TCC DHESSICA - Ifma 1
TCC DHESSICA - Ifma 1
TCC DHESSICA - Ifma 1
BACABAL – MA
2022
DHESSICA LIANDRA MARTINS DA SILVA
Bacabal – MA
2022
APRENDIZAGEM BASEADA EM PROJETO (ABP): Desmatamento da área verde na
zona urbana
Dhéssica Liandra Martins da Silva1
Francisco Gudemberg2
RESUMO
1
Pós-Graduanda do Curso de Especialização em Meio Ambiente Aplicado ao Ensino de Ciências. Email:
[email protected].
2
Professor Doutor do Instituto Federal do Maranhão, Campus Bacabal. Email: [email protected].
INTRODUÇÃO
A aprendizagem baseada em projetos (ABP) tem sido um modelo de ensino bastante
utilizado para resolução de problemas que envolvem o mundo concreto, considerando uma
série de significados que visam determinar como deve ser realizada a abordagem. Dessa
forma, sua ação é cooperativa na busca de soluções (BARELL, 2010; BARON, 2010;
BELLAND; FREN CH; ERTMER, 2009; LARMER;
MERGENDOLLER, 2010).
Embora esse método de ensino não sendo tão novo (BRANSFORD et al., 1986), tem
sido muito enriquecedor para a construção do conhecimento dos alunos, tendo em vista que
ele envolve a todos, e a participação autêntica dos alunos no processo de aprendizagem tem
sido bem satisfatória, proporcionado seu reconhecimento por gestores educacionais como uma
das melhores práticas na educação da atualidade (BARELL, 2010; BARON, 2011; COLE;
WASBURN-MORES, 2010; LARMER; MERGENDOLLER, 2010).
A ABP também tem sua definição na utilização de projetos que têm sua autenticidade
comprovada, baseando-se em tarefas, atividades avaliativas e resolução de problemas
envolvedores, tornando o ensino de conteúdos mais compensador, visando a resolução de
problemas (BARELL, 2007, 2010; BARON, 2010; GRANT, 2002). Todas as disciplinas e
anos escolares optaram em utilizar essa prática, até em ensino de jovens e adultos, visto que
proporciona um ambiente mais agradável para a resolução de problemas e tem cooperado para
uma educação mais eficaz e transformadora (BARELL, 2007, 2010; BARON, 2010; GRANT,
2002). Nesse contexto, esse trabalho pretende fazer uso da ABP e aplicá-la como ferramenta
resolutiva do problema da arborização urbana da cidade de Bacabal, de forma que venha
colaborar com a qualidade do ar da população.
Serão abordados nesse trabalho os seguintes itens: Metodologias ativas; uso de
recursos tecnológicos no ensino (Webquest, pocket lab air e simulações computacionais);
arborização urbana; a contribuição de obras do Estado realizadas com finalidade de
conscientizar a população quanto as consequências da falta de arborização e outros métodos
para erradicar a poluição do ar; o combate ao desmatamento nas áreas urbanas, tendo em vista
o grande número de árvores espalhadas pela cidade.
É de suma importância que a população contribua para a preservação dessas arvores
nas áreas urbanas da cidade, com isto vale a pena ressaltar que todo e qualquer dano à
natureza, seja na fauna ou na flora tem suas consequências, e para que isso não ocorra todos
devem colaborar para o bem em comum de todos, que nesse caso é a preservação e o combate
ao desmatamento na zona urbana.
OBJETIVOS
Objetivo Geral
Webquests
São questionários onlines, produzidos em plataformas digitais como o Google Sites,
onde ali são apresentados conceitos referentes aos conteúdos propostos em sala de aula, para
que o aluno tenha acesso e possam ali desenvolver seu conhecimento (SKYLAR; HIGGINS;
BOONE, 2007).
Para que estes sejam criados, os professores com acesso a sua conta Google podem
desenvolver suas atividades especificas para que dessa forma os alunos tenham o
conhecimento através de links disponibilizado pelos professores, e resolvam as atividades
propostas em cada webquest (BENDER, 2014).
Também nesse contexto de conteúdos propostos em plataformas digitais, encontramos
os blogs de sala de aula, que também são muito uteis e muito aplicado, afim de que alunos e
professores sejam possibilitados de criarem conteúdos verídicos, que complementam suas
atividades onlines, e em um local em que todos seus companheiros possam ter acesso para
possíveis analises e debates. Temos como exemplo de blog de sala de aula, um diário ou
discussão de temas diversos, favorecendo assim também que os demais participantes possam
fazerem suas publicações como forma de colaborar os diversos problemas que por lá são
estudados e a realização desses (SALEND, 2009; WALLER, 2011).
Entende-se por arborização urbana toda cobertura vegetal de porte arbóreo existente
nas cidades. Essa vegetação ocupa, basicamente, três espaços distintos: as áreas
livres de uso público e potencialmente coletivas, as áreas livres particulares e
acompanhando o sistema viário. (EMBRAPA, 2000 apud RIBEIRO, 2009, p. 2).
É de suma importância que a população mantenha essas áreas preserve, tendo em vista
que todo ser é responsável pelo bem-estar ambiental e compete a cada um cuidar daquilo que,
constitucionalmente é de direito do cidadão:
Art. 225. – Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de
uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder
Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e
futuras gerações (BRASIL, 1988).
Compete aos órgãos que garantem a aplicação das leis ambientais fiscalizarem e punir
conforme a lei a todos aqueles que de forma consciente desrespeitam esse artigo e de forma
livre corroboram para o não cuidado da vegetação urbana.
Não somente por ser um serviço público, mas por ser patrimônio, deve estar ao
conhecimento de todos e conservado por todos para as futuras gerações, pois isso gera
benefícios aos seres humanos, como também garante uma melhor qualidade do ar daquela
população e da circunvizinhança, além de outros benefícios (XENXERÊ, 2009).
“A poda das árvores urbanas é uma prática constante, seja para proporcionar mais
vitalidade às árvores, seja por questões de segurança ou mesmo simplesmente por
estética. Esta prática consiste na retirada de ramos, galhos ou mesmo de parte das
raízes. O período para a realização da poda, no Rio Grande do Sul é o inverno no
período de latência da vegetação. A menos que a espécie a ser podada seja
caducifólia, a qual deverá ser podada na primavera, pois neste período já recobrou as
folhas, o que torna possível a identificação dos ramos secos, doentes ou danificados.
” (RGE, 2000, p. 27).
Vale ressaltar que todo e qualquer trabalho que de certa forma causam, nem que seja
pequenos impactos ambientais, precisam da autorização dos órgãos aplicadores das leis, como
já falado. Isso se dá devido as inúmeras políticas de preservação ambiental, com intuito de
melhorar a qualidade de vida do meio ambiente e das pessoas que usufruam deste.
A crescente desordem dos grandes centros urbanos tem acarretado em certos tipos de
condições de artifícios em relação às áreas verdes naturais e isso tem acarretado em uma série
de consequências, dentre elas a qualidade de vida dos habitantes, o aumento da circulação de
gases poluentes na atmosfera, na maioria das vezes essa provocada pelo próprio ser humano,
dentre outros.
Todavia, parte dessas consequências podem serem minimizadas ou até mesmo
combatidas pela legislação e controle de atividades urbanas, e outras até evitadas fazendo-se
uso da aplicabilidade da arborização urbana e prevenção das áreas verdes já existentes
(MILANO, 1987 apud RIBEIRO, 2009). Tendo em vista todo esse conhecimento acerca da
arborização urbana e das consequências dos desmatamentos em áreas verdes urbanas, vamos
parar um pouco para conhecer os benefícios de alguns projetos que foram postos em prática e
criados em nossas cidades como meio de conscientização da população para a preservação
ambiental e qualidade de vida do ar de nossa cidade.
Arborização e qualidade do ar
O gás oxigênio é um dos gases mais presentes na atmosfera, e é graças a esse ar que
conseguimos respirar e sobrevivemos. As plantas, no geral, sofrem um processo denominado
fotossíntese, que é a síntese de forma natural, na presença de luz solar de oxigênio. Esse
processo ocorre na seguinte maneira:
“Reações luminosas: ocorrem na membrana do tilacoide (sistemas de
membranas internas do cloroplasto).
Reações de fixação de carbono: ocorrem no estroma do cloroplasto (fluido
denso no interior da organela) ” (SANTOS, 2022)
"Na fotossíntese, gás carbônico é utilizado e oxigênio liberado. As trocas gasosas com
o meio acontecem graças à presença de estômatos". Como esse processo acontece com a
absorção do gás carbônico, é relevante ressaltar que quanta mais arvores nas áreas urbanas,
melhor será a qualidade de vida daquela área, pois tendo em vista que as árvores absorvem
CO2, parte desses gases emitidos pelas queimas de combustíveis serão absorvidos e convertido
em O2 pela captação das plantas.
Áreas abertas como parques, praças, bosques, precisam manter sua preservação para
que aquela localidade tenha seu ar bem tratada. Quando se fala em qualidade de vida, também
falamos do ar que respiramos que precisa ser levado em consideração, quanto mais a poluição
acontece, menos do nosso ar é limpo.
Graças a simulação computacional, podemos também compreender como funciona o
processo de respiração e transpiração da água nas plantas, o programa de animações gráficas,
ESTOMATOS, proporciona esse dinamismo e a maior interação em sala de aula com
professor e alunos. Este programa conta com informações bastante plausíveis para o estudo de
ciências, de modo particular, as propriedades das plantas. Ele foi criado pela Universidade de
Campinas e se assemelha a um livro eletrônico, com facilidade de manuseio tanto por alunos
como por professores. A imagem a seguir apresenta o menu desse programa:
É imprescindível o uso das novas tecnologias, tendo em vista que todo processo de
ensino-aprendizagem se torna mais eficaz e também a participação dos alunos se torna mais
perceptível, proporcionando assim um ambiente melhor para o desenvolvimento do ensino.
Não é a troca do homem pela máquina, mas sim a adaptação dessa para o melhor do ensino, é
o uso favorável de todas as ferramentas necessárias que venham beneficiar a educação em
sala de aula e reduzir o número de alunos evadidos, muitas vezes por falta de recursos para a
aplicação de uma aula atrativa.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A conscientização acerca do desmatamento nas áreas urbanas é primordial, e isso é
vantajoso e colabora para que acontecia no cotidiano uma melhoria no ar populacional.
Quando voltamos nosso olhar para a preservação ambiental, percebemos que muitas maneiras
são viáveis para se trabalhar projetos que tem como iniciativa essa temática.
Em uma visão pedagógica, didática e educativa, vale ressaltar que as metodologias
ativas colaboram para que projetos como esse sejam aplicados em sala de aula e sejam
levados para a prática, com o intuito de favorecer o processo de ensino-aprendizagem mais
eficaz em turmas de ensino básico ou ensino superior.
Metodologias como aprendizagem baseada em projeto, metodologia baseada em
problemas, gameficação, sala de aula invertida, que são usadas em diversas instituições não só
no Brasil, mas em diversos países do mundo, tem dado enfoque a uma quantidade de políticas
públicas que tem como objetivo a melhoria do ar populacional. O presente trabalho mostra o
quanto essas metodologias são importantes quando aplicadas em sala de aula, tanto no
contexto socioeducativo, quanto no desempenho de muitos alunos e a participação desses nas
realizações de atividades com tais temas propostos.
Por fim, a educação é a forma mais eficiente, não só no que tange a conscientização,
mas em apontar problemas e a solução para esses problemas que afetam o nosso meio
ambiente, e isso tem sido visível nas diversas pesquisas que trazem problemas reais e soluções
diversificadas para esses problemas, como forma de ampliar a participação de um grande
número da sociedade que venham se beneficiar com esses estudos.
REFERÊNCIAS
ATRIE, D. et al. Approaching PBL Practically: a guide for students by students. Michael G.
de Groote School of Medicine, 2009. Disponível em: <http://fhs.
mcmaster.ca/facdev/documents/ApproachingPBLPracticallySept.08.pdf.>. Acesso em 05 de
out de2022.
BARREL, J. Problem-Based Learning: The foundation for 21st century skills. In:
BELLANCA, J; BRANDT, R. (Orgs.). 21st century skills: Rethinking how students learn.
Bloomington: Solution Tree Press, 2010.p.175-199.
BARON, K. Six steps for planning a successful Project. Edutopia, San Rafael, 15 mar. 2010
Disponível em: <www.edutopia.org/maine-project-learning-six-steps-planning>. Acesso em
12 de out de 2022.
KNOWLTON, D. Preparing students for enhanced living. In: KNOWLTON, D.; SHARP, D.
(Org). Problem-based learning in the information age. San Francisco: Jossey-Bass, 2003.
MORAN, J.M.; BACICH, L. Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma
abordagem teórico-prática. Porto Alegre: Penso, 2018.
PARTNERSHIP FOR 21ST CENTURY SKILLS. Framework for 21st century learning.
Washington: P21, 2004. Disponível em: <www.p21.org/index.php?
option=com_content&task=view&id=254<emid=120> Aceso em 20 de out de 2022.
SKYLAR, A. A., HIGGINS, K.; BOONER, R. Strategies for adap-ting webquests for
students with learning disabilities. Intervention in Scooç and Clinic, [S.1], v. 43, n. 1, p. 20-
28, 2007.
WALLER, L. Is your kid’s classroom connection high speed ? Six easy ways to engage
students with technology in Reading! Teacher’s Workshop Newaletter, [S.1], v. 4, n. 1, p.
1-3, 2011.