Do Monitor CRT: - Funcionamento Interno

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- Funcionamento Interno

do monitor CRT
Toda a informação deste trabalho foi adquirida através de
pesquisas pelo motor de busca google.

1 – Monitores
2 – Resolução dos monitores e tamanho
3 – Significado de CRT
4 – O funcionamento do dispositivo analógico CRT
4.1 – A movimentação do feixe de electrões
4.2 – Os electroímanes e o circuito electrónico
4.3 – Tubo de imagem a preto e branco Vs. Tubo Colorido
5 – A evolução do tubo colorido
5.1 – Tubo delta ou triad (1950)
5.1.1 – O seu funcionamento
5.2 – Tubo Trinitron (1969)
5.2.1 – O seu funcionamento
5.3 – Tubo in Line (1970)
6 – Magnetização / Desmagnetização
7 – Melhoramentos dos tipos de tubos

1 – Monitores

Monitor é um aparelho que recebe um sinal de vídeo e som


descodificando-os para apresentação ao espectador. O sinal de vídeo é
descodificado em instruções para desenho de linhas em uma ecrã que exibirá a
imagem (CRT, LCD e plasma são os principais tipos e neste trabalho irei
abordar o CRT). O sinal de áudio é enviado a um amplificador e daí para caixas
acústicas embutidas dentro do aparelho e/ou para conexões externas (para uso
de amplificadores externos).
Ao contrário do televisor, um monitor não recebe transmissões de TV.
Assim, sempre possui conexões para receber externamente os sinais de som e
imagem. E a imagem reproduzida por um monitor é muito mais precisa e fiel ao
sinal original que o alimenta do que seria a mesma imagem porém reproduzida
por um aparelho de TV. Em primeiro lugar, porque o sinal recebido passa por
poucos circuitos electrónicos até ser exibido no ecrã. Em contrapartida, no
televisor o sinal tem que passar antes pelo receiver. Além disso, ao contrário
do televisor, normalmente alimentado por um sinal do tipo RF, o monitor
geralmente possui entrada para sinal composto ou então Y/C.
Porém, o facto mais importante é que os televisores possuem
sofisticados circuitos electrónicos para tentar corrigir diversos tipos de
distorções sofridas pelo sinal de vídeo no trajecto entre a torre retransmissora e
a antena do aparelho, tais como instabilidade no ajuste horizontal/vertical,
fantasmas, imagens escuras, cores fracas, etc... No entanto, se para o
espectador isso é óptimo, para um técnico de produção de vídeo é péssimo,
porque o sinal fica mascarado e justamente é preciso que o aparelho mostre o
sinal tal qual ele é, para que eventuais correcções possam ser feitas.
É por este motivo que monitores são sempre preferidos a televisores em
vídeo produção.

2 – Resolução dos monitores e tamanho

Resolução dos monitores


Você já sabe que a imagem do monitor é formada pela varredura do
canhão sobre as linhas com pontos (também chamado de pixels) do monitor.
Mas quantas linhas o monitor tem? Bem, para saber isso, você consulta seu
computador para saber a resolução. Caso a resolução seja, de por exemplo,
800x600, significa que a tela possui 800 linhas na vertical e 600 linhas na
horizontal. É como se fosse uma matriz. Para exemplificar, imagine que cada
ponto é uma célula do Excel, localizada por sua linha e coluna. Actualmente, as
resoluções mais encontradas são: 640x480, 800x600, 1024x768 e 1280x1024.
É claro que existem outras resoluções. Elas são aplicadas conforme a
necessidade. Por exemplo, um jogo pode requerer uma resolução menor, como
320x200. Quanto maior for a resolução, maior será o espaço visível na tela,
pois o tamanho dos pontos diminui.

Tamanho dos monitores


Existem monitores de vários tamanhos, sendo os mais comuns os de
14", 15", 17" e 19" (lê-se o símbolo " como polegadas). Essa medida em
polegadas indica o tamanho da tela na diagonal, como mostra a ilustração a
seguir:

Vale citar que a carcaça do monitor encobre a borda da tela, por isso, num
monitor de 15", por exemplo, a área visível é de geralmente 14". Nos
monitores mais simples, há uma curvatura na tela. Existem, no entanto, telas
planas, que possuem uma visualização mais confortável aos olhos humanos.
No entanto, estes monitores (também conhecidos como monitores ecrã-plano)
possuem um processo de fabricação diferente e mais caro, o que aumenta o
valor do equipamento. Para estes tipos de monitores, a medida em polegadas
também é válida.
3 – Significado de CRT

CRT (Cathode Ray Tube) tubo de imagem convencional dos monitores e


aparelhos de TV. O CRT é um dispositivo analógico, constituído por um ecrã de
vidro recoberto em seu lado interno por uma camada de substância (fósforo)
que tem a propriedade de tornar-se luminosa ao ser bombardeada por um feixe
de electrões. Um canhão de electrões, situado na parte traseira do ecrã de
vidro do tubo direcciona o feixe em um traçado formado por linhas horizontais,
de cima para baixo. Ao ser alimentado pelo sinal de vídeo, um circuito faz com
que o feixe seja mais ou então menos intenso, conforme o ponto
correspondente deva ser mais ou então menos luminoso.

4 – O Funcionamento do dispositivo analógico CRT

O desenho acima mostra um tubo de imagem esquematizado. Dentro do tubo,


feito de vidro, existe um razoável grau de vácuo, daí o peso do mesmo - o vidro
precisa ser espesso, principalmente em sua parte frontal, para suportar a
pressão atmosférica sem risco de implodir devido ao vácuo em seu interior. O
canhão de electrões é formado pelo cátodo (6), onde os mesmos são gerados.
O CRT utiliza alta voltagem para gerar o fluxo de electrões, cerca de 200 vezes
maior do que a voltagem da corrente eléctrica que alimenta o aparelho. A
seguir, estes electrões são acelerados através de um dispositivo situado logo
após o cátodo, indicado em (5). São então focados (4) para formar o feixe
concentrado. E é este feixe de electrões que atinge a superfície interna do tubo
(3), recoberto pela camada de fósforo (8): o ponto atingido pelo feixe torna-se
luminoso, podendo ser visto do lado de fora do tubo. Para que os electrões
sejam atraídos para a ecrã, a mesma é energizada de maneira oposta ao
cátodo, no ponto indicado por (7), o ânodo.

4.1 – A movimentação do feixe de electrões

O feixe de electrões deve ser direccionado na superfície frontal interna do tubo


de forma a descrever uma trajectória em forma de linhas horizontais, uma
abaixo da outra. Ao final de cada linha horizontal, um código específico no sinal
indica que o feixe chegou ao final do desenho da linha em que está, e que deve
descer um pouco e retornar para o outro extremo, para iniciar o desenho da
próxima linha. Para que o feixe possa ser direccionado para a esquerda e para
a direita e também para cima e para baixo, ao invés de permanecer fixo em um
ponto central da superfície frontal do tubo, existem potentes ímãs instalados
em meio a sua trajectória. Estes ímãs, na verdade electroímanes (ímãs cuja
capacidade de atrair pode ser variada em função da variação da intensidade de
corrente eléctrica aplicada aos mesmos), atraem o feixe em sua direcção com
maior ou menor intensidade, desviando assim sua trajectória.

4.2 – Os electroímanes e o circuito electrónico

O tubo possui 4 electroímanes, dois localizados nas partes inferiores e


superior do tubo (1) para controlar o movimento vertical do feixe (para cima /
para baixo) e dois outros localizados nas suas laterais (2) para controlar o
movimento horizontal (para os lados).

O circuito electrónico lê então os pulsos existentes no sinal, que indicam


início/término do desenho de cada linha, transformando-os em variação de
intensidade no campo magnético dos electroímanes. Assim, as linhas vão
sendo desenhadas na superfície interna do tubo. Ao mesmo tempo, o circuito
electrónico lê a intensidade do sinal e a todo momento, controlando a
intensidade do feixe emitido pelo canhão. Assim, as nuances da imagem
(pontos mais claros, mais escuros) são formadas, completando-se o processo
de formação da imagem (traçado + intensidade).

4.3 – Tubo de imagem preto e branco Vs. Tubo Colorido

No tubo de imagem preto & branco a ecrã de vidro é recoberta por uma
camada uniforme de fósforo e existe um só canhão de electrões. No tubo
colorido não existe uma camada uniforme e sim uma camada com milhares de
minúsculos círculos ou segmentos coloridos, agrupados sequencialmente nas 3
cores básicas (RGB) do sinal de vídeo. E, ao invés de um só canhão de
electrões existem 3, emitindo 3 feixes distintos ou então um só, emitindo um
feixe único a partir do qual são separados a seguir os 3 feixes.

Cada um dos 3 feixes atinge o mesmo tipo de pontos / segmentos coloridos, ou


seja, um dos feixes atinge somente os pontos vermelhos, outro somente os
verdes e outro somente os azuis. Para conseguir-se isso, e evitar-se que o
feixe ao deslocar-se em sua trajectória no desenho das linhas passe sobre
pontos / segmentos das outras cores e os activem, é acrescentada próximo à
superfície interna do tubo (a cerca de 1,5 cm de distância) uma máscara
metálica com milhares de minúsculos orifícios. Esta máscara é ajustada com
muita precisão, de modo que ao deslocar-se horizontalmente o feixe azul por
exemplo seja obstruído ao passar sobre os pontos vermelhos e verdes.

5 – A evolução do Tubo colorido


4.1 – Tubo delta ou Triad (1950)
O primeiro tubo colorido para TV foi criado pela RCA em 1950, e
denominava-se delta ou triad, porque os pontos coloridos no ecrã eram
dispostos agrupados em forma triangular.
5.1.1 – O seu funcionamento

O desenho esquematiza a disposição dos canhões (A) e os pontos (B) de


fósforo coloridos, sobre a parte interna do tubo de imagem. Cada conjunto de
pontos torna-se luminoso ao ser atingido pelos 3 feixes simultaneamente em
sua passagem. Porém cada feixe pode possuir uma intensidade diferente, e a
combinação das intensidades das 3 cores forma todas as demais cores quando
a imagem é vista à distância: a separação entre os pontos torna-se indistinta.
Quanto menores e mais próximos os pontos uns dos outros, maior a resolução
da imagem e geralmente o ideal é que um determinado ponto não seja maior
do que o pixel a ser representado pelo mesmo.

O desenho abaixo mostra o funcionamento da máscara, que impede que o


feixe correspondente a uma cor interfira no outro:

O desenho mostra o deslocamento dos feixes de electrões, de (1) para (2). Na


posição indicada no desenho, são atingidos os pontos R1, G1 e B1. Se não
houvesse a máscara (segmentos pretos no desenho), quando os feixes se
deslocassem para (2) o ponto B1 por exemplo poderia ser atingido pelo feixe
correspondente a R1, activando-o indevidamente. No entanto isto não
acontece: com o uso da máscara, assim que se desloca para a direita os feixes
atingem a máscara e não a ecrã.

Esta máscara, formada por orifícios redondos, chama-se dot mask e é


confeccionada com aço ou uma liga de aço-níquel chamada InVar (que
praticamente não se dilata com o calor gerado pelo bombardeio de electrões
não prejudicando assim o desenho da imagem). Através de cada orifício da
máscara passam os 3 feixes simultaneamente, que atingem um conjunto de 3
pontos no ecrã. Devido à disposição em forma de colmeia (pontos na ecrã e
orifícios na máscara), os feixes tem que subir e descer ligeiramente ao longo
da trajectória horizontal para desenhar a imagem.
5.2 – Tubo Trinitron (1969)
Em 1969 a Sony criou o tubo Trinitron, que ao invés de três canhões
utilizava um único canhão, com 3 cátodos produzindo 3 feixes alinhados
horizontalmente

5.2.1 – O seu funcionamento

E, ao invés do conjunto de pontos de fósforo colorido dispostos em formato


triangular, foram utilizadas faixas contínuas de fósforo colorido arranjadas
verticalmente de alto a baixo no ecrã:

Esse formato das células eliminava bastante as áreas mortas, causando com
isso aumento no brilho da imagem. Quanto menores e mais próximas as faixas
umas das outras, maior a resolução da imagem e geralmente o ideal é que um
determinado conjunto de 3 faixas não seja maior do que o pixel a ser
representado em algum ponto do mesmo. Além disso neste tipo de tubo a
resolução vertical pode ser maior, pois não depende de orifícios na máscara e
sim da precisão e tamanho diminuto da extremidade dos feixes.

Por outro lado a máscara não precisava ser de orifícios e sim de frestas, de
ajuste mais simples, portanto menos sujeita a falhas. A máscara no tubo
Trinitron (chamada aperture grill) não era formada por uma placa metálica e
sim por uma grade de finos fios verticais de aço tencionados: o feixe passava
pelas frestas desses fios. Aberturas tipo frestas permitiam que a ecrã fosse
verticalmente plana (embora ainda não o fosse horizontalmente).

A superfície frontal do tubo Trinitron é recta na vertical e curva na horizontal,


acarretando o formato cilíndrico a este tipo de tubo. O vidro precisa por esse
motivo ser mais espesso ainda na parte frontal do que a dos antigos tubos de
superfície esférica, para suportar a pressão atmosférica, daí seu peso também
ser maior.

Um a três fios horizontais atravessam a ecrã para dar estabilidade à grade


evitando ondulações e vibrações nos fios verticais causados pelo aquecimento
em função do bombardeio do feixe de electrões. Denominados damper wires,
estes fios podem ser vistos como finas linhas que aparecem em imagens muito
brilhantes, desaconselhando o uso deste tipo de CRT em aplicações críticas -
diagnósticos médicos por exemplo.
Os desenhos acima mostram um tubo de imagem tradicional (tipo delta) visto
de lado. O da esquerda ilustra o que aconteceria com cada feixe se a ecrã
fosse verticalmente plana: o ângulo de incidência quando as linhas mais altas
ou mais baixas no ecrã fossem ser desenhadas faria com que parte do feixe
fosse obstruída. O desenho da direita mostra por que a máscara nesse tipo de
tubo tem que ser curva: para não obstruir o feixe. O tubo Trinitron não
apresenta este problema, pois como a máscara possui frestas de alto a baixo,
não existem as interrupções mostradas no desenho acima, ou seja, o feixe
passa pala fenda em qualquer ângulo:

Como desvantagem o canhão tem que situar-se mais afastado da ecrã para
poder atingir todos os pontos: o CRT deste tipo é mais longo e mais pesado
consequentemente do que o do tipo delta.

5.3 – Tubo in Line (1970)


Em 1972 a RCA criou o tubo In line, semelhante ao Trinitron porém com
divisões nas fendas verticais, o que passou a exigir uma curvatura vertical no
ecrã, mas não tanto como no delta. Este tipo possui as vantagens do Trinitron,
perdendo um pouco em curvatura vertical para ganhar em comprimento e peso.

5.3.1 – O seu funcionamento

As figuras acima mostram o formato do canhão, semelhante ao do


Trinitron e o formato das faixas de fósforo colorido no ecrã. A máscara neste
caso (denominada slot mask) é formada por uma placa metálica contendo
fendas, dispostas de forma semelhante aos segmentos de fósforo no ecrã. O
material é o aço ou então a liga de aço-níquel InVar (que praticamente não se
dilata com o calor gerado pelo bombardeio de electrões não prejudicando
assim o desenho da imagem).

Independente do tipo de CRT, as células (conjuntos de 3 pontos ou de 3


segmentos de listras) não necessariamente coincidem com os pixels a serem
representados na imagem. E representar um pixel por várias células é melhor
do que ter o tamanho da célula maior do que o do pixel - perde-se em
resolução.

6 – Magnetização / Desmagnetização
Por serem confeccionadas em metal, as máscaras (placa ou fios) podem
eventualmente ficar magnetizadas pelo próprio campo magnético da Terra ou
por aparelhos eléctricos próximos ao CRT. Se isto acontece, os raios do feixe
de electrões são desviados ligeiramente de sua trajectória original, causando
reprodução incorrecta das cores (são atingidos pontos/faixas erradas de fósforo
na ecrã). Para evitar isso os monitores possuem uma função automática
denominada Autodegausser que desmagnetiza a máscara toda vez que o
monitor é ligado.

7 – Melhoramentos dos diferentes tipos de tubos


Todos esses 3 tipos de tubos continuam
sendo melhorados dia a dia e novas versões
tem surgido, porém de maneira geral os tipos
Trinitron e In line tem melhor imagem do que os
do tipo delta. Assim, black matrix por exemplo é
uma melhoria efectuada no tubo tipo delta, onde
os espaços entre os pontos são preenchidos
por cor preta, para absorver a luz do ambiente,
melhorar o contraste e permitir feixes maiores e
portanto imagens com mais brilho. Outra
melhoria, efectuada em todos os tipos de tubos,
é o black screen, onde o vidro frontal do CRT é
cinza ao invés de transparente, também para absorver melhor a luz ambiente,
mantendo o contraste mesmo em salas claras. A curvatura horizontal também
foi eliminada: tubos actuais (flat crt) conseguem ter ecrã plano nos dois
sentidos, tanto horizontal como vertical. Para tanto,utilizam microprocessadores
internos que controlam a intensidade e o direcionamento dos feixes de
electrões com enorme precisão, conseguindo fazer com que mesmo com a
ecrã plana horizontalmente estes feixes consigam atingir as laterais da ecrã
mantendo a imagem perfeitamente focalizada. Isto porque com o ecrã plana
horizontalmente o percurso do feixe é maior para atingir as laterais do que a
parte central do tubo e sem o recurso de processadores aumentando
dinamicamente a potência do feixe, proporcionalmente à distância a ser
percorrida, a imagem ficaria desfocada nestas laterais. Por isso este processo
denomina-se foco dinâmico. Ecrãs totalmente planas apresentam a vantagem
de serem bem menos susceptíveis a reflexos de eventuais luzes do ambiente,
o que é típico dos ecrãs curvas. E, além disso, ecrãs curvas fazem com que um
espectador, localizado bem próximo a uma das laterais da mesma, não veja a
outra parte da imagem, escondida pela curvatura da mesma. Melhorias
também vêm sendo efectuadas no sentido de diminuir a profundidade ocupada
por estes tipos de tubos.

RoLaN2 , TMCS - 13 de Outubro de 2005

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