Lima E. L. & Carvalho P. C. - Coordenadas No Plano (2005)
Lima E. L. & Carvalho P. C. - Coordenadas No Plano (2005)
Lima E. L. & Carvalho P. C. - Coordenadas No Plano (2005)
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Coordenadas no P lano
Com as soluções dos exercícios
Geom etria A nalítica, Vetores e
Transformações Geom étricas
Quinta edição
E lon L ag es L im a
Com a colaboração de
Paulo Cezar P. Carvalho
II MSBM
1 SOCIEDADE
BRASILEIRA
u DE MATEMÁTICA
COLEÇÃO TE X TO S U N IV E R SIT Ã R IO S
• Introdução à Computação Algébrica com o Maple - L.N.de Andrade
• Elementos de Aritmética - A. Hefez
• Métodos Matemáticos para a Engenharia - E.C.de Oliveira e M.Tygel
E l o n L a g e s L im a
Conteúdo
FIg. 2.1 - A seta indica o sentido de percurso sobre o eixo cuja origem é o ponto O. Os
pontos à direita de O tém coordenadas positivas; os outros, negativas.
? Yv 0ô ‘
25 Caso
X 9 Y
3 5 Caso
Indica-se com o conjunto formado pelos pares ordenados (x, y), onde
X e y são números reais.
Dados (x,y) e (x ',y ') em R^, tem-se (x, y) = {x',y') se, e somente
se, X = x' e y = y'. O número x chama-se a primeira coordenada e o
número y a segunda coordenada do par (x,y). Observe, por exemplo,
que os pares ordenados (2,3) e (3,2) são diferentes pois a primeira
coordenada de (2,3) é 2 enquanto que a primeira coordenada de (3,2) é
3. Por outro lado, os conjuntos {2,3} e {3,2} são iguais pois um objeto
pertence a um deles se, e somente se, pertence ao outro. Portanto, um par
ordenado não é a mesma coisa que um conjunto com 2 elementos. No
par ordenado (x, y) pode-se ter x = y mas se {x, y} é um conjunto com
2 elementos tem-se necessariamente x ^ y.
2 2 QUADRANTE
12quadrante
3 2 QUADRANTE
^ ^ y / i x - a , y + { y - b f = r}
p\
o\
\
d ( M , P f - ã ( M , Q f = c,
isto e:
[x -h o)^ + ~ ~ + y^] —
Simplificando, temos Aax = c, isto é, x = cfAa. Vemos que os
pontos M que satisfazem à condição dada constituem uma reta, mais
precisamente, uma perpendicular ao segmento PQ.
Enquanto o Exemplo 2 ilustra o uso de métodos algébricos para
resolver um problema geométrico, o Exemplo 3 a seguir faz exatamente
o oposto.
14 Distância entre dois pontos
I a;2 + y2 - 2rr + 2y = 2
+ y^ — 8x —6y = —16
—2x - | - l - | - y ^ - f 2 y - l - l = 2 - f l - | - l ,
ou seja,
(x - 1)^ + (y + 1)* = 2K
Da mesma forma, x^ -f y^ - 8x - 6y = - 1 6 é equivalente a
( x - 4 ) 2 - F ( y - 3 ) 2 = 32.
d = ^ ( 4 - l ) 2 + (3 -f 1)2 = v '9 +T 6 = 5.
definição geométrica.
a2 62
Distância entre dois pontos 17
2 „2
Fig. 4.6 - Hipérbole de equação ^ ^ = 1.
+ (y- I y = y^2
Distância entre dois pontos 19
x^2 + y 2^ - p y + ^ = y ^2 + py + ^P^
4 4
e finalmente í/ =
Fig. 4.8 - P ' é obtido de por uma rotação positiva de 90® e é obtido por uma rotação
negativa.
Seja f : D uma função real de uma variável real, tendo por domínio
o subconjunto D c H . Chama-se gráfico de / o conjunto G = G{ f ) dos
pontos {x, y) do plano tais que x E D e y = f{x):
G = G{ f ) = {{x,y) e R ^ ; x e D , y = f { x ] } =
= {(a :,/(x )) e R^;x G D}.
com x i < X2 < X3, nesse gráfico e mostrar que eles são colineares, isto
✓
e
d ( P ,,P 2) + d (í> 2,P 3) = d ( P „ P 3).
Ora, como X2 —x i , X3 —X2 e X3 —x \ são positivos, tem-se
d (P 2, P 3) = { x z - X 2 ) \ / l - \ - a ^ e d ( P i ,P 3) = (x3- x i ) \ / l + a^,
donde se segue imediatamente o resultado desejado.
Reciprocamente, dada uma reta não-vertical r, sua interseção com
o eixo O y é um ponto cuja ordenada chamamos 6. Fixamos um ponto
A reta como gráfico de uma função afim 25
I í. 1/0 - ^ .
axo + 6 = --------Xo + 0 = 2/0-
Xo
A reta s contém ainda o ponto (0, ò) pois / (O) = b. Como r também
contém esses 2 pontos concluimos que o gráfico de / é r pois só existe
uma reta passando por 2 pontos dados.
Tendo mostrado que uma reta não-vertical é o gráfico de uma função
afim y = a x + b, cabe indagar qual o significado geométrico dos números
a e ò.
Já vimos que 6 é a ordenada do ponto (0, b) onde a reta dada corta
o eixo vertical. Quando 6 = 0, temos a reta y = ax, que passa pela
origem.
Por sua vez, a é a variação que sofre a ordenada de um ponto sobre
a reta quando se dá um acréscimo unitário à sua abcissa: se yo = a x + b
e 2/1 = « (2^+ 1) + 6, então 2/1 - 2/o = «•
Mais geralmente, a é a razão entre o acréscimo de 2/ e o acréscimo
de X quando se passa de um ponto a outro sobre a reta; se xq 7^ x i e
2/0 = axo + 6, 2/1 = a x i + 6 então (2/1 - 2/0) / (a^i - a:o) = «•
26 A reta como gráfico de uma função afim
Isto significa que o Imposto de Renda a pagar é uma função afim por
partes da renda líquida x, expressa por
r 0, se x < 328.623
y = \ Q , \ x - 32.862, se 328.623 < x < 1.095.408
l 0 , 25x - 197.173, se x > 1.095.408
As alíquotas em cada faixa de renda representam o imposto de renda
adicional a ser pago por cada cruzeiro a mais de renda dentro da faixa.
O espírito da regra de taxação é o seguinte: rendas até 328.623 não
pagam imposto; importâncias em excesso de 328.623 mas inferiores a
1.095.408 são taxadas em 10% da parcela que exceder 328.623; final
mente, se a renda ultrapassar 1.095.408, além dos 10% devidos sobre a
diferença 1.095.408 —328.623, são cobrados mais 25% do que exceder
1.095.408.
Graficamente, a regra de taxação é representada na figura 6.3.
A equação do 1- trecho (para x < 328.623) é y = 0. 0 2 - trecho
(para 328.623 < x < 1.095.408) é um segmento de reta passando por
A = (328.623,0) e de inclinação 0, 1; logo, sua equação é
y = 0 + 0,1 ( x - 328.623);
isto é,
y = 0, I x - 32.862,30,
o que explica a parcela a deduzir da 2—faixa. Finalmente, o 3- trecho
tem inclinação 0,25 e passa pelo ponto B , cujas coordenadas são
X = 1.095.408 e
OU seja,
y = 0,25^-197.173,50,
o que explica a parcela a deduzir da 3^ faixa.
7 . R etas p aralelas
paralelas.
Reciprocamente, se as retas y = ax + b c y = cíx + V são para
lelas, em primeiro lugar deve-se ter b ^ b' pois do contrário elas teriam
em comum o ponto de abcissa zero. Além disso, deve-se ser a = a!
pois, se fosse a ^ a', a equação a x + b = a'x -f b' teria a raiz xq =
(6' — b )/[a — a'). Então, pondo j/o = + b, teríamos também
t/o = o! xq -f- y , logo as duas retas teriam em comum o ponto (xqj 2/o)-
8 . Paralela a uma reta, por um ponto dado
Fig. 8.1 - A reta y = yp + a(x - Xq ) passa pelo ponto (xq , yo ) e tem inclinação a,
logo é paralela à reta y = ax + b.
Observação: Se a reta dada for vertical, sua paralela passando pelo ponto
(ajQ, 2/o) também é vertical e tem equação x = xq.
Exemplo 2. A paralela à reta y = 2x + 5 passando pelo ponto (3,4)
tem por equação t/ = 4 -f- 2(x —3), ou seja, y = 2x — 2.
9 . R eta que passa por dois pontos dados
Outro princípio básico da Geometria Euclidiana diz que por dois pontos
dados no plano passa uma, e somente uma, reta.
Sejam P i = (x i,j/i) e P 2 = (2^2Ȓ/2) esses pontos. Se x i = X2 ,
a reta que une esses dois pontos é vertical e tem equação x = x i (ou
X = X 2 ).
Suponhamos então x i ^ X2 . A reta procurada tem inclinação
a = y 2 -y i
X2 - Xi
e passa pelo ponto {xi^yi). Como se viu acima, sua equação é
J/2 - y i [ x - x i ] + y i .
y = ( 1)
X2 - X i
Dada uma função <p:D —*■ R de duas variáveis reais, diz-se que
o ponto P q = (20, yo) tem nível c (relativamente à função (p) quando
Linhas de nível 39
y / l - x ^ - y ^ = c,
isto e.
-I- y^ = 1
A “linha” de nível 1 da função <p degenera-se, ficando reduzida a um só
ponto: a origem. Para níveis c fora do intervalo [0, l] a linha de nível
40 Linhas de nível
D = D q x R = {(2;, y) e R^; x e D q, y G
pondo
(f{x,y) = y - f{x).
Vê-se imediatamente que o gráfico de / é a linha de nível zero de (p
e que as demais linhas de nível de p são “paralelas” ao gráfico de
/ . Mais precisamente, a linha de nível c áe p é o gráfico da função
g{x) = f{x ) + c.
FIg. 12.1 • As linhas de nível da funçfio linear <p{x, y ) = x - \ - 2 y sfio retas paralelas, todas
elas perpendiculares à reta y = 2 z , que passa pela origem e contêm o ponto ( 1 , 2 ) .
pode ser feita simplesmente testando se um dado ponto ( x q , j/q) não per
tencente à reta satisfaz à inequação. É comum, sempre que possível,
empregar a origem para esta finalidade. No exemplo da figura 13.1 (em
que a, 6 e c são positivos) teríamos ^ (0 ,0 ) = 0 < c, o que indica que
as soluções dc a x + by < c estão no semi-plano que contém a origem.
Consideremos, agora, sistemas de desigualdades lineares, da forma
a ix + b iy < Cl
ã2X + b2y < C2
soluções do sistema
/ X- y < 0
2x + y > 4
X >0
Ky>Q
Note que a desigualdade y > 0 é redundante: poderia ter sido remo
vida do sistema sem alterar o conjunto de soluções.
Sistemas de desigualdades lineares são muitas vezes empregados para
modelar (isto é, traduzir matematicamente) situações práticas.
De especial interesse são os problemas em que se deseja selecio
nar, entre as soluções de um sistema de desigualdades lineares, aquelas
que maximizam uma certa função linear. Problemas de enorme interesse
prático podem ser expressos nesta forma. O estudo de técnicas eficientes
para resolver tais problemas (que podem, na prática, envolver milhares de
variáveis e inequações) é o objeto de estudo da Programação Linear.
O exemplo a seguir é um problema de Programação Linear. Conve
nientemente, o problema envolve apenas duas variáveis, o que nos permite
resolvê-lo usando os gráficos de desigualdades lineares vistos nesta seção.
Exemplo. Uma fábrica de rações para animais produz rações de dois
tipos, para cães e para gatos, obtidos mediante a mistura de três ingre
dientes básicos: carne desidratada, farinha de milho e farinha de soja. A
tabela abaixo indica as quantidades de ingredientes em um pacote de cada
tipo de ração
Ração para Carne desidr. f. de milho f. de soja
Cães 3kg Ikg Ikg
Gatos 2kg 2kg —
Prova de que (2) =>• (3). Suponhamos que a 6' —6o' = 0. Há 3 casos
a considerar. Primeiro caso: o ^ 0 e 6 7^ 0. Então de 06' - 60' = 0
segue-se o'/ a = h'/b. Chamando k este quociente, temos a* = k • a t
y = k b. Segundo caso: o = 0, 6 7^ 0. Então 06' = 0, logo ba! = 0
e daí o' = 0, logo 6' 7^ 0. Tomamos k = b'fb c temos a' = k • a,
y = k 'b . Terceiro caso: o 7^=0,6 = 0. (Mesmo argumento do segundo
caso.)
Prova de que (3) =► (1). De a' = k ■a e y = k - b concluimos que
k ^ 0 e daí se vê que
a x + by = 0 <=> k a x k - b y = 0 •<=>►o'a; -H 6'y = 0
portanto as linhas de nível zero das funções lineares <p e i}) coincidem.,
Como as demais linhas de nível são paralelas a esta, segue-se que uma
linha de nível de (p e outra de ou são paralelas ou coincidem.
Corolário 1. As retas a x + by = c e a’x -1- 6'y = c' coincidem se, e
somente se, existe k tal que a' = k ■a, y = k • b e c' = k c.
Se as retas dadas coincidem, segue-se do Teorema 1 que existe k ^ 0
tal que a' = k • a e b' = k • b. Além disso, tomando um ponto (rro, t/o)
nessa reta, temos
c' = a'xo -I- 6' 1/0 = kaxo + kbyo = k{axo -I- byo) = kc,
portanto d = k ’ c. A recíproca é evidente.
Corolário 2. As retas a x + by = c e a‘x -t- 6'y = c' são paralelas se,
e somente se, existe k ^ O tal que a! = k • a, y = k - b e d k ' c.
Se as retas dadas são paralelas, pelo Teorema 1 podemos achar A: 7^ 0
tal que a' = k a e b' = k-b. Além disso, se tomarmos um ponto (2:0, yo)
na reta oa: -f 6y = c, ele não estará na reta a 'x -f- 6'y = d. Portanto
d ^ a'xQ -f 6'yo = kaxQ + kbyo = k{axo + byo) = k - c,
ou seja, d ^ k ' c. A recíproca é evidente.
Outras formulações desses corolários são:
Corolário 1'. As retas a x -^ b y = c e a!x -f 6'y = d coincidem se, e
somente se, ab' — ba' = a d — ca' = bd — c6' = 0.
Corolário 2'. As retas a x + by = c e a 'x + b'y = d são paralelas se,
e somente se, ab' - ba' = 0 mas a d — ca' ^ 0 e bd — cb' 0.
Retas paralelas e retas coincidentes 51
ax+by=c'
d ( P i ,P 2) = ^ { x i - =
Distância de um ponto a uma reta 53
a x i + — x i = c e aa;2 H-----^2 = c •
CL CL
OU seja
(ari - 2:2) = c —c
a
donde
\c — c
k l - X2\ = o . 1,2
.A • |a|.
d ( P i ,P 2) =
y/a^ + 6^
Esta é a expressão da distância entre as retas a x + b y = c e a x + b y = cf.
Sabemos que a equação ax-\-b y = c não é a única a exprimir uma
dada reta r como linha de nível de uma função linear, pois os coeficientes
a, 6 e c podem ser multiplicados pela mesma constante k. Entretanto,
escolhendo k de forma adequada, podemos (se for conveniente) sempre
supor que a^ + b^ = 1. Por exemplo, a reta 3a;+4y = 10 é a mesma que
(3/5)ar+ (4/5)y = 2, e agora (3/5)^ + (4/5)^ = 1. (O truque é dividir
os coeficientes a, 6 e c por + b^.) Quando se tem + 6^ = 1, a
fórmula anterior diz que a distância entre as linhas de nível a x + by = c
e a x + by = c* é simplesmente |c —c'|.
A distância do ponto P = (xo,yo) à reta a x + by = c obtém-se
como caso particular da fórmula anterior, simplesmente observando que
P está no nível üxq -F byo da função (p[x,y) = a x + by. A distância
do ponto P à reta r cuja equação é ax + by = c é, portanto, a distância
entre as linhas de nível c e c' = axQ -t- byo, ou seja:
\axQ + byo - c\
d (P ,r) =
y/a"^ + b“
^
54 Distância de um ponto a uma reta
seguintes equações:
a x + hy - c _ a’x + b*y - c'
v/a^ + 6^ + (6')^
ou
a x + by - c a 'x + 6'y —c'
V ^IT T ¥ V W + W ‘
Cada uma destas 2 equações representa uma das retas bissetrizes.
Como sabemos, não há perda de generalidade em admitir que +
6^ = [a')^ + (6^)^ = 1. Então as equações das bissetrizes assumem o
aspecto mais simples:
(a —a*)x + (6 —b*)y = c — c'
(a + a ')x + (6 + b‘)y = c - c'.
Vê-se que
{a —a ')[a + a ‘) + {b—b'){b+b') = —{a')^ + b^ —{b')^ = 1 —1 = 0.
Portanto as duas bissetrizes são perpendiculares. Isto comprova al-
gebricamente um resultado conhecido da Geometria Elementar.
1 6 • Sistemas lineares com duas incógnitas
Fíg. 16.1 - As três possibilidades para um sistema de duas equações com duas incógnitas,
visto geometricamente.
í a • m + a'n — a"
6 • m -1- tín = tí'
possui uma solução única (m, n). A questão agora é saber se temos
também c" = c-m -\- c' -n (com estes mesmos m e n). Se esta condição
for satisfeita, uma substituição direta, no sistema (T), de a" por am+a*n,
hf por bm + b'n e c'^ por cm + c'n. mostra que toda solução (x, y) das
duas primeiras equações é também solução da terceira.
Fig. 16.2
então
= a ” aro + f>"yo = (otn + a'n)xQ + {bm + b^n)yo =
= {axo + byo)m + (a'aro + b'yo)n = cm + c'n.
í a x -\-b y = c
a!X -|- 6'y = c',
o sistema obtido substituindo a segunda equação por m vezes a 1- mais
n vezes a 2—(onde n ^ G )
a x-\-b y = c
[am -|- a^n)x + [bm + b*n)y = cm -f- c'n
é equivalente ao sistema original.
(Se m c n são escolhidos de modo que am -f a*n seja igual a zero,
o segundo sistema poderá ter sua solução obtida de forma trivial, já que
a segunda equação determina o valor de y.)
De fato, dada uma solução (xq, j/o) do sistema original, ela satisfaz
ambas as equações do sistema modificado: a primeira equação já ocorria
no sistema original, enquanto na segunda equação temos
(am -f <^n)xQ -f- [bm 4- b'n)yQ =
= m (axo -I- byo) n[a'xo b'yo =
= cm -h c'n.
Reciprocamente, toda solução do sistema modificado é também so
lução do sistema original, já que a 2 - equação do sistema original pode
ser obtida multiplicando a 2^ equação do sistema modificado por l / n e
subtraindo a 1- equação multiplicada por m jn .
Geometricamente, a passagem do sistema original para o modificado
significa substituir uma das retas por uma outra, mantendo o conjunto-
solução. No caso de um sistema correspondente a duas retas concorrentes,
uma das retas é substituída por outra, ainda contendo o ponto de interseção
original.
Exemplo 1. Ao resolver o sistema
2x + y = A
í 3 r r - y = 1,
poderiamos substituir a 2—equação pela soma dela com a 1—, obtendo
í 2x -f j/ = 4
l5 z = 5
Em termos geométricos, isto equivale à transformação representada
na figura 16.3. Note que o ponto de interseção é mantido.
x = y ^ g { t)
permitem associar a cada valor de f no intervalo I o ponto (aj, y) =
(/(< ),y (í)) do plano. Imaginando t como o tempo, essas equações des
crevem o movimento de um ponto no plano: em cada instante t o ponto
ocupa uma posição bem determinada {x,y).
O conjunto L de todos os pontos obtido quando t per
corre o intervalo I, é uma linha plana, chamada a trajetória do movimento.
As equações x — f { t ) , y = g{t) são equações paramétricas da linha L.
Movimentos diferentes podem ter a mesma trajetória, pois o mesmo ca
minho pode ser percorrido de maneiras diversas.
Exemplo 1. As equações paramétricas x = cos í, y = sen í, 0 < í < tt,
descrevem o semi-círculo superior de centro na origem e raio igual a
1. (Veja Fig. 5.1) A trajetória do movimento definido pelas equações
X = cos TTÍ^, y = sen —1 < < < 1, é também o mesmo semi-círculo,
porém agora percorrido de modo bem diferente. No primeiro caso, quando
í vai de 0 a 7To ponto (cos í, sení) descreve o semi-círculo no sentido
positivo, passando uma só vez por cada ponto. No segundo caso, quando
< vai de —1 até 0, o valor ttí^ decresce continuamente de tt a 0, logo
o ponto (cos7TÍ^,sen7rí^) descreve o semi-círculo no sentido negativo,
passando por cada ponto uma só vez. Mas se t prosseguir crescendo
de 0 a 1, vemos que cresce de 0 a tt e o ponto (cos7r<^,sen7rí^)
percorre de volta seu caminho inicial, passando novamente pelos mesmos
pontos, até acabar onde começou, no ponto (-1 ,0 ). Assim as equações
paramétricas x = cos í, y = sení, 0 < í < tt definem a mesma trajetória
que as equações x = costtí^, y = senvrí^, - 1 < í < 1, porém os dois
movimentos são bastante diferentes.
O movimento mais simples e natural cuja trajetória é uma linha reta
Equações paramétrlcas 63
y = 6+ - ( x - a ),
c
portanto as equações paramétricas x = a + ct, y = b + dt, t & R,
descrevem a linha reta que passa pelo ponto (a, 6) (no instante í = 0) e
tem inclinação djc. Se quisermos que nossa caracterização inclua também
o caso c = 0, diremos que esta é a paralela tirada pelo ponto (a, b) à reta
que passa pela origem e contém o ponto (c, d).
X = Xi + t(x2 - Xi) = (1 - t ) x i + t X2
X = X 2 + t { x i - X2 ) = (1 - t]x2 + tXi
y = y 2 + t[y 2 - y \) = (i - t)y 2 + t y u
1 -P 2t
e são dadas por x =
Para í = 0, as expressões fornecem x = l e y = 0, o que são as
coordenadas de B . Desta forma, os pontos P = (a;,y), com
l-í2
X =
i + t^ t e R
2t
y=
são as extremidades das cordas conduzidas por A à circunferência unitária.
66 Equações paramétricas
A.
í:
^ X = COS(
y = sen 6 ,
0 < 6 < 2 jt
7.5 Prove que se as retas r c s não forem paralelas então, por maior que
seja o número real positivo c, existem pontos (rr, j/) em r e (rc, y') em s,
com a mesma abcissa x, tais que \y — y'\ > c.
8.1 Em que ponto corta o eixo das abcissas a paralela à reta y = a x
tirada pelo ponto (6,6)? (Suponha a ^ 1.)
8.2 Dado o triângulo A B C , com A = (1,2), B = (—1,3) c C =
(0,4), determine a equação da reta paralela à base B C que passa pelo
ponto A.
8.3 Qual a equação da paralela à reta y = —x que passa pelo ponto
(3,3)?
8.4 Dados os pontos A = (1,3), B = (3,5) e C = (2,6), determine
a equação da reta paralela a B C que passa pelo ponto D = (3 /2 ,9 /2 ).
Qual o ponto E de interseção dessa paralela com a reta A B l
9.1 Dados os pontos A — (—2,1), B = (—1,3) e C = (3,2), que
condições devem cumprir x e y para que o ponto P = (x, y) esteja no
interior do ângulo B A C l
9.2 Com os dados do exercício anterior, que condições asseguram que o
quadrilátero A B P C seja convexo?
9.3 Sejam A = {5,6) e B — (8,9). Em que ponto a reta A B corta o
eixo das abcissas?
9.4 Dados os pontos .<4 = (7,8) e .B = (15,16), diga se o ponto
C = (9 /2 ,5 ) está no interior, no exterior ou sobre o bordo do triângulo
O A B . Mesma questão para o ponto D = (10,11).
9.5 Sejam A = (1,3), B = (2,5), C = (3,4) e i? = (6,4). Qual
dos dois segmentos de reta A B c C D forma maior ângulo com o eixo
horizontal?
9.6 Sejam A = (x i,y i), B = (x2,y2), C = (x3,ya), D = (x4,y4)
pontos do plano com abcissas todas diferentes. Escreva X21 = X2 —xi,
í/21 = í/2 — í/i etc. Prove que os segmentos de reta A B t C D são
colineares se, e somente se, X32X43y2i = X43-X32-y2i = a:43-y32-X2i =
y43 ■X32 ■X21
0.7 Com a notação do exercício anterior, prove que os segmentos AB e
CD são paralelos se, e somente se, X43 •j/21 = 2/43 •^ 2 1 j/32 •X21 ^
^Z2 • 2/21-
9.8 Chama-se tangente a uma parábola a reta que não é paralela ao eixo
e que tem apenas um ponto em comum com essa curva. Mostre que a
tangente à parábola y = ax^ passando pelo ponto P = (xojOXq) ® ^
reta que liga esse ponto ao ponto Q = (0, - o^ q).
10.1 Dados A = (x i,y i), B = (x2,j/2) e P = (a;o)2/o). escreva a
equação da reta que passa pelo ponto P t é perpendicular a A B .
10.2 O simétrico do ponto P = (x,y) em relação à reta y = a x
é o ponto P ' = (x*,y') tal que essa reta é a mediatriz do segmento
P P ‘. Exprima a condição para que a reta y = ax seja perpendicular ao
segmento PP' e, em seguida, a condição para que o ponto médio de P P ‘
esteja sobre essa reta. Use essas duas equações para obter as coordenadas
a/, y' do ponto P ' em termos de a, a; e y.
10.3 Seja S uma semi-circunferência de raio r e extremidades A e
B. Escolha um sistema de eixos adequado, tome um ponto arbitrário
P = (x, y) sobre S e verifique que os segmentos AP e P B são perpen
diculares, logo o ângulo A P B é reto.
10.4 Para provar, usando .Geometria Analítica, que as três alturas de um
triângulo ABC se encontram no mesmo ponto, chamado o ortocentro
do triângulo, tome um sistema de eixos ortogonais onde A = (a,0 ),
P = (6,0) e C = (0,c). Uma das alturas de ABC é o eixo OY.
Obtenha as equações das outras alturas e mostre que elas passam pelo
mesmo ponto de OY. Determine a ordenada desse ponto.
10.5 Ache os comprimentos das alturas do triângulo A B C , onde A =
( 2 ,0 ) ,P = ( 3 ,5 ) e C = ( - l,2 ) .
10.6 Dados os pontos A = (a, 6) e P = ( - 0 , -6 ), determine as coord^
nadas do ponto P = (x, y) de modo que o triângulo A BP seja e q u ilát^ .
[Há duas soluções, (x,y) e ( - x , - y ) . Para obtê-las, observe que y =
- a x jb , e escreva explicitamente a igualdade d (P , A )^ = d (A ,P )^ .]
10.7 Dados dois pontos quaisquer A = (a,6) e P = (c,d), determine
as coordenadas do ponto P = (x,y) de modo que o triângulo A B P
Exercidos da Primeira Parle 75
13.10 Defina cada uma das regiões do plano descritas a seguir por meio
de uma desigualdade ou de um sistema de desigualdades.
a) O semi-plano abaixo da reta 2x + 3t/ —6 = 0;
b) A região que consiste do interior e dos lados do triângulo de vértices
(0,0), (3,3) e (4,0);
c) A porção do interior da circunferência de centro (1,0) e reaio 1
situada acima do eixo y.
14.1 Use as condições dos Corolários 1, 1', 2 e 2' para mostrar que as
retas definidas pelas equações à esquerda são paralelas enquanto que as
retas definidas pelas equações à direita coincidem:
5x + 2y = 3 2x - 3y = 1
—15x —6y = 9 lOx —15y = 5
16.4 Mostre que, se al/ - ba* 7^= 0, qualquer reta do plano que passa
pelo ponto de interseção das retas a x + by = c com a*x + b'y = c‘
pertence ao feixe
m {a x + 6j/ - c) + n {a'x + b*y - c') = 0
são equipolentes.
u + v = {a+ +
O S = O P + OQ = u + v.
d ( X ,B ') = |A |- d ( X ,B )
reais A,
Comutatividade : U + V = V u
Associatividades : (u + u) + lü = u + (u + tu),
(A/x) • V = A • (/z • v).
Elementos neutros v + 0 = v , l ' V — V.
Inverso aditivo : V + (-v ) = 0
Distributividades : {X + (i) • V = X • V fj, • V,
A(w + v) = A- 'u + A- 'i;
Anulamento do produto : 0 • v = 0.
Esta última igualdade, a rigor, não pode ser provada pois na definição
de A • u que demos acima não foi incluído o caso A = 0. Assim, a
afirmação de que 0 • u = 0 é uma definição: o produto do número zero
por qualquer vetor v é, por definição, igual ao vetor nulo. Note que, em
0 • u = 0, o símbolo 0 no primeiro membro representa o número zero e,
no segundo membro, o vetor zero.
Para exemplificar, mostremos como se prova que
{ u v ) + w = u + [v + w) e que A(u + u) = Aw + Xv.
Sejam u = (a^/3), v = ew = Então
(w + v) + lü = ((a + a') + tt", (/3 +
= ( a + (a' + + (/?' +
= u + (v + w ).
|V| = \ÕP\ = ^ ^ « 2 + ^ 2 .
{ 0 ,v ) = 0
(v,v) = 0 =>■ V = 0,
para quaisquer vetores u ,v ,w t qualquer A G R.
o produto interno de dois vetores 95
co sa = a fy já ^ + /?2,
sen a = PfyJc^~+~^,
sen 6 = f \j o P ‘ +
Fig. 19.5 - As coordenadas do vetor u no sistema antigo eram e no sistema novo são
( 7 , S).
Talvez seja útil chamar a atenção para um tipo de mudança de eixos,
depois da qual as coordenadas dos pontos se alteram mas as coordenadas
dos vetores não mudam.
São as translações de eixos, que consistem em substituir os eixos
O X e O Y por eixos O ^X‘ e 0 ' Y ‘, paralelos e de mesmo sentido que
os originais. Então, se o ponto O' tem coordenadas (a, 6) no sistema
O X Y , um ponto de coordenadas (a:, y) no sistema original passa á ter
coordenadas [x - a ,y - b) no novo sistema. O vetor v = A B , com
A = {x^y), B = no sistema O X Y , tem coordenadas x' —x e
y' - y. No novo sistema, as coordenadas de v são (x' —a) — (x - a) e
(y' —a) —(y —a), isto é, continuam iguais a x' —x e y' —y.
Exemplo 2. Vimos no Exemplo 7, Seção 4, que a rotação positiva de 90°
em tomo da origem leva o ponto P = (x, y) no ponto P* = (—y, x).
Portanto, se o vetor v tem coordenadas o vetor v* = {—fi, o:), é
o produto Interno de dois vetores 101
Fig. 20.1 - Tentando definir a soma A + B, vemos que ela depende da escolha da origem
O.
Por outro lado, a diferença B —A entre 2 pontos A, B pode ser de
finida como o vetor A B . Pondo B — A = A B , resgatamos a concepção
original de Burali-Fòrti e Marcolongo, pioneiros do Cálculo Vetorial, no
início do século 20, segundo os quais um vetor é a diferença entre dois
pontos. Resgatamos também o significado da palavra “vetor”: o condutor
ou transportador. (Do Latim vehere = transportar.) Com efeito, a igual
Combinações afins 103
A - A + / x - B = A + /x -AB se A + /x = 1.
Chega-se a esta definição manipulando formalmente a expressão A
A + fi- B , levando em conta que A = 1 — Então
A + A B = C, onde A C = /x • A B .
(l —í) A -p t B = A -f" í • A B ^
combinação afim de A e percorre a reta determinada por estes 2 pontos.
Se forem dados o ponto A e o vetor v 7^ 0, a reta que passa por A
e é paralela a (qualquer segmento de reta que represente) v é o conjunto
104 Combinações afins
à{P{t),A)=t-d{A,B) e d ( P ( í) ,B ) = ( l - í ) - d ( A , S )
como se vê facilmente. Segue-se que
M J’WI t
------- ► 1_ /’
P = \ a + \ b -^);C .
3 3 3
Sejam
M ab = \ a +\ b, M bc = \ b +\ c, M ac = \ a ^ -\c
pontos médios dos lados do triângulo A B C . Os segmentos A M ^ q ,
OS
^ A + - B + -C
3 ^ + -3 iV2
Analogamente se vê que
p = \ b ^ \ m ^c P = \c + I ^ ab -
Portanto o baricentro P está sobre as 3 medianas e divide cada uma delas
na razão 2:1.
Se omitirmos a restrição de que os coeficientes i/ sejam não-
negativos, as combinações afins X - A - \ - f i - B - \ - i / - C de três pontos
não-colineares A , B e C cobrem todos os pontos do plano, não apenas
os do triângulo A B C .
108 Combinações afins
P = A-\- f i ' A B + 1/ •
com A = 1 — (/i + i'), ou ainda, a
A P = II • A B + u • A C .
A P = II • A B + u ’ A C .
21 • Projeção ortogonal de um vetor
FIg. 22.1 • O paralelogramo construído sobre os vetores v , w tem área Igual a | w — w ' | ■| v|.
(área A B D C )^ = liypivp -
Mas = (w,v)^ • |t;p /|u |^ , logo = {w^v)^.
Concluímos então que
(área A B D C )^ = |v|^|tüp - (*)
Um quadro como
(; 5)
112 Áreas do paralelogramo e do triângulo
chama-se a matriz cujas linhas são (o,c) e {b,d) e cujas colunas são
(a, 6) e (c, d). O número ad - hc chama-se o determinante desta matriz;
ele é representado por
a c
b d
O
Portanto, na notação de determinantes, como \v\ = (v,v) e
|ií;|^ = (w,w), a fórmula (*) escreve-se:
(v,v) {v,w)
(área A B D C )^ =
(v,w) {w,w)
Segue-se desta fórmula que
■u ml — {v^w)^ > 0
quaisquer que sejam os vetores v t w. Esta desigualdade, que também
se escreve como |(v,w )| < |v| • |w|, chama-se desigualdade de Cauchy-
Schwarz. Ela também se prova facilmente a partir da igualdade
(u,v) = |u| • |u |cosO.
Sejam v = (a,/?) e tu = ( 7 ,í ) as coordenadas dos vetores v e
w em termos de um sistema de eixos ortogonais O X Y fixado no plano.
Então, pela fórmula (*), temos:
(área de A B D C ]^ = {a^ -f- + 5^) — (0:7 -l- P ô y .
Um cálculo muito simples mostra que o segundo membro da igual
dade acima é igual a (a^ — portanto
a 7
área de A B D C = ± {a 6 - = ±
6
O determinante A = da matriz cujas colunas são os vetores
t; e tu, nesta ordem, pode ser positivo ou negativo. (Pode também ser zero,
mas somente quando u e tu são múltiplos um do outro.) O valor absoluto
deste determinante é, portanto, igual à área do paralelogramo A B D C .
Mas seu sinal também tem um significado geométrico, que examinaremos
agora. Supondo a ^ O , podemos escrever:
Áreas do paralelogramo e do triângulo 113
Fig. 22.2 - Nas posições acima, o determinante cujas colunas são os vetores v e w, nesta
ordem, é positivo.
Fig. 22.3 - Nas posições acima, o determinante cujas colunas são t; e u;i ou t; e W2, nesta
ordem, é sempre positivo.
extremidade do vetor
A área deste retângulo é igual à sua base |o:| vezes sua altura -----7],
logo é igual a | q:Í —y37|, como queríamos demonstrar.
Consideremos, a seguir, o triângulo com os vértices A = (aro,yo).
B = [ x i , yi ) , C = (x2,2/2). a área do triângulo A B C é a metade da
área do paralelogramo A B D C . Portanto
área ABC = ± -
X\ Xq Ví-yo
Zá X2 - Xq y2-yo
o sinal + ou —deve ser escolhido de modo que a área seja positiva
(ou zero, se os pontos A , B e C forem colineares). O sinal do determi
nante será positivo se, e somente se, o sentido de rotação de A B para
A C (mantendo A fixo) for o sentido positivo do sistema O X Y , isto é,
aquele da rotação de 90° que leva O X em O Y .
A área do triângulo A B C pode ser fornecida por uma fórmula que
trata as coordenadas de A, .B e C de maneira mais simétrica, se introdu
zirmos o símbolo
Xq X\ X2
= XQyi + X iy2 + X2yo - a;iyo - X2yi - XQy2,
yo yi y2
onde se tomam positivamente os produtos dos termos das diagonais des
cendentes e negativamente os das diagonais ascendentes nas figuras abaixo:
Xq X i^ X 2 Xq
+
yo yi y2 yo yo yi y2 yo
(O P ,e i) = x (e i,e i)-|-y (e 2 ,e i) = X e { O P , e 2 ) = y.
Portanto as coordenadas de um ponto P num sistema de eixos ortogo
nais O X Y são os produtos internos do vetor O P pelos vetores unitários
dos eixos:
x = ( O P , e i ) e y = {OP, € 2 ).
Seja agora 0 ‘X 'Y ' outro sistema de eixos ortogonais no plano. Cha
memos de f i e /2 respectivamente os vetores unitários de 0 ' X ' e 0 ' Y ‘.
Sejam ainda (a, 6) as coordenadas do ponto O' no sistema O X Y e a o
ângulo de que é preciso girar o eixo O X (no sentido positivo, isto é, que
vai de O X para O Y ) para coincidir com 0 'X '. Então o: é o ângulo de
Cl para / i . Portanto
/i = COS a • ei -h sen o: • C2-
Temos também
118 Mudança de coordenadas
Segue-se que
ou seja,
= {x — a) CO S a + [y — b) sen a.
Quanto a y', há 2 possibilidades. Pela nossa definição, a é o ângulo
do vetor unitário ci para o vetor f \ . Como eiJLc2 e / i ± / 2, o ângulo de
62 para /2 pode ser a ou pode ser 180° -f a.
No primeiro caso, o sistema 0 'X 'Y ' se obtém de O X Y pela trans-
lação que leva O em O' (e desloca O X e O Y paralelamente), seguida
de uma rotação de ângulo a. Diz-se então que os sistemas 0 ' X ' Y ‘ e
O X Y são igualmente orientados, ou têm a mesma orientação.
No segundo caso, obtém-se 0 ' X ' Y ' a partir de O X Y por meio da
translação que leva O em O', seguida da rotação de ângulo a e, depois,
de uma reflexão em torno do eixo O^X'. Então os sistemas O X Y e
0 ' X ' Y ' têm orientações opostas.
(0)
Fig. 23.3 - No caso (a ), a mudança de eixos se faz por uma translação seguida de rotação.
No caso ( 6), acrescenta-se uma reflexão.
/2 = —sen a - 6 1 + cos a - 62 .
120 Mudança de coordenadas
y> = (O ^ P .h ) =
= {{x — a)ei -|- (y —6) c2 ,- s e n a • Cl -|-c o s a -62)
= - [ x - a] sen a -f (y - 6) cos a
ou:
I x' = ( x - a) cos a -|- (y - 6) sen a
y' = - (x - a) sen a -f- (y - 6) cos a ( 1)
sen^ a + cos^ a = 1,
122 Mudança de coordenadaa
obtemos
x = x' COSa —y* sen a -\- a.
Procedendo de forma análoga, invertemos o sistema (2) e chegamos fi
nalmente com as equações:
OU seja
X'f2 12
+ ^ - + 4x'y' + 2y'^ = 4
e finalmente
5x^2 9y'2 , ,
+ 4 - + 3x'y' = 4
2 ' 2 '
{ A B ,C D ) + (A C ,D B ) + { A D ,B C ) = 0 .
Suponha, em seguida, que D seja o ponto de encontro das alturas do
triângulo A B C que partem dos vértices B o C ,á t modo que A B 1 .C D
e A C L D B . Deduza que A D é perpendicular a B C e conclua daí que
as três alturas do triângulo A B C se encontram no mesmo ponto D.
20.1 Sejam A, B , C pontos do plano e a , /? números reais, com
a P = 1. Prove que as seguintes afirmações são equivalentes:
(a) C = a A + P B \
(b) Para todo ponto O do plano, tem-se O C = a - O Á + /? • O B .
(c) Para algum ponto P do plano tem-se P C = a. • P A -f /? • P B
(d) Ã C = /3 Ã B
20.2 Se a A -f /3B = C t a A i -f ^ B i = C i, com a + /3 = 1, prove
-----> ----- ► -----►
que se tem a • A A i + p • B B i = C C i
20.3 Se os segmentos de reta A B * e A \ B \ são obtidos respectivamente
dos segmentos A B e A \ B i por rotação positiva de 90° e é dado o
número t, com 0 < í < 1, prove que, pondo ^Iq = (1 - í)A -|- tA \,
P q = (1 - + tB \ e B q = (1 - t)B * -f íB j, o segmento A qB ^ ó
obtido de A qB q por rotação positiva de 90*.
20.4 Um subconjunto X do plano chama-se convexo quando o segmento
de reta que liga dois pontos quaisquer de X está contido em X . Noutras
palavras, X é convexo quando para quaisquer P.,Q £ X t t Çl [O, 1]
tem-se [\ —i)P -\-tQ Ç :X . Prove: O disco D de centro num ponto A e
raio r é um conjunto convexo. (Por definição, D é formado pelos pontos
P tais que |A P | < r.)
20.5 A interseção X C\Y át dois conjuntos convexos X e F é um
conjunto convexo.
20.6 Seja X convexo. Se x, y , 2 e X e o:, 7 são números > 0 com
a -f -f 7 = 1 então a x -f- /?y -h 72 € X .
128 Exercícios da Segunda Parte
= ( 5 / 2 ) q!-HC o2.
Efetuando as multiplicações e simplificando, mostre que {B ')‘^ —4 A 'C ‘ =
B ^ — 4A C . Portanto o discriminante A = B ^ — 4 A C permanece inva-
riante por rotação em tomo da origem.
23.2 Submetendo-se o sistema de eixos O X Y a uma translação, obtém-
se um novo sistema O iX iY i, no qual as coordenadas (u, v) se relacionam
com as antigas coordenadas (x, y) pelas equações x = u + h , y = v + k,
onde (/i, k) são as coordenadas do ponto O i no sistema O X Y . Prove que
a curva definida pela equação A x ^ + B x y + C y ^ + D x -t- E y -\-F = 0 no
sistema O X Y tem nova equação A u ^ + B u v + C v ^ -\-D ^ u + E ^ v + F ' =
0, onde os coeficientes A, B e C são os mesmos. Em particular, o
discriminante A = B ^ - 4 A C é invariante por translação. Conclua que
A é invariante por qualquer mudança de eixos que preserve orientação.
Mostre ainda que A permanece invariante, mesmo que a mudança de eixos
inverta a orientação.
23.3 Seja a curva de equação A x ^ + B x y + C y ^ + D x + E y + F = 0.
(a) Se A = C, mostre que a rotação de 45® em tomo de O introduz
coordenadas (u, v), nas quais a equação da curva é A 'u^ 4- -1-
D^u -f E 'v À F — 0, sem termo em uv.
Exercícios da Segunda Parte 131
{ i/i = !
Tal transformação é denominada uma compressão vertical do- plano.
Aplicada a um ponto (x, y) do plano, ela preserva a abcissa x e reduz sua
ordenada à metade, provocando um efeito de comprimir verticalmente as
figuras planas. (Fig. 24.1)
FIg. 25.1 - A translação determinada pelo vetor v leva toda reta r numa reta paralela e
transforma o sistema OJCY no sistema O*X!Y\ cujos eixos são paraielos a, e têm o
mesmo sentido de, O X e O Y,
y ---------------
T ^
ou
(
yi = X • sen a + y • cos a + b ( 1)
(: i ) -
No primeiro caso, T preserva orientação e o determinante
A = c^-|-d^ = l > 0
enquanto que, no segundo caso,
A = -c ^ - = - 1 < 0.
Portanto, o sinal do determinante A permite distinguir as isometrias que
preservam das que invertem a orientação do plano.
2 6 • Rotações
O P = X •e i + y -62
e
-----►
O P i = x i •ei + y i •62 = X •f i + y •f2
146 Rotações
x i = (O P i,ei) = { x h + y /2 ,e i) =
= + í/(/ 2 ,ei) = x c o s a y sen a ,
yi = (O Pi,e2) = { x f i + y/2,C2) =
= a : ( / i ,e 2 ) + í / ( / 2 , e 2 ) = x s e n a + y c o s a .
= (p - m) • i - (g - n) • ^ -l- m
= (p - m) • ^ + (ç - n) • i + n
MÃO ESQUERDA
y=ax
x \ = X- COS 2 a + [y — b) ■sen 2 a
{
y i — X •sen 2 a — (y —6) • cos 2 a + 6 ( 2)
1 -a ^
COS 2 a --
1+
154 RcflexõM
2a
sen 2ü! =
l + a2
Portanto
l-a ^ 2a
Xi X +
l + a2 l + a2 ( y - 6 )
2a (3)
yi T TÕ 2
X —
FIg. 27.4 • O triângulo Ai, Bi, Ci, Imagem do triângulo ABC pela reflexão em torno de
r com vetor de deallzamento v.
Reflexões 155
PEGADAS
Fig. 27.5 - Pegadas ao longo de um caminho retilíneo ilustram uma reflexão com deslizamento.
y =ax
P \Q i = O Q i - O P i = T • OQ - r • O P =
= r ■{OQ - O P ) = r P Q
logo
á [ H { P ) , H [ Q ) ) = |P ,Q ,| = r • |P Ç | = r • d (P , Q).
Fíg. 29.1 - Uma homotetia de razão r ^ 1 transforma toda reta p que não passa por O numa
reta paralela.
(;:).
3 0 • Homotetías de razão negativa
a = HoT.
Portanto toda semelhança o é igual a uma isometria seguida de uma
homotetia. Dada a, o centro da homotetia pode ser escolhido à vontade.
Mas é claro que, mudando esse centro não apenas se muda a homotetia
H como também a isometria T.
A partir das equações (l) e (2) da seção 23, juntamente com as
observações finais da seção anterior, vemos que, fixado um sistema O X Y
de eixos ortogonais, uma semelhança a de razão r transforma um ponto
qualquer P = (a:, y) do plano no ponto P i = (x i, j/i) onde
ou
I x \ = [r ’ COS a ) x - (r • sen a ) y -f- ra
j/i = (r • sen aja: -f (r • c o sa )y + rb
("‘ ou
\n m J \n —m J
No primeiro caso, a matriz tem o determinante positivo e,
no segundo caso, o determinante é igual a — — n^, logo é negativo.
Aqui, m* + = r^, onde r é a razão da semelhança a.
Usaremos estas equações para provar o seguinte
Teorema Uma semelhança sem ponto fixo é uma isometria.
Demonstração: Um ponto P diz-se fixo sob a quando se tem (t{P) =
P. Em termos de um sistema de eixos ortogonais O X Y , a igualdade
<t{P) = P , com P = (x,i/) significa
{ x = m x —ny -f p / ^ ~= m x + n y p
\ y = nx + m y + q \ y = nx — my + q
Estas equações podem ser re-escritas como
ou
I (m - l ) x — n y = —p
n x + {m — í ) y = - q {*)
(m - l ) x -1- ny = - p
{ n x - (m -f l) y = —q *
Suponhamos que a preserve orientação, de modo que suas equações
são as da esquerda. Dizer que a não possui ponto fixo significa então
afirmar que o sistema (*) é incompatível. Em particular, isto implica que
o determinante (m —1)^ -f-n^ desse sistema é zero, logo m = 1 e n = 0.
Segue-se que x i = x + p, y i = y + q e a é uma translação, donde uma
isometria.
Em seguida, consideremos o caso em que a inverte orientação. Suas
equações são portanto as da direita. Se c não admite ponto fixo, o sistema
(**) é incompatível, logo o determinante 1 - —n ^ é igual a zero, isto
é, m ^ -\-n^ = \. Então a razão r da semelhança a é igual a 1 e <r é uma
isometria.
3 2 • Transformações afins
F{P + t P Q ) = P i + t P i Q i .
Se P i 7^ Q i esta igualdade significa que F transforma a reta P Q
na reta P iQ i de tal modo que, mantendo P t Q fixos e fazendo t variar,
quando o ponto R = P + t- P Q percorre a primeira reta com velocidade
constante P Q , sua imagem
P i = P i + í • P iQ i
Rã = { s - t ) P Q e P iP i — ~ ^^P iQ i
168 Transformações afins
logo
d ( J ii,S i)
ií-íi (*)
d (P ,Q ) d ( P ,,Q i) ’
donde
(**)
d (iü ,5 ) d (P ,Q )
As igualdades (*) dizem que, ao longo da reta P Q , a transformação afim
F preserva a razão entre distâncias. As igualdades (**) significam que,
restrita à reta P Q , a transformação afim F se comporta como se fosse
uma semelhança pois multiplica as distâncias por um fator constante c.
Mas atenção: esse fator varia de reta para reta! Somente quando F é uma
semelhança é que esse fator é o mesmo para todas as retas.
Dada F afim, se F{A) = A i , F [ B ) = B i , F [ C) = C\ t a +
+ 7 = 1 então
F { a A + PB + 7C) = a A \ + fiBi + 7C1 ( 1)
Com efeito, sendo a + /? + 7 = 1 não se pode t e r a + y3 = a + 7 =
+ 7 = 0 porque, somando, teríamos 2o: + 2yS + 27 = 0. Digamos,
então, que seja a + ^ 0. Neste caso, podemos escrever
+ + = (« + /?) ( ^ . . 4 + ^ b ) + t C =
P\ = onde
x i = a x hy -\- p
(2)
{ y i = cx + dy-\- q.
P = 0 + x-Õ U + y-ÕV,
P i = Oi + X- O iU i + y • O iV i
= (p, ç) -H X • (a, c) -I- y • (6, d)
= {ax + by + p^cx + dy + q).
P ( ( l - t ) P -F tQ) = (1 - t )Pi -h t Q i
Com efeito, sendo P 'Q ' paralela a P Q , existe um número real c tal
que P ‘Q ' = c • P Q . Para todo ponto iE' da reta P^Q* tem-se
= F { P ^ ) + c t - P i Q i = F { P ‘),
pois P iQ i = P iP i = 0.
Assim, quando P ^ Q mas P ( P ) = F{Q), o plano II decompõe-se
em retas paralelas a P Q, ao longo de cada uma das quais a transformação
F é constante.
Se, para algum ponto P' fora da reta P Q, tivermos ainda P ( P ') =
F ( P ) = F (Q ) então F será constante em todo o plano, isto é, transfor
mará todo ponto R do plano no mesmo ponto P i = F ( P ) .
Com efeito, os três pontos P ' , P e Q sendo não-colineares, todo
ponto R do plano se escreve como combinação afim de P ', P e Q: R =
a • P ' + • P + qf ■Q, com a + + 'jf = 1. Daí
F (R ) = a • F ( P ') -h p • P ( P ) + 1 • F{Q) =
= a • P ( P ) -h P . P ( P ) + 7 . P ( P ) = P ( P ) .
Se, entretanto, para algum ponto P ' fora da reta P Q tivermos P[ =
F ( P ' ) ^ Pi — F ( P ) , então F não é constante logo (em virtude do que
acabamos de ver) tem-se F ( R ) ^ F ( P ) para todo ponto R fora da reta
P Q . Além disso (supondo ainda P ( P ) = F(Q)), a imagem de F é,
neste caso, uma reta, a saber, a reta que passa pelos pontos P\ = F ( P )
e R i = F(R).
Com efeito, sendo P \ P e Q não-colineares, qualquer ponto R do
plano é uma combinação afim desses três: R = a P ‘ -f P P -f ')Q, com
a + P + ') = 1. Segue-se que
F { R ) = a . P ( P ') + p . P ( P ) 7 • F[Q) =
= a • P[ + p ‘ P \ ■P i = a • P[-\- {p ^ 'i) ‘ P \ =
= (1 —í) • P{ -f <• Pi,
172 Transformações afins
Resulta do que foi dito na seção anterior que há três tipos de transforma
ções afins:
TVansformações de posto zero São as transformações afins constantes
F : n ^ n . Para que F seja constante é suficiente que transforme três
pontos não-colineares num único ponto.
IVansformações de posto um São as transformações afins II II
que transformam todo o plano II numa reta. Elas não são constantes nem
injetivas. Sc P ^ Q mas F { P ) = F{Q) então F é constante ao longo
da reta P Q c dc todas as retas paralelas & P Q. F transforma essas
retas em pontos os quais, como F não é constante, constituem uma reta,
imagem do plano TI pela transformação F. Uma projeção é exemplo de
transformação afim de posto um.
Transformações de posto dois São as transformações afins F : II ^ IT
que têm uma das propriedades seguintes, e portanto todas elas: &) F é
injetiva; h) F é sobrejetiva; c) F transforma três pontos não-colineares
em pontos não-colineares. Portanto, as transformações afins de posto dois
são aquelas que possuem uma inversa F ” ^:II —*■II. As semelhanças,
em particular as isometrias, têm posto dois.
Em termos de um sistema de eixos ortogonais O X Y , uma transfor
mação afim n —» n leva o ponto P = {x, y) no ponto Pi = (x i, j/i)
com
x i = ax + cy + p
y i = bx + dy + q.
O posto de F é zero precisamente quando a = b = c = d = 0.
F tem posto um se, e somente se, algum dos coeficientes a, 6, c, d
é diferente de zero mas o determinante A = ad — bc é igual a zero, isto
é, os vetores u = (a, c) e v = (6, d) não são ambos nulos e um deles é
múltiplo do outro. Com efeito, esta condição significa que b = m • a c
174 O posto de uma transformação afim
Fig. 33.1 • A reflexão oblíqua F leva P em P i e deixa fixos todos os pontos da reta r.
34 • As transformações afins e a Geometria
P = a A ^ - p ‘B ^ - ' i C = A + P - A B + ^ A C
(a = 1 - —7 ) dos pontos A, B t C.
Com efeito, os vetores A B q A C não sendo múltiplos um do outro,
existem e são únicos os números reais 7 tais que
AP = p A B + ^ A C .
(Cfr. Teorema da seção 18.)
Esta observação é a base do seguinte
Teorema. Seja A , B , C wn referencial no plano II. Dados arbitraria
mente os pontos A l, B i e C \ em II, existe uma, e uma só, transformação
afim F : l í —> n tal que = A \, F { B ) = B \ e F{ C) = C \.
Demonstração: Dado qualquer ponto P no plano IT, existem a, P, 7
únicos tais que a -\-^-{-'^ = \ Q P = a - A - \ - P - B - \ - ' ) - C . Definimos
a transformação F : II ^ II pondo
F { P ) = OL• A l -f P • B \ + 7 ' ^1*
É imediato que se tem i^(A) = A \ , F { B ) = B \ q F{ C) = C\. A
verificação de que a transformação F, assim definida, é afim fica aos
As transformações afins e a Geometria 177
Fig. 34.1 - Todo paralelogramo pode ser levado noutro por uma transformação afim conve
niente.
FIg. 34.2 • Não exisle uma transformação afim do plano levando o paralelogramo ABC D
no trapézio A \ B i C \ D \ .
3 5 • O significado geométrico do determinante
Sabemos que uma transformação afim II —> IT, quando restrita a uma
reta arbitrária, multiplica as distâncias entre pontos dessa reta por um fator
constante (que varia de reta para reta).
No que se segue, a transformação afim F tem posto 2, isto é, leva
três pontos não-colineares quaisquer em pontos não-colineares.
Mostraremos que existe uma constante A tal que F transforma um
triângulo qualquer A B C do plano num triângulo A iB ^ C ^ com
área [ A x Bi Ci ) _
área [ A B C] '
Essa constante será chamada o determinante da transformação F.
Quando se fixa um sistema de eixos ortogonais O X Y , a transfor
mação afim F leva o ponto arbitrário P = (x, y) no ponto F [ P ) =
{ a x -f by + p ,cx -t-dy-|-(?), onde a , b^c , d, pc q não dependem do ponto
P . A constante A é o determinante A = ad —bcàa matriz cujas colunas
são (a,c) e (6, d), nesta ordem.
Evidentemente, quando se tomam outros eixos ortogonais, os números
a, 6, c, d mudam (bem como p t q) mas, admitindo o resultado que vamos
provar, o determinante A = ad — bc permanece inalterado.
Com efeito, o sinal de A, como sabemos, indica se o sentido de
rotação do vetor (a, c) para o vetor (6, d) coincide ou não com o sentido
de rotação de O X para O Y . Ele informa se a transformação F preserva
ou inverte a orientação do plano. E o valor absoluto |A| é o fator pelo
qual F multiplica a área de um triângulo qualquer do plano. Logo A não
depende do sistema de eixos ortogonais escolhido.
Antes de enunciar o teorema central desta seção, vamos introduzir a
multiplicação de matrizes.
O produto de duas matrizes 2 x 2 é a matriz definida pela igualdade
abaixo
(a b \ (a> b * \__ f aa’ + bc' ab' + bd‘ \
\c dj'[c» d V “ Vca' dc' cb' -f dd' J ‘
o significado geométrico do determinante 181
-(::)
-aro yi - yo
\X2 - Xo y2 - yo,
temos
área [ A B C ) = i |d e t x |
área [ A i B i C i ) = ^ |d e ta x | = i |d e t a | • |d e tx |.
^ Zi
Segue-se imediatamente que
= |deta|.
area [A B C ]
3 6 • Três caminhos para o mesmo lugar
Fig. 36.1 • As coordenadas baricêntricas do ponto P obtêm-se a partir das áreas dos
triângulos APC, ABP, B C P « ABC.
Estas relações estendem para duas dimensões algo que já conhecemos
em uma dimensão, a saber: se P é um ponto interior ao segmento A B ,
»emos P = ot - A-\- P • B com a > Q , ^ > Q , =
^ d ( f ,B ) d{A,P)
P = a -A + B + • C7 I — Cí ’ A + 6 • D
13 + 1 p+ i
onde 6 = /3 + 1 (de modo que a + ^ = 1) e
D = + i ) ] - B + [ i / {/3 + 7 )] • C,
logo D pertence ao segmento B C e P ao segmento A D . Portanto,
A relação
área { B C P ) _ d (P ,D ) _
área [A B C ] ~ à { A , D ) ~ “
é evidente quando A D é perpendicular a B C pois neste caso B D e A D
são as alturas desses triângulos, logo
área { B C P ) = ^ d (P , D) • d ( P , C)
Áâ
área { A B C ) = ^ d { A , D ) • d ( P ,C ) .
área (P C P i) = | A| • área { B C P )
e
área { A i B C ) = |A | - área { A B C ) ,
Três caminhos para o mesmo lugar 187
logo
área [ B C P i ) _ área [ B C P ]
área { A i B C ) área [ A B C ) ‘
Como A \ D é perpendicular a B C , temos
_ à [ P i , D ) _ área [B C P i) _ área [ B C P )
a =
à [ A u D ) ~ área [ A i B c ] ~ área [ A B C y
como queríamos demonstrar.
3 7 • Transformações afins de um plano noutro
aíim.
Em particular, quando F é a projeção ortogonal de II sobre IIi,
temos /? = 90®, logo cotg /? = 0, a = cos a, e então as equações de F
são x i = X e yi = y ‘ cos a.
Note-se ainda que o determinante de F é
+ (^ ) = ou seja, a Ei
^i2 = 1
[pay {*)
i + 4 = i.
Assim, a elipse inicialmente considerada no plano IIi é a projeção orto
gonal da circunferência C, situada no plano IT.
Mostraremos agora que uma transformação afim de posto dois,
P: n n , transforma círculos em elipses.
Inicialmente, provaremos que existem em II duas retas perpendicu
lares cujas imagens por F são também perpendiculares.
Para isso, tomamos dois pontos P, Q em II, com P \ = F [ P )
c Q i = F (Q ) e consideramos uma semelhança <r:II —♦ II tal que
a ( P i) = P e ff(Qi) = Q. Então
G = a o P :II—
194 Transformações afins de um plano noutro
+ — -2
(f) =
ou seja
xí
+ v l = 1.
(ac) 2 (6c) ‘
Esse conjunto é uma elipse.
As retas perpendiculares r e 5 em II, que são transformadas por F
num par de retas perpendiculares em IIi, podem ser tomadas se encon
trando num ponto O qualquer de II. Com efeito, se r e s se encontram
noutro ponto O', traçamos por O as retas O X e O Y paralelas a r e s
respectivamente (logo perpendiculares uma à outra). Como F leva retas
paralelas em retas paralelas, as imagens por F de O X c O Y ainda são
perpendiculares.
Por isso, no argumento acima, não é perda de generalidade supor que
o centro da circunferência considerada é a origem O do sistema de eixos
ortogonais.
Assim, podemos afimar que toda transformação afim de posto dois
F : I I —>■111 leva uma circunferência qualquer do plano II numa elipse
do plano IIi.
Daí resulta que F transforma qualquer elipse E contida em II numa
elipse E l em ITi porque E é a. imagem de uma circunferência C por
uma transformação afim G: II II. A transformação afim F o G leva a
circunferência C numa elipse E, logo G~^ o [G o F) = F leva E em
E l.
O mesmo argumento usado acima (um par de eixos ortogonais trans
formado por F noutro par de eixos ortogonais) permite concluir, mais
geralmente, que
Toda transformação afim de posto dois leva elipses em elipses, hi-
pérboles em hipérboles e parábolas em parábolas.
3 8 • Como reconhecer transformações afíns
Uma transformação afim leva retas em retas e, se for bijetiva, leva retas
paralelas em retas paralelas.
E natural perguntar se toda transformação bijetiva entre dois planos,
que leva retas em retas, é necessariamente afim.
O objetivo desta seção é responder positivamente a esta pergunta.
Uma bijeção TI —> ■ITi chama-se uma colineação quando trans
forma pontos colíneares do plano II em pontos colineares no plano IIi.
A imagem r\ = F{r) de uma reta r pela colineação II ^ ITi ^ uma
reta do plano IIi.
Para provar a afirmação acima, consideremos dois pontos distintos A
e em r e suas imagens A \ = F [Á ), B \ = F { B ) . Mostraremos que
a reta ri = A \ B i é &imagem de r por F.
Em primeiro lugar, sc C e r e C \ = F{C) então A, B c C são
colineares, logo A i , B \ e Ci são colineares, portanto Ci e ri. Isto
mostra que F{r) c r\.
Para mostrar que F (r) = r\, tomamos um ponto arbitrário P\ em
r\. Como F é bijetiva, existe um único ponto P no plano II tal que
F ( P ) = P i. Afirmamos que P está em r. Com efeito, se P não
pertencesse a r, os pontos A, B t P formariam um triângulo.
As imagens por F das retas A B , B P e A P estão contidas em r\
pois A \ , B i e P\ estão em r\. Qualquer ponto Q do plano II pertence
a uma reta 5 que corta o triângulo A B P em dois pontos distintos. Esses
pontos são levados por F em pontos de ri, logo F{Q] e ri. Então
todos os pontos do plano II seriam levados por F em pontos da reta ri,
contradizendo que F seja sobrejetiva. Isto conclui a prova de que uma
colineação transforma uma reta noutra reta.
Além disso, se as retas r e s são paralelas no plano IT, suas imagens
Ti e s i são também paralelas no plano IIi.
Com efeito, se existisse algum ponto P \ comum a r i e então seria
P \ = F { P ) , com P e r e P e s, em contradição com o fato de que r
198 Como reconhecer transformações afins
e s são paralelas.
FIg. 38.1 - Uma colineaçfio que levasse os três vértices de um triângulo em três pontos nfio
collneares nfio seria sobre|etiva.
f [ s + <) = f { s ) + f { t ) e f { s • t) = f { s ) ■f { t )
f [ s ) = f { { s - t).+1) = f { s - í) + / ( í ) , logo
f { s - t ) = f { s ) ~ f{t).
Como reconhecer transformações afins 199
- =/ H =/ ( f - ) =/(f)-/W =/ 0 - n .
portanto / ( m / n ) = m in .
Assim, uma função / : R ^ R que cumpre as condições f { s + t) =
f U ) + / ( í ) e f { s t ) = f [ s ) • f { t) , e não é identicamente nula, é tal que
/ (r) = r para todo número racional r.
Além disso, t ^ 0 implica t • [if t] = 1, logo f [ t ) • f { l / t ) = 1,
portanto f { t ) ^ 0. Mais ainda: se í > 0 então m > 0. Com efeito,
t > 0 implica t = a^, com a ^ 0 , logo
f{ t] = f i c ? ) = f{a]^ > 0.
Assim, / transforma números positivos em números positivos.
Daí resulta que / é uma função crescente, isto é, s < t implica
/ ( s ) < f [ t ) . De fato, s - t significa t - s > 0, logo f [ t ) - f { s ) =
f { t — s) > 0 e daí f { s ) < f{t).
Sabemos que f { r ) = r para todo r racional. Tomemos agora um
número irracional a. Suponhamos, por absurdo, que se tivesse / (a) ^
o:. Para fixar idéias, suponhamos / ( a ) < a. (A outra possibilidade.
200 Como reconhecer transformações afins
íP :F ( n ) - .K ( n i) ,
(p{v) = <p(AB) = A i B \ .
Como B = A + v, esta definição equivale a pôr
F{A + v) = Al +<p{v).
Precisamos mostrar que, assim procedendo, estamos definindo <p sem am-
bigüidade, isto é, que se o vetor v for representado por um segmento
orientado C D equipolente a A B , teremos ainda <p{CD) = (p[AB), ou
seja, se A B = C D então
A \B \ =
Fig. 38.2
Fig. 38.3
A i C i = t* • A i B \ implica A \E \ = A \D i^
ou seja, (p{t -v) = V • (p{v) implica <p[t -w) = í' • <p{w).
Se, entretanto, w for múltiplo de v, tomamos um vetor u não colinear
com V. Pelo que acabamos de mostrar, temos
(p{t • u) = í ' • <p{u)
e, pelo mesmo motivo, (p{t ' w ) = t ' - (p{w).
Escrevendo = f { t) , fica então definida uma função / : R — R
caracterizada pela igualdade
(p{t-v) = f { t) - ( p { v ) ,
válida para todo í G R e todo vetor v 7^=0 em 11.
Mostraremos em seguida que se tem
/ ( « + <) = /(« ) + / W e f{s-t) =
Como reconhecer transformações afins 203
= Al -|-1 • AiBi,
quod erat demonstrandum.
Portanto, uma bijeção B :II —> ITi entre dois planos é uma trans
formação afim se, e somente se, leva pontos colineares de II em pontos
colineares de IIi.
Exercícios da Terceira Parte
(b) Uma figura com mais de um centro de simetria é ilimitada e tem uma
infinidade de centros de simetria.
(c) A interseção de dois eixos de simetria perpendiculares é um centro
de simetria.
(d) A interseção dos eixos de simetria de um triângulo equilátero não é
um centro de simetria.
27.21 Determine os eixos de simetria e os centros de simetria das
seguintes figuras: .
(a) Uma parábola;
(b) Uma hipérbole;
(c) A grade G, reunião de todas as retas horizontais com ordenadas
inteiras e todas as retas verticais também com ordenadas inteiras.
27.22 Uma simetria de uma figura plana X é uma isometria T do
plano tal que T ( X ) = X . Mostre que há seis simetrias de um triângulo
equilátero, oito simetrias de um quadrado, infinitas simetrias de uma cir
cunferência, quatro simetrias de uma elipse, duas simetrias de um triângulo
isósceles e uma única simetria de um triângulo escaleno. (Não esqueça a
transformação identidade.)
27.23 As simetrias de uma figura X constituem um grupo, no sentido
de que a composta de duas simetrias de X , a inversa de uma simetria de
X e a transformação identidade são simetrias de X . Dê nomes às oito
simetrias do quadrado e elabore uma tabela de multiplicação com elas,
onde multiplicar significa tomar a composta.
27.24 Se uma isometria T:IT II deixa fixos os pontos A t B á o
plano (isto é, T { A ) = A e T [ B ) = B) prove que T deixa fixos todos
os pontos da reta A B . Quanto aos pontos P fora da reta A B , prove
que ou T[ P) = P ou então T[ P) é o ponto P i, simétrico de P em
relação à reta A B (ou seja, A B é a mediatriz de P P i). No primeiro
caso T preserva orientação e no segundo caso T inverte. Conclua que se
(S, T : n —> n são isometrias tais que <S'(A) = T [ Á ) e S [ B ) = T { B )
com A ^ B então ou 5 = T ou então <5 é a composta de T com a
reflexão em tomo da reta A B .
27.25 Prove que duas isometrias que coincidem nos vértices de um
triângulo «ão iímais
Exercícios da Terceira Parte 209
37.10 Prove que todos os triângulos inscritos numa elipse e tendo como
baricentro o centro da elipse têm a mesma área, a qual é a maior área de
um triângulo inscrito nessa elipse. [Mesmo método do exercício anterior.]
37.11 Se a equação de uma elipse é + y^/6^ = 1, determine
a maior área de um triângulo nela inscrito.
37.12 Os quadriláteros de maior área inscritos numa elipse são os para-
lelogramos cujas diagonais são um par de diâmetros conjugados. Segue-
se que as áreas desses paralelogramos são todas iguais. Sendo ja ^ +
y2/^2 = 1 a equação da elipse, calcule a área desses paralelogramos.
[Use o fato de que o quadrado é o quadrilátero de maior área inscrito
numa circunferência.]
37.13 Prove que uma elipse com mais de dois eixos de simeuia é uma
circunferência.
37.14 Sejam A B C e A i B \ C i triângulos nos planos II e IIi respec
tivamente. Prove que esses planos podem ser dispostos de tal modo que
uma projeção paralela de II sobre IIi transforma A B C num triângulo
semelhante íx A \ B \ C i .
37.15 As tangentes a uma elipse traçadas pelos pontos A e 5 da
mesma se encontram no ponto P. Seja Q o ponto médio do segmento
A B . Prove que a reta P Q passa pelo centro da elipse.
38.1 Seja II — II uma bijeção do plano II que leva pontos não-
colineares em pontos não-colineares. Prove que F é uma transformação
afim. [Observe que se F não fosse afim, sua inversa F~^ também não
seria.]
38.2 Sejam II e IIi dois planos não paralelos. Dado um ponto O
acima de II e de IIi, defina a transformação F : I I IIi que associa
a cada ponto P do plano II o ponto Pi, interseção da reta O P com
o plano IIi. É claro que F leva pontos colineares de II em pontos
colineares de IIi, logo devia ser uma transformação afim. Por outro
lado, se A, B, C são pontos colineares em II, com A G II n ü i então,
considerando A = i^(A), B \ = F [ B ) t C\ = não se tem
d { A , B ) l d { A i ^ B \ ) — d [ B C ) I d [ B \ , C i ) porque o segmento B B \
não é paralelo à base C C i do ttiângulo A C C \ . Como resolver este
paradoxo?
Quarta Parte
Soluções dos Problemas
Soluções dos Exercícios da Prim eira Parte
2.7 Sejam s(x) = 2a —x, s'(x) = 2a' —x, í(x) = x + b e t ' { x ) = x + b'
as equações das simetrias s , s ' e das translações t , t ' em termos das
abcissas dos pontos do eixo. Então (sos')(x) = s(s'(x)) = s { 2 a ' —x ) =
2a—(2a'—x) = x-|-2(a—a') e também (íoí')(x) = í(í'(x)) = t { x + b ' ) -
x + { b + b ' ) . Por outro lado, (soí)(x) = s(í(x)) = s(x-|-6) = 2a—(x-h6) =
2 { a — b / 2 ) — X enquanto (f os)(x) = í(s(x)) = t { 2 a — x ) = 2a —x + 6 =
2(a + 6/2) —X . Portanto s o s' e t o t ' são translações mas s o t e t o s
são simetrias. Note ainda que t o t' = t' o t , s o s' = {s' o s)~^ e t o s é
diferente de s o í e nada mais.
y i L
1
b+r .
'
b ■ —T h (
u ^
-1 : ^ 1 X b-r . \
1 .
0 a-r a a+r "x 0 il X
-1
Figura 3.4
Figura 3.8
Figura 3 .11
Figura 4.1
d{P*,Q*) = y / { - y + v y + { x - u y .
Vê-se que d{P*, Q*) = d{P, Q).
4.8 São as circunferências com centro num ponto (A, 0) do eixo hori
zontal e raio |A|. A equação de uma dessas circunferências é portanto
(x —A)^ + y^ = \^ ou x^ -h = 2Ax.
4.13 O leitor deve esboçar as curvas para ter uma idéia aproximada da
localização dos pontos pedidos. O valor preciso das coordenadas desses
pontos se obtêm resolvendo os sistemas de equações. O primeiro.
Soluções dos Exercícios da Primeira Parte 229
= 2 Q xy 1,
se resolve multiplicando a segunda equação
=
por 2 e subtraindo da primeira, o que dá — 2xy + y’^ = 0, ou seja,
(x — yY = 0 , logo X = y. Substituindo na segunda equação, vem
x'^ = 1 , donde x = ± 1 . Os pontos procurados são (1,1) e ( - 1 , - 1 ).
O segundo sistema, x^ = Ay e x + y = 3 se resolve substituindo y por
3 —X na primeira equação, o que dá + 4a; — 12 = 0, logo a; = 2 ou
X = —6 . Os pontos procurados são portanto (2,1) e (—6,9).
4ac — 6 ^
Figura 7 .1
7.3 O ponto {x, y) pertence à faixa F quando ax -\-b < y < ax -\-b',
isto é, quando b < y —ax < b ' .
9.6 As igualdades X43 • X32 • 2/21 = • 2/32 • 2:21 = 2/43 • 2:32 • X21 ,
tendo em vista que X4z,xz 2 e 0:21 são diferentes de zero, equivalem
a 2/21/ 3:21 = 2/32/ 3:32 = ou seja, a afirmar que os segmentos
AB, B C e CD têm a mesma inclinação, logo A B e CD estão sobre a
mesma reta BC.
9.7 A igualdade 2:43 •2/21 = 2/43 • 3:21 equivale a 2/21/ 3:21 = 2/43/ 3:23, logo
significa que os segmentos A B e CD têm a mesma inclinação. Por
outro lado, a afirmação 2/32 • 3:21 7^ X32 ■2/21 significa que as inclinações
dos segmentos A B e B C são diferentes, logo A B e CD não estão sobre
a mesma reta, sendo apenas paralelos.
9.8 A reta que une os pontos (xq, uxq) e (0, —axi) 1-®^ equação y =
—axQ + 2üxq ■X. Para achar as interseções desta reta com a parábola
y = ax 2 , deve-se resolver a equação ax^ = —ax^ -1- 2 axo ■x, ou seja,
ax^ —2 axo • x üXq = 0. Como o discriminante desta equação é zero,
ela possui uma única raiz, igual a Xq. Portanto, a reta considerada
(que não é paralela ao eixo porque não é vertical) corta a parábola
num único ponto, ou seja, é tangente.
238 Soluções dos Exercícios da Primeira Parte
1 -g ^ 2a 2a l-g 2
X = :x + :X —
1 + a‘:y, 1 + a' :y-
y' =
1 + a' 1 + 0'
Figura 10.7
12.1 A reta em questão não passa pela origem, logo não é a linha
de nível zero de uma função linear. Portanto, podemos escrever sua
equação sob a forma px + qy = 1 , com os coeficientes p e q a serem
determinados. Como a reta passa pelos pontos (a, 0) e (0,6), tem-se
p-a = l eq- b = 1, logop = 1 / a e g = 1/6. Sua equação é x /a -|-y / 6 = 1 .
12.4 Tem-se
x^ -y"^ + 2 y - l = x^ - { y ^ - 2 y->r 1)
= x'^-{y-l?
= {x + y - l ) ( a ; - í / - |- 1).
Portanto, tem-se a;^ — -|- 2y = 1 se, e somente se, a: -|- y —1 = 0 ou
a; —y -I-1 = 0, isto é, se, e somente se, o ponto (x, y) pertence a uma
das retas x -|-y = l o u x —y = l. O conjunto procurado é a união
destas duas retas.
12.5 As equações dessas retas são x/6 -|- y/3 = 1 e x/3 — y/6 = 1.
Como vale a condição aa' + 66' = 0 (pág. 43), vemos que elas são
perpendiculares. O ângulo entre elas é reto.
OU seja
{y - yi){yi - b ) + { x - Xi)(a;i - a) = 0,
obtém-se:
= (x —a —X + Xi)(x —a + x —Xi)
+ (y - à - y + yi)(y - b + p - pi)
— (xi —a)(x —a) + (xi —a)(x —Xi)
+ {yi - b){p - b ) + {pi - b){p - Pi)
= {xi - a){x - a ) + (pi - b){p - b).
< (1 - t)C i 1 tC i
- -
= Ci
13.2 a)
b)
-1
Figura 13.3a
Figura 13.3b
Figura 13.4
mente grandes, já que toda linha de nível > 1 tem pontos comuns com
o conjunto de soluções viáveis. Logo, o máximo não existe. (Dizemos,
neste caso, que o programa linear é i l i m i t a d o . )
f { x , y) = 5000x + 4000y.
A figura 13.6 representa o conjunto de soluções das restrições e uma
linha de nível da função objetivo.
De acordo com a figura, o valor máximo da função objetivo
ocorre na linha de nível que contém o ponto de interseção das retas
a; + = 50 e a; -I- 2y = 80,
x + - y = 50 e X + 2 y = 80
x + - y = 80 e a; -I- 2y = 80.
248 Soluções dos Exercícios da Primeira Parte
Figura 13.6
Zx + 2 y < 1200 + A
2; + 2 y < 800
X < 300
x ,y> Q .
250 Soluções dos Exercícios da Primeira Parte
Figura 13.8
Figura 13.9a
Soluções dos Exercícios da Primeira Parte 251
F ig u ra 13.9c
2 2
e) A hipérbole ^ — fr = 1 separa o plano em 3 regiões. Os pontos
2 2
da região que contém a origem satisfazem ^ ^ < 1; os das duas
2 2
outras satisfazem ^ ^ > 1. O gráfico é o da figura 13.9e.
Figura 13.9e
16.5 A equação do feixe de retas que passam pelo ponto (a:o, yo) pode
também ser escrita { m a + n a ' ) x + {mh + n h')y = m c + nc'. Dentre
elas, a vertical é a que tem m b + nh' = 0. A maneira mais simples de
cumprir esta condição é tomar m = b' e n = —b. Então a equação
dessa vertical é {áb'—ba!)x = cb'—b d , ou seja, x = {cb'—b c ' ) / { a b ' —ba').
De modo análogo, a reta horizontal que passa pelo ponto (a:o, yo) fem
equação y = {ca' — a d ) / { a b ' — ba'). Isto fornece as coordenadas X q e
yo do ponto comum a todas as retas do feixe, ou seja, as soluções do
sistema de equações a x + by = c, a ' x + b'y = d .
Se ab' — ba' = 0 então uma reta arbitrária { m a + n a ' ) x + { m b +
n b ' ) y = m c + n d do feixe tem a mesma inclinação que a reta a x + b y = c
pois { m a + n a ') b — { m b + n b ') a = m { a b —ab) + n{ba' — ab') = 0. Além
disso, como { m c + n d ) a — { m a + n a ' ) c = m { a c —a c ) + n { a d —ca'), segue-
se do Corolário 1’, seção 14, que as retas do feixe são todas paralelas
à reta a x + by = c quando ab' —ba' — 0 e a d —ca' ^ 0. Finalmente, o
feixe se reduz a uma única reta quando ab' —ba' = a d — ca' = 0.
18.1 Para mostrar que (a) => (b), suponha que au + Pv = a'u + P'v.
Daí decorre que (a —a')u + {P — P')v = 0 logo, em virtude de (a),
concluímos que a —a' = Q e. P —P' = Q, isto é, a = a' e P = P'. A fim
de provar que (b) (c) suponha, por absurdo, que u fosse múltiplo
de V, logo u = kv. Daí resultaria que 0-u + 0- u = l- u + {—k) - v = 0,
contrariando (b). Em seguida, suponhamos que (c) seja verdadeira.
Então as retas a x + Py = 0 e a'x + P'y = 0 são concorrentes, logo
aP' —Pa' 7^ 0, pelo que foi visto na seção 14. Portanto, (c) =» (d). A
implicação (d) => (e) foi provada no Teorema da seção 18. Finalmente,
se tivermos au-\- Pv = 0, com a ^ 0 (digamos) então u = —{P/a)v,
logo as combinações lineares de u e v darão apenas múltiplos de v.
Isto mostra que (e) => (a).
Figura 18.3
260 Soluções dos Exercícios da Segunda Parte
19.4 Tçm-se
|u + Vp -{■\u — = {u + v , u -\- v ) + {u — v , u — v )
= \u\^ + |up + 2{u , v) + |up -I- |ti|^ - 2(u, v ) .
= 2 |up + 2 |up.
= - K - = (^1 - ^i)-
19.7 Basta provar (2) porque as demais afirmações são óbvias. Por
outro lado, a afirmação (2) é o exercício 3.10.
262 Soluções dos Exercícios da Segunda Parte
= 0 4 + p à B = Õ A + à C = ÃC.
Assim, (a) (b). É óbvio que (b) => (c). Admitindo (c), podemos
escrever
ÃC = P C - P A
" = a P A + p P B - P A = { \ - !3)PA + (5PB - ¥ a
= P(PB - P A ) = pÃB.
Figura 20.4
onde
a, 7, (5 € [0,1] e q: + /? + 7 + 5 = 1 .
Podemos escrever
S = {a + P) “ P + - ^ P ''
ct + P a +P
+ {l + S) Q+ -^ Q '
jy + S 'f + 5
= (a + P)T + (7 + 5)T\
com T e X , r g Y. Logo S € Z
2 x ^ f =2
Figura 20.8
X y
A P = {x + y) AB-^ AC
x-\-y x +y
21.4 Tem-se
(Ã B , Ã C ) = (ÃB, Ã B + B C ) = (Ã B , Ã B ) + (Ã B , B C )
Xi X2 X3 X4
22.2 A definição evidente é = xiy2 + X2yz -I- xzy4 -b
yi 2/2 2/3 2/4
2^42/1 ~ ^ 2yi —Xzy2 — 2^42/3 “ ^ ^ 4- Tem-se então
Xi X2 Xz X4 Xi X2 Xz Xl Xz X4
+
2/1 2/2 2/3 y4 2/1 2/2 2/3 yi 2/3 2/4
- 2 - 1 1 2 0
= 1(3 + 10 + 3 + 10) = 13.
3 0 0 3 5
A mesma área pode também ser obtida pela Fórmula de Pick. (Vide
“Meu Professor de Matemática” , pág. 102.)
1 2 4
22.8 A área do triângulo A B C é igual a = 7/2. As
1 3 0
medidas dos lados desse triângulo são d{A, B) = \/5, d{A, C) = \/ÍÕ
e d{B,C) = -\/Í3. Como área = base x altura/2, as alturas desse
triângulo medem 7\/ÍÕ e 7/\/Í3 .
Ax^ + B x y + C y^ -f D x + E y + F
+ - ^) + + v) + F
D + E D - E
u — ■V+ F
(b) Tem-se Ax^ -|- B x y + Cy"^ -h D x -|- E y -\-F = A'u^ + B ' u v -|- C'v^ -t-
D 'u 4- E ' v -f- F onde B ' = —A sen 26 + B cos 26 + C sen 26. Logo
B ' = Q se, e somente se tg 26 = sen 2 6 / cos 26 = B / { A — C ) .
COS 9 = V (l + cos20)/2 = ( \ / 2 - \ / 2 ) / 2 ,
donde
COS 2^ = 1 / V m p ^ = ll\/31/62.
Daí
(A - Ai)x-I- (5/2)y = 0,
{B/2)x + { C - X i ) y = 0.
Seu determinante é (A —Ai)((7 —Ai) —B ‘^/A = A2^ — (A C)Xi +
A C — 52 /4 = A2 —mAi -f n = 0, logo ele é indeterminado. Se (x, y) é
uma solução deste sistema então, para todo a € M, {ax, ay) também
é solução. Partindo de uma solução não nula (xo,yo), obtém-se numa
solução (a, 6), com a = X o /\/x f T ^ , b = yo/yjxl 4- yl, tal que a? -|-
62 = 1. Pondo / i = (a, 6), o vetor / é unitário e Aa -f- (B/2)b =
Aia, (B/2)a + Cb = Xi-b.
(d) Como A2 = A -f (7 —Al, podemos escrever A26 = Ab + Cb — A16 =
278 Soluções dos Exercícios da Segunda Parte
A b + C b — { B / 2 ) a — C b = A b — ( B / 2 ) a . Portanto A { —b) + { B / 2 ) a =
\ 2 { —b). Do mesmo modo se mostra que { B / 2 ) { —b) + C a = A2 0 .
A = A a? -f- B a b + Cb^
= a(^Aa + b ( ^ a ^ Cb^
= XiQj^ + Xití^ = Al
B ' = - 2 A a b + B { a^ - tí^) + 2 C a b
~ —2b H—
= —2cibXi ~h 2(ibXi = 0
C = Ab'^ - B a b Co?
= b(^A b- ^ A ^ + a ( ^ - jb + Ca
A2 Ò^ -b X 2 O? A2 .
(f) O exercício 23.12 tem duas partes, nas quais são dadas as equações
u ‘^ + u v — v'^ — 2 = 0 e 9v? + 20v'^ — y / S u v — 4 = 0 para que se
eliminem os termos em u v . No primeiro caso, temos m = 0, n =
—1 — 1/4 = —5/4 e a equação A^ — m X + n = 0 reduz-se a A^ = 5/4,
cujas raízes são Ai — V b / 2 e A2 = - V E / 2 . A curva, em coordenadas
x , y , é (\/5/2)a;2 - (\/5/2)y2 = 2 .
(T „ o T „ )(P )= r „ (T „ (P ))
= T u {P + v) = ( P + v) + u
= P + (u + v ) = T u + v { P ) .
{R o S ){ P ) = R {S{P))
= R ( ( x - y ) l \ Í 2 , {x + y ) / V 2 )
= - y)/^/2, (x - y)/\/2),
{S o R){P) = S{R{P))
= S { - y , x) = ( ( - X - y)/\/2, (x - y )/\/2 ).
282 Soluções dos Exercícios da Terceira Parte
{ S o T ) { P ) = S{T {P ))
= S{x + l , y - 1)
= i ( x - y + 2 ) / V 2 , (x + y ) / V 2 ,
{T o S ){P ) = T{S{P ))
= T { { x - y ) / V 2 , {x + y ) / V 2 )
= { { x - y + VÕ.)/ V 2 , { x + y - V 2 ) / V 2 ) .
T(S(P))
284 Soluções dos Exercícios da Terceira Parte
x\ = (x — a) COSa — (y — b) sen P + a
yi = (x — a) sen a + (y — b) cos P + b.
26.4 Tem-se (u,v) = S (ox —by, bx + ay), logo u = c(ax —by) —d{bx -\-
ay) e v = d{ax —by) + c{bx -F ay). Assim, u = {ac — bd)x — {ad -f bc)y
e V = {ad + bc)x -f- (ac —bd)y. [Daí resulta que o produto de duas
matrizes da forma ^ ainda é da mesma forma e independe da
ordem dos fatores.]
Soluções dos Exercícios da Terceira Parte 285
(S o R)(x,y) = S { x , - y )
= (x COS 2a —y sen 2o!, x sen 2o: + ^ cos 2o:).
Portanto
R{T{x, y)) = R{x + a , y ) ^ { x + a, - y )
/
O bservação. E um fato geométrico, em si interessante, que se A B C
e AiBiCi são triângulos congruentes com orientações opostas então
os pontos médios dos segmentos A A i , B B i e C C i estão em linha
reta. (Em todo o exercício e nesta observação, está-se implicitamente
admitindo que A i B i e C \ são, nesta ordem, os homólogos d e A , B e
C.)
d { A i , Y ) + d { Y , B ) > d { A i , B ) = d(Ai, X ) + d ( X , B )
= d { A , X ) d- d { X , B ) .
Figura 27 .13
B "
D C
N
B
Figura 27.18
27.19 Seja F uma figura que possui dois eixos de simetria paralelos
r e s. Indicando com R e S respectivamente as reflexões de eixos r
e s e com v = A B o vetor perpendicular a essas retas, com A £ r
e B £ s, sabemos que S o R = T„. Tomando um ponto P em F,
temos R{P) £ F e P + v — S{R{P)) G F. Analogamente se vê que
P + 2v £ F, P + 3v £ F. etc. Assim, F contém todos os pontos
P + n - v , n £ N , logo é uma figura ilimitada.
xVa^ - y ^ !\? = 1,
■RoRx R2 Rs Lx Dl Do
Ro Ro Rx R2 Rs Li Dl Do
Rx Rx R2 Rs R<x Dl D o Li
R2 R2 Rs Ro Rx Lx D o Dl
Rs Rs Ro Rx Rs D o Dl Li
Li Li D o Dl Ro R2 Rs Ri
Dl Li D o Rs R<x Rx Rs
Dl Dl Li D o Rx Rs R q Rs
Do Do Dl Li Rs Ri Rs Rq
27.27 Seja (cfr. exerc. 27.26) T uma isometria do plano que leva A
em Al e B em Bi. Seja C' o simétrico do ponto Ci em relação à reta
AiBi- Então ou T{C) = Ci (e neste caso T é a isometria procurada)
ou T{C) = C e, nesta segunda hipótese, a isometria que procuramos
é T seguida da reflexão com eixo AiBi.
Figura 27.28
Figura 27.30
Figura 27.33
temos S ( P ) = P i e S { Q ) = Q i , onde Pi = (1 — 3 y , 2 + 3 x ) e Q i =
(l — 3 y ' , 2 + 3x'). Como se vê facilmente, d { P i , Q i ) = 3 - d { P , Q ) . Logo
S é uma semelhança de razão 3. Analogamente se verifica que T é
uma semelhança de razão 2. [Ambas, S e T , invertem orientação.]
d(P i,Q i) = { m x — n y — m u -f n v ^ -f { n x -f m y — n u — m v Y
4. ^ _ 1
a 52
308 Soluções dos Exercícios da Terceira Parte
isto é,
(xr)2 {yrf
+
(a r )2 (6 r )2 (a r )^ {br)
= = 1
a? 62
Portanto a imagem da elipse E é por cr é a elipse de equação x f/(ar)2 +
y2/(6r)2 = 1 no sistema de eixos OiXiYi.
O mesmo raciocínio acima mostra que cr leva a parábola y =
e a hipérbole x'^/a^ — y‘^/b‘^ = 1 na parábola yi = {a/r)x\ e na
hipérbole xf/(or)2 —y\/{brY = 1, respectivamente. Aqui x\ e yi
são coordenadas em relação ao sistema de eixos 0 \ X i Y i , imagem do
sistema O X Y pela semelhança a.
Figura 29.1
Figura 29.2
uma isometria que preserva orientação e não tem ponto fixo é uma
translação.
m n
X = (xi - p) -I-
m? -I- m? -I- (yi - q)
—n m
y =
m? + v?
(xi - p ) + (2/1 - ?)•
m? + rí^
Estas são as equações da semelhança inversa a Analogamente se
procede no caso em que cr inverte orientação.
Figura 3 1.5
2 ^ 2
Portanto, de 2a:^ -|- 3xy -|- 2y^ —1 = 0 resulta que
{u + v ^ 3(u + v ) ( u - v ) (u-vY
2 4 “^ 2 ’
ou seja.
7 2 + - 1V 2 = 1, ,
-U
T ((l - t ) P + t Q ) = a F { { l - t ) P + t Q ) + P C { { 1 - t ) P -f t Q )
= (1 - t ) o i F { P ) + t a F { Q )
+ (1 ~ t ) p C { P ) -|- t p C { Q )
= {I - t ) [ a F { P ) + p G { P ) ]
+ t[a F {Q ) + PC{Q)]
= (l-t)T {P )+ tT {Q ).
logo
Figura 3 2 .11
(F o F )(P ) = F ( Í T ( P ) + i p ) = ÍP (T (P )) + Í P ( P )
= ^ 5 T (T (P )) + Í T ( P ) ) + i ( Í T ( P ) + l p )
= ÍT (P ) + Í P = F ( P ) ,
37.1 Na solução do exerc. 32.11 viu-se que a corda que passa pelos
Soluções dos Exercícios da Terceira Parte 323
37.6 Esse paralelogramo, que tem dois raios conjugados como vértices
consecutivos, é imagem por T do quadrado que tem como dois lados
consecutivos dois raios perpendiculares da circunferência =
1. A área desse quadrado é 1 e o determinante da matriz
associada à transformação T é ab. Segue-se do Teorema da seção 35
que a área desse paralelogramo é ab.
Soluções dos Exercícios da Terceira Parte 325
Figura 37.6
conjugados é
F ig u ra 37.15
38.1 Se F não fosse afim, sua inversa F~^ também não seria (já que
P é a inversa de F~^). Neste caso, existiriam três pontos colineares
AiBiCi cujas imagens A = P “^(j4i ), B = F~^{Bi) e C = F~^{Ci)
seriam não-colineares, já que toda colineação é afim. Como Ai =
F{A), Bi = F{B) e Cl = F{C), a transformação F transformaria
pontos não colineares em pontos colineares, uma contradição.
38.2 Deixamos este exercício para que o leitor resolva por si só. A
estas alturas, ele já deve estar apto para isto e também cansado de ler
soluções escritas pela mesma pessoa.
O objetivo do Programa é estimular
a publicação e a distribuição de
livros-textos, obras de referência e
outras que contribuam diretamente
para a formação inicial e continuada
de professores.
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Endereço:
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