FICHA 14 - Receptores de Sinais de Televisão (TRC)

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Universidade Eduardo Mondlane

Faculdade de Engenharia
Departamento de Engenharia Electrotécnica

DISCIPLINA: Sistemas de Rádio e Televisão

FICHA 14

Receptores de Sinais de Televisão (TRC)

4º Ano 2016

1 | Produzido pelo Eng.º Massango.


1. Introdução

Na realidade, como já foi dito, o termo Televisão refere-se ao sistema eletrónico de reprodução de
imagens e som de forma instantânea. Funciona a partir da análise e conversão da luz e do som em
ondas eletromagnéticas, ou seja, é um sistema que permite a visualização de imagens e som à
distância em tempo real.
Assim sendo, o televisor é o dispositivo que permite a reprodução dos conteúdos com imagem e
som que muitas vezes chamamos, erradamente, “televisão”.

A televisão tem um princípio de constituíção técnica da imagem diferente para cada um dos
Standards TV atualmente utilizados. Os Sistemas PAL, NTSC e SECAM são os sistemas usados
globalmente, com alguns destes sistemas a sofrerem algumas adaptações e derivações locais.

1.1 Estrutura do TV
O TV (Televisor) analógico tem diversas etapas que possibilitam que, como resultado do seu
funcionamento, a imagem e som enviados pela estação emissora sejam reproduzidas. As diversas
etapas podem ser verificadas, reparadas através dos Esquemas de Televisores onde estão inseridos
os blocos básicos de cada uma das etapas. Algumas etapas são diferentes dos televisores com
tecnologia LCD.

Figura 1.1 - Blocos de um Circuito TV.

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 Sintonizador - Tuner  Separador de Sincronismo
 CAG - AGC  Osc Vertical
 FI - Freq. Intermédia TV  Osc Horizontal
 FI - Freq. Intermédia Aúdio  Fonte de Alta Tensão
 Saída Aúdio  Fonte de Alimentação
 Luminância  Microprocessador
 Crominância  Circuitos controle - Comandos
 Deflexão  Circuito ABL
 Cinescópio - Tubo de Imagem
(TRC).

2. Circuitos de um Televisão

2.1 Sistemas de RF
Qualquer sistema de amplificação de RF que opere a partir de um sinal fornecido por uma antena
deve prever um método para controle de ganho . Isto é necessário porque o sinal captado pela
antena normalmente apresenta uma grande flutuação de nível de amplitude provocada por inúmeros
fatores externos que atuam durante o percurso desse sinal. Dentre esses fatores podemos citar: a
propagação atmosférica variável (temperatura , umidade , estática , etc) , obstáculos moveis (ex:
avião) , diferentes posicionamentos das antenas de transmissão para cada canal , etc . Essa flutuação
de nível pode atingir variações extremamente grandes como da ordem de 1000 vezes ou mais! Um
amplificador com ganho fixo não teria capacidade para trabalhar com sinais dessa natureza ,
provocando saturações aos sinais mais fortes e ruído excessivo aos sinais muito fracos.
Na arquitetura do AGC, normalmente os sistemas de entrada de RF configuram-se em dois blocos
distintos:
 Um amplificador sintonizador de entrada - TUNER - que faz a amplificação e seleção
do canal desejado. Com a mesma funcionalidade que o sintonizador discutido nos sistemas
de áudio, diferindo na frequência de captação do sinal;
 e um amplificador de freqüência intermediaria fixa (canal de FI) que faz a
amplificação do sinal já selecionado pelo tuner.

Figura 2.1 - Sistemas de RF na TV.

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Sabemos que todos os circuitos eletrônicos são geradores de ruído , porem para avaliação mais exata
dessa perturbação sempre consideramos a relação entre o sinal desejado e o ruído gerado. Assim ,
quanto maior for essa relação (sinal maior que o ruído) , menos perturbador ele será . Dentro deste
conceito , já podemos entender que o tuner é o componente mais crítico desta cadeia , pois ele opera
a partir de sinais muito pequenos (micro volts). Para otimizar a relação sinal/ruído o tuner deve
trabalhar sempre em sua condição de máximo ganho para sinais fracos.

2.1.1 Atuação do AGC

Respeitando as condições já apresentadas , o controle automático de ganho é processado em duas


etapas independentes dentro de um sistema de RF : a primeira atuando sobre o amplificador de FI
e a segunda actuando sobre o sintonizador ou tuner. O principal objetivo desta configuração é
manter sempre o sistema otimizado, ou seja, fornecer sempre um nível constante de sinal saída
independente do nível do sinal de entrada e exibir uma boa relação sinal/ruído para os sinais fracos e
ausência de compressão (saturação) para os sinais mais fortes .

O sinal de controle de ganho que é dirigido ao amplificador de entrada de RF é conhecido por


AGC-RF , enquanto que o sinal de controle de ganho que é dirigido ao amplificador de frequência
intermediaria é conhecido por AGC-FI ou simplesmente AGC .

Estes dois sinais possuem comportamento específicos conforme pode ser observado pela figura 2.2.
Neste gráfico , o eixo “X” identifica o nível do sinal de entrada fornecido pela antena , e o eixo “Y”
mostra o factor de redução de ganho (atenuação) dos respectivos estágios.

Figura 2.2 – Factor de redução de ganho.

Para sinais fracos abaixo de 1 mV, o AGC de RF mantém o sintonizador na condição de máximo
ganho. Na medida em que o sinal captado pela antena é mais intenso, o AGC de FI comanda a
redução de ganho do estágio de FI, enquanto que o sintonizador continua com o ganho máximo.
Esta condição garante a melhor relação sinal/ruído para sinais fracos.

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Quando a amplitude do sinal atinge 1 mV (este valor poderá ser diferente em função do
equipamento), o estágio de FI já atingiu a sua máxima atenuação, entrando em ação agora a redução
de ganho do sintonizador , evitando-se a saturação do sinal. Com este sistema , a etapa de RF torna-
se apta a trabalhar com sinais muito pequenos (da ordem dos micro volts) até sinais de razoável
amplitude (da ordem dos 100 mili-volts ou mais).

O inicio do funcionamento do AGC de RF apenas actua, após o sinal atingir um determinado nível
de amplitude, é comum designar esse comportamento como ajuste de retardo ou "delay".

Figura 2.3 – Ajustamentos do Trimpot do ACG.

2.2 Tubo de imagem e Circuitos de Trama

O tubo de raios catódicos ( ou CRT - cathode ray tube) ou simplesmente cinescópio é o principal
componente do TV. O CRT é dividido em duas partes:
 A tela frontal;
 Canhão de electrões.
A tela frontal é feita de vidro chumbado. Atrás deste vidro tem milhares de pontos de fósforos que
acendem quando atingidos com força por um feixe de elétrons.

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Fig. 2.4 – Tela frontal do cinescópio.

Atrás da tela fica o canhão de eletrões. Dentro do canhão há um filamento que acende e aquece
um tubinho chamado catódo que emite elétrões com o calor gerado. Os elétrões são impulsionados
com força até a tela através de uma alta tensão (MAT) aplicada na parte de cima através de uma
chupeta com presilhas (verificar no laboratório). O cabo de MAT sai de um transformador de ferrite
chamado "fly-back". Para que o feixe de eletrões se movimente rápido pela tela, no pescoço do tubo
há um conjunto de bobinas defletoras ou yoke (verificar no laboratório).

São considerados os circuitos de trama, as bobinas defletoras ou yoke: a bobina defletora horizontal
(BDH) e a bobina defletora vertical (BDV), o canhão de electrões e o fly-back.
Note-se que para que o TV tenha trama (tela acesa) devem estar funcionando:
 A fonte de alimentação;
 O circuito horizontal e vertical;
 Os circuitos que polarizam o cinescópio e CI micro (no caso dos TVs mais modernos).

2.3 Circuitos de Varredura do Televisor


Quando o feixe de electrões atinge a tela do televisor, é necessário que ele se movimente rapitamente
horizontalmente e verticalmente. Uma varredura rápida é feita, de tal forma que nós ao assistirmos
não conseguimos nos aperceber do movimento dos electrões. Esta varredura é proporcionada pelos
Circuitos Horizontal e Vertical.

2.3.1 Circuito Horizontal


O circuito de deflexão horizontal tem duas funções principais:
 Movimentar o feixe eletrônico da esquerda para a direita na tela; e
 Produzir alta tensão (MAT) para o tubo acender.

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Este circuito de deflexão horizontal tem três componentes principais fáceis de identificar na placa do
televisor:
 Fly-Back - transformador de saída horizontal, de onde sai o cabo de MAT para o tubo;
 Saída Horizontal – é um transistor grande ao lado do flyback; e
 CI Faz Tudo – é um CI grande com muitos componentes em volta.

A Figura 2.5, mostra o princípio básico de funcionamento do circuito horizontal:

Figura 2.5 - Estrutura básica do Circuito Horizontal.

 CI faz tudo - Gera um sinal de 15.750 Hz da seguinte forma: Dentro dele há um oscilador
de 503 KHz controlado pelo cristal ligado no pino 28 do exemplo. O sinal de 503 KHz
produzido neste oscilador passa por um divisor interno por 32, resultando numa frequência
de cerca de 15.750 Hz que sai no pino 27 do CI.

 Pré - Recebe o sinal de 15.750 Hz do CI, amplifica e o envia para o saída horizontal.

 Driver - É um pequeno trafo usado para levar o sinal do pré ao saída horizontal e bloquear
o +B do coletor do pré à base do saída horizontal.

 Saída horizontal - Como já dito é um transistor de potência perto do fly-back. Recebe o


sinal do pré na sua base e chaveia (conduz e corta) 15.750 vezes por segundo. Desta forma
aparecem pulsos de 15.750 Hz e com tensão de 1.000 V no seu coletor. Estes pulsos são
aplicado no fly-back e no yoke ao mesmo tempo.

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Observe como tem um diodo dentro do saída horizontal. Tal diodo recebe o nome de diodo de
proteção, amortecedor ou damper. Ele conduz para o terra os pulsos negativos de retorno do fly-
back com duas finalidades: evitar a queima do transistor e fornecer parte da corrente para o yoke.

 Fly-back - Recebe os pulsos do saída horizontal e produz uma alta tensão de 25.000 V
(MAT) que será aplicada no tubo para ele atrair os elétrons do canhão até a tela e esta
acender. O fly-back também produz outras tensões tais como: foco (7.000 V) com ajuste
para controlar a nitidez da imagem; screen (400 V) com ajuste para controlar o brilho da
trama; tensões para as fontes de fly-back e para acender o filamento do tubo (cerca de 6
VAC). O filamento do tubo funciona com tensão contínua ou alternada. Como o fly-back
funciona com C.A. de alta frequência (15.750 Hz), seu núcleo é de ferrite.

 Bobina defletora Horizontal (BDH ou yoke) e Capacitor de Acoplamento - A BDH


recebe os pulsos do coletor do saída horizontal, os quais farão circular uma corrente dente-
de-serra de 15.750 Hz pelos enrolamentos. Assim será criado o campo magnético que
movimentará os elétrons da esquerda para a direita na tela. A BDH são as bobinas de dentro
do yoke. O capacitor de acoplamento é de poliéster de valor alto (0,22 a 0,82 μF) e de tensão
entre 200 e 400 V ligado em série com a BDH. Tem como função bloquear o +B de 100 V
do coletor do saída horizontal, impedindo-o de ir para o terra.

Em geral, a BDH movimenta o feixe 15.750 vezes por segundo da esquerda para a direita na
tela (525 linhas x 30 quadros que é o padrão da TV no BR). Para isto a BDH recebe uma
corrente "dente-de-serra" de 15.750 Hz do circuito horizontal do TV.

Figura 2.6 - Bobina defletora horizontal.


 Capacitor de largura - É um capacitor de poliéster ligado do coletor do saída para o terra.
Controla a largura (tamanho horizontal) da imagem. Este capacitor tem baixo valor (2,2 a 10
nF), porém tensão de trabalho de 1.600 ou 2.000 V). Quando este capacitor está com valor
muito reduzido pode queimar o saída horizontal ou aumentar demais o MAT a ponto de
trincar o pescoço do tubo em alguns casos. O televisor pode ter vários capacitores de
largura.

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Para além do esquema eléctrico do Circuito Horizontal, uma visão interna mais real do circuito
horizontal pode ser vista na Figura 2.7.
A ideia é a partir dela verificar fisicamente os elementos que o compõem e sustentar o conhecimento
teórico.

Figura 2.7 - Estrutura básica do Circuito Horizontal.

2.3.2 Circuito Vertical


Este circuito movimenta o feixe de elétrons de cima para baixo na tela 60 vezes por segundo. Vai
ligado nas bobinas de deflexão vertical (BDV) do Yoke. Na placa do TV identificamos facilmente o
CI de saída vertical. É um CI de potência ligado no conector do yoke. No circuito vertical temos
também o oscilador vertical dentro do CI faz tudo. Além disso temos os ajustes do vertical (altura e
linearidade). Os TVs mais antigos (anos 80) possuem dois transistores de potência (par casado) na
saída vertical. Veja abaixo o princípio de funcionamento do vertical:

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Figura 2.8 - Estrutura básica do Circuito Vertical.

 Oscilador vertical - Produz um sinal "dente-de-serra" de 60 Hz. Nos TVs antigos este
oscilador está num CI pequeno junto com o horizontal. Nos TVs modernos, está dentro do
CI faz tudo.

 Saída vertical - Amplifica o sinal de 60 Hz para produzir um campo magnético na BDV. Os


TVs modernos usam um CI de potência para esta finalidade.

 Capacitor de acoplamento (C3 na figura 2.8) - Deixa passar o sinal de 60 Hz e bloqueia a


tensão contínua (metade do +B) presente no pino de saída do CI. Este capacitor tem alto
valor (1000 μF ou mais) e não é usados pelos TVs com saída vertical em ponte ou simétrica
(mais adiante falaremos sobre isto).

 Resistor em série com a BDV (R2 no desenho acima) - É um resistor de baixo valor
(menor que 10 Ω) usado no controle de altura da imagem. Quanto maior o tamanho da tela
do TV, menor será o valor deste resistor. Também podemos encontrar dois resistores
ligados em paralelo para esta finalidade.

 Bobina defletora vertical (BDV)


Movimenta o feixe 60 vezes por segundo de cima para baixo na tela (30 quadros, porém cada quadro
é varrido duas vezes). A BDV recebe uma "dente-de-serra" de 60 Hz do circuito vertical. Veja
abaixo o princípio básico do tubo do TV:

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Figura 2.9 - Tubo de Raios Catódicos.

 Trimpot de Altura - Também chamado de "V. Size" ou "V.Height" vai ligado no resistor
em série com a BDV para controlar a altura do quadro. Os TVS mais modernos não usam
mais este trimpot, sendo esta função executada pelo controle-remoto.

Figura 2.10 - Bobina deflectora vertical.

3. Interior de um Televisor
No geral, pode-se dizer que os televisores analógicos de TRC apresentam mesma disposição dos
componentes, e consertos dos seus circuitos internos. Contudo, a que referir a facto de que os
modelos de fabricação de TV são vários, mas sempre conservando o seu circuito de constituição
base.

Veja na figura 3.1, uma foto de um tubo de TV com os detalhes já explicados e alguns que serão
explicados posteriormente nesta matéria:

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Figura 3.1 - CRT com os detalhes.

3.1 Placa de TV
Quando abrimos o televisor com intuito de fazer um estudo ou manuntenção, podemos identificar
seus circuitos através de peças principais, inconfundíveis. Observe com atenção a figura 3.2, e
identifique na prática os elementos:

Figura 3.2 - Placa do Televisor.

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3.2 Fonte Comum e o Circuito de Desmagnetização do Tubo
A fonte comum é encontrada através do cabo de força e dos quatro diodos retificadores, tanto no
esquema quanto na placa do TV. Também há o fusível de proteção, o capacitor de filtro principal (o
maior eletrolítico do TV), o fusistor de entrada (resistor de potência de fio de baixo valor que
funciona como um fusível) e uma chave liga/desliga geral em alguns TVs. Veja abaixo o princípio de
funcionamento da fonte comum:

Figura 3.3 - Esquema fonte comum.

Os diodos transformam a tensão alternada da rede em pulsante e o capacitor de filtro, transforma


em tensão continua de 150 V ou 300 V se a rede for 220 V. Esta tensão vai para a fonte chaveada. O
fusistor de entrada é o resistor grande de baixo valor já mencionado. Tem duas funções: Proteger a
fonte chaveada do pico inicial da tensão de 150 V e abrir se algum componente entrar em curto na
fonte.
As duas bobinas e o capacitor de poliéster na entrada da rede não permitem que a frequência da
fonte chaveada saia pela rede e interfira em outros aparelhos. Este filtro está presente em todos os
tipos de fonte chaveada.

3.2.1 Circuito de desmagnetização


A bobina de desmagnetização fica enrolada numa fita isolante em volta do tubo. Tem a função de
criar um campo magnético alternado com a tensão da rede para desmagnetizar a máscara de sombras
(uma chapa de ferro que há dentro do tubo). Desta forma evita-se que a imagem apresente manchas
coloridas nos cantos da tela. Esta bobina funciona por poucos segundos até que o termistor PTC se
aqueça, aumente sua resistência e diminua bastante a corrente. Em alguns TVs o termistor PTC é
duplo, em outros é simples.

3.2.2 Localização da fonte Comum a Placa do TV


Conforme já explicado, a fonte comum pode ser encontrada na placa seguindo-se o cabo de força. A
seguir acharemos os diodos retificadores (há TVs que usam a ponte retificadora numa peça só), o

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filtro principal, fusível, fusistor, termistor e o conector da bobina de desmagnetização. Veja abaixo
dois exemplos:

Figura 3.4 - Fonte comum do Televisor.

3.2.3 Identificação de Outros Componentes


Abaixo temos uma visão geral dos principais componentes do circuito horizontal dos televisores:

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Figura 3.5 – Identificação de componetes na placa.

 Fly-Back
Como já explicado, o fly-back é o principal componente do circuito horizontal. Trata-se de um
transformador com núcleo de ferrite que produz o MAT e outras tensões para o correto
funcionamento do tubo. Também fornece tensão para as fontes de fly-back. Funciona com o sinal
de 15.750 Hz gerado pelo oscilador horizontal interno ao CI faz tudo. Nesta parte falaremos a
respeito deste componente, assim como devemos testá-lo. Veja abaixo um tipo de fly-back usado no
TV a cores:

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Figura 3.6 – Fly-Back.

 Ajustes do Fly-Back

O potenciômetro de foco torna a imagem mais nítida ou embaçada. Já o de screen controla o brilho
da trama. Veja abaixo:

Figura 3.7: Ajustamentos do Fly-Back

 Contagem dos Pinos do Fly-Back

É feita no sentido horário começando do lado esquerdo. Na maioria dos tipos, os pinos 1 e 2 são
usados para alimentar o transistor de saída horizontal. Veja abaixo:

Figura 3.8 – Identificação de componetes na placa.

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 Como Testar o Fly-Back

É claro que o método 100% para saber o estado de um fly-back é a troca por outro em bom estado
a não ser que o mesmo esteja defeituoso visualmente. Porém antes de proceder a troca do fly-back,
podemos realizar alguns testes como indicado abaixo:

 Inspeção Visual
Consiste em ver se o fly-back não está estourado, com vazamento de alta tensão, estufado, com
ferrite solto ou quebrado. Nestas condições a troca deve ser imediata. Observe abaixo:

Figura 3.9 - Fly-Back queimado.

FIM

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