Teoria Geral Dos Direitos Humano2
Teoria Geral Dos Direitos Humano2
Teoria Geral Dos Direitos Humano2
“Nossa maior fraqueza é desistir. O caminho mais certo para o sucesso é sempre
tentar apenas uma vez mais.” (Thomas A. Edison)
Não desista do seu sonho de ser aprovado, a caminhada é árdua mais com
persistência sua aprovação chegará.
Seja bem-vindo(a) ao material complementar.
Vamos aos estudos!
Criação da liga das nações (1919): antecessora da ONU, a liga das nações foi criada
após a 1ª guerra mundial com o escopo de garantir a paz no mundo. Sua proposta falhou
pois não foi apta a impedir a ocorrência da 2ª guerra mundial. Criação da OIT (1919): criada
após a 1ª guerra mundial com o escopo de promover a tutela dos direitos dos trabalhadores
por meio da garantia de padrões internacionais de proteção.
Com vistas a criar um sistema internacional de proteção no qual a tutela dos direitos
humanos seja o fim maior dos Estados, em 1945 é criado a Organização das Nações Unidas
(ONU), instituição internacional global para a promoção e garantia dos direitos humanos e
da paz no mundo.
Tem início assim um novo paradigma para a aplicação dos direitos humanos, por meio
de um sistema normativo de grande conteúdo axiológico, no qual a dignidade da pessoa
humana e o seu reconhecimento enquanto sujeito de direitos, passa a ser o vetor de
interpretação e aplicação do Direito. A construção de um sistema internacional marca
também a relativização da soberania dos Estados, pois através da ratificação de Tratados
Internacionais os Estados aceitam serem julgados e condenados por tribunais internacionais
de direitos humanos.
Cabe aos Estados em primeiro lugar a tutela e proteção dos direitos humanos
daqueles que se encontram sob a sua jurisdição. Diante da falha ou omissão dessa proteção
poderão ser acionados os organismos internacionais.
a) Direito do Homem: são direitos jusnaturais, que já estão com o homem pela
simples condição de ele ser homem, de ser pessoa humana, por ter nascido. Ex:
direito à vida, que é inato ao ser humano.
b) Direitos Fundamentais: direitos essenciais à dignidade humana, positivados na
ordem interna do País, previstos na Constituição dos Estados.
c) Direitos Humanos: direitos essenciais à dignidade humana, reconhecidos na
ordem jurídica internacional com previsão nos Tratados ou outros instrumentos
normativos do Direito Internacional, são direitos que transcendem a ordem interna
dos Estados.
Nesse sentido, vejamos o quadro a seguir:
DIMENSÃO: Segundo afirma a doutrina majoritária seria o termo mais adequado por
não ser estanque. E justamente pelo fato dos Direitos Humanos serem complementares,
dinâmicos e inesgotáveis, é que, a expressão dimensão seria a mais adequada.
FAMÍLIA: Com relação ao termo “famílias”, temos que este veio em um período com
o ideal de fraternidade, presente no final da II Guerra Mundial, quando o mundo havia
passado por imensas guerras e precisava se reerguer.
1º GERAÇÃO:
Marco jurídico:
Aqui, é importante que vocês entendam que são direitos subjetivos, pois são direitos
tutelados por todos os indivíduos e infligem o dever de não fazer do Estado, de cunho
negativo.
2º GERAÇÃO
Marco jurídico:
3º GERAÇÃO
São direitos difusos, direitos dos povos, direitos da humanidade. São direitos que
transcendem a noção de individualidade do sujeito criando novas categorias de tutela como
a dos direitos transindividuais. Ex: direito ao desenvolvimento, ao meio ambiente, ao
consumidor.
Marco jurídico:
4ª GERAÇÃO
5º GERAÇÃO
ATENÇÃO!
3º- Status POSITIVO: O individuo passa a ter direito de exigir do Estado uma atuação
positiva, uma obrigação de fazer. Ex: direito a saúde.
4º- Status ATIVO: O individuo passa a ter direito de influir nas decisões do Estado.
Ex: direitos políticos.
1
RAMOS, André de Carvalho. Curso de Direitos Humanos.7 ed- São Paulo: Saraiva Educação, 2020.
para nós nesse momento interessa compreender que os Estados não podem ser
responsabilizados por todos os atos, pois há parâmetros, ou seja, limitações que definem
em quais condições o Estado assume a responsabilidade no âmbito de direitos humanos.
Em tese, o Estado responde por todos os atos que violam os direitos humanos,
cometidos por representantes dos três poderes (executivo, legislativo e judiciário), e,
também, por agentes estatais, independente da função que ocupam, em todas as esferas
(União, estados, Distrito Federal e municípios).
Vale destacar que essa responsabilização é objetiva, ou seja, não precisa comprovar
a intenção em ter praticado o ato ilícito que gerou a violação de direitos humanos.
Nesse sentido, figuram como elementos para a responsabilização do Estado:
• Prática de um ato ilícito
• Imputabilidade da obrigação ao Estado
• Prejuízo causado
• Ação ou omissão contrária à norma internacional de direitos humanos
• Nexo de causalidade entre o ato ilícito e o agente causador responsável
• Dano ao direito humano da(s) vítima(s)
Pois bem, vencida essa primeira fase de classificação dos direitos humanos, vejamos
agora de maneira bem objetiva as características próprias desses direitos, eis que se trata
de um tema bem recorrente em provas de concurso.
Os direitos humanos são dotados de características próprias, capazes de distingui-
los de outros tipos de direitos, especialmente os da ordem doméstica.
São características dos Direitos Humanos:
• Relatividade
• Universalidade
• Historicidade
• Complementariedade
• Inexauribilidade
• Essencialidade
• Indisponibilidade
• Irrenunciabilidade
• Imprescritibilidade
a) RELATIVIDADE:
De acordo com STF os direitos humanos não são absolutos, sendo, portanto,
relativos. Isso porque, face ao caso concreto, eles poderão ser sopesados, flexibilizados,
manejados.
O exemplo mais clichê e mais usado, é o do direito a vida, que em situação de guerra
é relativizado em nossa constituição. No código penal, temos esse direito relativizado
quando trabalhamos com a questão do aborto.
Exceção: Contudo, temos uma exceção, e ela ocorre quando falamos em
Declaração Universal dos Direitos Humanos - DUDH. A Declaração Universal dos Direito
Humanos nos traz que 02 direitos não podem ser relativizados em hipóteses alguma,
sendo, portanto, considerados absolutos, direitos sobre os quais não haveria qualquer
possibilidade de transação, relativização, flexibilização.
São eles:
• Direito à Vedação à tortura;
• Direito à Vedação à escravidão;
Sendo assim, temos que segundo o STF: os direitos humanos não são absolutos.
Todavia quando analisarmos o tema de acordo com a DUDH, devemos mencionar
que no tocante a Vedação a escravidão e a vedação a tortura, os direitos são sim absolutos,
não podendo sofrer qualquer relativização.
b) UNIVERSALIDADE:
A universalidade consiste na atribuição desses direitos a todos os seres humanos,
não importando nenhuma outra qualidade adicional, como nacionalidade, opção política,
orientação sexual, credo, entre outras.
Com relação a esta característica, temos que os Direitos Humanos são universais por
dois motivos:
1- São oponíveis à todas as pessoas, a todo o ser humano, independente de
qualquer circunstancia ( cor, raça, etnia, nacionalidade, orientação sexual, crença
religiosa, etc).
2- O individuo que tiver seu direito violado, negligenciado em âmbito interno, poderá
recorrer a instancias internacionais para garantir a proteção destes.
c) HISTORICIDADE:
Relacionado com aspecto histórico dos Direitos Humanos. São considerados
históricos porque são frutos das manifestações ocorridas ao longo dos anos, e que são
resultado daquilo que a sociedade buscava em determinado momento.
Assim, os Direitos Humanos são frutos da demanda e transformações sociais de
cada época.
d) COMPLEMENTARIEDADE:
Os direitos humanos se complementam, eles não se iniciam e findam de acordo com
cada fase histórica, pelo contrário, direitos conquistados em determinado período é
agregado e reforçado por outro, seja ele anterior ou posterior.
e) INEXAURABILIDADE:
Os direitos humanos são inesgotáveis, eles não possuem fim, a cada dia temos a
necessidade de tutelar um direito novo, que em dado momento passa a ser essencial
e carece de proteção.
f) ESSENCIALIDADE:
Os direitos humanos são essenciais, são básicos a vida em sociedade.
g) INDISPONIBILIDADE OU INALIENABILIDADE:
Os Direitos Humanos não possuem valoração econômica.
h) IRRENUNCIABILIDADE
Os direitos humanos/fundamentais são irrenunciáveis porque não interessam apenas
ao indivíduo, ao particular, mas sim a toda a coletividade. Desse modo, aquilo que o indivíduo
faz com sua vida, não é só de interesse dele, mas de todos.
Entretanto, o STF admite renúncia excepcional e temporária a direitos que não firam
diretamente á Dignidade Humana. Exemplo: reality show.
i) IMPRESCRITIBILIDADE
Os direitos humanos/fundamentais são imprescritíveis, eles não podem sair da
esfera de proteção pelo simples não exercício de seu titular.
Nesse sentido, o direito à vida, à propriedade, à liberdade, entre outros, são
protegidos, sendo eles utilizados ou não. O titular não perderá a proteção de tais direitos se
não os utilizar.
EXERCÍCIOS:
Chegou o momento de colocar em prática o que você aprendeu sobre o conteúdo
trabalhado.
Você deverá responder as questões e ao final poderá corrigir as alternativas
identificando as respostas corretas. Espero que você faça as questões e somente ao final
faça a correção.
Lembre-se: “Treino duro, jogo fácil!”
1- Os chamados pela doutrina de “direitos fundamentais de primeira geração” estão
relacionados com a igualdade e compõem alguns direitos sociais, tais como os
direitos trabalhistas, previdenciários, econômicos e culturais, e outros vinculados à
educação e à saúde.
( ) CERTO ( ) ERRADO
2- Com base na evolução dos direitos humanos em geração, é CORRETO afirmar que
o direito à moradia é considerado de:
a) Primeira geração.
b) Segunda geração;
c) Terceira geração;
d) Quarta geração
4- A teoria das gerações dos direitos humanos foi lançada pelo jurista Karel Vasak, que,
em Conferência proferida no Instituto Internacional de Direitos Humanos de
Estrasburgo (França, 1979), classificou os direitos humanos em três gerações, cada
uma com características próprias. Posteriormente, determinados autores defenderam
a ampliação da classificação de Vasak para quatro ou até cinco gerações. A respeito
dos direitos de terceira geração, tem-se, como exemplos,
a) O direito à intimidade, à segurança e à habitação.
b) O direito à liberdade, à igualdade e à propriedade.
c) O direito à liberdade, à igualdade e à fraternidade.
d) O direito à saúde, à educação e à previdência social.
e) O direito à paz, à autodeterminação e ao meio ambiente equilibrado.
5- Em relação aos Direitos Humanos, analise as afirmativas abaixo e assinale a
alternativa correta:
I. Direitos Humanos são os direitos básicos de todos os seres vivos.
II. II. Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos.
Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em
espírito de fraternidade.
III. III. Os direitos humanos são direitos inerentes a cada pessoa por ela
simplesmente ser um humano.
9- É costume que, no âmbito da teoria geral dos direitos humanos, eles sejam
classificados em gerações ou dimensões que expressam a maneira como foram
afirmados ao longo do tempo.
A primeira e a segunda gerações ou dimensões desses direitos são, respectivamente:
a) Direito Nacional e Direito Internacional.
b) Direitos Naturais e Direitos Positivos.
c) Direitos Civis e Políticos e Direitos Econômicos e Sociais.
d) Direitos Transgeracionais e Direitos Individuais.
e) Direitos da Infância e Adolescência e Direitos dos Idosos.
RESPOSTA:
1- ERRADO.
2- Letra B.
3- Letra D.
4- Letra E.
5- Letra C.
6- Letra E.
7- Letra A.
8- Letra D.
9- Letra C.
10- Letra C.