Vulcanismo, Sismos e Estrutura Interna Da Terra
Vulcanismo, Sismos e Estrutura Interna Da Terra
Vulcanismo, Sismos e Estrutura Interna Da Terra
O vulcanismo uma manifestao do geodinamismo interno, constituindo o mecanismo central da evoluo do planeta. Lava material em fuso expelido pelos vulces que perdem os gases podendo conter tambm partculas em suspenso.
Vulcanismo do tipo central forma-se uma conduta tubular, chamada chamin vulcnica, por
onde ascendem os materiais at superfcie.
Vulcanismo fissural a lava expulsa atravs de fendas alongadas que atingem quilmetros de
comprimento. Estas erupces esto associadas a magmas baslticos. Ocorrendo ao nvel dos continentes, a lava espalha-se, formando mantos baslticos. Os mais extensos sistemas de erupces fissurais verificam-se nos fundos ocenicos, ao nvel das dorsais, onde existem fissuras por onde so expelidas grandes quantidades de magma, que, solidificando, geram os fundos ocenicos.
Correntes e mantos de lava se os terrenos forem planos, a lava pode cobrir grandes reas, constituindo os mantos de lava. Se houver declive acentuado, pode formar correntes de lava. Poucos piroclastos. Actividade Mista:
Fases explosivas a alternar com fase efusivas; Cones mistos em que alternam.
Vulcanismo Residual
Aps as erupces terem terminado, mantm-se, durante anos, emisses de gua ou de gases a elevadas temperaturas. As emisses de gases designam-se por fumarolas. Quando abundam os compostos de enxofre, designam-se por sulfataras e originam depsitos de enxofre sobre as rochas. Se predomina o dixido de carbono so chamadas mofetas. A expanso das fumarolas pode projectar as guas subterrneas para o exterior sob a forma de repuxos intermitentes Giseres Nascentes Termais as guas subterrneas so aquecidas, devido ao calor dissipado nas regies vulcnicas. Essas gua quentes podem brotar superfcie constituindo estas nascentes.
zona da placa que est sobre o ponto quente. Este fenmeno vai se repetir, ao longo do tempo, enquanto a placa mantiver movimento. O vulcanismo associado a fronteiras divergentes, predominantemente do tipo efusivo. (zonas de dorsais) O vulcanismo associado a fronteiras convergentes, predominantemente do tipo explosivo. (zonas de subduco) O vulcanismo associado existncia de um ponto quente, predominantemente do tipo efusivo.
Sismologia
Sismos- movimentos vibratrios que ocorrem na superfcie terrestre originados por uma libertao brusca de energia. A sismologia ocupa-se do estudo dos fenmenos relacionados com a ocorrncia de sismos. Macrossismo- sismos, cuja agitao do solo sentida pela populao e tem origem numa rotura tectnica ou erupco vulcnica. Microssismo sismos que no causam danos e so imperceptveis.
Rplicas ocorrncia de sismos de menos magnitude aps ter ocorrido o abalo principal. Como ocorre a formao de uma falha? As rochas, como qualquer outro meio elstico, quando sujeitas a aco de foras tectnicas experimentam deformao enquanto acumulam energia. Com a aco continuada da tenso, a partir de certa altura supera-se a fora de coeso dos materiais ocorrendo rotura e um movimento brusco dos blocos fracturados originando assim uma falha. O que acontece energia acumulada no momento da rotura? A energia elstica acumulada libertada em parte como calor e sob a forma de ondas elsticas (ondas ssmicas) Teoria do ressalto elstico Segundo a teoria das tectnicas de placas, a litosfera encontra-se dividida em placas litosfricas rgidas. Devido ao movimento das placas, estas podem convergir, divergir ou deslizar lateralmente. Estas fronteira de placas so zonas onde se geram estados de tenso que originam zonas de falha. Ressalto elstico o deslocamento repentino dos dois blocos da falha origina vibraes no solo que se propagam segundo ondas ssmicas. O deslocamento dos blocos rochosos ao longo da falha permite que a rocha deformada recupere parte da sua forma original. A rocha tem um comportamento elstico e regressa ao seu estado inicial aps cessar o estado de tenso. Hipocentro/ foco zona localizada no interior da Terra onde ocorre a libetao da energia. Epicentro ponto da superfcie que fica na vertical do foco, sendo a zona onde o sismo sentido em primeiro lugar e com maior intensidade.
Classificao de sismos:
Superficiais (< 70km); Intermdios ( entre 70 e 300 km); Profundos ( > 300 km). Frentes de onda superfcies esfricas definidas pelo conjunto de pontos que se encontram na mesma fase do movimento. Raios ssmicos linhas radiais perpendiculares frente da onda.
Ondas de volume:
a) Ondas P ( ondas primrias) as partculas constituintes do material rochoso vibram na mesma direco de propagao da onda ; - uma onda de compresso ou de rarefao porque quando passam atravs de um meio rochoso ocorrem sucessivas compresses e distenses; - velocidade elevada e, como tal, so as primeiras a chegar a qualquer ponto da superfcie do globo; - propagam-se paralelamente. b) Ondas S ( ondas secundrias ) as partculas do meio rochoso vibram perpendicularmente direco de propagao da onda; - apresentam uma velocidade inferior s ondas P; - durante o seu trajectrio introduzem deformaes e distores; - s atravessam materiais no estado slido.
No momento em que ocorre a libertao de energia, o fundo ocenico sacudido devido ao movimento ao longo da falha e ocasiona a compresso da massa de gua, fazendo com que o nvel do mar suba e originando uma vaga designada por tsunami. Esta vaga apresenta, uma grande extenso, fraca amplitude e enorme velocidade. Sismos intraplaca ocorrem no interior de uma dada placa litosfrica. Sismos interplaca ocorrem nas zonas de fronteiras de placas. Principais trs grandes zonas ssmicas: Cintura mediterrnico asitica / Zonas de dorsais ocenicas / Cintura circumpacfica.
Sismicidade em Portugal
Portugal est situado entre duas placas: Euro Asitica e Africana e isto provoca uma actividade ssmica mais a sul do que a norte. A Pennsula Ibrica comporta-se como uma microplaca com o interior mais rgido e estvel do que as suas margens. A zona A a mais perigosa (zona sul) e a zona D a menos perigosa (zona norte).
Porque que as ondas Pn aparecem antes das ondas Pg em estaes localizadas a mais de 150 km?
Embora as ondas Pn percorram um trajecto mais longo, como se deslocam a uma velocidade maior a partir de uma certa distncia (150 km) so registadas nas estaes sismogrficas antes das ondas Pg (directas), que percorrem um trajecto mais curto, mas com menor velocidade. No interior da Terra, a uma profundidade mdia de 35 km a 40 km, existe uma superfcie de decontinuidade que separa a crusta do manto, formada por mateirais de composio e propriedades fsicas diferentes. Esta zona conhecida como superfcie de descontinuidade de Mohorovicic. Atravs dos dados relativos propagao das ondas ssmicas, possvel determinar a espessura da crusta bem como fazer estimativas sobre a sua provvel composio. Descontinuidade de Gutenberg aos 2900 km de profundidade as ondas P sofrem uma brusca queda da velocidade e as S deixam de se propagar. O novo meio em que entraram o ncleo externo alm de muito denso fluido.
Sofrem desvios acentuados pois sofrem refraco. Entre os 103 e os 143 as ondas P e S no so registadas devido existncia de uma zona de sombra ssmica que modifica o modo de propagao das ondas ssmicas. Esta zona de sombra est relacionada com as propriedades elsticas dos materiais que estas atravessam, nomeadamente a desidade e a rigidez. Quanto maior a rigidez maior a velocidade de propagao das ondas. Quanto maior a densidade menor a velocidade de propagao. A rigidez e a densidade condicionam a velocidade das ondas S. Se o meio for lquido essas ondas no se propagam. Como as ondas S no se propagam a partir dos 2900 km, admite-se que o ncleo externo deva ser lquido.
Porque que as ondas P, ao atravessarem o ncleo externo, experimentam uma diminuio da velocidade?
Isto ocorre devido ao aumento da densidade como tambm diminuio da rigidez dos materiais existentes nessa zona da geosfera. Descontinuidade de Lehmann as ondas S voltam a aparecer nesta zona. O material nesta zona ncleo interno slido, muito rigido e denso. Separao entre o ncleo externo, no estado fluido, e o ncleo interno, no estado slido. Algumas ondas P so registadas nas zonas de sombra devido existncia de um ncleo interno no estado slido, sendo responsvel pela refrao e reflexo das ondas P que as obrigava a emergir na zona de sombra.
Presso aumenta com a profundidade. A presso altera a estrutura dos minerais, tornando-os mais densos, e faz subir o ponto de fuso dos mesmos. Temperatura aumenta com a profundidade. Em certas regies, as condies de presso e de temperatura devem combinar-se de tal modo que se torne possvel a fuso do material. Densidade aumenta com a profundidade. Velocidade das ondas ssmicas condicionada pela rigidez e pela densidade dos materiais, aumentando com a rigidez e diminuindo com o aumento da densidade.