Geologia 1
Geologia 1
Geologia 1
Vulcanismo residual:
O vulcanismo ativo apresenta bastantes manifestações para além das erupções, no caso do
vulcanismo residual ou secundário as restantes manifestações são as fumarolas, os géiseres e
as nascentes termais, estes resultam do calor emitido por magmas ou rochas aquecidas por
este.
Nascentes termais à A temperatura da água é pelo menos 4ºC superior á habitual. Quanto
mais profunda a sua origem maior a temperatura da água. A água da chuva infiltra-se em
profundidade e circula á volta de rochas aquecidas por câmaras magmáticas, desta forma a
água aquece aumentando assim a sua capacidade de dissolver minerais das rochas e torna-se
mais mineralizada.
Géiseres à Jatos de água quente e vapor de água, são libertados á superfície de forma regular
devido a fratura. A água que se infiltra pode acumular-se em reservatórios subterrâneos onde
vai ser aquecida a temperaturas altas, parte desta água vai se tornar vapor e desta forma a
pressão dentro do reservatório vai subir e isto vai fazer com que a água seja projetada a vários
metros e que haja um esvaziamento no respetivo reservatório.
Vulcanismo interplaca --> associado a limites convergentes e divergentes e ocorre nas dorsais
oceânicas (responsáveis pela maioria do vulcanismo submarino) e nos riftes; no anel de fogo
pacífico (margens do Pacífico por exemplo ilhas Marianas, o Japão ou os Andes); da cintura do
Atlântico aos Himalaias onde estão os vulcões de Itália.
Vulcanismo intraplaca --> associado a pontos quentes ou hotspots que podem ocorrer dentro
de placas oceânicas (Havai situada na placa do Pacífico) ou placas continentais (Yellowstone
interior da placa norte-americana). A posição dos pontos quentes não depende do movimento
das placas litosféricas podendo assim coincidir com limites tectónicos (Islândia).
Vulcanismo em Portugal:
As ilhas da madeira são antigos vulcões submarinos que libertaram bastante lava e passaram a
ter atividade subaérea, este processo esteve associado a um ponto quente, as erupções
subaéreas foram geradas por atividade fissural podemos deduzir isso através do alinhamento
de vulcões.
Nos Açores a atividade está relacionada com as placas. Este está localizado entre placas
litosféricas, que se traduz na existência de sistemas de fraturas por onde o magma ascende. O
contexto tectónico justifica a intensa atividade vulcânica.
Investigam-se sinais que possam levar à previsão de erupções, a maior parte das previsões
centram-se na monitorização de aspetos que possam indicar o magma á superfície como:
SISMOS
Origem:
Mas a maior parte são de origem tectónica, ou seja, resulta da libertação de energia
acumulada nos materiais, e dois blocos rochosos deslocam-se ao longo de uma falha. Podemos
explicar a formação destes pela teoria do ressalto elástico, esta consiste em que as rochas
estão sujeitas á ação de forças resultantes do movimento das placas que as deformam, quando
atinge o seu limite de elasticidade o material entra em rotura e liberta energia elástica
acumulada.
O local que dá origem ao sismo chama-se hipocentro ou foco sísmico, de acordo com a sua
profundidade podem ser classificados como:
Devido á fricção dos blocos ao longo da falha vai-se gerar calor e energia vai ser libertada sob a
forma de ondas sísmicas estas vão se propagar em todas as direções e provocar a vibração das
partículas de todos os materiais, cada frente de onda separa as partículas que já estão em
vibração das que continuam estáticas, as trajetórias perpendiculares á frente de onda definem
o raio sísmico.
Os deslocamentos dos blocos ao longo da falha podem estar situadas no fundo oceânico e
estes podem causar perturbações na coluna da água e gerar tsunamis, este pode propagar-se a
mais com apenas 1 m de altura, mas quando chega á costa como a profundidade do oceano
diminuiu as ondas vão aumentar.
Ondas sísmicas:
Ondas de volume –> originam-se no hipocentro e vão em todas as direções atingindo
distâncias muito afastadas do epicentro, as ondas podem ser longitudinais ou transversais, e
estas distinguem-se pela forma que as partículas variam em relação á direção da propagação
das ondas.
Longitudinais (P):
Transversais (S):
Os movimentos das ondas podem ser detetados por sismógrafos, registam estas sob a forma
de sismogramas, regista o tempo de chegada e a amplitude da onda, a partir disto os cientistas
conseguem determinar a duração do sismo, o seu epicentro, a sua profundidade e estimar a
quantidade de energia libertada.
As ondas S e P partem ambas do hipocentro ao mesmo tempo, mas quanto maior for a
distância ao epicentro maior é intervalo entre os tempos de chegada destas ondas, em
resultado da maior rapidez das ondas P em comparação às ondas S. Pode ser calculada com
base nas análises do sismógrafo a distância epicentral a partir deste atraso.
-As ondas sísmicas ao propagarem se no interior da Terra têm variações na sua velocidade de
propagação, isto deve-se á constituição das zonas onde estas passam, ou seja, as
características das zonas mudam consequentemente a velocidade da propagação também;
-As ondas P são refratadas, ou seja, desviadas no seu caminho quando contactam com meios
de características diferentes, ao passarem numa zona de líquidos diminuem a sua velocidade
devido a serem zonas com menor rigidez, apesar de também se conseguirem propagar nestes;
-As ondas S não se propagam nos líquidos portanto quando estas são refletidas para a
superfície sabemos que naquela zona há presença de líquidos;
Sismicidade em Portugal:
Os sismos com maior magnitude tiveram foco sísmico numa zona do Atlântico, a sul do cabo
de Sagres designada de banco de Gorringe que tem continuidade com a falha Açores-Gibraltar
e com o limite convergente que se prolonga no Mediterrâneo. Os Açores localizam-se no
centro de 3 placas e a sua atividade sísmica está associada ao rifte médio-atlântico e as falhas
transformantes que a atravessam perpendicularmente. Há sismicidade associada á atividade
vulcânica. A Madeira tem sismicidade reduzida, sendo que o registo sísmico se prende com
focos intraplacas.
Descontinuidades sísmicas:
Descontinuidade é o que separa dois meios com características diferentes, as ondas podem ser
refletidas ou refratadas ou sofrerem desvios se as suas características aguentarem as dos
meios. Ao serem desviadas a velocidade vai alterar.
Moho--> entre costa e manto. Aumenta a velocidade devido á rigidez do manto ser superior á
da costa.
Guterburg --> entre manto e núcleo externo. Há uma zona de sombra sísmica, ou seja, não se
consegue registar a presença de ondas P, 102 a 143 graus e S, 102 a 180 graus.
Lehman --> Algumas ondas P podem ser detetadas em sismógrafos que estão localizados na
zona sísmica P, algumas das ondas refratas passam a propagar-se com maior velocidade no
centro do núcleo do que na sua região externa.
Evolução da geosfera:
Métodos direto:
Vulcanismo --> estudo das camadas mais externas e dos materiais vulcânicos
( permite-nos caracterizar os magmas originados na crusta ou no manto.
Métodos indiretos:
Modelos da Terra:
Notas:
O registo histórico dos sismos intraplaca permite-nos saber quais são as localidades na
proximidade das falhas mais afetadas e concentrar o trabalho de campo no estudo
dessa proximidade.
Se a velocidade das ondas apena variasse em função da densidade verificaria se
sempre uma diminuição constante, sendo que quanto mais profundidade mais
densidade há então diminuiria a velocidade, o que não acontece, logo, existem outras
variáveis.
A velocidade das ondas diminui na astenosfera pois tem lá material em fusão e assim
há uma menor rigidez.
Conceitos: