Ebook TQS
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Ebook TQS
UM SOBRADO NO
CRIADO POR
ENG. CIVIL EMANUEL DANTAS
INTRODUÇÃO
A partir deste momento será dado início a criação de um novo projeto, para criar um
novo projeto no TQS basta selecionar a opção “novo” que se encontra na aba “Edifício”,
conforme pode ser visto na figura abaixo.
Ao solicitar a criação de um novo edifício é aberta uma tela onde é possível selecionar
o tipo de criação do projeto, podendo ser um projeto padrão onde o programa leva em
conta os critérios iniciais padronizados ou a partir de um modelo salvo que permite
importar os critérios padrões do usuário.
Além disso é nesta tela onde se nomeia o projeto a ser elaborado, conforme pode ser
visto.
Com todos os dados desta tela preenchidos basta clicar no botão “Ok” para que seja
aberta uma nova janela onde o projeto efetivamente é criado.
Esta nova tela é dividida em uma janela de CAD que apresenta um corte esquemático
do projeto criado e seus pavimentos além de mais 8 abas que permitem configurar uma
serie de parâmetros.
A primeira aba é a gerais que permite configurar alguns parâmetros básicos do projeto
como:
Identificação do projeto;
Descrição do projeto;
Tipo de estrutura a ser utilizada;
Norma a ser seguida.
A segunda aba “Modelo” permite habilitar alguns recursos para análise da estrutura,
sendo eles:
- Análise dinâmica: este botão permite definir se o programa irá ou não fazer a
análise dinâmica da grelha, esse é um recurso dispensável edificações
residências, mas importante em edifícios comerciais e muito esbeltos;
· Título: nome dado ao pavimento, aqui é indicado utilizar nomes sem acentos ou
caracteres especiais pois isso pode causar problemas;
· Número do projeto: aqui é inserido o número que identifica cada pavimento para o
processamento estrutural;
· Número de pisos: neste campo é inserido o número de pavimentos que possuem as
mesmas características, ou seja, quando a edificação possui pavimentos tipo e aqui que
é indicada a sua quantidade;
· Pé-direito: aqui é onde se define a altura dos pavimentos, na verdade isto é um pé-
esquerdo pois leva em conta a distância entre faces superiores de laje;
· Classe: aqui é onde se define o tipo de pavimento a ser criado, logicamente isto varia
de projeto para projeto;
· Título opcional: aqui é dado um nome opcional para o pavimento, este nome é
utilizado pelo modulo de pilares do TQS.
· Modelo estrutural: aqui é possível selecionar o tipo de grelha que o TQS deve
considerar em versões anteriores do programa era obrigatório escolher um modelo,
entretanto nas mais recentes o programa pode fazer isso de forma automática;
· Modelo de cálculo do pavimento: este critério tem um funcionamento semelhante ao
anterior, porém aqui é selecionado o modelo de cálculo a ser aplicado, novamente é
indicado utilizar a opção automática.
Voltando a tela inicial existe ainda a opção “Elementos inclinados / pisos auxiliares”
ao selecionar este item é habilitado o botão “Pisos auxiliares...” que ao ser pressionado
abre uma nova janela que permite lançar pavimentos intermediários para o lançamento
de escadas e/ou rampas.
O recurso de lançamento de pavimentos intermediários será demonstrado no
decorrer deste trabalho, no momento em que for realizado o lançamento das escadas
do projeto.
O resumo dos pavimentos
criados e suas respectivas alturas
pode ser visto na tabela ao lado.
Como pode ser visto, a altura
do pavimento “fundação” é zero,
isto, é um critério do TQS que não
permite que um pavimento do tipo
fundação tenha uma altura de pé
direito.
Nesta tela ainda é possível definir se há um fator atenuante ou não, ao selecionar este
fator é permitido diminuir um pouco o cobrimento da estrutura conforme é estipulado
pela tabela 7.2 da NBR6118:2014.
Há o grupo “fcks gerais” neste grupo é possível configurar a resistência do concreto
a ser utilizada em cada um dos elementos estruturais, ainda é possível marcar o item
“Desativar a verificação do fck mínimo”.
Quando este item está desabilitado o programa não permite que o projeto seja criado
se não forem cumpridos os requisitos normativos quando a resistência mínima do
concreto de acordo com a classe de agressividade ambiental, sendo assim, este é um
recurso que é interessante ficar desabilitado.
A quarta aba ficou configurada sendo a "Configuação de Materiais" conforme é visto
abaixo.
Por fim, existe o grupo “Classe de agressividade ambiental” que possui o mesmo
funcionamento já demonstrado na aba “Materiais”.
Na sexta aba “Cargas” é possível configurar os coeficientes de arrasto do vento e
os coeficientes de ponderação dos carregamentos, ao selecionar esta aba a tela se
transforma em um espaço com mais 5 abas que apresentam diversas opções de
configurações, vista na imagem abaixo, sendo a aba de configurações das cargas.
Na primeira aba “Verticais” é possível configurar os coeficientes aplicados, no
primeiro grupo “Cargas permanentes” há o botão “Avançado” ao ser pressionado é
aberta uma nova janela onde é possível configurar os coeficientes de ponderação dos
carregamentos.
Estes valores podem ser obtidos por meio da NBR8681:2003 ou NBR6118:2014,
para a maioria das edificações estudadas o fator de ponderação γf é 1.40, uma vez que
elas são do tipo 2, ou seja, as cargas acidentais não superam 5 kN/m².
Quando a estrutura é considerada do tipo 1, ou seja, as cargas acidentais superam 5
kN/m² o coeficiente γf passa a valer 1.35, conforme é dado pela tabela 2 da
NBR8681:2003.
Nesta tela ainda é permitido configurar um coeficiente de ponderação para os
carregamentos favoráveis a estrutura, neste caso a norma indica que seja utilizado 1.0.
Ainda é preciso considerar o coeficiente γf3 que é um fator de ponderação para os
efeitos de segunda ordem, de acordo o item 5.3.2.1 da NBR8681:2003 esse
coeficiente deve ter o valor mínimo de 1.1.
- Psi2: por fim este coeficiente possui uma funcionalidade igual a anterior,
entretanto, ele é utilizado para obtenção dos esforços no estado limite de
serviço na combinação quase permanente.
Faça suas
anotações aqui!
LANÇAMENTO DE
ESTRUTURAS
LANÇAMENTO DE pilares
A partir deste ponto será dado início a modelagem estrutural do edifício onde o
primeiro passo é a inserção dos pilares, para isto basta acessar o menu “Pilares” no
modelador estrutural para que sejam apresentados os recursos disponíveis para pilares
no TQS.
A filosofia do TQS consiste em dividir a introdução de dados e o lançamento dos
elementos, sendo assim, para editar os dados de um pilar basta clicar sobre o item
“Dados atuais” para que seja aberta uma nova tela conforme pode ser visto na figura.
A primeira aba desta nova tela permite configurar os critérios de numeração e
nomeação dos pilares do projeto, sendo algo comum entre todos os elementos a serem
lançados no TQS.
A segunda aba desta tela permite configurar as dimensões do pilar e alguns
parâmetros de inserção conforme pode ser visto na figura a seguir.
No primeiro grupo é possível definir onde o pilar nasce, por padrão o TQS traz o pilar
vinculado na fundação / solo que seria o pavimento criado, com este modelo é possível
analisar o edifício sem o lançamento das fundações.
O segundo modelo possível é o pilar nascer em uma viga, logicamente isso não pode
ser aplicado para todos os pilares, por último, pode-se considerar que o pilar nasce
sobre um elemento de fundação, para este último caso é criada uma ligação rígida entre
o pilar e o elemento de fundação.
O segundo grupo permite configurar como o pilar estará trabalhando, aqui é possível
selecionar as seguintes formas de trabalho para um pilar.
Com esta nova tela que foi aberta, é possível renumerar todos os tipos de elementos
do projeto, neste caso seleciona-se o item “pilar”, no grupo elementos é possível
selecionar quais pilares serão renumerados.
Já no grupo “Valor inicial” é indicado o primeiro número que deve ser utilizado na
renumeração, já no grupo “Renumerar” é possível definir o que será renumerado.
Por fim é indicado selecionar o item “centro de gravidade” para que no momento
da renumeração o programa leve em conta o CG do pilar e não a posição do texto do
pilar.
Após o processo de lançamento e renumeração de todos os pilares ser concluído,
ainda é pode-se edita-los para isto basta selecionar o comando “Alterar pilar” disponível
na aba “Pilares” e clicar sobre o pilar que deve ser editado para que o diálogo de edição
seja aberto.
Assim, finaliza-se o processo de edição e lançamento dos pilares no modelador
estrutural.
lançamento das vigas
Lançados os pilares pode-se dar início ao lançamento das vigas, para isto basta
acessar o menu “Vigas” no modelador estrutural para que sejam apresentados os
recursos disponíveis para vigas no TQS.
Assim como nos pilares, a filosofia do TQS consiste em dividir a introdução de
dados e o lançamento dos elementos, sendo assim para editar os dados de uma viga
basta clicar sobre o item “Dados atuais” para que seja aberta uma nova tela conforme
pode ser visto na proxima figura.
Na primeira aba é feita a identificação das vigas, essa primeira aba funciona
exatamente igual ao que é mostrado para pilares, já a segunda aba “inserção” permite
configurar os seguintes itens:
- INSERIR PELA FACE: aqui é possível configurar por qual face a viga deve ser
inserida no projeto, isso pode ser modificado no momento do lançamento utilizando
a tecla F2;
- REVESTIMENTO: por meio deste item é possível indicar um deslocamento na viga,
por exemplo, pode inserir um revestimento de 2 cm e clicar sobre a linha da
arquitetura que o programa desloca essa viga em 2 cm em relação a linha de
arquitetura selecionada.
CONTINUANDO...
A terceira aba é onde se pode configurar a seção e os carregamentos da viga
conforme é mostrado.
Nesta nova tela é possível configurar a largura e a altura da viga a ser lançada além
de ser possível configurar um rebaixo para esta viga, no TQS a filosofia de rebaixo
funciona da seguinte maneira, quando é inserido um valor positivo a viga é deslocada
para baixo, quando é inserido um valor negativo a viga é deslocada para cima.
Além de configurar a seção da viga nesta tela é possível configurar os carregamentos
em todos os vãos da viga, para isto basta clicar no botão “Carga distribuída em todos
os vãos”, com isso é aberta uma nova janela conforme pode ser visto na figura seguinte.
CONTINUANDO...
Nesta tela que foi aberta é possível lançar carregamentos de forma numérica
logicamente indicando o carregamento total a ser inserido, a segunda maneira é por
meio da aba “alfanumérica”.
Quando se utiliza a aba “alfanumérica” é possível selecionar um carregamento por
unidade de comprimento onde é lançado carregamentos como os de parapeito.
Além disso, ainda é possível lançar um carregamento pode unidade de área mais a
altura da parede, neste caso é possível selecionar um tipo de enchimento cadastrado no
sistema e multiplica-lo pela altura da parede a ser considerada no projeto.
A quarta aba desta tela é a “Modelo” que fornece a possibilidade de configurar
como a viga deve trabalhar conforme é mostrado pela figura a seguir.
PODE TRAVAR PILARES: este item serve para indicar ao programa se uma
determinada viga trava ou não um pilar, este recurso é útil para casos onde há
vigas com baixa rigidez travando pilares, isso pode acabar resultando em uma
situação irreal;
Após o comando ser selecionado basta clicar sobre a viga para que o seu sentido seja
automaticamente alterado, em versões mais antigas do programa este recurso não está
disponível sendo necessário excluir a viga e refazer o seu lançamento.
Quando se faz um lançamento de uma viga o programa não faz distinção se a viga
lançada chega até a face do pilar ou até o seu centro, em alguns casos, onde várias
vigas chegam um pilar isso pode causar erros no processamento.
Para contornar este problema basta lançar as vigas até a face do pilar seguindo as
linhas auxiliares desenhadas no Autocad e depois das vigas lançadas basta utilizar o
comando “Viga x viga” e clicar nas vigas que devem ser chegar até o centro do pilar.
Outro detalhe que deve ser levado em conta no TQS, é a definição dos cruzamentos
de vigas, quando uma viga se apoia em outra é possível especificar se o TQS deve
definir o cruzamento de forma automática ou deve levar em conta o que o projetista
definiu.
Para isto existe um comando chamado “Definir cruzamento” com ele é possível
definir o cruzamento de uma determinada viga do projeto, para especificar que o TQS
deve considerar qual viga se apoia em qual basta selecionar o cruzamento e pressionar
o botão Enter.
Quando o projetista quiser definir a viga que apoia basta selecionar o cruzamento e
então selecionar a viga que irá receber a viga, afim de facilitar a definição dos
cruzamentos é possível também selecionar o item “Definir todos os cruzamentos”.
Por meio deste comando o programa identifica todos os cruzamentos pendentes de
definição e indicam para o projetista para que eles possam ser definidos, esse recurso é
muito interessante pois não há riscos de nenhum cruzamento ficar sem definição.
Após as vigas serem lançadas ainda é possível configurar os seus parâmetros para
isto é necessário selecionar a viga e depois clicar no comando “Alterar viga” com isso é
aberta a janela de edição de vigas.
Outro comando que pode ser útil no momento do lançamento das vigas é o
“Quebrar” com ele é possível dividir uma viga continua em duas, para isto basta
selecionar o item e clicar sobre a viga ser dividida, após isto basta selecionar o trecho
que deve ser dividido.
Já o comando “Unir” como o próprio nome já diz visa unir duas vigas em uma só,
para isto basta “Selecionar o comando “Unir” após isto basta clicar sobre o primeiro
trecho da viga e logo depois no segundo trecho para que o programa forme uma única
viga.
Com isso finaliza-se o processo de edição e lançamento das vigas no modelador
estrutural.
lançamento das Lajes
Lançadas as vigas e os pilares pode-se dar início ao lançamento das lajes, para isto
basta acessar o menu “Lajes” no modelador estrutural para que sejam apresentados os
recursos disponíveis para lajes no TQS.
No lançamento das lajes a filosofia do TQS segue a mesma dos elementos anteriores
dividindo a introdução de dados e o lançamento dos elementos, sendo assim para
editar os dados de uma laje basta clicar sobre o item “Dados atuais” para que seja aberta
uma nova tela conforme pode ser visto.
Na primeira aba é feita a identificação das lajes, esta aba segue exatamente a mesma
filosofia já mostrada anteriormente, já a segunda aba “Seção / carga” permite escolher
o tipo de laje, configurações de seção e carregamento a ser lançado.
A escolha do tipo de laje é feita em forma de abas, entretanto dois itens são comuns
a todas as lajes, sendo eles:
- REBAIXO: este item permite lançar uma laje com uma altura diferente do nível do
pavimento, sendo que o valor positivo indica um deslocamento para baixo e o valor
negativo um deslocamento para cima;
- CARGA DISTRIBUÍDA: para lançar um carregamento na laje basta clicar sobre o
botão “Alterar” para que seja aberta uma nova tela onde é possível lançar as cargas
seguindo a mesma lógica vista para as vigas.
CONTINUANDO...
Dando início ao estudo dos tipos de laje a primeira laje que pode ser lançada no TQS
é a “Maciça” sendo possível escolher somente a espessura da laje em centímetros.
A segunda e terceira aba referem-se as lajes nervuras, entretanto, a segunda aba é
voltada para as lajes nervuradas retangulares, ou seja, aquelas que possuem uma altura
de nervura constante.
Este tipo de laje pode ser executado com elementos de enchimento como blocos
cerâmicos, concreto celular ou EPS, nesta aba é possível configura os seguintes itens.
- CAPA: por meio deste item é possível configurar a altura da mesa da laje
nervurada, de acordo com a NBR6118:2014 o valor mínimo para este item é 4 cm, os
demais critérios de escolha da altura deste tipo laje serão abordados nas
configurações do programa;
- CAPA INTERIOR: neste tipo de laje é possível fazer uma capa inferior para confinar
o elemento de enchimento, atualmente isto não é muito usual, entretanto o
programa permite esta consideração;
- ALTURA DA NERVURA: este item visa controlar a altura que a nervura deve
possuir, descontando deste valor a capa de concreto, logicamente esta altura deve
ser considerada de acordo com a altura do elemento de enchimento escolhido;
- ENCHIMENTO: por meio deste item é possível determinar o peso próprio do
elemento de enchimento da laje, caso opte-se por utilizar um material já cadastrado
o programa preenche este campo automaticamente;
- FORMAS – tamanho horizontal e vertical: por meio destes dois itens é possível
determinar as dimensões em X e Y dos blocos de enchimento da serem utilizados;
- FORMAS – espaçamento horizontal e vertical: neste item é possível determinar o
espaçamento entre os blocos de enchimento, esse item é o responsável por
determinar a largura que a nervura da laje terá.
Esta aba ainda permite que sejam selecionados elemento de enchimento
previamente cadastrados no sistema, caso o usuário trabalhe com algum material padrão
para este tipo de laje é possível cadastra-lo.
Seguindo para a terceira aba é possível configurar as lajes nervuradas do tipo
trapezoidal chamada pelo TQS de Nervurada T, atualmente este tipo de laje é o mais
usual uma vez que ele utiliza o sistema de cubetas que são formas plásticas
reaproveitáveis.
A grande vantagem deste sistema com formas reaproveitáveis e a diminuição do
peso próprio da laje uma vez que as cubetas são responsáveis por formar vazios e deixar
concreto somente onde é realmente necessário, ou seja, nas nervuras e mesa.
O cadastro de dados de uma forma para este tipo segue consiste em buscar os
dados nos catálogos do fabricante e aplica-los ao sistema, entretanto, por padrão o TQS
já possui um cadastro rico de formas.
CONTINUANDO...
Basicamente todos os cadastrados de fabricantes disponíveis no Brasil já estão
previamente cadastrados no sistema, sendo assim basta selecionar o fabricante e as
dimensões da forma para que os dados sejam automaticamente inseridos.
Seguindo a quarta aba “Vigota” permite configurar lajes com vigotas pré-moldadas
aqui é preciso determinar os seguintes parâmetros.
- LARGURA: por meio deste item é possível configurar a largura mínima que a
vigota deve possuir, de acordo com o item 4.1.1 da NBR14859-1:2016 a largura
mínima deve ser de 8 cm;
- ALTURA: este item é o responsável por determinar a altura da nervura da laje
descontando a capa de concreto, por exemplo, se for inserido um valor de 12
cm neste item a capa de concreto possuir 4 cm a altura total da laje será de 16
cm;
- CAPA: por meio deste item é possível determinar a altura da capa de concreto
da laje;
- ENCHIMENTO – largura: este item permite configurar a largura do elemento de
enchimento a ser utilizado na laje;
- ENCHIMENTO – peso específico: aqui é possível cadastrar o peso próprio do
elemento de enchimento que compões a laje, normalmente este elemento de
enchimento são lajotas cerâmicas ou EPS;
- CONSIDERAÇÃO DO PESO PRÓPRIO: por meio deste item é possível escolher
se o peso próprio das vigotas será calculado pelo programa ou se ele será
inserido manualmente.
Por fim a quinta aba apresenta a configuração de lajes treliçadas ,que serão as lajes
utilizadas no projeto apresentado neste trabalho, nesta aba é possível configurar
diversos parâmetros conforme é mostrado.
CONTINUANDO...
A tela de configuração de lajes treliçadas é dividida em 4 grupos no primeiro deles
chamado “Vigota (sapata)” é possível configurar os seguintes itens:
BASEB: por meio deste item é configurado a largura que a sapata da vigota
treliçada deve possuir de acordo com o item 4.1.3 da NBR14859-1:2016 o valor
mínimo para este campo é 13 cm;
BASE A: este item permite configurar qual será a altura da vigota treliçada de
acordo com o item citado anteriormente a altura mínima a ser inserida é 3 cm;
LARGURA: por meio deste item é possível definir qual deve ser a largura desta
treliça, caso o projetista não deseje utilizá-la basta zerar este item.
- BLOCO: como o próprio nome diz aqui é o local onde deve ser escolhido o
bloco de enchimento que irá compor a laje.
CONTINUANDO...
No grupo enchimento ainda é possível utilizar o botão “Editar” que abre uma nova
aba onde é possível editar todos os parâmetros de um elemento de enchimento bem
como cadastrar novos elementos.
Por fim é possível configurar a altura da capa de concreto e visualizar os parâmetros
configurados no programa.
Finalizado o estudo dos tipos de lajes que podem ser inseridos em um projeto pode-
se continuar com o estudo da tela de configuração dos dados de laje.
Na terceira aba “Modelo” é possível configurar se a laje a ser lançada funciona ou
não como diafragma rígido, quando este item é marcado como sim a laje ajuda no
comportamento do pórtico espacial ajudando no travamento lateral das vigas.
A norma não versa nada sobre o funcionamento das lajes como diafragma rígido,
porém de acordo com diversas literaturas a laje contribui para a rigidez global da
estrutural sendo assim é indicado habilitar este item.
Seguindo a quarta aba é a “Grelha” por meio dela é possível configurar os
parâmetros de discretização da laje a ser lançada, como é mostrado na figura seguinte.
Nesta nova aba podem ser configurados os seguintes itens:
LAJE SOBRE BASE ELÁSTICA: este item permite definir se a laje será apoiada
somente nas vigas e/ou pilares ou se ela irá possuir um apoio em toda a sua área
de contato, este é um recurso utilizado quando se tem fundações do tipo radier
Livre;
Articulado;
Engastado.
Para alterar uma vinculação basta clicar na viga onde essa laje se apoia, entretanto
para que o comando funcione é preciso clicar na viga no momento em que ela
apresentar uma hachura na cor branca, realizando este processo a laje irá passar a ter o
contorno indicado pelo projetista.
Um outro comando muito utilizado em projetos no TQS é o “Fechamento de bordo”
este comando serve para definir um perímetro para o lançamento de uma laje. Este
comando é muito utilizado para realizar o lançamento de escadas e lajes de sacadas
onde normalmente não há vigas para realizar o fechamento do perímetro.
Após as lajes serem lançadas é possível configurar todos os seus parâmetros por meio
do comando “Alterar laje” selecionado este comando basta clicar sobre a laje desejada
para que a tela de edição seja aberta.
lançamento dos carregamentos
O valor do rebaixo a ser lançado pode ser obtido somando a quantidade de degraus
do lance de escada e multiplicando-os pela altura de cada um dos degraus, por
exemplo, se houverem 6 degraus de 18,5 cm o rebaixo considerado será de 111 cm.
Realizado este processo é basta clicar no botão “Ok” para que esta tela seja fechada e
os dados salvos e então pressionar “Ok” novamente para que os dados do edifício sejam
salvos.
Partindo para o lançamento propriamente dito da escada é preciso acessar o
modelador estrutural, selecionar o pavimento no qual a escada se inicia e então
selecionar o nível intermediário criado, conforme é mostrado pela imagem abaixo.
Com o nível intermediário selecionado é preciso lançar a viga principal que irá
receber este patamar bem como as barras que irão fazer o fechamento do contorno do
patamar uma vez que ele se apoia somente em uma viga.
O lançamento da viga no nível intermediário segue o mesmo critério das demais, já
o fechamento do perímetro pode ser feito acessando a aba “Lajes” e selecionando o
item “Fechamento de bordo”.
CONTINUANDO...
Com isso basta ir clicando sobre as linhas de contorno da escada para que sejam
criadas barras que irão delimitar o perímetro do patamar, sendo que é necessário inserir
estas barras até o centro da viga para evitar problemas no processamento.
Com o fechamento de bordo lançado basta seguir até a aba “Inclinados” e selecionar
o item “Dados de patamar” com isso é aberta uma janela onde é possível configurar
diversos itens que seguem exatamente os mesmos critérios vistos para lajes.
O único ponto divergente diz respeito aos carregamentos acidentais, que devem ser
obtidos por meio da NBR6120:2019 de acordo com o tipo de uso da escada, os
carregamentos mais comuns são:
Configurados os dados da escada basta clicar no botão “Ok” para que a tela seja
fechada e os dados sejam salvos, depois basta selecionar o comando “Inserir patamar” e
realizar o lançamento da mesma maneira como é feito para lajes.
O segundo passo é realizar o lançamento dos lances da escada seguindo a filosófica
se lançamento de cima para baixo, aberto o nível zero do pavimento superior deve-se
lançar primeiramente os fechamentos de bordo inclinados.
Este comando fica localizado na aba “Inclinados” e ao ser pressionado é aberta uma
nova janela onde é possível selecionar onde a barra se inicia e onde ela acaba, conforme
pode ser visto abaixo.
CONTINUANDO...
Geralmente o programa já traz as informações corretas de início e fim da barra, após
isto basta clicar no botão “Ok” para começar o lançamento do fechamento de bordo
inclinado.
Este lançamento é muito simples de ser feito, basta clicar sobre o primeiro ponto e
seguir com a barra até mais ou menos o meio do lance da escada e então pressionar o
botão direito do mouse para ser levado ao pavimento inferior onde a barra deve ser
concluída.
Feito isto já é possível configurar e lançar o primeiro lance da escada, para isso basta
acessar o comando “Dados do lance” para que seja aberta uma nova janela muito
semelhante à vista para lajes.
A principal diferença desta tela está na aba “Seção / carga” onde é possível configurar
os parâmetros de degraus, conforme é mostrado pela figura.
Finalizado a configuração dos parâmetros da escada basta clicar em “Ok” para que a
tela seja fechada e os dados salvos, após isto o lançamento já pode ser realizado
selecionando o comando “Inserir lance”.
Com isso é aberta uma nova janela que segue a mesma filosófica vista para os
elementos de fechamento de bordo, selecionado o início e fim do lance de escada basta
clicar em “Ok” para iniciar o lançamento.
Aqui o programa pede que sejam selecionados os apoios e os limites do lance, o
primeiro ponto a ser selecionado é o primeiro apoio que pode ser uma viga ou a borda
do patamar.
Selecionado o primeiro ponto finaliza-se o comando clicando no botão direito do
mouse, após isto é preciso selecionar os fechamentos de bordo inclinado, neste ponto
basta clicar sobre os elementos previamente lançados e finalizar o comando com o
botão direito do mouse.
Ao selecionar os fechamentos de borda o programa automaticamente abre o
pavimento intermediário ou inferior onde deve ser selecionado o último apoio da escada
e clicando no botão direito do mouse.
Após todo este processo o programa irá pedir para posicionar o nome do lance de
escada e definir o seu ângulo da mesma maneira vista para lajes, o mesmo processo
deve ser repetido para os demais lances da escada.
Seguidos estes passos é finalizado o lançamento das escadas e elas já podem ser
vistas no modelo 3D da estrutura.
Lançamento dos elementos
de fundação
Na nova tela que é aberta é possível configurar alguns parâmetros e escolher o tipo
de fundação a ser inserida, conforme é apresentado abaixo.
- COLARINHO: por meio deste item é possível considerar se a sapata terá ou não um
pequeno trecho que a deixa um pouco mais larga do que o pilar, isso é útil pois é uma
boa forma de apoiar as formas do pilar, normalmente se utiliza este colarinho com 5 cm;
- TX e TY: estes dois itens permitem definir a largura superior da sapata, caso seja
utilizado colarinho o TQS ajusta estes valores automaticamente em função da largura do
pilar, caso se deseje trabalhar com sapatas quadradas basta utilizar a mesma dimensão
inferior da sapata;
- EXCX e EXCY: por meio destes dois itens é possível lançar excentricidades no topo da
sapata;
- DIMX e DIMY: estes dois itens são responsáveis por definir a largura e o comprimento
da sapata a ser lançada;
- HS: por meio deste campo é indicado a altura total da sapata, esta altura deve manter
uma relação conforme é dado pelo item 22.6.1 da NBR6118:2014 para que a sapata seja
considerada rígida;
- H0X e H0Y: em casos de sapata piramidal este item é o responsável por definir a menor
altura da sapata.
Alt: por meio deste item é configurada a altura do bloco a ser lançado;
DIAM: por meio deste item é possível determinar o diâmetro de estaca a ser
utilizada nos blocos;
DISTX e DISTY: este item é habilitado somente quando o item “Entre eixos de
estacas” é selecionado, com este item é possível determinar o espaçamento
entre as estacas do bloco, para estacas moldadas in loco recomenda-se um
espaçamento de 3 vezes o diâmetro da estaca, enquanto pra estacas pré-
moldadas recomenda-se o espaçamento de 2,5 vezes o diâmetro da estaca;
DISTF: este item comanda a distância entre o centro da estaca e a face do pilar
de fundação, é recomendado que a distância entre a face do bloco e face da
estaca seja de no mínimo 15 cm;
Definir seção: ao marcar “sim” para este item é possível escolher algumas
estacas pre cadastradas no TQS para serem representadas no bloco a ser
lançado;
Nesta nova que se abriu é possível determinar dois parâmetros, o primeiro deles é o
“Turbulência do vento” esse é um fator muito importante no cálculo de uma edificação,
pois o coeficiente de arrasto depende diretamente deste fator.
Quando uma edificação é submetida a um vento de alta turbulência o seu coeficiente
de arrasto tende a ser menor, isso acontece pois quando uma perturbação na corrente
de vento ela tende a perder velocidade atingindo com uma menor intensidade a
edificação.
Já quando o vento é considerado de baixa turbulência isso quer dizer que ele tem um
regime mais uniforme, sem muitas perturbações isso faz com que ele atinja a edificação
com uma maior intensidade, logo o coeficiente de arrasto para este caso é maior.
De acordo com o item 6.5.3 da NBR6123:1988 pode-se considerar um vento de alta
turbulência quando a altura da edificação analisada não exceder em duas vezes a altura
média das edificações vizinhas.
CONTINUANDO...
Além desta definição este mesmo item normativo ainda indica a altura máxima da
edificação e o raio que a condição estipulada anteriormente deve atender, ficando
expresso da seguinte maneira:
Para o exemplo deste trabalho será considerada uma edificação que se encontra em
uma zona de vento de baixa turbulência, com isto definido ainda é preciso determinar a
altura, largura e comprimento da edificação.
Como a edificação já foi lançada no modelador estrutural basta pressionar o botão
“Estimar” para que o TQS determine estas medidas de forma automática.
Após o programa finalizar a estimativa das dimensões da edificação basta clicar no
botão “Calcular” que fica logo abaixo do quadro “Coeficientes de arrasto CA”.
Finalizado este processo o TQS exibe os valores do coeficiente de arrasto, relação
entre as dimensões em planta da edificação e uma relação entre a altura e largura em
planta para cada situação de vento.
Por fim basta clicar no botão “Ok” para que esta tela seja fechada e os dados sejam
salvos, ao retornar para a tela de edição dos critérios do edifico é necessário apenas
clicar no botão “Ok” para que o TQS salve os novos dados.
Ao final deste processo pode ser que o programa exiba uma mensagem informando
que houve uma mudança nos carregamentos e por segurança serão gerados novos
dados, neste ponto basta clicar em “Fechar” para que o programa finalize o processo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
OFERECIMENTO