Estatutodosservidores Serra Do Mel
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TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
CAPÍTULO I
DO REGIME JURÍDICO
Art. 1º O regime jurídico estatutário, disciplinado por esta Lei,
aplica-se aos servidores públicos da Administração direta, das
autarquias e das fundações públicas municipais.
Parágrafo Único. O disposto neste Estatuto não se aplica:
I - aos servidores investidos em empregos públicos, assim
definidos em lei municipal específica;
II - aos empregados de empresas públicas, sociedades de
economia mista e outras entidades da Administração indireta
que explorem atividade econômica;
III - aos contratados por tempo determinado, para atender à
necessidade temporária de excepcional interesse público.
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Art. 8º São requisitos básicos para a investidura em cargo
público:
I - nacionalidade brasileira;
II - gozo dos direitos políticos;
III - regularidade com as obrigações militares e eleitorais;
IV - nível de escolaridade exigido para exercício do cargo;
V - idade mínima de 18 (dezoito) anos;
VI - condições de saúde física e mental compatíveis com o
exercício do cargo, emprego ou função, de acordo com prévia
inspeção médica oficial.
§ 1º As atribuições do cargo podem justificar a exigência de
outros requisitos estabelecidos em lei.
§ 2º Lei específica, observada a lei federal, poderá definir os
critérios para admissão de estrangeiros no serviço público.
§ 3º Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o
direito de se inscrever em concurso público para provimento de
cargos cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência
de que são portadoras, sendo a elas reservados 5% (cinco por
cento) das vagas oferecidas no concurso.
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Art. 16. Aos candidatos será assegurado direito de recurso nas
fases de homologação das inscrições e publicação de resultados
parciais. ou globais, homologação de concurso e nomeação.
Art. 17. O não atendimento de quaisquer das exigências
constantes do edital implicará na automática exclusão do
candidato do concurso público.
SEÇÃO III
DA NOMEAÇÃO
Art. 18. A nomeação far-se-á:
I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado ou de
carreira, cujo exercício exija, apenas, conhecimentos
profissionais para o bom desempenho de suas atribuições;
II - em comissão, para cargos de livre nomeação e exoneração,
cujo exercício exija relação de confiança entre a autoridade
nomeante e o nomeado.
Art. 19. A nomeação para cargo efetivo depende de prévia
habilitação em concurso público de provas ou de provas e
títulos, obedecidos a ordem de classificação e o prazo de sua
validade.
Parágrafo Único. Os demais requisitos para ingresso e
desenvolvimento dos servidores na carreira, mediante
promoção, serão estabelecidos pela lei que disponha sobre o
sistema de carreira na Administração Pública municipal e por
seus respectivos regulamentos.
Art. 20. Os cargos em comissão, destinados apenas às
atribuições de direção, chefia e assessoramento, serão providos
mediante livre escolha da autoridade competente de cada
Poder.
Parágrafo Único. Os cargos em comissão serão providos,
preferencialmente e sempre a critério do Chefe do Executivo,
por servidores de cargo de carreira.
Art. 21. O servidor efetivo, quando ocupar cargo em comissão,
poderá optar pela remuneração deste ou pela de seu cargo,
acrescida de gratificação de função a ser fixada pelo Prefeito.
No ato de atribuição, em até 30% (trinta por cento).
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no prazo de 10 (dez) dias, na hipótese de confirmação do
conceito de desempenho atribuído ao servidor.
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II - mediante processo administrativo disciplinar, assegurada a
ampla defesa;
III - mediante procedimento de avaliação periódica de
desempenho, assegurada ampla defesa;
IV - quando houver a necessidade de redução de pessoal, em
cumprimento ao limite de despesa estabelecido pela lei de
responsabilidade fiscal.
§ 1º A perda do cargo nos termos do inciso III dar-se-á na
forma desta lei.
§ 2º O servidor que perder o cargo na forma do inciso IV fará
jus à indenização correspondente a um mês de remuneração
por ano de serviço.
SEÇÃO IV
DA PROMOÇÃO
Art. 41. Promoção é a elevação do servidor à classe
imediatamente superior àquela a que pertence, na mesma
carreira, desde que comprovada, mediante avaliação prévia, sua
capacidade para exercício das atribuições da classe
correspondente.
Art. 42. A promoção não interrompe nem suspende o tempo
de exercício que é contado no novo posicionamento na
carreira.
Art. 43. Os critérios de avaliação do servidor para efeito de
promoção serão estabelecidos pela lei que instituir o sistema de
carreiras.
SEÇÃO V
DA READAPTAÇÃO
Art. 44. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de
atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação
que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental,
verificada em inspeção médica.
§ 1º Se julgado incapaz para o serviço público, o servidor será
aposentado.
§ 2º A readaptação será efetivada em cargo de carreira de
atribuições afins ao anteriormente ocupado, respeitada a
habilitação exigida.
§ 3º Inexistindo cargo vago, o servidor será colocado em
disponibilidade, observados os arts. 60 e seguintes, devendo ser
aproveitado tão logo haja vacância de cargo compatível com a
sua capacidade.
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§ 1º Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficará
em disponibilidade, observado o disposto nos arts. 60 e
seguintes.
§ 2º Encontrando-se provido o cargo, seu eventual ocupante
será reconduzido ao cargo de origem, sem direito à
indenização, aproveitado em outro cargo de atribuições e
vencimentos compatíveis ou, ainda, posto em disponibilidade
remunerada.
Art. 50. Se o servidor não entrar em exercício no prazo
previsto no art. 26, § 1º, II, sua ausência será considerada falta
injustificada, salvo em caso de doença comprovada em
inspeção médica oficial.
SEÇÃO VIII
DA RECONDUÇÃO
Art. 51. Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo
anteriormente ocupado.
§ 1º A recondução ocorrerá em casos de:
I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo;
II – desalojamento do servidor de cargo em que o precedente
titular tenha sido reintegrado.
§ 2º Encontrando-se provido o cargo anterior, o servidor será
aproveitado em outro de atribuições e vencimentos compatíveis
ou colocado em disponibilidade, observado, em qualquer das
hipóteses, o disposto nos arts. 60 e seguintes.
CAPÍTULO III
DA REMOÇÃO E DA REDISTRIBUIÇÃO
SEÇÃO I
DA REMOÇÃO
Art. 52. Remoção é o ato pelo qual o servidor passa a ter
exercício em outro órgão da Administração municipal, no
âmbito do mesmo quadro de pessoal.
§ 1º Dar-se-á a remoção:
I - de ofício;
II - a pedido, a critério da Administração.
§ 2º A remoção de ofício ocorrerá para ajustamento de lotação
e da força de trabalho às necessidades do serviço, inclusive nos
casos de reorganização da estrutura interna Administração
municipal.
§ 3º A remoção por permuta de servidores será precedida de
requerimento de dos interessados.
SEÇÃO II
DA REDISTRIBUIÇÃO
Art. 53. Redistribuição é o deslocamento de servidor efetivo,
com o respectivo cargo, para o quadro de pessoal de outra
entidade da Administração municipal, no âmbito do mesmo
Poder.
§ 1º A redistribuição ocorrerá de ofício para ajustamento de
quadros de pessoal às necessidades do serviço, inclusive nos
casos de reorganização, extinção ou criação de órgão ou
entidade da Administração municipal.
§ 2º A redistribuição dar-se-á mediante decreto.
§ 3º Nos casos de reorganização ou extinção de órgão ou
entidade, os servidores estáveis que não puderem ser
redistribuídos serão colocados em disponibilidade, observado o
disposto nos arts. 60 e seguintes.
CAPÍTULO IV
DO TEMPO DE SERVIÇO
Art. 54. A apuração do tempo de serviço será feita em dias,
que serão convertidos em anos, considerado o ano de 365
(trezentos e sessenta e cinco) dias.
Art. 55. Além das ausências ao serviço previstas no art. 176,
serão considerados como de efetivo exercício os afastamentos
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em virtude de:
I - férias;
II - exercício de cargo em comissão ou equivalente em órgão
ou entidade federal, estadual, distrital ou municipal.
III - participação autorizada em programas de treinamento ou
capacitação;
IV - desempenho de mandato eletivo federal, estadual, distrital
ou municipal;
V - júri e outras obrigações legais;
VI - missão ou estudo, quando o afastamento houver sido
autorizado pela autoridade competente;
VII - participação em provas de competições esportivas,
quando o afastamento houver sido autorizado pela autoridade
competente;
VIII - licenças:
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medida, se o cargo já estiver criado;
IV - da publicação do ato que aposentar, exonerar, demitir ou
conceder promoção;
V - da posse em outro cargo de acumulação proibida.
CAPÍTULO VI
DA DISPONIBILIDADE E DO APROVEITAMENTO
Art. 60. Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o
servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração
proporcional ao tempo de serviço.
§ 1º O tempo de serviço público federal, estadual ou municipal
será contado para efeito de disponibilidade.
§ 2º O cálculo da remuneração a que se refere o caput deste
artigo far-se-á na razão de 1/35 (um trinta e cinco avos) por ano
de serviço, se homem, e de 1/30 (um trinta avos) por ano de
serviço, se mulher.
§ 4º A remuneração do servidor em disponibilidade não poderá
ser inferior a 1 (um) salário mínimo vigente no país.
Art. 61. O retorno à atividade de servidor em disponibilidade
far-se-á, mediante aproveitamento obrigatório, em caso de
vacância de cargo de atribuições e vencimento compatíveis
com o anteriormente ocupado.
§ 1º O órgão de pessoal determinará o imediato aproveitamento
do servidor em disponibilidade em vaga que vier a ocorrer em
órgão ou entidade da Administração municipal.
§ 2º No aproveitamento terá preferência o servidor que estiver
há mais tempo em disponibilidade e, no caso de empate, o que
contar mais tempo de serviço público municipal.
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Art. 66. Havendo excepcional interesse público, a substituição
temporária de servidor efetivo poderá fazer-se mediante
contratação por tempo determinado, na forma que a lei
estabelecer.
TÍTULO II
DOS DIREITOS E VANTAGENS
CAPÍTULO I
DA JORNADA DE TRABALHO
Art. 67. A jornada normal de trabalho dos servidores
municipais não será superior a 8 (oito) horas diárias e o
período normal da semana de trabalho não excederá a 40
(quarenta) horas, excetuando-se os profissionais da
educação.
§ 1º A jornada mínima dos servidores atenderá à conveniência
da Administração e poderá ser diferenciada de acordo com a
necessidade do serviço.
§ 2º A jornada de trabalho poderá ser fixada de forma distinta à
do caput deste artigo, sempre que for exigido o regime de
escalonamento de trabalho para assegurar o funcionamento dos
serviços públicos ininterruptos, respeitado o limite semanal.
Art. 68. O servidor terá direito a repouso remunerado, em um
dia da semana, preferencialmente aos domingos, bem como nos
dias de feriado civil e religioso, observado o disposto no § 2º
do art. 67.
§ 1º A remuneração do dia de repouso corresponderá a um dia
normal de trabalho para cada semana trabalhada.
§ 2º Perderá a remuneração do repouso de que trata este artigo
o servidor que, durante a semana, não comparecer ao serviço
sem motivo justificado, observado, ainda, o disposto no art. 79,
I.
Art. 69. O período extraordinário não está compreendido nos
limites previstos no art. 67, devendo ser remunerado com a
gratificação prevista no art. 93.
§ 1º O período extraordinário somente será assim considerado
quando requisitado justificadamente pela chefia imediata, não
podendo exceder o limite máximo de 3 (três) horas diárias.
§ 2º Ocorrendo necessidade imperiosa, poderá o período
extraordinário exceder o limite máximo previsto no parágrafo
anterior, para atender à realização de serviços inadiáveis, ou
cuja inexecução possa acarretar prejuízo manifesto à
Administração, observado o disposto no art. 93.
§ 3º Poderá ser adotado o sistema de compensação de horários,
desde que atendida à conveniência da Administração e à
necessidade de serviço.
§ 4º A compensação a que se refere o parágrafo anterior será
em dobro, em se tratando de serviço extraordinário executado
aos domingos e feriados.
Art. 70. O horário do expediente nas repartições e o controle
da freqüência do servidor serão estabelecidos em regulamento.
Art. 71. Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda
de 6 (seis) horas, conceder-se-á um intervalo para repouso ou
alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora, não
podendo exceder de 2 (duas) horas; todavia, o intervalo não
observado por motivo alheio à vontade do servidor será
remunerado como hora extra comum.
CAPÍTULO II
DA REMUNERAÇÃO
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 72. Remuneração é o vencimento do cargo, acrescido das
vantagens pecuniárias, permanentes ou temporárias,
estabelecidas em lei.
Art. 73. Nenhum servidor poderá receber, mensalmente, a
título de remuneração, importância inferior ao mínimo nacional
e superior aos limites estabelecidos pela Constituição da
República.
Art. 74. A revisão geral anual da remuneração dos
servidores públicos municipais far-se-á no dia 1o. de maio
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de cada ano e sem distinção de índices, observando-se, sempre,
os limites estabelecidos na Constituição Federal.
Art. 75. Nenhum desconto incidirá sobre a remuneração ou os
proventos, salvo por imposição legal ou mandado judicial,
excetuando-se os descontos pecuniários e aqueles autorizados
pelo servidor.
§ 1o. Mediante autorização do servidor, poderá haver
consignação em folha de pagamento em favor de terceiros, por
meio de celebração de convênio, a critério da Administração,
na forma definida em regulamento, até o limite de 30% (trinta
por cento) do vencimento-base, acrescido das vantagens
incorporadas ou proventos.
Art. 76. A remuneração, os proventos e a pensão não serão
objeto de arresto, seqüestro ou penhora, exceto nos casos de
decisão judicial.
Art. 77. As reposições e indenizações ao erário, após apuradas
em procedimento administrativo, poderão ser descontadas em
parcelas mensais não excedentes a 25% (vinte e cinco por
cento) da remuneração ou dos proventos, em valores
atualizados, independentemente de consentimento do servidor.
§ 1º Quando constatado pagamento indevido ao servidor por
erro no processamento da folha, a reposição ao erário será feita
em até 4 (quatro) parcelas mensais e consecutivas, nos meses
subseqüentes da constatação.
§ 2º O servidor que, em débito com o erário, for demitido,
exonerado ou tiver sua aposentadoria ou disponibilidade
cassada, terá retido das verbas a receber do erário o valor de
seu débito e, sendo o seu crédito insuficiente, o prazo de 30
(trinta) dias para quitar a diferença.
§ 3º Será inscrito em dívida ativa, para cobrança judicial, o
débito que não tenha sido quitado no prazo previsto no
parágrafo anterior.
Art. 78. O recebimento de quantias indevidas poderá ensejar
processo administrativo disciplinar, para apuração de
responsabilidades e aplicação das penalidades cabíveis.
Art. 79. O servidor perderá:
I - a remuneração do dia, se não comparecer ao serviço, salvo
por motivo legal ou por moléstia devidamente comprovada nos
termos deste Estatuto;
II - a parcela da remuneração diária proporcional aos atrasos,
ausências e saídas antecipadas, exceto nos casos de
compensação de horários ou quando devidamente autorizados
ou justificados pela autoridade competente;
III - a remuneração, quando afastado por motivo de prisão em
flagrante ou preventiva, determinada pela autoridade
competente, enquanto perdurar a prisão e durante o
afastamento, em virtude de condenação, por sentença
definitiva, a pena que não determine a perda do cargo.
SEÇÃO II
DO VENCIMENTO
Art. 80. Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício
de cargo público, com valor fixado em lei, sendo vedada a sua
vinculação.
Art. 81. O vencimento é irredutível, desde que observados os
limites dispostos na Constituição da República.
Art. 82. O menor vencimento não será inferior a 1 (um) salário
mínimo vigente no país.
CAPÍTULO III
DAS VANTAGENS
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 83. Por vantagem compreende-se todo o estipêndio
diverso do vencimento recebido pelo servidor e que represente
efetivo proveito econômico.
Art. 84. São vantagens a serem pagas aos servidores:
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I - gratificações e adicionais;
II - salário família;
III - salário maternidade;
IV - auxílio-doença;
V - auxílio-reclusão;
VI - auxílio-funeral.
Parágrafo Único. As vantagens previstas nos incisos II e III
serão concedidas na forma da legislação competente.
Art. 85. As vantagens previstas nesta Seção não serão
computadas nem acumuladas para efeito de concessão de
acréscimos pecuniários ulteriores.
SEÇÃO II
DAS GRATIFICAÇÕES E DOS ADICIONAIS
Art. 86. Além dos vencimentos e vantagens previstos nesta
Lei, serão deferidas as gratificações e os adicionais seguintes:
I - gratificação de função;
II - gratificação natalina;
III - gratificação por serviço extraordinário;
IV - gratificação de produtividade;
V - gratificação de encargos especiais;
VI - adicional por tempo de serviço;
VII - adicional pelo exercício de atividade insalubre, perigosa
ou penosa;
VIII - adicional noturno;
DO ADICIONAL NOTURNO
Art. 109. O serviço noturno, prestado em horário
compreendido entre 22 (vinte e duas) horas de um dia a 5
(cinco) horas do dia seguinte, terá o valor/hora acrescido de
25% (vinte e cinco por cento), computando-se cada hora como
cinqüenta e dois minutos e trinta segundos.
§ 1º Em se tratando de serviço extraordinário, o acréscimo de
que trata este artigo incidirá sobre o valor da hora normal de
trabalho, acrescido do respectivo percentual de extraordinário.
§ 2º Nos casos em que a jornada de trabalho diária
compreender um horário entre os períodos diurno e noturno, o
adicional será pago proporcionalmente às horas de trabalho
noturno.
SEÇÃO III
DO AUXÍLIO-FUNERAL
Art. 110. Em caso de falecimento do servidor, sua família (1º
grau) terá direito ao Auxílio-Funeral, ainda que ao tempo de
sua morte estivesse em disponibilidade ou aposentado, em
valor equivalente a 2 (duas) vezes o menor vencimento pago
pelo Município.
§ 1º No caso de acumulação legal de cargos, o auxílio será
pago somente em razão de um dos cargos ocupados.
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§ 2º Aplica-se o disposto no parágrafo anterior quando se tratar
de hipótese de acumulação de proventos com vencimentos.
Art. 111. O auxílio-funeral será pago, até o limite previsto no
caput do artigo anterior, mediante procedimento sumaríssimo,
à pessoa da família que comprove haver custeado o funeral.
Parágrafo Único. O pagamento será autorizado à vista da
certidão de óbito e demais documentos comprobatórios.
CAPÍTULO IV
DAS INDENIZAÇÕES
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 112. Considera-se indenização todo valor pecuniário
percebido pelo servidor para evitar ocorrência de gastos
pessoais extraordinários pelo exercício de suas atribuições.
Parágrafo Único. As indenizações não sofrerão desconto de
qualquer natureza, nem poderão ser computadas para
percepção de quaisquer vantagens.
Art. 113. São indenizações pagas ao servidor:
I - as diárias;
II - as de transporte.
SEÇÃO II
DAS DIÁRIAS
Art. 114. A todo servidor que for designado para serviço, curso
ou outra atividade fora do Município, em caráter eventual ou
transitório, serão concedidas diárias, para custeio das despesas
de alimentação, hospedagem e locomoção.
Art. 115. O servidor que receber diárias e não se afastar do
Município, por qualquer motivo, fica obrigado a restituí-las
integralmente, no prazo de 2 (dois) dias úteis.
Parágrafo Único. Na hipótese de o servidor retornar ao
Município, em prazo menor do que o previsto para o seu
afastamento deverá restituir as diárias recebidas em excesso, no
prazo estabelecido no caput.
Art. 116. Os critérios e os valores das diárias serão
regulamentados e fixados por ato do Chefe do Executivo.
SEÇÃO III
DA INDENIZAÇÃO DE TRANSPORTE
Art. 117. Conceder-se-á indenização de transporte ao servidor
que realizar despesas
SEÇÃO VI
DA LICENÇA À GESTANTE, À ADOTANTE
E DA LICENÇA PATERNIDADE
Art. 127. Será concedida licença à servidora gestante, por 180
(cento e oitenta) dias consecutivos, sem prejuízo da
remuneração.
§ 1º A licença poderá iniciar-se a partir do primeiro dia do
nono mês de gestação, salvo antecipação por prescrição
médica.
§ 2º No caso de nascimento prematuro, a licença terá início a
partir do parto.
§ 3º No caso de natimorto, decorridos 30 (trinta) dias do evento
a servidora reassumirá o exercício.
§ 4º No caso de aborto atestado por médico oficial, a servidora
terá direito a 30 (trinta) dias de repouso remunerado, a contar
do evento.
À
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Art. 129. À servidora que adotar ou obtiver a guarda judicial
de criança que não seja recém-nascida e tenha até 4 (quatro)
anos de idade serão concedidos 90 (noventa) dias de licença
remunerada, para ajustamento do adotado ou tutelado ao novo
lar.
Parágrafo Único. No caso de adoção ou guarda judicial de
criança com mais de 4 (quatro) e menos de 8 (oito) anos de
idade, o prazo de que trata este artigo será de 60 (sessenta)
dias, e de trinta dias se a idade for superior a oito anos.
Art. 130. Pelo nascimento de filho ou adoção, o servidor terá
direito à licença-paternidade de 7 (sete) dias consecutivos.
SEÇÃO VII
DA LICENÇA POR ACIDENTE EM SERVIÇO
Art. 131. Será licenciado, com remuneração integral, o
servidor acidentado em serviço.
SEÇÃO VIII
DA LICENÇA POR MOTIVO DE DOENÇA
EM PESSOAS DA FAMÍLIA
Art. 135. Poderá ser concedida licença ao servidor por motivo
de doença do cônjuge ou convivente, ascendente, descendente,
irmão ou dependente que conste do seu assentamento
funcional.
§ 1º A licença será precedida de atestado médico,
acompanhado de laudo, fornecido por junta médica oficial e
comprovação da relação prevista no caput.
§ 2º A licença somente será deferida se a assistência direta do
servidor for indispensável e não puder ser prestada
simultaneamente com o exercício do cargo, bem como se não
houver prejuízo para a continuidade do serviço público.
§ 3º Quando mais de um servidor guardar com o adoecido a
relação prevista no caput, somente um deles poderá licenciar-
se, sendo este o parente mais próximo, se não houver acordo
entre os servidores.
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benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até
segundo grau e de cônjuge ou convivente;
XV - receber propina, comissão, presente ou vantagem de
qualquer espécie, em razão de suas atribuições;
XVI - praticar usura sob qualquer de suas formas;
XVII - proceder de forma desidiosa;
XVIII - utilizar pessoal ou recursos materiais de repartição em
serviços ou atividades particulares;
XIX - cometer a outro servidor atribuições estranhas às do
cargo que ocupa, exceto em situações transitórias de
emergência;
XX - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis
com o exercício do cargo ou função e com o horário de
trabalho;
XXI - praticar atos de sabotagem contra o serviço público.
CAPÍTULO III
DA ACUMULAÇÃO
Art. 178. É vedada a acumulação remunerada de cargos
públicos, exceto:
I - a de dois cargos de professor;
II - a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
III - a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais
de saúde, com profissões regulamentadas.
§ 1º A proibição de acumular estende-se a empregos e funções
em autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de
economia mista, suas subsidiárias e sociedades controladas
direta ou indiretamente pela União, pelo Distrito Federal, pelos
Estados e pelos Municípios.
§ 2º A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica
condicionada à comprovação da compatibilidade de horários,
observados os limites a que se refere o art. 73.
Art. 179. É vedada a percepção simultânea de proventos de
aposentadoria no serviço público com a remuneração de cargo,
emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis
na forma do artigo anterior, os cargos eletivos e os cargos em
comissão, observado o disposto no art. 129, ressalvados os
direitos dos servidores que ingressaram no serviço público por
concurso público, até a data de 16/12/1998, conforme art. 11,
da Emenda Constitucional n. 20.
Art. 180. O servidor não poderá exercer mais de um cargo em
comissão, salvo na hipótese prevista no art. 65.
Art. 181. O servidor que acumular licitamente 2 (dois) cargos
de carreira, quando investido em cargo de provimento em
comissão, ficará afastado de ambos os cargos efetivos.
Parágrafo Único. O servidor que se afastar dos 2 (dois) cargos
que ocupa poderá optar pela soma da remuneração destes ou
pela do cargo em comissão.
Art. 182. Verificada em processo administrativo a acumulação
proibida e não havendo prova de má-fé, o servidor optará pela
remuneração de um dos cargos ou funções.
§ 1º Provada a má-fé, perderá o cargo ou função que exercia há
mais tempo e será obrigado a restituir o que tiver percebido
indevidamente, sem prejuízo do procedimento penal cabível.
§ 2º Na hipótese do parágrafo anterior, sendo um dos cargos,
empregos ou funções exercido em outro órgão ou entidade a
demissão ser-lhe-á comunicada.
Art. 183. As autoridades e os chefes de serviço que tiverem
conhecimento de que qualquer de seus subordinados acumula,
indevidamente, cargos ou funções públicas, comunicarão o fato
ao órgão de pessoal, para os fins indicados no artigo anterior,
sob pena de co-responsabilidade.
CAPÍTULO IV
DAS RESPONSABILIDADES
Art. 184. O servidor responde civil, penal e
administrativamente pelo exercício irregular de suas
atribuições.
Parágrafo Único. As responsabilidades civil e penal serão
apuradas e punidas na forma da legislação federal pertinente.
Art. 185. A indenização de prejuízo dolosa ou culposamente
causado ao Erário somente será reparada na forma
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prevista no art. 77, na falta de outros bens que assegurem a
execução do débito pela via judicial.
Art. 186. A responsabilidade administrativa resulta de ato
omissivo ou comissivo praticado no desempenho do cargo
ou função.
Art. 187. As sanções civis, penais e administrativas poderão
ser aplicadas cumulativamente, sendo independentes entre si.
Art. 188. A responsabilidade administrativa dos servidores
será afastada no caso de absolvição criminal que negue a
existência do fato ou a sua autoria.
CAPÍTULO V
DAS PENALIDADES
Art. 189. São penalidades disciplinares:
I - advertência;
II - suspensão;
III - demissão;
IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
V - destituição de cargo em comissão.
Art. 190. Na aplicação das penalidades serão consideradas a
natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que dela
provierem para o serviço público, as circunstâncias agravantes
e atenuantes, bem como os antecedentes funcionais.
§ 1º As penas impostas aos servidores serão registradas em
seus assentamentos funcionais.
§ 2º O ato de imposição da penalidade mencionará sempre o
fundamento legal e a causa da sanção disciplinar.
Art. 191. A advertência será aplicada, por escrito, nos casos
de violação da proibição constante do art. 192, incisos I a V,
e de inobservância de dever funcional previsto no art. 191 e
em demais leis, regulamentos ou normas internas, desde
que não justifique imposição de penalidade mais grave.
Art. 192. A suspensão será aplicada em caso de reincidência
das faltas punidas com a advertência e de violação das
demais proibições que não tipifiquem infração sujeita à
penalidade de demissão, não podendo exceder a 90
(noventa) dias.
§ 1º Será punido com suspensão de 15 (quinze) dias o servidor
que, injustificadamente, recusar-se a ser submetido à inspeção
médica determinada pela autoridade competente, cessando os
efeitos da penalidade, uma vez cumprida a determinação.
§ 2º O servidor suspenso perderá, durante o período de
suspensão, todas as vantagens e os direitos do exercício do
cargo.
§ 3º Quando houver conveniência para o serviço público, a
penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa,
equivalente a 50% (cinqüenta por cento), por dia, de
remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em
serviço.
Art. 193. As penalidades de advertência e de suspensão terão
seus registros cancelados após o decurso de 3 (três) e 5 (cinco)
anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não
houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar.
Parágrafo Único. O cancelamento da penalidade não surtirá
efeito retroativo.
Art. 194. A demissão será aplicada nos seguintes casos:
I – prática de crime contra a Administração Pública;
II - abandono de cargo;
III - inassiduidade habitual;
IV - improbidade administrativa;
V - incontinência pública e conduta escandalosa;
VI - insubordinação grave em serviço;
VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo
em legítima defesa ou defesa de outrem;
VIII - aplicação irregular de dinheiro público;
IX - revelação de segredo apropriado em razão do cargo;
X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio
municipal;
XI - acumulação ilegal de cargos, funções ou empregos
públicos, inclusive de proventos deles decorrentes, quando
eivados de má-fé;
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XII - transgressão ao art. 192 da presente lei.
XIII - reincidência de faltas penalizadas com suspensão,
observado o disposto no art. 207.
Art. 195. Será cassada a aposentadoria ou disponibilidade do
inativo que houver praticado, na atividade, falta punível com a
demissão.
Art. 196. A destituição de servidor comissionado, não
ocupante de cargo efetivo, será aplicada nos casos de
infração sujeita à penalidade de demissão.
Art. 197. A demissão de cargo efetivo ou a destituição de
cargo em comissão, nos casos especificados por lei, implica o
ressarcimento ao erário, sem prejuízo de ação penal cabível.
Art. 198. A demissão do cargo efetivo ou a destituição de
cargo em comissão por infringência em casos especificados
em lei, incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura
em cargo público do Município pelo prazo mínimo de 5
(cinco) anos.
Art. 199. Configura abandono de cargo a ausência injustificada
do servidor ao serviço por mais de 30 (trinta) dias
consecutivos.
Art. 200. Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao
serviço, sem causa justificada, por 30 (trinta) dias,
interpoladamente, durante o período de 12 (doze) meses.
Art. 201. As penalidades disciplinares serão aplicadas:
I - pelo Prefeito, pelo Presidente da Câmara Municipal e pelo
dirigente superior de autarquia e fundação, quando se tratar de
demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e
suspensão superior a 30 (trinta) dias de servidor vinculado ao
respectivo Poder, órgão ou entidade;
II - pela autoridade que houver feito a nomeação, quando se
tratar de destituição de cargo em comissão de não ocupante de
cargo efetivo;
III - pelas autoridades administrativas mencionadas no inciso I
ou por autoridades administrativas de hierarquia imediatamente
inferior àquelas mencionadas no inciso I, quando se tratar de
suspensão inferior a 30 (trinta) dias;
IV - pelas chefias e direções competentes, na forma dos
respectivos regimentos ou regulamentos, em casos de
advertência.
Art. 202. A ação disciplinar prescreverá em:
I - 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão,
cassação de aposentadoria ou disponibilidade e destituição de
cargo em comissão;
II - 2 (dois) anos quanto à suspensão;
III - 180 (cento e oitenta) dias quanto à advertência.
§ 1º O prazo de prescrição começa a correr da data em que o
fato se tornou conhecido pela autoridade competente para
aplicação da pena.
§ 2º O prazo de prescrição previsto na lei penal aplicam-se às
infrações disciplinares capituladas também como crime.
§ 3º A abertura de sindicância ou a instauração de processo
disciplinar suspende a prescrição, até a decisão final proferida
por autoridade competente.
TÍTULO IV
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 203. A autoridade que tiver ciência de irregularidade
no serviço público é obrigada a promover a sua apuração
imediata mediante sindicância ou processo disciplinar,
assegurada ao acusado a ampla defesa.
Art. 204. As denúncias sobre irregularidades deverão ser feitas
por escrito e, sendo fundadas, serão objeto de apuração.
Parágrafo Único. Quando o fato narrado não configurar
infração disciplinar ou ilícito penal, a denúncia será arquivada,
por falta de objeto.
Art. 205. A critério da autoridade competente,
considerando a denúncia de irregularidade a ser apurada, a
sindicância poderá ser realizada por uma comissão
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composta de 3 (três) servidores (no mínimo dois efetivos e
nunca de nível hierárquico inferior).
Art. 206. Da sindicância poderá resultar:
I - arquivamento do processo;
II - aplicação de penalidade de advertência ou suspensão de até
30 (trinta) dias;
III - instauração de processo disciplinar.
Art. 207. Sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar a
imposição de penalidade de suspensão por mais de 30 (trinta)
dias, demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade,
ou ainda destituição de cargo em comissão, será obrigatória a
instauração de processo disciplinar.
CAPÍTULO II
DO AFASTAMENTO PREVENTIVO
Art. 208. Como medida cautelar, e a fim de que o servidor não
venha a influir na apuração da irregularidade, a autoridade
instauradora do processo disciplinar poderá ordenar o seu
afastamento do exercício do cargo, pelo prazo de até 60
(sessenta) dias, sem prejuízo da remuneração.
Parágrafo Único. O afastamento poderá ser prorrogado por até
60 (sessenta) dias, findo os quais cessarão os seus efeitos, ainda
que não concluído o processo.
CAPÍTULO III
DO PROCESSO DISCIPLINAR
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 209. O processo disciplinar é o instrumento destinado a
apurar as responsabilidades do servidor por infração praticada
no exercício de suas atribuições, ou que tenha relação mediata
com as atribuições do cargo em que se encontre investido.
Art. 210. O processo disciplinar será conduzido por Comissão
composta de 3 (três) servidores, devendo, pelo menos, 02
(dois) serem ocupantes de cargo de carreira, e todos de
hierarquia superior à do acusado, sendo um deles designado
para exercer a Presidência.
§ 1º Os integrantes da Comissão serão designados pela
autoridade competente para a aplicação da pena aparentemente
cabível.
§ 2º O Presidente da Comissão designará Secretário um de seus
membros.
§ 3º Não poderá participar de Comissão de Sindicância ou de
Inquérito cônjuge, companheiro ou parente do acusado,
consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o 2º
(segundo) grau.
Art. 211. A Comissão exercerá suas atividades com
independência e imparcialidade, assegurado o sigilo
necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da
Administração.
Art. 212. O processo disciplinar desenvolve-se nas seguintes
fases:
I - instauração, com a publicação do ato no Paço Municipal que
constitui a Comissão;
II - inquérito administrativo, que compreende instrução, defesa
e relatório;
III - julgamento.
Art. 213. O prazo para a conclusão do processo disciplinar não
excederá a 60 (sessenta) dias, contados da data de publicação
do ato que constituir a Comissão, admitida a sua prorrogação
por até 60 (sessenta) dias, quando as circunstâncias o exigirem.
§ 1º Sempre que necessário, a Comissão dedicará tempo
integral aos seus trabalhos.
§ 2º As reuniões da Comissão serão registradas em atas que
deverão detalhar o ocorrido e as deliberações adotadas.
SEÇÃO II
DO INQUÉRITO
Art. 214. O inquérito administrativo obedecerá ao princípio do
contraditório, assegurada ao acusado ampla defesa, com a
utilização dos meios e recursos admitidos em direito.
Art. 215. Os autos da sindicância integrarão o processo
disciplinar, como peça informativa da instrução.
Ú
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Parágrafo Único. Na hipótese de o relatório da sindicância
concluir que a infração está capitulada como ilícito penal, a
autoridade competente encaminhará cópia dos autos ao
Ministério Público, independentemente de imediata instrução
do processo disciplinar.
Art. 216. Na fase do inquérito, a Comissão promoverá a
tomada de depoimentos, acareações, investigações e diligências
cabíveis, objetivando a coleta de prova, recorrendo, quando
necessário, a técnicos e peritos, de modo a permitir completa
elucidação dos fatos.
Art. 217. É assegurado ao servidor o direito de acompanhar o
processo, pessoalmente ou por intermédio de procurador,
arrolar e reinquirir testemunhas, produzir provas e contraprovas
e formular quesitos, quando se tratar de prova pericial.
§ 1º O Presidente da Comissão poderá denegar pedidos
considerados impertinentes, meramente protelatórios ou de
nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos.
§ 2º Será indeferido o pedido de prova pericial quando a
comprovação do fato independer de conhecimento especial de
perito.
Art. 218. Após a inquirição das testemunhas, a Comissão
promoverá o interrogatório do acusado.
§ 1º No caso de mais de um acusado, cada um deles será
ouvido separadamente, e quando divergirem em suas
declarações sobre fatos ou circunstâncias poderá ser promovida
acareação entre eles.
§ 2º O procurador do acusado poderá assistir ao interrogatório,
sem direito de formular perguntas.
§ 3º O acusado e/ou seu procurador poderão assistir à
inquirição das testemunhas, sendo-lhes vedado interferir nas
perguntas e respostas, facultando-se-lhes, porém, reinquiri-las,
por intermédio do Presidente da Comissão.
Art. 219. As testemunhas serão intimadas a depor mediante
mandado expedido pelo Presidente da Comissão, devendo a
segunda via, com o ciente do interessado, ser anexada aos
autos.
Parágrafo Único. Se a testemunha for servidor público
municipal, a expedição do mandado será imediatamente
comunicada ao chefe da repartição onde serve, enquanto os
servidores públicos federais, distritais e estaduais serão
notificados por intermédio das repartições ou unidades a que
pertencem.
Art. 220. O depoimento será prestado oralmente e reduzido a
termo.
§ 1º As testemunhas serão inquiridas separadamente, de modo
a evitar que uma ouça o depoimento da outra.
§ 2º Serão ouvidas, primeiramente, as testemunhas arroladas
pela Comissão e, após, as arroladas pelo servidor ou seu
defensor.
§ 3º Na hipótese de depoimentos contraditórios ou que se
infirmem, proceder-se-á à acareação entre os depoentes,
quando necessária para o esclarecimento dos fatos.
Art. 221. Quando houver dúvida sobre a sanidade mental do
acusado a Comissão proporá à autoridade competente que ele
seja submetido a exame, por junta médica oficial, da qual
participe pelo menos um médico psiquiatra.
Parágrafo Único. O incidente de sanidade mental será
processado em auto apartado e apenso ao processo principal,
após a expedição do laudo pericial.
Art. 222. Tipificada a infração disciplinar, será formulada a
indiciação do servidor, com a especificação dos fatos a ele
imputados e das respectivas provas.
§ 1º A Comissão determinará, dentro de 48 (quarenta e oito)
horas, a citação do indiciado, por mandado expedido pelo
Presidente da Comissão, juntando cópia da Portaria, para
apresentar defesa escrita, no prazo de 10 (dez) dias,
assegurando-lhe vista aos autos do processo na repartição.
§ 2º Havendo 2 (dois) ou mais indiciados, o prazo será comum
e de 20 (vinte) dias.
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§ 3º O prazo de defesa poderá ser prorrogado pelo dobro para
diligências reputadas indispensáveis, a critério da Comissão.
§ 4º No caso de recusa do indiciado em apor o ciente na cópia
da citação, o prazo para defesa contar-se-á da data declarada
em termo próprio pelo membro da Comissão que fez a citação.
Art. 223. O indiciado que mudar de residência fica obrigado a
comunicar à Comissão o lugar onde poderá ser encontrado, sob
pena de o processo correr à sua revelia.
Parágrafo Único. Na hipótese deste artigo, o indiciado será
citado via postal, em carta registrada, juntando-se ao processo
o comprovante do registro e aviso de recebimento.
Art. 224. Achando-se o indiciado em lugar incerto e não
sabido, será citado por edital, publicado por 2 (duas) vezes,
com intervalo de 8 (oito) dias, em órgão de imprensa oficial ou
em periódico de circulação no Município, para apresentar
defesa.
Parágrafo Único. Na hipótese deste artigo, o prazo para defesa
será de 15 (quinze) dias a partir da última publicação do edital.
Art. 225. Considerar-se-á revel o indiciado que, regularmente
citado, não apresentar defesa no prazo legal.
§ 1º A revelia será declarada por termo nos autos do processo e
devolverá o prazo para a defesa.
§ 2º Para defender o indiciado revel a autoridade instauradora
do processo designará um servidor, de cargo de nível igual ou
superior ao do indiciado, como defensor dativo.
Art. 226. Apreciada a defesa, a Comissão elaborará relatório
minucioso, onde resumirá as peças principais dos autos e
mencionará as provas em que se baseou para formar a sua
convicção.
§ 1º O relatório será conclusivo quanto à inocência ou à
responsabilidade do servidor.
§ 2º Reconhecida a responsabilidade do servidor, a Comissão
indicará o dispositivo legal ou regulamentar transgredido, bem
como as circunstâncias agravantes ou atenuantes.
Art. 227. O processo disciplinar, com o relatório da Comissão,
será remetido à autoridade que determinou sua instauração,
para julgamento.
SEÇÃO III
DO JULGAMENTO
Art. 228. No prazo de 15 (quinze) dias, prorrogáveis por até 15
(quinze) dias, contados do recebimento do processo, a
autoridade julgadora proferirá a sua decisão.
§ 1º Se a penalidade a ser aplicada exceder a alçada da
autoridade instauradora do processo, este será encaminhado à
autoridade competente, que decidirá em igual prazo.
§ 2º Havendo mais de um indiciado e diversidade de sanções, o
julgamento caberá à autoridade competente para a imposição
da pena mais grave.
§ 3º Se a penalidade prevista for a de demissão ou cassação de
aposentadoria ou disponibilidade, o julgamento caberá às
autoridades de que trata o inciso I do art. 215.
Art. 229. O julgamento será baseado no relatório da Comissão,
salvo quando este for contrário às provas dos autos.
Parágrafo Único. Quando o relatório da Comissão contrariar
as provas dos autos, a autoridade julgadora poderá,
motivadamente, agravar a penalidade proposta, abrandá-la ou
isentar o servidor de responsabilidade.
Art. 230. Verificada a existência de vício insanável, a
autoridade julgadora declarará a nulidade total ou parcial do
processo e ordenará a constituição de outra Comissão para
instauração de novo processo.
§ 1º O julgamento fora do prazo legal não implica nulidade do
processo.
§ 2º A autoridade que tiver ciência da irregularidade no serviço
público e der causa à prescrição de que trata o art. 217 será
responsabilizada na forma desta Lei.
Art. 231. Extinta a punibilidade pela prescrição, a autoridade
julgadora determinará o registro do processo nos
assentamentos individuais do servidor.
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Parágrafo Único. Ao lado da anotação, consignar-se-á a
ocorrência da prescrição.
Art. 232. Quando a infração estiver capitulada como crime, o
processo disciplinar será remetido ao Ministério Público, para
eventual instauração de ação penal, ficando um traslado na
repartição.
Art. 233. O servidor que responde a processo disciplinar
somente poderá ser exonerado a pedido ou aposentado
voluntariamente após a conclusão do processo e o
cumprimento da penalidade, acaso aplicada.
Art. 234. Serão assegurados transportes e alimentação:
I - aos membros da Comissão, quando obrigados a se
deslocarem da sede dos trabalhos para a realização de missão
essencial para esclarecimento dos fatos;
II - ao servidor convocado para prestar depoimento fora da
sede de sua repartição, na condição de testemunha e
denunciado.
SEÇÃO IV
DA REVISÃO DO PROCESSO
Art. 235. O processo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer
tempo, a pedido ou de ofício, quando se aduzirem fatos novos
ou circunstâncias suscetíveis de justificarem a inocência do
punido e/ou a inadequação da penalidade aplicada.
§ 1º Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do
servidor, qualquer pessoa da família poderá requerer a revisão
do processo.
§ 2º Em caso de incapacidade mental do servidor, a revisão
será requerida pelo respectivo curador.
Art. 236. No processo revisional, o ônus da prova cabe ao
requerente.
Art. 237. A simples alegação da injustiça da penalidade não
constitui fundamento para a revisão, que requer elementos
novos ainda não apreciados no processo originário.
Art. 238. O requerimento da revisão do processo será
encaminhado ao dirigente do órgão ou entidade onde se
originou o processo disciplinar.
Parágrafo Único. Recebida a petição, o dirigente do órgão ou
entidade providenciará a constituição de nova Comissão, na
forma do art. 210.
Art. 239. A revisão correrá em apenso ao processo
originário.
Parágrafo Único. Na petição inicial, o requerente pedirá dia e
hora para a produção de provas e a inquirição das testemunhas
que arrolar.
Art. 240. A Comissão Revisora terá até 30 (trinta) dias para
a conclusão dos trabalhos, prorrogáveis por até 30 (trinta)
dias, quando as circunstâncias o exigirem.
Art. 241. Aplicam-se aos trabalhos da Comissão Revisora, no
que couber, as normas e os procedimentos próprios da
Comissão do processo disciplinar.
Art. 242. O julgamento caberá à autoridade que aplicou a
penalidade.
Parágrafo Único. O prazo para julgamento será de até 10
(dez) dias contados do recebimento do processo, no curso do
qual a autoridade julgadora poderá determinar diligências.
Art. 243. Julgada procedente a revisão, será declarada sem
efeito a penalidade aplicada, restabelecendo-se todos os
direitos do servidor, exceto em relação à destituição de cargo
em comissão que será convertida em exoneração.
Parágrafo Único. Da revisão do processo não poderá resultar
agravamento da penalidade já aplicada.
TÍTULO V
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 244. O Prefeito Municipal baixará, por decreto, os
regulamentos necessários à fiel execução da presente Lei.
§ 1º Aplica-se este Estatuto aos servidores públicos municipais,
cabendo ao seu Presidente as atribuições reservadas ao Prefeito
Municipal.
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§ 2º Em relação aos servidores de fundações e autarquias
aplicar-se-á o disposto neste Estatuto, cabendo à sua autoridade
máxima exercer as atribuições reservadas ao Prefeito, se isto
estiver previsto nas normas instituidoras e organizadoras da
entidade.
Art. 245. Aos agentes políticos e aos ocupantes de cargo em
comissão alheios aos quadros de pessoal permanente do
Município aplicam-se os direitos e vantagens para eles
expressamente previstos neste Estatuto.
Art. 246. Para efeitos das leis que disponham sobre servidores
públicos, consideram-se dependentes do servidor, além do
cônjuge e dos filhos, quaisquer pessoas que comprovadamente
vivam às suas expensas e constem de seu assentamento
individual e que seja comprovadamente dependente no Imposto
de Renda.
Parágrafo Único. Equipara-se ao cônjuge o convivente, que
comprove união estável como entidade familiar.
Art. 247. Os instrumentos de procuração utilizados para
recebimento de direitos ou vantagens de servidores municipais
terão validade por 6 (seis) meses, devendo ser renovados após
findo esse prazo.
Art. 248. Para os efeitos previstos neste Estatuto e nas demais
leis municipais, os exames médicos serão obrigatoriamente
realizados por médico credenciado pela Administração
Municipal.
§ 1º Em casos especiais, atendendo à natureza da enfermidade,
a autoridade municipal poderá designar junta médica para
proceder ao exame.
§ 2º Os atestados médicos concedidos aos servidores
municipais terão sua validade condicionada à ratificação
posterior por médico credenciado pela Administração
Municipal.
Art. 249. Na contagem dos prazos previstos neste Estatuto, não
se computará o dia inicial, prorrogando-se para o primeiro dia
útil o vencimento que incidir em sábado, domingo ou feriado.
Art. 250. O dia 28 de outubro será consagrado ao servidor
público municipal.
Art. 251. Os dias 13 de maio e 14 de outubro serão feriados
municipais, sendo considerados como a data de emancipação
política e o dia de início do projeto de colonização de Serra do
Mel, respectivamente.
TÍTULO VI
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
Art. 252. O tempo de serviço prestado ininterruptamente ao
Município será computado a partir da data da admissão regular
do servidor para efeitos de:
I - adicionais por tempo de serviço;
II - gratificações ou prêmios de incentivo;
III - licenças e outras vantagens previstas em lei municipal.
Parágrafo Único. Nas hipóteses de contratação por prazo
determinado, o tempo de serviço não será computado para
efeito deste artigo.
Art. 253. As vantagens permanentes adquiridas anteriormente
à vigência deste Estatuto integrarão a remuneração dos
servidores nos termos das respectivas leis que as concediam.
Art. 254 – Ficam isentos de prestar o expediente de trabalho,
todo servidor público municipal no dia de aniversário deste.
Art. 255. Para fazer face às despesas decorrentes da aplicação
desta Lei, serão utilizados recursos orçamentários próprios em
cada exercício.
Art. 256. Aos casos omissos, serão observadas,
subsidiariamente as disposições contidas na Lei Federal nº
8.112/90 (Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos
Federais).
Art. 257. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação,
revogando-se as disposições em contrário, especialmente a Lei
Municipal nº 208/2004.
Publicado por:
Josenildo Tavares de Morais
Código Identificador:C29CF18F
www.diariomunicipal.com.br/femurn/materia/C29CF18F/03AGdBq25VnT0t3aIEKl4i0f1vSvtlQb3Ey2mGC4ejbG7RLKLAldEOfarwBzDYNo8rB92NUc… 33/33