Apostila de Monitores de Video JM Eletronica

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COMPOSIÇÃO DE UMA IMAGEM

Toda imagem pode ser formada a partir da composição de vários pontos. Imagine uma
fotografia ampliada várias vezes, veremos que a mesma é composta por uma sucessão de
pontos. Concluímos então que imprimindo-se vários pontos em uma área específica
podemos obter qualquer imagem que desejarmos.
Em um monitor de vídeo a imagem é formada do mesmo modo, ou seja, pela impressão
de vários pontos na tela (tubo de imagem). A impressão é feita pela incidência de um feixe
de elétrons que percorre toda a tela imprimindo vários pontos luminosos caracterizando,
portanto uma imagem na tela.
A tela do tubo de imagem é revestida de uma substância fosforescente (emite luz sob
incidência de um feixe de elétrons), portanto um feixe de elétrons percorrendo toda tela,
resultará em vários pontos luminosos impressos formando, portanto uma imagem.

Varredura horizontal

Uma sucessão de pontos em uma tela de um monitor são representados por uma linha
horizontal. Uma imagem é, portanto obtida a partir da composição de várias linhas
horizontais. O total de linhas representa um campo de imagem. A freqüência das linhas de
varredura em um monitor é de aproximadamente 31kHz (dependendo do modo de
resolução da cpu) isso significa que teremos aproximadamente 31.000 linhas por segundo
varrendo a tela.

Varredura vertical

Após o traçado da última linha horizontal teremos um campo de imagem. A freqüência de


campo em um monitor é de aproximadamente 70Hz (dependendo do modo de resolução da
cpu). Isso significa que teremos aproximadamente 70 campos de imagem por segundo.

Funcionamento do cinescópio monocromático

Vimos que a imagem em um monitor é “desenhada” por um feixe de elétrons que incide
sobre a tela imprimindo vários pontos. Veremos agora como obter um feixe de elétrons em
um tubo de imagem. Observe a figura abaixo:
O feixe de elétrons será emitido pelo cátodo e incidirá na tela imprimindo um ponto
luminoso.
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Filamento: A função do filamento é a de aquecer o cátodo para que o mesmo possa


desprender elétrons.Com o filamento apagado não existirá feixe de elétrons, isso resultará
em uma tela escura.
Cátodo: Responsável pela emissão de elétrons. Quanto maior o potencial no cátodo
menor será a intensidade do feixe, diminuindo-se o potencial teremos um aumento na
corrente de feixe. É através da variação de tensão nos cátodos que controlamos a
intensidade do feixe de elétrons em cada ponto para obtenção da imagem na tela.
Grade de brilho: Controla a intensidade do feixe e, portanto o brilho na tela. Quanto
mais alto o potencial nessa grade maior o brilho. Quanto mais baixo o potencial obviamente
o brilho diminuirá.
Grade de screen: De modo semelhante á grade de brilho, controla o brilho na tela.
Grade de foco: Determina a densidade do feixe de elétrons, responsável pela nitidez da
imagem.
Alta tensão: Principal responsável pelo deslocamento do feixe de elétrons.

Qualquer um dos itens acima operando em condições anormais poderá alterar ou inibir
totalmente a imagem na tela.

Varredura do feixe de elétrons


Como afirmamos anteriormente o feixe de elétrons percorre a tela da esquerda para a
direita e de cima para baixo. O movimento é realizado devido a influência magnética das
bobinas defletoras verticais e horizontais. A defletora horizontal desloca o feixe da esquerda
para direita, enquanto que a defletora vertical desloca o feixe de cima para baixo. A figura
abaixo mostra a situação de uma imagem na tela na ausência das deflexões.
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Cinescópio cromático:

O funcionamento do cinescópio cromático é semelhante ao monocromático exceto que o


cromático apresenta três cátodos.
Em um tubo de imagem a cores, a cor em cada ponto imprimido na tela será o resultado
da combinação de três cores primárias, observe a figura abaixo.

Em um tubo a cores o feixe emitido


por cada cátodo incidirá somente sobre o
seu respectivo fósforo na tela(RGB),por
exemplo,o feixe que sairá do cátodo
correspondente ao azul incidirá somente
sobre o fósforo azul,da mesma forma
acontece com os feixes que partem dos
cátodos correspondentes aos feixes
vermelho e verde.A intensidade do feixe
em cada cor primária determina a
intensidade dessa cor.O resultado da
combinação das três cores primárias
determinará a cor em cada ponto de
imagem caracterizando uma imagem
como um todo.

Processamento do sinal do vídeo:

Como afirmamos anteriormente é o feixe de elétrons que imprime a imagem no


cinescópio. Para que uma imagem seja formada, entretanto é necessário o controle sobre o
feixe de elétrons determinando a intensidade do mesmo em cada ponto na tela. A função do
sinal de vídeo é exatamente essa: Controlar a intensidade do feixe em cada ponto na
tela do cinescópio, ou seja, é o sinal de vídeo quem “diz” ao feixe a imagem que o mesmo
deverá imprimir na tela.

Observe a figura acima: Os sinais de RGB (vídeo) gerados na cpu serão entregues ao
monitor para serem processados. A primeira etapa será o ci processador de vídeo cuja
finalidade principal é controlar o contraste da imagem, ou seja, a intensidade do sinal de
vídeo. A etapa seguinte (amplificador de vídeo) será responsável pela amplificação do sinal
de vídeo a níveis suficientes para o funcionamento do cinescópio. Em seguida os sinais de
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RGB serão aplicados aos cátodos do cinescópio controlando a intensidade de feixe em cada
ponto na tela caracterizando uma imagem.

Processamento dos sinais horizontal e vertical

Para o traçado da imagem o feixe de elétrons imprime os pontos na tela movimentando-


se da esquerda para a direita e ao mesmo tempo de alto a baixo. O movimento do feixe é
realizado devido à influência magnética das bobinas de deflexão horizontal e vertical. Para
que as bobinas defletoras movimentem o feixe de forma adequada é necessário que as
mesmas sejam excitadas por sinais elétricos específicos. Observe a figura abaixo:
Os sinais responsáveis pela deflexão horizontal e vertical são gerados pelo ci oscilador. O
sinal de 30Khz é utilizado para excitar a bobina de deflexão horizontal e o flayback. O sinal
de 30khz é levado a base do transistor T1 que é utilizado para excitar o primário do
transformador driver, o secundário deste transformador excitará o transistor T2 que é
responsável pelo acionamento do flayback e bobina defletora horizontal. Normalmente no
secundário do flayback são geradas as tensões de foco, screen, alta tensão e ABL que serão
utilizadas para o funcionamento do cinescópio e controle automático de contraste (ABL).
O sinal de 70Hz para deflexão vertical é encaminhado para o ci de saída vertical, na saída
desse ci teremos o sinal com amplitude suficiente para excitar a defletora vertical.
Os sinais de sincronismo horizontal e vertical são utilizados para estabilizar (sincronizar) a
imagem na tela. Observe a figura abaixo e veja os problemas causados pela falta de
sincronismo.
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Fonte de alimentação:
A figura abaixo mostra o diagrama básico da fonte de um monitor.

O circuito integrado PWM recebe alimentação de partida da fonte principal via resistor
R1.Na saída desse integrado teremos um sinal que será aplicado ao gate do mosfet. O
mosfet é utilizado para chavear o primário do transformador. Na saída do transformador
teremos as principais tensões para funcionamento do monitor.
Um dos secundários do transformador fornecerá uma tensão de reforço para o ci via
diodo D1.Essa tensão garantirá o funcionamento normal do ci.
Uma amostra da tensão de saída é utilizada para controle da fonte através do foto
acoplador.
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Ajustes básicos de monitores

Os monitores em geral fornecem ao usuário ajustes referentes a imagem na tela:

Altura: Expande e comprime a imagem no sentido vertical.


Esse ajuste atua na amplitude da forma de onda responsável pela deflexão vertical.

Posicionamento vertical: Posiciona a imagem verticalmente na tela.


O ajuste de posicionamento atua no nível DC da forma de onda de deflexão vertical.

Largura :O ajuste de largura comprime ou expande a imagem no sentido horizontal.Atua


diretamente na potência da bobina defletora horizontal.

Posicionamento horizontal: Posiciona a imagem horizontalmente na tela. O ajuste atua


no nível DC da forma de onda referente à deflexão horizontal.

Posicionamento do vídeo na tela: O ajuste faz o deslocamento da imagem na direção


horizontal sem alterar o posicionamento da trama.Esse ajuste é consseguido controlando-se
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o intervalo de apagamento do retorno horizontal do feixe.

Efeito almofada: Ajusta a imagem nas laterais eliminando os contornos na mesma.O


ajuste é conseguido modulando-se a forma de onda de varredura horizontal através da
varredura vertical.

DEFEITOS EM MONITORES:

A maioria dos defeitos apresentada pelos monitores está na fonte de alimentação e


estágio de saída horizontal.

FONTE DE ALIMENTAÇÃO:

Abrindo fusível: Nessas condições recomenda-se ligar o monitor em série com uma
lâmpada de 200W para evitar a queima de novos fusíveis. Se a lâmpada apresentar um
brilho intenso significa uma condição de curto no primário. Os componentes que geralmente
entram em curto são os diodos ou ponte retificadora de entrada e o transistor mosfet. No
caso do mosfet em curto recomenda-se também a substituição do ci pwm e a verificação dos
diodos de sinal e diodos zener que trabalham em conjunto com o pwm e resistores de baixo
valor.

Fonte apresentando baixo valor de tensão nas saídas: A carga principal para a fonte
de alimentação é o setor horizontal (flayback e bobina defletora) uma fonte baixa pode
significar um problema nessa área.
Procedimento: Retira-se a alimentação do flayback, se nessas condições a fonte voltar ao
normal significa que o problema está no setor horizontal, normalmente os componentes que
apresentam problema nesse setor são: transistor de saída horizontal, flayback e bobina
defletora horizontal. Se a fonte continuar baixa provavelmente trata-se de um problema de
controle da fonte devendo-se verificar o foto acoplador e componentes associados.

Fonte apresentando ruído intermitente: Normalmente as fontes chaveadas


apresentam um ruído intermitente quando uma das cargas do secundário apresenta-se em
curto, principalmente o flayback ou transistor de saída horizontal. Se ao desligar-mos a
alimentação do flayback o ruído desaparecer o problema poderá ser um curto no setor
horizontal. Por outro lado se o ruído permanecer, o defeito provavelmente estará na fonte.
Normalmente o defeito é causado pelo capacitor de filtro de alimentação do ci pwm.
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DEFEITOS DE VIDEO:

Tela branca com brilho excessivo e linhas de retraço: Esse defeito geralmente é
causado pela ausência da tensão de alimentação da saída de vídeo, Saída de vídeo com
defeito, ou controle de screen alterado. Algumas vezes esse defeito pode também ser
causado pelo ci processador de vídeo.

Imagem predominando uma das cores primárias: Quando em uma imagem


predomina-se uma das cores geralmente com linhas de retraço o defeito pode estar no
resistor de polarização de coletor da saída de vídeo (saída com transistores) correspondente
a cor predominante ou ainda o transistor em curto. Se for utilizado ci na saída de vídeo, o
defeito poderá ser ocasionado pelo mesmo. Existe também a possibilidade do ci processador
de vídeo ocasionar o defeito.
Tela sem brilho: O defeito pode ser causado pela falta de alimentação do filamento do
tubo ou defeito no circuito de brilho que pode ser constatado medindo-se a tensão na grade
G1.Deve-se verificar as tensões de cátodo se as mesmas estiverem altas o problema pode
ser o ci processador de vídeo.
Imagem sem nitidez e aumentando o brilho gradativamente: O defeito é causado
pelo controle de foco e screen conjugados ao flayback.

DEFEITOS NO SETOR HORIZONTAL

Imagem com largura excessiva: Verificar o circuito de controle de largura


normalmente formado por um transistor darllington. Geralmente o defeito é causado pelo
transistor em curto, capacitores poliéster no circuito de largura, diodo damper em curto ou
defeito no controle de largura.

Imagem com largura reduzida: Podem ser verificados os mesmos componentes do


item anterior. Nesse caso a bobina defletora também pode ser a causa do defeito.
Obs: O maior parte dos defeitos de imagem caracterizados no sentido esquerda para
direita é causado por irregularidades nos circuitos horizontais.

DEFEITOS NO SETOR VERTICAL

Linha horizontal no centro da tela (vertical fechado)


O defeito é causado principalmente pelo ci de saída vertical em curto. Na substituição do
ci verificar o resistor de proteção na fonte de alimentação da saída vertical. Se o problema
não estiver na saída deve-se verificar o ci oscilador de horizontal e vertical e componentes
associados.

. Altura excessiva
O problema pode ser causado por alguma alteração no circuito referente ao controle de
altura. Para verificar o problema deve-se analisar o circuito de altura a partir do controle do
usuário.Verifique os capacitores eletrolíticos referentes à saída vertical.

Altura reduzida
Adotam-se os mesmos procedimentos do item anterior
Obs: Os defeitos de imagem caracterizados no sentido de cima para baixo são causados
geralmente por alterações no circuito vertical
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OSB: antes verificar componentes devemos avaliar a condição das soldas referentes aos
circuitos defeituosos, pois grande parte dos defeitos é ocasionada por mau contato entre os
componentes e as trilhas dos circuitos comumente conhecidos como solda fria.

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