Resposta Curso Programa de Desenvolvimento de Liderança
Resposta Curso Programa de Desenvolvimento de Liderança
Resposta Curso Programa de Desenvolvimento de Liderança
Elogio
Engajamento patrick lecione
Confiança/conflitos/compromisso/responsabilidade mutua/resultados
Liderança, do verbo liderar, é uma palavra carregada de significados importantes, dentre eles e o mais comum de ser encontrado nos dicionários é “posição,
função ou caráter de líder”.
A liderança deve ser vista como uma ferramenta estratégica para a condução eficiente dos trabalhos. Isso porque, através dela, o desempenho de cada
indivíduo é potencializado, impactando diretamente nos resultados das equipes e, por consequente, da escola como um todo, cujo resultado final é
a aprendizagem dos alunos, motivo pelo qual a instituição existe.
Já consegue perceber como essa prática pode ser eficiente aí na sua instituição?
A liderança tem impacto direto no funcionamento da escola. Do relacionamento interpessoal ao alcance de resultados, são os líderes que fazem a diferença.
O primeiro passo para o desenvolvimento de liderança é entender o seu papel dentro da escola.
2. Papel da Liderança
A liderança pode ser aplicada em diversos cenários e contextos. Entretanto, vamos falar sobre a sua aplicação na educação. Portanto, neste capítulo, vamos
tratar da liderança educacional.
A essência da liderança em uma instituição de ensino continua a mesma. Em síntese, o líder é o responsável por motivar uma equipe e canalizar todos os
esforços em busca de um objetivo em comum que seja positivo para cada um dos profissionais e por conseguinte para a aprendizagem do estudante de
forma geral.
Assim, durante esse processo, há múltiplas variáveis com que um Gestor, líder educacional, deve se preocupar.
Freitas et al. (2003, p. 16), em artigo sobre "Liderança Educacional" afirma que “liderar instituições educativas, num mundo com rápido desenvolvimento
científico e tecnológico, grandes dificuldades econômicas, políticas e sociais, é uma atividade complexa”.
Considerando a influência que o Gestor deve exercer em sua equipe em face de um cenário de constante mudanças, faz-se mister que esteja preparado para
esse desafio, capacitando-o para exercer essa influência de forma eficaz.
No mesmo artigo, Freitas et al. (2003, p. 17) resgata os desafios da educação sintetizados pelo Instituto Internacional de Planejamento da Educação (IIPE),
reproduzidos a seguir:
A imagem acima destaca como desafio central da educação o trabalho em equipe, cuja execução requer liderança e comunicação, como forma de viabilizar as
ações para o alcance do sucesso e das mudanças necessárias.
“O líder em educação lidera líderes em potencial” (FREITAS et al., 2003, p. 16). Remetendo essa idéia à função do Gestor escolar, conclui-se que ele lidera
líderes, pois professores, diante seus alunos, são uma referência, ocupam esse lugar.
Para aprofundar seu conhecimento em Liderança Educacional, leia o artigo no link abaixo.
http://www.liderisp.ufba.br/modulos/lideranca%20educacional.pdf
3. Líder X Chefe
Entender as diferenças entre chefe e líder também é muito importante para o desenvolvimento da liderança. Confira mais sobre cada uma dessas funções:
Chefe
Normalmente, um chefe se dedica mais à busca de resultados e menos às pessoas envolvidas no processo para o alcance desses resultados. Dessa maneira,
ele enxerga os integrantes do time como subordinados, e não como colaboradores.
Essa visão não ajuda no engajamento dos profissionais, já que eles se sentem desmotivados a expressar suas opiniões e suas dúvidas. Isso, é claro, tem efeito
direto na motivação para o trabalho, visto que eles fazem suas funções apenas por obrigação, e não porque se sentem parte da empresa e dos seus
resultados.
Líder
As características do líder de alta performance fazem com que ele esteja atento aos colaboradores e aos seus pontos fortes e fracos. Nesse caso, esse
profissional cria estratégias visando utilizar os talentos da equipe em diferentes papéis, conforme seus conhecimentos técnicos e habilidades
comportamentais (as soft e hard skills).
Além disso, ele identifica os pontos mais fracos e propõe soluções para o seu desenvolvimento. Um bom líder sabe ouvir sua equipe,
oferece feedbacks construtivos e reconhece quando erra – atitudes que geram o engajamento e a motivação para a rotina escolar.
4. Tipos de Liderança
Liderança democrática ✅❌
Como o próprio nome diz, essa liderança está mais aberta a participação, sugestões e contribuições do time. É o modelo mais utilizado nas instituições hoje
em dia, justamente por ser um modelo para a gestão de pessoas. Esse tipo está sempre em busca de estratégias e de ações para motivar, para engajar e para
desenvolver seus liderados.
Liderança liberal 🔛🔝
Nesse tipo, o líder conta com a capacidade de autogestão do time, o que não quer dizer que ele é ausente, mas sim que atua como um direcionador. Esse
modelo é mais indicado para equipes com profissionais experientes, os quais possuem uma maior facilidade em trabalhar com níveis altos de autonomia e de
responsabilidade.
Liderança técnica 👥📈
Também chamada liderança operacional, caracteriza-se por motivar as equipes pelo exemplo, compartilhando conhecimentos e técnicas já utilizados. Desse
modo, busca-se a inspiração das equipes, exigindo que o líder esteja em constante atualização.
Liderança situacional 🤓💢
Trabalha com a variação dos tipos de liderança conforme os obstáculos enfrentados. O conceito, definido no final da década de 1960, defende que um líder
por excelência conduz os times com capacidade técnica, habilidade e inteligência emocional. Isso ocorre mesmo diante das adversidades e considerando o
momento atual da empresa.
Liderança coaching 🎯
O foco desse tipo de liderança está na motivação e no desenvolvimento dos times, usando a mesma ideia dos processos de coaching tradicionais. O líder
incentiva os colaboradores a alcançarem um objetivo com um grupo forte conduzido por estratégias.
Com as demandas do dia a dia, muitos gestores negligenciam uma importante ferramenta de gestão de pessoas: as reuniões 1 para 1 (one-on-one), reunião
periódica entre gestor e seu liderado.
No livro O lado difícil das situações difíceis (The Hard Thing About Hard Things), o autor traz exemplos que mostram o quão importante são as reuniões 1 para
1, acreditando serem um fator crucial na construção de culturas organizacionais sólidas.
O autor desse livro acredita que certas informações só são transmitidas em um ambiente seguro e privado entre gestor e seu liderado. E quando as
informações, principalmente problemas e riscos, sobem livremente, há a chance de ser proativo na resposta a esses problemas.
As reuniões 1 para 1 não são benéficas apenas para as escolas e diretorias regionais, são sobretudo produtivas para o membro da equipe. As reuniões 1 para
1 têm um impacto enorme na vida de um colaborador. Em primeiro lugar, a expressiva maioria dos colaboradores se sente pouco ouvida. Sente ainda que
recebe pouco direcionamento e pouco feedback.
Para que cada pessoa de sua equipe esteja engajada, é imprescindível que:
Para que esse processo seja eficaz é preciso ter constância, ter um cronograma que garanta a periodicidade necessária. Gestor e liderado devem ter esse
momento na agenda como “sagrado”, apenas cancelado se algo muito importante acontecer. Mesmo assim, se for necessário cancelar uma 1 para 1, é
importante que a nova data/hora seja marcada imediatamente, no ato do cancelamento.
Essas conversas precisam ser estruturadas, para que o colaborador possa dizer o que o incomoda, qual sua dificuldade de modo que você possa orientá-lo
com combinados para a melhoria.
Por exemplo: um colaborador pode relatar uma grande dificuldade de conter uma turma considerada de comportamento difícil, relata não conseguir lidar
com alunos inquietos. O papel do Diretor nessa conversa é apoiá-lo oferecendo apoio presencial em sala de aula, preparação de uma aula juntos para estar
adequada ao perfil dos alunos, etc.
“Ao conduzir reuniões frequentes com seu liderado, o gestor é capaz de entender que dificuldades ele pode estar enfrentando, definir um plano de ação
para ajudá-lo e potencializar seus resultados com a transferência de experiência.”
📌Especialistas na metodologia 1:1 afirmam que, para que o colaborador sinta liberdade de expor opiniões sem o receio de ser mal interpretado, o gestor
pode adotar duas estratégias.
📌Jamais deve ser quebrado o ciclo de confiança com o colaborador. Caso ele se sinta sabotado ao se abrir, a troca de informações estará comprometida e
prejudicará o andamento de quaisquer futuras reuniões. Assim, deve ser adotada uma postura que não imponha julgamentos.
📌Outra alternativa para deixar o colaborador à vontade está atrelada à liderança se utilizar como exemplo com uma demonstração de vulnerabilidade. Ao
expor suas pretensões profissionais ou falar dos próprios defeitos, o gestor cria uma sensação de confiança e abre um espaço de conforto para a exposição
de preocupações, ansiedades e críticas.
1. Planejamento e duração: o planejamento da 1 para 1 assim como de qualquer outra reunião é de suma importância para o sucesso desse
momento. Defina a pauta com antecedência. O tempo de duração vai do bom senso, considerando pauta, período do calendário, etc.
2. O líder precisa ouvir o liderado: o gestor não deve perder o foco em ouvir o colaborador.
3. Reuniões exclusivas: como o nome já sugere, a reunião deverá ser apenas com um colaborador por vez, o líder e seu liderado.
4. Pauta prévia da reunião: é importante que seja mantida a flexibilidade para liderado e gestor sugerirem assuntos a serem abordados.
5. Anotação dos principais pontos: no decorrer da reunião, gestor e liderado devem anotar os principais pontos da conversa, para a produção de um
acompanhamento e estabelecer metas a serem cumpridas para a próxima 1 para 1. Essas tarefas devem ser estabelecidas tanto para o gestor quanto para o
colaborador.
O apoio presencial em aula é uma metodologia de formação em serviço que possibilita ao professor e ao pedagogo refletirem sobre o processo de ensino a
partir de questões propositivas, é uma prática construída a partir de combinados entre a equipe pedagógica e o corpo docente e, principalmente, é uma
ação formativa que envolve três momentos: antes, durante e depois.
O apoio presencial em aula é uma estratégia de desenvolvimento profissional, uma vez que permite ao gestor a reflexão em parceria com o professor sobre
o trabalho desenvolvido em sala de aula, reconhecendo pontos que contribuem para a aprendizagem dos estudantes, bem como aqueles que precisam ser
ajustados para que o ensino se torne cada vez mais eficiente (CARNEIRO, 2016; MACEDO; ANDRADE, 2020).
Como uma estratégia formativa, o apoio presencial em aula é importante para o aprimoramento das habilidades docentes, a partir de situações de ensino
como seleção e disposição do conteúdo, recursos e estratégias utilizadas em aula, formas de comunicação com os estudantes, gestão do tempo de modo a
proporcionar para os estudantes maior período para realização das atividades, manutenção do clima escolar, para citar alguns.
2. Quem faz o apoio presencial em aula e por que o faz?
O apoio presencial em aula é feito pela EQUIPE GESTORA - Diretor e Pedagogo.
O Diretor acompanha a aula como forma de se aproximar do professor, de perceber quais são suas potencialidades e quais são suas fragilidades, como o
clima escolar tem interferido na aprendizagem dos estudantes e como estes interagem com o professor, com o conhecimento e com os colegas. O tipo de
apoio dado por ele é informal para que possa alinhar com o pedagogo as necessidades pedagógicas decorrentes de seu acompanhamento.
O Pedagogo realiza o acompanhamento da sala de aula de modo a pensar coletivamente, com os docentes, alternativas de trabalho que resultem em
avanços na aprendizagem dos estudantes. O olhar do pedagogo em face do apoio de sala de aula deve ser pautado na relação de parceria com os docentes,
não devendo ocorrer sem um momento de acompanhamento para que juntos possam combinar o que será observado na aula, bem como o tempo
necessário para que essa observação aconteça.
Cabe ressaltar que o apoio presencial em sala, realizado pelo pedagogo, não exime a necessidade do apoio por parte do diretor, uma vez que, como uma
liderança pedagógica no contexto escolar, este profissional precisa saber como acontecem as práticas de ensino em sala de aula para, a partir disso,
desenvolver ações que permitam avanços no trabalho desenvolvido pelos docentes.
I, II e III certas
3. Etapas do Apoio Presencial em sala de aula
O cumprimentos das etapas do apoio presencial em sala de aula é importante para que a ação formativa não seja compreendida como um trabalho de
fiscalização, diminuindo assim a sensação de insegurança docente com o medo de ser punido por eventuais dificuldades manifestadas na condução das aulas.
As etapas do apoio presencial em sala de aula, de acordo com a literatura, se estrutura em três momentos (REIS, 2011; LORENZONI, 2020): Antes, Durante e
Depois.
O antes constitui-se na preparação para a realização do apoio presencial em sala de aula, ou seja, é preciso começar pelo acolhimento e pelo objetivo,
delimitando o que espera do professor e onde pretende chegar. Ter um objetivo claro vai facilitar dois processos: primeiro, vai direcionar seu olhar na
elaboração de um roteiro ou instrumento de observação e, em segundo, vai permitir que você explique com objetividade ao professor o porquê de sua
iniciativa em observar suas aulas ( Lorenzoni, 2019). É preciso combinar antes, apoiar as ações do seu professor e elogiar as boas práticas.
O durante é a entrada na sala de aula, a observação dos encaminhamentos do professor conforme acordado anteriormente, preenchendo o instrumento a
partir dos critérios e da frente de observação já definida. É importante que o tempo dedicado a esse apoio seja de qualidade, de preferência que o apoio dure
todo o tempo da aula assistida.
O depois é a devolutiva feita ao professor durante o próximo acompanhamento de ATPC (aulas de trabalho pedagógico coletivo). Esse talvez seja o momento
mais desafiador, pois é quando ocorrerá a interação entre professor e pedagogo a respeito da aula apoiada, sendo imprescindível a escuta ativa, os
questionamentos propositivos, a construção do feedback formativo. Para organizar seu feedback, destaque 3 pontos:
1º O que foi superlegal.
2º As oportunidades de melhoria.
3º Os combinados.
3. Etapas do Apoio Presencial em sala de aula
A seleção do foco do apoio presencial em sala de aula e a definição dos critérios que serão acompanhados em conjunto com o professor oportunizarão o
sucesso da aula. O apoio presencial deve estar interligado preferencialmente com algo já mencionado pelo professor, a fim de que a aprendizagem tenha
significado, ou seja, que esta ação traga possibilidades de novos olhares para o docente.
Veja algumas frentes de observação, falaremos um pouco mais sobre cada uma delas.
3. Etapas do Apoio Presencial em sala de aula
Está relacionada a todas as ações planejadas e colocadas em prática pelos docentes e que busquem estimular o aprendizado dos estudantes, trabalhando
competências significativas como as socioemocionais, as práticas e as cognitivas. A gestão deve ocorrer diariamente e o professor precisa estar atento ao
desenvolvimento e à interação dos alunos, voltado para observar suas dificuldades, facilidades, habilidades, e identificar os principais pontos de atenção e
possíveis problemas, trabalhar com eles e buscar a solução e encaminhamentos.
3. Etapas do Apoio Presencial em sala de aula
3.4. Estratégia de ensino
Refere-se ao percurso planejado e desenvolvido pelo professor na aula, contemplando: momentos, ferramentas, formas de apresentação do conteúdo e de
avaliação, com a finalidade de estabelecer um percurso intencional para aprendizagem.
3. Etapas do Apoio Presencial em sala de aula
Condiz com a maneira como o docente se comunica, envolvendo aspectos de tom de voz, a velocidade da fala, ritmo, linguagem corporal e recursos
audiovisuais mobilizados. É preciso ter a habilidade de se conectar com as outras pessoas, promovendo identificação, confiança e empatia. Comunicar-se é
entender e se fazer entender. É interpretar corretamente o que a outra pessoa diz e compreender seu sentido, transmitindo as informações necessárias para
que o outro também entenda o que se pretende comunicar, minimizando os ruídos e estabelecendo diálogos eficientes.
3. Etapas do Apoio Presencial em sala de aula
Compreende o conjunto de atividades trabalhadas pelo professor. Envolve atividades dentro e fora de sala de aula, individual ou coletiva, realizadas sob a
orientação do professor.
Gestor, é importante destacar que, mais do que o conhecimento sobre as frentes de observação, o grande desafio é selecionar aquelas que são mais
pertinentes às situações pedagógicas vivenciadas no momento e de acordo com a realidade da sua escola e que culmine com a melhoria do processo de
aprendizagem, a frequência e a aprovação dos estudantes.
A observação de aulas em parceria permite ao professor observado encontrar apoio para responder a questões precisas sobre a sua prática.
(CARNEIRO, 2016)
A eficácia de uma frequência de devolutivas é acompanhar o desenvolvimento pedagógico e seu impacto nos resultados dos estudantes. Dessa forma, os
professores podem aprimorar suas práticas pedagógicas. Afinal, o feedback tem como objetivo principal a reflexão junto ao professor sobre o que foi
observado, seus motivos e estratégias para superação dos pontos de atenção identificados, com a finalidade de ofertar aos estudantes aulas mais atrativas e
contextualizadas aos objetivos de aprendizagens previstos para cada etapa de ensino.
Aprendizagem Ativa
1. Conceitos Importantes
“Na aprendizagem ativa, entende-se que o aluno não deve ser meramente um ‘recebedor’ de informações, mas deve se engajar de maneira ativa na
aquisição do conhecimento, focando seus objetivos e indo atrás do conhecimento de maneira proativa.”
(PONTILI, 2021).
Aprendizagem Ativa
O termo "aprendizagem ativa" compila um agrupamento de práticas pedagógicas que caminham na contramão do popularmente conhecido “ensino
tradicional”, no qual, tradicionalmente, o professor ocupa uma posição centralizadora na aprendizagem por ser a ferramenta exclusiva de acesso dos
estudantes ao conhecimento ou ao desenvolvimento de habilidades. Assim, a aprendizagem ativa se refere às abordagens pedagógicas que colocam o
professor na função de mediador do conhecimento, no sentido de continuar sendo essencial para o aprendizado do estudante, mas agora, como um meio e
não um fim. A prática do docente como mediador ocorre quando ele oferece aos estudantes situações de aprendizagem nas quais eles podem atuar como
protagonistas, apresentando soluções para situações-problemas, resolvendo problemas concretos vinculados ao seu contexto, realizando experimentações,
dramatizações, debates, etc.
Pesquisas apontam que abordagens de educação focadas na aprendizagem indicam que os estudantes aprendem mais quando participam do processo,
sendo as metodologias que propiciam a aprendizagem ativa um caminho para isso, uma vez que incentivam o cérebro a ativar redes cognitivas e sensoriais,
processando e armazenando com mais eficiência o conhecimento. Cabe lembrar a desvantagem da aula expositiva: duas semanas após uma aula tradicional,
os estudantes tendem a lembrar menos de 30% do que foi exposto pelo professor. Aí reside o grande trunfo, ao engajar o estudante com os objetos de
estudo, há uma maior fixação do conhecimento.
Fonte: https://desafiosdaeducacao.grupoa.com.br/metodologias-ativas/
https://aspectum.com.br/blog/piramide-de-aprendizagem-de-william-glasser
“A aprendizagem ativa aumenta a nossa flexibilidade cognitiva, que é a capacidade de alternar e realizar diferentes
tarefas, operações mentais ou objetivos e de adaptar-nos a situações inesperadas, superando modelos mentais rígidos e
automatismos pouco eficientes.”
2. Aprendizagem Significativa
"A aprendizagem significativa consiste na interação não arbitrária e não literal de novos conhecimentos com conhecimentos prévios existentes na
estrutura cognitiva de cada estudante."
(AUSUBEL; NOVAK E HANESIAN, 1980)
A aprendizagem significativa é aquela em que ideias expressas simbolicamente interagem de maneira substantiva e não arbitrária com aquilo que o
aprendiz já sabe. Substantiva quer dizer não literal, não ao pé da letra, e não arbitrária significa que a interação não é com qualquer ideia prévia, mas sim
com algum conhecimento especificamente relevante já existente na estrutura cognitiva do sujeito que aprende (MOREIRA, 2011).
Para que os estudantes possam construir aprendizagens significativas, é importante que o trabalho educativo esteja organizado tendo como ponto de partida
a realidade na qual estão inseridos, oportunizando a eles, a partir do que conhecem, ampliarem o seu repertório de aprendizagens. Nesse sentido, a
avaliação diagnóstica é essencial para que os docentes tenham um ponto de partida para agir.
Outro aspecto relevante da aprendizagem significativa é o que se refere à natureza do material a ser aprendido. Para que os materiais ou as informações
adquiram um significado, é importante que a seleção do conteúdo e das estratégias de ensino utilizadas durante a aula tenha como ponto de partida os
conhecimentos prévios dos aprendizes, o que favorece a construção de relações e de ideias correspondentes. Por exemplo, dados como os de temperatura
média mensal de cidades como Curitiba podem ser relacionados ao conceito de clima, que, por sua vez, pode ser conectado ao desmatamento de florestas,
ao aquecimento global etc.
Por ser a aprendizagem significativa resultado da interação do estudante com o objeto a ser aprendido, pensar ações em sala de aula que permitam maior
momentos de mão na massa torna-se relevante para que a realização das atividades resultem no desenvolvimento dos objetivos de aprendizagem.
Agora, vamos assistir ao seguinte vídeo para compreender um pouco mais os benefícios da aprendizagem ativa para a aprendizagem significativa:
3. Gestão Pedagógica e Aprendizagem Ativa
Gestores, agora que já conhecemos os benefícios gerados pela promoção de uma aprendizagem ativa e significativa, cabe destacar qual é o seu papel a partir
da temática e das ferramentas ofertadas, para apoiar seus professores no desenvolvimento de aulas mais atraentes aos nossos estudantes.
Os gestores escolares, por representarem a liderança pedagógica dos processos de ensino e aprendizagem, são os principais responsáveis pela promoção da
cultura educacional da instituição em que atuam (LÜCK, 2009).
Devido à influência que exercem sobre os profissionais que trabalham na escola e por terem a visão sistêmica dos processos, os gestores escolares podem
integrar as ações pedagógicas no intuito de promover uma cultura educacional que escape aos paradigmas tradicionais e busquem formas mais aprimoradas
de promover o ensino, como a aprendizagem ativa e a aprendizagem significativa. Portanto, o gestor que preze por desenvolver esses ambientes de
aprendizagem deve primeiro questionar-se no intuito de refletir sobre quais ações têm realizado para criar tal cultura educacional em suas escolas.
Como você, Gestor, pode apoiar seus professores no desenvolvimento de aulas que explorem a Aprendizagem Ativa?
A seguir, apresentamos algumas possibilidades de o gestor escolar apoiar pedagogicamente o professor para a promoção da aprendizagem ativa.
Cabe ressaltar que os gestores também podem se utilizar da aprendizagem ativa nas demandas do trabalho pedagógico e administrativo realizado no cotidiano
escolar, como em reuniões com pais e responsáveis, pré-conselho, conselho e pós-conselho de classe, etc.
4. Estudo Complementar
CURSO COMPLETO DE PEDAGOGIA. Teoria da Aprendizagem Significativa de David Ausubel (1918-2008), 21 abr. 2021. Disponível em:
https://cursocompletodepedagogia.com/teoria-da-aprendizagem-significativa-de-david-ausubel-1918-2008/. Acesso em: 17 jan. 2023.
LARP: Criando um simulador na sala de aula para resolução de problemas. REGINA, Patricia. LARP: Criando um simulador na sala de aula para resolução de
problemas. GEG Brasil - Blog, 3 jan. 2019. Disponível em: http://comunidadegegbrasil.blogspot.com/2019/01/larp-criando-um-simulador-na-sala-de.html.
Acesso em: 17 jan. 2023.
MORAES, Ronny M. de. A teoria da aprendizagem significativa - tas. Construir Notícias, ed. 34. Disponível em: https://www.construirnoticias.com.br/a-teoria-
da-aprendizagem-significativa-tas/. Acesso em: 17 jan. 2023.
PARANÁ. Secretaria da Educação. O professor PDE e os desafios da escola pública paranaense, v. 1, 2010. Disponível em:
www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2010/2010_unicentro_geo_artigo_ana_maria_sampietro.pdf. Acesso em:
17 jan. 2023.
RICARDO GUDWIN'S Home Page. Aprendizagem Ativa. Disponível em: https://faculty.dca.fee.unicamp.br/gudwin/activelearning. Acesso em: 17 jan. 2023.
Frequência escolar
1. Introdução
Um dos maiores desafios de nossas escolas é fazer com que todos os nossos estudantes nela permaneçam e consigam concluir os níveis de ensino em idade
adequada, e que jovens e adultos também tenham os seus direitos educativos atendidos.
As diferenças encontradas nos resultados positivos dos alunos, que poderiam se relacionar ao trabalho da gestão da escola, geralmente estão vinculadas
ao cumprimento de tarefas como apoio pedagógico aos professores e acompanhamento da frequência dos estudantes, conciliando a manutenção de um
ambiente propício para a aprendizagem e um trabalho coletivo de visão e metas compartilhadas entre a equipe.
(OLIVEIRA; WALDHELM, 2016).
Gestor, possibilite à sua equipe refletir sobre todo o trabalho/ações voltadas a frequência, busca ativa e permanência escolar.
Jardim florido atrai borboletas. Deixe sua escola interessante, com aulas estimulantes, professores motivados, ambiente escolar positivo, e seus alunos não
vão querer perder aula!
1. Introdução
1.1. Foque sua atenção
Uma situação que merece sua atenção, Gestor/a, são os estudantes que têm um bom rendimento quando estão presentes, mas que apresentam frequência
inconstante. É fundamental pensar estratégias para o atendimento desses alunos. Questionamentos propositivos ao coletivo são de fundamental importância
para desenvolver as ações e as reflexões necessárias diante dessa questão.
Estudantes nessa condição acendem um alerta — é necessário voltar o olhar aos professores e as componentes curriculares nos quais ocorrem muitos desses
casos. Esses professores precisam ser acompanhados e orientados em relação às possibilidades e o repensar das ações desenvolvidas.
Outra situação ponto de atenção relaciona-se aos professores que poderão desmotivar o estudante, “fomentar” a infrequência, mesmo que de modo
inconsciente, devido à maneira como conduzem as aulas, sendo elas pouco atrativas ou mesmo monótonas.
Imagem que mostra parte de uma sala, com cadeiras e carteiras escolares, e tem como título “Quais os principais motivos do abandono escolar?”.
De modo específico, há dois conjuntos de fatores que influenciam na infrequência escolar e que cabem ao gestor
um olhar mais apurado, a fim de desenvolver ações voltadas ao resgate e à permanência dos estudantes na escola.
São eles fatores endógenos e exógenos.
Pode ser verificado no quadro a seguir os fatores endógenos — aqueles que ocorrem dentro da escola — e os
fatores exógenos, oriundos de situações além do ambiente interno escolar.
Há dados que comprovam que os fatores endógenos são os responsáveis pela maioria esmagadora da infrequência escolar. Portanto, cuidar do que está
exclusivamente em nossas mãos é fundamental para garantir a frequência de nossos alunos.
. Sugestões de técnicas de gestão de sala de aula com foco na frequência escolar
O conhecimento por parte do gestor de técnicas de gestão de sala de aula é um caminho importante para auxiliar os docentes a desenvolverem aulas mais
atrativas aos estudantes, o que tende a contribuir para o aumento da frequência e da aprendizagem nas aulas. Explore as técnicas de gestão de sala de aula
apresentadas por Lemov (2020) que podem auxiliar no desenvolvimento da frequência; elas podem ser consultadas no Cardápio de Técnicas.
Esta técnica tem por objetivo engajar os alunos em uma tarefa, dando a eles a chance de refletir sobre determinado tema, bem como realizar registros do
que foi solicitado antes da discussão.
Esta técnica estimula a formulação dos pensamentos ao incluir discussões curtas e contidas em duplas. O ideal é que todos os estudantes participem
ativamente da conversa, desenvolvam suas ideias, ouçam com cuidado as do colega e, a partir dessa troca, ressurjam com ideias mais bem formadas. Para
essa técnica o professor precisa: garantir a eficiência e a responsabilidade dos alunos.
Estabeleça as duplas: Quem vai discutir com quem deve ser predeterminado para que as duplas estejam certas e as conversas possam começar.
A deixa para começar: Use frases e comandos claros para que os alunos iniciem as discussões: por exemplo, “Comecem!”.
A deixa para terminar: Uma boa maneira para terminar costuma incluir uma contagem curta durante a qual os alunos podem “amarrar as ideias”.
Esta técnica consiste na utilização de questionamento dirigido no qual são exploradas perguntas com possibilidades de respostas abertas, escolhidas
cuidadosamente e direcionadas de forma estratégica aos estudantes.
O objetivo é que os alunos que se encontram passivos mostrem ativamente evidências do seu nível de entendimento do conteúdo trabalhado a partir de
duas situações específicas:
Alunos: Os estudantes que concordam com a afirmação farão o sinal de positivo, os que discordam, o sinal negativo.
Professora Neide: Em sua opinião, haveria necessidade de repetir o sujeito na segunda oração? Por quê?
Alunos: Novamente os estudantes que concordam com a afirmação farão o sinal de positivo, os que discordam, o sinal negativo. Em seguida, a professora
solicitará que justifiquem suas respostas, fazendo complementos ou ajustes na fala dos estudantes.
Professora Valéria: O grupo deverá escrever em uma única folha um recurso natural e renovável de modo que todos possam visualizar.
Professora Valéria: Ao meu comando, levantem a folha para que todos possam visualizar o registro de cada grupo.
Professora Valéria: Agora, escrevam três palavras que retratem a importância de ações que permitam enfrentar a crise hídrica.
Professora Valéria: Ao meu comando, levantem a folha para que todos possam visualizar o registro de cada grupo.
Conforme as respostas dos estudantes a professora faz a retomada ou avança para a próxima etapa da aula.
Avaliação externa
1. Conceito
As avaliações externas são aquelas realizadas por um agente externo à escola e geralmente aplicadas em uma larga escala, visando a mensuração de dados
estatísticos sobre a aprendizagem de um grupo considerável de instituições e sujeitos. São ferramentas que fornecem elementos para a formulação e o
monitoramento de políticas públicas voltadas à educação, bem como permitem o redirecionamento de práticas pedagógicas junto a estudantes, professores
e gestores escolares.
As avaliações externas embasam o diagnóstico e o monitoramento do sistema educacional brasileiro, bem como fundamentam o trabalho dos profissionais
que atuam nas instituições de ensino, tornando-se mais uma ferramenta para o acompanhamento e a melhoria dos processos ensino e aprendizagem, uma
vez que são aplicadas de modo a mensurar o conhecimento dos alunos, estabelecendo comparação entre o desempenho esperado e o apresentado, e por
isso as avaliações externas são também denominadas AVALIAÇÕES DE DESEMPENHO ou AVALIAÇÕES SISTÊMICAS DE LARGA ESCALA.
As
questões ou itens presentes nas avaliações externas servem-se da TRI (Teoria de Resposta ao Item) para promoverem testes que possam valer-se de questões objetivas que
possibilitem maior precisão na identificação do percurso cognitivo realizado para a marcação de cada resposta.
A elaboração e correção de testes que implementem a TRI considera o padrão de respostas apresentadas para determinar o grau de proficiência do estudante, partindo da
ideia de que quanto mais um estudante dominar determinada habilidade, maior será a probabilidade de acerto nas questões.
Assim a TRI preza pela consistência nos acertos realizados pelo avaliado, se um estudante mantêm uma constância nos acerto de questões classificadas como fáceis e
médias e erra questões difíceis envolvendo a mesma habilidade, nos indica que muito provavelmente este estudante domine as habilidades mais básicas relacionados a
temática, caso o estudante acerte questões mais complexas e erre as mais simples, significa que ele não desenvolveu as habilidades mais básicas e com muita probabilidade
ele acertou por “chute” as questões mais difíceis.
A quantidade de acertos não determina a performance do aluno no teste, pois pode ocorrer do estudante acertar mais questões que outro e ainda sim tenha um
desempenho menor caso os acertos não estejam mantendo a mesma cadência de progressão cognitiva.
Matrizes de Referência representam os instrumentos base para elaboração das questões(itens) presentes nas avaliações externas. As matrizes são
desenvolvidas e estruturadas a partir de competências e habilidades que se espera que os estudantes tenham desenvolvido na etapa a ser avaliada.
Cabe destacar que as matrizes de referência não representam os currículos escolares, pois estes são mais amplos, portanto elas representam recortes dos
conteúdos curriculares e habilidades estabelecidos para determinada etapa ou ano escolar. Assim, constituem-se como o referencial a ser utilizado tanto por
aqueles que irão elaborar as questões quanto para os que irão participar do teste, garantindo assim uma transparência ao processo e permitindo uma
preparação mais adequada para a análise dos resultados dos testes aplicados..
Os descritores são elaborados a partir da matriz de referência e representam partes distintas das habilidades presentes na matriz, no intuito de tornar mais
claro os conceitos, habilidades e competências presentes em cada uma das questões elaboradas nas avaliações externas.
Características dos descritores:
Descrevem as habilidades da matriz de referência as quais são avaliadas nas provas padronizadas por meio dos itens.
Descrevem o processo de construção de competências e habilidades que os alunos devem desenvolver e dominar, conforme o conteúdo, a etapa de
escolarização e área do conhecimento.
Traduzem a associação entre os conteúdos curriculares e as operações mentais desenvolvidas pelos alunos.
Especificam o que cada habilidade implica e são utilizados como base para a construção dos itens das diferentes disciplinas.
Os distratores representam uma possibilidade errada do percurso cognitivo que o estudante pode apresentar, assim, em testes de múltipla escolha nenhuma
alternativa é pensada aleatoriamente, mas assim, prevendo algumas confusões ou inabilidades que o estudante pode apresentar.
Os Itens compõem os exercícios (questões) que devem ser respondidos pelos estudantes dentro dos testes presentes nas avaliações externas.
Características do Item:
É elaborado segundo uma Matriz de Referência sempre se referindo a uma habilidade.
Geralmente é de múltipla escolha e pautado por requisitos técnicos que buscam estabelecer procedimentos necessários à clareza e precisão dos
instrumentos utilizados na avaliação.
A construção de bons itens para compor os testes de proficiência utilizados na avaliação em larga escala passa por diversas etapas que envolvem diversos
profissionais da educação.
Os itens são geralmente compostos por texto-base e alternativas
O texto base (ou suporte) é o motivador do item. É a partir da sua leitura/análise que o estudante mobiliza seus conhecimentos para realizar a tarefa
solicitada, atendendo à habilidade. O texto-base pode ser compreendido como toda forma de expressão, seja um texto verbal, uma imagem, cartaz, charge,
tabela, gráfico, mapa, fórmula, enfim, trata-se de manifestação de linguagem dotada de sentido e capaz de transmitir uma mensagem.
As alternativas são as opções de resposta à situação-problema trazida pelo item. A alternativa correta é chamada de gabarito e as incorretas são os
distratores.
A premissa fundamental para a construção de bons distratores é a plausibilidade, que confere eficiência pedagógica ao item. Distratores plausíveis são
aqueles que apresentam possíveis respostas à situação-problema, elaborados a partir de hipóteses dos estudantes que não atendam de forma adequada à
resolução da tarefa. Na constituição dos distratores, o elaborador precisa remontar um provável percurso cognitivo estabelecido pelo estudante.
2. Avaliações externas aplicadas à rede pública de São Paulo
2.1. SARESP
Logo SARESP
O SARESP é uma referência para a avaliação de desempenho dos estudantes no tocante ao acompanhamento de uma das principais diretrizes do Plano
Estadual de Educação de São Paulo: a melhoria da qualidade da educação.
O Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo – SARESP é um processo de avaliação de larga escala, que completou em 2022 a sua
24ª edição. Além de permitir a verificação do desenvolvimento das habilidades e das competências cognitivas propostas para cada etapa de ensino e
aprendizagem escolar, o SARESP é importante mecanismo de apoio à tomada de decisão na gestão da Educação Básica paulista, em especial no que se refere
à definição de programas de formação continuada, ao planejamento escolar e ao estabelecimento de metas para o projeto de cada escola.
De outra parte, ao disponibilizar os resultados de cada escola pública estadual à população em geral, o SARESP integra-se ao processo de comunicação da
escola com a sociedade, abrindo a perspectiva para a discussão, a reflexão e o engajamento na vida escolar e no projeto educacional na busca de melhoria
significativa da educação de um povo.
Trata-se de uma avaliação estadual realizada anualmente, que conta com a participação de todas as escolas da rede estadual, envolvendo mais de 1 milhão
de estudantes dos 2º, 3º, 5º, 9º anos do Ensino Fundamental e da 3ª série do Ensino Médio em 2022 ( Resolução SEDUC nº 81 de 19/10/2022) . Além disso, a
SEDUC oferece a participação custeada pelo estado para redes municipais com adesão ao Currículo Paulista (Resolução SEDUC Nº77/22, de 05/10/2022),
favorecendo aproximadamente 250 mil estudantes dessas redes. É prevista, ainda, a adesão de demais escolas e redes que tiverem interesse em participar,
arcando com os custos da aplicação.
Os resultados do SARESP integram o Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo – IDESP, que constitui para cada unidade escolar
importante indicador da qualidade do ensino oferecido e referência para o monitoramento das metas em qualidade educacional.
Características:
● Abrangência: Estudantes dos 2º, 5º, 9º anos do EF e da 3ª série do EM, em aplicação censitária, e 3º ano do EF em amostra
● Provas cognitivas: Língua Portuguesa, Matemática, Ciências da Natureza, Língua Inglesa (aplicação piloto amostral)
● Questionários de contexto e perfil socioeconômico (estudantes e pais/responsáveis)
● Aplicação impressa e amostra digital
O IDESP (Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo) é um indicador de qualidade das séries iniciais (1º ao 5º ano) e finais (6º ao 9º ano)
do Ensino Fund amental e do Ensino Médio. Na avaliação de qualidade das escolas feita pelo IDESP consideram-se dois critérios complementares: o
desempenho dos alunos nos exames do SARESP e o fluxo escolar.
O IDESP tem o papel de dialogar com a escola, fornecendo um diagnóstico de sua qualidade, apontando os pontos em que precisa melhorar e sinalizando sua
evolução ano a ano.
De acordo com a Resolução SE - 74/2008, as metas a serem alcançadas até 2030 são:
Anos inicias: 7
Anos finais: 6
Ensino Médio: 5
Fórmula de Cálculo
O IDESP é composto de duas dimensões: o desempenho dos estudantes na avaliação de proficiência do SARESP (o quanto aprenderam) e o fluxo escolar (em
quanto tempo aprenderam).
O desempenho dos alunos é medido pelos resultados das provas de Língua Portuguesa (LP) e Matemática (Mat) do SARESP, nos 5º e 9º anos do Ensino
Fundamental e na 3ª série do Ensino Médio.
De acordo com as notas obtidas pelos alunos, é possível agrupá-los em quatro níveis de proficiência.
A distribuição dos alunos em níveis de desempenho indica a defasagem da escola (def) em relação às expectativas de aprendizagem de cada componente
curricular, a partir da seguinte função:
Observe que na composição da fórmula performances abaixo do básico tem peso 3. Alunos com resultados básicos têm peso 2, enquanto os alunos com
resultados considerados adequados para aquele determinado nível de ensino têm peso 1.
Como a fórmula pretende espelhar um indicador da defasem da escola, obviamente alunos considerados em nível avançado em relação àquele nível de
ensino tem peso zero, ou seja, na prática não entram no cálculo.
O ID é crescente com o bom desempenho da escola e varia numa escala entre zero (quando a defasagem da escola é máxima, igual a três) e dez (quando a
defasagem da escola é
Observe na fórmula que o indicador de defasagem é a média ponderada pelos diferentes pesos atribuídos aos níveis de proficiência. Essa média é obtida
pela divisão da defasagem calculada anteriormente pelo denominador “3”, correspondente aos três níveis que compõem o cálculo.
Para o cálculo do IDESP, encontra-se o indicador de desempenho (ID) da escola em cada etapa da escolarização, a partir da média simples entre o ID de
Língua Portuguesa e o ID de Matemática:
Gestor, nesta unidade vamos falar sobre todos os processos de avaliação aplicados em nossa rede.
Vamos conhecer um pouco mais de cada uma das avaliações apresentadas no vídeo.
ADE - Avaliação Diagnóstica de Entrada
Realizada no início do ano letivo (fevereiro) nos componentes curriculares de Língua Portuguesa e Matemática do 1º ano do Ensino Fundamental à 3ª série
do Ensino Médio. A ADE permite que professores e coordenadores de gestão pedagógica das unidades escolares construam estratégias para identificar as
habilidades que ainda necessitam de apoio no desenvolvimento da aprendizagem. São 8 modelos de cadernos de provas, aplicação digital, processamento
estatístico, devolutivas pedagógicas e analíticas de resultados.
SD - Sequências digitais
Realizadas ao final de cada bimestre nos componentes curriculares de Ciências da Natureza e Humanas, do 4º ano do Ensino Fundamental à 3ª série do
Ensino Médio. São cadernos com atividades para que o estudante possa resolver por computador ou smartphone, com o objetivo de reforçar as habilidades
nas quais ele ainda apresenta dificuldades. Cadernos em modelo único, aplicação digital, devolutivas de resultados.
Avaliação nacional voltada para todos os estados brasileiros; é aplicada para os 5º, 9º anos do Ensino Fundamental e 3ª série do Ensino Médio nas escolas da
rede estadual de São Paulo.
Realizado desde 1990, o Saeb passou por várias estruturas até chegar ao formato atual. A partir de 2019, a avaliação contempla também a Educação Infantil,
ao lado do Ensino Fundamental e do Ensino Médio.
O Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) representa um conjunto de avaliações em larga escala, realizadas pelo Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira — Inep, que se define como uma autarquia vinculada ao MEC (Ministério da Educação). O sistema tem o objetivo de
realizar um diagnóstico da educação básica brasileira e, também, de fatores que podem interferir no desempenho dos estudantes. Por meio de testes e
questionários, aplicados a cada dois anos na rede pública e em uma amostra da rede privada, o Saeb reflete os níveis de aprendizagem demonstrados pelos
estudantes avaliados, explicando esses resultados a partir de uma série de informações contextuais.
O Saeb permite que as escolas e as redes municipais e estaduais de ensino avaliem a qualidade da educação oferecida aos estudantes. O resultado da
avaliação é um indicativo da qualidade do ensino brasileiro e oferece subsídios para a elaboração, o monitoramento e o aprimoramento de políticas
educacionais com base em evidências.
São avaliados os componentes curriculares de Língua Portuguesa e Matemática. Os resultados de proficiência, com o fluxo escolar, geram o indicador IDEB.
2. Avaliações externas aplicadas à rede pública de São Paulo
2.5. IDEB - Índice de Desenvolvimento da Educação Básica
O Ideb funciona como um indicador nacional que possibilita o monitoramento da qualidade da Educação pela população por meio de dados concretos, com o
qual a sociedade pode se mobilizar em busca de melhorias.
Ideb: As médias de desempenho dos estudantes, apuradas no Saeb, com as taxas de aprovação, reprovação e abandono, apuradas no Censo Escolar,
compõem o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
Foi criado em 2007 e reúne, em um só indicador, os resultados de dois conceitos igualmente importantes para a qualidade da educação: o fluxo escolar e as
médias de desempenho nas avaliações. O Ideb é calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e das médias de
desempenho no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb).
O Ideb agrega ao enfoque pedagógico das avaliações em larga escala a possibilidade de resultados sintéticos, facilmente assimiláveis, e que permitem traçar
metas de qualidade educacional para os sistemas. O índice varia de 0 a 10.
A combinação entre fluxo e aprendizagem tem o mérito de equilibrar as duas dimensões: se um sistema de ensino retiver seus alunos para obter resultados
de melhor qualidade no Saeb, o fator fluxo será alterado, indicando a necessidade de melhoria do sistema. Se, ao contrário, o sistema apressar a aprovação
do aluno sem qualidade, o resultado das avaliações indicará igualmente a necessidade de melhoria do sistema.
Assim, o Ideb é um indicador da qualidade educacional que combina informações de desempenho em exames padronizados (Saeb/Prova Brasil) com o Fluxo
(Aprovação) nas instituições escolares
O Ideb é calculado a partir de dois componentes: a taxa de rendimento escolar (aprovação) e as médias de desempenho nos exames aplicados pelo Inep.
Pisa para Escolas – SP: projeto contratado pela SEDUC, em parceria com a OCDE/Fundação Cesgranrio. Possui a mesma metodologia da avaliação
internacional. 1ª Etapa (2019) - 127 escolas; 2ª Etapa (2021) - 127 + 46 novas escolas. Envolve os domínios de leitura, matemática e ciências; proposta de
resolução de problemas, com o uso da tecnologia digital. Em 2021: Aplicação dos Questionários Módulos de Crises Globais (impacto da pandemia). Público
envolvido: estudantes de 15 anos (na 1ª série do Ensino Médio).