TESte 4
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Avaliação Professor(a)
TEXTO A
Invenção da impressão
2. Assinala, nos itens 2.1. a 2.3., a opção que completa cada afirmação, conforme o sentido do texto.
a. egípcios.
b. romanos.
c. chineses.
Lê o Texto B e a nota.
TEXTO B
leitor eclético1 como mostram os três livros que traz na mão: Diário de um adolescente
na Lisboa de 1910, de Alice Vieira, que conta a história de u m rapaz à época da
queda da monarquia; An adventure on Madeira Island, tradução inglesa da famosa
coleção “Uma Aventura”, de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada; e Little house on
the prairie, uma
10 novela de 1935, da americana Laura Ingalls Wilder, sobre as suas experiências
idade porque conseguem relacionar-se com a história sob uma perspetiva mais pessoal.
“Nós só conseguimos ler aquilo para que estamos preparados”, explica a mediadora
de leitura Andreia Brites. “Podemos ler u m livro difícil do ponto de vista da linguagem
se o tema nos for próximo e o inverso também é possível: ler algo cujo tema nos é
estra-
25 nho e sobre o qual não temos u m conhecimento prévio estruturado, se for numa lin-
3. Associa a cada elemento da coluna A uma única frase da coluna B, conforme o sentido do texto.
Coluna A Coluna B
4. Assinala, nos itens 4.1. a 4.4., a opção que completa cada afirmação, de acordo com o texto.
4.1. Ao “dobrar os cantos das páginas em vez de usar um marcador” (linha 5), Francisco revela
a. desinteresse pela leitura.
b. ecletismo em relação à leitura.
c. falta de cuidado com os livros.
d. proximidade com os livros.
4.3. Nas linhas 6 a 8, o constituinte que se refere ao assunto do livro Diário de um adolescente
na Lisboa de 1910 é um
a. modificador do verbo.
b. complemento direto.
c. modificador restritivo do nome.
d. modificador apositivo do nome.
Lê o Texto C.
TEXTO C
Os livros
Barafustaram comigo, n e m escutaram o que eu queria que entendessem. Diziam que
os livros queimavam os olhos, eram diurnos, não serviam para as noites. As regras do
nosso colégio interno, para meninos casmurros como eu, mandavam assim.
Queriam os livros no corredor. As luzes apagadas às nove.
5 Eu ainda deitei mão a alguns volumes, toquei-lhes brevemente igual a quem cai n u m
precipício e procura agarrar-se, mas não me deixaram nada. Apenas o candeeiro já apa-
gado, como se a luz tivesse morrido de tristeza. […]
Fui ver a minha nova estante logo pela manhã.
Era u m bocado de espaço arranjado entre tralhas meio esquecidas. Fiquei ofendido.
10 Os livros não esquecem nada. Eles são para sempre a mesma memória admirável. Esque-
cer livros é uma agressão à sua própria natureza. Embora, na verdade, eles n e m se devam
importar, porque podem esperar eternamente.
Alguém colocara uma pequena placa dizendo: não alimente os animais. Fiquei sem
saber se queriam dizer que os livros eram bichos comendo as nossas ideias ou se seria eu
15 u m devorador de páginas, alimentado de palavras como as histórias. As histórias podem
comer muitas palavras.
Pensei: os meus queridos livros. Era o que pensava e sentia: os meus queridos livros.
Olhava-os como se estivessem vivos e pudessem sofrer. Como se pudessem também en-
tristecer.
20 Gostei de colocar a hipótese de os livros serem como bichos. Isso faz deles o que sem-
pre suspeitei: os livros são objetos cardíacos. Pulsam, mudam, têm intenções, prestam
atenção. Lidos profundamente, eles estão incrivelmente vivos. Escolhem leitores e en-
tregam mais a uns do que a outros. Têm uma preferência. São inteligentes e reconhecem
a inteligência.
25 Os livros estão esbugalhados a olhar para nós. Quando os seguramos, páginas aber-
tas, eles também estão esbugalhados a olhar para nós.
Os meus colegas ficaram todos a rir-se de mim. Eu era conhecido como o rapaz que
perdia a hora de dormir. Tinha a cabeça na lua, diziam. Não me importei nada. Rirem-se
de nós pode ser só u m erro no ponto de vista. E eles, todos eles, estavam errados.
30 A primeira vez que vi u m livro, que me lembre, era u m que estava aberto, pousado
sobre a mesa, com as folhas em leque como se fossem uma colorida flor contente.
Podia ser uma caixa esquisita para arquivar pétalas secas, podia ser para guardar do-
cumentos ou cartas de amor. De perto, era afinal u m livro muito branco, cheio de pala-
vras impressas. Julguei que podia ser um bordado miudinho. Um enfeite para que as
35 páginas ficassem bonitas. Pensei que fosse uma prenda de enxoval.
Depois, compreendi, era o modo silencioso das conversas. Todos os livros são conver-
sas que os escritores nos deixam.
Valter Hugo Mãe, Contos de cães e maus lobos, Porto Editora, 2015 (págs. 93-95, com supressões)
Coluna A Coluna B
7. Assinala as três expressões utilizadas para realçar a capacidade que os livros têm de se
manifestarem e interagirem com os leitores.
a. “Barafustaram comigo” (linha 1)
b. “mandavam assim” (linha 3)
c. “são objetos cardíacos” (linha 21)
d. “entregam mais a uns do que a outros” (linhas 22-23)
e. “estão esbugalhados a olhar para nós” (linha 25)
f. “ficaram todos a rir-se de mim” (linha 27)
9. “Alguém colocara uma pequena placa dizendo: não alimente os animais.” (linha 13)
9.1. O narrador interpreta livremente o sentido da placa, de duas formas opostas. Explicita as
duas interpretações.
9.2. Classifica o sujeito das duas orações da frase transcrita, completando a afirmação:
Os sujeitos das orações “Alguém colocara uma placa” e “não alimente os animais”
classificam-se, respetivamente, como 1
e 2 .
11. Assinala, nos itens 11.1. a 11.3., a opção que completa cada afirmação, de acordo com o texto:
11.1. No oitavo parágrafo (linhas 20-24), a interação que os livros criam com os leitores é acentuada
a. pelo uso da antítese e da enumeração.
b. pelo uso da comparação e da hipérbole.
c. pelo uso da metáfora e da anáfora.
d. pelo uso da metáfora e da personificação.
11.2. Na frase “Julguei que podia ser um bordado miudinho.” (linha 34), a oração subordinada
desempenha a função sintática de
a. sujeito.
b. complemento direto.
c. complemento indireto.
d. complemento oblíquo.
11.3. A frase “Quando os seguramos, páginas abertas, eles também estão esbugalhados a
olhar para nós.” (linhas 25-26) é
a. uma frase simples, constituída por uma só oração.
b. uma frase complexa, constituída por duas orações coordenadas assindéticas.
c. uma frase complexa, constituída por oração subordinante e oração subordinada.
d. uma frase complexa, constituída por oração subordinada e oração subordinante.
13. Imagina que és um(a) jornalista e que tens a oportunidade de entrevistar o escritor Valter
Hugo Mãe sobre a sua relação com os livros.
Escreve uma entrevista bem estruturada, com um mínimo de 160 e um máximo de 260 pala-
vras, em que simules as perguntas feitas e as respostas dadas.
O teu texto deve incluir:
• um título sugestivo;
• uma breve introdução, em que apresentes o entrevistado (basta referir o nome e a profissão)
e o tema da entrevista;
• três questões e respetivas respostas;
• um breve remate da entrevista.
Livros
Quase todas as ideias do ser humano e descobertas feitas ao longo dos tempos podem ser
encontradas nos livros. O livro é uma das maiores invenções do homem, e uma das mais versáteis.
São muitos os tipos de livros, desde os de ficção até aos informativos, tais como dicionários e
enciclopédias […]. Os primeiros livros foram feitos pelos Egípcios há cerca de 5000 anos.
Escreviam--nos em rolos de papiro, papel feito de junco. Os Romanos inventaram o livro tal
como nós o conhecemos atualmente, usando a pele tratada de animais, o pergaminho, para
fazer as páginas. Durante centenas de anos, os livros foram escritos à mão, sendo raros e
preciosos. Os Chineses inventaram a impressão no século IX, que chegou à Europa durante o
século XV. Com a impressão foi possível produzir vários livros de uma só vez, o que os tornou mais
baratos, possibilitando que u m maior número de pessoas a eles tivesse acesso e que os
conhecimentos se difundissem mais facilmente. Os livros de capa mole apareceram no século XIX.
A sua produção era mais barata do que os de
capa dura, dando assim possibilidade a u m maior número de pessoas de os comprar e ler.
Atualmente, as gráficas usam computadores para fazer a composição (dispor as palavras na
página)
e máquinas fotográficas que fazem as chapas para impressão. Há máquinas que imprimem, dobram,
cosem e colam os livros n u m a só operação.
Milhares de novos livros são publicados anualmente. O editor decide que livros deverão
ser impressos e suporta os custos de produção; faz também a promoção publicitária dos livros e a
sua distribuição através das livrarias.
A minha primeira enciclopédia 4, Ed. Verbo, 1992 (pág. 60, adaptado e com supressões)
5. 2 Cotações Versão A1
Texto C livros, como entidades vivas, que se alimentam das
ideias de quem os lê ou são os leitores que se alimentam
6. 1. b., c., e.; 2. a., d.
das histórias que leem.
7. c., d., e.
8.1. Por exemplo: O narrador autocaracteriza-se como Item
GRUPO
“casmurro” por persistir na sua ligação estreita com Cotação (em pontos)
os livros apesar das regras que lhe são impostas Texto 1. 2.1. 2.2. 2.3.
12
no colégio. A 3 3 3 3
8.2. b. Texto 3. 4.1. 4.2. 4.3. 4.4. 5.
18
B 3 3 3 3 3 3
9.1. O narrador apresenta duas interpretações, ambas Texto 6. 7. 8.1. 8.2. 9.1. 9.2. 40
metafóricas (associadas ao ato de ler): ou são os C 3 3 5 3 5 4
Livro aberto, 8.º ano – Testes de avaliação sumativa
10. 11.1. 11.2. 11.3. 12.
3 3 3 3 5
13.
30
30
Total 100
Subtotal
Subtotal
Subtotal
Teste 4 Versão A1
TOTAL
1. 2. 3. 4.1. 4.2. 4.3. 4.4. 5. 6. 7. 8.1. 8.2. 9.1. 9.2. 10. 11.1. 11.2. 11.3. 12. 13.
Data 8.º
3 9 12 3 3 3 3 3 3 18 3 3 5 3 5 4 3 3 3 3 5 40 30 100
1
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30