Aula 11

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Física Geral e

Experimental I
AULA 10 – Atrito estático e atrito dinâmico.

Professor Me. Roberto Kammers


Força de Atrito
 As forças de atrito são inevitáveis na vida diária. Caso não fôssemos
capazes de vencê-las, elas fariam parar todos os objetos que estivessem
se movendo e todos os eixos que estivessem girando. Cerca de 20% da
gasolina consumida por um automóvel é usada para compensar o atrito
das peças do motor e da transmissão.
 Por outro lado, se não houvesse atrito, não poderíamos fazer o automóvel
ir a lugar algum, nem poderíamos caminhar ou andar de bicicleta. Não
poderíamos segurar um lápis, e, mesmo que pudéssemos, não
conseguiríamos escrever. Pregos e parafusos seriam inúteis, os tecidos se
desmanchariam e os nós se desatariam.
Força de Atrito
 Três Experimentos. Neste capítulo tratamos de forças de atrito que
existem entre duas superfícies sólidas estacionárias ou que se movem
uma em relação à outra em baixa velocidade. Considere três
experimentos imaginários simples:

 1) Dê um empurrão momentâneo em um livro, fazendo-o deslizar em


uma mesa. Com o tempo, a velocidade do livro diminui até se anular.
Isso significa que o livro sofreu uma aceleração paralela à superfície da
mesa, no sentido oposto ao da velocidade. De acordo com a segunda lei
de Newton, deve ter existido uma força, paralela à superfície da mesa, de
sentido oposto ao da velocidade do livro. Essa força é uma força de
atrito.
Força de Atrito
 2) Empurre o livro horizontalmente de modo a fazê-lo se deslocar com
velocidade constante ao longo da mesa. A força que você está exercendo
pode ser a única força horizontal que age sobre o livro?

 Não, porque, se fosse assim, o livro sofreria uma aceleração. De acordo


com a segunda lei de Newton, deve existir uma segunda força, de sentido
contrário ao da força aplicada por você, mas com o mesmo módulo, que
equilibra a primeira força. Essa segunda força é uma força de atrito,
paralela à superfície da mesa.
Força de Atrito
 3) Empurre um caixote pesado paralelamente ao chão. O caixote não se
move. De acordo com a segunda lei de Newton, uma segunda força deve
estar atuando sobre o caixote para se opor à força que você está
aplicando. Essa segunda força tem o mesmo módulo que a força que você
aplicou, mas atua em sentido contrário, de forma que as duas forças se
equilibram. Essa segunda força é uma força de atrito.
 Empurre com mais força. O caixote continua parado. Isso significa que a
força de atrito pode aumentar de intensidade para continuar equilibrando
a força aplicada.
 Empurre com mais força ainda. O caixote começa a deslizar.
Evidentemente, existe uma intensidade máxima para a força de atrito.
Quando você excedeu essa intensidade máxima, o caixote começou a se
mover.
Dois tipos de atrito
 Força de atrito estático 𝑓Ԧ𝑠 :
Dois tipos de atrito
 Força de atrito estático 𝑓Ԧ𝑠 :
Dois tipos de atrito
 Força de atrito cinético 𝑓Ԧ𝑘 :
Dois tipos de atrito
 Força de atrito cinético 𝑓Ԧ𝑘 :
Dois tipos de atrito
 https://phet.colorado.edu/sims/html/friction/latest/friction_all.html?locale
=pt_BR
Propriedades do atrito
 Propriedade 1. Se o corpo não se move, a força de atrito estático 𝑓Ԧ𝑠 e a
componente de 𝐹Ԧ paralela à superfície se equilibram. As duas forças têm
módulos iguais e 𝑓Ԧ𝑠 tem o sentido oposto ao da componente de 𝐹.
Ԧ
 Propriedade 2. O módulo de 𝑓Ԧ𝑠 possui um valor máximo 𝑓𝑠,𝑚á𝑥 que é
dado por:
𝑓𝑠,𝑚á𝑥 = 𝜇𝑠 . 𝐹𝑁
em que 𝜇𝑠 é o coeficiente de atrito estático e 𝐹𝑁 é o módulo da força
normal que a superfície exerce sobre o corpo. Se o módulo da componente
de paralela à superfície excede 𝑓𝑠,𝑚á𝑥 , o corpo começa a deslizar na
superfície.
Propriedades do atrito
 Propriedade 3. Se o corpo começa a deslizar na superfície, o módulo da
força de atrito diminui rapidamente para um valor 𝑓𝑘 dado por:

𝑓𝑘 = 𝜇𝑘 . 𝐹𝑁

em que μ𝑘 é o coeficiente de atrito cinético. Daí em diante, então, durante


o deslizamento, uma força de atrito cinético surge enquanto persistir o
movimento.
 Os vetores 𝑓Ԧ𝑠 e 𝑓Ԧ𝑘 são sempre paralelos à superfície e têm o sentido
oposto ao da tendência de deslizamento; o vetor 𝐹𝑁 é perpendicular à
superfície.
Força de Atrito - Exemplo
 Força inclinada aplicada a um bloco inicialmente em repouso. A
figura mostra uma força de módulo F = 12,0 N aplicada a um bloco de
8,0 kg. A força faz um ângulo θ = 30° para baixo com a superfície em
que o bloco repousa. O coeficiente de atrito estático entre o bloco e a
superfície é 𝜇𝑠 = 0,700 e o coeficiente de atrito cinético é 𝜇𝑘 = 0,400. O
bloco começa a se mover quando a força é aplicada ou permanece em
repouso? Qual é o valor do módulo da força de atrito que age sobre o
bloco?
Força de Atrito - Exemplo
 RESOLUÇÃO NO QUADRO.
Força de Atrito - Exemplo
 Derrapagens em estradas escorregadias, horizontais e inclinadas.
Alguns vídeos curiosos da internet mostram derrapagens em estradas
escorregadias. Vamos comparar as distâncias que um carro que se move
a uma velocidade inicial de 10,0 m/s (36 km/h) percorre até parar em
uma pista horizontal seca, em uma pista horizontal coberta de gelo e (o
caso mais divertido) em uma ladeira coberta de gelo.
 (a) Que distância um carro percorre até parar em uma pista horizontal
seca (Figura) se o coeficiente de atrito cinético é 𝜇𝑘 = 0,60, um valor
típico para pneus em bom estado em uma rua asfaltada? Vamos supor
que as rodas estão travadas e que o carro está se movendo no sentido
positivo de um eixo x.
Força de Atrito - Exemplo
 (b) Qual é a distância percorrida pelo carro se a pista está coberta de
gelo e o coeficiente de atrito cinético diminui para 𝜇𝑘 = 0,10?
 (c) Vamos agora considerar o caso de um carro que esteja descendo
uma ladeira com uma inclinação de θ = 5,00° (uma inclinação suave,
muito menor que a das ladeiras de Salvador). Qual é a distância que o
carro percorre até parar?

 RESOLUÇÃO NO QUADRO.
Problemas
 Cap 6: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 9, 10, 15, 16, 19, 23, 26

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