.

Fonte: O autor
39
11º Etapa: Com esta etapa pronta a base fica desta maneira.

Figura 94 - Base com conduletes fixados.

Fonte: O autor

12º Etapa: Separar os dois pedaços do cano 25 mm com 70 cm e os 2 redutores de 25


para 20 mm.

13º Etapa: Em uma das extremidades conecte a bucha de redução de 25x20 mm

Figura 95 - Colocação das buchas de redução nos canos.

Fonte: O autor
40

14º Etapa: Na outra extremidade deste cano de 25 mm com 70 cm conecte os


Adaptador Soldável Curto 25mm.

Figura 96 - Colocação dos adaptadores ao cano.

Fonte: O autor

15º Etapa: Na parte com rosca da Adaptador Soldável Curto 25mm conecte o nípel
roscável.
Figura 97 - Colocação das nipel rosqueável aos adaptadores.

Fonte: O autor
41
16º Etapa: No nípel rosqueável conecte o adaptador condulete.

Figura 98 - Colocação dos adaptadores do condulete as nípel rosqueável.

Fonte: O autor

17º Etapa: Conecte o adaptador condulete ao furo superior do condulete de PVC.

Figura 99 - Colocação do cano a caixa do condulete.

Fonte: O autor

18º Etapa: Observe como ficou a fixação.

Figura 100 - Cano fixo na caixa de condulete.

Fonte: O autor
42
19º Etapa: Na parte de madeira, fixe uma roldana de 6 cm a 10 cm da tampa do
condulete de PVC que foi furada.

Figura SEQ Figura \* ARABIC 122 - Colocação da polia fixa na base.


Figura 101 - Local de fixação da roldana fixa da base inferior.

8 cm

Fonte: O autor

20º Etapa: Com esta etapa concluída a parte inferior da estrutura de roldanas está
concluída.

Figura 102 - Base inferior concluída.

Fonte: O autor
43
4.6. COMO MONTAR A PARTE SUPERIOR DA ESTRUTURA DE ROLDANAS

1º Etapa: Pegar o cano de PVC de 20 mm com 45 cm e encaixar ambas as extremidades os


joelhos de 90° de 20 mm.

Figura 103 - Colocação do joelho de 90° ao cano.

Fonte: O autor

2º Etapa: A 10 cm de extrema do joelho de 90° rosquear a roldana de 6 cm.

Figura 104 - Local de fixação da roldana fixa da parte superior.

10 cm

Fonte: O autor
44
3º Etapa: Fixar os quatro parafusos ganchos de 6 mm em intervalos iguais de 5 cm.

Figura 105 - Cano com polias e ganchos rosqueados.

5 cm 5 cm 5 cm 5 cm

Fonte: O autor

Figura SEQ Figura \* ARABIC 126 - Colocação dos ganchos no cano.

4º Etapa: Com esta etapa concluída. A montagem estará assim.

Figura 106 - Parte superior com rolda fixa e gancho de rosqueáveis de ancoragem.

Fonte: O autor

5º Etapa: Partindo de uma das extremidades do cano de 100 cm de 20 mm, faça seis
furos no intervalo de 10 cm entre eles. Utilize para este furo a broca de 3 mm.

6º Etapa: Faça uma marcação para ordenar os furos em ambos os lados.

Figura 107 - Numeração dos furos no cano de suporte.

Fonte: O autor
45

7º Etapa: Conecte a extremidade que não foi furada do cano de 100 cm de 20 mm


ao joelho de 90°.

Figura 108 - Fixação do cano de suporte ao joelho de 90°.

Fonte: O autor

8º Etapa: Com esta etapa concluída a parte superior da estrutura de roldanas está
concluída.

Figura 109 - Estrutura superior concluída.

Fonte: O autor
46
4.7. ACOPLAMENTO DAS PARTES SUPERIORES E INFERIORES DA ESTRUTURA

1º Etapa: Pegue a parte superior da estrutura e coloque a parte livre do cano no orifício da
Bucha Redução 25x20mm.

Figura 110 - Acoplamento da parte superior na inferior.

Fonte: O autor

2º Etapa: Nesta configuração de tamanho mínimo a estrutura tem o espaço de


içamento de aproximadamente 110 cm.

3º Etapa: Como a parte móvel é ajustável a necessidades de içamento, podem ser


ajustadas em ambos os lados nos furos que foram realizados no cano de 20 mm, basta para isso
introduzir um pequeno objeto de metal (grampo, clips ou prego) para segurar a estrutura.

4º Etapa: Na sua configuração máxima a estrutura apresenta o espaço de içamento


de aproximadamente 167 cm.
47
5. INSTALAÇÃO DO ARDUINO UNO

Com o término da montagem do carrinho, item a necessidade de instalar o software que fará
os comandos dos componentes utilizados na montagem do carrinho.
A escolha deste programa para a montagem da programação do carrinho usará a plataforma
open code, fundamentada em hardware e software de fáceis manipulação chamada de Arduino, que
está disponível para download no endereço https://www.arduino.cc/en/Main/Software, havendo
versões disponíveis para diversos tipos de ambientes operacionais tais como: Windows, Mac e Linux.
Existe a possibilidade de se trabalhar o Arduino nas versões off-line e on-line. Selecionei a
versão off-line neste tutorial, mas caso queira trabalhar com a versão on-line, deve-se neste acaso
acessar o site https://create.arduino.cc/.
A interface gráfica do Arduino na versão off-line, faz necessário a instalação de alguns
softwares no computador, seja ele desktop ou laptop que se utilizará para a programação do Arduino.
Neste momento vale ressaltar que a linguagem de programação utilizada na elaboração do
projeto é sofisticada, o professor que decidir utilizar este kit de montagem não necessitará saber fazer
à programação, pois a programação estará disponível livremente juntamente com este material.

5.1. PROGRAMAÇÃO DO ARDUINO UNO

A programação do carrinho usará a plataforma open code, fundamentada em hardware e


software fáceis manipulação chamada de Arduino.
A escolha pelo Arduino deu-se por ser uma placa de prototipagem de fácil manuseio e de
custo acessível e podendo se adaptar aos mais diferentes projetos e por isso tendo diversas
possibilidades de consulta sobre sua utilização, desde os fóruns, tutoriais de instalação e utilização e
tira dúvidas no próprio site do fabricante bem como em diversas plataformas na internet, com isso
podendo ser consultadas para sanar eventuais dúvidas sobre a montagem e programação do projeto.
Efetuando o download e a instalação do aplicativo do Arduino Desktop IDE, (Integrated
Development Environment), compatível com o seu sistema operacional utilizado em seu laptop ou
desktop, aparecerá uma janela de comando o apresentado abaixo. Destacamos os principais funções
e comandos da janela conforme indica na Figura 111.
48
Figura 111 - Interface gráfica do Arduino.

Fonte: O autor

Com o programa de Arduino instalado e aberto deve-se selecionar o modelo da placa do


Arduíno utilizado no projeto. Para isso Para isso selecionasse na interface o menu Ferramentas →
Placa → Arduino Uno (modelo usado neste projeto), conforme mostra à Figura 112.

Figura 112 - Seleção do modelo do Arduino.

Fonte: O autor

Com o Arduino aberto selecione a porta serial que a sua placa está se comunicando com seu
correspondente à placa do Arduino utilizada no seu projeto no menu como indicado na Figura 113
(COM1 e COM2) são normalmente reservados para portas seriais nativas e não por USB).
49
Figura 113 - Selecionando a porta serial do Arduino.

Fonte: O autor

Após selecionar o modelo basta copiar o código programação para o carrinho


50
Apêndice F - Programação para o carrinho utilizado neste projeto e colar no ambiente de
programação salvando em seguida, abaixo a Figura 114. Mostra o aspecto da interface com parte do
código do projeto.

Figura 114 - Interface com o nome do programa.

Fonte: O autor

Para fazer o upload do código na placa do Arduino, “Carregar” clique na opção upload
ambiente de desenvolvimento. Conforme indicado na Figura 115 - Carregamento do arquivo..
Atenção: Para carregar o programa no Arduino, desconecte os pinos TX e RX do módulo
Bluetooth, para não ocorrer conflito com a serial.

Figura 115 - Carregamento do arquivo.

Fonte: O autor

Espere alguns segundos. Se tudo ocorrer normalmente, os diodos emissores de luz ou


simplesmente (LED’s) indicadores RX e TX, indicados na Figura 116, devem estar piscando.
51

Figura 116 - Led's indicadores RX e TX

Fonte: disponível em: https://www.gratispng.com/png-lwugx2


Acesso em 01 de setembro de 2020.

Logo aparecerá uma mensagem no console do compilador com as informações de tamanho


do arquivo e outros detalhes, isto indica que o upload foi bem-sucedido a mensagem “Carregado” irá
aparecer acima do console compilador conforme a Figura 117.

Figura 117 - Status do programa.

Fonte: O autor
52
6. PROPOSTA DE SEQUÊNCIA DIDÁTICA

INTRODUÇÃO

A realização do estudo de Dinâmica – Forças e as Leis de Newton no ambiente escolar pode


ser abordado de uma maneira mais prática utilizando para isso atividades experimentais que busquem
colaborar e auxiliar a criação e assimilação dos conceitos físicos abordados em sala de aula.
Para tanto, a sugestão aqui apresentada para a realização de atividades experimentai é a
utilização da Robótica Educacional foi a criação de um aparato experimental que permitiu utilização
e a criação de quatro propostas de sequência didáticas, que buscaram trabalhar os conceitos físicos
com a utilização dentro da proposta de trabalho o uso de polias fixas, polias móveis e associação de
polias, procurando assim fomentar e proporcionar um suporte pedagógico que estimule e potencialize
a elaboração dos conceitos físicos envolvidos durante a realização das atividades experimentais
práticas.
A utilização do carrinho controlado remotamente em sala de aula, quando utilizado nesta
finalidade, sugere uma aprendizagem dos conceitos sobre Forças e as Leis de Newton de forma
colaborativa e significativa aos alunos envolvidos durante a construção e desenvolvimento previstos
nos questionamentos elaborados nas sequencias didáticas propostas.
Os questionamentos poderão fomentar ainda mais a possibilidade que o professor aborde
outros conceitos físico que não estão como tema central das sequências didáticas e nem previstos em
seu plano de ensino para aquela etapa de aprendizagem, proporcionando um ganho significativo em
seu fazer pedagógico.
Os quatro roteiros das sequências didáticas foram pensados e elaborados, de modo que
objetivos propostos durante a sua realização e concomitantemente a sua avaliação sejam alcançados
em cada etapa das atividades.
No processo de criação e elaboração dos questionamentos contidos nas etapas nas propostas
de sequências didáticas, foi totalmente desconsiderada para efeitos de cálculos e conclusões os atritos
que existe entre a polia com o fio e da polia com o seu eixo, deixando assim o estudo deste conceito
para ser abordados em outras atividades envolvendo este aparato e o carrinho controlado remotamente
em outra aplicação futura.
53
6.1. ATIVIDADE 1: FORÇA TRAÇÃO.

Imagem geral da atividade proposta:

Figura 118 - Medindo a força de tração

Fonte: O autor

OBJETIVO DE APRENDIZAGEM:

 Determinar a força de tração do carrinho controlado remotamente;


 Entender o princípio da ação e reação;
 Representar os vetores de força presentes no sistema montado.
54
CONCEITUALIZAÇÃO:

Ao longo da história da humanidade existiu uma série de notáveis pensadores, filósofos,


matemáticos e físicos, que contribuíram para a existência dos pressupostos teóricos que antecederam
a este notável físico, Isaac Newton.
O publicação das Leis de Newton, provocou na história da ciência um marco conceitual de
fundamental importância, pois alterou as concepções de mundo da humanidade dando uma explicação
universal e contundente para os movimentos dos corpos (Menezes L. d., 2016).
A necessidade de criação de um marco temporal para a realização desta escrita, será realizada
como utilizada com publicação por Isaac Newton uma de suas obras que versam sobre o assunto
abordado nesta pesquisa.
A obra escolhida foi Philosophiae naturalis principia mathematica, ou Princípios
Matemáticos da Filosofia Natural, publicada em 5 de julho de 1687.
Esta obra foi a mais completa sistematização do conhecimento de sua época, na qual toda
Física clássica foi sintetizada em uma única obra, unindo a cinemática de Galileu e a Astronomia de
Kepler.
O núcleo central dos Principia, constituem os três pilares fundamentais que chamamos
Mecânica Clássica, que justamente por isso também é conhecida por Mecânica Newtoniana.
As leis de movimento de acordo com Newton no Principia, segundo (Balola, 2010):

Lei I: Todo o corpo persevera no seu estado de repouso ou de movimento uniforme em linha
reta, a não ser na medida em que é obrigado a mudar o seu estado pelas forças que lhe são
impressas. [...]
Lei II: A mudança de movimento é proporcional à força motriz impressa, e dá-se ao longo
da linha reta em que aquela força é impressa. [...]
Lei III: A uma ação corresponde sempre uma reação contrária e igual: ou seja, as ações de
dois corpos entre si são sempre iguais e vão em direções contrárias. (Balola, 2010, p. 32-33).

As leis de Newton estão enunciadas no livro didático de (Fukui, Molina, & Venê, 2006)
como:

Lei I - Se nenhuma força atua em um corpo, ou se a resultante das forças que atuam for nula,
o corpo fica em repouso ou em movimento retilíneo uniforme (MRU).
Lei II - Quando a resultante das forças externas que atuam sobre um corpo é não nula (R ≠
O), sua velocidade vetorial sofrerá alteração. Essa alteração de velocidade (aceleração) é
proporcional à intensidade da resultante.
Lei III - Quando um corpo interage com outro, aplicando-lhe uma força (ação), recebe desse
corpo a aplicação de outra força (reação), de mesma intensidade e mesma direção, mas de
sentido oposto. (Fukui, Molina & Venê, 2006, p. 109 – 119)
55
PRIMEIRA LEI DE NEWTON PRINCIÍPIO DA INÉRCIA

A primeira lei de Newton, denominada de Princípio da Inércia, tem seu enunciado descrito
da seguinte forma. “Existem referenciais chamados inerciais tais que, nesses referenciais, uma
partícula isolada se move em linha reta percorrendo distâncias iguais em tempos iguais”. (Cabral,
1984).
Percebemos neste enunciado deixa explicito que são referenciais inerciais, sem os quais não
podemos caracterizar de forma apropriada a Mecânica.
Quando não adotarmos um referencial inercial como podemos afirmar que o referencial que
adoramos é inercial a qualquer outro referencial, que se encontra movendo como velocidade (módulo,
direção e sentido) constante em relação a este corpo que consideramos em inercial.
Ao consideramos o nosso referencial inercial em nosso sistema, podemos consideram que o
resultante da soma de todas as forças (𝐹⃗ ) que atuam no sistema é zero, matematicamente
representamos esta situação como:

𝑃𝑟𝑖𝑚𝑒𝑖𝑟𝑎 𝑙𝑒𝑖 𝑑𝑒 𝑁𝑒𝑤𝑡𝑜𝑛


(1)
𝐹⃗ = 0⃗

Newton conseguiu mostrar o comportamento de um corpo a resultante das forças é igual a


zero, porém, sentiu necessidade de entender o que acontece quando um corpo está sob a ação de
forças, pois a experiência diz que dada força produz acelerações de módulos diferentes, em corpos
diferentes, com massas diferentes.

SEGUNDA LEI DE NEWTON – LEI DO MOVIMENTO

A segunda lei de Newton, denominada Lei do Movimento, diz que a força resultante que age
sobre um corpo deve ser igual ao produto da massa do corpo por sua aceleração.
Este princípio, também chamado de princípio fundamental da dinâmica.
Como exemplo pegaremos dois objetos de formatos similares e massas distintas.
Uma bola de tênis e uma bola de basquete, a força aplicada (𝐹⃗ ) em ambos os casos será
idêntica, sendo que a massa (𝑚) das bolas são diferentes resultando em uma aceleração (𝑎⃗) diferente
em ambos os casos.
56
Na mecânica clássica o momento linear (𝑝⃗), ou simplesmente momento, é um vetor que é
determinado pelo produto da massa (𝑚) do objeto por sua velocidade(𝑣⃗)

𝑝⃗ = 𝑚. 𝑣⃗ (2)
Conforme (Halliday, Resnick, & Walker, 1996), Newton em seu famoso livro Principia,
descreveu a segunda lei do movimento em termos do momento linear (que chamou de quantidade de
movimento).
Como sabemos que a massa pode varia com o tempo, no entanto, para a realização deste
experimento será considerado que a massa não sofrerá nenhuma alteração.
Na equação (1) temos a formulação da 2ª Lei de Newton com base em seu momento linear.
Fazendo a derivada em ambos membros podemos expressar matematicamente a 2° Lei de Newton da
seguinte forma:
𝑑𝑝⃗ 𝑑𝑣⃗
=𝑚 (3)
𝑑𝑡 𝑑𝑡

Reescrevendo a equação (3) e trocando a derivada em função do tempo pela aceleração,


teremos:
𝑑𝑝⃗
= 𝑚. 𝑎⃗ (4)
𝑑𝑡

Na equação (4) mostra força resultante sobre um determinado corpo é igual à variação de
sua quantidade de movimento durante um determinado intervalo de tempo.

𝐹⃗ = 𝑚. 𝑎⃗ (5)

Sendo essa, a expressão contida nos livros didáticos que tornou-se a mais “conhecida”,
correspondente à segunda lei de Newton escrita da seguinte forma:

𝑆𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑎 𝑙𝑒𝑖 𝑑𝑒 𝑁𝑒𝑤𝑡𝑜𝑛 (6)


𝐹⃗ = 𝑚. 𝑎⃗

Ou temos a segunda lei de Newton em termos das componentes da força e da aceleração,


que matematicamente fica desta forma:

𝐹⃗ , = 𝑚. 𝑎⃗ ; 𝐹⃗ , = 𝑚. 𝑎⃗ ; 𝐹⃗ , = 𝑚. 𝑎⃗ (7)
57
⃗ ⃗ ⃗
𝐹⃗ , = 𝑚. = ; 𝐹⃗ , = 𝑚. = ; 𝐹⃗ , = 𝑚. (8)

Nas expressões apresentadas anteriormente vale lembrar que a força resultante aplicada
(𝐹⃗ ), a massa (𝑚) e a aceleração (𝑎)⃗ realizada sobre um corpo, ocasiona uma aceleração
diretamente proporcional a força aplicada sobre este corpo.
Sendo a massa, o comprimento e o tempo definidos como grandezas fundamentais no estudo
da física, a força é uma grandeza derivada. Assim a unidade padrão para força é chamada de Newton,
sendo representada matematicamente por:

1 𝑁𝑒𝑤𝑡𝑜𝑛 = (1 𝑞𝑢𝑖𝑙𝑜𝑔𝑟𝑎𝑚𝑎) × (1 𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑝𝑜𝑟 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜 𝑎𝑜 𝑞𝑢𝑎𝑑𝑟𝑎𝑑𝑜) (9)


𝑚
𝑁 = 𝑘𝑔 . (10)
𝑠

Assim em decorrência a segunda lei de Newton quando existir vária forças atuando sobre
um único ponto material, levamos em conta o princípio da superposição que afirma, para todos os
sistemas lineares o resultado de duas ou mais forças atuando sobre o sistema, teremos a seguinte
situação onde o vetor resultante é igual ao multiplicação da massa do corpo pelo vetor de aceleração
deste corpo. Podemos representar esta da seguinte forma:

𝐹⃗ = m𝑎⃗ (11)

TERCEIRA LEI DE NEWTON – LEI DA AÇÃO E REAÇÃO

A terceira lei de Newton, denominada ação e reação, enuncia que se um corpo A exerce uma
força (𝐹⃗ ) sobre um corpo B, então o corpo B também exercerá uma força (𝐹⃗ ) de mesmo módulo,
mesma direção e sentidos contrários, isso significa que as duas forças têm módulos iguais e sentidos
opostos e pode ser descrito matematicamente da seguinte forma:

𝑇𝑒𝑟𝑐𝑒𝑖𝑟𝑎 𝑙𝑒𝑖 𝑑𝑒 𝑁𝑒𝑤𝑡𝑜𝑛 (12)


𝐹⃗ = − 𝐹⃗
58
ATIVIDADE EM SALA:

Os grupos de alunos formados para a realização da atividade deverão determinar a força de


tração do carrinho controlado remotamente exerce sob o fio.

MATERIAIS A SEREM UTILIZADOS:

 Aplicativo instalado no celular disponível no Play Store com o nome de controle C;


 Balança digital;
 Carrinho controlado remotamente;
 Estrutura fixa;
 Fio de ancoragem com gancho/olhal.

PROCEDIMENTO:

Os alunos acoplarão o carrinho controlado remotamente ao fio de ancoragem que estará


fixado a balança digital de modo que este fio está possa ser preso no furo da base do carrinho
controlado remotamente na sua parte traseira.
Esta balança estará acoplada a uma estrutura fixa em sala de aula, conforme a Figura 119 -
Força de tração.

Figura 119 - Força de tração.

Fonte: O autor

Terminado esta etapa de ancoragem o carrinho controlado remotamente deve ser acionado
de modo que este se desloque para a frente, tendo como referencial a estrutura que está fixada a
balança, tensionado o fio que está prendendo o carrinho controlado remotamente a balança e com
59
isto, registrando a força de tração que está sendo exercida sob fio, que estará marcada no visor da
balança, conforme a Figura 120.

Figura 120 - Visor da balança com a tração do carrinho.

Fonte: O autor

Repetindo este procedimento mais algumas vezes para poder obter uma média aritmética
simples do valor da tração que o carrinho controlado remotamente exerce no fio, esta força de tração
encontrada será a base para os cálculos, comprovações e conjecturas que será realizada nas etapas
posteriores desta sequência didática.

QUESTIONAMENTOS DA ATIVIDADE:

Estes questionamentos podem ser realizados antes da realização da atividade, durante a


realização das atividades ou como uma outra forma de avaliação da atividade, ficando a critério do
professor o momento da sua utilização.
a) O carrinho controlado remotamente será que conseguiu mover a estrutura onde foi ancorado? Por
quê?
b) O fio que estava conectando o carrinho controlado remotamente à estrutura pode vir a se romper?
O que poderia ter acontecido? Explique?
c) Qual seria o peso máximo que o carrinho controlado remotamente poderia rebocar? Explique?
d) Existe alguma (as) aplicação(ões) que você conhece desta atividade que acabou de realizar no seu
cotidiano? Qual? Explique?
e) Faça a representação dos vetores de força presentes nesta montagem.
60
SUGESTÃO DE AVALIAÇÃO:

Proposta A: Os grupos de trabalho montados pelos alunos devem registrar os valores obtidos
em cada medição da força de tração do carrinho controlado remotamente no relatório de atividades
Apêndice H - Relatório de atividade completando todos os campos deste relatório, que deve ser
entregue ao professor após a realização da atividade.
Proposta B: Resolução do questionamento das atividades de forma individual e/ou em
grupos por parte dos alunos.
Proposta C: Pode também ser solicitado um vídeo e/ou foto da atividade que apareça os
diversos momentos que foram realizados as medições da tração do carrinho controlado remotamente.
Proposta D: Solicitar que os grupos de trabalho imprimam uma foto do momento da medição
da tração do carrinho controlado remotamente e destaque nesta foto da impressão os vetores de força
que estão atuando sobre o sistema.
Fica a critério do professor que está aplicando a sequência didática a maneira de avaliação
do processo de aprendizado dos alunos, podendo este, fazer qualquer uma das propostas apresentadas
ou a elaboração de outros critérios avaliativos dos alunos envolvidos.
61
6.2. ATIVIDADE 2: POLIA FIXA

Imagem geral da atividade proposta:

Figura 121 - Movendo o peso com polia fixa.

Fonte: O autor

OBJETIVO DE APRENDIZAGEM:

 Conhecer o princípio de funcionamento das polias fixas;


 Visualizar as polias fixas em funcionamento;
 Entender o princípio da 3° lei de Newton;
 Representar os vetores de força presentes no sistema montado.
62
CONCEITUALIZAÇÃO:

As polias, roldanas ou moitões, como podemos observar na Figura 122, são peças mecânicas,
constituídas de uma roda de material rígido, de metal, madeira ou plástico, lisa ou apresentado uma
fenda ou fulcro no disco, acionada por uma correia, corda ou fio, flexível e inextensível que gira
sobre um eixo central e transferindo o movimento e a força para outro objeto, podendo ser associado
a outras polias, assim fazendo o trabalho de uma engrenagem.

Figura 122 - Polia simples com uma corda passado pelo sistema de fixação.

Fonte: Fukui, Molina & Venê, 2006, p. 133

Estes dispositivos mecânicos são instalados com o propósito de facilitar o transporte ou


deslocamento de peso nas mais diversas atividades humanas.
Podemos caracterizar um sistema de polias de duas formas.
Na primeira que podemos considerar um sistema de polias é considerá-lo ideal, onde tem a
capacidade de mudar a direção do fio e transmitir a força aplicada integralmente, acoplada a um fio
ideal, sendo este caracterizado por ter uma massa desprezível, ser inextensível e flexível, ou seja, é
capaz também de transmitir totalmente a força aplicada nele de uma extremidade à outra, podemos
assim considerar o sistema como se os corpos estivessem encostados.
Na segunda de considerar um sistema de polias chamado de real, onde tem a capacidade de
mudar a direção do fio, no entanto, parte da força aplicada nesta mudança de direção e perdida no
processo, o fio utilizado para tem massa, é extensível e flexível, ou seja parte da força aplicada
absorvida por ele e não transmitida totalmente a outra extremidade.
A história relata que Arquimedes, grego do terceiro século a.C., foi a primeira pessoa que
construiu e usou um sistema de roldanas, assim ele podia deslocar grandes pesos exercendo pequenas
forças, segundo (Assis, 2008):
63

Diversos autores mencionam uma frase famosa de Arquimedes em conexão com suas
invenções mecânicas e sua capacidade de mover grandes pesos realizando pouca força: “Dê-
me um ponto de apoio e moverei a Terra,” Esta frase foi dita quando ele conseguiu realizar
uma tarefa solicitada pelo rei Hierão de lançar ao mar um navio de muitas toneladas,
movendo-o apenas com a força das mãos ao utilizar uma engrenagem composta de um
sistema de polias e alavancas. (Assis, 2008, p.16)

A célebre frase “Dê-me um ponto de apoio e moverei a Terra” atribuída a ele, como podemos
observar na Figura 123, mostra que desde aqueles tempos o princípio das alavancas já era
compreendido. O relato mais antigo da representação da utilização de uma polia que temos registro é
datado de 800 a.C., em um mural da Assíria (Assis, 2008).

Figura 123 - Um ponto de apoio e moverei o mundo.

Fonte: Disponível em: <https://www.idoneos.com>

Na Física, as alavancas e polias são consideradas simples máquinas, no entanto com


princípios físicos a estas duas maquinas simples são completamente diferentes.
As polias, dependendo da maneira como estes dispositivos são utilizados podem servir para
multiplicar forças ou simplesmente mudar o seu sentido. Têm como princípio básico que a força
realizada sobre uma de suas extremidades seja transmitida para a outra extremidade da carga,
mudando assim o sentido da força aplicada, como podemos observar na Figura 124 abaixo:
64
Figura 124 - Mudança do sentido da força em uma roldana fixa.

Fonte: Fukui, Molina & Venê, 2006, p. 133

Segundo (Barbieri, 2011) uma máquina simples é definida como:

máquina simples é aquela que não pode ser decomposta em outra. Em geral, no estudo das
máquinas simples as grandezas físicas de interesse são: força potente resultante, força
resistente resultante, braço mecânico de potência, braço mecânico de resistência, trabalho
potente, trabalho resistente, momento torsor potente (ou torque potente), momento torsor
resistente (ou torque resistente). Todavia, é observado que no estudo em particular de uma
determinada máquina, apresentado por muitos livros didáticos, não se menciona a física de
muitas grandezas presentes na situação em questão.
A pretensão é reforçar a ideia de que a máquina somente é o elemento de transmissão de
força, independentemente de sua configuração. A preocupação de certa forma está
concentrada nas forças, potente e resistente, que se posicionam nas extremidades dessas
máquinas simples. (Barbieri, 2016, p. 4205-2)

Considerar as polias como máquinas simples; as suas classificações são apresentadas por
(Fukui, Molina, & Venê, 2006) sendo:

Há dois tipos de polia: fixa e móvel. Ambas funcionam como uma alavanca: uma
extremidade da corda é presa a carga a ser deslocada, sendo está a extremidade onde atua a
força resistente; a outra extremidade é usada para puxar a corda e deslocar a carga, sendo está
a extremidade onde atua a força potente. No meio, o ponto de fixação da polia serve como
apoio.
Nos estudos de polias, neste livro, o cabo ou a corda que conecta todo o sistema é considerado
ideal, ou seja, fios inextensíveis e polias que giram livremente sem atrito, todos com massa
desprezível. (Fukui, Molina & Venê, 2006, p. 133).

Conforme (Barbieri, 2011) comenta:

Quando se estuda polias pelos textos em livros didáticos não fica clara a observância das
utilidades delas independentemente de suas classificações, fixa ou móvel, seja no ensino
secundarista, ensino superior ou mesmo pela internet, salvo alguns casos. Os estudos dos
livros textos já são conduzidos para suas combinações, ou seja, aos conjuntos de polias. Esses
conjuntos também não possuem uma descrição esclarecedora. A dificuldade encontrada em
qualquer nível de ensino na exploração desses assuntos. (Barbieri, 2011, p. 4305-3)
65
Os conjuntos de polias apresentam e podem ser utilizados em diferentes combinações e
configurações sendo estas chamadas de força motora 𝐹⃗ e força resistente 𝐹⃗ , conforme podemos
observar na Figura 125.

Figura 125 - Força motora e resistência.

Fonte: Simulador Physics at School - Adaptada

Na física a força motora é o nome dado ao trabalho realizado a favor do movimento de um


corpo corresponde à força que se aplica à máquina ao dotando estes corpo de energia cinética e força
resistente como é chamado a força que tem o trabalho de resistência realizado ao contrário ao
movimento, isto é, que tenta buscar ser equilibrada ou superada pela força motora, fazendo que o
corpo tenha a energia cinética reduzida ou alterada em outros tipos de energia, podendo ser aplicadas
em pontos diferentes do sistema. (Menezes L. d., 2016).
Vale ressaltar aqui que o conceito de trabalho que é uma grandeza física, e esta mede a
transformação ou transferência de energia, tem sua unidade de media em Joules. Além disso, o
trabalho que é exercido por uma força equivale a sua variação de energia cinética, bem como
da energia potencial atribuída a um corpo ou sistema de corpos.

ATIVIDADE EM SALA:

Os grupos de trabalho dos alunos formados para a realização da etapa 2 – Polias fixas devem
ser capazes de definir as seguintes informações:
 Qual a finalidade do uso de polias fixa para a realização do movimento de pesos com o auxílio do
carrinho controlado remotamente.
 Qual a vantagem mecânica da utilização de polias fixas.
66
 Qual a relação entre o deslocamento observados no sistema.
 Qual a relação de forças que atuam sobre o sistema.

MATERIAIS A SER UTILIZADOS:

 Aplicativo instalado no celular disponível no Play Store com o nome de controle C;


 Balança digital;
 Carrinho controlado remotamente;
 Estrutura montada para a fixação das polias;
 1 Fios de ancoragem com gancho/olhal;
 1 Fio de ancoragem com olhal/olhal;
 Pesos de massas diferentes. (100 g; 200 g, 300 g; 400 g)
 Roldanas fixas;
 Tampa com gancho.

PROCEDIMENTO:

Os alunos devem pegar o fio de ancoragem gancho/olhal, com a extremidade do olhal passar
pelo furo lateral da estrutura saindo na outra extremidade.
Logo em seguida passar o fio do olhal pelo fulcro da polia fixa que se encontra localizada
na parte inferior da estrutura.
Este fio do olhal deve ser levado diretamente para a outra polia fixa que está localizada na
parte superior da estrutura, passando por seu fulcro e voltando para a parte inferior da estrutura e
conectada o olhal ao gancho de reboque da massa de 100 g que será a primeira a ser utilizada para o
içamento.
A extremidade do fio de ancoragem que tem um gancho deve ser acoplada na parte traseira
do carrinho controlado remotamente no furo de reboque.
Com o fio preso em uma das extremidades no carrinho controlado remotamente e a outra na
massa com peso de 100 g, os alunos com o auxílio do aplicativo de controle remoto, devem acionar
o carrinho, para que o mesmo se desloque para frente, tendo como referência a estrutura, fazendo com
isso a tentativa de içamento do peso preso na outra extremidade do fio.
67
Os grupos de trabalhos formados devem repetir o procedimento descrito anteriormente e a
cada nova tentativa devem trocar os pesos e verificar a possibilidade de conseguir o seu içamento
com as diferentes massas.

QUESTIONAMENTOS DA ATIVIDADE:

Estes questionamentos podem ser realizados antes da realização da atividade, durante a


realização das atividades ou como uma outra forma de avaliação da atividade, ficando a critério do
professor o momento da sua utilização.
a) O carrinho controlado remotamente conseguiu levantar todos os pesos colocados para serem
rebocados por ele? Por que?
b) Existe alguma forma do carrinho controlado remotamente conseguir levantar pesos maiores que
este utilizados? Explique.
c) Qual a função da polia fixa para o movimento de massa? Explique.
d) Qual a relação entre os deslocamentos do carrinho controlado remotamente e a massa a ser içada?
e) Existe alguma (as) aplicação(ões) que você conhece desta atividade que acabou de realizar no seu
cotidiano? Qual? Explique.
f) Faça a representação dos vetores de força presentes nesta montagem.

SUGESTÃO DE AVALIAÇÃO:

Proposta A: Os grupos de trabalho dos alunos devem registrar os valores obtidos em cada
medição realizada com o aparato de polias, utilizando as polia fixa e o carrinho no relatório de
atividade, Apêndice H - Relatório de atividade preenchendo todos os campos deste relatório, que deve
ser entregue ao professor após o término.
Proposta B: A resolução do questionamento das atividades de forma individual ou em grupos
por parte dos alunos.
Proposta C: A solicitação de um vídeo e/ou foto das atividades que apareça o momento da
medição da tração do carrinho controlado remotamente.
Proposta D: Solicitar que os grupos de trabalho imprimam uma foto do momento do
içamento de qualquer uma das massas pelo carrinho controlado remotamente e destaque nesta foto
da impressão os vetores de força que estão atuando sobre o sistema.
68
Fica a critério do professor que está aplicando a sequência didática a maneira da avaliação
do processo de aprendizado dos alunos, podendo este, fazer qualquer uma das propostas apresentadas
ou a elaboração de outros critérios avaliativos dos alunos envolvidos.
69
6.3. ATIVIDADE 3: POLIA MÓVEL

IMAGEM GERAL DA ATIVIDADE PROPOSTA:

Figura 126 - Movendo peso com polias móvel.

Fonte: O autor

OBJETIVO DE APRENDIZAGEM:

 Conhecer o princípio de funcionamento das polias móveis;


 Visualizar as polias móveis em funcionamento;
 Representar de vetores presentes no sistema montado.
70
CONCEITUALIZAÇÃO:

Uma polia fixa tem seu eixo preso a um suporte rígido, que lhe permite apenas o movimento
de rotação, impedindo qualquer translação, sendo que as forças agem nos extremos do fio (Barbieri,
2011). Assim, a força de tração ou motora (𝐹⃗ ) realizada possui sentido oposto ao do movimento do
objeto. Esta força aplicada ao sistema é, em um modelo ideal, igual à força que seria aplicada caso o
objeto fosse erguido diretamente com a força aplicada. A vantagem está na possibilidade de mudar a
direção de aplicação da força., podemos representar esta situação matematicamente da seguinte
forma.
Outra vantagem da utilização de polias é a possibilidade a força motora seja menor que a
força resistente (𝐹⃗ ). Este ganho de força, chamado por (Assis, 2008) de vantagem mecânica (𝑉𝑀),
é que podemos expressar matematicamente pela fórmula:

𝐹⃗
𝑉𝑀 = (13)
𝐹⃗

Se 𝑉𝑀 < 1, temos desvantagem mecânica: a força empregada é maior que a força de


resistência.
Se 𝑉𝑀 = 1, as forças são iguais: não há vantagem nem desvantagem mecânica ao
movimentar ou equilibrar o objeto.
A Figura 127 ilustra o sistema de forças de uma polia com seu eixo central fixo. O atrito é
desconsiderado neste modelo simplificado. As forças no cabo são modeladas por forças de tensão (𝑇⃗)
em suas extremidades. São mostradas também no sistema a motora (𝐹⃗ ) e resistente (𝐹⃗ ).
71
Figura 127 - Forças atuantes na polia fixa.

Fonte: Simulador Physics at School - Adaptada

Ao analisar o sistema de forças atuantes na Figura 5 podemos perceber que ambas as forças
de tração (𝐹⃗ ) e motora (𝐹⃗ ) exercidas no fio são empregadas com a mesma intensidade e no mesmo
sentidos, fazendo que o sistema se encontre em equilíbrio.
Quando analisamos o sistema na representação das forças atuantes através do diagrama de
corpo livre do sistema representados na Figura 127, percebemos as seguintes forças.

Figura 128 - Diagrama de corpo livre de uma polia fixa

Fonte: Simulador Physics at School - Adaptada

No diagrama de corpo livre da Figura 130, temos as seguintes forças atuando.

−𝐹⃗ = 𝑇⃗ −(𝑚. 𝑔⃗) = 𝑇⃗


↔ (14)
−𝐹⃗ = 𝑇⃗ −𝐹⃗ = 𝑇⃗
72
Para considerar as forças que atuam em um sistema estas se encontram em equilíbrio estático
é necessário observar duas condições.
Primeira condição de equilíbrio: A soma das forças
Um determinado corpo esteja em equilíbrio é que a soma de todas as forças que atuam sobre
ele deve ser nula.
O equilíbrio é estático quando a força resultante sobre o corpo é nula e este está em repouso,
ou seja, não possui velocidade, sendo assim, um objeto que se encontra executando movimento
retilíneo uniforme, não há aceleração, portanto, conforme a segunda lei de Newton, não existe força
resultante.
Como a força é nula e o objeto possui velocidade constante, diz-se que o corpo está em
equilíbrio dinâmico.

𝐹⃑ = 0 (15)

Segunda condição de equilíbrio: A soma dos torques


O torque, também chamado de momento de uma força, é a grandeza vetorial relacionada
com a rotação de um sistema. Essa grandeza é definida pelo produto da força aplicada
perpendicularmente em determinado ponto do sistema pelo braço de alavanca, que corresponde à
distância entre o ponto de aplicação da força e o eixo de rotação.
Para que um sistema esteja em equilíbrio, é necessário que não haja rotação, portanto, a soma
dos torques que atuam sobre o sistema deve ser nula.
Na Figura 129, podemos observar a segunda condição descrita anteriormente, onde o fio que
une estas duas forças está sendo estão submetido por uma força de tensão (𝑇⃗) de mesma intensidade
e sentido contrário, aplicada em cada um das extremidades do fio, o somatório da forças atuantes no
sistema é nulo e fazendo que o resultando no seu torque também seja nulo. Quando fazemos a
utilização de uma polia fixa para a movimentação de cargas, obtemos como vantagem mecânica
(𝑉𝑀), de resultado 1. Sendo assim a polia fixa somente proporciona a mudança de direção da força
aplicada e não um ganho de força.

𝐹⃗
𝑉𝑀 = = 1 (16)
𝐹⃗
73
Ao utilizar um sistema de polias fixas, a vantagens a se considerar é que o princípio do
deslocamento é o mesmo, fazendo com que o deslocamento apresentado entre o ponto inicial e o final
da massa seja o mesmo deslocamento obtido pela força motora (𝐹⃗ ) como mostra a Figura 130.

Figura 130 – Deslocamento entre o ponto final e inicial da polia fixa

Fonte: Simulador Physics at School - Adaptada

A vantagem mecânica é maior que um quando há redução na aplicação da força motora


empregada para o deslocamento da massa a ser movimentada. Para obter esta redução, se faz
necessária a utilização de polia móvel na configuração de montagem do sistema.
O objetivo de se investir no uso das polias móveis é de facilitar a realização de algumas
tarefas, dependendo como são empregadas.

POLIAS MÓVEIS
74
A polia móvel na Figura 131, mostra uma polia móvel que apresenta o seu eixo livre,
permitindo rotações e translações, sustentado o peso da massa acoplada a ela sobre o próprio fio e a
força resistente (𝐹⃗ ) , que deve ser superada ou equilibrada encontra-se aplicada no eixo da polia,
enquanto a força motora (𝐹⃗ ) age no extremo livre do fio, movimentando a massa. (Barbieri, 2011).

Figura 131 - Polia móvel.

Fonte: Fukui, Molina & Venê, 2006, p. 133

O sistema de polias paralelas, quando as direções das forças motora e resistente aplicadas ao
sistema, estiverem paralelamente, conforme mostrado na Figura 132.

Figura 132 - Forças atuantes na polia móvel paralelas.

Fonte: Simulador Physics at School - Adaptada


75
Podemos observar na Figura 131, uma polia suspensa por um corda envolta dela, que está
presa ao teto, a massa que está suspensa pela polia exerce uma força de resistência (𝐹⃗ ) em uma
tensão (𝑇⃗) na corda que o segura de mesma intensidade de sua força de resistência (𝐹⃗ ).
Quando analisamos o sistema na representação das forças atuantes através do diagrama de
corpo livre do sistema representados na Figura 133, percebemos as seguintes forças.

Figura 133 - Diagrama de corpo livre polia móvel

a) b)

Fonte: Simulador Physics at School - Adaptada

A tensão (𝑇⃗) na corda, que está presa em um lado ao teto e ao outro lado a uma força motora
(𝐹⃗ ), em ambos os lados a tensão possui um valor igual a metade do valor, pois aqui estamos
admitindo que é uma roldana utilizada seja do tipo ideal, ou seja, massa desprezível e, portanto, as
tensões na corda é consequência apena devido ao peso do bloco.
Assim, para determinar o valor da força motora (𝐹⃗ ) necessária para a movimentação do
sistema, podemos escrever a equação matemática com base no diagrama de corpo livre, Figura 132a,
temos.

2𝑇⃗ = − 𝐹⃗ (17)
−𝐹⃗ (18)
𝑇⃗ =
2
76

Incluindo o diagrama de corpo livre, Figura 132b ao sistema, teremos a seguinte condição:

𝐹⃗ = −𝑇⃗ (19)

Ao igualar as equações (17) e (18) a equação matemática resultante para a movimentação do


uma polia livre fica escrita da seguinte forma:

𝐹⃗ (20)
𝐹⃗ =
2

A associação de polias móveis como na Figura 133, resulta numa força motora menor, no
entanto, o deslocamento total ∆𝑆 = 𝑆 − 𝑆 entre a força motora (𝐹⃗ ) em relação a força de

resistência (𝐹⃗ ), a movimentação da massa será metade do deslocamento total final ocorrido na força
motora, quando aplicado para esta movimentação somente uma polia móvel, conforme podemos
observar a seguir na Figura 134:

Figura 134 - Deslocamento entre o ponto inicial e final na polia móvel.

Fonte: Simulador Physics at School - Modificada


77

ATIVIDADE EM SALA:

Os grupos de trabalho dos alunos formados para a realização da etapa 3 – Polias móveis
devem ser capazes de definir as seguintes informações:
a) Qual a finalidade do uso de polias móveis para a realização do movimento de pesos com o
auxílio do carrinho controlado remotamente.
b) Qual a vantagem mecânica da utilização de polias móveis.
c) Qual a relação entre o deslocamento observados no sistema.
d) Qual a relação de forças que atuam sobre o sistema.

MATERIAIS A SER UTILIZADOS:

 Aplicativo instalado no celular disponível no Play Store com o nome de controle C;


 Carrinho controlado remotamente;
 Estrutura de madeira montada;
 Fios de ancoragem com gancho;
 Pesos de massas diferentes. (100 g; 200 g, 300 g; 400 g)
 Roldanas fixas;
 Tampa com roldana.

PROCEDIMENTO:

Os alunos devem pegar o fio de ancoragem gancho/olhal, com a extremidade do olhal passar
pelo furo lateral da estrutura saindo na outra extremidade.
Logo em seguida passar o fio do olhal pelo fulcro da polia fixa que se encontra localizada
na parte inferior da estrutura.
Este fio do olhal deve ser levado diretamente para a outra polia fixa que está localizada na
parte superior da estrutura, passando por seu fulcro e voltando para a parte inferior da estrutura e
conectada o olhal pelo fulcro da roldana móvel e retornado o fio para ser fixado no pitão que está
fixado na parte superior da estrutura.
A extremidade do fio de ancoragem que tem um gancho deve ser acoplada na parte traseira
do carrinho controlado remotamente no furo de reboque.
78
Com a etapa de colocação do fio concluída, os alunos devem prender no gancho da roldana
móvel a primeira massa de peso 100 gramas.
Com o fio preso em uma das extremidades no carrinho controlado remotamente e a outra
fixa no pitão fixo na estrutura e transpassada no fulcro da roldana móvel, devemos fixar no gancho
da roldana a massa com peso de 100 g.
Os alunos com o auxílio do aplicativo de controle remoto, devem acionar o carrinho, para
que o mesmo se desloque para frente, tendo como referência a estrutura, fazendo com isso a tentativa
de içamento do peso preso no gancho da roldana móvel.
Os grupos de trabalhos formados devem repetir o procedimento descrito anteriormente e a
cada nova tentativa devem trocar os pesos e verificar a possibilidade de conseguir o seu içamento
com as diferentes massas.
Com o término desta etapa de içamento das massas pelos os grupos de trabalhos os alunos
devem realizar uma troca, colocando a balança digital no pitão que estava preso o olhal do fio de
ancoragem e prendendo o olhal do fio ao gancho da balança digital, como monstra a Figura 135.

Figura 135 - Polia móvel com balança

Fonte: O autor
79
Com a modificação realizada, os grupos devem realizar novamente todo o procedimento
descrito anteriormente registrando as massas de pesos utilizados e o valor indicado no visor da
balança quando estas massas forem içadas pelo carrinho controlado remotamente na folha de registro
da atividade.

QUESTIONAMENTOS DA ATIVIDADE:

Estes questionamentos podem ser realizados antes da realização da atividade, durante a


realização das atividades ou como uma outra forma de avaliação da atividade, ficando a critério do
professor o momento da sua utilização.
O carrinho controlado remotamente conseguiu levantar todos os pesos colocados para serem
rebocados por ele? Por que?
a) Qual a finalidade das polias presas na parte inferior e superior da estrutura? Explique.
b) Qual a função da polia móvel para o movimento de massa? Explique
c) Qual a diferença entre usar a polia fixa e a polia móvel? Explique.
d) Os valores registrados no visor do da balança digital e massa utilizadas como peso para ser
movimentada foram iguais? Por que? Explique?
e) Existe alguma (as) aplicação(ões) que você conhece desta atividade que acabou de realizar no seu
cotidiano? Qual? Explique?
f) Faça a representação dos vetores de força presentes nesta montagem.

SUGESTÃO DE AVALIAÇÃO:

Proposta A: Os grupos de trabalho dos alunos devem registrar os valores obtidos em cada
medição de polias móveis com carrinho no relatório de atividades Apêndice H - Relatório de atividade
preenchendo todos os campos deste relatório, que deve ser entregue ao professor após a realização da
atividade.
Proposta B: A resolução do questionamento das atividades de forma individual ou em grupos
por parte dos alunos.
Proposta C: Solicitação um vídeo e/ou foto da atividade que apareça o momento da medição
da tração do carrinho controlado remotamente movimentando as massas.
Proposta D: Solicitar que os grupos de trabalho imprimam uma foto do momento do
içamento de qualquer uma das massas pelo carrinho controlado remotamente e destaque nesta foto
da impressão os vetores de força que estão atuando sobre o sistema.
80
Proposta E: Explicar o ganho da vantagem mecânica obtido pela utilização de polia móveis
para a movimenta de grandes massas.
Proposta F: Comentar os motivos que podem não ser vantajoso a utilização de polias móveis
para a movimentação de cargas por grandes distâncias.
Fica a critério do professor que está aplicando a sequência didática a maneira da avaliação
do processo de aprendizado dos alunos, podendo este, fazer qualquer uma das propostas apresentadas
ou a elaboração de outros critérios avaliativos dos alunos envolvidos.
81
6.4. ATIVIDADE 4: ASSOCIAÇÃO DE POLIAS MÓVEIS

IMAGEM GERAL DA ATIVIDADE PROPOSTA:

Figura 136 - Movendo peso com associação de polias.

Fonte: O autor

OBJETIVO DE APRENDIZAGEM:

 Conhecer o princípio de funcionamento das associações de polias;


 Visualizar as associações de polias em funcionamento;
 Representar os vetores de força presentes no sistema montado.
82

CONCEITUALIZAÇÃO:

Quando acoplamos ao sistema em uso várias polias móveis ao mesmo sistema para realizar
a movimentação de grandes massas, chamamos este dispositivo de associação de polias móveis,
conforme a Figura 137. No entanto, existem algumas associações bem características e que acabam
recebendo os nomes talha, moitão e cadernal, sem muita descrição de qual é um ou outro (Barbieri,
2011).

Figura 137 - Sistema de polias móveis.

Fonte: Simulador Physics at School - Modificada

Quando trabalhamos com “n” polias, em um sistema, conforme a Figura 137, a força motora
empregada (𝐹⃗ ) em sua movimentação da massa (𝐹⃗ ) é reduzida pela metade a cada nova polia
adicionada ao sistema.
Ao analisar o diagrama de corpo livre de cada uma das polias acopladas no sistema podemos
verificar esta situação mais claramente, pois cada uma das polias seguem o mesmo princípio de
83
dimensionamento de forças atuantes utilizados quando trabalhamos com uma única polia móvel que
foram deduzidas nas equações (17, 18, 19, 20).
Ao adicionar outra polia móvel (𝑛 = 2), ao sistema e verificarmos a força necessária para a
movimentação da massa (𝐹⃗ ) neste ponto de movimentação, perceberemos que será novamente
dividida por dois, como o acoplamento desta nova polia, isto ocorre por que as forças atuante no
sistema se dividem como explicitado no diagrama de corpo livre realizado em polias móvel na Figura
138 e podemos replicar este pensamento nesta situação.

Figura 138 - Divisão das forças na polia 2 da associação de polias.

Fonte: Simulador Physics at School - Modificada

Podemos expressar matematicamente a força atuante no fio da polia 2 da seguinte forma.

𝐹⃗
(21)
𝐹⃗ = 2 ;
2

𝐹 1
𝐹⃗ = . ; (22)
2 2
𝐹⃗
𝐹⃗ = ; (23)
2

𝐹⃗
𝐹⃗ = ; (24)
4

Quando adicionamos uma nova polia ao sistema, que chamaremos de (n=3), esta associação
novamente a força motora será reduzida pela metade.
84

Figura 139 - Divisão de forças na polia 3 da associação de polias

Fonte: Simulador Physics at School - Modificada

Representaremos matematicamente esta situação da seguinte forma.

𝐹⃗
(25)
𝐹⃗ = 4
2

𝐹 1
𝐹⃗ = . ; (26)
4 2
𝐹⃗ 1
𝐹⃗ = . ; (27)
2 2
𝐹⃗
𝐹⃗ = ; (28)
2

As forças atuantes mostrada na Figura 136 em cada polia fica representado da seguinte forma
na Figura 140, onde os fios com as mesmas cores têm as forças atuantes iguais.
85
Figura 140 - Forças atuantes em cada polia dos sistemas de polias móveis

Fonte: Simulador Physics at School - Modificada

Assim de uma forma geral, se continuarmos a acoplar (𝑛) polias em um sistema onde polias
móveis, podemos generalizar que a força motora (𝐹⃗ ) motora necessária para a movimentação da
massa é igual a força de resistência será dividida por dois elevado à enésima potência, onde o este (n)
representa o número de polias móveis do sistema, representado a partir da seguinte expressão da
equação matemática.

𝐹⃗ (29)
𝐹⃗ =
2

Ao utilizarmos uma associação de polias móveis, obtemos diminuição da força motora


empregada na movimentação do sistema a cada nova polia móvel acoplada. Sua expressão pode ser
obtida a partir da equação 29, sendo que n é o número de polias móveis acopladas no sistema.

𝑉𝑀 = 2 (30)
86
ATIVIDADE EM SALA:

Os grupos de trabalho dos alunos formados para a realização da etapa 4 – Associação de


polias móveis devem ser capazes de definir as seguintes informações:
 Qual a finalidade do uso de associação de polias móveis para a realização do movimento de pesos
com o auxílio do carrinho controlado remotamente.
 Qual a vantagem mecânica obtida com a utilização associação de polias móveis.
 Qual a relação entre o deslocamento observados no sistema.

MATERIAIS A SER UTILIZADOS:

 Aplicativo instalado no celular disponível no Play Store com o nome de controle C;


 Balança digital;
 Carrinho controlado remotamente;
 Estrutura de madeira montada;
 Fios de ancoragem com gancho/olhal;
 Fios de ancoragem olhal/olha
 Pesos de massas diferentes com ganchos. (100 g; 200 g, 300 g; 400 g)
 Roldanas fixas;
 Roldana livre com gancho;

PROCEDIMENTO:

Os alunos devem utilizar o fio de ancoragem de extremidade gancho/olhal. Com o lado do


olhal pelo furo lateral da estrutura de madeira, passando logo em seguida pela polia fixa inferior e
seguindo diretamente para a outra polia fixa que está localizada na parte superior da estrutura e
passando como fio pela polia móvel com gancho e prendo o fio no primeiro pitão localizado na parte
superior da estrutura de madeira.
Com o segundo fio de ancoragem olhal/olhal deve prender uma das extremidades no gancho
da polia móvel e a outra extremidade deve passar por outra polia móvel e sendo presa no segundo
pitão da parte superior da estrutura de madeira.
A extremidade do primeiro fio de ancoragem deve ser acoplada na parte traseira do carrinho
controlado remotamente, no furo de reboque, e assim, terminando os procedimentos de montagem da
atividade.
87
Com a etapa de colocação do fio concluída, os alunos devem prender no gancho da segunda
roldana móvel utilizada a primeira massa de peso 100 gramas como mostra a Figura 141 - Associação
de polia móvel com balança no primeiro pitão.
Com os fios presos e a massa nos locais indicados, os alunos com o auxílio do aplicativo de
controle remoto, devem acionar o carrinho, para que o mesmo se desloque para frente, tendo como
referência a estrutura de madeira, fazendo com isso a tentativa que o carrinho controlado remotamente
consiga levantar o peso preso na outra extremidade do fio.
Os grupos de trabalhos formados pelos alunos devem repetir o procedimento descrito
anteriormente, de trocando os outros pesos de massas diferentes a cada nova configuração.
Com o término desta etapa, os grupos de trabalhos alunos devem colocar a balança de
pêndulo digital no segundo pitão e do fio de ancoragem prender o gancho a balança de pêndulo digital.
Com a modificação realizada, os grupos devem realizada todo o procedimento descrito
anteriormente, mas registrando as massas de pesos utilizados e o valor indicado no visor da balança
na folha de registro da atividade.
Uma nova modificação deve ser realizada na atividade, colocando a balança de pêndulo
digital no primeiro pitão e do fio de ancoragem prender o gancho a balança de pêndulo digital, como
monstra a Figura 141.

Figura 141 - Associação de polia móvel com balança no primeiro pitão

Fonte: O autor
88
Com a modificação realizada, os grupos devem realizada todo o procedimento descrito
anteriormente, mas registrando as massas de pesos utilizados e o valor indicado no visor da balança
na folha de registro da atividade.

QUESTIONAMENTOS DA ATIVIDADE:

Estes questionamentos podem ser realizados antes da realização da atividade, durante a


realização das atividades ou como uma outra forma de avaliação da atividade, ficando a critério do
professor o momento da sua utilização.
a) Qual a função da associação de polias para a realização da movimentação de grandes massas?
Explique.
b) Existe um peso máximo que o carrinho controlado remotamente conseguiria levantar utilizando
um sistema de polias móveis? Explique.
c) Quantas polias móveis seriam necessárias para o carrinho controlado remotamente conseguir
levantar um peso de massa 2 kgf? Demonstre.
d) O que seria necessário fazer para que o carrinho controlado remotamente mover um peso de 2 kgf
com polias fixas? Explique.
e) Existe alguma (as) aplicação(ões) que você conhece desta atividade que acabou de realizar no seu
cotidiano? Qual? Explique.
f) Faça a representação dos vetores de força presentes nesta montagem.

SUGESTÃO DE AVALIAÇÃO:

Os grupos de trabalho dos alunos devem registrar os valores obtidos em cada medição da
associação de polias com o carrinho no relatório de atividades Apêndice H - Relatório de atividade,
preenchendo todos os campos deste relatório, que deve ser entregue ao professor após a realização da
atividade.
Outra opção ou complementação de avaliação da atividade é a resolução do questionamento
das atividades de forma individual ou em grupos por parte dos alunos, pode também ser solicitado
um vídeo ou foto da atividade que apareça o momento da medição da tração do carrinho controlado
remotamente.
89
CONCLUSÃO

Este produto educacional foi desenvolvido pensando em facilitar a implementação da


utilização deste produto educacional a prática pedagógica, trazendo um passo a passo totalmente
ilustrado da monstagens contidas nesta proposta didática.
Procurou-se, neste produto, introduzir os conteúdos de cinemática do conteúdos de Dinâmica
e as Leis de Newton, mais especificamente a abordagem sobre polias por meio de experimentação e
o uso da robótica educacional, propondo aos alunos atividade prátrica por meios destes dois recursos
e que a experimentação e o erro contribuiu de forma significativa para o aprendizado, podendo entre
eles trocarem ideias e experiencias. Para isso, utilizou-se como base teorica de Vygotsky.
A implementação da proposta deste produto educacional foi dividida em três etapas distintas.
Na etapa de preparação, onde foram realizadas as divisões dos grupos de trabalho, confecção
das carenagens, montagem da parte eletrônica, os testes de rodagem do carrinho e resposta do
questionário eletrônico individual.
Na etapa da execução, onde foram implementadas as quatro etapas da pesquisa sobre a força
de tração, polia fixa, polias móveis e associação de polias; todas estas descritas nos apêndices e
detalhadas no produto educacional para que o colega professor que desejar replicar esta proposta
tenha o caminho a seguir que foi realizado neste projeto
Na etapa de fechamento onde foi realizada a coleta de dados da pesquisa e a avaliação das
atividades dos estudantes envolvidos e fazendo a retomada de todos os conceitos abordados.
Acredito que este produto que une robótica educacional e experimentação torne-se uma
ferramenta que contribua para que a escola pública uma metodologia voltada para o estudante,
trazendo assim um maior protagonismo a ele na sua formação.
90

REFERÊNCIAS

Assis, A. K. (2008). Arquimedes, o Centro de Gravidade e a Lei da Alavanca. Campinas, SP,


Brasil: Apeiron Montreal.

Balola, R. (2010). Princípios Matemáticos da Filosofia Natural: A lei de inércia. Mestrado em


Estudos Clássicos. Lisboa, Portugual.: Universidade de Lisboa.

Barbieri, P. F. (2011). Reavaliação e rememoração dos conceitos da mecânica geral com análise
geométrica e/ou gráfica: máquina simples. Parte II. Revista Brasileira de Ensino de Física, pp.
4305-1, 4305-7. doi:4305-1, 4305-7.

Fukui, A., Molina, M. D., & Venê. (2006). Ser protagonista: Física 1° Ano. São Paulo: SM.

Halliday, D., Resnick, R., & Walker, J. (1996). Fundamentos da Física 1 (4° ed., Vol. 1). Rio de
Janeiro: Livros Técnicos e Científicos - LTC.

Menezes, L. d. (2016). Sequência didática para aprendizagem ativa das leis de Newton.
Dissertação de Mestrado em Ensino de Física. São Cristovão – SE.
91
APÊNDICES Apêndice A - Molde da lateral esquerda do carrinho
Col

Colar

Colar
Colar

Colar
92
Apêndice B - Molde da lateral direita do carrinho
Colar

Colar
Colar

Colar
Colar

Colar
93
Apêndice C - Molde da superior frontal

Dobrar Dobrar

Dobrar Dobrar

Dobrar Dobrar

Dobrar Dobrar
94
Apêndice D - Molde da superior trazeira

Colar
Dobrar Dobrar

Dobrar Dobrar

Dobrar Dobrar
95
Apêndice E - Molde da base

PROTOBOARD
D C C D

MOTOR MOTOR
1 2

B A A B

PONTE H 298L

BATERIA
BATERIA

B A A B

MOTOR MOTOR
3 4

D C C D

PLACA DO ARDUINNO UNO


96
Apêndice F - Programação para o carrinho

O programa a seguir deve ser copiado e colado no Arduino IDE para, em seguida, ser carregado
no Arduino via cabo USB.
//Programa: Carrinho controlado remotamente
//Autor: Maicon Teixeira de Matos

//Portas no qual estaremos utilizando


// MOTORES ESQUERDOS
int IN1 = 4; //jumper cinza
int IN2 = 2; //jumper branco
int velocidadeA = 3; // jumper preto

//MOTORES DIREITOS
int IN3 = 5; //jumper rosa
int IN4 = 7; // jumper azul
int velocidadeB = 6; //jumper verde

//COMUNICAÇÃO VIA BLUETOOTH


char x;

void setup(){
//COMUNICAÇÃO COM A SERIAL
Serial.begin(9600);
//DEFININDO OS PINOS DE SAIDAS
pinMode(IN1, OUTPUT);
pinMode(IN2, OUTPUT);
pinMode(IN3, OUTPUT);
pinMode(IN4, OUTPUT);
pinMode(velocidadeA,OUTPUT);
pinMode(velocidadeB, OUTPUT);
}

void loop()
{
x = Serial.read();
if(x=='f') {
//Gira os motores para frente (FRONT)
digitalWrite(IN1, HIGH);
digitalWrite(IN2, LOW);
analogWrite(velocidadeA,250);
digitalWrite(IN3, HIGH);
digitalWrite(IN4, LOW);
analogWrite(velocidadeB,250);
}
if(x=='r') {
//Gira os motores direita (RIGHT)
digitalWrite(IN1, LOW);
digitalWrite(IN2, HIGH);
analogWrite(velocidadeA,200);
digitalWrite(IN3, HIGH);
digitalWrite(IN4, LOW);
analogWrite(velocidadeB,200);
}

if(x=='s') {
//Os motores param (STOP)
digitalWrite(IN1, LOW);
digitalWrite(IN2, LOW);
97
analogWrite(velocidadeA,0);
digitalWrite(IN3, LOW);
digitalWrite(IN4, LOW);
analogWrite(velocidadeB,0);
}

if(x=='l') {
//Gira os motores esquerda (LEFT)
digitalWrite(IN1,HIGH);
digitalWrite(IN2, LOW);
analogWrite(velocidadeA,200);
digitalWrite(IN3, LOW);
digitalWrite(IN4,HIGH);
analogWrite(velocidadeB,200);
}

if(x=='c') {
//Os motores voltar (COME BACK)
digitalWrite(IN1, LOW);
digitalWrite(IN2, HIGH);
analogWrite(velocidadeA,250);
digitalWrite(IN3,LOW);
digitalWrite(IN4,HIGH);
analogWrite(velocidadeB,250);
}
}
98
Apêndice G - Programação do carrinho comentada

A programação utilizada no carrinho controlado remotamente, sendo está uma forma de


dizer para um computador o que ele deve fazer, este deve conter uma sequência de comandos que o
programa deve executar, afim de realizar a tarefa desejada.
Os computadores por maiores avanços tecnológicos que tenha alcançados não conseguem
entender diretamente a nossa linguagem, necessitamos para isso de um ambiente especial para fazer
que o computador entenda o que desejamos que ele faça, este ambiente, chamado de linguagem de
programação, existem muitas delas, neste caso especifico iremos trabalhar a programação em
Arduino.
Esta sequência de comandos será escrita no aplicativo do Arduino Desktop IDE que será
escrita na forma de um arquivo de texto contendo códigos, introduções e declarações de shield usados
na montagem, também conhecida como sketch, será compilada pelo aplicativo e convertida em um
programa para a linguagem da máquina, onde somente o aplicativo do Arduino entenderá, esta ação
de conversão dos dados em para a máquina é chamado de compilar.
Este conjunto de códigos ou introduções é conhecido como programação, na linguagem do
Arduino precisamos fazer uma declaração de variável, esta declaração de variável é um recurso
utilizado para armazenar dados em um programa de computador na sua memória, assim ao
declararmos uma variável ela representará uma região da memória que será utilizada para o
armazenamento desta informação.
Primeiramente o que faremos na programação é colocar no início do programa, uma
observação sobre o nome do programa, a sua função e quem o nome do programador que à criou.
//Programa: Carrinho controlado remotamente
//Autor: Maicon Teixeira de Matos
As informações que estão colocadas depois de um par de barras duplas, são comentário de
texto no programa que serve apenas para explicar, ou seja, documentar o código, lembretes para a
função ou nome que colocamos para os programas sem executar nenhum tipo de comando,
Nesta parte da programação estão definindo as variáveis do tipo inteira, que serão usados
para as conexões com os motores e a regulagem de velocidade.
//Portas no qual estaremos utilizando
// MOTORES ESQUERDOS
int IN1 = 4; //jumper cinza
int IN2 = 2; //jumper branco
99
int velocidadeA = 3; // junper preto

//MOTORES DIREITOS
int IN3 = 5; //jumper rosa
int IN4 = 7; // jumper azul
int velocidadeB = 6; //jumper verde

O motor_A declarado no comentário, onde estão conectados aos pinos 2, 3 e 4 no Arduino,


movimenta as rodas do lado esquerdo do carrinho. O motot_B, conectados aos pinos 5, 6 e 7 no
Ardunio movimenta as rodas do lado direito.
Estas linhas de código, só conectadas aos motores através dos pinos 4, 2, 6 e 7 do Arduino
respectivamente e as velocidades destes motores podem ser variadas conforme a programação, mas
esta informação chegará ao Arduino pelos pinos 3 e 5 dos motores respectivamente, pois são pinos
PWN onde é possível realizar modificações da velocidade de rotação dos motores, assim esta
informação será armazenar para usar ao longo do programa.
Tendo a necessidade de variar a velocidade dos motores, devemos modificar os comandos
dos códigos da programação em cada if da programação na linha, mostrada abaixo:
analogWrite(velocidadeA,250);
analogWrite(velocidadeB,250);
Os valores que podem ser utilizados pelo Arduino para o controle da velocidade é um valor
inteiro armazenado em 8 bits, variam de 0 até 255.
Para a comunicação com o módulo bluetooth foi utilizado uma variável do tipo char, quando
acionada pelo comando direcional aplicativo que controla o deslocamento do carrinho, que enviará
um caractere como comando ao Arduino, que será recebido no comando abaixo, detalhado na função
loop.
char x;
A função void setup é executada uma única vez na programação, sempre que a placa do
Arduino for ligada ou religada.
void setup() {
A primeira função a ser utilizada ao se trabalhar com o Arduino, sendo que a velocidade da
taxa de comunicação em Bits por segundo entre a placa de Arduino e o programa.
//Comunica com a serial
Serial.begin(9600);
100
Esta função chamada de pinMode pode configurar um determinado pino como sendo de
entrada (INPUT) ou saída (OUTPUT).
Na programação apresentada todos pinos estão configurados com saída de dados.
//Define os pinos como saida
pinMode(IN1, OUTPUT);
pinMode(IN2, OUTPUT);
pinMode(IN3, OUTPUT);
pinMode(IN4, OUTPUT);
pinMode(velocidadeA, OUTPUT);
pinMode(velocidadeB, OUTPUT);
}
Depois de realizar os comandos da função setup, o programa busca no código de comando
pertencentes a função loop.
Estas instruções são enviadas ao Arduino através do aplicativo utilizando para controlar
remotamente o carrinho.
Cada botão do aplicativo, quando acionado está programado para enviar um caractere, via
comunicação bluetooth ao Arduino, sendo este o responsável pelo controle direcional do carrinho.
Os caracteres responsáveis pelos comandos direcionais são as iniciais minúsculas dos
comandos: fronte “f”, right ”r”, stop “s”, left ”l” e come back “c” como mostra a Figura 142.

Figura 142 - Controle com as letras de comando.

Fonte: O autor

void loop()
{
x = Serial.read();
O comando if na estrutura da programação tem a finalidade de verificação na programação,
se isso for verdade, execute tal comando. No caso desta programação, se o botão do direcional do
101
aplicativo de controle for pressionado com a intenção de mandar o carrinho ir a frente, será enviado
“f” pelo aplicativo por meio da comunicação via bluetoooth, assim a programação realizada entenderá
que deve acionar os motores de modo que o carrinho controlado remotamente ande para frente, se
não busque a próxima função declarada na sua programação para executar uma tarefa.
A lógica da programação e muito simples, pois se a condição for verdadeira, os comandos
descritos entre { e }, esta função ficará em loop esperando receber um novo comando.
if(x=='f') {
//Gira os motores para frente (FRONT)
digitalWrite(IN1, HIGH);
digitalWrite(IN2, LOW);
analogWrite(velocidadeA,250);
digitalWrite(IN3, HIGH);
digitalWrite(IN4, LOW);
analogWrite(velocidadeB,250);
}
Dentro da estrutura de programação buscará qual dos if é a condição verdadeira solicitada
pelo aplicativo direcional do carrinho a ser executada, assim os comandos descritos nesta parte da
programação serão realizados, estes comandos estão escritos dentre os parênteses.
if(x=='f') {
//Gira os motores para frente (FRONT)
digitalWrite(IN1, HIGH);
digitalWrite(IN2, LOW);
analogWrite(velocidadeA,250);
digitalWrite(IN3, HIGH);
digitalWrite(IN4, LOW);
analogWrite(velocidadeB,250);
}
Em cada estrutura do comando if, temos descritas o que deve ser executados nos motores,
isto é, ligando o desligando os pinos, para que estes façam os carrinhos se movimentar da forma
desejada.
Esta será realizada nos digitalWrite, este parâmetro de comando define que tipo de pino e o
valor.
102
Nesta programação os digitalWrite estão buscando nas variáveis declaradas int e ser este
pino deve ser HIGH, ligado ou LOW, desligado.
A função analogWrite também tem dois parâmetros, sendo as variáveis onde informaremos
o valor de rotação do motor, isto é, controlando este valor controlamos a velocidade de rotação do
motor, consequentemente a velocidade que o carrinho controlado remotamente vai ter. Este controle
só e possível de ser realizado pois o pino utilizado nesta conexão é do tipo PWN, assim podemos
varia o valor de 0 até 255.
Esta lógica de programação utilizada para escrever o primeiro if, foi replicada aos outros
blocos de programação, variando os pinos que estavam sendo ligados e desligados e a valor atribuído
a rotação do motor, como podemos observar no restante da programação descrita abaixo.
if(x=='r') {
//Gira os motores direita (RIGHT)
digitalWrite(IN1, LOW);
digitalWrite(IN2, HIGH);
analogWrite(velocidadeA,200);
digitalWrite(IN3, HIGH);
digitalWrite(IN4, LOW);
analogWrite(velocidadeB,200);
}
if(x=='s') {
//Os motores param (STOP)
digitalWrite(IN1, LOW);
digitalWrite(IN2, LOW);
analogWrite(velocidadeA,0);
digitalWrite(IN3, LOW);
digitalWrite(IN4, LOW);
analogWrite(velocidadeB,0);
}
if(x=='l') {
//Gira os motores esquerda (LEFT)
digitalWrite(IN1,HIGH);
digitalWrite(IN2, LOW);
analogWrite(velocidadeA,200);
103
digitalWrite(IN3, LOW);
digitalWrite(IN4,HIGH);
analogWrite(velocidadeB,200);
}
if(x=='c') {
//Os motores voltar (COME BACK)
digitalWrite(IN1, LOW);
digitalWrite(IN2, HIGH);
analogWrite(velocidadeA,250);
digitalWrite(IN3,LOW);
digitalWrite(IN4,HIGH);
analogWrite(velocidadeB,250);
}
}
104
Apêndice H - Relatório de atividade

TURMA: DATA:
EDUCANDO (A): ___________________________________________________________________________
EDUCANDO (A): ___________________________________________________________________________
EDUCANDO (A): ___________________________________________________________________________
EDUCANDO (A): ___________________________________________________________________________
EDUCANDO (A): ___________________________________________________________________________

NOME DA ATIVIDADE:

INTRODUÇÃO: (Fazer uma breve explicação dos conceitos envolvidos na atividade).

MATERIAL UTILIZADO: (Listar todos os materiais usados para a montagem da atividade).

OBJETIVO DA ATIVIDADE: (Descrever qual o objetivo a ser estudado na atividade proposta).


105
PROCEDIMENTO: (Descrever o passo a passos para a montagem da atividade).

CONCLUSÕES DA ATIVIDADE: (Escrever com as próprias palavras o que aprendemos com a atividade).

ILUSTRAÇÃO DA ATIVIDADE:
106
Apêndice I - Programação do aplicativo

O Masschusetts Institute of Technology desenvolvedora do aplicativo (MIT APP Inventor)


disponível neste endereço (http://ai2.appinventor.mit.edu/) é um ambiente de programação gráfica
que permite a criação de aplicativos para as mais variadas formas de plataformas, está versalidade foi
preponderante para a escolha deste software para o criação e desenvolvimento da interface gráfica do
aplicativo deste projeto. Para a sua utilização somente é necessária o login com uma conta de e-mail
do tipo Gmail, um serviço gratuito de E-mail da empresa Google.
A Figura 143 mostra o aspecto da interface gráfica do ambiente de desenvolvimento MIT
APP Inventor.

Figura 143 - Interface gráfica do MIT APP Inventor.

Fonte: O autor

Com o MIT APP Inventor aberto, clic em: Projetos → Importa projetos de um repositório,
como mostrado na Figura 144.
107
Figura 144 - Aba de importação de projetos.

Fonte: O autor

Neste momento abrirá uma nova janela criar uma janela a partir de um modelo onde devemos
selecionar a opção de adicionar uma novo URL (Uniform Resource Locator) na biblioteca de modelos
conforme a Figura 145.

Figura 145 - Janela de adicionar um URL.

Fonte: O autor
108
Neste momento, insira o endereço (______) no local indicado na Figura 146 e pressionando
a caixa de diálogo: ok.

Figura 146 - Aba de informação do URL.

Fonte: O autor

O MIT APP Inventor importará da biblioteca o arquivo do aplicativo Controle C, conforme


a Figura 147 que permitirá gerar o controle remoto do carrinho e se achar necessário mudar algumas
informações do layout do aplicativo.

Figura 147 - Tela com o aplicativo importado.

Fonte: O autor
109
A programação do aplicativo foi realizada por meio da programação de blocos lógicos, onde
cada comando de cada tecla é feito separadamente, como mostra a Figura 148.

Figura 148 - Blocos de comando.

Fonte: O autor

Realizada esta importação, devemos compilar o programa e salvar este no computador para
após, através de um cabo USB transmitir este para o celular onde deverá ser executado.
Para compilar o aplicativo devemos clicar em: Compilar → App (salvar.apk em
computador), como mostra a Figura 149.
110
Figura 149 - Aba de compilação do aplicativo.

Fonte: O autor

Com o término da compilação do aplicativo este criará um ícone do executável no local onde
foi salvo no computador, conforme a Figura 150 - Arquivo executável do programa.Figura 150

Figura 150 - Arquivo executável do programa.

ControleC.apk
Fonte: O autor

O executável deve ser enviado para o celular e instalado, assim servindo de controle do
carrinho, este envio será realizado com o auxílio de um cabo de dados do celular conectado na porta
USB do computador e copiando o aplicativo em uma pasta. Ao término do envio, deveremos executar
o aplicativo e instalar no celular o seu layout, instalado ficará como na Figura 151.
111
Figura 151 - Layout do aplicativo instalado.

Fonte: O autor

Uma outra alternativa de obter o aplicativo de controle do carrinho será instalando-o


diretamente através da loja da Play Store, buscando pelo nome do aplicativo: Controle C, baixando
assim diretamente no celular.
112
Apêndice J - Relatório de atividade

TURMA: DATA:
EDUCANDO (A): ___________________________________________________________________________
EDUCANDO (A): ___________________________________________________________________________
EDUCANDO (A): ___________________________________________________________________________
EDUCANDO (A): ___________________________________________________________________________
EDUCANDO (A): ___________________________________________________________________________

NOME DA ATIVIDADE:

INTRODUÇÃO: (Fazer uma breve explicação dos conceitos envolvidos na atividade).

MATERIAL UTILIZADO: (Listar todos os materiais usados para a montagem da atividade).

OBJETIVO DA ATIVIDADE: (Descrever qual o objetivo a ser estudado na atividade proposta).


113
PROCEDIMENTO: (Descrever o passo a passos para a montagem da atividade).

CONCLUSÕES DA ATIVIDADE: (Escrever com as próprias palavras o que aprendemos com a atividade).

ILUSTRAÇÃO DA ATIVIDADE:
114
Apêndice K - Modelo de relatório força de tração

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA


MESTRADO NACIONAL PROFISSIONAL EM ENSINO DE FÍSICA
POLO ARARANGUÁ MESTRANDO: MAICON TEIXEIRA DE MATOS.
PROJETO DE PESQUISA: ROBOTICA EDUCACIONAL NO ENSINO DE FÍSICA -
CONTRU ÇÃO DE CARRINHO CONTROLADO REMOTAMENTE PARAESTUDODE DINÂMICA.

ATIVIDADE 1 – FORÇA DE TRAÇÃO


f) O carrinho controlado remotamente será que conseguiu mover a estrutura onde foi ancorado?
Por quê?

g) O fio que estava conectando o carrinho controlado remotamente à estrutura pode vir a se
romper? O que poderia ter acontecido? Explique?

h) Qual seria o peso máximo que o carrinho controlado remotamente poderia rebocar?
Explique?

i) Você conseguiu identificar alguma dessas atividades no seu cotidiano? Se sim, qual?
Explique.

j) Faça a representação dos vetores de força presentes nesta montagem.


115
Apêndice L - Modelo de relatório polias fixa

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA


MESTRADO NACIONAL PROFISSIONAL EM ENSINO DE FÍSICA
POLO ARARANGUÁ MESTRANDO: MAICON TEIXEIRA DE MATOS.
PROJETO DE PESQUISA: ROBOTICA EDUCACIONAL NO ENSINO DE FÍSICA -
CONTRUÇÃO DE CARRINHO CONTROLADO REMOTAMENTE PARAESTUDODE DINÂMICA.

ATIVIDADE 2 - POLIA FIXA


g) O carrinho controlado remotamente conseguiu levantar todos os pesos colocados
para serem rebocados por ele? Por que?

h) Existe alguma forma do carrinho controlado remotamente conseguir levantar pesos


maiores que este utilizados? Explique.

i) Qual a função da polia fixa para o movimento de massa? Explique.

j) Qual a relação entre os deslocamentos do carrinho controlado remotamente e a


massa a ser içada?

k) Existe alguma (as) aplicação(ões) que você conhece desta atividade que acabou de
realizar no seu cotidiano? Qual? Explique.

l) Faça a representação dos vetores de força presentes nesta montagem.


116
Apêndice M - Modelo de relatório polias móveis

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA


MESTRADO NACIONAL PROFISSIONAL EM ENSINO DE FÍSICA
POLO ARARANGUÁ MESTRANDO: MAICON TEIXEIRA DE MATOS.
PROJETO DE PESQUISA: ROBOTICA EDUCACIONAL NO ENSINO DE FÍSICA -
CONTRUÇÃO DE CARRINHO CONTROLADO REMOTAMENTE PARAESTUDODE DINÂMICA.

ATIVIDADE 3 - POLIAS MÓVEIS


h) O carrinho controlado remotamente conseguiu levantar todos os pesos colocados para serem
rebocados por ele? Por que?

i) Qual a finalidade das polias presas na parte inferior e superior da estrutura? Explique.

j) Qual a função da polia móvel para o movimento de massa? Explique

k) Qual a diferença entre usar a polia fixa e a polia móvel? Explique.

l) Os valores registrados no visor do da balança digital e massa utilizadas como peso para ser
movimentada foram iguais? Por que? Explique?

m) Existe alguma (as) aplicação(ões) que você conhece desta atividade que acabou de realizar
no seu cotidiano? Qual? Explique?

n) Faça a representação dos vetores de força presentes nesta montagem.


117
Apêndice N - Modelo de relatório para associação de polias móveis

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA


MESTRADO NACIONAL PROFISSIONAL EM ENSINO DE FÍSICA
POLO ARARANGUÁ MESTRANDO: MAICON TEIXEIRA DE MATOS.
PROJETO DE PESQUISA: ROBOTICA EDUCACIONAL NO ENSINO DE FÍSICA -
CONTRUÇÃO DE CARRINHO CONTROLADO REMOTAMENTE PARAESTUDODE DINÂMICA.

ATIVIDADE 4 - ASSOCIAÇÃO DE POLIAS MÓVEIS

g) Qual a função da associação de polias para a realização da movimentação de grandes


massas? Explique.

h) Utilizando o sistema de polias, é possível determinar o peso máximo que o carrinho


consegue levantar o peso?

i) Quantas polias móveis seriam necessárias para o carrinho controlado remotamente conseguir
levantar um peso de massa 2 kgf? Demonstre.

j) O que seria necessário fazer para que o carrinho controlado remotamente mover um peso de
2 kgf com polias fixas? Explique.

k) Existe alguma (as) aplicação(ões) que você conhece desta atividade que acabou de realizar
no seu cotidiano? Qual? Explique.

l) Faça a representação dos vetores de força presentes nesta montagem.


118
Apêndice O - Lógica de programação

LIGAR DISPOSITIVOS

DECLARAR VARIÁVEL

COMUNICAR VIA BLUETOOH

HÁ NÃO
COMUNICAÇÃO
BLUETOOH?

SIM

BOTÃO PRESSIONADO

SIM LIGAR MOTOR


ANDAR PARA
FRENTE? INT 1 E INT 3

NÃO

SIM LIGAR MOTOR


ANDAR PARA
DIREITA? INT 2 E INT 3

NÃO

SIM
PARAR? DESLIGAR TODOS OS
MOTORES

NÃO

ANDAR PARA SIM LIGAR MOTOR


ESQUERDA? INT 1 E INT 4


O

ANDAR DE SIM LIGAR MOTOR


VOLTAR? INT 2 E INT 4
119
Apêndice P - Molde da base para corte a laser

MOTOR B
MOTOR A

MOTOR B
MOTOR A

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