Apostila 4 Se o Execu o
Apostila 4 Se o Execu o
Apostila 4 Se o Execu o
Apostila 4
Seção Execução
Grupo de processos de Execução
É por aqui que o grupo de processos de execução é iniciado, ou seja, é aqui que o projeto começa a ser
efetivamente colocado em ação.
Dessa forma, o grupo de processos de execução é formado por dez processos que têm a responsabilidade
de integrar recursos e pessoas a fim de terminar o trabalho definido no plano de gerenciamento do projeto,
cumprir os requisitos acordados e gerenciar as expectativas das partes interessadas.
Veja na tabela a seguir os processos que compõem esse grupo separados por área de conhecimento.
Esses processos consomem a maior parte do orçamento, conforme podemos ver no gráfico “Níveis de
consumo de recursos”, mostrado na figura a seguir:
É importante destacar que neste grupo não existem processos que sejam das áreas de conhecimento:
escopo, tempo e custo. Isso pode parecer uma incongruência do Guia PMBOK®, mas não é!
Essas três áreas de conhecimento estão representadas no processo “Orientar e gerenciar o trabalho do
projeto”. Elas dizem respeito à área de conhecimento Integração, e têm como objetivo garantir a efetiva execução
daquilo que foi planejado e descrito no plano do projeto.
Durante os processos do grupo de execução, o desempenho do projeto deverá ser comparado às linhas de
base, e qualquer desvio deverá passar por análises a serem executadas no grupo de processos monitoramento
e controle. É por isso que esses dois grupos (Execução e Monitoramento e controle) são auto-alimentados entre
si, como mostramos na figura a seguir:
Iniciação Planejamento
Monitoramento
Execução
e controle
Encerramento
Orientar e gerenciar o trabalho do projeto (4.3)
Este processo tem como objetivo garantir a execução conforme o planejado no plano de gerenciamento do
projeto.
Pode parecer pouco, mas definitivamente não é! É aqui que efetivamente o produto final do projeto
começa a ser elaborado. Os recursos humanos são alocados nas atividades. Os recursos financeiros são gastos.
Os treinamentos são realizados. As aquisições são realizadas. Os riscos aparecem.
Talvez a maior dificuldade de um gerente de projetos seja o de coordenar e integrar todos os elementos que
foram elencados no plano do projeto. Além disso, é praticamente impossível prever no plano do projeto tudo
que possa acontecer, e o gerente do projeto acabará coordenando também essas mudanças de rumo.
Mudanças
De acordo com o Guia PMBOK®, este processo pode requerer a implementação de medidas corretivas
para realinhamento das atividades do projeto com o que foi planejado, medidas preventivas para reduzir a
probabilidade de consequências negativas e reparo dos defeitos encontrados nos produtos/serviços já entregues.
Ação corretiva
Refere-se às atitudes tomadas para colocar os futuros resultados do projeto de volta aos trilhos. Ou seja,
uma vez que o desempenho atual não esteja de acordo serão realizadas correções para que o projeto retorne
ao planejado.
Por exemplo, o seu projeto necessita que, em determinada data, alguns equipamentos sejam entregues.
Mas o fornecedor avisa que não conseguirá cumprir o acordado. Neste caso, como ação corretiva, o gerente do
projeto, põe em prática seu plano de contingência que prevê uma verba para aluguel desses equipamentos até
a nova data de entrega por parte do fornecedor (e obviamente aciona o contrato).
Ação preventiva
Aqui ainda não aconteceram e não há previsão de que ocorram problemas, embora ainda haja a probabilidade
disso. Então, tais ações se referem às atitudes tomadas para reduzir os impactos de eventos de risco, caso eles
se concretizem.
Reparos de defeitos
Aqui estamos nos referindo a problemas encontrados nas entregas do projeto (produtos ou serviços). Ou
seja, se durante a execução dos processos da qualidade foram encontrados problemas com o produto, ele
deverá ser corrigido. Veja na tabela a seguir a comparação entre essas medidas.
Ação corretiva Ação preventiva Reparo de defeito
Corrige desempenho do Previne problemas de Corrige problemas no
projeto. Problema de desempenho a partir da produto/serviço. Produto/
desempenho já aconteceu. redução de riscos. serviço entregue não
funcionando ou fora da
especificação.
O controle de mudanças é necessário porque raramente a execução dos projetos segue com exatidão o
plano de gerenciamento do projeto. E as mudanças não são necessariamente uma coisa ruim. Elas só se tornam
problemas se não forem devidamente controladas.
Por exemplo, se sua empresa prometeu que o novo site de vendas de uma grande cadeia de lojas ficará
pronto em 01/10, mas o cliente pediu uma alteração de lay-out no dia 29/09 é bom que fique claro que será
necessário replanejamento do projeto (a partir do controle integrado de mudanças), caso contrário o cliente
continuará acreditando que sua loja virtual será entregue no dia 01/10!
1. Durante a execução do projeto, mudanças serão necessárias, mas elas não podem ser executadas sem
a realização de uma análise do impacto nos objetivos do projeto. Essa análise só é feita no processo
Realizar o controle integrado de mudanças (que pertence ao grupo de processos de Monitoramento e
controle). Por isso, as solicitações são saídas do processo Orientar e gerenciar o trabalho do projeto.
2. Nenhuma mudança deve (ou pelo menos não deveria) ser executada sem antes passar pelo processo
Realizar o controle integrado de mudanças. É por isso que as mudanças solicitadas são entradas para
este processo.
3. Durante o processo Realizar o controle integrado de mudanças as solicitações são avaliadas e podem ser
aprovadas ou rejeitadas.
4. Se a solicitação de mudança foi aprovada, ela se torna entrada do processo Orientar e gerenciar trabalho
do projeto (do grupo de processos Execução) para que seja efetivamente executada.
O processo
Este processo é composto pelos seguintes itens:
Entradas
Plano de gerenciamento do projeto
Obviamente esta é a principal entrada deste processo. E praticamente todos os planos auxiliares podem ser
considerados aqui.
Documentos do projeto
• Registro das mudanças: este registro contém o status das solicitações de mudanças.
• Registro das lições aprendidas: as lições aprendidas são usadas para que erros do passado não sejam
repetidos e para que os acertos possam ser replicados quando possível.
• Lista de marcos: para se orientar e gerenciar o trabalho do projeto é necessário saber quais são os
marcos do projeto, já que esses marcos indicam as entregas importantes.
• Matriz de rastreabilidade dos requisitos: esta matriz é um ponto de referência para a documentação
de requisitos. O gerenciamento do trabalho do projeto precisa extrair as informações dos requisitos a
serem executados para que as entregas atinjam seus objetivos.
• Registro dos riscos: este registro contém a lista de oportunidades e ameaças que podem afetar a
execução do projeto.
• Relatório de riscos: este relatório contém informações sobre o risco geral do projeto, bem como a lista
de todos os riscos individuais.
Veja que aqui não é a solicitação de mudança que está sendo considerada como entrada e sim a solicitação
de mudança já aprovada pelo processo Realizar o controle integrado de mudanças.
É claro que somente existirão solicitações de mudanças aprovadas da segunda vez em diante que você se
deparar com este processo.
Ferramentas e Técnicas
Opinião especializada
Os especialistas podem auxiliar a definir quais as entradas necessárias para a execução e o gerenciamento
do plano do projeto. Já vimos que um projeto pode ter detalhes técnicos que não são da competência do gerente
do projeto. Por isso, sempre que possível, uma opinião especializada deve ser consultada para esclarecer os
pontos passíveis de gerar dúvidas. Essa opinião especializada pode partir de um profissional de qualquer uma
das empresas envolvidas no projeto ou de um consultor externo contratado para essa função.
Entre as ferramentas disponibilizadas pelo SIGP podemos ter: agendamento de recursos, sistema de
autorização de trabalho, sistema de gerenciamento da configuração, sistema de coleta e distribuição de
informações, interface com outros sistemas.
Reuniões
Esta é outra ferramenta/técnica muito utilizada durante todo o projeto, mas no decorrer da execução do
projeto que elas podem se tornar um problema se mal conduzidas. Como a maior parte do trabalho do projeto
é executada neste processo, teremos muito mais reuniões agendadas do que em qualquer outro grupo de
processos. Normalmente elas serão convocadas para:
• Avaliações de opiniões;
• Decisões.
Saídas
Entregas
Uma entrega é qualquer produto, resultado ou serviço único e verificável que é produzido na conclusão de
um processo, fase ou projeto.
Para ser verificável, ela deve atender a padrões predeterminados para a sua conclusão, como especificações
de design ou uma lista de verificação das etapas concluídas.
Uma entrega pode ser originada a partir de múltiplas entregas menores. Por exemplo, na construção de um
edifício podemos ter diversas entregas: alicerces, colunas, paredes mestras, elevadores, escadas, acabamento,
garagens etc.
Fique atento ao fato de que apenas a entrega “entregue” não significa que o produto, resultado ou serviço
já está pronto ou disponível para uso. O ideal é que cada entrega passe antes por uma validação, ou seja, pelo
processo “Validar escopo” presente no grupo de processos de Monitoramento e controle.
• Desempenho do cronograma;
• Lições aprendidas;
O documento deve conter quem é o responsável pela resolução de determinadas questões e até que prazo
essas questões serão resolvidas.
Algumas questões podem ser obstáculos que bloqueiam a equipe de alcançar seus objetivos, por isso elas
devem ser bem documentadas e ter seus responsáveis pela solução destacados.
Solicitações de mudança
Quando questões são encontradas durante o trabalho do projeto, estas podem gerar solicitações de
mudança para alterar políticas, procedimentos, escopo, custo, orçamento, cronograma ou qualidade do
projeto. As solicitações de mudança podem ser diretas ou indiretas e opcionais ou contratualmente obrigatórias
abrangendo:
• Ação corretiva: é uma ação tomada para corrigir um desvio existente em relação ao plano do projeto. A
ação corretiva geralmente exige uma análise da causa raiz do desvio para encontrar a melhor solução.
Está ligada ao desempenho do projeto. Exemplo: aumentar a equipe para recuperar um atraso no
cronograma.
• Ação preventiva: é uma ação tomada para evitar um desvio antecipado em relação ao plano de
gerenciamento do projeto. Está ligada aos riscos do projeto. Exemplo: aumentar a equipe para facilitar
a execução de atividades complexas e arriscadas.
• Atualizações: são mudanças em documentações formalmente controladas ou planos, para refletir ideias
ou conteúdos modificados ou adicionados.
Esse é um dos novos processos da 6a edição que tem como principal objetivo a melhoria contínua da
organização através do registro das lições aprendidas.
As Lições aprendidas é o que temos de mais precioso em nossos projetos. Ela é o instrumento para fazermos
melhor a cada projeto.
Errar faz parte do processo de aprendizado, de buscar formas mais inteligentes de gerenciar nosso projeto.
Entretanto, não aprender com nossos erros e repeti-los em outros projetos não é nada inteligente.
E a sexta edição veio enfatizar a necessidade do uso das Lições aprendidas e da gestão do conhecimento
adquirido no projeto através desse novo processo.
Conhecimento tácito é aquele que o indivíduo adquiriu ao longo da vida, que está na cabeça das pessoas.
Geralmente é difícil de ser formalizado ou explicado a outra pessoa, pois é subjetivo e inerente as habilidades
de uma pessoa, como “know-how”.
A palavra tácito vem do latim tacitus que significa “não expresso por palavras”. Isto se deve ao fato que
lidamos com algo subjetivo, não mensurável, quase impossível de se ensinar, de se passar através de manuais
ou mesmo numa sala de aula.
Este tipo de conhecimento parece ser mais valioso devido a sua difícil captura, registro e divulgação,
exatamente por ele estar ligado as pessoas. É o que algumas pessoas chamam de verdadeiro conhecimento.
Podemos dizer que todos nós possuímos este conhecimento, mas é difícil de explicá-lo e isto se deve a nossa
experiência de vida, dos conhecimentos que adquirimos com o passar dos anos, ou seja, é um conhecimento
que está lá dentro de nós.
Nos parece que a melhor forma de transmiti-lo é através da convivência, das interações que fazemos com o
grupo que participamos, via comunicação oral, no contato direto com as pessoas.
Quanta vezes ouvimos que “os funcionários são o maior ativo da empresa”? Isto é uma verdade, pois os
funcionários são os que detém o tal conhecimento tácito, que são os conceitos, ideias, relacionamentos, enfim
o conhecimento da empresa, de seus processos e produtos dentro de suas mentes.
Conhecimento explicito é aquele formal, claro, regrado, fácil de ser comunicado. Pode ser formalizado em
textos, desenhos, diagramas, etc assim como guardado em bases de dados ou publicações. A palavra explicito
vem do latim explicitus que significa “formal, explicado, declarado”.
Geralmente está registrado em artigos, revistas, livros e documentos.
Alguns dizem que este tipo de conhecimento é confundido com a própria informação, na sua forma mais
simples.
É bom lembrar que os dois conhecimentos se completam e se relacionam, sendo impossível de ser medido
em cada indivíduo.
Um indivíduo tem interesse em um determinado assunto, pois este assunto tem um significado especial
para ele, mas talvez para outro indivíduo não. O conhecimento é como um emaranhado de significados que
vamos construindo ao longo da vida, onde vamos fixando cada explicação e relacionando-a a outras, montando
esta construção sem fim.
Lições aprendidas
Aprender com os erros e acertos é fundamental para a vida de qualquer ser humano e nas organizações
não é diferente uma vez que elas tem uma tendência a esquecer do passado. Assim, as lições aprendidas são
geradas pela avaliação com as partes interessadas do que correu bem e do que correu mal durante o projeto.
Essas lições devem então ser compartilhadas com a organização, para que todos possam compreender os
motivos dos sucessos e insucessos passados a fim de melhorar o desempenho futuro.
A geração dessas informações aprendidas funciona indiretamente como uma forma de desenvolver a
equipe, pois incentiva a participação de todos na identificação do que foi positivo e do que foi negativo. O ideal
é que sejam capturadas durante o andamento do projeto e não somente ao seu final, pois à medida que o
tempo passa, acabamos esquecendo pontos que poderiam ser importantes e deveriam ser registrados.
Estabelecer um bom processo para coletar e armazenar essas lições vai ajudar a organização a não deixar
que os erros se repitam e que os acertos possam ser repetidos, portanto é importante registrar tanto as boas
quanto as más experiências do projeto.
O processo
Este processo é composto pelos seguintes itens:
Entradas
Plano de gerenciamento do projeto
Obviamente esta é a principal entrada deste processo. E praticamente todos os planos auxiliares podem ser
considerados aqui.
Documentos do projeto
• Registro das lições aprendidas: as lições aprendidas são usadas para que erros do passado não sejam
repetidos e para que os acertos possam ser replicados quando possível.
• Estrutura analítica dos recursos: esta estrutura mostra a composição da equipe e pode ajudar a indicar
como o conhecimento está distribuído e qual conhecimento pode estar faltando.
• Registro das partes interessadas: este registro pode ajudar na indicação de possíveis conhecimentos
que cada um tem.
Entregas
Esta é uma das saídas do processo anterior. Uma entrega é qualquer produto, resultado ou serviço único e
verificável que é produzido na conclusão de um processo, fase ou projeto.
Fatores ambientais da empresa
Como já vimos inúmeras vezes os fatores ambientais são qualquer norma ou sistema organizacional que
possa influenciar no desenvolvimento do projeto. O Guia PMBOK® cita alguns exemplos, tais como cultura
organizacional, distribuição geográfica, especialistas em conhcecimento organizacional e requisitos e/ou
restrições legais e regulamentares.
Ferramentas e Técnicas
Opinião especializada
Os especialistas podem auxiliar na aquisição e gerenciamento de conhecimento para o projeto, inclusive
sugerindo ferramentas para armazenagem e distribuição de informações.
Gerenciamento do conhecimento
A gestão do conhecimento é um processo para criação, captura, armazenamento, disseminação, uso e
proteção do conhecimento importante para a empresa. A Gestão do Conhecimento, por meio de suas práticas,
objetiva organizar de forma estratégica os conhecimentos dos colaboradores e os conhecimentos externos, que
são fundamentais para o sucesso do negócio.
Utilizando a gestão do conhecimento, a empresa pode diminuir os gastos em produtos e investir em capital
intelectual, o que, geralmente, tem um melhor custo-benefício.
A Gestão do Conhecimento possui ainda o objetivo de controlar, facilitar o acesso e manter um gerenciamento
integrado sobre as informações em seus diversos meios. Entende-se por conhecimento a informação interpretada,
ou seja, o que cada informação significa e que impactos no meio cada informação pode causar de modo que a
informação possa ser utilizada para importantes ações e tomadas de decisões.
Sabendo como o meio reage às informações, pode-se antever as mudanças e se posicionar de forma a obter
vantagens e ser bem sucedido nos objetivos a que se propõe. Em uma definição resumida pode-se dizer que
Gestão do Conhecimento é um processo sistemático, articulado e intencional, apoiado na geração, codificação,
disseminação e apropriação de conhecimentos, com o propósito de atingir a excelência organizacional.
• Gestão de Competências: É o processo que busca, de forma organizada e contínua, identificar quais são
os conhecimentos, as habilidades e atitudes que as pessoas precisam ter ou desenvolver para atender
aos objetivos da empresa.
• Gestão do Capital Intelectual: É o processo que identifica, compartilha, e utiliza de forma eficaz os
conhecimentos adquiridos e acumulados da empresa.
• Gestão da Informação : É o processo que se preocupa com a organização e estruturação das informações
que são importantes para a empresa, com o propósito de facilitar a tomada de decisão.
Gerenciamento de informações
O correto gerenciamento das informações deve existir nas empresas, independente do seu tamanho, ramo
de atuação, ou se é pública ou privada. A circulação da informação, de forma eficiente e rápida, logicamente
sendo filtrada no que for preciso, vai fornecer às organizações a habilidade de poder decidir com mais rapidez,
pois, uma vez que os gestores estarão de posse de dados importantes e atualizados, eles terão uma melhor
noção do que solicitar aos seus colaboradores para sanar as necessidades da organização e estes, por sua vez,
terão uma melhor compreensão do que fazer para atender aos níves superiores da empresa, já que também
estarão de posse das informações necessárias para isso.
Contudo, existem dois pontos relevantes quanto à gestão da informação na empresa que devem ser
considerados:
• Deve-se analisar as informações que serão transmitidas e filtrá-las, destinando-as aos diferentes níveis
da empresa (estratégico, tático e operacional), objetivando não divulgar antecipadamente, ou mesmo
tardiamente, informações que poderiam atrapalhar o desenvolvimento das atividades naquele nível;
• Depois disso, deve a empresa se assegurar de que a informação está protegida e circulará dentro
do ambiente de trabalho, deixando sair somente o que realmente deva ser divulgado para o público
externo. Evita-se, assim, que a concorrência de alguma forma fique sabendo de algo que possa usar
contra a empresa em questão.
Entre as ferramentas disponibilizadas pelo SIGP podemos ter: agendamento de recursos, sistema de
autorização de trabalho, sistema de gerenciamento da configuração, sistema de coleta e distribuição de
informações, interface com outros sistemas etc
As lições aprendidas são transferidas para os ativos de processos organizacionais no grupo de processos de
encerramento. E como já vimos inúmeras vezes, elas passam a compor a entrada de vários processos em novos
projetos a partir desses ativos.
• Deve ser escrita de forma que qualquer pessoa seja capaz de compreender e utilizá-la em seu trabalho;
• Relações: Relação da lição aprendida narrada com outros documentos existentes na base de
conhecimento.
Para as organizações que possuam departamento de garantia da qualidade, este será responsável por
supervisionar as atividades de garantia da qualidade e por dar todo suporte necessário à equipe do projeto, à
gerência da organização executora, ao cliente ou ao patrocinador, bem como a outras partes interessadas que
não estejam envolvidas ativamente no trabalho do projeto.
Garantia da qualidade
A garantia da qualidade é uma parte muito importante do sistema de gestão da qualidade de uma empresa,
pois é ela quem garante, ou pelo menos tenta garantir, a qualidade das saídas, sejam produtos, projetos ou
serviços.
Muitas vezes, confunde-se controle de qualidade com garantia da qualidade. Porém deve-se ter em mente
que a garantia da qualidade é um sistema maior e o controle de qualidade é uma ferramenta que a garantia da
qualidade usa para atender a todos os requisitos dos produtos ou serviços.
Parte da gestão da qualidade focada em prover confiança de que os requisitos da qualidade serão
atendidos.
Medida
Serve para verificar ou avaliar pela comparação com um padrão preestabelecido. Um termo relacionado é
o de medição - o ato ou processo de medir algo. Por exemplo, cinco centímetros poderão ser um exemplo de
medida. O centímetro é o padrão e os cinco identificam quantos múltiplos ou frações do padrão estão sendo
avaliados.
Métrica
É a medida quantitativa do grau que um sistema, componente, ou processo possui de um dado atributo.
Por exemplo, nos primeiros dezoito meses de atividade foram encontrados somente dois erros identificados por
usuários.
Indicador
Dispositivo ou variável que pode ser ajustado a determinado estado, com base nos resultados de um
processo ou na ocorrência de uma condição específica. Um indicador é algo que chama a atenção para uma
situação particular.
Um indivíduo foi trazido para um quarto de hospital numa situação de emergência. Ele está inconsciente
e tem uma temperatura de 38 graus Celsius, conforme mostrado na figura a seguir. Os outros sinais vitais
aparentam normalidade. O que nos diz a medida de 38 graus Celsius? Muito pouco. Poderemos dizer que
a temperatura está acima da temperatura normal, mas não sabemos se a temperatura vai subir, descer ou
permanecer constante. Assim sendo, o indivíduo está melhorando ou piorando?
Após algumas horas de verificação regular das estatísticas vitais do paciente, já somos capazes de verificar
as tendências da temperatura durante as várias medições, conforme mostrado na figura a seguir. Estas análises
fornecem aos médicos muito mais informação para poderem agir, mesmo que o paciente continue inconsciente.
O que nos mostra esse gráfico? A temperatura continua subindo e de forma mais significativa ao final do dia. Os
médicos começam a se preocupar...
De repente, o paciente acorda e fornece mais informação sobre a sua condição. Ele se chama Prostetnic
Vogon Jeltz e pertence ao planeta Vogon (!). E ele informa que a temperatura normal dos habitantes de Vogon
É de 47 graus Celsius (veja a seguir). Assim, ele estava desmaiado porque estava se recuperando de uma
hipotermia.
Esse cenário ajuda a ilustrar a diferença entre medidas, métricas e indicadores. A 1a figura nos mostra uma
medida. Sem uma tendência para seguir ou um valor para comparar, nos dá pouca ou nenhuma informação
(não fornece informação suficiente para a tomada de decisões).
A 2a figura nos mostra uma métrica, sendo uma comparação de duas ou mais medidas. Neste caso, a
temperatura do paciente ao longo do tempo.
A 3a figura nos mostra um indicador. Um indicador geralmente compara a métrica com uma linha de base
ou um resultado esperado. Isto permite aos indivíduos com responsabilidades na tomada de decisões, uma
rápida análise comparativa. Neste caso, permitiu-se comparar a variação da temperatura do corpo em relação
aos parâmetros normais (indivíduos do planeta Vogon) ao longo do tempo, para poder saber qual o tipo de
tratamento a se empregar.
Este exemplo é obviamente fictício, pelo menos até hoje, pois ainda não fomos visitados pelos Vogons.
Mas ele ilustra até que ponto a existência de pouca informação pode ser perigosa. Isso significa que dados na
proporção correta, ajudam a tomar decisões acertadas e precisas para a melhoria contínua dos processos.
Gerenciar a qualidade (8.2)
Este processo é colocado em prática por meio de auditorias e análises de processo. Realizar a garantia
da qualidade regularmente oferece confiança às partes interessadas. Por meio desse processo é possível
demonstrar se o projeto está atingindo os requisitos de qualidade, se esses requisitos são adequados e se o
projeto está seguindo as regras definidas.
Ele também inclui a melhoria contínua, que é um meio interativo de melhorar a qualidade de todos os
processos. A melhoria contínua reduz o desperdício e elimina as atividades que não agregam valor. Isso permite
que os processos sejam operados com níveis mais altos de eficiência e eficácia.
O processo
Este processo é composto pelos seguintes itens:
Entradas
Plano de gerenciamento do projeto
Este plano identifica indicadores relevantes ao projeto e determina como satisfazê-los garantindo aderência
com as políticas da empresa e a conformidade das entregas com seus requisitos. Ele descreve como implementar
os processos de controle e garantia da qualidade e a melhoria contínua dos processos tendo como base a
política da qualidade da empresa e as ferramentas e padrões da qualidade relevantes ao projeto.
Documentos do projeto
• Registro das lições aprendidas: lições aprendidas devem sempre ser consultadas durante todo o projeto,
e aqui não seria diferente. Neste processo elas são usadas de forma a aumentar a eficiência e eficácia
em fases posteriores a partir do que já foi aprendido.
• Métricas da qualidade: Já vimos em detalhes neste capítulo o que é uma métrica. Já uma métrica da
qualidade é uma definição operacional que descreve, em termos bem detalhados, um atributo do
projeto ou do produto. A própria definição da métrica também estabelece como ela será medida pelo
processo de controle de qualidade.
• Relatórios de riscos: este relatório fornece informações sobre a identificação das fontes de risco geral do
projeto e quais itens podem afetar os objetivos de qualidade do projeto.
Ferramentas e técnicas
Coleta de dados
Uma das principais ferramentas de coleta de dados que pode ser usada neste processo é a Lista de verificação
chamada também de checklist. Com ela podemos verificar se itens previstos foram efetivamente executados.
Nestas listas devem ser incluídos os critérios de aceitação das entregas, uma vez que uma entrega só pode ser
dada como finalizada quando atigir tais critérios.
Análise de dados
• Análise de alternativas: esta análise avalia potenciais opções para a realização da garantia da qualidade.
• Análise de documentos: diversos documentos são gerados durante o projeto, e muitos deles,
principalmente os vindos do grupo de processos de controle, pois durante o controle falhas, defeitos e
oportunidades de melhoria podem ser identificados.
• Análise de processos: esta análise pode identificar oportunidades de melhoria, além de poder identificar
problemas, restrições e atividades que não agreguem valor ao processo que está sendo avaliado.
• Análise da causa-raiz: A análise de causa raiz (RCA, Root Cause Analysis) é um processo que identifica
os eventos responsáveis pelas falhas das máquinas e que utiliza essas informações para definir as ações
certas para evitar falhas futuras. O processo investiga tipicamente três tipos básicos de causas de falhas:
físicas ou técnicas, erros humanos de omissão ou intervenção e sistemas organizacionais, procedimentos
operacionais e tomada de decisões
Tomada de decisão
Para a tomada de decisão entre o uso de uma ferramenta ou outra da qualidade, pode-se utilizar a Análise
de decisão envolvendo múlitplosEsta é uma técnica que utiliza uma matriz de decisão que permite classificar
alternativas a partir da avaliação de critérios e pesos.
Representação de dados
Existem diversas ferramentas que podem ser utilizadas para a representação de dados, entre elas temos:
Diagramas de afinidades
Já vimos este diagrama quando tratamos do processo Coletar requisitos nos capítulos referente ao
planejamento do escopo. Por isso vamos aqui realizar uma breve revisão.
O diagrama de afinidade é usado para organizar em grupos um grande número de ideias, opiniões, ou
preocupações relativas a determinado tópico. O processo se destina a estimular a criatividade e a participação
total. Ele funciona melhor com grupos de tamanho limitado (é recomendado, no máximo, oito participantes),
onde as pessoas estão acostumadas a trabalhar juntas. Esta ferramenta é usada frequentemente para organizar
as ideias geradas por brainstorming.
É também conhecido como diagrama de Ishikawa ou espinha de peixe. É uma representação gráfica que
permite a organização identificar as possíveis causas de um determinado problema ou efeito. Já vimos esta
ferramenta na seção referente ao Planejamento da qualidade.
Fluxograma
O fluxograma é um tipo de diagrama que pode ser entendido como uma representação esquemática de um
processo, muitas vezes feito através de figuras geométricas que ilustram de forma descomplicada a transição de
informações entre os elementos que o compõem. É uma das sete ferramentas da qualidade e é muito utilizado
em fábricas e indústrias para a organização de produtos e processos. Já vimos esta ferramenta na seção referente
ao Planejamento da qualidade.
Histograma
Já vimos esta ferramenta na seção referente ao Planejamento da qualidade. O histograma é uma ferramenta
da estatística, também conhecido como Distribuição de Frequências ou Diagrama das Frequências. Tem como
base a medição de dados, tais como, dimensões de peças, variações de temperatura, entre outros.
Assim, o histograma se utiliza de dados na forma de variáveis e revela quanto de variação existe em qualquer
processo. O histograma típico tem forma de uma curva superposta a um gráfico de barras. Esta curva é chamada
“normal”, sempre que as medidas concentram-se em torno da medida central. Amostras aleatórias de dados
sob controle estatístico seguem este modelo, também chamado de curva do sino.
Diagramas matriciais
Fonte: http://takttime.net/artigos-lean-manufacturing/tqc-qualidade-total/matriz-de-relacoes/
Diagrama de Dispersão
Já vimos esta ferramenta na seção referente ao Planejamento da qualidade. Os diagramas de dispersão são
representações de duas ou mais variáveis que são organizadas em um gráfico, uma em função da outra. Este
tipo de diagrama é muito utilizado para correlacionar dados de variáveis dependentes com independentes.
A variável dependente é aquela que o investigador pretende avaliar, e depende da variável independente.
Já a variável independente é aquela que integra um conjunto de fatores/condições experimentais, que são
manipuladas e modificadas pelo investigador. No curso de uma experiência, o investigador apenas faz variar
uma variável independente, para poder verificar de que modo essa variável afeta a variável dependente.
Diagrama de árvore
2. À medida que vão surgindo os meios secundários para alcançar o objetivo e as tarefas de implementação,
eles devem ser listados em cartelas de forma que fiquem à vista de todos da equipe.
3. Depois de listados, os meios e as tarefas devem ser selecionados e colocados em ordem de prioridade.
Ao selecioná-los é importante verificar que se originaram de pontos de vista diferentes, tanto quanto
possível. As cartelas serão classificadas em: praticável, impraticável e potencialmente praticável.
4. As que forem classificadas como potencialmente praticáveis devem ser classificadas novamente como
praticáveis ou impraticáveis. É importante evitar avaliações superficiais e rejeições. Uma ideia que
parecia impraticável pode tornar-se praticável com a incorporação de outras ideias.
5. O objetivo primário deve ser colocado à esquerda e, em seguida, deve ser feito a seguinte pergunta:
“Para atingir este objetivo, qual o meio mais necessário?” As cartelas que responderem melhor a esta
questão são os meios principais para atingir o objetivo e devem ser colocadas à direita dele.
6. Depois, faz-se a pergunta para cada meio principal: “se agora este meio for considerado um objetivo,
que outros meios serão necessários para atingi-lo?” E, mais uma vez, as respostas mais adequadas serão
colocadas à direita do respectivo meio. E assim por diante, estas perguntas são feitas até chegar ao grau
de detalhamento necessário. Quando todas as cartelas já tiverem sido organizadas, ligue-as a fim de
mostrar os objetivos e meios.
7. Para confirmar se os meios são adequados aos objetivos, fazemos a pergunta, começando pelo menos
importante: “Os meios principais podem ser realmente alcançados por esses meios ou por parte deles?”
Caso a resposta seja afirmativa, faz-se a mesma pergunta para os níveis seguintes; entretanto, se a
resposta for negativa, ela prova a insuficiência dos meios desenvolvidos e a necessidade de aprimorá-
los.
Esse gráfico é mais usualmente conhecido pelo seu acrônimo em inglês PDPC (Process Decision Program
Chart). Ele é usado para analisar o desenvolvimento e os resultados possíveis dos processos e, dentre estes
escolher aqueles que proporcionem os resultados desejáveis.
O PDPC deve ser usado em atividades mutáveis e dinâmicas; processos complexos em que imprevistos
significam perda de tempo; e processos nos quais a probabilidade de falhas e imprevistos seja realmente
considerável.
Nele são esquematizadas possíveis decorrências de decisões relativas à solução de um problema. O diagrama
tende a detectar situações não previstas, possibilitando abortar sua ocorrência ou, caso ela seja inevitável, listar
as ações para neutralizá-la. Assim, pode-se tanto antecipar quais problemas serão derivados de uma tomada de
decisão, quanto evitar que aconteçam.
É um diagrama parecido com o diagrama árvore: parte-se de uma situação-núcleo para expandir sua análise
em várias direções (ramos), com o objetivo de eliminar a ocorrência de elementos inesperados ou minimizar
sua influência no processo.
Programa de gerenciamento de doenças
crônicas
Suporte de auto-
gerenciamento do Suporte à decisão
paciente
Armazenamento
Classes de Estabelecimento
de registros de
pacientes de metas
pacientes
Metas
Retrocessos
inapropriadas
2. Tomar um dos ramos do diagrama de árvore e fazer a pergunta: “O que pode acontecer de errado nesta
etapa?” Ou “Que outro caminho esta etapa poderia tomar?”.
4. Para cada problema potencial, debater possíveis contramedidas e ao lado de cada etapa, fazer uma lista
de ações ou contramedidas que podem ser tomadas. Utilize critérios como custo, tempo necessário,
facilidade de implementação e eficácia. Marcar contramedidas impraticáveis com um X e praticáveis
com um O.
Questionamento e-se
Possível contramedida
Impraticável
Praticável
Diagrama de inter-relacionamento
Esta ferramenta procura visualizar todo o conjunto de relações causa-efeito, objetivos e meios complexos
por meio de setas com a finalidade de solucionar um problema. O diagrama de relações é muito eficaz para
casos que envolvem inter-relacionamentos complexos.
É também uma ferramenta que exige criatividade, capacidade de análise e reflexão para a definição das
conexões lógicas que estão apenas implícitas no processo. Permite isolar os poucos elementos vitais para
a situação em análise, identificar as distintas relações e fazer com que todo o pessoal envolvido entenda
rapidamente o que é preciso ser feito.
Exemplo: um restaurante tem recebido constantes reclamações referentes à não conformidade dos pratos
em relação ao cardápio. Foi feito um estudo que resultou na criação do diagrama de relações mostrado na figura
a seguir:
1. Sua construção exige realização de várias reuniões. As informações obtidas por meio do brainstorming
ou do diagrama de causa-efeito são registradas em cartelas.
2. Para cada cartela (todas devem ser consideradas) analisa-se a relação direta que ela tem com as demais
(influenciando ou sendo influenciada).
4. A cartela com mais setas saindo significa causa primária, e a que tiver mais setas entrando significa
gargalo.
5. Ao término, deve-se chegar ao consenso acerca dos fatores mais importantes para desenvolver um
plano de ação.
Matriz de priorização
A matriz de priorização fornece um método no qual a atenção do grupo é direcionada para as opções
que de fato são mais relevantes, estabelecendo uma classificação numérica de prioridade entre as opções.
Normalmente, a lista de opções a ser priorizada corresponde às tarefas de implementação do diagrama de
árvore.
Critérios
Critério 1
Critério 2
Critério 3
Critério x
Totais
Itens a avaliar x4 x3 x2 x1
Item 1
Item 2
Item 3
Item 4
Item x
TOTAIS
5. Estabelecer o peso apropriado a cada critério, que definirá seu grau de importância. Atenção para alguns
detalhes:
ДД cada critério deve respeitar uma escala que seja coerente (0 a 10; fraco até forte etc);
ДД critérios favoráveis devem somar, portanto devem ser positivos;
ДД critérios desfavoráveis devem subtrair, portanto devem ser negativos;
ДД cuide para que o resultado final (totalização ou combinação dos critérios) seja coerente.
6. Revisar os critérios e pesos, verificando se estão consistentes; procure utilizar um número reduzido
de critérios realmente importantes; critérios em excesso apenas dificultam a análise, sem favorecer a
classificação/seleção.
7. Construir a Matriz de Priorização, com a lista de itens a serem classificados, com os critérios que serão
utilizados e seus respectivos pesos.
8. Avaliar cada item contra cada critério. Escolha a sequência que for mais conveniente (todos os critérios
para cada item ou todos itens para cada critério); utilize o método que considerar mais apropriado
(brainstorming, votação etc).
9. Aplicar as ponderações (pesos), multiplicando o valor pelo peso, resultando no valor ponderado. Totalize
cada item.
10. Comparar as totalizações de cada item; reordene a lista de itens segundo as totalizações; assim, você
terá definido sua escala de prioridades.
Auditorias de qualidade
Uma auditoria da qualidade é uma revisão estruturada e independente para determinar se as atividades
do projeto estão cumprindo as políticas, os processos e os procedimentos da organização e do projeto. Os
objetivos de uma auditoria da qualidade podem incluir:
• Determinação da eficácia do sistema no atendimento aos objetivos.
• Identificação do potencial de melhoria no que se refere ao sistema da qualidade.
• Atendimento dos requisitos regulamentares.
• Certificação do sistema da qualidade.
É importante entender que a auditoria é um exercício para coletar dados. Esta torna possível que uma
necessidade de progresso ou de ações de correção seja encontrada. A informação que se busca é a evidência
objetiva da conformidade, e não o número mais alto de não conformidades.
A auditoria não pode ser entendida como uma caça às bruxas. Os auditores devem ser cuidadosos com esse
aspecto e, em todas as suas ações, deveriam formar esta imagem positiva da auditoria da qualidade, porque o
que se quer é a melhoria dos processos e não achar culpados.
É, decisivamente, importante que os dados coletados sejam exatos e verdadeiros, pois importantes tomadas
de decisão serão baseadas nos balanços de auditoria. As decorrências de decisões tomadas com base em dados
errôneos, colhidos durante auditoria conduzida de forma inadequada, podem ter efeito devastador sobre a
organização.
Design for X
O processo de desenvolvimento de produtos é composto por diversos métodos e ferramentas que precisam
ser gerenciados e utilizados para a obtenção de produtos. Dentre aqueles que contribuem com a otimização,
tem-se o Design for X (DFX), que é uma importante base de conhecimento para os projetistas, sendo utilizado
com o intuito de projetar produtos com foco em características otimizadas, podendo o “X”, que é uma habilidade
ou característica, ser substituído por vinte e cinco possibilidades, como: montagem, ergonomia, confiabilidade,
custo, segurança, dentre outros. Devido à elevada quantidade de alternativas para o “X”, torna-se necessário a
utilização de um método ou ferramenta de seleção para projetar o produto conforme habilidades requisitadas
pelos usuários e especificadas pelos projetistas.
Solução de problemas
Uma das ferramentas para a solução de problemas é o MASP ou Método de Análise e Solução de Problemas,
(que é a denominação que o QC-Story, método de solução de problemas de origem japonesa, foi atribuída no
Brasil). Este é um roteiro estruturado utilizado para resolução de problemas complexos em processos, produtos
e serviços em organizações. Trata-se de uma metodologia para melhorias consideradas radicais, que contrasta
com as metodologias de melhoria incremental.
• Observação: Investigar as características específicas do problema com uma visão ampla e sob vários
pontos de vista.
Análise de processos
A análise de processos segue etapas para identificar as melhorias necessárias. Essa análise também examina
os problemas ocorridos, as restrições encontradas e as atividades sem valor agregado identificadas durante a
operação dos processos. A análise de processos inclui a avaliação de causa raiz para identificar um problema,
descobrindo as causas subjacentes que levaram a esse ponto a fim de desenvolver ações preventivas.
Saídas
Relatórios de qualidade
São todas as informações geradas no processo de gerenciar a qualidade, tais como problemas de qualidade
reportados pela equipe, sugestões de melhoria, recomendações de ações corretivas etc. Podem vir em formatos
de texto (numéricos ou qualitativos) e gráficos.
Solicitações de mudança
As solicitações de mudança são usadas para adotar ações corretivas ou preventivas, ou para realizar o
reparo dos defeitos. Elas só serão implementadas se aprovadas no processo Realizar o Controle Integrado de
Mudanças presente no grupo de processos de Monitoramento e controle.
A base fundamental do trabalho do gerente do projeto está, portanto, em sua equipe. É com ela que são
alcançadas as metas, superados os obstáculos e oferecido resultados. Para tanto, o gerente do projeto precisa
saber como escolher sua equipe, como desenhar o trabalho para aplicar as competências dessa equipe, como
treinar e preparar a equipe para aumentar a sua excelência, como liderar e impulsioná-la, como motivá-la,
como avaliar o seu desempenho e como recompensá-la para reforçar e reconhecer seu valor.
O Guia PMBOK® fornece três processos que se executados corretamente ajudarão o gerente do projeto a
gerenciar mais efetivamente sua equipe:
Observe que você deve adaptar os processos propostos pelo Guia PMBOK® às necessidades atuais do seu
projeto, uma vez que nem todos os processos precisarão ser executados para que você gerencie seu projeto
com sucesso.
Adquirir recursos (9.3)
Este processo envolve a obtenção e alocação dos recursos humanos, instalações, equipamentos, materiais,
suprimentos e outros recursos ncessários para o projeto. Embora seja responsabilidade do gerente de projetos
garantir que os recursos necessários estejam disponíveis e sejam qualificados para o trabalho, nem sempre é
assim que acontece. Existem diversos fatores que devem ser levados em consideração:
• Em empresas com estrutura matricial nem sempre o recurso humano escolhido será liberado pelo seu
gerente funcional.
• Em muitos projetos a escolha dos recursos não é feita pelo gerente do projeto, sendo alocados com base
em acordos previamente estabelecidos em contratos.
• O recurso ideal pode não estar disponível na data necessária, por isso um “plano B” deve ser elaborado,
ou seja, recursos substitutos devem ser escolhidos (mesmo que não possuam as mesmas habilidades
do recurso ideal).
A indisponibilidade de recursos essenciais ao projeto pode afetar negativamente o seu resultado. Por isso,
durante a fase de planejamento devem ser considerados os possíveis atrasos, aumentos de orçamento e riscos
que essas indisponibilidades podem causar. O gerente do projeto deve tentar influenciar a seleção dos recursos
de forma a conter esses efeitos negativos e quando for o caso, acionar o patrocinador.
O Guia PMBOK® coloca este processo dentro do grupo de processos Execução. Pode não fazer sentido a
princípio, mas ele considera que em grandes projetos os recursos só serão efetivamente adquiridos quando
forem executar as atividades do projeto. Mesmo que isso não aconteça com seus projetos, leve essa
informação para a prova: Adquirir recursos faz parte do grupo de processos Execução.
O processo
Este processo é contém os seguintes componentes:
Entradas
Plano de gerenciamento do projeto
• Plano de gerenciamento dos recursos: este planno descreve como os recursos serão identificados,
mobilizados, gerenciados e liberados. Contém também informações tais como: papeis e responsabilidades,
habilidades e competências para o trabalho, definição de cargos, organogramas, quantidade de recursos
necessários, cronogramas dos recursos.
• Plano de gerenciamento das aquisições: muitos dos recursos a serem utilizados no projeto podem
precisar ser adquiridos, então desta forma, este plano contém informações sobre como tais recursos
serão integrados ao projeto.
• Linha de base dos custos: recursos humanos e materiais geram custos no projeto, sendo assim a linha
de base dos custos fornece o orçamento geral para as atividades do projeto.
Documentos do projeto
• Cronograma do projeto: o cronograma é uma importante entrada, pois mostra quando e por quanto
tempo um recurso será necessário.
• Calendário dos recursos: estes calendários indicam quando os recursos do projeto estarão disponíveis
para o trabalho.
• Requisitos de recursos: este documento indica quais recursos são necessários para o projeto.
• Registro das partes interessadas: este registro mostra eventuais expectativas de partes interessadas
com relação aos recursos necessários no projeto.
Fatores ambientais
Existem vários fatores ambientais que podem afetar o projeto. Por exemplo, o recurso selecionado pode
não se interessar pelo projeto. A estrutura organizacional também pode afetar a aquisição de recursos, uma vez
que em estruturas matriciais fracas (por exemplo), o gerente do projeto quase não tem poder de decisão. Outro
fator importante é o local onde irão trabalhar os membros do projeto.
Ferramentas e Técnicas
Tomada de decisão
A análise de decisão multi-critério consiste em um conjunto de métodos e técnicas para auxiliar ou apoiar
pessoas e organizações a tomarem decisões, sob a influência de uma multiplicidade de critérios. Esta análise
auxilia na escolha dos recursos mais adequados para o projeto e retira um pouco da subjetividade na seleção.
Para selecionar bem a equipe do projeto, deve-se definir objetivamente os critérios para seleção de cada recurso
necessário.
Através de pesos definidos para cada critério, pode-se classificar os candidatos selecionando-se os finalistas
para cada posição.
Critério Peso Recurso 1 Recurso 2
Disponibilidade 9 10 8
Custo 2 4 5
Experiência 10 8 7
Capacidade 7 6 3
Conhecimento 9 3 6
Habilidade 8 7 8
Atitude 5 5 4
Fatores Internacionais 1 8 10
Resultado 336 321
• Gerentes funcionais que muitas vezes não veem vantagem alguma em liberar seus melhores recursos
para o seu projeto.
• Outras equipes de gerenciamento de projeto que pensam que seu projeto não é mais importante que
o deles.
• Fornecedores, prestadores de serviços, contratados externos etc que podem possuir os recursos
necessários, mas não irão liberá-los sem que haja uma boa contrapartida.
Assim sendo, será necessário aplicar habilidades de negociação e entender que você precisa:
• Ser capaz de expressar a sua necessidade e a da organização para o gerente do recurso o ajude.
• Entender que o gerente do recurso tem as suas prioridades e pode não se beneficiar com o seu projeto.
• Nunca pedir pelo melhor recurso se realmente não for utilizá-lo plenamente.
• Se realmente for precisar do melhor recurso, forneça evidências disso usando o cronograma e o diagrama
de rede.
• Aproveitar a oportunidade para descobrir como você pode ajudar o gerente do recurso. Isso causa uma
ótima impressão, e facilitará a liberação do recurso.
Pré-designação
É o caso em que um recurso interno é prometido mesmo antes de o projeto começar. Neste caso, essa
promessa deve constar do Termo de Abertura. A pré-designação também pode acontecer em casos de licitações
em que a proposta inclui a promessa de que determinados profissionais irão participar do projeto.
Equipes Virtuais
O bom trabalho em equipe é essencial para o sucesso de todas as organizações. Os clientes, internos e
externos, percebem instantaneamente as pessoas que estão sintonizadas com o “espírito de equipe”. Atitudes
como ”isto não é comigo” ou “não é minha responsabilidade” indicam líderes e liderados sem alinhamento.
Uma equipe constitui-se num grupo reduzido de pessoas interdependentes, coletivamente comprometidas
com o atingimento de objetivos. O trabalho em equipe será tanto melhor quanto mais estas pessoas tiverem a
consciência de que tem estilos e competências que se complementam para os bons resultados de seu trabalho
conjunto.
Com o crescimento e expansão geográfica de muitas organizações, a visão tradicional de um líder e sua equipe,
todos juntos no mesmo espaço, vai dando lugar a equipes virtuais, com pessoas espalhadas geograficamente.
A tecnologia da informação possibilita acesso imediato a qualquer pessoa em qualquer lugar. A dificuldade não
é a tecnologia, mas sim a dimensão humana. Pessoas em diferentes locais, culturas, línguas e fusos horários
constituem-se num novo e grande desafio ao atingimento de bons resultados em equipe.
Outro fator importante se refere às diferenças culturais que existem nas diversas regiões de nosso país
(e em outros países também). Elas devem ser cuidadosamente observadas pelos membros das equipes: um
hábito, por exemplo, de ser direto e franco no feedback pode ser símbolo de competência num lugar e sinal de
grosseria em outro.
Os líderes em todos os tipos de equipe devem atentar para um conjunto de atitudes, que, sendo corretamente
aplicadas, resultarão na excelência da equipe. São elas:
• Ouvir ativamente: grande característica das equipes vencedoras, o saber ouvir a todos.
• Coerência entre falar e fazer: assegura motivação de todos, é especialmente importante para a Geração
Y.
Saídas
Designações de recursos físicos
Esta é a lista de materiais, equipamentos, suprimentos, locais etc que serão necessários para o bom
andamento do projeto.
Solicitações de mudança
As solicitações de mudança são usadas para adotar ações corretivas ou preventivas, ou para realizar o
reparo dos defeitos. Elas só serão implementadas se aprovadas no processo Realizar o Controle Integrado de
Mudanças presente no grupo de processos de Monitoramento e controle.
É importante observar que os resultados deste processo não é tangível. Ele pode ser observado em
avaliações, formais ou informais do desempenho da equipe.
Teorias de motivação
A seguir mostramos as principais teorias sobre motivação que embora não citadas no Guia PMBOK® podem
estar presentes na sua prova.
Ela é representada através de uma hierarquia numa pirâmide, conforme indicado na figura a seguir. As
necessidades foram assim descritas:
1. Fisiológica (ou básicas): inclui fome, sede, abrigo, sexo e outras necessidades corporais.
2. Segurança: segurança e proteção contra danos físicos e emocionais. Ordem e segurança pública,
previdência social, planos de aposentadoria, seguros, entre outros.
3. Social: afeição, aceitação por grupos, amizade com colegas e relações interpessoais harmoniosas.
4. Estima (ego): fatores internos de estima, como respeito próprio, realização e autonomia, e fatores
externos, como status, reconhecimento de mérito e oportunidade de progresso.
5. Autorrealização: ímpeto de se tornar tudo aquilo que se é capaz de ser. Inclui crescimento, alcance do
próprio potencial e autodesenvolvimento. Provar a si próprio a necessidade de trabalho desafiante e
criativo.
À medida que cada uma das necessidades é atendida, a próxima torna-se a dominante. Assim, para
motivar alguém é preciso saber em que nível da hierarquia a pessoa se encontra e focar a satisfação no nível
imediatamente superior.
Necessidades
de
auto-
realização
Necessidades de
estima
Necessidades sociais
Necessidades de segurança
Necessidades fisiológicas
Teoria X e teoria Y
Douglas Mcgregor em 1960 propôs duas visões distintas do ser humano: uma basicamente negativa,
chamada de teoria X, e outra positiva, chamada teoria Y.
A teoria X é praticada pelos administradores que não acreditam nas pessoas e impõem forte dependência
dos subordinados em relação às chefias. Ela pressupõe que o ser humano tem aversão ao trabalho e, portanto, a
maioria das pessoas precisa ser coagida, controlada, dirigida, ameaçada de punição e premiada materialmente
para se esforçar e produzir de forma eficiente e eficaz.
Características da teoria X:
A teoria Y tem uma visão oposta e pressupõe que o ser humano aceita responsabilidades. Para produzirem
de forma eficiente e eficaz, as pessoas devem ser motivadas em função das suas necessidades específicas, que
podem incluir o relacionamento no trabalho, a perspectiva de valorização profissional e pessoal e o desafio de
um projeto profissional interessante.
Características da teoria Y:
• Pressupostos: as pessoas NÃO são preguiçosas e assumem responsabilidades.
Para entender a teoria X e a teoria Y mais profundamente, pense na hierarquia de Maslow. A teoria Y supõe
que as necessidades de nível superior são as dominantes.
McGregor, pessoalmente, acreditava que as premissas da teoria Y eram mais válidas que as da teoria X.
Assim, propõe que ideias como a do processo decisório participativo, das tarefas desafiadoras e de muita
responsabilidade, bem como um bom relacionamento de grupo, maximizariam a motivação dos funcionários.
Teoria Z
Postulada por William Ouchi em 1980, é uma variante da teoria Y. Este autor defendia que os trabalhadores
têm um grau de envolvimento similar ao dos gestores quando existe um sistema eficaz de recompensas e
incentivos. Os gestores devem dar o exemplo dos valores que os funcionários devem seguir. Esta teoria afirma
que há três fatores críticos de sucesso para qualquer sistema de gestão que são: confiança, solidariedade e
intimidade.
Herzberg propôs que suas descobertas indicavam a existência de que o oposto de satisfação é não satisfação,
e o oposto de insatisfação é não insatisfação.
De acordo com o psicólogo, os fatores que levam à satisfação no trabalho são diferentes daqueles que
levam à insatisfação. Portanto, os gestores que procuram eliminar os fatores que geram insatisfação podem
trazer paz, mas não necessariamente a motivação aos funcionários. Eles apaziguam os funcionários, mas não
os motivam. Assim, as condições em torno do trabalho, como a qualidade da supervisão, a remuneração,
as políticas da empresa, as condições físicas de trabalho, o relacionamento com os outros e a segurança no
emprego foram caracterizadas por Herzberg como fatores higiênicos. Quando são adequados, as pessoas não
se sentem insatisfeitas, mas também não estão satisfeitas.
Se quiser motivá-las para o trabalho, Herzberg sugere enfatizar os fatores associados com o trabalho
em si ou com seus resultados diretos, como chances de promoção, oportunidades de crescimento pessoal,
reconhecimento, responsabilidade e realização.
• Fatores Higiênicos (extrínsecos/ insatisfacientes): são fatores que estão localizados no ambiente e são
controlados pela organização. Abrangem as condições que as pessoas trabalham. Quando não atendidos,
podem causar insatisfação, ou seja, são fatores esperados na relação de trabalho. Ex: remuneração,
benefícios sociais, tipo de chefia, condições físicas e ambientais do trabalho, regulamentos internos,
entre outros. De maneira geral, o desempenho e ações tomadas pelo indivíduo são melhorados por
estímulos externos; porém, esses mesmos estímulos não o motiva.
• Fatores Motivacionais (intrínsecos/ satisfacientes): são fatores que estão dentro do indivíduo, envolvem
sentimento de crescimento individual, reconhecimento profissional e autorrealização gerados através
de seus atos.
Uma importante relação sobre as teorias das necessidades humanas que precisa ser comentada é entre as
teorias de Maslow e Herzberg.
Necessidades
de
auto-
realização
Fatores motivacionais
Necessidades de
estima
Necessidades sociais
Necessidades de segurança
Fatores higiênicos
Necessidades fisiológicas
Na figura anterior identificamos que as necessidades fisiológicas, de segurança e algumas das necessidades
sociais são consideradas fatores higiênicos (de desmotivação), pois a satisfação destas necessidades do indivíduo
é considerada básica. Por outro lado, a ausência da satisfação destas necessidades não motiva ninguém, pelo
contrário, gera a desmotivação.
Os indivíduos sentem-se altamente motivados quando o trabalho tem bastante responsabilidade, feedback
e um grau médio de riscos. Os grandes realizadores, por exemplo, são muito bem sucedidos em atividades
empreendedoras, como gerenciar o próprio negócio ou uma unidade de negócios de uma grande organização.
Uma grande necessidade de realização não faz de alguém, necessariamente, um bom gestor, em especial
nas grandes organizações. Essas pessoas estão mais interessadas em se sair melhor sob o ponto de vista pessoal,
e não em convencer os outros a melhorar seu desempenho.
Vendedores com alto grau de realização não são necessariamente bons gerentes de vendas, e os bons
gerentes gerais de grandes empresas não costumam ter uma alta necessidade de realização.
Essa teoria sustenta que a introdução de recompensas externas, como pagamento, para trabalhos que eram
anteriormente gratificantes apenas por seu conteúdo, tendem a reduzir a motivação intrínseca para realizá-los.
Assim, conclui-se que as recompensas extrínsecas reduzem o interesse intrínseco em uma tarefa caso elas sejam
vistas como forma de controle da organização sobre o comportamento dos trabalhadores. Quando alguém é
pago por um trabalho, tem a impressão de que aquilo é mais uma coisa que tem que fazer do que mais uma
coisa que ele quer fazer.
Essa teoria significa que você deve escolher seu trabalho por razões que não sejam extrínsecas. Para as
organizações, significa que os gestores precisam proporcionar incentivos intrínsecos além dos extrínsecos. Eles
precisam fazer que o trabalho seja interessante, reconhecer e apoiar o crescimento e o desenvolvimento dos
funcionários. Aqueles que sentem que o que fazem está dentro de seu controle e é resultado de livre escolha
tenderão a ser mais motivados pelo trabalho que executam e mais comprometidos com seus empregadores.
No final da década de 1960, Edwin Locke sugeriu que a intenção de lutar por um objetivo é a maior fonte de
motivação no trabalho. Ou seja, um objetivo diz ao funcionário o que precisa ser feito e quanto esforço terá de
ser despendido para alcançá-lo.
Objetivos específicos melhoram o desempenho e objetivos difíceis, quando aceitos, melhoram mais
o desempenho do que aqueles mais fáceis e o feedback conduz a melhores desempenhos. Ainda, objetivos
específicos produzem resultados melhores que metas genéricas. A especificidade do objetivo em si funciona
como um estímulo interno.
Se fatores como a capacitação e a aceitação do objetivo forem mantidos constantes, também podemos
afirmar que, quanto mais difícil o objetivo, mais alto o nível do desempenho. Entretanto, é lógico pressupor que
os objetivos mais fáceis serão provavelmente aceitos dessa mesma forma. Porém, uma vez que um funcionário
se compromete com um objetivo difícil, espera-se que ele despenda um alto nível de esforços até atingi-lo.
Objetivos difíceis prendem nossa atenção e nos ajudam a focar. As metas difíceis nos dão energia, pois
temos de trabalhar mais para atingi-las e nos levam a descobrir estratégias que nos ajudam a desempenhar o
trabalho ou a tarefa de maneira mais eficaz. Se temos de lutar para encontrar uma forma de resolvê-los, sempre
pensamos no melhor modo de solucionar o problema.
As pessoas trabalham melhor quando recebem feedback com relação a seu progresso, pois isso as ajuda a
perceber as discrepâncias entre o que fizeram e o que precisava ser realizado para alcançar o objetivo. Ou seja,
o feedback funciona como um guia para o comportamento.
Uma forma sistemática de utilizar a fixação de objetivos é por meio de um programa de administração por
objetivos. A administração por objetivos (APO ou MBO, em inglês sigla para management by objectives) enfatiza
que os objetivos devem ser tangíveis, verificáveis e mensuráveis, além de serem estabelecidos de maneira
participativa. APO é a forma de organizar o trabalho na qual líder e liderado acordam os objetivos em função dos
quais o liderado irá trabalhar. Os objetivos gerais da organização são traduzidos em objetivos específicos que
são desdobrados para cada nível subsequente, como os níveis departamentais ou individuais.
Teoria do reforço
Ambas estão em evidente desacordo sob o ponto de vista fisiológico. Os teóricos do reforço veem o ambiente
como causa do comportamento. O que controla o comportamento são os reforços – qualquer consequência
que, seguindo imediatamente uma reposta, aumente a probabilidade de que aquele comportamento se repita.
O reforço positivo pode ser realizado através de premiações, promoções, elogios, entre outros. Já o reforço
negativo condiciona o funcionário à não se comportar de maneira desagradável e pode ser, por exemplo, uma
repreensão.
Os funcionários estabelecem uma relação entre o que recebem por seu trabalho (remuneração, aumentos,
reconhecimento) e o que investem nele (esforço, experiência, educação, competência), e depois comparam
essa relação com a mesma relação de outros funcionários. Quando percebemos que as relações são desiguais,
que somos desvalorizados, por exemplo, cria-se um sentimento de raiva e revolta.
• Próprio-externo: as experiências do funcionário em uma situação ou posição fora de sua empresa atual.
• Outro-interno: outra pessoa ou grupo da mesma empresa.
Teoria da expectativa
A teoria da expectativa desenvolvida em 1964 por Victor Vroom sustenta que a força da tendência para agir
de determinada maneira depende da força da expectativa de que essa ação trará certo resultado e da atração
que esse resultado exerce sobre o indivíduo.
Por exemplo, um funcionário sente-se motivado a despender um esforço quando acredita que isso resultará
em uma boa avaliação de desempenho, que a boa avaliação resultará em recompensas organizacionais (uma
promoção) e que essas recompensas satisfarão suas metas pessoais. Segundo Vroom, a motivação do indivíduo
para escolher uma das alternativas de comportamento depende de três fatores e de uma fórmula:
• Expectativa: os indivíduos esperam certos resultados de seus comportamentos, afetando as decisões
sobre eles.
• Instrumentalidade: a percepção de que a obtenção de cada resultado está ligada a uma compensação.
Fazendo uma escolha, os indivíduos tendem a escolher o nível de desempenho que pareça ter a máxima
probabilidade de obter resultados satisfatórios.
• Valência: é o valor que cada indivíduo atribui ao resultado advindo de cada alternativa e varia de individuo
para individuo. Exemplo: para um indivíduo que valoriza o dinheiro e a realização, a transferência para
um cargo com salário mais alto e em outra cidade pode ter uma valência alta, enquanto que para um
indivíduo que prioriza seu círculo de relacionamento na cidade atual, esse benefício terá sua valência
reduzida.
As equipes de trabalho são mais do que simples grupos de pessoas, pois elas têm características impares que
os grupos não têm. Um grupo de trabalho é um grupo que interage basicamente para compartilhar informações
e tomar decisões para se ajudarem mutuamente no desempenho em suas áreas distintas de atuação. Os grupos
de trabalho não têm necessidade ou oportunidade de se envolverem em trabalho coletivo que exija esforço
conjunto. Por isso, seu desempenho é meramente a somatória de todas as contribuições individuais de seus
membros. Já uma equipe de trabalho gera sinergia positiva mediante o esforço coordenado. Seus esforços
individuais resultam em um nível de desempenho que é maior do que a soma das contribuições individuais.
Modelo “Forming-Storming-Norming-Performing-Adjourning”
Este modelo foi criado pelo Dr. Bruce Tuckman em 1965. Ele é muito eficaz na explicação do comportamento
e desenvolvimento de um grupo, pois demonstra que à medida que um grupo desenvolve suas capacidades e
amadurece, as relações interpessoais são estabelecidas e dessa forma o líder deve ir alterando o seu estilo de
liderança. Parte, assim, de um estilo diretivo, modificando-o para um estilo coaching, depois participativo e
finalmente delegando. As etapas do modelo de desenvolvimento do desempenho de um grupo são mostradas
na figura a seguir:
Forming (Formação)
Esta etapa caracteriza-se por uma elevada dependência às orientações fornecidas pelo líder.
Para os objetivos transmitidos pelo líder, existe pouca ou quase nenhuma concordância do grupo. Os papéis
e responsabilidades individuais não são claros. O líder deve estar preparado para responder a um conjunto
de perguntas acerca do propósito, objetivos e inter-relação dos membros do grupo com entidades externas à
mesma. Os processos de trabalho são, nesta etapa, frequentemente ignorados. Os membros do grupo testam
os níveis de tolerância do líder e do sistema. O líder deve optar por um estilo diretivo.
Esta etapa corresponde à fase de iniciação do projeto, podendo caracterizar-se da seguinte forma:
• Equipe de gerenciamento do projeto: está preocupada com as orientações, muito à custa de testar
tolerâncias. Estes testes servem para identificar as fronteiras quer dos comportamentos interpessoais
quer dos relacionados com as tarefas. Coincidentemente ocorre também o estabelecimento das relações
de dependência com o líder, e com outros membros do time.
• Membros do time: comportam-se de forma muito independente. Podem estar motivados, mas estão
normalmente desinformados acerca dos objetivos e questões a lidar. Alguns membros do grupo podem
revelar indícios de ansiedade ou incerteza.
• Gerente do projeto: tem que promover a união do grupo, assegurando que eles confiam uns nos
outros e que têm a capacidade de desenvolver uma relação de trabalho. Deve usar o estilo “diretivo”.
(Obs: veremos os estilos de liderança em detalhes no próximo capítulo quando abordarmos o processo
“Gerenciar a equipe do projeto”).
Storming (Conflito)
Nesta etapa não é fácil tomar decisões em grupo. Seus membros estão à procura de suas posições e tentam
moldar as suas relações com os outros membros e com o líder, que pode ser fortemente desafiado. Subgrupos
e facções podem formar-se, com as consequentes disputas de poder. O grupo necessita ser focalizado nos seus
objetivos e deve se evitar as distrações provocadas por questões emocionais e de relacionamento interpessoal.
Pode ser necessário estabelecer compromissos como forma de permitir o progresso. O líder deve atuar como
um coach. Também existirá competição, por vezes muito intensa, entre várias ideias, podendo, do ponto de
vista do projeto caracterizar-se da seguinte forma:
• Equipe de gerenciamento do projeto: ganha confiança, mas existem conflitos e polarização relativamente
a questões do relacionamento interpessoal.
• Membros do time do projeto: mostram as suas personalidades na medida que confrontam suas ideias
e perspectivas com os outros membros. Frustrações e desacordo acerca dos objetivos, expectativas,
papéis e responsabilidades são expressas de forma aberta.
• Gerente do projeto: orienta o grupo ao longo da turbulência associada a esta fase de transição. A
tolerância entre os membros do grupo, bem como as suas diferentes necessidades devem ser enfatizadas.
O estilo de liderança a ser adotado é o coaching.
Norming (Acordo)
Neste momento os papéis e responsabilidades estão claros e são bem aceitos. As grandes decisões são
tomadas em comum acordo com o grupo. As decisões menos importantes são delegadas a indivíduos ou
pequenas equipes dentro do grupo. O comprometimento é forte. As pessoas começam a realizar atividades
sociais, extra trabalho. O grupo discute e desenvolve os seus próprios processos e estilo de trabalho. O líder
é respeitado e alguns aspectos da liderança são partilhados. O líder atua principalmente como facilitador do
potencial do grupo.
Ao longo desta etapa as regras, valores, comportamento, métodos e ferramentas são estabelecidos
podendo, do ponto de vista do projeto caracterizar-se da seguinte forma:
• Equipe de gerenciamento do projeto: aumento da eficácia e início do desenvolvimento de identidade
do grupo.
• Membros do time do projeto: adaptam o seu comportamento em função dos outros membros e
estabelecem acordos para tornar o trabalho mais natural e fluido. Fazem um esforço consciente para
resolver problemas e criar harmonia no grupo. Os níveis de motivação crescem ao longo desta etapa.
• Gerente do projeto: permite que o grupo se torne muito mais autônomo. O estilo de liderança a ser
adotado é o participativo.
Performing (Desempenho)
O grupo está mais consciente das questões estratégicas; sabe exatamente porque está fazendo aquilo que
está fazendo. Todos partilham da mesma visão e passam a ser capazes de fazer valer as suas necessidades e
objetivos sem interferência ou participação do líder. Existe uma forte focalização no exceder os objetivos e toma
a maior parte das decisões de acordo com os critérios acordados com o líder. O grupo tem um elevado grau
de autonomia. Existem desacordos, mas são resolvidos de forma positiva e se necessário são feitas alterações
nos processos e estrutura de trabalho. O grupo é capaz de trabalhar no sentido da concretização dos objetivos,
há o sentimento de pertencer realmente a um time. O grupo requer que o líder delegue os projetos e tarefas,
não precisando de assistência nem de instruções. Eles poderão pedir ajuda ao líder no que diz respeito ao
desenvolvimento pessoal e interpessoal. O líder delega e supervisiona.
Ao longo desta etapa a estrutura de relacionamento interpessoal se assume como a ferramenta fundamental
para a realização das atividades, podendo, do ponto de vista do projeto, caracterizar-se da seguinte forma:
• Equipe de gerenciamento do projeto: agora é capaz de funcionar como uma unidade. O trabalho é
concretizado de forma tranquila e eficaz sem conflitos inapropriados ou necessidade de intervenção
externa.
• Membros do time do projeto: têm a compreensão clara daquilo que é esperado deles ao nível das
tarefas a realizar. São agora competentes, autônomos e capazes de realizar processos de tomada de
decisão sem supervisão. A atitude “somos capazes” é agora bem visível. Ofertas de ajuda são frequentes.
• Gerente do projeto: deixa que o grupo tome a maior parte das decisões necessárias. O estilo de liderança
recomendado é o delegativo.
Adjourning (Dispersão)
A quinta etapa do modelo corresponde ao desmembrar do grupo, de preferência quando as tarefas foram
cumpridas com sucesso e o seu propósito completamente concretizado; as pessoas se sentem bem com os
objetivos atingidos.
Caracterizando esta etapa do ponto de vista do ciclo de vida de um projeto, pode dizer-se que as tarefas
estão na sua fase final de conclusão e o grupo de trabalho começa a ser desmembrada:
• Equipe de gerenciamento do projeto: Alguns autores descrevem esta etapa como “Deforming” e
“Mourning”, reconhecendo o sentimento de perda por parte de alguns membros do grupo.
• Membros do time do projeto: Os níveis de motivação podem cair na medida da incerteza sobre o seu
futuro imediato pós-projeto.
• Gerente do projeto: Excelente momento para apresentar novos projeto e recomeçar a etapa “Forming”
no desenvolvimento da equipe.
• O avaliado: pois ele passa a ter a compreensão dos requisitos de desempenho e o que é necessário para
melhorá-los.
• O avaliador: uma vez que passa a ter uma melhor visão de planejamento de longo prazo das necessidades
de sua área em termos de competências e habilidades humanas; discernimento para tomar decisões
relacionadas com aumento de salário por mérito, promoções, treinamentos; melhoria do nível de
comunicação e de relacionamento com a equipe; melhoria do desempenho da equipe e; orientação
mais segura em relação ao desenvolvimento profissional do avaliado e;
• A organização: já que ela passa a ter uma visão geral do perfil dos profissionais avaliados e dos
aspectos que afetam diretamente a qualidade e competitividade da organização; informações sobre o
desempenho humano e sua contribuição para o desempenho empresarial e para o alcance dos objetivos
organizacionais; identificação das necessidades de colaboradores e gestores em termos de treinamento
e desenvolvimento; agilidade nas ações de recrutamento interno, permitindo buscar as pessoas certas e
preparadas para uma nova função dentro da empresa e, dessa forma, desenvolver carreiras e talentos;
promoção, realocação ou desligamento de pessoas e; dinamização das políticas de recursos humanos
de forma a oferecer oportunidades de crescimento profissional, estimular a produtividade e melhorar
o relacionamento interpessoal.
Autoavaliação
Neste método, é o próprio funcionário quem se avalia. Ele deve ter uma série de critérios para evitar uma
excessiva subjetividade. O risco desta forma de avaliação é da pessoa não querer “encarar” suas deficiências e
“mascarar” suas dificuldades.
Avaliação 360°
Neste tipo de avaliação, o indivíduo recebe feedback de todas as áreas e pessoas com quem tem contato no
contexto da organização e/ou projeto. Assim, os chefes, os colegas de trabalho, os clientes internos e externos,
fornecedores e subordinados avaliam, cada um da sua forma, o trabalho dessa pessoa.
A avaliação fica muito mais completa, pois o indivíduo é analisado em relação a todas as demandas que
enfrenta dentro da empresa.
Comissão de avaliação
Este é um método em que é formada uma comissão de avaliação para avaliar os funcionários. Pode ser
formada por pessoas de um ou mais setores e ser permanente ou temporária. É um método muito mais caro e
que toma bastante tempo. Entretanto, tem como benefício uma maior padronização dos critérios de avaliação.
O objetivo é vocalizar as dificuldades que os funcionários estão tendo com sua chefia, de modo a que esta
chefia possa fornecer os meios e recursos para que a equipe consiga atingir os resultados desejados.
Qualquer que seja o método de avaliação escolhido, os gerentes de projeto devem contribuir com as
avaliações de desempenho de todos os integrantes da equipe. Em organizações matriciais este processo é mais
crítico, pois o recurso responde a um duplo comando, e se o gerente do projeto não tiver um parecer semelhante
ao gerente funcional, o recurso será mais leal ao gerente funcional do que ao gerente do projeto.
O processo
Este processo contém os seguintes componentes:
Entradas
Plano de gerenciamento do projeto
Dos planos auxiliares, usaremos o plano de gerenciamento dos recurso, que contém informações sobre
recompensas, feedback, critérios de desempenho, treinamentos e regras de conduta a serem aplicados aos
membros do time do projeto.
Documentos do projeto
• Registro das lições aprendidas: lições aprendidas do próprio projeto ou projetos anteriores são valiosas
nesta fase do projeto, pois podem ser aplicadas como forma de melhorar o desenvolvimento da equipe.
• Cronograma do projeto: a partir do cronograma podemos ter uma visão de quando os recursos serão
necessários e assim planejar seus treinamentos e desenvolvimento de habilidades.
• Designações do pessoal do projeto: Esta é lista dos membros da equipe do projeto juntamente com suas
responsabilidades. Pode estar no formato de “diretório” (nome, telefone, endereço), organograma,
cronograma etc além de poder constar em outras partes do plano do projeto.
• Calendário dos recursos: Cada recurso tem seu próprio calendário e cada calendário servirá de insumo
para a finalização do cronograma do projeto. Esses calendários são importantes, pois geram informações
tais como datas disponíveis de treinamento, períodos de férias, períodos de afastamentos programados
etc.
Fatores ambientais
Existem vários fatores ambientais que podem afetar o projeto. Por exemplo, políticas de contratação e
demissão, avaliação de desempenho de funcionários, reconhecimentos e recompensas, distribuição geográfica
da equipe etc.
Ferramentas e Técnicas
Agrupamento
Esta ferramenta/técnica também chamada de “matriz apertada” (tight matrix) permite que as equipes
funcionem com mais eficiência, pois ela reúne os membros do projeto em um mesmo local físico. A proximidade
facilita a comunicação e desenvolve um sentimento de compartilhamento de objetivos.
O Guia PMBOK® cita que uma das formas de realizar o agrupamento pode ser a utilização de “sala de guerra”
(war room), uma sala de reunião utilizada para troca de informações pelos integrantes da equipe alocados em
edifícios diferentes ou espalhados pela cidade.
Obviamente, isso nem sempre é possível, principalmente quando temos organizações matriciais ou projetos
realizados com equipes distribuídas pelo mundo. Já que reunir toda a equipe em um mesmo local físico pode
ser bem complicado, é cada vez mais frequente o uso de web conferências.
Equipes virtuais
Já vimos no processo anterior que com o crescimento e expansão geográfica de muitas organizações, a visão
tradicional de um líder e sua equipe, todos juntos no mesmo espaço, vai dando lugar a equipes virtuais, com
pessoas espalhadas geograficamente. A tecnologia da informação possibilita acesso imediato a qualquer pessoa
em qualquer lugar. A dificuldade não é a tecnologia, mas sim a dimensão humana. Pessoas em diferentes locais,
culturas, línguas e fusos horários constituem-se num novo e grande desafio ao atingimento de bons resultados
em equipe.
Tecnologias de comunicações
Mesmo distantes, os membros de uma equipe virtual devem manter o sentimento de união e a motivação
para atingir as metas propostas. Para atingir isto, devem ser considerados dois fatores:
• Entendimento da informação;
• Compartilhamento de informações.
Boa parte da comunicação é não-verbal e quando a pessoa se expressa somente através de textos, pode
ser mal compreendida. Esta falta de entendimento, pode criar situações constrangedoras e até mesmo conflitos
entre as partes, além de poder causar retrabalhos para o projeto. Para auxiliar nesta tarefa existem diversas
ferramentas, dentre elas:
• Videoconferência;
• Teleconferência;
• Voip;
• Mensagens instantâneas;
• E-mails;
Para cada situação uma ou mais destas ferramentas serão as mais adequadas, esta definição fica a critério
da equipe juntamente com o gerente do projeto. Mesmo tendo em mãos várias formas de se comunicar, tudo
será em vão se os membros da equipe guardarem as informações para si. É importante promover a troca de
informações, a qual pode ser feita de diferentes maneiras:
• reuniões periódicas;
• blog;
• bug tracking;
• documentos compartilhados;
• chat do projeto.
• Gerenciamento de conflitos
• Influência
• Motivação: que já vimos neste processo
• Negociação
Reconhecimento e recompensas
A palavra recompensa significa uma retribuição, prêmio ou reconhecimento pelos serviços de alguém. A
recompensa é elemento fundamental para o incentivo e motivação dos membros do projeto, tendo em vista
de um lado os objetivos do projeto a serem alcançados e, de outro, os objetivos individuais a serem satisfeitos.
O dinheiro é um fator que pode motivar pessoas, desde que utilizado de maneira apropriada. A recompensa
financeira pode ser oportuna, no tempo certo e na medida certa. Contudo, as recompensas não-financeiras
representam uma enorme oportunidade para as organizações motivarem seus colaboradores. Reconhecimento,
aprovação social, atendimento às expectativas, clima organizacional, “tapinhas nas costas”, camaradagem etc
são altamente motivadores.
Treinamento
Treinamento é o processo de desenvolver qualidades nos recursos humanos para habilitá-los a serem mais
produtivos e contribuir melhor para o alcance dos objetivos organizacionais. O propósito do treinamento é
aumentar a produtividade dos indivíduos em seus cargos influenciando seus comportamentos.
Segundo o Guia PMBOK® os treinamentos podem ser formais ou informais, presenciais ou virtuais,
agendados (conforme previsto no Plano do projeto) ou não-planejados (observação do trabalho) etc.
• Desenvolvimento gerencial: é destinado aos executivos com alto potencial para ocuparem posições mais
altas na empresa. O objetivo é desenvolver continuamente as capacidades gerenciais, conhecimento,
habilidade e atitudes necessárias a um executivo de alto escalão.
• Diagnóstico: levantamento das necessidades de treinamento a serem satisfeitas. Podem ser passadas,
presentes ou futuras;
• Desenho: é a elaboração do programa de treinamento para atender às necessidades diagnosticadas;
Elas representam como a equipe está desempenhando seu trabalho de acordo com critérios esperados. A
avaliação é importante porque é através dela que se podem adotar soluções para problemas de comunicação,
abordar conflitos e melhorar a interação da equipe. É importante destacar que as avaliações de desempenho
podem variar de acordo com o tamanho do projeto, da política organizacional, dos requisitos contratuais entre
outros. O Guia PMBOK® cita alguns exemplos de ferramentas, entre elas estão as pesquisas sobre atitudes,
avaliações específicas, entrevistas estruturadas, testes de habilidade e grupos de discussão.
Reuniões
As reuniões são usadas para se discutir tópicos relevantes ao desenvolvimento da equipe.
Saídas
Avaliações de desempenho da equipe
Essa avaliação é um processo sistemático de análise do desempenho da equipe em função do contexto do
trabalho. Desta maneira, a avaliação de desempenho ajuda a organização avaliar se seus funcionários estão
conseguindo “entregar” resultados. Assim, o empregado que entrega está gerando valor para a organização.
Além disso, os resultados da avaliação suprem o processo de treinamento e desenvolvimento, pois indicam
quais são as áreas, habilidades e capacidades que necessitam ser desenvolvidas em cada funcionário e em cada
setor da organização.
• Resolver conflitos;
• Motivar a equipe;
Tomada de decisão
O processo decisório é o caminho mental que o administrador utiliza para chegar a uma decisão. O tomador
de decisão deve analisar as condições do ambiente em que está inserido, pois o ele influencia profundamente
o processo decisório.
• Não programadas: estas não dispõem de soluções automáticas, pois são desestruturadas. São as
decisões não automatizadas que dependem da solução do decisor. O lançamento de novos produtos,
a redução do quadro de funcionários e uma mudança na sede da empresa são exemplos de decisões
não programadas. Para lidar com essas decisões, o autor indica que os gerentes devem ser capazes de
desenvolver sua capacidade de julgamento, intuição e criatividade. Para ele, o desenvolvimento dessas
habilidades permitiria aos gerentes lidar de forma mais eficiente contra as complexidades das decisões.
2. Obter informação sobre a situação através da busca de dado s e buscar informações internas e externas
a ela.
3. Gerar soluções ou cursos alternativos de ação através do desenvolvimento de várias alternativas, usando
criatividade e inovação. É necessário avaliar a relação de custo/benefício de cada alternativa.
4. A avaliar e escolher a melhor alternativa, nesta fase as alternativas são avaliadas e comparadas a fim de
se escolher a alternativa mais adequada à situação.
Gerenciamento de conflitos
Coloque duas pessoas em um mesmo ambiente e pronto, já teremos a receita para um possível conflito. E
por mais madura que seja a equipe do projeto, o conflito sempre aparecerá, pois as pessoas nunca têm objetivos
e interesses idênticos. As diferenças de objetivos e interesses pessoais geram alguma espécie de conflito.
O conflito existe quando uma das partes seja indivíduo ou grupo tenta alcançar seus próprios objetivos
interligados com alguma outra parte, a qual interfere na sua busca desse objetivo. O conflito pode ocorrer no
contexto do relacionamento entre duas ou mais pessoas ou entre grupos.
O conflito é um processo que tem início quando alguém percebe que outra parte afeta, ou pode afetar,
negativamente alguma coisa que considera importante.
• Visão tradicional: é a abordagem mais antiga e parte do princípio de que todo conflito é prejudicial
e deve ser evitado. Era uma disfunção resultante de falhas de comunicação, falta de abertura e da
desconfiança entre as pessoas, bem como do fracasso dos gestores em atender ás necessidades e
aspirações de seus funcionários.
• Visão de relações humanas: a conceituação de relações humanas argumenta que o conflito é uma
ocorrência natural nos grupos e organizações. Por ser inevitável, defende a sua aceitação. Afirmam que
não pode ser eliminado e há ocasiões em que ele pode ser até benéfico para o desenvolvimento do
grupo.
• Visão interacionista: a visão interacionista encoraja o conflito, no sentido de que um grupo harmonioso,
pacífico, tranquilo e cooperativo está na iminência de tornar-se estático, apático e insensível à necessidade
de mudança e inovação. Portanto, encoraja os líderes de grupos a manterem constantemente um nível
mínimo de conflito, o suficiente para fazer com que o grupo continue viável, autocrítico e criativo.
• Conflito interno: envolve dilemas de ordem pessoal (ocorre intimamente dentro de uma pessoa em
relação a sentimentos, opiniões, desejos e motivações divergentes e antagônicas);
• Conflito externo: chamado conflito social, que ocorre entre pessoas ou grupos sociais com interesses
ou objetivos antagônicos envolve vários níveis como interpessoal, intergrupal ou inter-organizacional.
• Conflitos construtivos: ajudam a abrir a discussão sobre uma questão, contribuindo para o aumento do
interesse e envolvimento na questão, bem como ajudam as pessoas a descobrir habilidades ainda não
manifestadas.
• Conflito percebido: ocorre quando as partes percebem e compreendem que o conflito existe porque
sentem que seus objetivos são diferentes dos objetivos dos outros e que existem oportunidades para
interferência ou bloqueio. É chamado conflito latente, que as partes percebem que existe potencialmente.
• Conflito experienciado: quando provoca sentimentos de hostilidade, raiva, medo, descrédito entre
uma parte e outra. É o chamado conflito velado, quando é dissimulado, oculto e não manifestado
externamente com clareza.
Atenção! Não se esqueça de que, como o conflito é inevitável, o administrador precisa conhecer a
respeito de suas possíveis soluções ou resoluções. A solução de um conflito passa quase sempre pelo exame
das condições que o provocaram.
Destacam-se algumas condições antecedentes dos conflitos que são condições que tendem a gerá-los:
• Objetivos concorrentes: com o crescimento da organização os grupos se especializam cada vez mais na
busca de seus objetivos. Cada grupo realiza tarefa diferente relacionando-se com diferentes partes do
ambiente e começa a desenvolver maneiras diferentes de pensar e agir, surgindo diferentes objetivos e
interesses dos demais grupos da organização.
• Recursos compartilhados: os recursos organizacionais são limitados e escassos. Se, por exemplo, um
grupo quer aumentar sua quantidade de recursos, um outro grupo terá de abrir mão de uma parcela
dos seus. Isso provoca a percepção de objetivos e interesses diferentes e talvez incompatíveis e
incongruentes.
• Interdependência de atividades: as pessoas dependem umas das outras para desempenharem suas
atividades. Quando os grupos são altamente interdependentes, surgem oportunidades para que um
grupo auxilie ou prejudique o trabalho dos demais.
Outra importante classificação é sobre métodos para resolução dos conflitos que são agrupados em:
• Ganha/ganha: método usado para resolver um conflito em que todos os participantes sentem-se
satisfeitos porque suas necessidades e resultados foram atendidos (os dois lados ganham).
• Ganha/perde: método usado para resolver conflitos em que, pelo menos, uma das pessoas fica satisfeita
e a outra sente que suas necessidades ou resultados não foram plenamente atendidos.
• Perde/perde: as duas partes perdem, pois estão mais focadas em que a outra parte não ganhe do que
em ganhar o conflito (os dois lados perdem).
• Abordagem estrutural: os conflitos gerados pela limitação dos recursos organizacionais, se puderem
ser modificados, as percepções e o conflito resultante poderão ser controlados. Trata-se de atuar sobre
uma das condições que predispõem ao conflito, tais como:
• Reduzir a diferenciação dos grupos: reduzir diferenças identificando objetivos que possam ser
compartilhados por eles.
• Abordagem de processo: redução dos conflitos por meio da modificação do processo em que gera o
conflito. Pode ser feito através de:
• Reunião de confrontação entre as partes, ou seja, colocar as partes frente a frente e questionar qual
é o motivo do conflito.
• Colaboração: é utilizada depois de ultrapassada a oportunidade de desativação e de reunião de
confrontação. As partes trabalham juntas para solucionar problemas, identificar soluções do tipo
ganhar/ ganhar ou buscar soluções integrativas capazes de conjugar os objetivos de ambas as partes.
• Abordagem mista: é a administração do conflito tanto nos aspectos estruturais como nos de processo
e inclui intervenções sobre a situação estrutural e sobre o episódio conflitivo. Permite duas maneiras
diferentes:
• Criação de papéis integradores: consiste em criar terceira parte, ou seja, equipe com o papel
integrador de modo que esteja sempre disponível para ajudar na solução dos conflitos.
Destacam-se na teoria sobre gestão de conflitos vários estilos de administração de conflitos. Há estilos que
dão ênfase ao desejo de satisfazer os próprios interesses (assertivos) e, por outro lado, estilos que levam em
conta os interesses da outra parte (cooperativos). Também tem estilo que possui uma dimensão assertiva e, em
outro extremo, uma dimensão cooperativa.
A questão primordial que compete ao gerente é como administrar o conflito de maneira a aumentar
os efeitos positivos (construtivos) e a minimizar os negativos (destrutivos). Para tanto, deve saber escolher
adequadamente as estratégias de solução para cada caso.
• Evitação/retirada: não possui uma postura assertiva tampouco cooperativa, pois evita o conflito. É do
tipo perde-perde.
• Desperta sentimentos entre os membros do grupo que estimulam interesse em descobrir meios eficazes
de realizar as tarefas, bem como soluções criativas e inovadoras.
• Chama a atenção para os problemas existentes, funcionando como um mecanismo de correção para se
evitar problemas mais sérios.
• Prejudica a energia gerada que poderia ser utilizada no trabalho produtivo, pois ganhar o conflito passa
a ser mais importante do que o próprio trabalho.
O processo
Este processo contém os seguintes componentes:
Entradas
Plano de gerenciamento do projeto
Do plano de gerenciamento do projeto usaremos o plano de gerenciamento dos recursos que descreve como
os recursos materiais e humanos serão identificados, mobilizados, gerenciados e liberados. Contém também
informações tais como: papeis e responsabilidades, habilidades e competências para o trabalho, definição de
cargos, organogramas, quantidade de recursos necessários, cronogramas dos recursos.
Documentos do projeto
• Registro das questões: As questões surgem durante o gerenciamento da equipe. Este documento é
utilizado para armazenar e monitorar quem é o responsável pela resolução dessas questões. Embora
o Guia PMBOK® utilize esse termo, o correto seria “Registro dos questionamentos” ou até mesmo
“Registros dos problemas”.
• Registro das lições aprendidas: As lições aprendidas de outros projetos similares e do próprio projeto
que está sendo executado podem ser utilizadas para melhorar a eficiência e eficácia no gerenciamento
da equipe.
• Designações do pessoal do projeto: Esta é lista dos membros da equipe do projeto. Pode estar no formato
de “diretório” (nome, telefone, endereço), organograma, cronograma etc além de poder constar em
outras partes do plano do projeto.
• Termo de nomeação da equipe: este documento contém as diretrizes operacionais para a equipe, tais
como: valores, diretrizes de comunicação, critérios para tomada de decisão, como resolver conflitos,
diretrizes para reuniões etc.
Ferramentas e técnicas
Habilidade Interpessoais e de equipe
Os gerentes de projetos precisam usar uma combinação de habilidades técnicas, pessoais e conceituais
para analisar situações e interagir de forma apropriada com os membros da equipe. O Guia PMBOK® cita as
seguintes habilidades que já vimos em aulas anteriores:
• Gerenciamento de conflitos
• Tomada de decisão
• Inteligência emocional
• Influência
• Liderança
Saídas
Solicitações de mudança
Muitas vezes o item que mais muda em um projeto é a sua equipe. Projetos com baixa visibilidade ou baixa
importância dificilmente retém seus recursos, e a troca de seus membros é constante.
Além disso, a troca de membros afeta o cronograma e orçamento, por isso solicitações de mudança devem
ser processadas. Medidas preventivas podem ser necessárias em caso de necessidades de treinamento,
atenuação do impacto de possíveis problemas caso membros se afastem etc.
Muitas pessoas acreditam que possuam habilidade de comunicação, e talvez, até mesmo por esta razão,
não é dada a devida importância ao gerenciamento das comunicações de um projeto.
O Guia PMBOK® indica o seguinte processo para o gerenciamento efetivo das comunicações:
Este processo deve ser contínuo, mas é mais atuante durante a execução do projeto.
O processo
Este processo é composto pelos seguintes itens:
Entradas
Plano de gerenciamento do projeto
Os planos auxiliares que serão utilizados neste são todos aqueles que envolvem pessoas, já que será a partir
deles que extrairemos as formas e modelos em que as comunicações serão geradas, gerenciadas, monitoradas
e controladas. Assim os planos são:
Documentos do projeto
Os documentos que serão utilizados como entrada, são todos aqueles que de alguma forma tem informações
que precisam ser comunicadas aos recursos e partes interessadas. Assim, temos:
• Relatório de qualidade
• Relatório de riscos
É importante destacar que os relatórios além de serem abrangentes e exatos precisam chegar aos seus
destinatários no tempo correto.
Fatores ambientais
Os fatores ambientais que podem influenciar este processo são a cultura e estrutura organizacionais,
padrões e regulamentações de governo e os sistemas de informações de gerenciamento de projetos.
• Urgência da necessidade;
• Disponibilidade da tecnologia;
• Facilidade de uso;
• Ambiente do projeto;
Métodos de comunicação
Também já vimos em detalhes esta ferramenta no capítulo referente ao planejamento das comunicações.
Resumidamente temos que no os métodos de comunicação estão relacionados às formas de interatividade entre
emissores e receptores e que podem ser: comunicação ativa, comunicação passiva e comunicação interativa.
Habilidades de comunicação
A comunicação é uma capacidade fundamental em qualquer momento da vida e pode ser o ponto-chave
entre ser um profissional comum ou se destacar perante a concorrência.
Quando aplicamos esse conceito ao gerenciamento de projetos, percebemos que a comunicação pode
ajudar a aumentar a produtividade e a sincronia entre diferentes colaboradores (que podem ou não exercer
funções diferenciadas), melhorar o clima organizacional etc.
Portanto, possuir as habilidades de comunicação pode trazer diversos benefícios ao seu negócio, auxiliando
no atendimento aos clientes e permitindo uma conversa mais fluida com os colaboradores.
Veja a seguir as habilidades de comunicação que você deve ter ou desenvolver para melhorar seus resultados
nesse quesito.
Por mais que não pareça, ser um bom comunicador implica ser um bom ouvinte.
Isso ocorre porque o ato de ouvir ajuda a entender melhor as outras pessoas, permite nos colocarmos no
lugar do outro e construir relacionamentos.
Além disso, denota respeito. Por isso, aproveite as oportunidades que possuir para ouvir, prestando atenção
e respondendo. Você vai ver: o resultado pode ser surpreendente.
Interromper seu interlocutor ou falar junto com ele representa uma falta de respeito.
É claro que isso pode acontecer de vez em quando. Mas se deve evitar essa situação.
Nesse sentido, é importante destacar que, quando falamos junto com outra pessoa, caracterizamos que
não importa o que ela está afirmando, porque o que temos a dizer é mais relevante.
Além disso, o ato de interromper o interlocutor indica que você não acredita nele e que, por isso, quer
controlar a conversa.
Quando usada em excesso em uma conversa, a paráfrase pode ser muito chata. Mas dependendo da
conversa ela pode ser bastante útil.
Por exemplo: em uma conversa que você precisa estar 100% certo do que seu interlocutor está dizendo,
confirmar por meio da paráfrase é uma ótima ideia.
Além disso, esse recurso demonstra que você está prestando atenção.
Talvez você não saiba, mas existem dois tipos de escuta: a passiva e a ativa.
A passiva acontece quando você aparentemente conversa com alguém, mas, na verdade, está apenas
escutando. Ou seja, não responde, dialoga, argumenta etc.
Já na escuta ativa, sua atitude é a de responder o outro baseando-se naquilo que ele diz.
Como você já deve ter percebido, ouvir de forma ativa denota respeito e ajuda a estabelecer um
relacionamento.
Muitas pessoas nem percebem, mas têm mania de olhar para baixo ou para os lados quando estão
conversando com outras pessoas.
Isso é um problema muito grande para a comunicação, porque demonstra falta de confiança ou até mesmo
o ato de contar uma mentira.
Por isso, não hesite em fazer contato visual, passando a ideia de que está bem focado e atento na conversa.
Se as dicas até aqui pareciam um pouco óbvias para você, essa com certeza não é.
No entanto, aplicando a habilidade para o contexto empresarial, essa ação é bastante necessária e pode
trazer ótimos resultados.
Basicamente, o objetivo aqui é ter uma conversa focada e rápida, sem grandes floreios. Dessa forma, fica
bem claro o que se pretende dizer sem enrolações.
Assim como é importante mostrar que está atento à conversa respondendo seu interlocutor, também é
recomendado incluí-lo na solução.
Por exemplo: ao invés de dizer que você vai fazer determinada coisa, diga “nós”, ou seja, que vocês dois
juntos farão isso.
Essa atitude incentiva a pessoa a se comprometer. No entanto, quando for elogiar, não utilize o pronome
“nós”, elogie somente a pessoa.
Já foi especificado que o respeito é uma condição importante, mas quando for conversado algum assunto
mais delicado, é ainda mais necessário.
Nesses casos, olhar nos olhos do interlocutor e ouvir a argumentação dele é uma maneira de mostrar que
está considerando o que ele diz.
Demonstre que é uma conversa, não um monólogo, ou seja, tanto você quanto ele podem responder.
Além disso, deve-se ser firme ao falar, tomando o cuidado para não apresentar uma postura agressiva.
Pergunte sempre
Fazer perguntas não é ser chato. Pelo contrário, é uma maneira de entender melhor a posição do outro e
esclarecer possíveis dúvidas.
Faça sempre perguntas objetivas e claras para confirmar o que foi entendido.
Quando o objetivo for esclarecer um assunto, o melhor é fazer perguntas mais amplas, por exemplo: “por
que você pensa isso?”, “como chegou a essa conclusão?”.
Um dos grandes problemas durante a comunicação é o fato de as pessoas se exaltarem e acabarem mudando
o tom de voz.
Isso pode acontecer aumentando o volume, o que pode denotar agressividade e falta de paciência, ou
passando a impressão de que está sendo irônico ou falso.
Você deve sempre lembrar que não é somente a mensagem que importa, mas também a forma como ela
é emitida.
Quando você não se atenta a esses elementos, acaba tendo graves problemas de comunicação com seus
colaboradores, investidores e parceiros de trabalho.
Sendo um empreendedor, é comum que você faça elogios aos colaboradores, mas também precise criticá-
los.
A finalidade desse tipo de conversa é criticar um comportamento inadequado, e não a pessoa em si.
Por isso, cuide com as palavras que utiliza para não indicar que o colaborador é totalmente inadequado.
Mostre que ele possui pontos negativos e negativos e que, se trabalhar para melhorar o que é necessário,
será um ótimo profissional.
Lembre-se: por mais que a personalidade não possa ser modificada do dia para a noite, a pessoa pode
apresentar uma postura melhor e mais adequada.
Uma maneira de ser objetivo é não fazer rodeios e usar exemplos ao argumentar.
Portanto, quando for falar sobre atrasos, por exemplo, não diga que o colaborador sempre chega após o
horário, mas especifique que, no último mês, ele chegou atrasado 10 vezes.
Já em reuniões, os exemplos são ainda mais interessantes, porque deixam o assunto um pouco mais
“palpável”.
Por isso, utilize histórias e exemplos que reforçam o que está dizendo e melhoram o entendimento.
Quando você fala que algo está certo, mas tem uma coisa errada, a outra pessoa já se foca exclusivamente
na crítica, ao invés de compreender o elogio que está embutido.
Por exemplo, se acha que uma ideia pode ser melhorada, não diga: “Gostei da ideia, mas ela precisa de
ajustes”.
Prefira dizer: “Gostei da ideia e podemos pensar em estratégias para aumentar sua eficácia”. Isso faz com
que a pessoa se sinta mais confortável para ouvir as críticas.
As pessoas costumam ficar na defensiva e, muitas vezes, nem percebem que estão fazendo isso.
O ideal é que você tenha uma postura assertiva, que sabe o que quer e está pronto para ouvir diferentes
argumentações.
Esse comportamento não ajuda apenas o interlocutor, mas a você mesmo, já que sair da defensiva aumenta
a capacidade de ouvir argumentos.
Em muitos momentos da vida, a gente precisa saber ficar quieto. No mundo corporativo também é assim,
porque uma fala impensada pode arruinar um negócio.
Além disso, o silêncio também faz parte de uma das boas habilidades de comunicação.
Por isso, exercitar essa habilidade de silenciar é fundamental para não ser mal interpretado.
O silêncio também oferece tempo para pensar sobre a resposta e organizar os pensamentos.
Por isso, não confunda saber silenciar com ficar calado o tempo todo.
Equilibre esses dois elementos e você terá melhores resultados no processo de comunicação.
Tenha empatia
A empatia é um sentimento muito necessário, porque permite à pessoa se colocar no lugar do outro,
tentando compreender suas razões.
No mundo corporativo, exercitar a empatia é uma forma de aprender, por exemplo, a compreender os
problemas pessoais dos colaboradores, que invariavelmente interferem no trabalho.
Nesse sentido, é importante saber que existem diferentes pontos de vista e que cada pessoa vê as coisas
conforme sua visão e valores.
Por isso, não julgue as atitudes dos outros conforme seu entendimento. Tente sempre entender o lado do
outro.
Você pode ter uma coisa a dizer, mas, dependendo do público, precisa ajustar a conversa.
Por exemplo: para um colaborador da produção, falar em capital de giro e investimentos utilizando termos
técnicos não é adequado.
É melhor explicar a ele que precisa aumentar a produtividade porque a empresa está com pouco dinheiro
sobrando, por exemplo.
Cabe a você ajustá-la conforme o público para obter o máximo de atenção e compreensão.
Seja positivo
Sendo um empreendedor, é bastante normal receber notícias negativas, porque imprevistos acontecem.
Saber manter a positividade, compreendendo os problemas e o fato de nem sempre as expectativas serem
superadas, é uma forma de manter uma boa comunicação e não perder a razão.
Solicite feedbacks
O feedback é uma técnica utilizada para indicar aos colaboradores seus pontos positivos e negativos,
mostrando também o que se espera deles.
Porém, o empreendedor também deve solicitar feedbacks, porque essa é uma maneira de melhorar a
comunicação.
Além disso, por meio dos fedbacks, é possível saber se os interlocutores estão compreendendo bem a
mensagem, ou seja, se a comunicação está sendo bem transparente e clara.
A conversa pode ser boa, clara e objetiva, mas se você não der um retorno algumas horas ou dias depois, o
resultado será negativo.
O interlocutor deve saber o que você pretende fazer e que ações está tomando para solucionar a situação.
Esse retorno pode ser feito por meio de outra conversa, e-mail, telefonema etc. O objetivo é mostrar o que
está fazendo e também entender a reação do interlocutor após a conversa. Assim, ambos saem ganhando.
Entre essas ferramentas, podemos citar as que realizam o gerenciamento de documentos impressos (por
exemplo, cartas e relatórios), gerenciamento das comunicações eletrônicas (por exemplo, e-mails, correios de
voz, publicações na web) e ferramentas eletrônicas de gerenciamento de projetos.
Relatórios de desempenho
Aqui não devemos confundir a entrada deste processo “Relatórios de desempenho do trabalho” com
a ferramenta “Relatórios de desempenho”. Aquela entrada indica que os documentos que apresentam o
desempenho do projeto serão utilizados como insumo para este processo. Já os relatórios de desempenho são
uma ferramenta que tem como objetivo coletar informações sobre o desempenho para relatar o andamento
do projeto.
É muito importante que os relatórios sejam adaptados ao seu público, ou seja, um relatório com falta ou
excesso de informações pode gerar desconfiança, resistência ou simplesmente prejudicar o projeto.
Montar relatórios requer disciplina e regularidade. Cada organização possui seus modelos e existem tantas
variações quanto existem preferências pessoais de clientes e gerentes. E muitas vezes, o mesmo projeto precisa
ser reportado em dois ou três formatos diferentes ao mesmo tempo.
Dashboard do projeto
O dashboard é uma ferramenta que lhe permite obter um resumo do status do projeto em um piscar
de olhos. Ele apresenta uma série de indicadores-chave de negócios de forma visual. Os dados para estes
indicadores são extraídos de uma ampla variedade de fontes: bases de dados departamentais, sistemas de
gestão de relacionamento com cliente, relatórios de funcionários, defeito e aplicações de gerenciamento de
mudanças, fabricação de equipamentos, e estatísticas web. A apresentação é feita através de meios gráficos,
tabelas e textual e, normalmente, permite detalhamento em medidas específicas.
Os dashboard de projetos normalmente podem ser ajustados as necessidades de cada gestor ou empresa,
porém é fortemente recomendável que alguns elementos façam parte de seu painel, são eles:
• Situação Atual: uma breve descrição de onde seu projeto se encontra;
• Risco: deve haver alguns elementos de gestão de riscos em seu painel, como a quantidade de riscos
em aberto (Alto, Médio e Baixo) ou ainda apenas os riscos de criticidade alta com respectivo plano de
resposta;
• Financeiro: necessário porque permitirá ao leitor do painel saber como anda a saúde financeira do
projeto, isto é, do ponto de vista orçamentário (acima ou abaixo) e quanto. O mesmo conceito pode ser
adotado para a utilização de recursos;
• Métricas Principais: os famosos KPIs (Key Metrics ou Key Performance) devem ser incluídos no
dashboard. Este indicador pode variar por tipo de projeto, empresa ou indústria e irá proporcionar
uma foto do momento de seu projeto. Pode ser percentual de completude, percentual remanescente,
horas extra, índice de qualidade, taxa de defeito ou qualquer indicador que necessite ser medido;
• Próximos Passos: todos os envolvidos no projeto deveriam ler o painel do projeto, não somente
para entender a situação atual do projeto de maneira clara e concisa, mas também para planejar os
próximos passos para o projeto. Isso permitirá a remoção de quaisquer problemas ou obstáculos que
estão impedindo que o projeto avance.
Fonte: http://blog.mundopm.com.br/wp-content/uploads/2012/07/Figura-1_Informacoes-do-gerenciamento-de-um-projeto.jpg
Gerenciamento de Reuniões
Esta é outra ferramenta/técnica muito utilizada durante todo o projeto, mas no decorrer da execução do
projeto que elas podem se tornar um problema se mal conduzidas. Como a maior parte do trabalho do projeto
é executada neste processo, teremos muito mais reuniões agendadas do que em qualquer outro grupo de
processos. Normalmente elas serão convocadas para:
• Avaliações de opiniões;
• Decisões.
Uma reunião mal planejada ou mal conduzida perde muito de sua eficácia. Os passos para garantir uma
reunião que producente resultados são simples e óbvios, mas muitas vezes acabam ficando de lado. Veja a
seguir algumas dicas:
• Tenha um tema bem definido. Registre-o, juntamente com os tópicos, em uma pauta - mesmo que
simples e resumida. Divulgue-a com antecedência aos que estarão presentes e aos demais interessados.
• Marque com antecedência. Ao divulgar, informe a todos os participantes sobre o tema e a pauta da
reunião, e sobre quem mais estará presente, para que possam chegar preparados com dados e ideias.
A antecedência necessária depende do tema e do contexto: às vezes, 30 minutos de antecedência
podem ser suficientes, e em outras vezes 48h pode ser pouco. Mas reuniões marcadas com 5 minutos
de antecedência não produzirão decisões tão eficientes quanto as marcadas com tempo suficiente para
os participantes reunirem e atualizarem informações.
• Defina horário e duração. E não exceda a duração definida, a não ser que seja de comum acordo.
• Não chame “todo mundo”. Pessoas que são partes interessadas, mas precisam apenas ter ciência ou
emitir opinião acerca do que ocorrerá na reunião, em geral podem fazê-lo apropriadamente a partir da
leitura da pauta e da ata. Uma reunião só com as pessoas envolvidas diretamente tem mais chances de
ser produtiva - mas envolva não apenas os tomadores de decisão: chame também as pessoas que são
capazes de resolver os problemas.
• Lide com participantes temporários. Se você tem uma pauta bem definida, pode dispensar os
participantes que foram chamados apenas para um ponto específico dela, assim que este ponto for
tratado. Deixe isto claro desde o princípio.
• Defina um secretário. Um dos participantes da reunião deve ficar encarregado de acompanhar os pontos
da pauta, para certificar-se de que serão todos discutidos, tomar notas sobre as decisões relacionadas
e gerar uma ata sumarizando todas as informações imediatamente após a reunião. Antes de encerrar
a reunião, o secretário deve ter 5 minutos para ler suas anotações sobre as decisões tomadas, a fim
de certificar-se de que estão todos de acordo. O ideal é haver um mecanismo definido sobre a forma
de divulgar esta ata: todos precisam assinar, ou apenas a autoridade responsável pela reunião? É um
documento público ou não? Quanto mais firme for esta política, mais automática será a difusão das
informações da reunião.
• Tenha uma política clara quanto a atender telefonemas durante a reunião. Nem sempre é possível
evitar todas as chamadas, mas procure definir uma etiqueta própria, em que as chamadas atendidas
sejam sempre abreviadas. Não deixe o celular levar vantagem: privilegie as pessoas que abriram mão de
suas demais atividades para estar fisicamente reunidas com você.
• “Pule” as discussões operacionais. Assim que for decidido “o que” fazer, a tendência é de que as pessoas
ou áreas diretamente envolvidas queiram discutir imediatamente “como” fazer - mas isto tende a não
afetar de forma imediata a todos os presentes. Faça com que marquem uma reunião entre eles, e
prossiga com sua pauta original.
• Não permita que o debate seja monopolizado ou polarizado. Garanta o livre fluxo de manifestações e
opiniões: se necessário, interfira para garantir voz e vez a todos.
• Gere decisões efetivas. A reunião não deve definir apenas “o que” fazer, mas também qual o próximo
passo, e quem entre os presentes será o responsável por ele.
• Permita a discussão de itens que não estavam na pauta original. Mas apenas no final da reunião, após
encerrar todos os temas originalmente agendados.
A pauta não precisa ser um documento formal, mas para ser útil deve conter no mínimo os seguintes itens:
• Tema da reunião;
• Motivo da sua realização;
• Tópicos agendados.
Da mesma forma que a pauta, uma boa ata ou minuta simplificada deve registrar de forma clara e direta as
decisões da reunião. Assim, ela deve incluir:
• Tema da reunião;
Networking é uma palavra em inglês que indica a capacidade de estabelecer uma rede de contatos ou uma
conexão com algo ou com alguém.
Essa rede de contatos é um sistema de suporte onde existe a partilha de serviços e informação entre
indivíduos ou grupos que têm um interesse em comum.
O networking é utilizado para vários fins: busca de oportunidades para nosso negócio, intercâmbio de
know-how, formação de alianças, etc. Além disso, está baseado no princípio da reciprocidade e possui um efeito
multiplicador. Ou seja, quanto mais dispostos estivermos a colaborar com nossos contatos, mais as pessoas de
nossa rede se beneficiarão e, por sua vez, terão maior disposição a colaborar com todos os envolvidos, inclusive
nós mesmos.
Saídas
Comunicações do projeto
Esta é obviamente a principal saída deste processo. E como já vimos, as comunicações do projeto podem
ser de vários tipos: relatórios, e-mails, apresentações, dashboards etc.
• Registros do projeto: estes organizam informações relevantes sobre o projeto e podem incluir e-mails,
atas de reunião e outros tipos de comunicação de acordo com o contrato. Para que os registros do
projeto possam ser facilmente consultados, eles devem ter uma organização lógica, serem facilmente
acessíveis e refletirem o estado atual do projeto. Uma das formas de armazenar essas informações
são as pastas fichário, outra forma (mais atual) é manter tais registros na intranet ou web sites da
organização. Veja que ao final do projeto, estes registros virarão informações históricas.
• Relatórios do projeto: são todos os relatórios de acompanhamento do projeto, bem como as atas de
reunião, lições aprendidas, relatórios de encerramento, registro das questões etc.
A implementação de uma resposta ao risco é a atividade que realmente agrega valor ao seu projeto.
Você pode prevenir uma ameaça de ocorrência ou minimizar os efeitos negativos. A execução é a chave neste
momento.
Se você lidar com ameaças, você tem basicamente três opções: prevenção de riscos, minimização de riscos
e aceitação de riscos. Evitar riscos significa que você organiza seu projeto de tal forma que você pode não
encontrar mais nenhum risco.
Implemementar as respostas aos riscos (11.6)
Riscos devem ser acompanhados por todo o projeto, e quando verificado que poderão acontecer, respostas
a eles devem ser implementadas. Dessa forma, este processo tenta garantir que as respostas acordadas na fase
de planejamento sejam colocadas em prática conforme planejado.
É muito importante lembrar, que todos os processos do gerenciamento de riscos devem ser repetidos ao
longo do ciclo de vida de projeto já que novos riscos podem surgir.
O processo
Este processo é composto pelos seguintes elementos:
Entradas
Plano de gerenciamento do projeto
Desse plano usaremos o plano de gerenciamento de riscos que como já vimos em aulas anteriores é o
documento que indica como os riscos serão identificados, gerenciados, controlados e tratados. Neste processo,
as principais informações que retiramos desse plano são: papéis e responsabilidades de forma a alocar os
responsáveis pela implementação das respostas acordadas.
Documentos do projeto
• Registro as lições aprendidass: as lições aprendidas de outros projetos e do próprio projeto em execução
podem ser utilizadas para aprimorar a execução deste processo.
• Registro dos riscos: O registro dos riscos contém as respostas acordadas para cada risco individual, bem
como os responsáveis pela implementação dessas respostas.
• Relatórios de riscos: estes relatórios descrevem a fonte geral dos riscos bem como o status atual do
projeto.
Ferramentas e técnicas
Opinião especializada
Especialistas podem ser utilizados para implementar da forma mais eficiente e eficas as respostas aos riscos
em curso.
Saídas
Solicitações de mudança
A implementação das respostas aos riscos pode exigir que alguma alteração seja executada, sendo assim,
solicitações de mudança devem ser submetidas ao processo Realizar o controle integrado de mudanças que
veremos em uma aula futura.
Na figura a seguir mostramos em laranja quais são essas atividades e em seguida o detalhamento de cada
uma delas.
Início
Especificar o trabalho a
Selecionar fornecedores
adquirir
Gerenciar acordos e
Elaborar solicitação de
desempenho do
propostas / cotações
fornecedor
1
Fim
Fluxo de aquisições
Solicitar propostas / cotações
O envio da solicitação de proposta ou de cotação aos potenciais fornecedores, também conhecido como
convite para licitação (CPL), pode ser realizado após o processo ou planejamento da aquisição estar definido.
Quando os fornecedores potenciais já estão identificados, a especificação do trabalho das aquisições está
pronta, o critério de seleção e demais aspectos para conduzir a aquisição já estão formalizados na solicitação de
proposta (SDP), basta enviá-la aos potenciais fornecedores que concorrerão pelo fornecimento.
Por vezes a SDP é formalizada como um edital que é publicado para que potenciais fornecedores tomem
conhecimento do projeto e se candidatem ao fornecimento. No caso de um edital de concorrência no setor
público, o Estado (governos federal, estadual ou municipal) precisa publicar o edital no Diário Oficial da União
(DOU) ou dependendo da aquisição, via sites de pregão eletrônico do governo.
Outra prática utilizada é a organização de reuniões com os potenciais fornecedores. Essas reuniões são
também conhecidas como bidder conferences. Nesta ocasião os fornecedores podem tirar suas dúvidas. As
dúvidas são esclarecidas durante a reunião e também compartilhadas com todos (via e-mail, por exemplo), pois
nem todos os fornecedores comparecem às reuniões.
Selecionar fornecedor(es)
A classificação da proposta de um fornecedor em relação aos demais não determina imediatamente o
vencedor a ser contratado pelo projeto. Antes disso, seguindo orientações que devem estar indicadas na SDP,
o fornecedor precisa apresentar certidões negativas de débitos junto a órgãos públicos como INSS, prefeitura,
além de comprovantes de recolhimento do FGTS, entre outros. Além destas comprovações pode ser requerido
do potencial fornecedor a apresentação de outras informações de crédito e que demonstrem a sua “saúde
financeira” e condição de assumir o compromisso do fornecimento. Também essas comprovações por parte do
fornecedor podem alterar a sua classificação e até eliminá-lo do processo de seleção.
Fornecedor(es) definido(s)?
A proposta que apresentar o conteúdo esperado e adequado aos requisitos do fornecimento especificados
na ETAq, com melhor pontuação resultante da aplicação do critério de seleção definido e cujo fornecedor
demonstre a competência e capacidade requeridos pelo fornecimento, definirá o(s) fornecedor(es) a ser(em)
contratado(s).
O processo de classificação e escolha do fornecedor pode levar a uma situação que exija solicitar nova
rodada de propostas de novos potenciais fornecedores, por exemplo, se os primeiros não se qualificarem para
o fornecimento.
No sentido de estabelecer um acordo legítimo entre as partes envolvidas a área jurídica das empresas,
do cliente e do fornecedor, é consultada. Por vezes, a área jurídica da empresa que empreende o projeto
(cliente) é consultada desde a sugestão da prévia ou minuta de contrato com as cláusulas a serem praticadas
na contratação.
Conduzir as aquisições (12.2)
É neste processo que as compras são efetivamente realizadas. Segundo o Guia PMBOK® é neste processo
que a equipe receberá licitações ou propostas e aplicará os critérios de seleção já estabelecidos no plano de
gerenciamento das aquisições para escolher um ou mais fornecedores qualificados para o trabalho.
Se as aquisições forem um ponto importante no projeto, este processo será repetido inúmeras vezes durante
o seu ciclo de vida. Por isso é interessante manter uma lista atualizada de fornecedores já pré-qualificados e
então realizar uma avaliação mais detalhada com esses fornecedores.
O processo
Este processo é composto pelos seguintes itens:
Veja que este processo só precisará ser executado caso seu projeto necessite de alguma aquisição externa.
Entradas
Plano de gerenciamento do projeto
Como entrada deste processo, vários planos auxiliares poderão ser usados, tais como:
• Plano de gerenciamento do escopo: este plano pode indicar como o escopo de partes que serão
executadas por fornecedores será gerenciado.
• Plano de gerenciamento dos requisitos: este plano pode inidcar como os requisitos de partes que serão
executadas por fornecedores será gerenciado.
• Plano de gerenciamento das comunicações: este plano indica como as comunicações com fornecedores
será efetivada.
• Plano de gerenciamento dos riscos: aquisições envolvem riscos, tais como: atrasos em entregas, produtos
defeituosos, falência de fornecedores etc. Por isso, este plano descreve como os riscos relativos a
fornecedores serão gerenciados.
• Plano de gerenciamento das aquisições: este plano serve como um guia para a equipe em relação as
aquisições. Ele descreve de forma detalhada como serão executadas as atividades deste processo.
• Linha de base dos custos: esta linha de base contém os valores orçados que poderão ser utilizados com
as aquisições.
Documentos do projeto
• Registro das lições aprendidas: este registro pode conter informações de fornecedores problemáticos e
que devem ser evitados, melhores formas de negociação etc.
• Cronograma do projeto: no cronograma podem estar indicadas as datas de entrega e efetivo uso dos
itens adquiridos.
• Documentação dos requisitos: este documento contém os detalhes necessários para que o fornecedor
cumpra com os requisitos solicitados.
• Registro dos riscos: vários riscos podem ter sido identificados, tais como, atrasos em entregas, produtos
defeituosos etc e tais riscos compõem este registro.
• Registro das partes interessadas: as partes interessadas podem influenciar as aquisições, solicitando por
exemplo, que um determinado fornecedor seja escolhido em detrimento de outro.
Documentação de aquisições
Documentos de licitação
Os documentos de aquisições são usados em todos os processos de Aquisições, porém, têm objetivos e
formatos distintos que variam de acordo com o processo em que estão inseridos.
Durante este processo, eles são utilizados para solicitar propostas de possíveis fornecedores. E variam de
acordo com o tipo de solicitação. Podem ser:
Esta também é uma saída do processo de Planejamento do gerenciamento das aquisições. Este documento
é a maneira formal de comunicar aos fornecedores as razões que sustentam determinada necessidade
contribuindo de forma decisiva para que o fornecedor, desde uma fase inicial do projeto, tenha a percepção
correta sobre aquilo que o cliente deseja.
As estimativas independentes são usadas para verificar se as respostas das propostas vindas dos fornecedores
estão dentro de um universo aceitável. Essas estimativas podem ser desenvolvidas pelo departamento de
aquisições da organização contratante ou por um consultor externo.
Caso existam grandes diferenças entre as propostas, provavelmente a especificação do trabalho das
aquisições não está completa ou os fornecedores não entenderam corretamente o que se deseja adquirir.
Esta entrada, que é uma das saídas do processo Planejar o gerenciamento das aquisições, define quais
os critérios para seleção de fontes ou fornecedores que serão usados para medir, comparar e/ou pontuar as
propostas dos fornecedores.
Ou seja, para escolher um fornecedor de forma objetiva são definidos critérios (tais como: prazo de
entrega, aspectos técnicos, preço etc) que cada fornecedor deve atender. Os melhores pontuados devem ser os
selecionados
Ferramentas
Opinião especializada
Como já vimos em praticamente todos os processos, a opinião especializada também poderá ser usada
aqui. Opiniões de pessoas dos departamentos: jurídico, financeiro, marketing, vendas, engenharia entre outros
são muito bem vindas.
Publicidade
Caso seja necessário consultar mais fornecedores do que os listados anteriormente, pode-se optar por
fazer uma requisição pública de propostas e nesse caso os meios publicitários podem ser usados para que essas
solicitações alcancem um maior número de interessados.
Na internet é possível encontrar diversas empresas fornecedoras dos mais variados itens que podem ser
necessários para o desenvolvimento do projeto e além disso podem ser realizadas pesquisas de valores e
prazos para verificar se os valores anteriormente orçados por fornecedores estão de acordo com a realidade do
mercado.
Reuniões com licitantes
Para entender melhor as propostas enviadas pelos licitantes, para esclarecer melhor o que está sendo
requerido ou mesmo para negociar melhor os termos de alguma proposta enviada, pode ser necessário realizar
reuniões diretas com os licitantes.
As reuniões devem ser planejadas com antecedência de modo a garantir entendimento claro e comum
e que nenhum licitante tenha tratamento preferencial. O gerente é o responsável por planejar essa reunião,
coordená-la e divulgar seus resultados. A ata com as respostas as dúvidas individuais devem ser divulgadas para
todos participantes.
As reuniões podem ser em grupo ou individuais. Veja que embora as reuniões em grupo deem maior
transparência ao processo e gerem menor esforço, elas têm como desvantagens: permitir que cada fornecedor
conheça seus concorrentes e maior dificuldade em conciliar agendas.
Análise de dados
Técnicas de avaliação de propostas
As técnicas de avaliação de propostas definem o processo formal de revisão da avaliação conforme políticas
de aquisição do comprador.
Existem diversas técnicas que podem ser utilizadas para avaliação das propostas. Mas elas irão depender do
tamanho da aquisição a ser feita. Aquisições mais simples talvez só precisem de uma comparação de preços. Já
aquisições mais complexas talvez precisem de diversas rodadas de avaliação para que se estabeleça uma lista
de possíveis fornecedores.
Os tipos de materiais que o projeto necessita irão ditar o quão detalhados serão os critérios de avaliação.
Alguns materiais só precisarão ser avaliados pelos preços. Assim, o fornecedor vencedor será aquela que oferecer
o menor preço. Este tipo de compra é típico quando o material a ser comprado é muito comum no mercado.
Os critérios a serem estabelecidos podem ser de dois tipos: eliminatórios (obrigatórios) e classificatórios e
podem funcionar da seguinte forma:
• Eliminar fornecedores quem não atenderem pelo menos um dos critérios obrigatórios ou eliminatórios.
Devemos ter em mente que o que deve ser avaliado é o custo total da aquisição e isso inclui frete, impostos,
custo operacional (salário do comprador) entre outros. Por isso, não devemos selecionar a proposta que
apresenta o menor custo do material/equipamento sem avaliar os demais custos.
Capacidade técnica
Em grandes e complexas aquisições é comum que se julgue inicialmente a proposta “técnica”, ou seja,
aquela que mostra como os requisitos do produto serão atendidos e depois se julgue a “econômica”, que mostra
como será o preço, o custo operacional e os desembolsos. Assim, só participarão da 2ª rodada, os fornecedores
que foram aprovados na 1ª.
Contratação direta
Esta não é uma forma usual de compra, já que pode incorrer em ações antieconômicas para a organização.
Mas em alguns casos não há outra opção, principalmente naqueles em que só há um fornecedor capacitado
para entregar o desejado ou que mesmo havendo mais de um fornecedor, só um deles consegue entregar
dentro do prazo estipulado.
Sistema de ponderação
Neste sistema, também chamado de modelos de pontuação, cria-se uma matriz de decisão, atribuem-se
pesos (escala de 1 a 5, 1 a 10, ou similar) aos critérios estabelecidos. Para cada fornecedor é dada uma nota em
determinado critério e assim calcula-se a média ponderada. O fornecedor com maior pontuação total será o
vencedor.
Esta ferramenta é muito útil quando existem vários fornecedores a serem escolhidos, uma vez que permite
ordenar as propostas.
Técnicas analíticas
As técnicas analíticas são usadas no gerenciamento de projetos para prever possíveis resultados simulando
cenários e valores das variáveis do projeto. No caso das aquisições estas técnicas são utilizadas para auxiliar
na identificação do preparo do vendedor para fornecer os produtos/serviços solicitados, determinar o custo
esperado e evitar estouros de orçamento decorrentes de mudanças. Ao analisar as informações de desempenhos
anteriores, é possível identificar as áreas de maior risco e que devem ser monitoradas com mais cuidado.
Em geral após a escolha do fornecedor, ocorre a negociação contratual. Ela abrange todas as atividades de
esclarecimento de dúvidas quanto à estrutura e requisitos do contrato, até que se chegue a assinatura final.
Assim, habilidades de negociação são muito úteis aqui, pois em uma contratação existem dois pontos
opostos: um que quer comprar pelo menor preço e outro que quer vender pelo maior preço. Assim, saber
negociar não é conseguir o menor preço, e sim o melhor acordo entre as duas partes de forma que nenhuma
delas se sinta lesada.
O Guia PMBOK® faz um comentário bem interessante sobre este tópico, ele indica que o gerente não pode
ser o principal negociador nas aquisições. Ele deve, sim, juntamente com sua equipe, participar das negociações
auxiliando no que for necessário (esclarecimentos técnicos, de qualidade, prazos, orçamentos aprovados etc).
Essa recomendação cabe bem em projetos grandes, onde só o gerenciamento das aquisições já é um projeto.
Saídas
Vendedores selecionados
Estes são os fornecedores que atenderam aos critérios de seleção estabelecidos. Dependendo do tipo
da aquisição, o fornecedor selecionado será aquele que apresentou o menor o preço. Em outros casos, será
aquele que além de atender aos critérios, já negociou uma minuta do contrato e que deverá ser aprovado pela
administração sênior da organização antes da adjudicação.
Acordos
O acordo (ou contrato) é a principal saída do processo Conduzir as Aquisições e contém os termos e
condições do item (produto ou serviço) a ser adquirido.
Por isso, deve conter clausulas e condições em perfeita conexão. Não devem existir clausulas e/ou condições
supérfluas. Geralmente, as divergências entre as partes ocorrem devido à redação equivocada do contrato.
• Impedir impasses.
Ele deve ser elaborado por um ou mais especialistas com o acompanhamento próximo do gerente de
projeto.
O acordo normalmente é formalizado através da assinatura de um contrato pelas duas partes envolvidas,
comprador e vendedor, além de suas testemunhas.
É importante ressaltar que, pelo fato de se tratar de um documento com validade jurídica, a assinatura de
um contrato, pode depender da aprovação de diversos setores da organização (compras, jurídico etc), o que
normalmente consome um tempo precioso do projeto.
Solicitações de mudança
As aquisições podem gerar solicitações de mudança no escopo, prazo, custo, qualidade etc. Por isso, as
solicitações de mudança no plano de gerenciamento do projeto, nos planos auxiliares e em outros componentes
são processadas para revisão e disposição por meio do processo Realizar o controle integrado de mudanças.
O Guia PMBOK® indica o seguinte processo para o gerenciamento efetivo das das partes interessadas:
Partes interessadas precisam de muitas informações em todos os formatos que forem possíveis de serem
providenciados. A fim de que o projeto tenha mais chances de ter sucesso é preciso que o gerente do projeto:
O gerenciamento das comunicações está intimamente ligado ao gerenciamento das partes interessadas,
ou seja, os dois planos se complementam. Um dos principais aspectos ligados ao gerenciamento das partes
interessadas é que devemos sempre mantê-las informadas e como isso será feito está definido no gerenciamento
das comunicações.
Gerenciar o engajamento das partes interessadas
(13.3)
Este processo tem objetivo satisfazer as necessidades das partes interessadas a partir do/a:
• Gerenciamento das comunicações;
• Solução de problemas;
• Engajamento deles no projeto;
• Gerenciamento de suas expectativas;
• Negociação e influência;
• Melhora do desempenho do projeto pela implementação das solicitações de mudança; e
• Gerenciamento de suas preocupações em antecipação a potenciais problemas.
Um ponto interessante a ser destacado é que a influência das partes interessadas é maior no início do
projeto e vai caindo à medida que ele progride.
Por exemplo, no início do projeto as partes interessadas podem usar sua influência para definir o escopo
de acordo com suas vontades, podendo até sabotá-lo e encerrá-lo logo nas primeiras semanas. Mas à medida
que o projeto progride, qualquer alteração no escopo pode gerar custos adicionais que pode tornar inviável tal
solicitação.
O Processo
Este processo é composto pelos seguintes itens:
Entradas
Plano de gerenciamento do projeto
• Plano de gerenciamento das comunicações: Este plano mostra quais são os requisitos das comunicações
das partes interessadas, ou seja, que informações cada um receberá, em que formato, em qual
periodicidade, em que nível de detalhe, como serão encaminhadas etc.
• Plano de gerenciamento dos riscos: este plano indica as categorias de risco, os apetites ao risco das
partes interessadas e os formatos de relatórios que poderão ser usados.
• Plano de engajamento das partes interessadas: Este plano tem como objetivo principal definir as
estratégias para aumentar o apoio, reduzir as resistências e minimizar os impactos negativos das partes
interessadas durante todo o ciclo de vida do projeto.
• Plano de gerenciamento de mudanças: este plano mostra como as mudanças serão gerenciadas no
projeto. Veja que isto é importante, pois partes interessadas podem forçar a “barra” e querer que uma
determinada alteração seja efetuada sem o devido controle.
Documentos do projeto
• Registro das mudanças: Este documento será visto em detalhes quando abordamos o processo Realizar
o controle integrado de mudanças no capítulo referente à integração do monitoramento e controle.
Resumidamente temos que ele é utilizado para documentar as mudanças no projeto e seus impactos
em relação ao tempo, ao custo e ao risco. Ele deve ser encaminhado às partes interessadas para que
tomem conhecimento do que anda acontecendo no projeto.
• Registro das questões: este registro pode conter quaisquer preocupações indicadas pelas partes
interessadas. Assim, de forma a manter tais partes sob controle, é bom manter este registro atualizado.
• Registro das lições aprendidas: lições aprendidas sobre as mesmas partes interessadas presentes em
projetos anteriores podem ser muito úteis para o gerenciamento atual.
• Registro das partes interessadas: este documento contém a lista das principais partes interessadas.
Ferramentas e Técnicas
Opinião especializada
Procure ajuda de especialistas em áreas tais como, estruturas de poder na organização, cultura organizacional,
estratégias de comunicação etc.
Veja que essas habilidades são importantes para que você consiga manter o engajamento das partes
interessadas no seu projeto.
Habilidades de comunicação
Como já mencionado, este processo está intimamente ligado aos processos de comunicação, e esta é uma
ferramenta dessa área de conhecimento. Assim, com base nos requisitos de comunicações das partes interessadas
o gerente decide que métodos irá utilizar. Além disso, também irá decidir pelos formatos, periodicidade, grupos
etc.
Regras básicas
Esta é uma lista de comportamentos aceitáveis e inaceitáveis adotados por uma equipe e partes interessadas
do projeto para melhorar as relações, a eficácia e a comunicação no trabalho.
Reuniões
As reuniões são usadas para se discutir tópicos relevantes ao engajamento das partes interessadas.
Saídas
Solicitações de mudança
As partes interessadas podem solicitar mudanças a qualquer momento. Por isso, as solicitações de mudança
no plano de gerenciamento do projeto, nos planos auxiliares e em outros componentes serão processadas para
revisão e disposição por meio do processo Realizar o controle integrado de mudanças.
Por exemplo, imagine que o relatório de desempenho semanal de status seja publicado na intranet da
empresa, mas um grupo de diretores passa a maior parte do tempo viajando. Para eles o ideal seria receber
em seus smartphones tais informações. Nesse caso, tanto o plano de gerenciamento das partes interessadas
quanto o de comunicações deverão ser alterados para refletir tal requisito.