TCC Revisão Bibliográfica Uso IA Indústria
TCC Revisão Bibliográfica Uso IA Indústria
TCC Revisão Bibliográfica Uso IA Indústria
Vitória
2023
WYCTOR FOGOS DA ROCHA
Vitória
2023
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Biblioteca Nilo Peçanha do Instituto Federal do Espírito Santo)
COMISSÃO EXAMINADORA
Agradeço a minha família e amigos pelo suporte dado até aqui. Agradeço ao corpo
docente e discente do IFES - Campus Vitória que acompanhou a minha trajetória nos
últimos 10 anos que corroboraram para minha formação acadêmica.
Também agradeço ao meu orientador, Flávio Tongo da Silva, e meu coorientador, Vitor
dos Santos Amorim, por todo suporte dado a mim durante todo o processo no TCC
atual e também no anterior, além do grande suporte e conhecimento trocado entre nós,
conhecimento teórico e prático na área de Inteligência Artificial.
"A mim pertence a vingança e a
retribuição. No devido tempo os
pés deles escorregarão; o dia
da sua desgraça está chegando
e o seu próprio destino se
apressa sobre eles."
Deuteronômio 32:35
RESUMO
Este trabalho aborda o tema do uso da Inteligência Artificial (IA) na indústria, com um
enfoque específico nas realidades do Brasil e do estado do Espírito Santo. A IA está
emergindo como uma tecnologia transformadora, capaz de impulsionar a eficiência
operacional, a inovação e a competitividade das empresas. Através de uma pesquisa
exploratória, este estudo identificou diferentes áreas em que a IA vem sendo aplicada
na indústria brasileira e capixaba. Algumas dessas áreas incluem automação de
processos, manutenção preditiva, otimização da cadeia de suprimentos, controle de
qualidade e desenvolvimento de produtos. As empresas que adotam a IA podem obter
benefícios significativos, como redução de custos, aumento da produtividade, melhoria
da qualidade do produto e tomada de decisões mais informadas. No entanto, também
há desafios a serem enfrentados, como a falta de mão de obra qualificada e questões
éticas relacionadas ao uso de dados.
This paper delves deep into the realm of Artificial Intelligence (AI) in the industrial sector,
zooming in on the unique dynamics of Brazil, especially the state of Espírito Santo.
AI is rapidly emerging as a pivotal technology, poised to revolutionize operational effi-
ciency, drive innovation, and sharpen the competitive prowess of businesses. Through
meticulous research, we’ve pinpointed distinct sectors within Brazil and Espírito Santo’s
industrial framework where AI’s imprint is evident. Key applications span from process
automation and predictive maintenance to refining supply chains, ensuring quality, and
catalyzing product innovation. Companies that seamlessly weave AI into their fabric
stand to reap a myriad of benefits, from slashing costs and amplifying productivity to
elevating product standards and making decisions anchored in data. However, this trans-
formative journey is not without its challenges, including a pressing need for specialized
talent and navigating the ethical maze tied to data use.
DL Deep Learning
IA Inteligência Artificial
1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2 REFERENCIAL TEÓRICO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2.1 INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2.1.1 Otimização combinatória . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
2.1.2 Principais algoritmos de IA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
2.1.2.1 Redes Neurais Artificial - RNA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
2.1.2.2 O que é um Perceptron? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.1.2.3 Perceptron multicamadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
2.2 INDÚSTRIA - CONCEITO E EVOLUÇÃO HISTÓRICA . . . . . . . . 23
2.2.1 Antecedentes Históricos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
2.2.2 Revolução Industrial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
2.2.3 Expansão Global . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
2.2.4 Atraso da implementação da indústria no Brasil . . . . . . . . . . 25
2.2.5 Indústria 4.0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
2.2.6 Uso de IA no cenário brasileiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
2.2.7 A Importância da Inovação Tecnológica para a Competitividade . 35
3 METODOLOGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
3.1 MÉTODOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
3.1.1 Revisão Bibliográfica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
3.1.2 Análise de Dados Secundários . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
3.1.3 Análise de Dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
3.1.4 Principais desafios enfrentados pelas indústrias no contexto atual 44
3.1.5 Benefícios e impactos da IA nas operações industriais . . . . . . 45
3.1.6 Aplicações da inteligência artificial na indústria do Espírito Santo 47
3.1.7 Análise dos usos de IA na Indústria do Brasil e no Espírito Santo 50
3.1.8 Potencial de crescimento e impacto econômico da IA no Brasil e
no Espírito Santo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
4 RESULTADOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
4.1 TRABALHOS NA LITERATURA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
4.2 IMPACTO DA IA NA PRODUTIVIDADE, EFICIÊNCIA E QUALIDADE
NA INDÚSTRIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
4.2.1 Principais desafios para a adoção da IA na indústria brasileira . 58
4.3 RESULTADOS QUANTITATIVOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
4.3.1 Produtividade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64
4.3.2 Eficiência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66
4.3.3 Qualidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66
5 CONCLUSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72
13
1 INTRODUÇÃO
A inteligência artificial (IA) tem se destacado como uma das tecnologias mais promis-
soras e transformadoras do século XXI. Sua capacidade de simular o pensamento
humano e aprender com dados tem impulsionado avanços significativos em diversos
setores da sociedade (YSTGAARD et al., 2023). A indústria não é exceção, pois tem
adotado cada vez mais soluções baseadas em IA para impulsionar a eficiência, a
produtividade e a inovação (MARTINS, 2017).
Por fim, este estudo pretende fornecer insights relevantes sobre o uso da inteligên-
cia artificial na indústria do Brasil e do Estado do Espírito Santo, apresentando um
panorama atualizado sobre o tema. Compreender os avanços, os benefícios e as
preocupações relacionadas à aplicação da IA na indústria é fundamental para orien-
tar decisões estratégicas e impulsionar a competitividade desses setores no cenário
nacional e global.
15
2 REFERENCIAL TEÓRICO
O uso de sistemas inteligentes vem sendo cada vez mais difundido na resolução e na
automação de problemas na indústria (MARTINS, 2017) e no aumento da eficiência
desses processos com a implementação de diversos sistemas que se comunicam entre
si (ROMÁN, 2016). Entre essas aplicações está o uso Inteligência Artificial (IA) devido
à sua grande capacidade de reproduzir quase todo tipo de função (LECUN et al., 1998).
Essas diferentes vertentes permitem que a ML seja aplicado em uma ampla gama de
contextos, oferecendo soluções para diversas demandas. A Figura 1 descreve melhor
essa diferença:
Embora o uso de IAs já seja difundido, muitas empresas empregam otimização com-
binatória, uma subárea da otimização matemática, a qual tem sido uma ferramenta
valiosa para resolver problemas complexos em diversos setores industriais (LOTT,
2023) para resolução de muitos problemas. A integração de conceitos de otimização
com técnicas de Inteligência Artificial (IA) levou ao desenvolvimento de estratégias avan-
çadas, frequentemente referidas como "metaheurísticas", que são "inteligentemente
flexíveis"e adaptáveis a diferentes cenários (UNICAMP, 2021).
Outros exemplos são empresas renomadas como IBM (IBM, 2021), Google (SCHWARZ-
KOPF et al., 2013) e Amazon (AMAZON, 2021) já incorporaram métodos combinatórios
em suas operações, demonstrando o valor e a eficácia dessas abordagens. Ainda
assim, muitas empresas, especialmente no Brasil, não exploram plenamente essas
técnicas, muitas vezes devido à falta de conhecimento ou à percepção de que são
demasiado complexas.
18
• Aprendizado por Reforço: Essa classe de algoritmos é usada para treinar agentes
a tomar decisões sequenciais, como jogar xadrez, dirigir carros autônomos e
otimizar a alocação de recursos em sistemas dinâmicos (SUTTON; BARTO,
2018).
• Redes Bayesianas: Essas redes são valiosas para modelar incerteza e dependên-
cias entre variáveis, encontrando aplicação em diagnósticos médicos, previsão
do tempo e sistemas de recomendação (PEARL, 1988).
Esses algoritmos representam apenas uma fração do vasto panorama da IA. A pesquisa
contínua em IA continua a aprimorar esses métodos e a abrir novos horizontes de
aplicação. À medida que a IA desempenha um papel cada vez mais central em nossa
sociedade, é essencial acompanhar esses desenvolvimentos em constante evolução
para impulsionar a inovação e o progresso.
Redes Neurais Artificiais (RNAs) são modelos inspirados na arquitetura neural humana,
desenvolvidos com o objetivo de simular a nossa capacidade de reconhecimento de
padrões (HAYKIN, 1999). Surgidas na década de 1950, essas redes experimentaram
um "inverno", período de estagnação devido à limitação de recursos de hardware
(TOOSI et al., 2021). Este fenômeno é um marco na história da Inteligência Artificial
(IA), caracterizado por ciclos de progresso seguidos por fases de desconfiança e
estagnação (TOOSI et al., 2021).
Com avanços tecnológicos, as RNAs passaram por uma revitalização, permitindo pro-
gressos significativos em sua pesquisa e aplicação. São compostas por neurônios
interconectados por pesos, que codificam a informação aprendida pela rede, pos-
sibilitando a execução de tarefas complexas e o aprimoramento contínuo (HAYKIN,
1999).
interno através dos neurônios e produz duas saídas correspondentes aos resultados
desejados.
Essa arquitetura de rede neural permite que as RNAs sejam treinadas para reconhecer
padrões complexos em conjuntos de dados, sendo amplamente utilizadas em tarefas
como reconhecimento de imagens, processamento de linguagem natural, previsão de
séries temporais, entre outras aplicações.
O perceptron, um tipo básico de RNA, foi idealizado por Frank Rosenblatt 1 em 1958,
sendo esse o tipo de configuração mais simples, com o propósito de implementar
um modelo computacional inspirado em um neurônio biológico, a qual recebe vários
sinais de entrada e um de saída (GARDNER; DORLING, 1998). Uma das suas
aplicações consistia em identificar padrões geométricos (SILVA; SPATTI; FLAUZINO,
2010), representado na Figura 3.
n
u = ∑ xi · wi − θ (2.1)
i=1
y = g(u) (2.2)
Em que:
• y: saída do perceptron;
• u: potencialização de ativação;
A ascensão das Redes Neurais Artificiais (RNAs) pode ser contextualizada como
uma continuação da trajetória evolutiva iniciada pela primeira Revolução Industrial
no século XVIII na Inglaterra (GOMES, 2014). Este evento, propiciado pelo acúmulo
de riquezas da burguesia e pelos subsequentes investimentos em desenvolvimento
tecnológico, tornou o caminho para inovações que transformaram a produção em massa
em um diferencial crucial na economia mundial (GOMES, 2014). Da mesma forma, as
RNAs, emergindo como uma força revolucionária na era moderna, estão redefinindo
paradigmas em diversos setores industriais e tecnológicos. A interseção entre a
inteligência artificial, representada pelas RNAs, e os avanços industriais, herdados das
24
revoluções industriais, está forjando uma nova fase de inovação e progresso, onde a
síntese de aprendizado de máquina e processos industriais otimizados está delineando
o advento de uma nova revolução, caracterizada pela fusão sinérgica entre capacidades
humanas e artificiais.
Figura 5 mostra uma máquina à vapor, uma das máquinas mais marcantes da Revolu-
ção Industrial, devido ao seu largo uso em diferente indústrias na Inglaterra:
Apesar das vantagens geradas pela Revolução Industrial, como maiores lucros para os
25
Uma análise prévia da história do Brasil, mostra que diferentemente de outros paí-
ses europeus que se industrializaram desde o século XVII, fez com que o mesmo
consolidasse a sua industrialização apenas com no início do século XX (LIMA, 2018).
Este atraso na industrialização pode ser atribuído a uma série de fatores, incluindo a
dependência histórica do Brasil em relação à exportação de commodities agrícolas
e minerais, a falta de infraestrutura adequada e a escassez de capital (OLIVEIRA;
SOUSA, 2021). Entretanto, vale ressaltar os seguintes pontos:
• A educação era algo limitado apenas à elite social do Brasil. Segundo Maringoni
(2012), durante a segunda metade do século XIX, à medida que a obrigatoriedade
da alfabetização foi implementada nos Estados Unidos, na Suécia e em diversos
países europeus, o Brasil contrastava como um oceano de analfabetismo. A
educação era um privilégio reservado à elite. Enquanto a Suécia e os Estados
Unidos contavam com uma taxa de alfabetização, aproximadamente, 80% de
26
sua população em 1870 e no Brasil, mais de 80% dos homens e mulheres livres
eram incapazes de ler e escrever - isso sem mencionar a situação das pessoas
escravizadas (MARINGONI, 2012).
O estado do Espírito Santo sempre foi visto como um local à parte da região Sudeste,
entretanto que vem recebendo um destaque nos investimentos feitos. Como dito por
(MACEDO; MAGALHãES, 2011):
(MACEDO; MAGALHãES,
2011)
Apesar dá primeira Revolução Industrial ter ocorrido no século XVIII, houveram diversas
transformações tecnológicas subsequentes que culminaram na chamada Revolução
Industrial 4.0. Essa revolução é caracterizada pelos avanços tecnológicos recentes e
por um cenário no qual há uma demanda crescente por produtos personalizados, maior
complexidade, qualidade superior, redução de custos e uma conexão extremamente
interligada (RÜSSMANN et al., 2015).
O uso da Inteligência Artificial (IA) nas indústrias do Brasil tem se tornado cada vez
mais relevante e abrangente. A IA oferece um conjunto de técnicas e algoritmos
que permitem às indústrias obterem insights valiosos a partir dos dados, automatizar
processos, melhorar a eficiência operacional, tomar decisões mais precisas e até
mesmo desenvolver produtos e serviços inovadores.
Além disso, a IA tem sido aplicada em áreas como logística e cadeia de suprimentos,
possibilitando o planejamento otimizado de rotas, a gestão de estoques e a previsão
de demanda. Na área de controle de qualidade, sistemas baseados em IA podem
identificar defeitos e anomalias em produtos, agilizando o processo de inspeção.
Vale ressaltar que o avanço da IA nas indústrias brasileiras também requer investi-
mentos em infraestrutura tecnológica, capacitação de profissionais e uma cultura de
inovação. Outrossim, é importante considerar aspectos éticos e de segurança no
desenvolvimento e uso de sistemas de IA, garantindo a privacidade dos dados e evi-
tando viéses ou discriminações indevidas (MINISTÉRIO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA
E INOVAÇÃO, 2021).
Embora existam desafios, o Brasil está tomando ações para promover a digitalização
e apoiar o crescimento de startups. A E-Digital, por exemplo, é uma iniciativa que
engloba 100 ações destinadas à digitalização de processos produtivos. Adicional-
30
De a cordo com dados mais recentes, o Brasil tem 1.164 startups, ocupando assim a po-
sição de 10º país com a maior quantidade de startups no mundo (STARTUPRANKING,
2022).
2 O Programa Start-Up Brasil é um programa de aceleração das start-ups brasileiras, no qual o Governo
Federal visa o desenvolvimento econômico e tecnológico do país
31
(STARTUPRANKING, 2022)
32
Foi verificado durante a escrita deste trabalho que dependendo da definição de startup,
os dados poderão mudar de formar significativa. Dessa forma, a definição de startup
utilizada pelo governo federal é a definida pelo Marco Legal das Startups 3 , conforme a
Lei Complementar nº 182 de 1º de junho de 2021, é:
(BRASIL, 2021)
Consequentemente, com base nessa definição, em 2020, o Brasil era o lar de apro-
ximadamente 12.000 startups em operação, predominando aquelas que operam
sob o modelo de negócios SaaS4 e com foco no segmento B2B (Business to Bu-
siness)(MINISTÉRIO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO, 2021). A região
Sudeste, com destaque para a cidade de São Paulo, abriga o maior número de startups
no Brasil, um reflexo de seu peso econômico. Entretanto, outras localidades, como
Florianópolis e Recife, estão se estabelecendo como centros tecnológicos de impor-
tância (MINISTÉRIO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO, 2021). As startups
brasileiras deparam-se com desafios consideráveis, tais como a falta de mão de obra
especializada, a intensa carga tributária e a burocracia exacerbada. Apesar desses
obstáculos, o Brasil emerge como o principal destino de investimentos em startups
3 Sancionada em junho do ano passado, a Lei Complementar nº 182/2021, trouxe importantes mudan-
ças e novas regras para este tipo de empresa, tem como objetivo aprimorar o empreendedorismo
inovador no Brasil e alavancar a modernização do ambiente de negócios.
4 SaaS, ou Software as a Service, refere-se ao fornecimento de softwares e soluções tecnológicas via
internet, como um serviço, eliminando a necessidade de instalação, manutenção e atualização de
hardwares ou softwares por parte das empresas
33
Na Figura 7, torna-se possível ver o abismo entre o número de startups no Brasil no ano
de 2018 e outros países como Estados Unidos e China. De acordo com o documento
do governo (MINISTÉRIO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO, 2021), um total
de 139 startups foram beneficiadas por programas de financiamento, com algumas
recebendo apoio de mais de um programa. Especificamente, 21 foram apoiadas pelo
programa "Conecta StartUp Brasil", 25 pelo "Startup Brasil", 6 pelo "TechD"e 100 pelo
"IA MCTI"(MINISTÉRIO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO, 2021).
A Figura 8 apresenta a distribuição das startups de Inteligência Artificial (IA) que re-
34
Apesar dos investimentos em relação à industria, entretanto, vale ressaltar que o Brasil
ainda se encontra em um processo de desindustrialização. Segundo Oreiro e Feijó
(2010) esse processo está presente desde a década de 1980, como mostrado na Figura
9:
(MICROSOFT, 2022a).
É importante ressaltar que, apesar dos benefícios trazidos pela IA, sua implementação
requer investimentos em infraestrutura, capacitação de profissionais e políticas públicas
adequadas. Segundo Rocha (2023), é necessário um ambiente favorável à inovação,
com políticas de incentivo à pesquisa e desenvolvimento, parcerias entre empresas e
instituições de ensino e investimentos em infraestrutura tecnológica. Somente assim
será possível aproveitar todo o potencial da IA para impulsionar a competitividade da
indústria brasileira e do estado do Espírito Santo (ROCHA, 2023).
3 METODOLOGIA
A metodologia deste trabalho foi orientada pela necessidade de obter uma visão
compreensiva e atualizada do uso da Inteligência Artificial (IA) na indústria brasileira.
Compreendendo a importância de embasar nossas conclusões em evidências robustas,
adotamos uma abordagem que combina revisão bibliográfica com análise de dados
secundários.
Como descrito anteriormente, a Seção Revisão Bibliográfica foi a primeira etapa desta
pesquisa. Nela, examinou-se uma ampla gama de publicações acadêmicas, artigos de
revistas, relatórios de pesquisa e outros recursos online que discutem a aplicação da IA
na indústria brasileira. Este processo nos permitiu entender o estado atual do uso da
IA, assim como seus principais desafios, benefícios e impactos na indústria brasileira.
Buscou-se publicações que discutem tanto aplicações gerais da IA na indústria quanto
estudos de caso específicos, permitindo obter uma visão abrangente e multifacetada
do cenário.
3.1 MÉTODOS
Neste estudo, sobre o uso da Inteligência Artificial (IA) na indústria do Brasil e, mais
especificamente, no estado do Espírito Santo, utilizou-se uma metodologia baseada
em revisão bibliográfica e análise de dados secundários. A metodologia foi aplicada da
seguinte forma:
Os dados obtidos por revisão bibliográfica e análise de dados secundários foram exa-
minados utilizando métodos qualitativos e quantitativos, complementados por recursos
de Inteligência Artificial (IA) para aprimorar a identificação de insights (RSCHMELZER,
2022)(BHATIA, 2018). A integração de IA proporciona uma análise mais profunda
e reveladora, unindo métodos tradicionais com tecnologias avançadas para gerar
conclusões robustas e insights significativos (BHATIA, 2018).
Além disso, um desafio importante é a segurança dos dados utilizados pela IA nas
indústrias. Conforme destacado por Lima (2022), a IA depende de grandes volumes
de dados para treinamento e aprendizado, que podem conter informações sensíveis
e confidenciais das empresas (LIMA, 2022). É essencial garantir a privacidade e a
proteção desses dados contra acessos não autorizados ou violações de segurança.
45
Outro desafio significativo diz respeito à ética no uso da IA nas indústrias. Como
salientado por Santos (2018), a IA pode levantar questões éticas complexas, como o
viés algorítmico e a discriminação (YSTGAARD et al., 2023). É fundamental garantir
que as decisões tomadas por sistemas de IA sejam transparentes, justas e imparciais,
evitando a perpetuação de preconceitos ou discriminações indesejadas. Nesse sentido,
é necessário desenvolver regulamentações e diretrizes éticas claras para orientar o
desenvolvimento e o uso responsável da IA nas indústrias (SANTOS, 2018).
A inteligência artificial (IA) tem se tornado uma ferramenta fundamental nas indústrias
ao redor do mundo, incluindo o Brasil e o estado do Espírito Santo. Com o avanço
da tecnologia, a IA tem sido aplicada em diversas áreas das operações industriais,
trazendo consigo benefícios significativos e impactos transformadores. Neste con-
texto, é essencial compreender como a utilização da IA tem contribuído para otimizar
processos, aumentar a eficiência e impulsionar o crescimento das indústrias.
et al., 2022).
Abaixo, é proposta uma análise mais aprofundada dessas áreas, com o objetivo
de entender melhor as tendências atuais e futuras e identificar oportunidades para
crescimento e inovação.
• Saúde: O setor de saúde é outro domínio em que o Brasil tem feito investimentos
significativos em IA. Isso inclui o uso de IA para análise de imagens médicas,
diagnóstico de doenças, personalização de tratamentos e gestão de registros
de saúde eletrônicos. É proposta uma análise mais profunda de como a IA está
sendo utilizada para melhorar os serviços de saúde no Brasil e quais são as
oportunidades para inovação nesta área. Acrescenta-se a isso, investimentos
51
Essa análise proposta visa não apenas entender melhor o estado atual do uso da IA na
indústria brasileira, mas também identificar oportunidades para inovação e crescimento.
Acreditamos que uma compreensão mais profunda dessas áreas estratégicas pode
fornecer insights valiosos para pesquisadores, decisores políticos e líderes industriais.
Os principais setores empresariais que vêm adotando o uso de IA, são (BORNELI,
2023):
• Agricultura: O setor agrícola é o que tem maior destaque, devido à sua grande
importância na economia brasileira e como o emprego de IA pode potencializar a
produção de alimentos (MADKE; RIEGER; ALVES, 2022) e a comercialização de
créditos de carbono (AGROROBOTICA, 2022).
52
O Brasil tem sido considerado um país com grande potencial para o desenvolvimento da
IA. Segundo pesquisa realizada por Silva (2021), o país possui uma grande quantidade
de dados disponíveis, o que é fundamental para alimentar os algoritmos de IA e gerar
insights valiosos. Em adição a isso, o Brasil conta com uma indústria diversificada e
um mercado consumidor expressivo, o que cria oportunidades para a aplicação da IA
em diferentes segmentos.
Vale ressaltar que segundo o professor doutor Alberto Ferreira De Souza 1 , o qual
dirige o I²CA, o instituto será um fator de destaque do Espírito Santo para o mundo na
área de IA (ACT!ON, 2023).
4 RESULTADOS
Vale ressaltar que o número de trabalhos em 2023 são referentes do início ao mês de
julho de 2023.
57
O uso da Inteligência Artificial (IA) tem se mostrado cada vez mais presente e impac-
tante na indústria, proporcionando avanços significativos em termos de produtividade,
eficiência e qualidade dos processos. No Brasil e no estado do Espírito Santo, essa
tecnologia tem sido adotada por diversas empresas como forma de aprimorar suas
operações e alcançar melhores resultados. Neste contexto, é importante analisar o
impacto da IA nessas áreas e compreender como ela tem contribuído para impulsionar
o setor industrial.
Peres et al. (2020) apresenta sobre um aspecto particularmente relevante desta reali-
dade. Eles enfatizam que o uso de algoritmos de aprendizado de máquina na indústria
resultou em maior eficiência energética. A implementação bem-sucedida desses al-
goritmos conduz a um uso mais consciente dos recursos, reduzindo o desperdício e
aumentando a sustentabilidade das operações.
58
Por fim, Lee e Kao (2020) ressaltam o impacto positivo que a IA tem na qualidade
do produto final e na satisfação do cliente. Segundo eles, a implementação da IA na
indústria tem levado a uma maior confiabilidade e consistência dos produtos. Esse
avanço, por sua vez, resultou em um aumento na satisfação do cliente e na redução
dos custos de retrabalho.
Outro desafio importante diz respeito à infraestrutura tecnológica. Para que a IA seja
adotada com eficiência, é necessário que as empresas tenham acesso a infraestrutura
tecnológica adequada, como poder de processamento e armazenamento de dados.
Segundo Silva (2021), muitas empresas brasileiras enfrentam dificuldades para adquirir
os recursos necessários para implementar soluções baseadas em IA (SILVA, 2021).
Ademais, a conectividade é um desafio adicional, especialmente em regiões mais
remotas do país. No estado do Espírito Santo, por exemplo, há áreas onde a cobertura
de internet é limitada, o que dificulta a implantação de soluções de IA em algumas
indústrias.
Entretanto, como indicado pela IDC Predicions Brazil, essa área teve uma previsão
de investimentos U$ 504 milhões, registrando um aumento em torno de 28 % dos
investimentos (ORTIZ, 2022), o que gera, como uma das consequências investimento
na formação de novos cientistas de dados por parte de universidade como Universi-
dade Federal da Paraíba (UFPB), Universidade Federal de Goiás (UFG) e a Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) (SOUZA, 2022).
os maior destaque sendo para a região sudeste, não há muitos trabalhos disponíveis
na literatura que mostram a influência do Espírito Santo nessa área com apenas
poucas trabalhos encontrados, entretanto os poucos encontrados mostrando o potencial
tecnológico do mesmo (VALE, 2019).
4.3.1 Produtividade
Segundo Vale (2019), só com o projeto de inspeção de trilhos, foi possível reduzir o
número de fratruras ao longo dos trilhos de ferro em, aproximadamente, 85%. Vale
ressaltar que o veículo de inspeção circular, mensalmente, pelas 892 km de Carajás, o
que torna o uso desta tecnologia tão impactante no seu emprego (VALE, 2019), isso
porque no período de um ano, o sistema gerou um retorno à mineradora uma economia
65
de R$ 2,3 milhões, o que foi, aproximadamente, dez vezes o valor investido para sua
criação do mesmo. Ademais, a produtivade foi aumentada não apenas no setor de
manutenção, pois a compra e gestão de estoque de novos trilhos pode ser feita com
uma antecedência de até 30 dias (VALE, 2019).
Uma outra aplicação é o uso de IA e Big Data1 por parte da (SUZANO, 2022), onde
a mesma usa variáveis como: temperatura, altitude, pluviosidade, tipo e textura do
solo, os quais combinados permitem fazer a avaliação de inúmeros cenários para
estabelecer a melhor alocação clonal. Segundo SUZANO (2022), foi verificado um
aumento em 2% na produção, além de um aumento de 15 vezes da capacidade na
geração de cenários para teste em clones de eucalipto.
4.3.2 Eficiência
O trabalho proposto por Peres et al. (2020) apresenta uma investigação detalhada
acerca da influência da Inteligência Artificial (IA) na indústria, particularmente por meio
da aplicação de algoritmos de aprendizado de máquina. Estes algoritmos, dotados
da habilidade de processar e examinar extensos conjuntos de dados, viabilizam o
reconhecimento de padrões e tendências que poderiam permanecer obscuros à análise
humana.
Segundo o estudo Bauer et al. (2017) da McKinsey & Company intitulado "Smartening
up with artificial intelligence (AI): What’s in it for Germany and its industrial sector?", a
implementação da inteligência artificial (IA) na previsão de demanda tem apresentado
resultados impressionantes, especialmente no setor de varejo. As técnicas baseadas
em IA podem potencialmente diminuir os erros de previsão em até 50% quando
comparadas com métodos tradicionais. A pesquisa também aponta que, com o auxílio
da IA, as vendas perdidas devido à falta de produtos poderiam ser reduzidas em até
65%. Ademais, os custos associados ao transporte, armazenamento e administração
da cadeia de suprimentos poderiam sofrer uma redução significativa. O estudo sugere
ainda que a IA pode permitir reduções gerais no inventário da ordem de 20 a 50%.
Portanto, a pesquisa de Peres et al. (2020) destaca o papel crucial que a IA, e em parti-
cular os algoritmos de aprendizado de máquina, estão desempenhando na melhoria da
eficiência na indústria. Ao permitir uma utilização mais eficiente dos recursos, redu-
zindo o desperdício e identificando oportunidades de otimização, a IA está ajudando as
empresas a reduzir custos e aumentar a sustentabilidade de suas operações (PERES
et al., 2020).
4.3.3 Qualidade
A Inteligência Artificial tem sido uma força motriz significativa na melhoria da qualidade
dos produtos em várias indústrias. No Espírito Santo e em todo o Brasil, a imple-
67
no futuro.
De igual modo, segundo Moura e Kohl (2020), os principais problemas encarados pelas
indústrias no Espírito Santo são:
• Processo Automação;
• Mais Informações;
• Uso de robôs;
• Treinamento;
5 CONCLUSÃO
Vale ressaltar que durante o desenvolvimento do trabalho, foi verificado uma escassez
de trabalhos acadêmicos referentes ao de IA indústria capixaba, mas não do Brasil.
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