Perfurocortantes

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Drogaria Euvaldo Lodi Ltda ME

CNPJ 13.510.196-0001/06

TREINAMENTO DE PROCEDIMENTOS PARA ACIDENTE COM


MATERIAS BIOLOGICOS E PERFURO CORTANTES

Objetivo

Orientar e estabelecer a sistemática de atendimento nos diferentes níveis de


complexidade aos funcionários envolvidos, diretos e indiretos, na Drogaria
Americana, que viabilize, em caso de acidente com resíduos perfurocortantes e
materiais biológicos, que permita diagnóstico, condutas, medidas preventivas e
notificação da exposição a material biológico, prioritariamente quanto a
transmissão do vírus da imunodeficiência humana (HIV), do vírus da hepatite B
(HBV) e do vírus da hepatite C (HCV).

Informações gerais

As exposições ocupacionais a materiais biológicos potencialmente contaminados são


um sério risco aos profissionais em seus locais de trabalho. Estudos nesta área
mostram que os acidentes envolvendo sangue e outros fluidos orgânicos
correspondem às exposições mais frequentemente relatadas.

Os ferimentos com agulhas e material perfurocortante, em geral, são considerados


extremamente perigosos por serem potencialmente capazes de transmitir patógenos
diversos, sendo o vírus da imunodeficiência humana (HIV), o da hepatite B e o da
hepatite C, os agentes infecciosos mais comumente envolvidos.

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Evitar o acidente por exposição ocupacional é o principal caminho para prevenir
a transmissão dos vírus das hepatites B e C e do vírus HIV. Entretanto, a
imunização contra hepatite B e o atendimento adequado pós-exposição são
componentes fundamentais para um programa completo de tratamento dessas
infecções e elementos importantes para a segurança no trabalho.

O risco ocupacional após exposições a materiais biológicos é variável e depende do


tipo de acidente e de outros fatores, como gravidade, tamanho da lesão, presença e
volume de sangue envolvido, além das condições clínicas do paciente-fonte e uso
correto da profilaxia pós- exposição.

O risco de infecção por HIV pós-exposição ocupacional com sangue contaminado é de


aproximadamente 0,3%. No caso de exposição ocupacional ao vírus da hepatite B
(HBV), o risco de infecção varia de seis a 30%, dependendo do estado do paciente
fonte, entre outros fatores.

Quanto ao vírus da hepatite C (HCV), o risco de transmissão ocupacional após um


acidente percutâneo com paciente-fonte HCV positivo é de aproximadamente 1,8% a
10%.

Condutas após o acidente

Cuidados com a área exposta

 Lavagem do local exposto com água e sabão nos casos de exposição


percutânea ou cutânea.
 Nas exposições de mucosas, deve-se lavar exaustivamente com água ou
solução salina fisiológica.
 Não há evidência de que o uso de anti-sépticos ou a expressão do local do
ferimento reduzam o risco de transmissão, entretanto, o uso de anti-séptico
não é contra-indicado.

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 Não devem ser realizados procedimentos que aumentem a área exposta, tais
como cortes e injeções locais. A utilização de soluções irritantes (éter,
glutaraldeído, hipoclorito de sódio) também está contra-indicada.

Avaliações do acidente

Deve ocorrer imediatamente após o fato e, inicialmente, basear-se em uma adequada


anamnese, caracterização do paciente fonte, análise do risco, notificação do acidente
e orientação de manejo e medidas de cuidado com o local exposto.

A exposição ocupacional a material biológico deve ser avaliada quanto ao potencial de


transmissão de HIV, HBV e HCV com base nos seguintes critérios:

a) Tipo de exposição;
b) Tipo do material Biológico, sangue ou perfurocortantes;
c) Situação sorológica da fonte
d) Situação sorológica do acidentado;
e) Susceptibilidade do profissional exposto;

Conduta com relação ao paciente acidentado

 Paciente-fonte HIV positivo:

Um paciente-fonte é considerado infectado pelo HIV quando há documentação de


exames Anti-HIV positivo.

Conduta: análise do acidente e indicação de quimioprofilaxia anti-retroviral (ARV).

 Paciente-fonte HIV negativo:

Envolve a existência de documentação laboratorial disponível e recente (até 60 dias


para o HIV) ou no momento do acidente, através do teste convencional ou do teste
rápido. Não está indicada a quimioprofilaxia anti-retroviral.

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 Paciente-fonte com situação sorológica desconhecida:

Um paciente-fonte com situação sorológica desconhecida deve, sempre que possível,


ser testado para o vírus HIV, depois de obtido o seu consentimento, deve se colher
também sorologia para HBV e HCV.

 Paciente-fonte desconhecido:

Na impossibilidade de se colher a sorologia do paciente-fonte ou de não se conhecer o


mesmo (por exemplo, acidente com agulha encontrada no lixo), recomenda-se a
avaliação do risco de infecção pelo HIV, levando-se em conta o tipo de exposição,
dados clínicos e epidemiológicos.

 Indicação de Profilaxia Pós-Exposição (PPE):

Quando indicada, a PPE deverá ser iniciada o mais rápido possível,


preferencialmente, nas primeiras duas horas após o acidente. A duração da
quimioprofilaxia é de 28 dias. Atualmente, existem diferentes medicamentos
antiretrovirais potencialmente úteis, embora nem todos indicados para PPE, com
atuações em diferentes fases do ciclo de replicação viral do HIV. Mulheres em idade
fértil: oferecer o teste de gravidez para aquelas que não sabem informar sobre a
possibilidade de gestação em curso.

Medidas preventivas e gerenciais

As medidas estabelecidas pelo estabelecimento que contratam profissionais da área


da Saúde que visam:

 Identificação dos riscos aos quais os profissionais estão expostos;


 Descarte correto dos resíduos biológicos e perfurocortantes;

 Compreendem todas as medidas de controle que isolam ou removem um risco


do local de trabalho, onde abrangem instrumentos perfurocortantes
modificados com proteção contra lesões e sistemas sem agulha, bem como

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dispositivos médicos destinados a reduzir o risco de exposição a material
biológico;

 Utilizar a luva de borracha como equipamento de proteção individual (EPI) na


retirada de resíduos biológicos;

 Fechar corretamente o descarpack de maneira a evitar acidente com agulhas e


ampolas;

 Investigação, controle e registro dos casos de exposição a sangue.

As ações a serem adotadas em caso de acidentes:

 higiene adequada do local onde ocorreu o acidente com material biológico;

 lavar o local do corpo atingido com água em abundância;

 identificar se possível, a fonte do acidente;

 comunicar a exposição por meio do preenchimento da ficha de notificação

(CAT/Sinan);

 Realizar os controles médicos indicados.

As recomendações sobre o uso de EPI, sobre as práticas de trabalho adotadas e as


limitações desses meios:

 Lavagem freqüente das mãos: é a precaução mais importante e deve ser

realizada sempre após contato com paciente e/ou material biológico e ao

descalçar as luvas;

 Uso de luvas: no exame de paciente, incluindo contato com sangue, fluidos

corporais, mucosas ou pele não íntegra;

 Adequação do uso de EPI à NR 32.

Registros

Todos os casos de acidente com material biológico deverão ser comunicados


ao INSS por meio da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) e ao Ministério da
Saúde por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan),

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conforme previsto na Portaria n.º 777, de 28 de abril de 2004, do Ministério da Saúde
(BRASIL, 2004a).

Além disso, a instituição deve manter um registro interno com os dados em


caso de acidente: setor em que ocorreu, data e hora do acidente, função que exerce o
acidentado, tipo de acidente (contato com mucosa, perfurocortante, pele íntegra, pele
lesada), material biológico implicado (sangue), uso de EPI, modo e condições que
podem ter favorecido a ocorrência do acidente descarte inadequado, reencapamento
de agulha.

 Nos casos de acidentes de trabalho com material biológico deverá ser


preenchida uma ficha de notificação que será encaminhada para o Serviço
de Vigilância a fim de os dados serem inserido no sistema.

 As vítimas de acidente que negarem-se a realizar a rotina sorológica


proposta pela Empresa devem estar cientes do fato e assinar termo de
compromisso o qual ficará arquivada.

 A comunicação deve ser realizada de imediato em decorrência da


necessidade de iniciar profilaxia com antirretrovirais em tempo não superior
a 72 horas após o acidente, PREFERENCIALMENTE ATÉ 2 HORAS
APÓS O OCORRIDO.

 Os Medicamentos podem ser retirados na farmácia do CTA da cidade de


Frutal, mediante prescrição do médico.

Conclusão

Foi realizado um treinamento com os todos os funcionários envolvidos na


geração de resíduos, no procedimento de descartes, manuseio, armazenagem
e disposição final, que possa ter algum risco de acidentes com matérias
biológicos e perfuro cortantes destacando mais funcionários responsáveis pela
aplicação de injetáveis. Afim de esclarecer dúvidas das medidas a serem feitas
no caso de um acidente com os matérias perfuro cortantes

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O treinamento do realizado pelo Responsável Técnico Farmacêutico José
Maria Perim.

Participantes do Treinamento

Frutal 11 de Novembro de 2020

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