1) O autor pede exoneração da pensão alimentícia de R$7.000 mensais alegando problemas de saúde.
2) A requerida contesta alegando que o valor da causa está incorreto, o juízo é incompetente e os alimentos são necessários dado seu estado de saúde e idade avançada.
3) Pede correção do valor da causa, reconhecimento da incompetência do juízo e improcedência do pedido do autor.
1) O autor pede exoneração da pensão alimentícia de R$7.000 mensais alegando problemas de saúde.
2) A requerida contesta alegando que o valor da causa está incorreto, o juízo é incompetente e os alimentos são necessários dado seu estado de saúde e idade avançada.
3) Pede correção do valor da causa, reconhecimento da incompetência do juízo e improcedência do pedido do autor.
1) O autor pede exoneração da pensão alimentícia de R$7.000 mensais alegando problemas de saúde.
2) A requerida contesta alegando que o valor da causa está incorreto, o juízo é incompetente e os alimentos são necessários dado seu estado de saúde e idade avançada.
3) Pede correção do valor da causa, reconhecimento da incompetência do juízo e improcedência do pedido do autor.
1) O autor pede exoneração da pensão alimentícia de R$7.000 mensais alegando problemas de saúde.
2) A requerida contesta alegando que o valor da causa está incorreto, o juízo é incompetente e os alimentos são necessários dado seu estado de saúde e idade avançada.
3) Pede correção do valor da causa, reconhecimento da incompetência do juízo e improcedência do pedido do autor.
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Ao Juízo de Direito da 3ª Vara de Família da Comarca de Ponta Grossa-PR
RUTH CARDOSO NOGUEIRA, já qualificada nos autos n° 4302-
09.2017.8.16.0054 de Ação de Exoneração de Pensão Alimentícia proposta por JOÃO LIMA DA SILVA, igualmente qualificado, vem respeitosamente perante Vossa Excelência por meio do advogado que abaixo assina, conforme procuração anexa (documento 01), com escritório à Rua X, n° X, cidade de XXXX, onde recebe intimações, apresentar defesa na forma de contestação, o que faz nos seguintes termos:
I-SÍNTESE DO CASO
O autor alega em sua inicial que ao ter se divorciado da requerida em
agosto de 2000, vem pagando pensão alimentícia que fora determinada em sentença, equivalente a 20% dos seus rendimentos, no valor mensal atual de R$ 7.000,00. O mesmo afirma que não tem mais condições de continuar os pagamentos, pois no início deste ano sofreu um AVC e está em tratamento, e que precisa de todo o dinheiro dos seus vencimentos mensais para continuar o seu tratamento de saúde. Além disso, diz que o casamento não é previdência social e que todo esse tempo pagando alimentos para a requerida já foi suficiente para que esta pudesse ter se colocado no mercado de trabalho, não o fazendo por pura preguiça. Diante destes argumentos, pediu a exoneração do pagamento da pensão, dando a causa o valor de R$ 7.000,00.
II - PRELIMINARES PROCESSUAIS.
1) Da Incorreção do Valor da Causa.
Antes da discussão do mérito, devemos apontar que o autor descumpriu os ditames do artigo 292, III, do Código de Processo Civil, pois em ação cujo objeto seja a discussão sobre alimentos, o valor da causa deverá ser de uma anuidade das parcelas mensais. Sendo assim, considerando que o cálculo dos 20% (vinte por cento) sobre os vencimentos do autor do valor de R$ 7.000,00 (sete mil reais) mensais de pensão paga, uma anuidade corresponde a R$ 84.000,00 (oitenta e quatro mil reais). Portanto, requer seja corrigido o valor da causa para constar o montante correto, intimando-se o autor para complementar as custas. 2) Incompetência Absoluta. Verifica-se que a propositura da demanda se deu em juízo incompetente, porque como dispõe o artigo 53, lI, do Código de Processo Civil, quando a ação discutir alimentos, deve ser proposta no foro do domicílio de quem recebe os alimentos. Conforme documentação já anexada e pela própria qualificação da petição inicial, a requerida tem domicilio na cidade de Foz do Iguaçu -PR, daí que os autos devem ser remetidos para ser distribuído a uma das Varas de Família da Comarca de Foz do Iguaçu-PR.
III - NO MÉRITO
As questões processuais acima levantadas, no mérito, não assiste razão
ao autor no seu pleito, pois como dispõe o artigo 1694 do Código Civil, os alimentos recebidos pela requerida são necessários e oportunos, uma vez que se divorciou com idade avançada (cinquenta e cinco anos) e atualmente possui setenta e três anos, sendo impossível sua recolocação no mercado de trabalho. Até porque o autor nunca deixou que a requerida trabalhasse ou fosse independente economicamente, enquanto foi casado com ela, fazendo com que a mesma vivesse somente para os afazeres domésticos, não sendo justo que agora a acuse de preguiça ou má vontade em buscar o aperfeiçoamento profissional. Diante disso, como comprovado pela documentação à defesa (atestados médicos e exames), a requerida possui problemas de saúde, como doença cardíaca e pressão alta, problemas que tornam obrigatória a tomada contínua de medicação na qual gasta mensalmente em torno de R$ 1.500,00, não sendo justo que venha a perder o pensionamento efetivado pelo ex-marido, na fase mais difícil de sua vida, por isso impugnada a afirmação e junto dela a pretensão de exoneração dos alimentos. Deve ser cientificado o juízo que o autor possui um plano de saúde ligado a empresa onde trabalha, o qual é completo e cobre até medicamentos, não sendo razoável que se exonere da pensão alimentícia baseado em despesas que não está obrigado a suportar, restando impugnada a afirmação da petição inicial. O artigo 1699 do Código Civil exige, para que haja revisão ou exoneração dos alimentos, que fique demonstrada a mudança de situação financeira e econômica das partes, o que não ocorreu neste caso, estando exatamente igual ao tempo quando foram fixados os alimentos, daí que a pretensão deduzida não preenche os requisitos legais para a modificação, com a alteração do trinômio da possibilidade - necessidade-proporcionalidade. Diante disso e de tudo mais que será suprido com a instrução processual, verifica-se que o autor não está albergado pelo direito, devendo ser rechaçada a sua pretensão.
IV - REQUERIMENTOS.
a) Com o exposto, requer seja recebida e processada a contestação, para
que em preliminar seja corrigido o valor da causa para R$ 84.000,00 intimando o autor a complementar as custas processuais, sob pena de extinção do processo sem julgamento de mérito, bem como, sejam reconhecidas a incompetência do juízo da 3ª Vara de Família da Comarca de Ponta Grossa, para que os autos sejam remetidos ao juízo competente da Vara de Família da Comarca de Foz do Iguaçu-PR. b) No mérito requer seja julgado improcedente o pedido do autor, condenando-o ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios de 20% sobre o valor da causa corrigido. c) Requer a produção de provas, especialmente o depoimento pessoal do autor, sob pena de confissão, a oitiva de testemunhas que serão arroladas oportunamente e a juntada de novos documentos. Pede Deferimento. Local, Data Advogado OAB PR