Aula 02 - Cinemática Vetorial. Velocidade Vetorial.
Aula 02 - Cinemática Vetorial. Velocidade Vetorial.
Aula 02 - Cinemática Vetorial. Velocidade Vetorial.
e lançamento
oblíquo
SUMÁRIO
Introdução ............................................................................................................................. 3
1. Cinemática vetorial ............................................................................................................ 4
1.1. Vetor deslocamento ................................................................................................................ 4
1.2. Velocidade vetorial média ....................................................................................................... 5
1.3. Velocidade vetorial instantânea ............................................................................................. 7
1.4. A velocidade vetorial em movimentos particulares ................................................................ 9
1.5. Aceleração vetorial média ........................................................................................................ 10
1.6 Aceleração vetorial instantânea ............................................................................................... 12
2. Lista de exercícios de cinemática vetorial ...................................................................... 20
3. Gabarito de cinemática vetorial sem comentários ........................................................ 26
4. Lista comentada de cinemática vetorial ........................................................................ 27
5. Composição de movimentos .......................................................................................... 42
5.1. Composição de movimento aplicada à roda ............................................................................ 48
6. Lista de exercícios de composição de movimentos ........................................................ 57
7. Gabarito de composição de movimentos sem comentários ........................................... 64
8. Lista de composição de movimentos comentada........................................................... 65
9. Lançamento oblíquo ...................................................................................................... 83
9.1. Equações do lançamento oblíquo ......................................................................................... 85
9.2. Alcance máximo ...................................................................................................................... 91
9.3. Equação da curva do lançamento oblíquo. ........................................................................... 92
10. Lista de exercícios lançamento oblíquo ....................................................................... 94
11. Gabarito da lista de lançamento oblíquo sem comentários ...................................... 104
12. Lista comentada de lançamento oblíquo .................................................................. 105
13. Considerações finais da aula ........................................................................................ 129
14. Referências bibliográficas............................................................................................. 130
15. Versão da aula.......................................................................................................... 131
Introdução
Nesta aula iniciaremos o estudo de cinemática vetorial e composição de movimento.
Estes assuntos são muito bem explorados na Escola Naval, com questões bem elaboradas.
Por isso, detalharemos ao máximo toda a teoria e faremos bastantes exercícios no nível da Escola
Naval. É muito importante que você entenda cada conceito e resolva muitos exercícios para fixação,
elas o ajudarão a resolver os exercícios da Escola Naval.
Caso tenha alguma dúvida entre em contato conosco através do fórum de dúvidas do
Estratégia ou se preferir:
@proftoniburgatto
1. Cinemática vetorial
Até aqui, vimos os conceitos de espaço, velocidade linear, aceleração linear, velocidade
angular, aceleração angular e todo o tratamento foi feito em apenas uma dimensão, trabalhando
com a velocidade praticamente como um escalar. Apenas estávamos preocupados com a magnitude
da velocidade (o módulo do vetor).
A partir de agora, começaremos o tratamento vetorial da cinemática, trabalhando com
movimento bi ou tridimensionais, nos quais são importantes também as direções e os sentidos dos
movimentos.
Além disso, trabalharemos o movimento de um objeto em um lançamento não vertical.
Geralmente, este assunto é trabalhado com outros assuntos nos nossos vestibulares desejados.
Exercícios vinculados com elétrica, colisões e outras disciplinas da física.
Assim, vamos aprender algumas definições novas dentro da cinemática vetorial.
𝑠⃗ = 𝑠𝑥 . 𝑖̂ + 𝑠𝑦 𝑗̂ + 𝑠𝑧 𝑘̂ = (𝑠𝑥 , 𝑠𝑦 , 𝑠𝑧 )
Ou ainda:
𝑠⃗ = ⃗⃗⃗⃗
𝑠𝑥 + ⃗⃗⃗⃗
𝑠𝑦 + 𝑠⃗⃗⃗⃗𝑧
De acordo com a geometria dos vetores, vale a relação entre os módulos:
𝑠 2 = 𝑠𝑥2 + 𝑠𝑦2 + 𝑠𝑧2
Devido ao fato do Δ𝑡 ser um número real e sempre positivo, podemos afirmar que 𝑣⃗𝑚 e Δ𝑝⃗
possuem o mesmo sinal.
A partir disso, podemos encontrar quem possui maior módulo entre as velocidades:
|Δ𝑝⃗| ≤ |Δ𝑠|
Dividindo a equação por Δ𝑡, lembrando que Δ𝑡 é sempre positivo, vem:
|Δ𝑝⃗| |Δ𝑠|
≤
Δ𝑡 Δ𝑡
Portanto:
|𝑣⃗𝑚 | ≤ |𝑣𝑚 |
Isto mostra que:
“O módulo da velocidade vetorial média é sempre menor ou igual ao módulo da velocidade escalar
média.”
Notamos que, quando a trajetória é retilínea, |Δ𝑝⃗| = |Δ𝑠|, dessa forma, o módulo da
velocidade vetorial média (𝑣⃗𝑚 ) é igual ao módulo da velocidade escalar média.
1)
Um corpo move-se com velocidade escalar constante descrevendo uma trajetória circular de raio 30
m, levando 18 segundos par completar uma volta. Em um intervalo de Δ𝑡 = 3,0 𝑠, determine os
módulos:
a) da variação do espaço do móvel;
b) do vetor deslocamento;
c) da velocidade escalar média; e
d) da velocidade vetorial média.
Comentários:
a)
Para o intervalo de tempo dado, se o móvel gasta 18 segundos para dar uma volta completa,
em 3 ele percorre:
2𝜋 Δ𝜑 3 𝜋
𝜔= = ⇒ Δφ = 2𝜋. = 𝑟𝑎𝑑
𝑇 Δ𝑡 18 3
b)
Dessa forma, podemos determinar a variação da posição do corpo pela relação geometria:
𝐿 = 𝛼. 𝑅
Δ𝑠 = 𝜑. 𝑅
𝜋
|Δ𝑠| = . 30 ⇒ |Δ𝑠| = 10𝜋 𝑚
3
Para determinar o |Δ𝑝⃗|, vamos utilizar a lei dos cossenos no triângulo OAB:
𝜋
|Δ𝑝⃗|2 = 𝑅2 + 𝑅2 − 2. 𝑅. 𝑅. cos ( )
3
|Δ𝑝⃗| = 30 𝑚
Ou simplesmente ver que o triângulo OAB é equilátero, portanto, |Δ𝑝⃗| = 𝑅. Utilizamos a lei
dos cossenos apenas para mostrar como faz para o caso geral, ou seja, quando o triângulo não possui
propriedades conhecidas.
c)
O módulo da velocidade escalar é dado por:
|Δ𝑠| 10𝜋
|𝑣𝑚 | = ⇒ |𝑣𝑚 | = 𝑚/𝑠
Δ𝑡 3
d)
Para a velocidade vetorial média, temos que:
|Δ𝑝⃗| 30
|𝑣⃗𝑚 | = = ⇒ |𝑣⃗𝑚 | = 10 𝑚/𝑠
Δ𝑡 3
Note que neste exercício, o módulo da velocidade vetorial média é menor que o módulo da
velocidade escalar média:
3 < 𝜋 ⇒ 30 < 10𝜋 ⇒ |Δ𝑝⃗| < |Δ𝑠| ⇒ |𝑣⃗𝑚 | < |𝑣𝑚 |
Dessa forma, para calcular 𝑣⃗ quando esta passa por um ponto P, devemos tomar outro ponto
Q da trajetória, fazer o deslocamento entre P e Q e fazer Q tender a P. Assim, percebemos que
quando fazemos Q tender a P, a direção de Δ𝑝⃗ aproxima-se da direção da reta tangente à trajetória
no ponto P.
Dessa forma, a direção da velocidade vetorial instantânea é a da reta tangente à trajetória no
ponto em questão e o sentido será o mesmo do movimento do móvel.
É importante notarmos que quando Δ𝑡 → 0 (lê-se “intervalo de tempo tende à zero”, isto é,
estamos pegando intervalos de tempo cada vez menores), o módulo da variação do espaço tende a
ao módulo do vetor deslocamento, ou seja, |Δ𝑠| → |Δ𝑝⃗|. Portanto, no limite temos que:
|Δ𝑠| |Δ𝑝⃗|
lim = lim
Δ𝑡→0 Δ𝑡 Δ𝑡→0 Δ𝑡
∴ |𝑣 | = |𝑣⃗ |
Este resultado mostra que:
“O módulo da velocidade vetorial instantânea é igual ao módulo da velocidade escalar instantânea.”
Não podemos confundir a conclusão feita anteriormente o caso das velocidades médias
(|𝑣⃗𝑚 | ≤ |𝑣𝑚 |).
Observações:
1) Em muitos casos, menciona-se velocidade vetorial e não se especifica se é média ou
instantânea. Nestes casos, admite-se ser a instantânea.
2) Quando apenas diz velocidade, sem mencionar qualquer outra informação, admite-se
ser a vetorial.
É fácil notar que a velocidade vetorial neste tipo de movimento não é constante, uma vez que
estamos mudando de direção a cada instante, entretanto, apenas o módulo da velocidade é
constante. Dessa forma, embora o movimento seja uniforme, dizemos que a velocidade vetorial é
variável, pois muda direção, embora o módulo permaneça constante.
2)
Uma partícula descreve um MCUV, tal que no primeiro instante sua velocidade é 𝑣⃗1 e em um
segundo instante sua velocidade é 𝑣2
⃗⃗⃗⃗⃗. Dado que |𝑣⃗1 | = 6,0 𝑚/𝑠 e
|𝑣⃗2 | = 8 𝑚/𝑠, como na figura abaixo, determine o módulo da aceleração vetorial, se a partícula
levou 4 segundos para ir de realizar este percurso. Adote: 𝑐𝑜𝑠𝜃 = 0,6.
Comentários:
A partir da definição, devemos encontrar quem é o módulo da variação da velocidade
vetorial:
|Δ𝑣⃗ | = |𝑣⃗2 − 𝑣⃗1 |
Geometricamente:
Comentários:
Novamente, temos que determinar o modulo determinar o módulo da variação da velocidade
vetorial entre os instantes 𝑡 = 0 e 𝑡 = 8 𝑠:
Dessa forma, dizemos que um corpo está em repouso ou em movimento retilíneo uniforme
se 𝑎⃗ = ⃗0⃗, pois, neste caso teremos que 𝑣⃗ é constante. Este resultado é muito importante no estudo
de Dinâmica, assunto das nossas próximas aulas.
A partir de agora, vamos estudar algumas curvas particulares onde frequentemente
aparecem em questões dos nossos vestibulares.
1.6.1. Trajetória retilínea
Para o caso da trajetória retilínea, o vetor 𝑎⃗ tem a mesma direção da trajetória e o módulo
igual ao módulo da aceleração escalar. Se o movimento for acelerado (𝑎. 𝑣 > 0), 𝑎⃗ tem o mesmo
sentido de 𝑣⃗. Por outro lado, se o movimento for retardado (𝑎. 𝑣 < 0), 𝑎⃗ tem sentido contrário ao
de 𝑣⃗.
Figura 8: Representação dos vetores aceleração e velocidade para os dois tipos de movimento.
Figura 10: Representação dos vetores velocidade e aceleração para o movimento acelerado e retardado.
Sendo assim, vamos estudar alguns casos particulares de movimentos com foco nas
componentes tangenciais e normais.
Portanto:
𝑎⃗𝑡1 ≠ 𝑎⃗𝑡2 mas |𝑎⃗𝑡1 | = |𝑎⃗𝑡2 |
E:
4)
Um corpo descreve uma trajetória circular de centro C, com velocidade escalar inicial 𝑣0 = 4 𝑚/𝑠,
em 𝑡0 = 0. No instante 𝑡 = 1,0 𝑠, a aceleração vetorial instantânea tem módulo 10 𝑚/𝑠 2 , conforme
a figura abaixo. Dado que 𝑐𝑜𝑠𝜃 = 0,8, determine:
a) Módulo da aceleração escalar;
b) Módulo da aceleração centrípeta quando 𝑡 = 1,0 𝑠;
c) Módulo da velocidade no instante 𝑡 = 1,0 𝑠;
d) O raio da trajetória.
Comentários:
a)
Da teoria, podemos construir os vetores das acelerações tangenciais e normais:
𝑚
a) 𝑎𝑒 = 4,0 e𝑅 =0
𝑠2
b) 𝑎𝑒 = 4,0 𝑚/𝑠 2 e 𝑅 → ∞
c) 𝑎𝑒 = 2,0 𝑚/𝑠 2 e 𝑅 = 29 𝑚
d) 𝑎𝑒 = 2,0 𝑚/𝑠 2 e 𝑅 = 2,9 𝑚
e) 𝑎𝑒 = 3,4 𝑚/𝑠 2 e 𝑅 = 29 𝑚
Comentários:
Pela representação dos vetores da figura, sabemos que a aceleração centrípeta é normal ao
vetor velocidade, assim, podemos representar os demais vetores da seguinte forma:
1. (AFA – 2010)
Um carro percorre uma curva circular com velocidade linear constante de 15 m/s completando-
a em 5√2 s, conforme figura abaixo.
É correto afirmar que o módulo da aceleração média experimentada pelo carro nesse trecho,
em m/s², é
a) 0
b) 1,8
c) 3,0
d) 5,3
2. (AFA – 2007)
Uma partícula descreve movimento circular passando pelos pontos A e B om velocidades 𝑣⃗𝐴 e
𝑣⃗𝐵 , conforme a figura. A opção que representa o vetor aceleração média entre A e B é:
a)
b)
c)
d)
3. (ITA-1973)
Um flutuador em colchão de ar, desloca-se num
círculo horizontal, sobre uma mesa e preso à
extremidade de um fio inextensível, de comprimento
0,8𝑚, com velocidade angular mostrada no gráfico
(a propulsão é dada pelos gases expelidos do
aparelho). Suponha a massa do aparelho constante.
Calcule as acelerações angular 𝛾, tangencial (𝑎𝑡 ) e
centrípeta (𝑎𝑐 ) e assinale a resposta correta abaixo.
𝛾(𝑟𝑎𝑑/𝑠 2 ) 𝑎𝑡 (𝑚/𝑠 2 ) 𝑎𝑐 (𝑚/𝑠 2 )
a) 0,25 0,20 0,8 + 0,32𝑡 + 0,032𝑡 2 .
b) 0,20 0,16 0,8 + 0,4𝑡 + 0,05𝑡 2 .
c) 0,25 0,20 0,8 + 0,4𝑡 + 0,05𝑡 2 .
d) 0,20 0,16 0,8 + 0,32𝑡 + 0,032𝑡 2 .
e) 0,25 0,16 0,8 + 0,32𝑡 + 0,032𝑡 2 .
4. (ITA-1974)
Uma partícula descreve um movimento circular de raio 𝑅, partindo do repouso e com uma
aceleração tangencial 𝑎 𝑇 constante. A relação entre o módulo da aceleração centrípeta 𝑎𝑐 e o
módulo da aceleração tangencial é:
2
𝑎𝑇 𝑡
a) .
𝑅
𝑅
b) .
𝑎𝑇 𝑡 2
𝑉2
c) .
𝑅
𝑎𝑇 𝑡
d) .
𝑅
𝑎𝑇 𝑡 2
e) .
𝑅
5. (ITA-1979)
Um ponto 𝑃 de uma roda é obrigado a descrever uma trajetória circular de raio 𝑅 , com
aceleração 𝑎⃗ de módulo constante. Num dado instante, a direção e o sentido dos vetores
aceleração e velocidade são indicados na Fig. 1.
6. (ITA-1982)
Acima de um disco horizontal de centro 𝑂 que gira em torno de seu eixo, no vácuo, dando 50,0
voltas por minuto, estão duas pequenas esferas 𝑀 e 𝑁. A primeira está 2,00 𝑚 acima do disco
e a segunda a 4,50 𝑚 acima do disco, ambas na mesma vertical. Elas são abandonadas
simultaneamente e, ao chocar-se com o disco, deixam marcas 𝑁’ e 𝑀’ tais que o ângulo 𝑀’𝑂𝑁’
é igual a 95,5°. Podemos concluir que a aceleração da gravidade local vale:
a) 10,1 𝑚/𝑠 2 .
b) 49,3 𝑚/𝑠 2
c) 9,86 𝑚/𝑠 2
d) 11,1 𝑚/𝑠 2
e) 3,14 𝑚/𝑠 2
7. (ITA-1985)
Uma roda de uma bicicleta tem raio de 25𝑐𝑚. Em 5𝑠 o ciclista alcança a velocidade de 10𝑚/𝑠.
A aceleração angular da roda, suposta constante, é:
𝑟𝑎𝑑
a) 20 2 .
𝑠
𝑟𝑎𝑑
b) 0,08 .
𝑠2
𝑟𝑎𝑑
c) 2 .
𝑠2
𝑟𝑎𝑑
d) 8 .
𝑠2
𝑟𝑎𝑑
e) 0,5 .
𝑠2
8. (ITA-1991)
Uma partícula move-se em órbita circular com aceleração tangencial de módulo constante.
Considere que a velocidade angular era nula no instante 𝑡 = 0. Em dado instante 𝑡’, o ângulo
entre o vetor aceleração 𝑎⃗ e a direção ao longo do raio é 𝜋/4. Indique qual das alternativas
abaixo exige um valor de aceleração angular (𝛾) adequado à partícula no instante 𝑡’.
1
a) 𝛾 = ′ .
𝑡
b) 𝛾 = 2𝑡 ′ .
1
c) 𝛾 = (𝑡 ′)2 .
1
d) 𝛾 = .
2(𝑡 ′ )2
2
e) 𝛾 = ′.
𝑡
9. (ITA-1995)
Um avião voa numa altitude e velocidade de módulo constante, numa trajetória circular de
raio 𝑅, cujo centro coincide com o pico de uma montanha onde está instalado um canhão. A
velocidade tangencial do avião é de 200𝑚/𝑠 e a componente horizontal da velocidade da bala
do canhão é de 800𝑚/𝑠. Desprezando-se os efeitos de atrito e o movimento da Terra e
admitindo que o canhão está direcionado de forma a compensar o efeito de atração
gravitacional, para atingir o avião, no instante do disparo, o canhão deverá estar apontando
para um ponto na frente do mesmo situado a:
a) 4,0 rad.
b) 4,0𝜋 rad.
c) 0,25R rad.
d) 0,25𝜋 rad.
e) 0,25 rad.
10. (ITA-2007)
A figura mostra uma pista de corrida 𝐴 𝐵 𝐶 𝐷 𝐸 𝐹, com seus trechos retilíneos e circulares
percorridos por um atleta desde o ponto 𝐴, de onde parte do repouso, até a chegada em 𝐹,
onde para. Os trechos 𝐵𝐶, 𝐶𝐷 e 𝐷𝐸 são percorridos com a mesma velocidade de módulo
constante.
Considere as seguintes afirmações:
I – O movimento do atleta é acelerado nos trechos
𝐴𝐵, 𝐵𝐶, 𝐷𝐸 e 𝐸𝐹.
II – O sentido da aceleração vetorial média do
movimento do atleta é o mesmo nos trechos 𝐴𝐵 e
𝐸𝐹.
III – O sentido da aceleração vetorial média do movimento do atleta é para sudeste no trecho
𝐵𝐶, e, para sudoeste, no 𝐷𝐸.
Está(ão) correta(s):
a) Apenas a I.
b) Apenas a I e II.
c) Apenas a I e III.
d) Apenas a II e III.
e) Todas.
11. (ITA-2009)
Na figura um ciclista percorre um trecho 𝐴𝐵 com velocidade escalar média de 22,5 𝑘𝑚/ℎ e,
em seguida, o trecho 𝐵𝐶 de 3,0 𝑘𝑚 de extensão. No retorno, ao passar em 𝐵, verifica ser de
20,0 𝑘𝑚/ℎ sua velocidade escalar média no percurso então percorrido, 𝐴𝐵𝐶𝐵. Finalmente, ele
chega em A perfazendo todo o percurso de ida e volta em 1,00 ℎ, com velocidade escalar média
de 24,0 𝑘𝑚/ℎ. Assinale o módulo 𝑣 do vetor velocidade média referente ao percurso 𝐴𝐵𝐶𝐵.
a) 𝑣 = 12,0 𝑘𝑚/ℎ.
b) 𝑣 = 12,00 𝑘𝑚/ℎ.
c) 𝑣 = 20,0 𝑘𝑚/ℎ.
d) 𝑣 = 20,00 𝑘𝑚/ℎ.
e) 𝑣 = 36,0 𝑘𝑚/ℎ.
12. (ITA-2011)
Um problema clássico de cinemática considera objetos que, a partir de certo instante, se
movem conjuntamente com velocidade de módulo constante a partir dos vértices de um
polígono regular, cada qual apontando à posição instantânea do objeto vizinho em movimento.
A figura mostra a configuração desse movimento múltiplo no caso de um hexágono regular.
Considere que o hexágono tinha 10,0 𝑚 de lado no instante inicial e que os objetos de
movimentam com velocidade de módulo constante de 2,00 𝑚/𝑠.
Após quanto tempo estes se encontrarão e qual deverá ser a distância percorrida por cada um
dos seis objetos?
a) 5,8𝑠 𝑒 11,5𝑚.
b) 11,5𝑠 𝑒 5,8𝑚.
c) 10,0𝑠 𝑒 20,0𝑚.
d) 20,0𝑠 𝑒 10,0𝑚.
e) 20,0𝑠 𝑒 40,0𝑚.
1. (AFA – 2010)
Um carro percorre uma curva circular com velocidade linear constante de 15 m/s completando-
a em 5√2 s, conforme figura abaixo.
É correto afirmar que o módulo da aceleração média experimentada pelo carro nesse trecho,
em m/s², é
a) 0
b) 1,8
c) 3,0
d) 5,3
Comentários:
Por definição, a aceleração média vetorial é dada por:
𝑣⃗𝑓 − 𝑣⃗𝑖
𝑎⃗𝑚 =
Δt
Assim, devemos determinar o vetor diferença:
2. (AFA – 2007)
Uma partícula descreve movimento circular passando pelos pontos A e B om velocidades 𝑣⃗𝐴 e
𝑣⃗𝐵 , conforme a figura. A opção que representa o vetor aceleração média entre A e B é:
a)
b)
c)
d)
Comentários:
Por definição, a aceleração vetorial média é dada por:
𝑣⃗𝑓 − 𝑣⃗𝑖 Δ𝑣⃗
𝑎⃗𝑚 = =
Δ𝑡 Δ𝑡
Geometricamente, temos:
Portanto, a direção de 𝑎⃗𝑚 é a mesma de Δ𝑣⃗, como mostrado na figura acima e melhor
explicitado na alternativa C.
Gabarito: C
3. (ITA-1973)
Um flutuador em colchão de ar, desloca-se num
círculo horizontal, sobre uma mesa e preso à
extremidade de um fio inextensível, de comprimento
0,8𝑚, com velocidade angular mostrada no gráfico (a
propulsão é dada pelos gases expelidos do aparelho).
Suponha a massa do aparelho constante. Calcule as
acelerações angular 𝛾, tangencial (𝑎𝑡 ) e centrípeta
(𝑎𝑐 ) e assinale a resposta correta abaixo.
𝛾(𝑟𝑎𝑑/𝑠 2 ) 𝑎𝑡 (𝑚/𝑠 2 ) 𝑎𝑐 (𝑚/𝑠 2 )
a) 0,25 0,20 0,8 + 0,32𝑡 + 0,032𝑡 2 .
b) 0,20 0,16 0,8 + 0,4𝑡 + 0,05𝑡 2 .
c) 0,25 0,20 0,8 + 0,4𝑡 + 0,05𝑡 2 .
d) 0,20 0,16 0,8 + 0,32𝑡 + 0,032𝑡 2 .
e) 0,25 0,16 0,8 + 0,32𝑡 + 0,032𝑡 2 .
Comentários:
Considere a representação do movimento na figura abaixo, onde o flutuador é representado
pelo ponto 𝐶.
Note pelo gráfico que a velocidade angular do flutuador varia linearmente com o tempo, de
modo que podemos acertar que sua aceleração tangencial é constante. Para calculá-la, basta
usarmos a definição de aceleração:
Δ𝑤
𝛾=
Δ𝑡
Usando os pontos (0,1) e (20,5) do gráfico, obtemos:
5−1 4
= = 0,20 𝑟𝑎𝑑/𝑠 2
𝛾=
20 − 0 20
Para obtermos a aceleração tangencial basta multiplicarmos pelo raio da trajetória:
𝑎𝑡 = 𝛾𝑅 = 0,20 . 0,8 = 0,16 𝑚/𝑠 2
Lembrando que a aceleração centrípeta de uma partícula em trajetória circular é dada por:
2
𝑉𝑡𝑎𝑛𝑔𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎𝑙
𝑎𝑐 = (𝑒𝑞. 1)
𝑅
Voltamos nossa atenção ao cálculo da velocidade tangencial do flutuador. Podemos
relacionar a velocidade tangencial da partícula com sua velocidade angular através da expressão:
𝑉𝑡𝑎𝑛𝑔𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎𝑙 = 𝜔 ⋅ 𝑅 (𝑒𝑞. 2)
Substituindo (2) em (1), obtemos:
𝑎𝑐 = 𝜔2 ⋅ 𝑅
Pelo gráfico apresentado podemos deduzir a variação de 𝑤 com o tempo:
𝜔 = 1 + 0,20𝑡 (eq. da reta)
𝑎𝑐 = (1 + 0,40𝑡 + 0,04𝑡 2 ) . 0,8
𝑎𝑐 = 0,8 + 0,32𝑡 + 0,032𝑡 2 𝑚/𝑠 2
Gabarito: D
4. (ITA-1974)
Uma partícula descreve um movimento circular de raio 𝑅, partindo do repouso e com uma
aceleração tangencial 𝑎 𝑇 constante. A relação entre o módulo da aceleração centrípeta 𝑎𝑐 e o
módulo da aceleração tangencial é:
2
𝑎𝑇 𝑡
a) .
𝑅
𝑅
b) .
𝑎𝑇 𝑡 2
𝑉2
c) .
𝑅
𝑎𝑇 𝑡
d) .
𝑅
𝑎𝑇 𝑡 2
e) .
𝑅
Comentários:
Primeiramente, calcularemos a velocidade tangencial do movimento que é representada por
𝑉 na figura:
5. (ITA-1979)
Um ponto 𝑃 de uma roda é obrigado a descrever uma trajetória circular de raio 𝑅 , com
aceleração 𝑎⃗ de módulo constante. Num dado instante, a direção e o sentido dos vetores
aceleração e velocidade são indicados na Fig. 1.
𝑣2
c) O módulo da aceleração tangencial ⃗⃗⃗⃗⃗,
𝑎 𝑇 em cada instante, é dado por 𝑎 𝑇 = .
𝑅
d) A aceleração 𝑎⃗ é constante.
e) Na primeira vez que a partícula torna a passar pela posição inicial, a configuração dos
vetores velocidade 𝑣⃗ e aceleração ⃗⃗⃗⃗
𝑎′ , com 𝑣 ′ > 𝑣, é ilustrada na Fig. 3.
Comentários:
a) Incorreta. Considere a representação das duas acelerações na trajetória:
Suponha, por absurdo, que as componentes tangencial e centrípeta são constantes. Nesse
caso poderíamos escrever a velocidade tangencial como:
𝑉 = 𝑎 𝑇 𝑡 (𝑒𝑞. 1)
E como a aceleração centrípeta é dada por:
𝑉2
𝑎𝐶 = (𝑒𝑞. 2)
𝑅
O módulo da aceleração da partícula é dado por:
𝑎2 = 𝑎2𝑇 + 𝑎𝐶2
𝑎4𝑇 𝑡 4
𝑎= √𝑎2𝑇 + 2
𝑅
𝑎2𝑇 𝑡 4
𝑎 = 𝑎 𝑇 √1 +
𝑅2
O que não é constante, portanto, contrariando a hipótese original.
b) Incorreto. Em um movimento periódico as grandezas físicas apresentam valores iguais aos iniciais
após um período.
c) Incorreto. Essa expressão representa a aceleração centrípeta em cada instante.
d) Incorreto. Uma partícula sujeita a aceleração constante percorre uma parábola, lembre-se, por
exemplo, de lançamentos oblíquos, onde a aceleração gravitacional é uma aceleração vetorial
constante. Se o corpo estivesse em repouso ou com velocidade inicial na direção do vetor aceleração
então a trajetória seria uma reta.
e) Correto. Como 𝑣 ′ > 𝑣 podemos afirmar que a aceleração centrípeta aumentou nesse intervalo
(veja a expressão para aceleração centrípeta acima) e como a aceleração resultante deve ser
constante, podemos concluir que a aceleração tangencial diminuiu. Graficamente:
6. (ITA-1982)
Acima de um disco horizontal de centro 𝑂 que gira em torno de seu eixo, no vácuo, dando 50,0
voltas por minuto, estão duas pequenas esferas 𝑀 e 𝑁. A primeira está 2,00 𝑚 acima do disco
e a segunda a 4,50 𝑚 acima do disco, ambas na mesma vertical. Elas são abandonadas
simultaneamente e, ao chocar-se com o disco, deixam marcas 𝑁’ e 𝑀’ tais que o ângulo 𝑀’𝑂𝑁’
é igual a 95,5°. Podemos concluir que a aceleração da gravidade local vale:
a) 10,1 𝑚/𝑠 2 .
b) 49,3 𝑚/𝑠 2
c) 9,86 𝑚/𝑠 2
d) 11,1 𝑚/𝑠 2
e) 3,14 𝑚/𝑠 2
Comentários:
O tempo que o disco usou para rotacionar 95,5° é igual a diferença do tempo de queda das
duas esferas. Calculando-se esse tempo:
𝑡 = 𝑡𝑁 − 𝑡𝑀
2𝐻𝑁 2𝐻𝑀 2
𝑡=√ −√ = √ (√𝐻𝑁 − √𝐻𝑀 ) (𝑒𝑞. 1)
𝑔 𝑔 𝑔
𝑔𝑡 2
Aqui foi usado a expressão ℎ = de queda livre. Podemos usar o movimento do disco para
2
calcular o tempo acima:
Δ𝜃
𝜔=
t
Δ𝜃
2𝜋𝑓 =
𝑡
Aqui devemos transformar o ângulo fornecido para radianos e a frequência para hertz.
95,5𝜋
Efetuando as transformações encontramos 5/6 𝐻𝑧 e 𝑟𝑎𝑑. Logo, o tempo decorrido entre as
180
colisões foi:
Δ𝜃
𝑡= = 0,318 𝑠
2𝜋𝑓
Substituindo o valor encontrado em (1), obtemos:
2
0,3183 = √ (√4,5 − √2)
𝑔
2
(√4,5 − √2)
𝑔=2
0,31832
2(6,5−6)
𝑔= ≈ 9,87 𝑚/𝑠 2
0,31832
O aluno deveria ser muito cuidadoso com essa questão, já que a resposta era instável nas
outras variáveis, pequenas imprecisões nas contas levariam facilmente para outras respostas.
Gabarito: C
7. (ITA-1985)
Uma roda de uma bicicleta tem raio de 25 𝑐𝑚. Em 5 𝑠 o ciclista alcança a velocidade de 10 𝑚/𝑠.
A aceleração angular da roda, suposta constante, é:
𝑟𝑎𝑑
a) 20 2 .
𝑠
𝑟𝑎𝑑
b) 0,08 .
𝑠2
𝑟𝑎𝑑
c) 2 .
𝑠2
𝑟𝑎𝑑
d) 8 .
𝑠2
𝑟𝑎𝑑
e) 0,5 .
𝑠2
Comentários:
Assumindo que a roda não desliza em relação ao solo, devemos ter uma velocidade nula no
ponto de contato do pneu da roda com o solo, como visto em teoria:
𝑉𝐶 = 𝑉𝑇 − 𝑉𝑟𝑜𝑡 = 0
𝑉𝑇 = 𝑉𝑟𝑜𝑡
Δ𝑉𝑇 Δ𝑉𝑟𝑜𝑡
=
Δ𝑡 Δt
𝑎𝑡𝑎𝑛 = 𝛼 ⋅ 𝑅
8. (ITA-1991)
Uma partícula move-se em órbita circular com aceleração tangencial de módulo constante.
Considere que a velocidade angular era nula no instante 𝑡 = 0. Em dado instante 𝑡’, o ângulo
entre o vetor aceleração 𝑎⃗ e a direção ao longo do raio é 𝜋/4. Indique qual das alternativas
abaixo exige um valor de aceleração angular (𝛾) adequado à partícula no instante 𝑡’.
1
a) 𝛾 = ′ .
𝑡
b) 𝛾 = 2𝑡 ′ .
1
c) 𝛾 = (𝑡 ′)2 .
1
d) 𝛾 = .
2(𝑡 ′ )2
2
e) 𝛾 = ′.
𝑡
Comentários:
Considere o esquema representando o movimento:
A aceleração resultante pode ser separa em uma aceleração centrípeta e tangencial, como
seu ângulo com o raio é 45°, temos:
𝑎𝑐𝑝 = 𝑎𝑡 (𝑒𝑞. 1)
Partindo do repouso a partícula percorre um movimento uniformemente variado na
tangencial, logo sua velocidade após se passar um tempo 𝑡′ é:
𝑉𝑡 = 𝑎𝑡 ⋅ 𝑡 ′ (𝑒𝑞. 2)
Substituindo (2) em (1), temos:
𝑉𝑇2
= 𝑎𝑡
𝑅
𝑎𝑡2 (𝑡 ′ )2
= 𝑎𝑡
𝑅
𝑎𝑡 1
𝛾= = ′ 2
𝑅 (𝑡 )
Gabarito: C
9. (ITA-1995)
Um avião voa numa altitude e velocidade de módulo constante, numa trajetória circular de
raio 𝑅, cujo centro coincide com o pico de uma montanha onde está instalado um canhão. A
velocidade tangencial do avião é de 200 𝑚/𝑠 e a componente horizontal da velocidade da bala
do canhão é de 800 𝑚/𝑠. Desprezando-se os efeitos de atrito e o movimento da Terra e
admitindo que o canhão está direcionado de forma a compensar o efeito de atração
gravitacional, para atingir o avião, no instante do disparo, o canhão deverá estar apontando
para um ponto na frente do mesmo situado a:
a) 4,0 rad.
b) 4,0𝜋 rad.
c) 0,25R rad.
d) 0,25𝜋 rad.
e) 0,25 rad.
Comentários:
A figura abaixo mostra o sistema no momento do disparo, visto por cima:
𝑉𝑎𝑣𝑖ã𝑜 1
𝛼= = = 0,25 𝑟𝑎𝑑
𝑉𝑝𝑟𝑜𝑗é𝑡𝑖𝑙 4
Gabarito: E
10. (ITA-2007)
A figura mostra uma pista de corrida 𝐴 𝐵 𝐶 𝐷 𝐸 𝐹, com seus trechos retilíneos e circulares
percorridos por um atleta desde o ponto 𝐴, de onde parte do repouso, até a chegada em 𝐹,
onde para. Os trechos 𝐵𝐶, 𝐶𝐷 e 𝐷𝐸 são percorridos com a mesma velocidade de módulo
constante.
Considere as seguintes afirmações:
I – O movimento do atleta é acelerado nos trechos 𝐴𝐵, 𝐵𝐶, 𝐷𝐸 e 𝐸𝐹.
II – O sentido da aceleração vetorial média do movimento do atleta é o mesmo nos trechos 𝐴𝐵
e 𝐸𝐹.
III – O sentido da aceleração vetorial média do movimento do atleta é para sudeste no trecho
𝐵𝐶, e, para sudoeste, no 𝐷𝐸.
Está(ão) correta(s):
a) Apenas a I.
b) Apenas a I e II.
c) Apenas a I e III.
d) Apenas a II e III.
e) Todas.
Comentários:
I. Correto. No trecho 𝐴𝐵 o atleta parte do repouso e atinge uma velocidade não nula,
portanto sofre aceleração. No trecho 𝐸𝐹 o atleta apresenta velocidade no início, mas
chega ao seu com velocidade nula, logo houve aceleração. Nos trechos 𝐵𝐶 e 𝐷𝐸 a
velocidade do atleta é constante, mas a trajetória é curvilínea e, portanto, temos
aceleração centrípeta.
II. Correto. No trecho 𝐴𝐵 a aceleração tem sentido de 𝐴 para 𝐵, pois aumenta a velocidade
do atleta, já em 𝐸𝐹, ela deve ter sentido de 𝐹 para 𝐸, uma vez que o atleta percorre o
percurso de 𝐸 para 𝐹 e sua velocidade diminui.
III. Correto. Veja a figura abaixo:
11. (ITA-2009)
Na figura um ciclista percorre um trecho 𝐴𝐵 com velocidade escalar média de 22,5 𝑘𝑚/ℎ e,
em seguida, o trecho 𝐵𝐶 de 3,0 𝑘𝑚 de extensão. No retorno, ao passar em 𝐵, verifica ser de
20,0 𝑘𝑚/ℎ sua velocidade escalar média no percurso então percorrido, 𝐴𝐵𝐶𝐵. Finalmente, ele
chega em A perfazendo todo o percurso de ida e volta em 1,00 ℎ, com velocidade escalar média
de 24,0 𝑘𝑚/ℎ. Assinale o módulo 𝑣 do vetor velocidade média referente ao percurso 𝐴𝐵𝐶𝐵.
a) 𝑣 = 12,0 𝑘𝑚/ℎ.
b) 𝑣 = 12,00 𝑘𝑚/ℎ.
c) 𝑣 = 20,0 𝑘𝑚/ℎ.
d) 𝑣 = 20,00 𝑘𝑚/ℎ.
e) 𝑣 = 36,0 𝑘𝑚/ℎ.
Comentários:
Da última informação dada pela questão podemos determinar o comprimento de 𝐴𝐵:
𝑑𝐴𝐵𝐶𝐵𝐴
𝑉𝑚𝑒𝑑,𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 =
𝑡𝐴𝐵𝐶𝐵𝐴
𝑑𝐴𝐵𝐶𝐵𝐴 = 24,0 𝑘𝑚
Cuidado com os algarismos significativos!
2𝐴𝐵 + 2𝐵𝐶 = 24,0
𝐴𝐵 = 9,0 𝑘𝑚
Usando a velocidade média do percurso 𝐴𝐵𝐶𝐵, temos:
𝐴𝐵 + 2𝐵𝐶
𝑉𝑚𝑒𝑑,𝐴𝐵𝐶𝐵 =
𝑡𝐴𝐵𝐶𝐵
Podemos encontrar o tempo que o ciclista gastou naquele percurso:
15 3
𝑡𝐴𝐵𝐶𝐵 == ℎ
20 4
Por definição a velocidade média vetorial no percurso 𝐴𝐵𝐶𝐵 é dada por:
⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐵
⃗⃗𝑚𝑒𝑑,𝐴𝐵𝐶𝐵 =
𝑉
𝑡𝐴𝐵𝐶𝐵
Aplicando módulo dos dois lados da expressão:
9,0 𝐴𝐵
⃗⃗𝑚𝑒𝑑,𝐴𝐵𝐶𝐵 | =
|𝑉 =
= 12,0 𝑚/𝑠
𝑡𝐴𝐵𝐶𝐵 3
4
Note que a questão também trabalha com algarismos significativos.
Gabarito: A
12. (ITA-2011)
Um problema clássico de cinemática considera objetos que, a partir de certo instante, se
movem conjuntamente com velocidade de módulo constante a partir dos vértices de um
polígono regular, cada qual apontando à posição instantânea do objeto vizinho em movimento.
A figura mostra a configuração desse movimento múltiplo no caso de um hexágono regular.
Considere que o hexágono tinha 10,0 𝑚 de lado no instante inicial e que os objetos de
movimentam com velocidade de módulo constante de 2,00 𝑚/𝑠.
Após quanto tempo estes se encontrarão e qual deverá ser a distância percorrida por cada um
dos seis objetos?
a) 5,8𝑠 𝑒 11,5𝑚.
b) 11,5𝑠 𝑒 5,8𝑚.
c) 10,0𝑠 𝑒 20,0𝑚.
d) 20,0𝑠 𝑒 10,0𝑚.
e) 20,0𝑠 𝑒 40,0𝑚.
Comentários:
A figura abaixo mostra a configuração do movimento entre dois vértices do hexágono em um
momento qualquer:
A trajetória das partículas é uma espiral, mas isso não é relevante, tudo que precisamos saber
é que a velocidade tangencial da partícula é constante e, portanto, a expressão de movimento
uniforme se aplica. Substituindo os valores do enunciado na expressão acima, obtemos:
𝑑 = 20 𝑚
Gabarito: C
Comentários:
Para que esses vetores sempre estejam alinhados, eles devem estar na mesma reta. Dessa
maneira, o determinante formado por eles deve ser nulo:
𝑥𝐴 𝑦𝐴 1 0 2 + 8𝑡 3 1
|𝑥𝐵 𝑦𝐵 1| = 0 ⇒ |2 −4 + 2𝑡² 1| = 0
𝑥𝐶 𝑦𝐶 1 4 𝑌𝑐 (𝑡 ) 1
Resolvendo o determinante, chegamos em:
𝑌𝑐 (𝑡 ) = −8𝑡 3 + 4𝑡 2 − 10
Gabarito: A
de uma linha reta perpendicular às margens. Qual será a velocidade do barco, ao longo da linha
reta, quando ele chegar ao outra margem?
a) 0,5𝑣0 b) 𝑣0 c) 2𝑣0 d) 3𝑣0 e) 4𝑣0
Comentário:
Quando o corpo chega até a margem oposta, temos:
𝑦 = 𝐿 ; 𝑣𝑅 = √3 ⋅ 𝑣0 ; 𝑣 ⋅ 𝑐𝑜𝑠𝛼 = 𝑣𝑅 ⇒ 2𝑣0 𝑐𝑜𝑠𝛼 = √3 ⋅ 𝑣0
√3
𝑐𝑜𝑠𝛼 =
⇒ 𝛼 = 30°
2
Deste modo, a velocidade ao longo da linha reta é de:
𝑣𝑟𝑒𝑠 = 𝑣𝑦 = 𝑣 ⋅ 𝑠𝑒𝑛𝛼 = 2𝑣0 𝑠𝑒𝑛30°
𝑣𝑟𝑒𝑠 = 𝑣0
Gabarito: B
5. Composição de movimentos
Muitas vezes o movimento de um móvel pode ser visto como a superposição de dois ou mais
movimentos.
Dado dois vetores no espaço, podemos escrever cada vetor em relação a origem e podemos
escrever um vetor em relação ao outro:
Quando escrevemos 𝑟⃗𝐴/𝑂 estamos escrevendo o vetor de 𝐴 em relação a origem 𝑂, 𝑟⃗𝐵/𝑂 o vetor
de 𝐵 em relação a origem 𝑂 e 𝑟⃗𝐵/𝐴 o vetor de 𝐵 em relação a 𝐴. Além disso, pela soma vetorial,
temos que:
𝑟⃗𝐵/𝑂 = 𝑟⃗𝐵/𝐴 + 𝑟⃗𝐴/𝑂
Dessa forma, podemos dizer que um vetor pode ser escrito como a soma de dois vetores, sendo
que se pode escolher um ponto qualquer para escrever a soma vetorial (o ponto A poderia ser um
ponto qualquer que valeria 𝑟⃗𝐵/𝑂 = 𝑟⃗𝐵/𝐴 + 𝑟⃗𝐴/𝑂 ).
Está é a regra “das bolinhas”: Digamos que temos três vetores 𝑟⃗𝐵/𝐸 , 𝑟⃗𝐵/𝑂 e 𝑟⃗𝐸/𝑂 . Coloca-se o
vetor desejado, vamos supor 𝑟⃗𝐸/𝑂 . Então devemos escolher dois vetores de forma que o termo
escreveremos o vetor E em relação ao ponto B e o ponto B em relação ao ponto O, isto é:
𝑟⃗𝐸/𝑂 = 𝑟⃗𝐸/𝐵 + 𝑟⃗𝐵/𝑂
Como escrever 𝑟⃗𝐸/𝐵 e 𝑟⃗𝐵/𝐸 só altera o sentido dos vetores, então temos que:
𝑟⃗𝐸/𝐵 = −𝑟⃗𝐵/𝐸
Então:
𝑟⃗𝐸/𝑂 = −𝑟⃗𝐵/𝐸 + 𝑟⃗𝐵/𝑂
6)
Considere um rio retilíneo na qual as águas movimentam-se com velocidade de 2,0 𝑚/𝑠 em relação
as margens. Um barco cuja velocidade em relação as águas é 4,0 m/s e parte de uma ponte a outra
que distam 60 metros. Inicialmente, o barco está subindo o rio de uma ponte para a outra e depois
volta para a primeira.
a) determine o intervalo de tempo para o barco subir o rio, da primeira a segunda ponte.
b) determine o intervalo de tempo para o barco descer o rio, da segunda a primeira ponte.
c) se o rio estivesse parado em relação as margens, qual seria o tempo total de ida e volta.
Comentários:
Inicialmente, escrevemos todos os vetores velocidades:
𝑣⃗𝐵/𝑀 : 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑏𝑎𝑟𝑐𝑜 𝑒𝑚 𝑟𝑒𝑙𝑎çã𝑜 à𝑠 𝑚𝑎𝑟𝑔𝑒𝑛𝑠
{𝑣⃗𝐵/𝐴 : 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑏𝑎𝑟𝑐𝑜 𝑒𝑚 𝑟𝑒𝑙𝑎çã𝑜 à á𝑔𝑢𝑎
𝑣⃗𝐴/𝑀 : 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑎 á𝑔𝑢𝑎 𝑒𝑚 𝑟𝑒𝑙𝑎𝑐𝑎𝑜 à𝑠 𝑚𝑎𝑟𝑔𝑒𝑛𝑠
Pela regra das bolinhas, temos que:
𝑣⃗𝐵/𝑀 = 𝑣⃗𝐵/𝐴 + 𝑣⃗𝐴/𝑀
a)
Quando o barco está subindo o rio, ou seja, indo contra a correnteza (o barco vai a montante),
temos a seguinte disposição dos vetores velocidades:
60
Δ𝑡1 = ⇒ Δ𝑡1 = 30 𝑠
2
b)
Quando o barco está descendo o rio, ou seja, indo a favor da correnteza (o barco vai a
jusante), temos a seguinte disposição dos vetores velocidades:
7)
Um rio de margens paralelas corre com uma velocidade de 3,0 m/s em relação às margens. A
distância entre as margens é de 12 metros. Um barco de pesca sai de uma das margens em direção
à outra com velocidade de 4,0 m/s em relação à água, de tal forma que o seu eixo fique perpendicular
à correnteza. Determine:
a) o módulo da velocidade do barco de pesca em relação às margens;
b) quanto tempo o barco leva para ir de uma margem a outra;
c) o deslocamento do rio abaixo;
d) o deslocamento m relação às margens.
Comentários:
Novamente, vamos definir os vetores velocidades e a relação vetorial entre eles:
𝑣⃗𝐵/𝑀 : 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑏𝑎𝑟𝑐𝑜 𝑒𝑚 𝑟𝑒𝑙𝑎çã𝑜 à𝑠 𝑚𝑎𝑟𝑔𝑒𝑛𝑠
{𝑣⃗𝐵/𝐴 : 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑏𝑎𝑟𝑐𝑜 𝑒𝑚 𝑟𝑒𝑙𝑎çã𝑜 à á𝑔𝑢𝑎
𝑣⃗𝐴/𝑀 : 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑎 á𝑔𝑢𝑎 𝑒𝑚 𝑟𝑒𝑙𝑎𝑐𝑎𝑜 à𝑠 𝑚𝑎𝑟𝑔𝑒𝑛𝑠
Pela regra das bolinhas, temos que:
𝑣⃗𝐵/𝑀 = 𝑣⃗𝐵/𝐴 + 𝑣⃗𝐴/𝑀
Além disso, representamos geometricamente o problema:
a)
Para encontrarmos o módulo da velocidade do barco de pesca, precisamos utilizar a relação
de Pitágoras para relacionar os módulos dos vetores velocidades:
|𝑣⃗𝐵/𝑀 |² = |𝑣⃗𝐵/𝐴 |² + |𝑣⃗𝐴/𝑀 |²
|𝑣⃗𝐵/𝑀 |² = 4² + 3²
|𝑣⃗𝐵/𝑀 | = 5,0 𝑚/𝑠
b)
Para encontrar o tempo de travessia, podemos utilizar a velocidade do barco em relação à
água e o seu deslocamento neste trajeto:
𝑑 12
Δ𝑡 = = ⇒ Δ𝑡 = 3,0 𝑠
|𝑣⃗𝐵/𝑀 | 4,0
c)
O deslocamento do rio abaixo pode ser obtido pela velocidade das águas em relação às
margens, dado que o tempo gasto pelo barco foi de 3,0 s:
𝑑 = |𝑣⃗𝐴/𝑀 | ⋅ Δ𝑡 = 3.3 ⇒ d = 9,0 𝑚
d)
Para um observador fixo na margem do rio, o seu movimento acontece na direção da
velocidade do barco em relação à margem, isto é, de A para C. Logo, podemos calcular esse
deslocamento da seguinte forma:
̅̅̅̅
𝐴𝐶 2 = ̅̅̅̅
𝐴𝐵 2 + ̅̅̅̅
𝐵𝐶 2
̅̅̅̅
𝐴𝐶 2 = 122 + 92 ⇒ ̅̅̅̅𝐴𝐶 = 15 𝑚
Pela cinemática, poderíamos calcular o deslocamento da seguinte forma:
𝑑𝐵/𝑀 = |𝑣⃗𝐵/𝑀 | ⋅ Δ𝑡 = 5 ⋅ 3 ⇒ 𝑑𝐵/𝑀 = 15 𝑚
Note que o tempo de travessia é exatamente o mesmo, para qualquer umas das velocidades
escolhidas:
̅̅̅̅
𝐴𝐶 ̅̅̅̅
𝐴𝐵 ̅̅̅̅
𝐵𝐶
Δ𝑡 = = =
|𝑣⃗𝐵/𝑀 | |𝑣⃗𝐵/𝐴 | |𝑣⃗𝐴/𝑀 |
Como mostra os cálculos:
12 𝑚 9𝑚 15 𝑚
3,0 𝑠 = = =
4,0 𝑚/𝑠 3,0 𝑚/𝑠 5,0 𝑚/𝑠
8)
Uma lancha dotada de um motor potente, encontra-se parada em uma das margens de um rio de
margens paralelas. A velocidade da correnteza em relação às margens é de 4 m/s e a partir de 𝑡 =
0, a lancha começa a movimentar-se com MRUV em relação à água com aceleração escalar de 2,0
m/s², de tal forma que o móvel fique perpendicular à correnteza.
a) determine a trajetória da lancha para um observador fixo na Terra.
b) determine a velocidade da lancha em relação às margens em 𝑡 = 1,0 𝑠 (suponha que a lancha
ainda não atravessou o rio).
Comentários:
a)
Inicialmente, vamos adotar um sistema de coordenadas cartesiana, onde a origem coincida
com a posição inicial da lancha na margem do rio. Além disso, colocamos o eixo x orientado no
sentido da correnteza, conforme figura abaixo:
Considerando um observador nas margens do rio, isto é, ele está fixo na Terra, para ele a
lancha é levada rio abaixo, com módulo de velocidade 𝑣𝐴/𝑀 , em um movimento uniforme. Para este
tipo de movimento, a função horária do espaço é dada por:
𝑠 = 𝑠0 + 𝑣𝐴/𝑀 ⋅ 𝑡
Logo, para o nosso caso, temos que:
𝑥 = 4 ⋅ 𝑡 (1)
Por outro lado, enquanto a lancha move-se rio abaixo (na direção de x), ela também se
desloca na direção de y mas realizando um MUV nesta orientação. Logo, a posição y pode ser dada
por:
𝑎
𝑠 = 𝑠0 + 𝑣0 ⋅ 𝑡 + ⋅ 𝑡 2
2
2
𝑦 = 0 + 0 ⋅ 𝑡 + ⋅ 𝑡2
2
𝑦 = 𝑡 2 (2)
Isolando o tempo em (1) e substituindo em (2), podemos encontrar a equação da trajetória:
𝑥
𝑥 =4⋅𝑡 ⇒𝑡 =
4
𝑥 2 𝑥2
𝑦 =1⋅( ) ⇒ 𝑦 =
4 16
Este resultado, mostra que a equação da trajetória da lancha é uma parábola e neste intervalo
de tempo ela irá descrever um arco de parábola.
b)
Em 𝑡 = 1,0 𝑠, na direção x temos que 𝑣𝑥 = 4,0 𝑚/𝑠 e na direção y, a lancha realiza um MUV,
portanto:
𝑣𝑦 = 𝑣0𝑦 + 𝑎𝑦 ⋅ 𝑡
𝑣𝑦 = 0 + 2 ⋅ 𝑡
𝑣𝑦 (1) = 2 ⋅ (1) ⇒ 𝑣𝑦 = 2,0 𝑚/𝑠
Dessa forma, o módulo da velocidade em 𝑡 = 1 𝑠 é dado por:
𝑣 2 = 𝑣𝑥2 + 𝑣𝑦2 ⇒ 𝑣 2 = 42 + 22 ⇒ 𝑣 = 2√5𝑚/𝑠
Podemos representar as velocidades neste instante por:
𝑣⃗ = 𝜔
⃗⃗ × 𝑟⃗
Observação: o vetor 𝜔
⃗⃗ tem orientação “saindo do papel”, por isso representamos por um
círculo com uma bolinha no meio, próximo ao ponto O.
Mas como 𝜔
⃗⃗ ⊥ 𝑟⃗, podemos dizer que o módulo de 𝑣⃗ é
𝑣 =𝜔⋅𝑟
Para determinar a posição do eixo instantâneo de rotação, basta fazer a intersecção das retas
que passam pelos pontos considerados e são perpendiculares às respectivas velocidades:
Depois disso, podemos construir o diagrama das velocidades dos pontos de um corpo rígido.
Devido ao fato de os módulos das velocidades serem proporcionais à distância ao eixo
instantâneo de rotação, escrevemos o diagrama das velocidades:
Figura 18: Determinação da relação entre os módulos das velocidades e os raios de giração.
Essa situação acontece quando é acionado os freios, mas as rodas do veículo e o atrito não
são suficientes para reduzir a velocidade de translação até que essa possa impedir o
deslizamento.
Em outras palavras:
|𝑣⃗𝑡 | > |𝑣⃗𝑟 |
Essa situação acontece quando o motor do móvel aumenta muito a velocidade de rotação
das rodas e o atrito não é suficiente para aumentar a velocidade de translação para evitar o
deslizamento, isto é:
|𝑣⃗𝑟 | > |𝑣⃗𝑡 |
|𝑣⃗𝑐 | = |𝑣⃗𝑟 | − |𝑣⃗𝑡 |
Nesse caso, os freios travam as rodas e o atrito é tão pequeno que o veículo continua seu
movimento de translação, imagine um carro em uma estrada coberta de gelo, por exemplo.
𝑣⃗𝑐 = 𝑣⃗𝑡
Para essa situação particular, dizemos que o eixo instantâneo de rotação está lá no infinito
(apenas uma abstração da situação).
d) Roda em sentido contrário ao deslocamento.
Nessa situação, para determinar o eixo instantâneo de rotação basta conhecer a velocidade
do contato e a velocidade de translação, que corresponde a velocidade do eixo da roda:
Nesse caso, imagine que o motorista engate uma marcha a ré implicando movimento
contrário as rodas, mas o atrito não é suficiente para fazer o móvel parar e inverter o seu
sentido.
Observação: Não coloque uma marcha a ré no seu carro para fazer este teste, nossos carros
são projetados para que a marcha a ré seja acionada com o carro parado. Essa manobra pode
danificar sua caixa de engrenagens.
Nesse caso temos que:
𝑣⃗𝑐 = 𝑣⃗𝑡 + 𝑣⃗𝑟
|𝑣⃗𝑐 | = |𝑣⃗𝑡 | + |𝑣⃗𝑟 |
Para determinar a velocidade de um ponto qualquer da roda, podemos partir do eixo
instantâneo de rotação e da velocidade de translação.
Para um ponto P da roda, vamos considerar sua velocidade de translação 𝑣⃗𝑡 e eu eixo
instantâneo de rotação conforme a figura abaixo:
Figura 25:Determinação geométrica do eixo instantâneo de rotação e a relação entre os módulos das velocidades.
1. (EN – 2017)
Dois navios da Marinha de Guerra, as Fragatas Independência e Rademaker, encontram-se
próximos a um farol. A Fragata Independência segue em direção ao norte com velocidade de
15√2 𝑛ó𝑠 e a Fragata Rademaker, em direção ao nordeste com velocidade de 20 𝑛ó𝑠.
Considere que ambas as velocidades foram medidas em relação ao farol. Se na região há uma
corrente marítima de 2,0 𝑛ó𝑠 no sentido norte-sul, qual o módulo da velocidade relativa da
Fragata Independência, em nós, em relação à Fragata Rademaker?
a) 10,0
b) 12,3
c) 13,7
d) 15,8
e) 16,7
2. (EN – 2008)
Em um certo cruzamento de uma rodovia, no instante 𝑡0 = 0, um veículo A possui velocidade
de 4,0 𝑖̂(m/s) e outro veículo B velocidade de 6,0 𝑗̂ (m/s). A partir de então, o veículo A recebe,
durante 2,8 𝑠, uma aceleração de 3,0 𝑚/𝑠 2 , no sentido positivo do eixo dos Y, e o veículo B
recebe, durante 2,5 𝑠, uma aceleração de 2,0 𝑚/𝑠 2 , no sentido negativo do eixo dos X. O
módulo da velocidade do veículo A em relação ao veículo B, em m/s, no instante 𝑡 = 1,0 𝑠, é
a) 1,5√3
b) 2,0√5
c) 3,0√3
d) 3,0√5
e) 5,0√5
3. (AFA – 2007)
Um avião voa na direção leste a 120 km/h para ir da cidade A à cidade B. Havendo vento para
o Sul com velocidade de 50 km/h, para que o tempo de viagem seja o mesmo, a velocidade do
avião deverá ser
a) 130 km/h
b) 145 km/h
c) 170 km/h
d) 185 km/h
4. (EFOMM – 2013)
Dois navios A e B podem mover-se apenas ao longo de um
plano XY. O navio B estava em repouso na origem quando, em
𝑡 = 0, parte com vetor aceleração constante fazendo um
ângulo 𝛼, com o eixo Y. No mesmo instante (𝑡 = 0), o navio A
passa pela posição mostrada na figura com vetor velocidade
constante de módulo 5,0 m/s e fazendo um ângulo 𝜃 com o
eixo Y. Considerando que no instante 𝑡1 = 20 𝑠, sendo
𝑦𝐴 (𝑡1 ) = 𝑦𝐵 (𝑡1 ) = 30 𝑚, ocorre uma colisão entre os navios,
o valor de 𝑡𝑔(𝛼) é
Dados: 𝑠𝑒𝑛(𝜃) = 0,60 e cos(𝜃) = 0,80.
a) √3/3
b) 1,0
c) 1,5
d) √3
e) 2,0
5. (EFOMM – 2011)
Um barco atravessa um rio de margens paralelas e largura de 4,0 km. Devido à correnteza, as
componentes da velocidade do barco são 𝑉𝑥 = 0,50 𝑘𝑚/ℎ e 𝑉𝑦 = 2,0 𝑘𝑚/ℎ. Considerando
que, em 𝑡 = 0, o barco parte da origem do sistema cartesiano 𝑥𝑦 (indicado na figura), as
coordenadas de posição, em quilômetro, e o instante, em horas, de chegada do barco à outra
margem são
6. (EFOMM – 2010)
Observe as figuras a seguir.
Numa região de mar calmo, dois navios, A e B, navegam com velocidades, respectivamente,
iguais a 𝑣𝐴 = 5,0 𝑛ó𝑠 no rumo norte e 𝑣𝐵 = 2,0 𝑛ó𝑠 na direção 60°𝑁𝐸𝐸, medidas em relação
à terra, conforme indica a figura acima. O comandante do navio 𝐵 precisa medir a velocidade
do navio 𝐴 em relação ao navio 𝐵. Que item informa o módulo, em nós, e esboça a direção e
sentido do vetor velocidade a ser medido?
Dado: cos(60°) = 0,5.
a) 2,2
b) 4,4
c) 4,4
d) 6,6
e) 6,6
7. (EFOMM – 2008)
Um satélite meteorológico envia para os computadores de bordo de um navio conteneiro
informações sobre um tornado que se forma na rota desse navio a 54,0 milhas a boreste
(direita). Segundo as informações, o tornado tem forma cônica de 252 m de altura e 84 m de
raio. A velocidade angular é aproximadamente 45 rad/s. O módulo da velocidade vetorial de
rotação do tornado, em km/h, num ponto situado a 3 m do plano de sua base, vale
a) 162
b) 242
c) 308
d) 476
e) 588
8. (ITA-1982)
Um nadador, que pode desenvolver uma velocidade de 0,900𝑚/𝑠 na água parada, atravessa
o rio de largura 𝐷 metros, cuja correnteza tem velocidade de 1,08𝑘𝑚/ℎ. Nadando em linha
√3
reta ele quer alcançar um ponto da outra margem situada 𝐷 metros abaixo do ponto de
3
partida. Para que isso ocorra, sua velocidade em relação ao rio deve formar com a correnteza
o ângulo:
√3
a) 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 (√33 + 1).
12
√3
b) 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 .
2
c) zero grau.
√3
d) 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 .
12
e) O problema não tem solução.
9. (ITA-1987)
Um avião Xavantes está a 8𝑘𝑚 de altura e voa horizontalmente a 700𝑘𝑚/ℎ, patrulhando as
costas brasileiras. Em dado instante, ele observa um submarino inimigo parado na superfície.
Desprezando as forças de resistência do ar e adotando 𝑔 = 10𝑚/𝑠 2 , pode-se afirmar que o
tempo que dispõe o submarino para deslocar-se após o avião ter solto uma bomba é de:
a) 108s
b) 20s
c) 30s
d) 40s
e) Não é possível determinar se não for conhecida a distância inicial entre o avião e o
submarino.
10. (ITA-1994)
Um barco, com motor em regime constante, desce um trecho de um rio em 2,0 horas e sobe o
mesmo em 4,0 horas. Quanto tempo levará o barco para percorrer o mesmo trecho, rio abaixo,
com o motor desligado?
a) 3,5 horas.
b) 6,0 horas.
c) 8,0 horas.
d) 4,0 horas.
e) 4,5 horas.
11. (ITA-2009)
Um barco leva 10 horas para subir e 4 horas para descer um mesmo trecho do rio Amazonas,
mantendo constante o módulo de sua velocidade em relação à água. Quanto tempo o barco
leva para descer esse trecho com os motores desligados?
a) 14 horas e 30 minutos.
b) 13 horas e 20 minutos.
c) 7 horas e 20 minutos.
d) 10 horas.
e) Não é possível resolver porque não foi dada a distância percorrida pelo barco.
𝑥2
d) + 𝑦 2 = 1.
4
e) 4𝑥 2 + 𝑦 2 = 4.
13. (ITA)
Dois barcos, 1 e 2, partem simultaneamente de um ponto 𝐴 da margem de um rio, conforme a
figura, com velocidades constantes em relação à água respectivamente iguais 𝑉1 e 𝑉2 . O barco
1 vai diretamente até o ponto 𝐵 da mesma margem, rio abaixo, e volta a 𝐴. O barco 2 vai
diretamente até o ponto 𝐶 da outra margem e volta a 𝐴. Os tempos de ida e volta para ambos
os barcos são iguais. As distâncias 𝐴𝐶 e 𝐴𝐵 são iguais entre si e a velocidade da correnteza é
constante e apresenta módulo 𝑉, em relação às margens do rio. Sabendo que a razão entre o
𝑉2
a) 𝑅 =
2𝜋𝑔𝑁
2𝑉 2
b) 𝑅 =
𝜋𝑔𝑁
𝑉2
c) 𝑅 =
𝜋𝑔𝑁
𝑉2
d) 𝑅 =
𝑔𝑁
2𝑉 2
e) 𝑅 =
𝑔𝑁
1. (EN – 2017)
Dois navios da Marinha de Guerra, as Fragatas Independência e Rademaker, encontram-se
próximos a um farol. A Fragata Independência segue em direção ao norte com velocidade de
15√2 𝑛ó𝑠 e a Fragata Rademaker, em direção ao nordeste com velocidade de 20 𝑛ó𝑠.
Considere que ambas as velocidades foram medidas em relação ao farol. Se na região há uma
corrente marítima de 2,0 𝑛ó𝑠 no sentido norte-sul, qual o módulo da velocidade relativa da
Fragata Independência, em nós, em relação à Fragata Rademaker?
a) 10,0
b) 12,3
c) 13,7
d) 15,8
e) 16,7
Comentários:
Denotando por 𝑣⃗𝐹𝐼 a velocidade da Fragata Independência e 𝑣⃗𝐹𝑅 a velocidade da Fragata
Rademaker, ambas em relação ao farol, podemos dizer que:
𝑣⃗𝐹𝐼/á𝑔𝑢𝑎𝑠 = 𝑣⃗𝐹𝐼/𝐹𝑅 + 𝑣⃗𝐹𝑅/á𝑔𝑢𝑎𝑠
𝑣⃗𝐹𝐼/𝑇 = 𝑣⃗𝐹𝐼/á𝑔𝑢𝑎𝑠 + 𝑣⃗á𝑔𝑢𝑎𝑠/𝑇
𝑣⃗𝐹𝑅/𝑇 = 𝑣⃗𝐹𝑅/á𝑔𝑢𝑎𝑠 + 𝑣⃗á𝑔𝑢𝑎𝑠/𝑇
Como a Fragata Rademaker se desloca na direção nordeste, sua velocidade é dada por:
𝑣⃗𝐹𝑅/𝑇 = 20 ⋅ cos 45° 𝑖̂ + 20 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 45° 𝑗̂
𝑣⃗𝐹𝑅/𝑇 = 10√2 𝑖̂ + 10√2 𝑗̂
Além disso:
𝑣⃗𝐹𝐼/𝑇 = 15√2𝑗̂
𝑣⃗á𝑔𝑢𝑎𝑠/𝑇 = −2𝑗̂
Todas as velocidades em nós. Para a Fragata Independência, temos:
𝑣⃗𝐹𝐼/á𝑔𝑢𝑎𝑠 = 𝑣⃗𝐹𝐼/𝑇 − 𝑣⃗á𝑔𝑢𝑎𝑠/𝑇
Gabarito: D
2. (EN – 2008)
Em um certo cruzamento de uma rodovia, no instante 𝑡0 = 0, um veículo A possui velocidade
de 4,0 𝑖̂(m/s) e outro veículo B velocidade de 6,0 𝑗̂ (m/s). A partir de então, o veículo A recebe,
durante 2,8 𝑠, uma aceleração de 3,0 𝑚/𝑠 2 , no sentido positivo do eixo dos Y, e o veículo B
recebe, durante 2,5 𝑠, uma aceleração de 2,0 𝑚/𝑠 2 , no sentido negativo do eixo dos X. O
módulo da velocidade do veículo A em relação ao veículo B, em m/s, no instante 𝑡 = 1,0 𝑠, é
a) 1,5√3
b) 2,0√5
c) 3,0√3
d) 3,0√5
e) 5,0√5
Comentários:
Tomando como origem o cruzamento, e escrevendo as leis das velocidades em cada direção,
temos:
𝑣⃗𝐴 = 4,0𝑖̂ + (0 + 3,0 ⋅ 𝑡 )𝑗̂
{
𝑣⃗𝐵 = (0 − 2,0 ⋅ 𝑡 )𝑖̂ + 6,0𝑗̂
Gabarito: D
3. (AFA – 2007)
Um avião voa na direção leste a 120 km/h para ir da cidade A à cidade B. Havendo vento para
o Sul com velocidade de 50 km/h, para que o tempo de viagem seja o mesmo, a velocidade do
avião deverá ser
a) 130 km/h
b) 145 km/h
c) 170 km/h
d) 185 km/h
Comentários:
Pela composição dos movimentos, temos:
𝑣⃗𝐴𝑣𝑖ã𝑜/𝑇 = 𝑣⃗𝐴𝑣𝑖ã𝑜/𝑉𝑒𝑛𝑡𝑜 + 𝑣⃗𝑉𝑒𝑛𝑡𝑜/𝑇
𝑣⃗𝐴𝑣𝑖ã𝑜/𝑉𝑒𝑛𝑡𝑜 = 𝑣⃗𝐴𝑣𝑖ã𝑜/𝑇 − 𝑣⃗𝑉𝑒𝑛𝑡𝑜/𝑇
Geometricamente:
|𝑣⃗𝑎𝑣𝑖ã𝑜/𝑣𝑒𝑛𝑡𝑜 | = 13 𝑚/𝑠
Gabarito: A
4. (EFOMM – 2013)
Dois navios A e B podem mover-se apenas ao longo de um
plano XY. O navio B estava em repouso na origem quando, em
𝑡 = 0, parte com vetor aceleração constante fazendo um
ângulo 𝛼, com o eixo Y. No mesmo instante (𝑡 = 0), o navio A
passa pela posição mostrada na figura com vetor velocidade
constante de módulo 5,0 m/s e fazendo um ângulo 𝜃 com o
eixo Y. Considerando que no instante 𝑡1 = 20 𝑠, sendo
𝑦𝐴 (𝑡1 ) = 𝑦𝐵 (𝑡1 ) = 30 𝑚, ocorre uma colisão entre os navios,
o valor de 𝑡𝑔(𝛼) é
Dados: 𝑠𝑒𝑛(𝜃) = 0,60 e cos(𝜃) = 0,80.
a) √3/3
b) 1,0
c) 1,5
d) √3
e) 2,0
Comentários:
Decompondo a velocidade de A nas direções 𝑥 e 𝑦, temos que:
𝑣𝑥 = 𝑣𝐴 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝜃) 𝑣𝑥 = 5,0 ⋅ 0,6 𝑣𝑥 = 3,0 𝑚/𝑠
{ ⇒{ ⇒{
𝑣𝑦 = 𝑣𝐴 ⋅ cos (𝜃) 𝑣𝑦 = 5,0 ⋅ 0,8 𝑣𝑦 = 4,0 𝑚/𝑠
5. (EFOMM – 2011)
Um barco atravessa um rio de margens paralelas e largura de 4,0 km. Devido à correnteza, as
componentes da velocidade do barco são 𝑉𝑥 = 0,50 𝑘𝑚/ℎ e 𝑉𝑦 = 2,0 𝑘𝑚/ℎ. Considerando
que, em 𝑡 = 0, o barco parte da origem do sistema cartesiano 𝑥𝑦 (indicado na figura), as
coordenadas de posição, em quilômetro, e o instante, em horas, de chegada do barco à outra
margem são
Comentários:
Note que a questão fornece as velocidades do barco em relação as margens, contabilizando
o efeito da correnteza. Portanto, podemos determinar o tempo para atravessar o rio olhando apenas
para a direção 𝑦:
Δ𝑦
Δ𝑡 =
𝑣𝑦
4,0
Δ𝑡 = = 2,0 ℎ
2,0
Durante esse tempo, o barco se desloca no eixo 𝑥 uma distância igual a:
Δ𝑥 = 𝑣𝑥 ⋅ Δ𝑡
Δ𝑥 = 0,5 ⋅ 2,0 = 1,0 𝑘𝑚
Logo, o ponto onde o barco chega ao atravessar o rio é (1,0 ; 4,0) e ele gasta 2,0 h.
Gabarito: B
6. (EFOMM – 2010)
Observe as figuras a seguir.
Numa região de mar calmo, dois navios, A e B, navegam com velocidades, respectivamente,
iguais a 𝑣𝐴 = 5,0 𝑛ó𝑠 no rumo norte e 𝑣𝐵 = 2,0 𝑛ó𝑠 na direção 60°𝑁𝐸𝐸, medidas em relação
à terra, conforme indica a figura acima. O comandante do navio 𝐵 precisa medir a velocidade
do navio 𝐴 em relação ao navio 𝐵. Que item informa o módulo, em nós, e esboça a direção e
sentido do vetor velocidade a ser medido?
Dado: cos(60°) = 0,5.
a) 2,2
b) 4,4
c) 4,4
d) 6,6
e) 6,6
Comentários:
Podemos escrever que:
7. (EFOMM – 2008)
Um satélite meteorológico envia para os computadores de bordo de um navio conteneiro
informações sobre um tornado que se forma na rota desse navio a 54,0 milhas a boreste
(direita). Segundo as informações, o tornado tem forma cônica de 252 m de altura e 84 m de
raio. A velocidade angular é aproximadamente 45 rad/s. O módulo da velocidade vetorial de
rotação do tornado, em km/h, num ponto situado a 3 m do plano de sua base, vale
a) 162
b) 242
c) 308
d) 476
e) 588
Comentários:
Segundo o enunciado, temos a seguinte configuração dos elementos geométricos do tornado:
8. (ITA-1982)
Um nadador, que pode desenvolver uma velocidade de 0,900𝑚/𝑠 na água parada, atravessa
o rio de largura 𝐷 metros, cuja correnteza tem velocidade de 1,08𝑘𝑚/ℎ. Nadando em linha
√3
reta ele quer alcançar um ponto da outra margem situada 𝐷 metros abaixo do ponto de
3
partida. Para que isso ocorra, sua velocidade em relação ao rio deve formar com a correnteza
o ângulo:
√3
a) 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 (√33 + 1).
12
√3
b) 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 .
2
c) zero grau.
√3
d) 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 .
12
e) O problema não tem solução.
Comentários:
√3 1 √3 √33 √3
sen(𝛽 + 60°) = + = (1 + √33)
6 2 2 6 12
Gabarito: A
9. (ITA-1987)
Um avião Xavantes está a 8𝑘𝑚 de altura e voa horizontalmente a 700𝑘𝑚/ℎ, patrulhando as
costas brasileiras. Em dado instante, ele observa um submarino inimigo parado na superfície.
Desprezando as forças de resistência do ar e adotando 𝑔 = 10𝑚/𝑠 2 , pode-se afirmar que o
tempo que dispõe o submarino para deslocar-se após o avião ter solto uma bomba é de:
a) 108s
b) 20s
c) 30s
d) 40s
e) Não é possível determinar se não for conhecida a distância inicial entre o avião e o
submarino.
Comentários:
Neste problema não precisamos nos preocupar com o movimento horizontal da bomba, já
que sabemos que ela não atingirá o submarino enquanto não percorrer os 8km verticais alcançando
a superfície. Como sua velocidade vertical inicial é nula (lançamento horizontal, igual a velocidade
do avião) temos:
𝑔𝑡 2 2ℎ
ℎ= ⇒𝑡=√
2 𝑔
2 . 8000
∴𝑡=√ = 40 𝑠
10
Gabarito: D
10. (ITA-1994)
Um barco, com motor em regime constante, desce um trecho de um rio em 2,0 horas e sobe o
mesmo em 4,0 horas. Quanto tempo levará o barco para percorrer o mesmo trecho, rio abaixo,
com o motor desligado?
a) 3,5 horas.
b) 6,0 horas.
c) 8,0 horas.
d) 4,0 horas.
e) 4,5 horas.
Comentários:
11. (ITA-2009)
Um barco leva 10 horas para subir e 4 horas para descer um mesmo trecho do rio Amazonas,
mantendo constante o módulo de sua velocidade em relação à água. Quanto tempo o barco
leva para descer esse trecho com os motores desligados?
a) 14 horas e 30 minutos.
b) 13 horas e 20 minutos.
c) 7 horas e 20 minutos.
d) 10 horas.
e) Não é possível resolver porque não foi dada a distância percorrida pelo barco.
Comentários:
Seja 𝑢 a velocidade que o motor do barco é capaz de gerar e 𝑣 a velocidade da correnteza.
Então, na descida do rio com o motor ligado teremos (o sentido da velocidade da correnteza é
sempre rio abaixo):
𝑣⃗𝐵𝑎𝑟𝑐𝑜/𝑡𝑒𝑟𝑟𝑎 = 𝑣⃗𝐵𝑎𝑟𝑐𝑜/𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒𝑧𝑎 + 𝑣⃗𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒𝑧𝑎/𝑡𝑒𝑟𝑟𝑎
Δ𝑆
𝑢+𝑣 = (𝑒𝑞. 1)
𝑡1
Na subida a velocidade da correnteza se opõe a velocidade gerada pelo barco:
Δ𝑆
𝑢−𝑣 = (𝑒𝑞. 2)
𝑡2
Dividindo (1) por (2), temos:
𝑢 + 𝑣 𝑡2
=
𝑢 − 𝑣 𝑡1
Do enunciado temos que 𝑡1 = 2 ℎ e 𝑡2 = 4ℎ, assim:
2𝑢 + 2𝑣 = 5𝑢 − 5𝑣
7
𝑢= 𝑣
3
O motor do barco desenvolve uma velocidade igual a sete terços a da correnteza.
Substituindo esse resultado em (1), obtemos:
10 Δ𝑆
𝑣=
3 𝑡1
10
Δ𝑆 = 𝑣 ⋅ 𝑡1 (𝑒𝑞. 3)
3
Na situação em que o barco desce o rio com seu motor desligado sua velocidade é 𝑣, assim:
Δ𝑆
𝑣=
𝑡
Substituindo (3) na equação acima:
10 𝑣 ⋅ 𝑡1 10 40
𝑡= ⋅ = ⋅ 4= ℎ
3 𝑣 3 3
1
𝑡 = 13 + ℎ = 13ℎ 20𝑚𝑖𝑛
3
Gabarito: B
partícula descreve um movimento dado pelas equações 𝑥1 (𝑡 ) = 3cos (𝑡) e 𝑦1 (𝑡 ) = 4sen (𝑡),
sendo 𝑡 a variável tempo. O observador 2, considerando estar no centro de seu sistema de
coordenadas, equaciona o movimento da partícula como 𝑥2 (𝑡 ) = 5cos (𝑡) e 𝑦2 (𝑡 ) =
5sen (𝑡). O observador 1 descreveria o movimento do observador 2 por meio da equação:
Observações:
- Os eixos 𝑥1 e 𝑥2 são paralelos e possuem o mesmo sentido; e
- Os eixos 𝑦1 e 𝑦2 são paralelos e possuem o mesmo sentido.
a) 9𝑥 2 + 16𝑦 2 = 25.
𝑥2 𝑦2
b) + = 25.
9 16
c) 4𝑥 2 + 𝑦 2 = 1.
𝑥2
d) + 𝑦 2 = 1.
4
e) 4𝑥 2 + 𝑦 2 = 4.
Comentários:
Considere o referencial da partícula. Nesse referencial o observador 1 tem coordenadas:
𝑥𝑝1 (𝑡 ) = −3 cos(𝑡)
𝑦𝑝1 (𝑡 ) = −4 sen(𝑡 )
O observador 2 tem coordenadas:
𝑥𝑝2 (𝑡 ) = −5 cos(𝑡)
𝑦𝑝2 (𝑡 ) = −5 sen(𝑡)
Assim, podemos representar a posição do observador 2 em relação ao 1 pela equação:
𝑥 (𝑡 ) = 𝑥𝑝2 (𝑡 ) − 𝑥𝑝1 (𝑡 ) = −2 cos(𝑡 )
𝑦(𝑡 ) = 𝑦𝑝2 (𝑡 ) − 𝑦𝑝1 (𝑡 ) = − sen(𝑡 )
Isolando os valores de cos(𝑡) e sen(𝑡) nas equações acima e usando a identidade
trigonométrica sen2 𝜃 + cos2 𝜃 = 1, temos:
2
𝑥2
𝑦 + =1
4
Gabarito: D
13. (ITA)
Dois barcos, 1 e 2, partem simultaneamente de um ponto 𝐴 da margem de um rio, conforme a
figura, com velocidades constantes em relação à água respectivamente iguais 𝑉1 e 𝑉2 . O barco
1 vai diretamente até o ponto 𝐵 da mesma margem, rio abaixo, e volta a 𝐴. O barco 2 vai
diretamente até o ponto 𝐶 da outra margem e volta a 𝐴. Os tempos de ida e volta para ambos
os barcos são iguais. As distâncias 𝐴𝐶 e 𝐴𝐵 são iguais entre si e a velocidade da correnteza é
constante e apresenta módulo 𝑉, em relação às margens do rio. Sabendo que a razão entre o
tempo de descida de 𝐴 para 𝐵 e o tempo de subida de 𝐵 para 𝐴 é 𝑟, os módulos 𝑉1 e 𝑉2 , valem
respectivamente:
Comentários:
Calculando o tempo de descida do primeiro barco, obtemos:
𝑥
𝑡𝑑 = (𝑒𝑞. 1)
𝑉1 + 𝑉
Onde 𝑥 = 𝐴𝐶 = 𝐴𝐵. O tempo de subida:
𝑥
𝑡𝑠 = (𝑒𝑞. 2)
𝑉1 − 𝑉
A razão entre esses tempos é dada pela questão:
𝑡𝑑
𝑟=
𝑡𝑠
Substituindo (1) e (2), temos:
𝑉1 − 𝑉
𝑟=
𝑉1 + 𝑉
1+𝑟
𝑉1 = 𝑉 ( )
1−𝑟
A velocidade do barco 2 em relação ao rio (desenvolvida pelo seu motor) deve ser inclinada,
de modo que a resultante tem a direção 𝐴𝐶:
1+𝑟 2 1−𝑟 2
𝑉2 = 𝑉 √( ) −1+( )
1−𝑟 1+𝑟
Gabarito: A
direita com velocidade 40 cm/s e o centro do cilindro se move para a esquerda com velocidade
de intensidade 10 cm/s.
Comentários:
Se a tábua A movimenta sem escorregar com o cilindro, então a velocidade no ponto de
contato do cilindro com a tábua A deve ser igual a 40 cm/s para a direita. Como a velocidade do
centro do cilindro é para a esquerda, podemos encontrar o eixo instantâneo de rotação e a partir
dele encontrar a velocidade da tábua B.
O diagrama de velocidade no cilindro é:
Em que E é o eixo instantâneo de rotação. Note que o triângulo APE é semelhante ao triângulo
CQE. Portanto:
40 𝑥
=
10 𝑦
𝑥 = 4𝑦
Como 𝑥 + 𝑦 = 2,0 𝑐𝑚, então:
𝑥 + 𝑦 = 2,0
4𝑦 + 𝑦 = 2,0
𝑦 = 0,4 𝑐𝑚
Além disso, note que o triângulo EQC é semelhante ao triângulo ERB. Logo:
𝑣 (2,0 + 𝑦)
=
10 𝑦
𝑣 2,0 + 0,4
=
10 0,4
𝑣 2,4
=
10 0,4
𝑣 = 60 𝑐𝑚/𝑠
Gabarito: 60 cm/s para a esquerda.
𝑉2
a) 𝑅 =
2𝜋𝑔𝑁
2𝑉 2
b) 𝑅 =
𝜋𝑔𝑁
𝑉2
c) 𝑅 =
𝜋𝑔𝑁
𝑉2
d) 𝑅 =
𝑔𝑁
2𝑉 2
e) 𝑅 =
𝑔𝑁
Comentários:
A velocidade da gota ao se desprender do ponto 𝐴 é dada por:
𝑣𝑥 = 𝑉; 𝑣𝑦 = 𝑉
O tempo que a gota permanece em movimento é exatamente o tempo em que a roda realiza
𝑁 voltas.
2𝜋 2𝜋𝑁𝑅
𝑇=𝑁⋅ =
𝑉 𝑉
𝑅
Esse tempo é o mesmo de voo da gota:
2𝑉
𝑡𝑣𝑜𝑜 = =𝑇
𝑔
2𝑉 2𝜋𝑁𝑅
=
𝑔 𝑉
𝑉2
𝑅=
𝜋𝑔𝑁
Gabarito: C
9. Lançamento oblíquo
Antes de começar o estudo de um corpo lançado obliquamente, vamos recordar o princípio
da independência ou princípios da simultaneidade proposto por Galileu, quando estudava os
problemas envolvendo composição de movimentos.
Quando um corpo apresenta um movimento composto, isto é, seu movimento pode ser dividido
numa soma de movimentos independentes, cada um dos movimentos componentes se realizam
como se os demais não existissem e os movimentos acontecem no mesmo intervalo de tempo.
De acordo com esse princípio, se pegarmos um barco realizando um movimento de travessia,
podemos decompor em dois movimentos: perpendicular as margens e paralelo as margens. Cada
um dos movimentos não depende do outro, mas a soma deles resultam no movimento real do barco.
Além disso, esses movimentos ocorrem de forma simultânea, isto é, o transcorrer do tempo é o
mesmo para cada um dos movimentos, assim como para o movimento resultante.
Outra consideração que devemos fazer é quanto ao módulo da aceleração da gravidade.
Quando falamos de corpo em queda livre, mencionamos o fato de a gravidade ser considerada
constante para a resolução dos nossos problemas. Além disso, como o raio de curvatura é muito
grande, consideramos a superfície da Terra onde estamos realizando o movimento como plano.
Normalmente, apenas na vertical temos a aceleração da gravidade atuando no corpo e nessa
direção o móvel realiza um MUV. Entretanto, em algumas questões aparecem acelerações na
horizontal e na vertical. Dessa forma, sempre que vamos resolver uma questão de lançamento
oblíquo iremos analisar as forças atuando no objeto, para conhecer as possíveis acelerações e
conhecer a natureza de cada movimento.
Estudar lançamento oblíquo é relembrar os conceitos dos movimentos já estudados e aplicar
corretamente de acordo com as condições do problema, trabalhando cada direção de forma
independente, como proposto pelo princípio da independência de Galileu.
Nada mais é que a soma de dois movimentos: na horizontal trata-se de um MU, pois a
aceleração na horizontal geralmente é nula e na vertical trata-se de um MUV, pois temos a
aceleração da gravidade voltada para baixo. Assim, o lançamento oblíquo é o movimento resultante
da soma dos movimentos em cada componente.
Inicialmente, trabalharemos o lançamento oblíquo mais comum, onde apenas a gravidade
atual na vertical e na horizontal não existem forças atuando. Além disso, vamos desprezar a
resistência e os efeitos do ar. Assim, considere um objeto lançado do ponto 𝑂, com velocidade inicial
𝑣⃗0 cuja direção forma um ângulo 𝜃 com a horizontal na hora do lançamento, como visto abaixo:
Na decomposição vertical, o móvel apenas sobe e desce. Assim, podemos certificar que as
velocidades para um dado nível, possuem o mesmo módulo, mas direção oposta, como indicado na
figura anterior. Portanto:
|𝑣⃗𝑃1 𝑦 | = |𝑣⃗𝑃5 𝑦 |
|𝑣⃗𝑃2 𝑦 | = |𝑣⃗𝑃4 𝑦 |
|𝑣⃗𝑂𝑦 | = |𝑣⃗𝑂′𝑦 |
𝑣⃗𝑃𝑦 = ⃗0⃗
b) Direção vertical: o móvel sofre apenas ação da força peso, isto é, existe a aceleração
resultante não nula sobre o corpo, sendo ela a aceleração da gravidade no local apontando
para baixo. Assim, na vertical teremos um MRUV, onde a equação horária de velocidade é
dada por:
𝑣𝑦 = 𝑣0𝑦 + 𝑎𝑦 ⋅ 𝑡
Como aceleração é contrária a orientação adotada na vertical, temos que:
𝑣𝑦 = 𝑣0𝑦 − 𝑔 ⋅ 𝑡
Pela decomposição vetorial da velocidade na vertical, escrevemos:
𝑣0𝑦 = 𝑣0 ⋅ 𝑠𝑒𝑛𝜃
𝑣⃗0𝑦 = 𝑣0 ⋅ 𝑠𝑒𝑛𝜃 𝑗̂
Portanto:
𝑣𝑦 = 𝑣0 ⋅ 𝑠𝑒𝑛𝜃 − 𝑔 ⋅ 𝑡
Podemos notar que a partir da decomposição de vetores, temos a seguinte relação entre os
vetores velocidades:
𝑣⃗0 = 𝑣⃗0𝑥 + 𝑣⃗0𝑦
𝑣02 = 𝑣0𝑥
2 2
+ 𝑣0𝑦
Fique atento com essa afirmação! No ponto mais alto da trajetória (ponto P), a velocidade
não é nula, pois existe a componente horizontal da velocidade, que é constante. Portanto, apenas
a componente vertical é nula no ponto mais alto da trajetória.
Portanto, o tempo de voo é dado por:
𝑡𝑣𝑜𝑜 = 2 ⋅ 𝑡𝑠𝑢𝑏𝑖𝑑𝑎
2 ⋅ 𝑣0 ⋅ 𝑠𝑒𝑛𝜃
𝑡𝑣𝑜𝑜 =
𝑔
O alcance do corpo pode ser encontrado pela função horária do espaço na direção 𝑥:
𝑥 (𝑡 ) = (𝑣0 ⋅ 𝑐𝑜𝑠𝜃 ) ⋅ 𝑡
𝑑 = (𝑣0 ⋅ 𝑐𝑜𝑠𝜃 ) ⋅ 𝑡𝑣𝑜𝑜
2 ⋅ 𝑣0 ⋅ 𝑠𝑒𝑛𝜃
𝑑 = (𝑣0 ⋅ 𝑐𝑜𝑠𝜃 ) ⋅ ( )
𝑔
𝑣02 (2 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝜃 ⋅ cos 𝜃)
𝑑=
𝑔
Da trigonometria, temos a relação de seno do arco duplo dado por:
𝑠𝑒𝑛(2𝜃) = 2 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝜃 ⋅ cos 𝜃
Finalmente, chegamos à equação do alcance:
𝑣02 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(2𝜃)
𝑑=
𝑔
Por último, podemos calcular a altura máxima que o corpo atingiu na vertical, quando lançado
com um ângulo 𝜃. Para isso, temos duas opções para chegar ao resultado: calculando a posição
vertical no tempo de subida ou utilizando Torricelli na direção vertical entre os pontos O e P. Vamos
utilizar Torricelli, então:
2
𝑣𝑦2 = 𝑣0𝑦 − 2 ⋅ 𝑔 ⋅ Δ𝑦
0 = (𝑣0 𝑠𝑒𝑛𝜃 )2 − 2 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝐻
𝑣02 ⋅ 𝑠𝑒𝑛2 𝜃
𝐻=
2𝑔
Olhando rapidamente para altura máxima atingida quando lançado com um ângulo 𝜃 vemos
como é semelhante ao alcance para o mesmo ângulo. Na prática, considero bem desnecessário
decorar essas fórmulas pois você pode rapidamente desenvolvê-las.
9)
Um projétil é lançado em 𝑡 = 0 do alto de um precipício abrupto situado 400 metros acima do nível
do mar, formando um ângulo 𝜃 com a horizontal. O móvel cai no mar no ponto X. Dado que 𝑣0 =
100 𝑚/𝑠, 𝑠𝑒𝑛𝜃 = 0,8 e 𝑐𝑜𝑠𝜃 = 0,6. Desprezando a resistência do ar, determine:
a) o tempo de voo do corpo até atingir o mar;
b) a distância entre o ponto de lançamento e o ponto X;
c) o módulo da velocidade quando o projétil atinge o mar.
Comentários:
Vamos fazer um desenho esquemático do problema e escrevermos as equações horárias em
cada componente:
𝑎𝑦 ⋅ 𝑡 2
𝑦(𝑡 ) = 𝑦0 + 𝑣0𝑦 ⋅ 𝑡 +
2
𝑔 ⋅ 𝑡2
𝑦(𝑡 ) = 𝑦0 + (𝑣0 ⋅ 𝑠𝑒𝑛𝜃 ) ⋅ 𝑡 −
2
𝑦(𝑡 ) = 400 + 100 ⋅ 0,8 ⋅ 𝑡 − 5 ⋅ 𝑡 2
𝑦(𝑡 ) = 100 + 80 ⋅ 𝑡 − 5 ⋅ 𝑡 2
A equação horária da velocidade é dada por:
𝑣𝑦 (𝑡 ) = 𝑣0𝑦 + 𝑎𝑦 ⋅ 𝑡
𝑣𝑦 (𝑡 ) = 𝑣0 ⋅ 𝑠𝑒𝑛𝜃 − 𝑔 ⋅ 𝑡
𝑣𝑦 (𝑡 ) = 80 − 10 ⋅ 𝑡
No instante que o corpo atinge o mar, sua posição vertical é nula, ou seja, 𝑦(𝑡𝑥 ) = 0.
Portanto:
𝑦(𝑡𝑥 ) = 0
400 + 80𝑡 − 5𝑡 2 = 0
−80 + 120
2
−80 ± √80 − 4 ⋅ 400 ⋅ −5 ( ) −80 ± 120 𝑡1 = = −4 𝑠 (𝑛ã𝑜 𝑠𝑒𝑟𝑣𝑒)
𝑡= = { −10
2 ⋅ (−5) −10 −80 − 120
𝑡2 = ⇒ 𝑡2 = 20 𝑠
−10
Assim, o corpo leva 20 segundos para atingir o mar.
Para determinar a distância entre o ponto do lançamento e o ponto X, precisamos saber
quanto o corpo se deslocou na direção horizontal:
𝑥 (𝑡 ) = 60 ⋅ 𝑡
𝑥 (20) = 60 ⋅ 20 = 1200 𝑚
Pelo teorema de Pitágoras, temos a distância 𝑑𝑃𝑋 :
𝑑𝑃𝑋 = √4002 + 12002 = √4002 (1 + 32 ) ⇒ 𝑑𝑃𝑋 = 400√10 𝑚 = 1264,9 𝑚
No ponto X temos a velocidade horizontal que permanece constante ao longo do movimento
e a velocidade na vertical dada por:
𝑣𝑦 (𝑡 ) = 80 − 10𝑡
𝑣𝑦 (20) = 80 − 10𝑥20 ⇒ 𝑣𝑦 (20) = −120 𝑚/𝑠
Assim, para calcular o módulo do vetor cujas componentes ortogonais são 60 e 120 (em
módulo), basta aplicar o teorema de Pitágoras:
𝑣 2 = 𝑣𝑥2 + 𝑣𝑦2
𝑣 2 = 602 + 1202
𝑣 2 = 602 (1 + 22 )
𝑣 = 60√5𝑚/𝑠
Note que aqui a velocidade do ponto de lançamento não foi igual a velocidade no instante
quando toca o mar, pois não estamos falando de pontos simétricos da trajetória.
Vamos resolver uma questão onde colocamos uma aceleração no eixo horizontal. Embora
ainda não estudemos ainda eletricidade, isso não comprometerá o entendimento da questão.
10)
Uma carga positiva de massa 𝑚 e carga +𝑞 é lançada com uma velocidade inicial de 𝑣0 , com um
ângulo de 𝛼 com a horizontal numa região onde existe um campo elétrico uniforme, como na figura
abaixo:
Pelo princípio da independência dos movimentos proposto por Galileu, podemos trabalhar
os movimentos em cada componentes. Então, quando o corpo tocar o eixo x, sua coordenada y será
zero, então:
𝑦=0
𝑔 ⋅ 𝑡2
(𝑣0 𝑠𝑒𝑛𝛼 ) ⋅ 𝑡 − =0
2
𝑔⋅𝑡
𝑡 ⋅ [(𝑣0 𝑠𝑒𝑛𝛼 ) − ]=0
2
2𝑣0 𝑠𝑒𝑛𝛼
∴ 𝑡1 = 0 𝑜𝑢 𝑡2 =
𝑔
Como 𝑡1 = 0 representa o momento do lançamento, estamos interessados no outro instante
de tempo. Assim, o deslocamento em 𝑥 é dado por:
𝑞⋅𝐸 2𝑣0 𝑠𝑒𝑛𝛼 2
2𝑣0 𝑠𝑒𝑛𝛼 ( ) . ( )
𝑚 𝑔
𝑥 (𝑡2 ) = 𝑣0 𝑐𝑜𝑠𝛼 ⋅ ( )+
𝑔 2
𝑣02 𝑠𝑒𝑛2𝛼 𝑞 𝐸 ⋅ 2𝑣02 𝑠𝑒𝑛2 𝛼
( )
𝑥 𝑡2 = +( )⋅( )
𝑔 𝑚 𝑔2
Repare que embora tenha uma aceleração na horizontal, nós trabalhamos o exercício da
mesma maneira que antes.
Se duas partículas são lançadas de um mesmo ponto, com velocidades de mesmo módulo e a soma
dos ângulos de lançamento serem 90°, então as duas partículas terão o mesmo alcance.
Demonstração: dadas duas partículas A e B com velocidades cujos módulos são iguais a 𝑣0 (|𝑣⃗𝐴 | =
|𝑣⃗𝐵 | = 𝑣0 ). Se A é lançada com um ângulo 𝛼 e B é lançada com um ângulo 𝛽, tal que 𝛼 + 𝑏 = 90°.
Então, podemos escrever o alcance para cada uma das partículas.
𝑣02 𝑠𝑒𝑛2𝛼 𝑣02 𝑠𝑒𝑛2𝛽
𝑑𝐴 = 𝑒 𝑑𝐵 =
𝑔 𝑔
Pela trigonometria, sabemos que:
𝛼 + 𝛽 = 90
2𝛼 + 2𝛽 = 180
2𝛼 = 180 − 2𝛽
Logo:
𝑠𝑒𝑛(2𝛼) = 𝑠𝑒𝑛(180 − 2𝛽)
Mas, sabemos que: 𝑠𝑒𝑛 180 − 𝜃) = 𝑠𝑒𝑛𝜃, portanto:
(
𝑠𝑒𝑛(2𝛼) = 𝑠𝑒𝑛(2𝛽)
𝑣2 𝑣02
. 𝑠𝑒𝑛(2𝛼) = . 𝑠𝑒𝑛(2𝛽)
𝑔 𝑔
𝑑𝐴 = 𝑑𝐵
A volta da propriedade também é válida, isto é, se dois corpos partem de um mesmo ponto
e possuem o mesmo alcance, então a soma dos ângulos de lançamento é igual 90° (em outras
palavras, dizemos que os ângulos de lançamentos são complementares).
𝑥 = 𝑣0 𝑐𝑜𝑠𝜃 ⋅ 𝑡 (1)
𝑔⋅𝑡 2
𝑦 = 𝑣0 𝑠𝑒𝑛𝜃 ⋅ 𝑡 − (2)
2
𝑔(1 + 𝑡𝑔2 𝜃) 2
𝑦 = 𝑥 ⋅ 𝑡𝑔𝜃 − ⋅𝑥
2𝑣02
Essa é a equação da trajetória do lançamento oblíquo. Ela mostra que a curva descrita por
um corpo lançado (desprezando a resistência do ar) é uma parábola, pois trata-se de uma função do
segundo grau (𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐), onde o coeficiente na frente do termo quadrático é negativo,
mostrando que é uma parábola com concavidade para baixo, como observado fisicamente no
movimento.
Poucas questões trabalham diretamente com a equação da trajetória, mas nosso próximo,
que é um tópico especial, utilizará essa equação para desenvolvimento teórico.
1. (EN – 2015)
Analise a figura abaixo.
Conforme indica a figura acima, no instante 𝑡 = 0, uma partícula é lançada no ar, e sua posição
em função do tempo é descrita pela equação 𝑟⃗(𝑡 ) = (6,0𝑡 + 2,5)𝑖̂ + (−5,0𝑡 2 + 2,0𝑡 + 8,4)𝑗̂,
com 𝑟 em metros e 𝑡 em segundos. Após 1,0 segundos, as medidas de sua altura do solo, em
metros, e do módulo da sua velocidade, em m/s, serão, respectivamente, iguais a
a) 3,4 e 10
b) 3,6 e 8,0
c) 3,6 e 10
d) 5,4 e 8,0
e) 5,4 e 10
2. (EN – 2014)
Considere uma partícula se movimentando no plano 𝑥𝑦. As coordenadas 𝑥 e 𝑦 da posição da
partícula em função do tempo são dadas por 𝑥 (𝑡 ) = −2𝑡 2 + 2𝑡 + 1 e 𝑦(𝑡 ) = 𝑡 2 − 𝑡 + 2, com
𝑥 e 𝑦 em metros e 𝑡 em segundos. Das opções abaixo, assinale a que pode representar o gráfico
da trajetória da partícula de 𝑡 = 0 a 𝑡 = 4 𝑠.
a) b)
c) d)
e)
3. (EN – 2013)
a) zero
b) 5,0
c) 10
d) 17
e) 29
4. (EN – 2013)
Conforme mostra figura abaixo, em um jogo de futebol, no instante em que o jogador situado
no ponto A faz um lançamento, o jogador situado no ponto B, que inicialmente estava parado,
começa a correr com aceleração constante igual a 3,00 m/s², deslocando-se até o ponto C. Esse
jogador chega em C no instante em que a bola toca o chão no ponto D. Todo o movimento se
processa em um plano vertical, e a distância inicial entre A e B vale 25,0 m. Sabendo-se que a
velocidade inicial da bola tem módulo igual a 20,0 m/s, e faz um ângulo de 45° com a horizontal,
o valor da distância, d, entre os pontos C e D, em metros, é
Dado: |𝑔⃗| = 10 𝑚/𝑠 2
a) 1,00
b) 3,00
c) 5,00
d) 12,0
e) 15,0
5. (EN – 2012)
Um projétil é lançado contra um anteparo vertical situado a 20 m do ponto de lançamento.
Despreze a resistência do ar. Se esse lançamento é feito com uma velocidade inicial de 20 m/s
numa direção que faz um ângulo de 60° com a horizontal, a altura aproximada do ponto onde
o projétil se choca com o anteparo, em metros, é
Dados: 𝑡𝑔(60°) ≈ 1,7; 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 .
a) 7,0
b) 11
c) 14
d) 19
e) 23
6. (AFA – 2010)
No instante 𝑡 = 0, uma partícula 𝐴 é lançada obliquamente, a partir do solo, com velocidade
de 80 𝑚/𝑠 sob um ângulo de 30° com a horizontal. No instante 𝑡 = 2 𝑠, outra partícula 𝐵 é
lançada verticalmente para cima, também a partir do solo, com velocidade de 40 𝑚/𝑠, de um
ponto situado a 200√3 𝑚 da posição de lançamento da primeira. Sabendo-se que essas duas
partículas colidem no ar, pode-se afirmar que no momento do encontro
a) ambas estão subindo.
b) A está subindo e B descendo.
c) B está subindo e A descendo.
d) ambas estão descendo.
7. (AFA – 2009)
Uma bola de basquete descreve a trajetória mostrada na figura após ser arremessada por um
jovem atleta que tenta bater um recorde de arremesso.
A bola é lançada com uma velocidade de 10 𝑚/𝑠 e, ao cair na cesta, sua componente horizontal
vale 6,0 𝑚/𝑠. Despreze a resistência do ar e considere 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 . Pode-se afirmar que a
distância horizontal (x) percorrida pela bola desde o lançamento até cair na cesta, em metros,
vale
a) 3,0
b) 3,6
c) 4,8
d) 6,0
8. (AFA – 2009)
Na figura abaixo, uma partícula com carga elétrica positiva 𝑞 e massa 𝑚 é lançada
obliquamente de uma superfície plana, com velocidade inicial de módulo 𝑣0 , no vácuo,
inclinada de um ângulo 𝜃 em relação à horizontal.
𝑣02 𝑞𝐸
b) 𝑠𝑒𝑛(𝜃) (cos(𝜃) + 𝑠𝑒𝑛(𝜃))
2𝑔 𝑚
𝑣0 𝑞𝐸
c) (𝑠𝑒𝑛(2𝜃) + )
𝑔 𝑚𝑔
𝑣0 𝑞𝐸
d) (1 + 𝑠𝑒𝑛(2𝜃))
2𝑔 𝑚
9. (AFA – 2007)
A figura abaixo representa as trajetórias de dois projéteis A e B lançados no mesmo instante
num local onde o campo gravitacional é constante e a resistência do ar é desprezível.
Ao passar pelo ponto P, ponto comum de suas trajetórias, os projéteis possuíam a mesma
a) velocidade tangencial.
b) velocidade horizontal.
c) aceleração centrípeta.
d) aceleração resultante.
a) 15
b) 17
c) 20
d) 25
e) 28
Uma bola é lançada obliquamente e, quando atinge a altura de 10 𝑚 do solo, seu vetor
velocidade faz um ângulo de 60° com a horizontal e possui uma componente vertical de módulo
5,0 𝑚/𝑠. Desprezando a resistência do ar, a altura máxima alcançada pela bola, em metros, é
de
Dado: 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 .
a) 45/4
b) 50/4
c) 55/4
d) 60/4
e) 65/4
12. (ITA-1989)
Do alto de uma torre de 20 𝑚 de altura, um artilheiro mira um balão que se encontra parado
sobre um ponto, tal que a distância do pé da torre à vertical que passa pelo referido ponto é
de 400 𝑚. O ângulo de visada do artilheiro em relação à horizontal é de 15°. No instante exato
que o artilheiro dispara um projétil (𝑃) os ocupantes do balão deixam cair um objeto (𝑂) que é
atingido pelo disparo. A velocidade do projétil ao deixar o cano da arma é 𝑣0 = 200 𝑚/𝑠.
Despreze a resistência do ar. (𝑔 = 9,8 𝑚/𝑠 2 )
a) Faça um esquema indicando a configuração do problema.
b) Deduza as equações horárias: 𝑥𝑃 (𝑡) e 𝑦𝑃 (𝑡) para o projétil e 𝑦𝑂 (𝑡) para o objeto
(literalmente).
c) Calcule o instante do encontro projétil – objeto (numericamente).
d) Calcule a altura do encontro (numericamente).
13. (ITA-2004)
Durante as Olimpíadas de 1968, na cidade do México, Bob Beamow bateu o recorde de salto
em distância, cobrindo 8,9 𝑚 de extensão. Suponha que, durante o salto, o centro de gravidade
do atleta teve sua altura variando de 1,0 𝑚 no início, chegando ao máximo de 2,0 𝑚 e
terminado a 0,20 𝑚 no fim do salto. Desprezando o atrito com o ar, pode-se afirmar que o
componente horizontal da velocidade inicial do salto foi de: (𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 )
a) 8,5 𝑚/𝑠.
b) 7,5 𝑚/𝑠.
c) 6,5 𝑚/𝑠.
d) 5,2 𝑚/𝑠.
e) 4,5 𝑚/𝑠.
14. (ITA-2009)
Considere hipoteticamente duas bolas lançadas de um mesmo lugar ao mesmo tempo: a bola
1, com velocidade para cima de 30𝑚/𝑠, e a bola 2, com velocidade de 50𝑚/𝑠 formando um
ângulo de 30° com a horizontal. Considerando 𝑔 = 10𝑚/𝑠 2 , assinale a distância entre as bolas
no instante em que a primeira alcança sua máxima altura.
a) 𝑑 = √6250 𝑚.
b) 𝑑 = √7217 𝑚.
c) 𝑑 = √17100 𝑚.
d) 𝑑 = √19375 𝑚.
e) 𝑑 = √26875 𝑚.
15. (ITA-2018)
A partir de um mesmo ponto a uma certa altura do solo, uma partícula é lançada
sequencialmente em três condições diferentes, mas sempre com a mesma velocidade inicial
𝑣0 . O primeiro lançamento é feito no vácuo e o segundo, na atmosfera com ar em repouso. O
terceiro é feito na atmosfera com ar movimentado cuja velocidade em relação ao solo é igual
ao módulo, direção e sentido à velocidade 𝑣0 . Para os três lançamentos, designando-se
respectivamente de 𝑡1 , 𝑡2 e 𝑡3 os tempos de queda das partículas e de 𝑣1 , 𝑣2 e 𝑣3 os módulos
de suas respectivas velocidades ao atingir o solo, assinale a alternativa correta.
a) 𝑡1 < 𝑡3 < 𝑡2 ; 𝑣1 > 𝑣3 > 𝑣2 .
b) 𝑡1 < 𝑡3 = 𝑡2 ; 𝑣1 > 𝑣3 > 𝑣2 .
c) 𝑡1 = 𝑡3 < 𝑡2 ; 𝑣1 = 𝑣3 > 𝑣2 .
d) 𝑡1 < 𝑡2 < 𝑡3 ; 𝑣1 = 𝑣3 > 𝑣2 .
e) 𝑡1 < 𝑡3 = 𝑡2 ; 𝑣1 > 𝑣3 = 𝑣2 .
16. (ITA-2018)
Numa quadra de vôlei de 18𝑚 de comprimento, com rede de 2,24𝑚 de altura, um atleta
solitária faz um saque com a bola bem em cima da linha de fundo, a 3,0𝑚 de altura, num ângulo
𝜃 de 15° com a horizontal, conforme a figura, com trajetória num plano perpendicular à rede.
Desprezando o atrito, pode-se dizer que, com 12𝑚/𝑠 de velocidade inicial, a bola (𝑔 =
10𝑚/𝑠 2 )
a) bate na rede.
17.
Dispara-se um projétil a partir do solo de modo que seu alcance horizontal é igual ao triplo da
altura máxima atingida. Desprezando a resistência do ar, podemos afirmar que o ângulo de 𝛼
é:
a) cos 𝛼 = 2/3.
b) sen 𝛼 = 2/3.
c) tan 𝛼 = 4/3.
d) tan 𝛼 = 1/4.
e) sec 𝛼 = 1/3.
18.
Uma partícula é lançada obliquamente, a partir de uma altura 3ℎ (ver figura). Sabe-se que o
ângulo de disparo vale 𝜃. Nestas condições, se a maior altura atingida acima do ponto de
projeção é ℎ, então distância horizontal 𝑑 percorrida pela partícula, imediatamente antes de
atingir o solo (ponto 𝐵) é:
a) 2ℎ sen 𝜃.
b) 4ℎ cos 𝜃.
c) 6ℎ cot 𝜃.
d) 8ℎ tan 𝜃.
e) 8ℎ sec 𝜃.
12) a) b) 𝑥𝑃 (𝑡 ) = 𝑣0 cos 𝜃 𝑡, 𝑦𝑃 (𝑡 ) = ℎ +
𝑔𝑡 2 𝑔𝑡 2
𝑣0 sen 𝜃 𝑡 + e 𝑦𝑂 (𝑡 ) = 𝐻 − c) 2s d) 126 m
2 2
13) A
14) C
15) B
16) C
17) C
18) C
19) B
1. (EN – 2015)
Analise a figura abaixo.
Conforme indica a figura acima, no instante 𝑡 = 0, uma partícula é lançada no ar, e sua posição
em função do tempo é descrita pela equação 𝑟⃗(𝑡 ) = (6,0𝑡 + 2,5)𝑖̂ + (−5,0𝑡 2 + 2,0𝑡 + 8,4)𝑗̂,
com 𝑟 em metros e 𝑡 em segundos. Após 1,0 segundos, as medidas de sua altura do solo, em
metros, e do módulo da sua velocidade, em m/s, serão, respectivamente, iguais a
a) 3,4 e 10
b) 3,6 e 8,0
c) 3,6 e 10
d) 5,4 e 8,0
e) 5,4 e 10
Comentários:
De acordo com a posição do vetor 𝑟⃗(𝑡), em 𝑥 a partícula descreve um MRU e em 𝑦 ela
descreve um MRUV. Após 𝑡 = 1, temos:
𝑟⃗(1) = (6,0 ⋅ 1 + 2,5)𝑖̂ + (−5,0 ⋅ 12 + 2,0 ⋅ 1 + 8,4)𝑗̂
𝑟⃗(1) = 8,5𝑖̂ + 5,4𝑗̂
2. (EN – 2014)
Considere uma partícula se movimentando no plano 𝑥𝑦. As coordenadas 𝑥 e 𝑦 da posição da
partícula em função do tempo são dadas por 𝑥 (𝑡 ) = −2𝑡 2 + 2𝑡 + 1 e 𝑦(𝑡 ) = 𝑡 2 − 𝑡 + 2, com
𝑥 e 𝑦 em metros e 𝑡 em segundos. Das opções abaixo, assinale a que pode representar o gráfico
da trajetória da partícula de 𝑡 = 0 a 𝑡 = 4 𝑠.
a) b)
c) d)
e)
Comentários:
De acordo com o enunciado, temos as seguintes equações em 𝑥 e em 𝑦:
𝑥 (𝑡 ) = −2𝑡 2 + 2𝑡 + 1
𝑦 (𝑡 ) = 𝑡 2 − 𝑡 + 2
Fazendo 𝑥 + 2𝑦, temos:
𝑥 + 2𝑦 = −2𝑡 2 + 2𝑡 + 1 + 2(𝑡 2 − 𝑡 + 2)
𝑥 + 2𝑦 = −2𝑡 2 + 2𝑡 + 1 + 2𝑡 2 − 2𝑡 + 4
𝑥 + 2𝑦 = 5
Então a relação entre 𝑥 e 𝑦 é uma reta, que passa por 𝑦 = 2,5 e 𝑥 = 5, isto é, uma reta
decrescente. A única alternativa possível é a letra B.
Gabarito: B
3. (EN – 2013)
a) zero
b) 5,0
c) 10
d) 17
e) 29
Comentários:
A velocidade horizontal do projétil é dada pela inclinação da reta no gráfico 𝑥 × 𝑡:
20
𝑣𝑥 =
= 5 𝑚/𝑠
4
Para percorrer 4 metros em 𝑥, o projétil gasta um tempo igual a:
Δ𝑥 4
𝑡= = = 0,8 𝑠
𝑣𝑥 5
Nesse mesmo intervalo de tempo, ele desloca 20 metros em 𝑦, que possui função horária
dada por:
𝑔 ⋅ 𝑡2
𝑦 = 𝑦0 + 𝑣0𝑦 ⋅ 𝑡 −
2
𝑔 ⋅ 𝑡2
Δ𝑦 = 𝑣0𝑦 ⋅ 𝑡 −
2
10 ⋅ 0,82
20 = 𝑣0𝑦 ⋅ 0,8 −
2
𝑣0𝑦 = 29 𝑚/𝑠
Gabarito: E
4. (EN – 2013)
Conforme mostra figura abaixo, em um jogo de futebol, no instante em que o jogador situado
no ponto A faz um lançamento, o jogador situado no ponto B, que inicialmente estava parado,
começa a correr com aceleração constante igual a 3,00 m/s², deslocando-se até o ponto C. Esse
jogador chega em C no instante em que a bola toca o chão no ponto D. Todo o movimento se
processa em um plano vertical, e a distância inicial entre A e B vale 25,0 m. Sabendo-se que a
velocidade inicial da bola tem módulo igual a 20,0 m/s, e faz um ângulo de 45° com a horizontal,
o valor da distância, d, entre os pontos C e D, em metros, é
Dado: |𝑔⃗| = 10 𝑚/𝑠 2
a) 1,00
b) 3,00
c) 5,00
d) 12,0
e) 15,0
Comentários:
Durante o tempo de voo da bola, o jogador se desloca de B para C dado por:
𝑎𝑡 2
𝐵𝐶 =
2
O tempo de voo da bola é dado por:
2 ⋅ 𝑣0 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝜃)
𝑡𝑣𝑜𝑜 =
𝑔
√2
2
2 ⋅ 20 ⋅ ⏞
𝑠𝑒𝑛(45°)
𝑡𝑣𝑜𝑜 =
10
𝑡𝑣𝑜𝑜 = 2√2 𝑠
Portanto:
2
3 ⋅ (2√2)
𝐵𝐶 =
2
𝐵𝐶 = 12,0 𝑚
Por outro lado, o alcance da bola é calculado por:
𝑣02 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(2𝜃)
𝐴 = 𝐴𝐷 =
𝑔
202 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(2 ⋅ 45°)
𝐴𝐷 =
10
𝐴𝐷 = 40,0 𝑚
Portanto:
𝐴𝐷 = 𝐴𝐵 + 𝐵𝐶 + 𝐶𝐷
40 = 25 + 12 + 𝐶𝐷
𝐶𝐷 = 3,00 𝑚
Gabarito: B
5. (EN – 2012)
Um projétil é lançado contra um anteparo vertical situado a 20 m do ponto de lançamento.
Despreze a resistência do ar. Se esse lançamento é feito com uma velocidade inicial de 20 m/s
numa direção que faz um ângulo de 60° com a horizontal, a altura aproximada do ponto onde
o projétil se choca com o anteparo, em metros, é
Dados: 𝑡𝑔(60°) ≈ 1,7; 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 .
a) 7,0
b) 11
c) 14
d) 19
e) 23
Comentários:
Inicialmente, vamos calcular o tempo que o projétil leva para percorrer a distância horizontal
de 20 metros:
Δ𝑥 = 𝑣𝑥 ⋅ 𝑡
Δ𝑥 = 𝑣0 ⋅ cos 60° ⋅ 𝑡
1
20 = 20 ⋅ ⋅ 𝑡
2
𝑡 =2𝑠
6. (AFA – 2010)
No instante 𝑡 = 0, uma partícula 𝐴 é lançada obliquamente, a partir do solo, com velocidade
de 80 𝑚/𝑠 sob um ângulo de 30° com a horizontal. No instante 𝑡 = 2 𝑠, outra partícula 𝐵 é
lançada verticalmente para cima, também a partir do solo, com velocidade de 40 𝑚/𝑠, de um
ponto situado a 200√3 𝑚 da posição de lançamento da primeira. Sabendo-se que essas duas
partículas colidem no ar, pode-se afirmar que no momento do encontro
a) ambas estão subindo.
b) A está subindo e B descendo.
c) B está subindo e A descendo.
d) ambas estão descendo.
Comentários:
Como a partícula B é lançada verticalmente para cima, se houver alguma colisão, essa colisão
deverá ocorrer ao longo da reta 𝑥 = 200√3. No momento em que as partículas colidem, ambas
estão no mesmo ponto. Para chegar em 𝑥 = 200√3, a partícula A gasta:
200√3
𝑡=
𝑣𝑥
200√3 200√3
𝑡= =
80 ⋅ cos 30° √3
80 ⋅
2
𝑡 =5𝑠
A altura alcançada pela partícula e a velocidade em 𝑡 = 5 𝑠 são:
𝑦 = 80 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 30° ⋅ 𝑡 − 5 ⋅ 𝑡 2
{ 𝐴
𝑣𝐴 = 80 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 30° − 10 ⋅ 𝑡
𝑦𝐴 = 80 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 30° ⋅ 5 − 5 ⋅ 52
{
𝑣𝐴 = 80 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 30° − 10 ⋅ 5
𝑦𝐴 = 75 𝑚
{
𝑣𝐴 = −10 𝑚/𝑠
Em 𝑥 = 200√3, a partícula A já está caindo. Por outro lado, temos as condições de B:
𝑦𝐵 = 40 ⋅ 𝑡 − 5 ⋅ 𝑡 2
{
𝑣𝐵 = 40 − 5 ⋅ 𝑡
𝑦𝐵 = 40 ⋅ 5 − 5 ⋅ 52
{
𝑣𝐵 = 40 − 5 ⋅ 5
𝑦𝐵 = 75 𝑚
{
𝑣𝐵 = 15 𝑚/𝑠
Portanto, B ainda está subindo quando ocorre a colisão, graficamente, temos:
Gabarito: C
7. (AFA – 2009)
Uma bola de basquete descreve a trajetória mostrada na figura após ser arremessada por um
jovem atleta que tenta bater um recorde de arremesso.
A bola é lançada com uma velocidade de 10 𝑚/𝑠 e, ao cair na cesta, sua componente horizontal
vale 6,0 𝑚/𝑠. Despreze a resistência do ar e considere 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 . Pode-se afirmar que a
distância horizontal (x) percorrida pela bola desde o lançamento até cair na cesta, em metros,
vale
a) 3,0
b) 3,6
c) 4,8
d) 6,0
Comentários:
Se a bola é lançada com 10 m/s e sua componente horizontal vale 6,0 m/s, então a
componente vertical vale 8,0 m/s, pelo teorema de Pitágoras:
𝑣 2 = 𝑣𝑥2 + 𝑣𝑦2
102 = 63 + 𝑣𝑦2
𝑣𝑦 = 8,0 𝑚/𝑠
O tempo para a bola chegar à altura de 5 m é dado por:
𝑔 ⋅ 𝑡2
𝑦 = 𝑦0 + 𝑣0 𝑦 ⋅ 𝑡 −
2
5 = 2,0 + 8,0 ⋅ 𝑡 − 5 ⋅ 𝑡 2
5𝑡 2 − 8𝑡 + 3 = 0
−(−8) ± √(−8)2 − 4 ⋅ 5 ⋅ 3
𝑡=
2⋅5
(8 ± √4)
𝑡=
10
8−2
𝑡1 = = 0,6 𝑠
10
8+2
𝑡2 = = 1,0 𝑠
10
Note que 𝑡 = 0,6 𝑠 corresponde ao tempo em que a bola possui a altura de 5 metros, mas
ainda está subindo. Já 𝑡 = 1,0 𝑠 corresponde ao tempo em que a bola possui altura igual a 5 metros,
mas agora está descendo. Para a nossa situação em questão, a bola descenderá para o jogador fazer
a cesta. Portanto, devemos utilizar este tempo para determinar a distância 𝑥 percorrida pela bola
na horizontal:
𝑥 = 𝑣𝑥 ⋅ 𝑡
𝑥 = 6,0 ⋅ 1,0
𝑥 = 6,0 𝑚
Gabarito: D
8. (AFA – 2009)
Na figura abaixo, uma partícula com carga elétrica positiva 𝑞 e massa 𝑚 é lançada
obliquamente de uma superfície plana, com velocidade inicial de módulo 𝑣0 , no vácuo,
inclinada de um ângulo 𝜃 em relação à horizontal.
𝑣02 𝑞𝐸
b) 𝑠𝑒𝑛(𝜃) (cos(𝜃) + 𝑠𝑒𝑛(𝜃))
2𝑔 𝑚
𝑣0 𝑞𝐸
c) (𝑠𝑒𝑛(2𝜃) + )
𝑔 𝑚𝑔
𝑣0 𝑞𝐸
d) (1 + 𝑠𝑒𝑛(2𝜃))
2𝑔 𝑚
Comentários:
Devido ao fato de haver um campo elétrico na horizontal, a partícula positiva experimentará
a ação de uma força elétrica na horizontal dada por:
𝐹𝑒𝑙𝑒 = 𝑞 ⋅ 𝐸
Como a força elétrica é a única força que atua na horizontal, então ela será a resultante das
forças nessa direção. Portanto, a aceleração na horizontal é dada por:
𝐹𝑒𝑙𝑒 = 𝑅𝑋
𝑞 ⋅ 𝐸 = 𝑚 ⋅ 𝑎𝑥
𝑞⋅𝐸
𝑎𝑥 =
𝑚
Na direção vertical, não houve alteração em nada. Logo, o tempo de voo na vertical continua
sendo:
𝑣0 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝜃)
𝑡𝑣𝑜𝑜 = 2
𝑔
Logo, a distância deslocada pela partícula em 𝑥 é de:
𝑎𝑥 𝑡 2
𝑥 = 𝑣0 ⋅ cos(𝜃) ⋅ 𝑡𝑣𝑜𝑜 +
2
2
𝑣0 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝜃 ) 𝑞⋅𝐸 𝑣0 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝜃)
𝑥 = 𝑣0 ⋅ cos(𝜃) ⋅ (2 )+ ⋅ (2 )
𝑔 2𝑚 𝑔
𝑣02 𝑞⋅𝐸
𝑥= (2 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝜃) ⋅ cos(𝜃) + ⋅ 2𝑠𝑒𝑛2 (𝜃))
𝑔 𝑚⋅𝑔
𝑣02 𝑞⋅𝐸
𝑥= (𝑠𝑒𝑛(2𝜃) + ⋅ 𝑠𝑒𝑛(2𝜃) ⋅ 𝑡𝑔(𝜃))
𝑔 𝑚⋅𝑔
𝑣02 𝑞⋅𝐸
𝑥= ⋅ 𝑠𝑒𝑛(2𝜃) ⋅ (1 + ⋅ 𝑡𝑔(𝜃))
𝑔 𝑚⋅𝑔
Gabarito: A
9. (AFA – 2007)
A figura abaixo representa as trajetórias de dois projéteis A e B lançados no mesmo instante
num local onde o campo gravitacional é constante e a resistência do ar é desprezível.
Ao passar pelo ponto P, ponto comum de suas trajetórias, os projéteis possuíam a mesma
a) velocidade tangencial.
b) velocidade horizontal.
c) aceleração centrípeta.
d) aceleração resultante.
Comentários:
A questão faz uma pegadinha, pois ela não menciona se os projéteis passam
simultaneamente pelo ponto P, diz apenas que elas passam por P. Por isso, não sabemos se a
velocidade horizontal é a mesma ou não. De fato, o deslocamento horizontal dos projéteis para
chegar em P é o mesmo e pode ser escrito como:
𝑥 =𝑣 ⋅𝑡
{𝑥 = 𝑣 𝐻𝐴 ⋅ 𝑡𝐴
𝐻𝐵 𝐵
De acordo com a figura, no ponto P as curvas possuem velocidades diferentes, logo, possuem
velocidades tangenciais diferentes.
A aceleração centrípeta pode ser calculada por:
𝑣2
𝑎𝑐𝑝 =
𝜌
Em que 𝑣 é a velocidade tangencial no ponto e 𝜌 o raio da circunferência osculadora. Dado
que as velocidades tangenciais são diferentes, nada podemos falar sobre a circunferência osculadora
e, por isso, nada podemos falar sobre a igualdade das acelerações centrípetas.
De fato, a única alternativa correta é a alternativa D, pois a única força que atua no
lançamento oblíquo em questão é a força peso. Logo, a força resultante sobre os projéteis é a força
peso, resultando na aceleração resultante sobre cada projétil ser a aceleração da gravidade local.
Portanto, ambos projéteis têm a mesma aceleração resultante.
Gabarito: D
a) 15
b) 17
c) 20
d) 25
e) 28
Comentários:
De acordo com a figura, a bola descerá uma certa altura, dada pela geometria do problema:
8 𝑦
𝑡𝑔(𝜃) = =
1 𝐷 − 10
𝑦 = 8 ⋅ (𝐷 − 10)
Assim, a bola descerá:
𝐻 = 85 − 𝑦
𝐻 = 85 − 8 ⋅ (𝐷 − 10)
Para descer essa altura, a bola gastará o seguinte tempo de queda:
2𝐻
𝑡𝑞 = √
𝑔
2
𝑡𝑞 = √ (85 − 8 ⋅ (𝐷 − 10))
𝑔
Entretanto, no eixo horizontal, a bola descreverá um MRU, com velocidade de 5,0 m/s e
percorrerá a distância 𝐷. Então:
𝐷 = 𝑣𝐻 ⋅ 𝑡𝑞
2
𝐷 = 5 ⋅ √ (85 − 8 ⋅ (𝐷 − 10))
𝑔
2
𝐷 =5⋅√ (85 − 8 ⋅ (𝐷 − 10))
10
1
𝐷 2 = 52 ⋅ [ (85 − 8 ⋅ (𝐷 − 10))]
5
𝐷 2 = 5 ⋅ 85 − 5 ⋅ 8(𝐷 − 10)
𝐷 2 + 40𝐷 = 825
𝐷 2 + 2 ⋅ 20 ⋅ 𝐷 + 202 = 825 + 202
(𝐷 + 20)2 = 1225
(𝐷 + 20)2 = 352
(𝐷 + 20)2 − 352 = 0
(𝐷 + 20 − 35)(𝐷 + 20 + 35) = 0
(𝐷 + 20 − 35) ⏟
⏟ (𝐷 + 20 + 35) = 0
𝐷=15 𝐷=−55
Dado: 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 .
a) 45/4
b) 50/4
c) 55/4
d) 60/4
e) 65/4
Comentários:
Podemos considerar o ponto A como origem do nosso lançamento e, assim, podemos
determinar a altura máxima utilizando Torricelli.
𝑣𝑦2 = 𝑣0 2𝑦 + 2 ⋅ 𝑎𝑦 ⋅ Δ𝑦
02 = 52 + 2 ⋅ (−10) ⋅ (ℎ𝑚á𝑥 − 10)
52
ℎ𝑚á𝑥 − 10 =
2 ⋅ 10
5
ℎ𝑚á𝑥 = 10 +
4
45
ℎ𝑚á𝑥 = 𝑚
4
Gabarito: A
12. (ITA-1989)
Do alto de uma torre de 20 𝑚 de altura, um artilheiro mira um balão que se encontra parado
sobre um ponto, tal que a distância do pé da torre à vertical que passa pelo referido ponto é
de 400 𝑚. O ângulo de visada do artilheiro em relação à horizontal é de 15°. No instante exato
que o artilheiro dispara um projétil (𝑃) os ocupantes do balão deixam cair um objeto (𝑂) que é
atingido pelo disparo. A velocidade do projétil ao deixar o cano da arma é 𝑣0 = 200 𝑚/𝑠.
Despreze a resistência do ar. (𝑔 = 9,8 𝑚/𝑠 2 )
a) Faça um esquema indicando a configuração do problema.
b) Deduza as equações horárias: 𝑥𝑃 (𝑡) e 𝑦𝑃 (𝑡) para o projétil e 𝑦𝑂 (𝑡) para o objeto
(literalmente).
c) Calcule o instante do encontro projétil – objeto (numericamente).
d) Calcule a altura do encontro (numericamente).
Comentários:
a)
𝑔𝑡 2
𝑦𝑂 (𝑡 ) = 𝐻 −
2
Em que 𝜃 é o ângulo do lançamento em relação à horizontal, ℎ é a altura do artilheiro e 𝐻 é
a altura do balão.
c)
Para calcularmos isso basta tornamos nossa atenção para o movimento horizontal. No
momento da colisão o projétil deverá ter percorrido uma distância horizontal de 400 𝑚:
𝑥𝑃 (𝑡𝑒 ) 400
𝑡𝑒 = = ≈2𝑠
𝑣0 cos 𝜃 200 . cos 15°
d)
Agora que temos o tempo de encontro basta substituí-lo na equação que fornece a posição
vertical do em função do tempo:
𝑦𝑒 = 𝑦𝑃 (2)
𝑔 .4
𝑦𝑒 = 20 + 2𝑣0 sen 15° +
16
𝑦𝑒 ≈ 126 𝑚
Gabarito:
a) Veja a figura acima
𝒈𝒕𝟐 𝒈𝒕𝟐
b) 𝒙𝑷 (𝒕) = 𝒗𝟎 𝐜𝐨𝐬 𝜽 𝒕, 𝒚𝑷 (𝒕) = 𝒉 + 𝒗𝟎 𝐬𝐞𝐧 𝜽 𝒕 + e 𝒚𝑶 (𝒕) = 𝑯 −
𝟐 𝟐
c) 𝟐 𝒔
d) 𝟏𝟐𝟔 𝒎
13. (ITA-2004)
Durante as Olimpíadas de 1968, na cidade do México, Bob Beamow bateu o recorde de salto
em distância, cobrindo 8,9 𝑚 de extensão. Suponha que, durante o salto, o centro de gravidade
do atleta teve sua altura variando de 1,0 𝑚 no início, chegando ao máximo de 2,0 𝑚 e
terminado a 0,20 𝑚 no fim do salto. Desprezando o atrito com o ar, pode-se afirmar que o
componente horizontal da velocidade inicial do salto foi de: (𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 )
a) 8,5 𝑚/𝑠.
b) 7,5 𝑚/𝑠.
c) 6,5 𝑚/𝑠.
d) 5,2 𝑚/𝑠.
e) 4,5 𝑚/𝑠.
Comentários:
A figura abaixo representa o movimento do centro de massa do atleta durante o salto:
O ponto 𝐴 marca o início do salto, 𝐵 é o ponto mais alto de sua trajetória e 𝐶 é sua posição
quando ele toca o solo.
Por Torricelli, encontramos a velocidade inicial em y:
2
𝑣0𝑦 = 2𝑔(ℎ𝐵 − ℎ𝐴 )
Substituindo os valores fornecidos no enunciado:
𝑣0𝑦 = √20 𝑚/𝑠
A equação horária da posição vertical do centro de massa do atleta é dada por:
𝑔𝑡 2
𝑦(𝑡 ) = 1 + 𝑣0𝑦 𝑡 −
2
Como sabemos sua posição no fim do lançamento podemos calcular seu tempo de voo:
𝑦(𝑡𝑣𝑜𝑜 ) = 𝑦𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 0,2 𝑚
2
𝑔𝑡𝑣𝑜𝑜
1 + 𝑣0𝑦 𝑡𝑣𝑜𝑜 − = 0,2
2
2
5𝑡𝑣𝑜𝑜 − √20𝑡𝑣𝑜𝑜 − 0,8 = 0
Essa equação tem raízes:
√20 ± 6
𝑡𝑣𝑜𝑜 =
10
O sinal negativo não nos interessa pois rende um tempo negativo.
Lembrando que o movimento na horizontal é uniforme, agora basta usarmos o tempo de voo
para determinarmos a velocidade horizontal do atleta:
𝑥 (𝑡𝑣𝑜𝑜 ) 𝑥𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙
𝑣𝑥 = 𝑣0𝑥 = =
𝑡𝑣𝑜𝑜 𝑡𝑣𝑜𝑜
8,9
√20 + 6 89
𝑣0𝑥 = = ≈ 8,5 𝑚/𝑠
10 √20 + 6
Gabarito: A
14. (ITA-2009)
Considere hipoteticamente duas bolas lançadas de um mesmo lugar ao mesmo tempo: a bola
1, com velocidade para cima de 30𝑚/𝑠, e a bola 2, com velocidade de 50𝑚/𝑠 formando um
ângulo de 30° com a horizontal. Considerando 𝑔 = 10𝑚/𝑠 2 , assinale a distância entre as bolas
no instante em que a primeira alcança sua máxima altura.
a) 𝑑 = √6250 𝑚.
b) 𝑑 = √7217 𝑚.
c) 𝑑 = √17100 𝑚.
d) 𝑑 = √19375 𝑚.
e) 𝑑 = √26875 𝑚.
Comentários:
Considere a esquematização na figura abaixo:
Δ𝑉
𝑎=
Δ𝑡
𝑉1
𝑔=
𝑡ℎ,𝑚𝑎𝑥
𝑡ℎ,𝑚𝑎𝑥 = 3 𝑠
Naquele ponto (𝐹), sua altura é:
2
𝑔𝑡ℎ,𝑚𝑎𝑥
𝑦1 = 𝑉1 𝑡ℎ,𝑚𝑎𝑥 − = 90 − 45 = 45 𝑚
2
Agora devemos calcular a posição da segunda bola nesse instante de tempo. Pela equação
horário do movimento na direção 𝑥, temos:
𝑥2 = 𝑉2 cos 30° 𝑡ℎ,𝑚𝑎𝑥 = 75√3 𝑚
Pela equação horária do movimento na direção 𝑦, obtemos:
2
𝑔𝑡ℎ,𝑚𝑎𝑥
𝑦2 = 𝑉2 sen 30° 𝑡ℎ,𝑚𝑎𝑥 −
2
𝑦2 = 75 − 45 = 30 𝑚
Observe na figura que a distância que queremos calcular é 𝐴𝐹. Utilizando o Teorema de
Pitágoras no triângulo 𝐹𝐻𝐴, temos:
𝑑 2 = (𝑦1 − 𝑦2 )2 + 𝑥22
𝑑 2 = 225 + 16875
𝑑 = √17100 𝑚
Gabarito: C
Comentários:
Quando há atmosfera a partícula sofre uma força resistiva, diminuindo sua velocidade, assim
𝑣1 é a maior das velocidades. Essa força resistiva é proporcional a velocidade relativa entre a
partícula e o ar, assim podemos deduzir que ela é menor no caso 3 em relação ao 2. Como a partícula
sofreu uma desaceleração de menor intensidade em 3, temos que sua velocidade é maior nesse caso
(em relação a 2). Assim podemos escrever:
𝑣1 > 𝑣3 > 𝑣2
O tempo que a partícula leva para chegar ao solo depende apenas de sua velocidade vertical.
Note que a força de resistência do ar atrasa a partícula, mas, como foi discutido anteriormente, essa
força depende da velocidade relativa entre a partícula e o ar, como o ar só se move na horizontal a
componente vertical da velocidade relativa entre eles é a mesma no caso 2 e 3, logo:
𝑡1 < 𝑡3 = 𝑡2
Gabarito: B
16. (ITA-2018)
Numa quadra de vôlei de 18𝑚 de comprimento, com rede de 2,24𝑚 de altura, um atleta
solitária faz um saque com a bola bem em cima da linha de fundo, a 3,0𝑚 de altura, num ângulo
𝜃 de 15° com a horizontal, conforme a figura, com trajetória num plano perpendicular à rede.
Desprezando o atrito, pode-se dizer que, com 12𝑚/𝑠 de velocidade inicial, a bola (𝑔 =
10𝑚/𝑠 2 )
a) bate na rede.
b) passa tangenciando a rede.
c) passa a rede e cai antes da linha de fundo.
d) passa a rede e cai na linha de fundo.
e) passa a rede e cai fora da quadra.
Comentários:
A equação da trajetória de um lançamento oblíquo é dada por:
𝑔𝑥 2
𝑦(𝑥) = 𝑦0 + 𝑥 tan 𝜃 − 2
2𝑣0 cos2 𝜃
Substituindo os dados do problema:
𝑦(𝑥) = 3 + 0,27𝑥 − 0,037𝑥 2
Primeiramente veremos se a bola ultrapassa a rede. Note que a rede está no meio da quadra
em 𝑥 = 9 𝑚, queremos saber a altura da bola quando passa na mesma vertical da rede:
𝑦(9) = 3 + 0,27 . 9 − 0,037 . 81 = 2,433 𝑚
𝑦(9) > 2,24 𝑚
E, portanto, a bola ultrapassa a rede. Para determinamos onde ela aterrissa devemos ver em
qual 𝑥 sua altura é nula:
𝑦(𝑥𝑓𝑖𝑚 ) = 0
3 + 0,27𝑥 − 0,037𝑥 2 = 0
Essa equação tem solução positiva (a única relevante): 𝑥𝑓𝑖𝑚 ≈ 13,36 𝑚
Como 𝑥𝑓𝑖𝑚 < 18 𝑚, podemos afirmar que a bola aterrissa dentro da quadra.
Gabarito: C
17.
Dispara-se um projétil a partir do solo de modo que seu alcance horizontal é igual ao triplo da
altura máxima atingida. Desprezando a resistência do ar, podemos afirmar que o ângulo de 𝛼
é:
a) cos 𝛼 = 2/3.
b) sen 𝛼 = 2/3.
c) tan 𝛼 = 4/3.
d) tan 𝛼 = 1/4.
e) sec 𝛼 = 1/3.
Comentários:
Na vertical temos um movimento com aceleração constante, logo:
𝑣𝑦 = 𝑣0𝑦 − 𝑔𝑡
No fim do movimento sua velocidade vertical deverá ser igual a inicial (pode-se deduzir isso
por simetria do problema físico ou conservação de energia), mas com o sentido oposto, assim seu
tempo de voo é dado por:
−𝑣0𝑦 = 𝑣0𝑦 − 𝑔𝑡𝑣𝑜𝑜
2𝑣0𝑦
𝑡𝑣𝑜𝑜 =
𝑔
O movimento horizontal da partícula apresenta velocidade constante, assim:
𝑥(𝑡) = 𝑣0𝑥 𝑡
Como a amplitude é a distância horizontal percorrida até o fim da queda:
𝑣02 sen 2𝜃
𝐴 = 𝑥 (𝑡𝑣𝑜𝑜 ) =
𝑔
A altura máxima é atingida na metade da trajetória, usando a equação horária de movimento
vertical:
𝑡𝑣𝑜𝑜 2
𝑡𝑣𝑜𝑜 𝑔( )
𝐻𝑚𝑎𝑥 = 𝑣0 sen 𝜃 ( )− 2
2 2
𝑣02 sen2 𝜃 𝑣02 sen2 𝜃 𝑣02 sen2 𝜃
𝐻𝑚𝑎𝑥 = − =
𝑔 2𝑔 2𝑔
A questão quer uma trajetória que obedeça a:
𝐴 = 3𝐻𝑚𝑎𝑥
3
sen 2𝜃 = sen2 𝜃
2
3
cos 𝜃 = sen 𝜃
4
4
tan 𝜃 =
3
Gabarito: C
18.
Uma partícula é lançada obliquamente, a partir de uma altura 3ℎ (ver figura). Sabe-se que o
ângulo de disparo vale 𝜃. Nestas condições, se a maior altura atingida acima do ponto de
projeção é ℎ, então distância horizontal 𝑑 percorrida pela partícula, imediatamente antes de
atingir o solo (ponto 𝐵) é:
a) 2ℎ sen 𝜃.
b) 4ℎ cos 𝜃.
c) 6ℎ cot 𝜃.
d) 8ℎ tan 𝜃.
e) 8ℎ sec 𝜃.
Comentários:
Por Torricelli na vertical entre o ponto inicial e o ponto mais alto, temos que:
𝑣𝑦2 = (𝑣0 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝜃 )2 − 2 ∙ 𝑔 ∙ ℎ
𝑣𝑦 = 0
1
𝑣0 =
√2𝑔ℎ
sen 𝜃
Logo a equação da parábola dessa partícula é dada por:
𝑔𝑥 2
𝑦(𝑥) = 3ℎ + 𝑥 tan 𝜃 − 2
1
2(
√2𝑔ℎ ) cos2 𝜃
sen 𝜃
Imediatamente antes de atingir o solo temos 𝑦 = 0, logo:
𝑦 (𝑑 ) = 0
𝑑 2 tan2 𝜃
3ℎ + 𝑑 tan 𝜃 − =0
4ℎ
A equação acima tem as soluções 𝑑 = 6ℎ cot 𝜃 e 𝑑 = −2ℎ cot 𝜃. O valor negativo seria o que
encontraríamos prolongando a parábola para a esquerda.
Gabarito: C
Comentários:
Considere a origem no ponto médio do segmento CD, como mostrado na figura. Considere
uma parábola da forma:
𝑦² = 𝑚(𝑥 + 𝑏),
Devemos encontrar m e b. Os pontos D e E, pertencem a parábola:
𝑎 √3𝑎
𝐷 = (0, ) e 𝐸 = ( , 𝑎)
2 2
Substituindo na equação da parábola, temos:
√3𝑎 𝑎
𝑚= ,𝑏 =
2 2√3
Assim, a equação da parábola assume a forma:
√3𝑎 𝑎
𝑦2 = (𝑥 + )
2 2√3
𝑅 𝑅
Para o alcance GH, a coordenada 𝐻 = (𝑂𝐼, ) = (√3𝑎, ). Substituindo na parábola:
2 2
2 2
2
√3𝑎 𝑎 2
3𝑎 𝑎 2
7𝑎2 √7
𝑦 = (√3𝑎 + )⇒𝑦 = + ⇒𝑦 = ⇒𝑦= 𝑎
2 2√3 2 4 4 2
𝑅
𝑦= ⇒ 𝑅 = √7𝑎
2
𝑅 = 𝐺𝐻 = √7𝑎
GABARITO: B
@proftoniburgatto