Relatório de Estágio - Isabele Sena - 2022

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA


NÚCLEO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PETRÓLEO

ISABELLE DE SENA TABOSA DE ANDRADE

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR

SÃO CRISTÓVÃO
2022
ISABELLE DE SENA TABOSA DE ANDRADE

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR

Relatório de Estágio Curricular realizado


na PERBRAS – Empresa Brasileira de
Perfurações, apresentado ao núcleo de
graduação em Engenharia de Petróleo
como requisito obrigatório para a obtenção
do título de bacharel em Engenharia de
Petróleo pela Universidade Federal de
Sergipe.

Orientadora: Rosivânia da Paixão Silva


Oliveira

SÃO CRISTÓVÃO
2022
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA
NÚCLEO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PETRÓLEO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR

Dados da estagiária

Nome: Isabelle de Sena Tabosa de Andrade


Registro acadêmico: 201410098423
Curso e período: Engenharia de petróleo / 2021.2

Dados do estágio

Início do estágio: 15/04/2022


Empresa: PERBRAS – Empresa Brasileira de Perfurações
Supervisor técnico: Antônio Raphael Brito Meireles
Supervisor pedagógico: Rosivânia da Paixão Silva Oliveira

SÃO CRISTÓVÃO
2022
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA
NÚCLEO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PETRÓLEO

AVALIAÇÃO DO RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR

Nome: Isabelle de Sena Tabosa de Andrade


Registro acadêmico: 201410098423
Curso e período: Engenharia de petróleo / 2021.2

BANCA EXAMINADORA

_______________________________________________
Profa. Me. Rosivânia da Paixão Silva Oliveira

_______________________________________________
Prof. Me. Humberto de Lucena Lira

_______________________________________________
Prof. Dr. Rhaul Phillypi da Silva

SÃO CRISTÓVÃO
2022
RESUMO

A PERBRAS é uma empresa prestadora de serviços que atua tanto em campos


onshore quanto offshore. O estágio foi realizado na cidade de Carmópolis-SE, onde a
empresa possui uma base administrativa que é responsável por 9 polos que fazem a
coleta, tratamento, monitoramento e distribuição do petróleo. Neste relatório está
descrito todas as atividades realizadas tanto na parte administrativa quanto na parte
técnica, englobando gestão de pessoas, organização de cursos, importância da saúde
e segurança ambiental e ocupacional, equipamentos utilizados em um processamento
primário, sistema de gestão integrado, programas para melhoria da organização e
conscientização dos aspectos e impactos ambientais e de saúde, programas internos
da empresa, entre outros.
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Plataforma de cursos EAD ....................................................................... 10


Figura 2 – Curso digitalizado (NR 33) ....................................................................... 11
Figura 3 – Relatório da avaliação eficácia RTA......................................................... 12
Figura 4 – Planilha de aspectos e impactos ambientais ............................................ 13
Figura 5 – Cartilha de orientações gerais .................................................................. 14
Figura 6 – Campanha de disciplina operacional........................................................ 15
Figura 7 – LV de auditoria / Verificação de Eficácia .................................................. 16
Figura 8 - Manifold .................................................................................................... 19
Figura 9 - Entrada do anti incrustante na LC ............................................................. 20
Figura 10 - Reservatório de Desemulsificante........................................................... 20
Figura 11 - Inserção do desemulsificante .................................................................. 21
Figura 12 - Misturadores ........................................................................................... 21
Figura 13 - Bomba dosadora ..................................................................................... 22
Figura 14 - Separador de água livre (SAL) ................................................................ 22
Figura 15 – Válvula de nível ...................................................................................... 23
Figura 16 - Controlador de nível ................................................................................ 23
Figura 17 - Compressores ......................................................................................... 24
Figura 18 - Separador trifásico .................................................................................. 24
Figura 19 – Válvula de peso ...................................................................................... 25
Figura 20 - Tanque de óleo (TQ) ............................................................................... 25
Figura 21 - Bomba de Transferência (BTR) .............................................................. 26
Figura 22 - Gas Struggle (GS) Figura 23 - Blowdown 27
Figura 24 - Dispersor ................................................................................................. 27
Figura 25 - Selo hídrico ............................................................................................. 28
Figura 26 - Caixa API (primeira barreira de contenção) ............................................ 28
Figura 27 - Rolos coletores e calhas ......................................................................... 29
Figura 28 - Bomba de recuperação de óleo (BRO) ................................................... 29
Figura 29 - Vertedouro .............................................................................................. 30
Figura 30 - Bombas de Descarte de Água (BDAs) .................................................... 30
Figura 31 - Esquemático do manifold após alinhamento do poço para teste ............ 31
Figura 32 - Linha de Conjunto (LC) e Linha de Teste (LT) ........................................ 32
Figura 33 - Misturador EST MG ................................................................................ 32
Figura 34 - Vaso Separador bifásico ......................................................................... 33
Figura 35 - Válvulas de nível Figura 36 - Válvula de peso....... 33
Figura 37 - Tanque de armazenamento .................................................................... 34
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 7
2. APRESENTAÇÃO DA EMPRESA ....................................................................... 7
3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ........................................................................ 9
3.1 Realização de cursos.......................................................................................... 9
3.2 Atividades administrativas e gestão de pessoas ........................................... 10
3.2.1 Organização dos cursos realizados pelos colaboradores .......................... 10
3.2.2 Gestão de mudanças ..................................................................................... 11
3.2.3 Desenvolvimento de avaliação de eficácia RTA .......................................... 12
3.2.4 Programa Verde Ghaia ................................................................................... 12
3.2.5 Desenvolvimento de cartilha de orientações gerais ................................... 13
3.2.6 Desenvolvimento de campanha de disciplina operacional ........................ 14
3.3 Visita técnica as estações de operação .......................................................... 16
3.3.1 Estação: Vapor IV ........................................................................................... 16
3.3.2 Estação: Santo Antônio ................................................................................. 17
3.3.3 Estação: Nova Magalhães ............................................................................. 19
3.3.4 Estação: Mato Grosso.................................................................................... 31
4. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 34
5. REFERÊNCIAS .................................................................................................. 35
7

1. INTRODUÇÃO

A Perbras – Empresa Brasileira de Perfurações, iniciou suas atividades em


12/09/1966 prestando serviços para a Petrobras e desde 1980 alcançou o patamar de
ser uma empresa 100% brasileira. Sua sede fica na cidade de Catu, na Bahia, porém,
atualmente possui filiais nos estados do Rio de Janeiro, Sergipe, Espírito Santo e Rio
Grande do Norte.
A empresa possui um sistema de gestão integrado (SGI), que nada mais é do
que entregar os serviços com qualidade e integridade, atendendo aos requisitos dos
clientes, promover a conscientização e o comprometimento dos colaboradores,
proporcionar condições de trabalho seguras e saudáveis, eliminar perigos e reduzir
riscos de saúde e segurança ocupacional, prevenir a poluição e proteger o meio
ambiente minimizando os impactos ambientais dos processos e serviços, apresentar
conformidade legal ao atender os requisitos legais, regulamentares e estatutários das
partes interessadas e promover a melhoria contínua do desempenho do sistema de
gestão.
A primeira atividade desenvolvida pela Perbras foi a atuação nos campos
onshore com Sondas de Perfuração Terrestre (SPT), que é a especialidade do corpo
técnico da empresa. Porém, a Perbras oferece diversos serviços, tanto na área
onshore como offshore. Dentre esses serviços estão: manutenção de equipamentos
em poços (serviços de montagem, instalação e desmontagem de equipamentos em
poços de petróleo, assim como limpeza em tubos de produção e perfuração,
hidrojateamento, desempeno, inspeção padrão etc.), intervenção com unidades de
circulação de água quente (UCAQ) ou fria e óleo quente (UCOQ), atividades de
slickline, operação com Sonolog digital e dinamômetro digital em poços, teste de
coluna de produção em poços, passagem de PIG, sonda de produção marítima,
marinharia, solda submarina, salvatagem, entre outros.
A perbras tem como missão ser referência em prestação de serviços na
indústria de óleo e gás com inovação, segurança, sustentabilidade e menores preços.

2. APRESENTAÇÃO DA EMPRESA
8

A fim de entender um pouco mais sobre a empresa, é importante destacar a


ideologia Perbras e os seus valores, que são: segurança em primeiro lugar,
sustentabilidade, trabalho em equipe, transparência, inovação, hierarquia plana e
morar próximo ao trabalho. Nesse sentido, a Perbras desenvolveu diversos programas
internos como: o amigo do peito, onde se for observado alguma atitude por parte de
algum colaborador que vá ocasionar risco a ele mesmo ou ao próximo, orientá-lo
através de intervenções construtivas e valorização da vida, para que não ocorra
novamente, preservando assim a saúde e segurança de todos. O PPP (Pausar,
Processar e Prosseguir) é usado a todo momento e é essencial para realização do
trabalho com segurança pois ele previne atitudes precipitadas e impulsivas já que
primeiramente deve-se pausar, processar a ideia, o pensamento, se perguntar se
aquilo está certo ou não, fazendo assim, uma análise crítica da situação, e só depois
prosseguir, dando continuidade à ação. O direito a recusa, que é o direito de recusar
alguma solicitação que vá colocar em risco a saúde, a integridade física ou a vida do
próprio colaborador e/ou de terceiros. AUDICOMP, que são auditorias
comportamentais internas realizadas com os operadores, através de visitas periódicas
às unidades com o intuito de detectar e prevenir falhas humanas operacionais, assim
como analisar itens de segurança. As 10 regras de ouro, que são regras básicas de
segurança do trabalho, têm como objetivo evitar comportamentos inseguros que
gerem violação de procedimentos, resultando em incidentes. As 10 regras de ouro
incluem: a permissão para trabalho (PT), o isolamento de energias, o trabalho em
altura, espaço confinado, atmosferas explosivas, o posicionamento seguro, o
equipamento de proteção individual (EPI), ter atenção as mudanças, a segurança no
trânsito, nunca trabalhar sob efeito de álcool e outras drogas. Campanha de disciplina
operacional, que tem o objetivo de reduzir e/ou mitigar erros operacionais resultantes
do descumprimento de procedimentos operacionais. O POS – Programa de Operação
Segura, que foi derivado do regulamento técnico na ANP (RTSGI – Regulamento
Técnico de Segurança da Integridade) e tem como objetivo fazer com que a empresa
operadora da instalação garanta a segurança de processos e ocupacional. O POS
consiste em etapas de capacitação e avaliação da equipe operacional, sendo elas:
Etapa 1: treinamento dos procedimentos operacionais relacionados a atividades da
estação. Etapa 2: Operador em treinamento acompanha visualmente e verbalmente a
atividade da estação. Etapa 3: Acompanhamento através de TLT (Treinamento Local
de Trabalho), onde o operador em treinamento realiza a atividade sob supervisão do
9

tutor capacitado. Etapa 4: Aplicação de VCP (Verificação de Conformidade com


Procedimento, de forma a garantir a eficácia do treinamento. O operador passa pela
avaliação supracitada e é avaliado pela equipe multidisciplinar onde é verificado sua
capacidade técnica e operacional para operar a estação. Somente após ter sido
aprovado o mesmo assumirá como operador da estação, garantindo assim, a
segurança da estação.
A unidade em que foi realizado o estágio, “OS MONITORAMENTO SEAL”, tem
base administrativa em Carmópolis-SE, e como o próprio nome já diz, é uma unidade
de monitoramento. O contrato é responsável por garantir o perfeito funcionamento das
estações, seja ela coletora, de injeção ou tratamento, monitorando as variáveis de
controle, pressão, nível, temperatura etc.
Basicamente, as estações são divididas de acordo com sua função e são
inseridas dentro do seu respectivo polo. Por exemplo, o polo Jericó possui estações
coletoras que são responsáveis por coletar a emulsão que vem de satélites e/ou poços
diretos. Essa emulsão passa por um processamento primário, onde é separado óleo,
gás e água. O gás é enviado para Unidade de Processamento de Gás Natural
(UPGN), a água e o óleo são enviados para outras estações, onde receberão o
tratamento adequado para especificação de acordo com a Agência Nacional de
Petróleo (ANP). No Polo Jericó estão as estações de Entre Rios, Jericó, Mercês,
Panelas e Nova Magalhães. No polo Riachuelo/Jordão, estão as estações de Mato
Grosso, Bonfim, Sitio Novo, Coqueiro, Jordão, Brejo Grande e Treme. No polo SZ,
estão as estações de SZ-1, SZ-2, Castanhal e Vapor de SZ. No polo oiteirinhos, estão
as estações de Santa Bárbara, Oiteirinhos 1, Oiteirinhos 2 e Santo Antônio. O polo
EIA, possui apenas uma estação, que é a estação EIA (Estação de Injeção de Água).
No polo vapor, estão as estações de Vapor IV, Vapor I e V. A Unidade de
Processamento de Gás Natural (UPGN) fica no Polo Gás. No polo bonsucesso, está
a estação de Bonsucesso, que é uma estação mais complexa e possui tratamento de
óleo e água. O polo CIC (centro integrado de comunicação) é responsável pelo
monitoramento de todas as estações.

3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

3.1 Realização de cursos


10

Para poder começar as atividades na empresa é necessário realizar alguns


cursos on-line através da plataforma digital da Perbras, mostrado na Figura 1, no link:
https://perbras.eadplataforma.com. Com o objetivo de agregar conhecimentos
relacionados a Saúde, Meio Ambiente e Segurança (SMS), Normas
Regulamentadoras (NRs), programas da empresa, instruções técnicas e código de
conduta.

Figura 1 – Plataforma de cursos EAD

Fonte: Próprio autor

3.2 Atividades administrativas e gestão de pessoas

3.2.1 Organização dos cursos realizados pelos colaboradores

Para os operadores poderem entrar nas estações e realizarem seu trabalho é


necessário que estejam com o ASO (Atestado de Saúde Ocupacional) e os cursos
atualizados e dentro da validade. O não cumprimento do mesmo, poderá acarretar
multa para empresa se verificado em um processo de auditoria realizado pela
Petrobras. Logo, é de extrema importância que todos os certificados dos cursos
estejam dentro da validade, impressos e assinados, guardados na pasta de cada
funcionário. Além disso, esses documentos precisam estar digitalizados para que
possam ser acessados on-line, ou seja, com maior facilidade.
Nessa atividade, foi preciso verificar dentro das pastas de cada colaborador se
o curso exigido pela Petrobras estava dentro da validade e digitalizá-los. Quando
11

encontrado alguma irregularidade, houve a sinalização para o coordenador de SMS,


João Jacinto, ficar ciente da situação e poder tomar as ações necessárias a fim de
corrigi-las. Na Figura 2, temos como exemplo o curso NR 33 realizado pelo
colaborador Gilson.

Figura 2 – Curso digitalizado (NR 33)

Fonte: Próprio autor

3.2.2 Gestão de mudanças

A gestão de mudanças é de extrema importância e é realizada basicamente em


3 situações diferentes. Quando existe mudança de pessoas, equipamentos e lay-out.
Para o primeiro caso, um exemplo comum é quando um operador muda de sua
estação habitual para outra que não tem domínio. Daí, faz-se necessário a gestão de
mudança de forma a garantir que operador assuma a nova estação de maneira
segura. Para o segundo caso, tem-se como exemplo quando uma bomba que trabalha
a 3000 rpm está com defeito e precisa ser substituída por outra. Mas a bomba que
tem disponível trabalha a 5000 rpm, logo, faz-se necessário a realização da gestão de
mudança, pois o operador precisa conhecer as características e operacionabilidade
do novo equipamento, de forma a garantir a sua adaptação no processo e avaliar se
a característica desse novo equipamento atende toda estrutura física da estação. Para
o terceiro caso (mudança de lay-out), tem-se como exemplo quando um tanque é
colocado no lado B, mas de acordo com a operação da estação ele precisa ser retirado
e colocado no lado C. Sendo assim, é analisado todos os riscos envolvidos na
alteração do lay-out de forma a garantir a segurança operacional e a HAZOP (Hazard
and Operability Study, ou seja, Estudo de Perigos e Operabilidade).
12

A gestão de mudança é feita pelos engenheiros em conjunto com os


operadores.

3.2.3 Desenvolvimento de avaliação de eficácia RTA

Foi desenvolvido através do google forms uma avaliação com 10 questões para
ser aplicada aos funcionários PERBRAS e avaliá-los em seus conhecimentos sobre o
tratamento de anomalias. Com os resultados obtidos da avaliação foi desenvolvido
um relatório que foi enviado para a Petrobras como prova de que os funcionários
tinham ciência dos assuntos abordados nos procedimentos, Figura 3.

Figura 3 – Relatório da avaliação eficácia RTA

Fonte: Próprio autor

3.2.4 Programa Verde Ghaia

O programa Verde Ghaia é um programa de gerenciamento de aspectos e


impactos ambientais. É nele que se realiza a gestão dos aspectos ambientais
significativos, monitoramento dos controles operacionais implementados, criação de
13

ações para melhoria e controle dos aspectos significativos e ainda correlaciona com
a Legislação aplicável. Todas as informações podem ser visualizadas on-line ou
através de relatórios que podem ser impressos e disponibilizados nos setores,
estações etc.
Nesse sentido, foram cadastrados no sistema todos os processos, atividades,
aspectos e impactos que a área operacional da OS MONITORAMENTO SEAL possui.
Facilitando o acesso a informação. Na Figura 4, podemos ver um exemplo da planilha
gerada pelo sistema.

Figura 4 – Planilha de aspectos e impactos ambientais

Fonte: Próprio autor

3.2.5 Desenvolvimento de cartilha de orientações gerais

Como o próprio nome já diz, foi desenvolvido uma cartilha para orientar os
trabalhadores em alguns assuntos de relevância, como fundamentos de segurança
de processos, alguns conceitos gerais (Estudo de análise de risco – EAR, análise
preliminar de risco – APR, HAZOP, Salvaguarda, elementos críticos etc), livro de
registro da NR-13, preenchimento da GIMA, Estrutura Organizacional de Resposta
(EOR), programas da PERBRAS, documentação de segurança da instalação e ramais
de comunicação das estações. Uma parte da cartilha está representada na Figura 5.
14

Figura 5 – Cartilha de orientações gerais

Fonte: Próprio autor

3.2.6 Desenvolvimento de campanha de disciplina operacional

O objetivo da campanha de disciplina operacional é reduzir e/ou mitigar erros


operacionais resultantes do descumprimento de procedimentos operacionais. Dessa
forma, foi desenvolvida uma cartilha com itens de extrema importância para a
operação, mostrando como o procedimento deve ser feito e alguns erros comuns
cometidos. Primeiramente, as cartilhas foram impressas e distribuídas nas estações
para que os operadores pudessem ler e tirar quaisquer dúvidas. Uma parte desta
cartilha está representada na Figura 6.
15

Figura 6 – Campanha de disciplina operacional

Fonte: Próprio autor

Posteriormente, os operadores passaram por uma auditoria interna para


verificar se estavam cientes dos itens abordados na campanha de disciplina
operacional, os resultados foram registrados e foi verificado se estavam conformes ou
não, de acordo com a Figura 7.
16

Figura 7 – LV de auditoria / Verificação de Eficácia

Fonte: Próprio autor

3.3 Visita técnica as estações de operação

3.3.1 Estação: Vapor IV

O processo de geração de vapor inicia-se a partir da coleta de água vinda de


rios, lagos etc. Esta água após coletada, passa por um processo de filtração para ser
retirado areia e sedimentos. Logo em seguida a água entra, pela parte de cima, em
tanques que estão cheios de resinas poliméricas de troca iônica. Essas resinas têm o
papel de retirar a dureza da água que pode gerar problemas de incrustação na linha.
Basicamente ocorre uma troca, em que a resina retira cálcio (𝐶𝐶𝑎𝑎+2 ) e magnésio
17

(𝑀𝑀𝑔𝑔+2 ) da água e doa sódio (𝑁𝑁𝑎𝑎+ ). Este procedimento é realizado duas vezes, em
dois tanques em série, para garantir que a dureza seja retirada corretamente.
Está água sem dureza, agora chamada de água abrandada, passa por uma
linha em que nesta linha é adicionado bissulfito de sódio (𝑁𝑁𝑁𝑁𝑁𝑁𝑁𝑁𝑂𝑂3 ) para retirar o
oxigênio da água que também pode gerar problemas de corrosão. Após esses
processos, a água está pronta para ir para o gerador de vapor (GV).
A estação também recebe o gás natural que é redirecionado para o GV em uma
pressão de trabalho que pode variar entre 1,5kgf/cm² e 3kgf/cm²
O GV é alimentado com a água abrandada, o gás natural e o ar. A fonte de
ignição que gera a chama é elétrica. A água passa primeiramente pelo trocador de
calor, posteriormente pela câmara de convecção até ir para a parte interna do GV, na
câmara de radiação, onde a mesma será transformada em vapor. Este vapor passa
por ajustes para garantir a qualidade de título (entre 70% e 80%), saindo do GV com
uma temperatura média de 300ºC e enviado para os poços de injeção de vapor.

3.3.2 Estação: Santo Antônio

A estação Santo Antônio é uma estação coletora, onde nela ocorre o


processamento primário (separação de óleo, água e gás). O processo inicia-se no
manifold, que recebe a emulsão dos poços e satélites dos campos. A emulsão é
direcionada através das linhas de tratamento de óleo (LTOs) primeiramente para o
separador de água livre (SAL). Porém, antes de chegar no SAL, é adicionado na linha
desemulsificante com o objetivo de desestabilizar a emulsão e aumentar a
coalescência entre as gotículas de óleo e separá-las da água. No trajeto entre o
manifold e o SAL, além de ser adicionado o desemulssificante, a emulsão passa por
misturadores (seção da tubulação com haletas), que vão fazer o escoamento ficar
turbulento naquela região e consequentemente fazer com que o desemulsificante
possa atingir a maior quantidade de partículas possível, ou seja, ajuda a misturar o
produto na emulsão.
Ao chegar no SAL o óleo é separado da água, como a água é mais densa que
o óleo, fica na parte de baixo do separador. Uma válvula de nível controla a saída de
água, que vai para a caixa API e a emulsão (óleo + água) vai para o separador
trifásico. No separador trifásico é separado água, óleo e gás. O gás sai por cima e é
18

direcionado para o gas struggle (GS), a água sai por baixo e vai para a caixa API e o
óleo sai pelo meio e segue para os tanques de óleo (TQ), onde o óleo estando com
um BSW de no máximo 15% é transferido por batelada pelas BTRs (Bombas de
Transferência) para Bonsucesso, onde será especificado dentro dos padrões da ANP,
podendo assim ser transferido para Aracaju. Para saber o BSW, são coletadas
algumas amostras dos tanques de óleo. Essas amostras são analisadas em
laboratório.
No separador trifásico existem chaves de nível para identificar a altura da
emulsão, que não pode ficar muito alta. Caso a altura da emulsão ultrapasse o nível
estabelecido como seguro a válvula de peso é aberta e o óleo é transferido pelas
LTOs. A válvula de peso é uma válvula de segurança que calcula o nível a partir da
pressão hidrostática no ST, caso essa pressão esteja muito alta, a válvula é aberta
completamente para diminuir o nível e pressão no separador. A válvula que controla
a saída do óleo para o tanque é a PV (Pressure Valve) que é uma válvula de nível,
onde a porcentagem de abertura da válvula depende do nível da emulsão no
separador.
No GS o gás passa por um procedimento para ser retirado a umidade, ou seja,
as partículas de água e frações leves do óleo (condensado). Esse condensado sai
pela parte debaixo do GS e vai para a caixa API, o gás sai por cima em direção ao
blowdown, equipamento responsável por reduzir a pressão do gás para descarte na
atmosfera, quando não há a possibilidade de transferência para UPGN (Unidade de
Processamento de Gás Natural), localizada no polo gás. Essa redução na pressão é
feita ao se aumentar o volume do gás. Antes da saída do gás para atmosfera existe
um selo hídrico que impede, em caso de fonte de ignição que ocasione chama, o
retorno do gás pela linha.
A caixa API é dividida em algumas partes, primeiramente a água chega com
alguns resquícios de óleo. Este óleo forma uma película na parte de cima pois sua
densidade é menor do que a da água. Na caixa API existem alguns rolos que vão
direcionar essa película de óleo para as calhas e das calhas o óleo vai para uma outra
parte da caixa API onde as BROs (Bombas de Recuperação de óleo) são acionadas,
redirecionando esse óleo para o início do processo. Após esta fase de retirada do
óleo, a água fica em outra parte da caixa API, chamada de vertedouro. Quando o nível
está alto as bombas de descarte de água (BDAs) são acionadas automaticamente e
19

a água é transferida para bonsucesso onde será tratada para reinjeção nos poços
injetores de água.
Para fazer teste de poço, existem as LTs, que são as linhas de teste. Antes de
alinhar a produção do poço a ser testado para o tanque de teste é feito um jogo de
válvulas. A válvula que direciona a emulsão para a linha de teste, deve estar aberta e
a que direciona para a LTO, fechada. As válvulas de todos os outros poços que
direcionam a emulsão para a LT devem estar fechadas e abertas para a LTO. Sendo
assim, a produção continua para os demais poços, enquanto apenas um está em
teste.

3.3.3 Estação: Nova Magalhães

A estação Nova Magalhães é uma estação coletora, onde nela ocorre o


processamento primário (separação de óleo, água e gás). O processo inicia-se no
manifold, que recebe a emulsão dos poços e satélites dos campos, como podemos
ver na Figura 8.

Figura 8 - Manifold

Fonte: Próprio autor

Especificamente nesta estação, existem correntes de bário e sulfato que gera


o sulfato de bário, essa substância causa incrustação na linha. Devido a isso, logo no
início do recebimento da emulsão nas linhas de conjunto (LCs), ainda no manifold, é
20

adicionado um anti incrustante para solucionar este problema, de acordo com a figura
9.

Figura 9 - Entrada do anti incrustante na LC

Fonte: Próprio autor

Na saída do manifold, antes da emulsão chegar no SAL (separador de água


livre), é adicionado desemulsificante na LC com o objetivo de desestabilizar a emulsão
e facilitar a separação água/óleo. Na figura 10 podemos ver o local onde é
armazenado o desemulsificante.

Figura 10 - Reservatório de Desemulsificante

Fonte: Próprio autor


21

Na Figura 11 é mostrado o local onde é inserido o desemulsificante na LC, logo


na saída do manifold.

Figura 11 - Inserção do desemulsificante

Fonte: Próprio autor

Seguindo na LC, a emulsão passa por misturadores, apresentados na Figura


12, local onde o fluxo passa de laminar para turbulento devido as haletas que causam
o turbilhamento da emulsão fazendo com que mais partículas de óleo sejam atingidas
pelo desemulsificante, melhorando assim a eficiência de separação entre o óleo e a
água.

Figura 12 - Misturadores

Fonte: Próprio autor


22

O desemulsificante é adicionado pelas bombas dosadoras, representadas na


figura 13.

Figura 13 - Bomba dosadora

Fonte: Próprio autor

Após esses procedimentos, a emulsão segue para o SAL (separador de água


livre), ilustrado na Figura 14, equipamento responsável por separar água e óleo. Uma
válvula de nível controla a saída de água, que sai por baixo (linha verde) e vai para a
caixa API, a emulsão (água + óleo) sai pela parte de cima do separador em direção
ao separador trifásico.

Figura 14 - Separador de água livre (SAL)

Fonte: Próprio autor


23

A válvula de nível (LV), representada na Figura 15, possui um controlador de


nível, representado na Figura 16, que controla a porcentagem de abertura da válvula,
com um sistema pneumático, de acordo com o nível da emulsão no separador.

Figura 15 – Válvula de nível

Fonte: Próprio autor

Figura 16 - Controlador de nível

Fonte: Próprio autor

O acionamento das válvulas é através de um sistema pneumático e o


equipamento que fornece o ar para abertura ou fechamento dessas válvulas são os
compressores, segundo a Figura 17.
24

Figura 17 - Compressores

Fonte: Próprio autor

Na figura 18, temos o separador trifásico onde é separado água, óleo e gás.

Figura 18 - Separador trifásico

Fonte: Próprio autor

No separador trifásico é separado gás, que sai por cima em direção ao GS (Gas
Struggle), óleo, que sai pelo meio em direção aos tanques de óleo, e água que sai por
baixo em direção a caixa API.
Existem chaves de nível para identificar a altura da emulsão, que não pode ficar
muito alta. Caso a altura da emulsão ultrapasse o nível estabelecido como seguro a
25

válvula de peso, ilustrada na Figura 19, é aberta e o óleo é transferido pela linha de
conjunto (LC).

Figura 19 – Válvula de peso

Fonte: Próprio autor

A válvula de peso é uma válvula de segurança que calcula o nível a partir da


pressão hidrostática, que se estiver muito alta, a válvula é aberta completamente para
diminuir o nível e pressão no separador.
A válvula que controla a saída de água é a LV (Level Valve), que é uma válvula
de nível (Figura 15), onde a porcentagem de abertura da válvula depende do nível da
emulsão no separador.
O tanque onde o óleo é armazenado para aguardar a transferência está
ilustrado na Figura 20.

Figura 20 - Tanque de óleo (TQ)

Fonte: Próprio autor


26

São retiradas amostras desse óleo para serem analisadas em laboratório, onde
o óleo estando com um BSW de no máximo 15% é transferido por batelada pelas
BTRs (Bombas de Transferência), representado na Figura 21, para Bonsucesso, onde
será especificado dentro dos padrões da ANP, podendo assim ser transferido para
Aracaju.

Figura 21 - Bomba de Transferência (BTR)

Fonte: Próprio autor

No GS, representado na Figura 22, o gás passa por um processo de retirada


de umidade, ou seja, água e as frações mais leves do óleo (condensado) são
drenadas por baixo do GS e o gás sai pela parte de cima em direção ao blowdown,
representado na Figura 23, equipamento responsável por reduzir a pressão do gás
através do aumento do seu volume.
27

Figura 22 - Gas Struggle (GS) Figura 23 - Blowdown

Fonte: Próprio autor Fonte: Próprio autor

O gás, quando necessário, é descartado na atmosfera através do dispersor,


Figura 24.

Figura 24 - Dispersor

Fonte: Próprio autor


28

Antes da saída do gás, existe um selo hídrico, Figura 25, que impede, em caso
de fonte de ignição que ocasione chama, o retorno do gás pela linha.

Figura 25 - Selo hídrico

Fonte: Próprio autor

A água que vai para a caixa API, muitas vezes vem com resquício de óleo, que
deve ser separado. Para isso, inicialmente existe uma primeira barreira para conter o
óleo, representado na Figura 26.

Figura 26 - Caixa API (primeira barreira de contenção)

Fonte: Próprio autor


29

Como o óleo é menos denso que a água, ele fica na parte de cima formando
uma película e a água fica embaixo. Um segundo procedimento que ocorre na caixa
API para retirar essa película de óleo é através de rolos coletores que jogam esse óleo
para calhas, segundo a Figura 27, e são direcionados para um outro local onde as
bombas de recuperação de óleo, representadas na Figura 28, redirecionam o óleo
para o início do processo.

Figura 27 - Rolos coletores e calhas

Fonte: Próprio autor

Figura 28 - Bomba de recuperação de óleo (BRO)

Fonte: Próprio autor


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Após esta fase de retirada do óleo, a água fica em outra parte da caixa API,
chamada de vertedouro, ilustrado na Figura 29.

Figura 29 - Vertedouro

Fonte: Próprio autor

Quando o nível da caixa API está alto as bombas de descarte de água (BDAs),
representadas na Figura 30, são acionadas automaticamente e a água é transferida
para a estação bonsucesso onde será tratada para reinjeção nos poços injetores de
água.

Figura 30 - Bombas de Descarte de Água (BDAs)

Fonte: Próprio autor


31

Os testes de poço são realizados através das LTs, que são as linhas de teste.
Antes de alinhar a produção do poço a ser testado para o tanque de teste é feito um
jogo de válvulas. A válvula que direciona a emulsão para a linha de teste, deve estar
aberta e a que direciona para a LC, fechada. As válvulas de todos os outros poços
que direcionam a emulsão para a LT devem estar fechadas e abertas para a LC, de
acordo com a Figura 31. Sendo assim, a produção continua para os demais poços,
enquanto apenas um está em teste.

Figura 31 - Esquemático do manifold após alinhamento do poço para teste

Fonte: PE-3USE-00549 (Testar poços no ATP-ST)

3.3.4 Estação: Mato Grosso

Na estação Mato Grosso, a emulsão chega através das linhas de conjunto (LC)
de acordo com a Figura 32, pois o manifold, neste caso, fica em campo e não na
estação. Na estação também chegam as linhas de teste (LT) que direcionam o fluxo
da emulsão para os taques de teste quando necessário. Todo o jogo de válvulas é
feito em campo, no manifold.
32

Figura 32 - Linha de Conjunto (LC) e Linha de Teste (LT)

Fonte: Próprio autor

Assim como nas outras estações, é adicionado desemulsificante na linha e a


emulsão passa por um misturador, de acordo com a Figura 33, para melhorar a
eficiência do produto fazendo com que ele atinja o maior número de partículas,
auxiliando em uma melhor separação água/óleo.

Figura 33 - Misturador EST MG

Fonte: Próprio autor

A emulsão é direcionada para um vaso separador bifásico, Figura 34, que


separa o gás (sai por cima) e a emulsão, que segue para os tanques de
armazenamento de óleo.
33

Figura 34 - Vaso Separador bifásico

Fonte: Próprio autor

Podemos observar também na Figura 34, 3 válvulas já discutidas


anteriormente. A válvula de peso, Figura 36, que é uma válvula de segurança. Ela
será aberta se, mesmo com as válvulas de nível, Figura 35, 100% abertas, a emulsão
continuar subindo no vaso.

Figura 35 - Válvulas de nível Figura 36 - Válvula de peso

Fonte: Próprio autor Fonte: Próprio autor


34

Devido as limitações dessa instalação, o óleo não recebe um tratamento mais


específico e é separado da água apenas por decantação nos tanques de
armazenamento, Figura 37.

Figura 37 - Tanque de armazenamento

Fonte: Próprio autor

O óleo é transferido por batelada para Bonsucesso onde será especificado


segundo as normas da ANP.
Como a concentração de gás é muito baixa nessa estação, o gás é dispersado
através do dispersor, após passar pelo GS e pelo blowdown.

4. CONCLUSÃO

O estágio foi de extrema importância para associar e poder aplicar os


conhecimentos adquiridos durante o curso de graduação. Foi possível vivenciar como
uma empresa prestadora de serviços funciona, desde a parte de gestão de pessoas,
até a parte técnica relacionada ao petróleo.
Ficou claro que a segurança sempre vem em primeiro lugar e por isso deve-se
verificar através de auditorias se os funcionários estão bem treinados e capacitados
para operar a estação. Nesse sentido, a PERBRAS possui diversos programas
internos que são essenciais para manter a segurança e saúde dos colaboradores.
35

Todos os funcionários da PERBRAS devem estar cientes dos riscos a que


estão expostos e com os cursos atualizados.
As cartilhas de orientação e de disciplina operacional foram importantes para
manter os trabalhadores informados, cientes do que deve ser feito e atentos para não
cometerem erros operacionais.
As visitas técnicas foram enriquecedoras pois foi possível verificar de perto
como uma estação coletora de petróleo funciona, observar os equipamentos utilizados
no processamento primário de petróleo como manifold, vasos separadores, bombas,
caixa API, tanques de armazenamento etc. E entender todo o processo em si.
O sistema de gestão integrado (SGI), está presente em todas as ações
realizadas pelos colaboradores da empresa, pois estão a todo momento prestando
serviços com qualidade e integridade, atendendo aos requisitos contratuais dos
clientes. Promovendo a conscientização e comprometimento dos trabalhadores,
proporcionando condições de trabalho seguras e saudáveis, prevenindo a poluição e
protegendo o meio ambiente e sempre em constante melhoria do sistema de gestão.

5. REFERÊNCIAS

http://www.perbras.com.br. Acesso em 20/10/2022

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