TCC DHESSICA - Ifma 1

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO

MARANHÃO – IFMA, CAMPUS BACABAL


CURSO: PÓS-GRADUAÇÃO EM MEIO AMBIENTE APLICADO AO ENSINO DE
CIÊNCIAS
DISCENTE: DHESSICA LIANDRA MARTINS DA SILVA

APRENDIZAGEM BASEADA EM PROJETO (ABP): Desmatamento da área verde na


zona urbana

BACABAL – MA
2022
DHESSICA LIANDRA MARTINS DA SILVA

APRENDIZAGEM BASEADA EM PROJETO (ABP): Desmatamento da área


verde na zona urbana

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de


Especialização em Meio Ambiente aplicado ao Ensino de
Ciência do Instituto Federal do Maranhão, como pré-
requisito a obtenção do título de Especialista.
Orientador: Prof. Dr. Francisco Gudemberg.

Bacabal – MA
2022
APRENDIZAGEM BASEADA EM PROJETO (ABP): Desmatamento da área verde na
zona urbana
Dhéssica Liandra Martins da Silva1
Francisco Gudemberg2

RESUMO

A aprendizagem baseada em projeto tem beneficiado o processo de ensino de modo


eficaz, tornando assim a melhor participação dos alunos nos momentos interativos, e fazendo
com que os mesmos tenham mais destaque na realização de suas atividades. Esta metodologia
faz parte das novas metodologias ativas, que tem como objetivo identificar fatores que
possam afetar o desempenho educacional dos alunos e propor solução para essa problemática.
Junto dessa metodologia, temos a sala de aula invertida, a gameficação, o uso das novas
tecnologias digitais que favorecem e enriquecem o desenvolvimento e o processo de
construção do conhecimento dos estudantes. O projeto da arborização urbana, como benefício
para a melhoria do ar local de Bacabal foi realizado como proposta dessa nova metodologia,
motivando e conscientizando aos alunos o cuidado para com o meio em que habitamos e a
preservação deste para que a população tenha um ar mais agradável. Também foi trabalhado
nesse projeto, fatores que podem prejudicar o ar local, com o uso do pocketlabair, que verifica
de forma rápida a qualidade do ar. E para que os alunos possam ter seu conhecimento
construído de forma dinâmica e com uso das TDIC’s, foi desenvolvido um webquest para a
melhor interação dos alunos com o conteúdo proposto e assim, eles poderem ter base para
discutir e propor ideias para a melhoria do ar local. Dentro desse contexto das novas
tecnologias, o Google Earth, plataforma digital e online, que permite o conhecimento das
regiões e de vários lugares do mundo, por meio de uma tela de computador, celular ou tablete,
foi favorável para que o conhecimento acerca do espaço geográfico fosse melhor
compreendido de forma global. Por fim, é notório que as novas metodologias ativas de ensino
fortalece o engajamento dos alunos, levando-os a uma melhor compreensão e obtendo mais
êxito em suas atividades.

1
Pós-Graduanda do Curso de Especialização em Meio Ambiente Aplicado ao Ensino de Ciências. Email:
[email protected].
2
Professor Doutor do Instituto Federal do Maranhão, Campus Bacabal. Email: [email protected].
INTRODUÇÃO
A aprendizagem baseada em projetos (ABP) tem sido um modelo de ensino bastante
utilizado para resolução de problemas que envolvem o mundo concreto, considerando uma
série de significados que visam determinar como deve ser realizada a abordagem. Dessa
forma, sua ação é cooperativa na busca de soluções (BARELL, 2010; BARON, 2010;
BELLAND; FREN CH; ERTMER, 2009; LARMER;
MERGENDOLLER, 2010).
Embora esse método de ensino não sendo tão novo (BRANSFORD et al., 1986), tem
sido muito enriquecedor para a construção do conhecimento dos alunos, tendo em vista que
ele envolve a todos, e a participação autêntica dos alunos no processo de aprendizagem tem
sido bem satisfatória, proporcionado seu reconhecimento por gestores educacionais como uma
das melhores práticas na educação da atualidade (BARELL, 2010; BARON, 2011; COLE;
WASBURN-MORES, 2010; LARMER; MERGENDOLLER, 2010).
A ABP também tem sua definição na utilização de projetos que têm sua autenticidade
comprovada, baseando-se em tarefas, atividades avaliativas e resolução de problemas
envolvedores, tornando o ensino de conteúdos mais compensador, visando a resolução de
problemas (BARELL, 2007, 2010; BARON, 2010; GRANT, 2002). Todas as disciplinas e
anos escolares optaram em utilizar essa prática, até em ensino de jovens e adultos, visto que
proporciona um ambiente mais agradável para a resolução de problemas e tem cooperado para
uma educação mais eficaz e transformadora (BARELL, 2007, 2010; BARON, 2010; GRANT,
2002). Nesse contexto, esse trabalho pretende fazer uso da ABP e aplicá-la como ferramenta
resolutiva do problema da arborização urbana da cidade de Bacabal, de forma que venha
colaborar com a qualidade do ar da população.
Serão abordados nesse trabalho os seguintes itens: Metodologias ativas; uso de
recursos tecnológicos no ensino (Webquest, pocket lab air e simulações computacionais);
arborização urbana; a contribuição de obras do Estado realizadas com finalidade de
conscientizar a população quanto as consequências da falta de arborização e outros métodos
para erradicar a poluição do ar; o combate ao desmatamento nas áreas urbanas, tendo em vista
o grande número de árvores espalhadas pela cidade.
É de suma importância que a população contribua para a preservação dessas arvores
nas áreas urbanas da cidade, com isto vale a pena ressaltar que todo e qualquer dano à
natureza, seja na fauna ou na flora tem suas consequências, e para que isso não ocorra todos
devem colaborar para o bem em comum de todos, que nesse caso é a preservação e o combate
ao desmatamento na zona urbana.
OBJETIVOS
Objetivo Geral

 Com base na Aprendizagem Baseada em Projetos (ABP), criar mecanismos


que possa favorecer tanto a conscientização, quanto a boa prática de
preservação da vegetação urbana, bem como cuidar da arborização já existente
como propósito de erradicar a poluição do ar da nossa população.
Objetivos específicos
 Entender o conceito de arborização urbana e sua importância para a boa
qualidade do ar da nossa população;
 Entender o princípio básico da fotossíntese;
 Aprender sobre as partículas que compõe o ar, o CO 2 e como esses fatores
alteram a qualidade do ar;
 Realizar coleta dos dados da qualidade do ar usando o pocket lab air através do
experimento com queima de vegetação;
 Compreender como a poluição do ar pode afetar a saúde das árvores urbanas;
 Pesquisar os serviços ecossistêmicos prestados pelas árvores ao ambiente
urbano;
 Desenvolver uma ideia para um espaço verde de uso comum no IFMA campus
Bacabal ou no bairro onde está localizada a escola.

APRENDIZAGEM BASEADA EM PROJETO: um pouco do que se trata


O USO DE METODOLOGIAS ATIVAS NO ENSINO
A educação ao longo dos tempos vem avançando quanto aos métodos didáticos e a
forma de se construir conhecimentos. Embora não se ver tanto investimento, mas a
colaboração daqueles que incansavelmente se dedicam para melhorar o processo de ensino
aprendizagem, é possível reconhecer esse avanço no cotidiano (GONTIJO, 2021).
Para melhor se trabalhar, alguns estudiosos apresentam novos métodos e teorias que
corroboram para o crescimento dos estudantes, novas metodologias são aplicadas para que a
educação ultrapasse barreiras, dentre essas metodologias, temos as metodologias ativas, que
proporcionam um protagonismo singular aos estudantes no seu processo de construção de
conhecimento. Essas metodologias são uteis tanto no ensino básico, quanto no ensino
superior, e vem mostrando resultado quanto ao desempenho educacional dos alunos
(GONTIJO, 2021).
Elas veem se destacando como propostas de ensino-aprendizagem inovadoras com a
inserção de uma pedagogia construtivista e foram criados vários exemplos que foram
aprimorados ao logo dos anos desde a década de 1980, tendo como objetivo o aprendizado do
aluno e como norteador o reconhecimento de que este constrói conhecimento quando age
conscientemente e criticamente sobre o objeto/fenômeno. São exemplos de metodologias
ativas a sala de aula invertida, aprendizagem baseada em projetos, aprendizagem baseada em
problemas, gameficação, aprendizagem baseada em pares e storytelling (GONTIJO, 2021).

Sala de aula invertida


A Sala de Aula Invertida é uma proposta metodológica em que o/a estudante constrói
seu conhecimento por meio da articulação entre espaços e tempos on-line - síncronos e
assíncronos - e presenciais. Dessa maneira, ele integra, juntamente com outros métodos
pedagógicos, o chamado Ensino Híbrido.
A Sala de Aula Invertida considerada uma metodologia ativa, tem sido implantada em
universidades como a Harvard University e o Massachusetts Institute of Technology (MIT)
com o foco de explorar os avanços tecnológicos educacionais, além de reduzir a evasão e o
índice de reprovação (Moran e Bacich, 2018). A Sala de Aula Invertida surgiu a partir de
momentos reflexivos acerca do ensino do professor de Ciências no Colorado (Estados
Unidos), Aaron Sams, em 2007 (BERGMANN e SAMS, 2020).
De acordo com Scheneiders (2018), na Sala de Aula Invertida trabalha de forma que o
aluno aprenda antecipadamente com conteúdos disponibilizados pelo professor, como vídeo
aulas, e quando em sala de aula, todas as dúvidas são sanadas e todo conhecimento construído
é compartilhado e mediado com o pelo professor, de forma que o aluno se sinta livre para
desenvolver seu conhecimento (BERGMANN e SAMS, 2020). Comparada ao método
tradicional de ensino, traz como proposta a inversão dos ambientes em que são realizadas as
atividades.

Aprendizagem baseada em projeto


A aprendizagem baseada em projetos tem sua aplicabilidade semelhante à
aprendizagem baseada em problemas, porém, essa primeira, que teve em sua definição
conceito da aprendizagem baseada em problema, no contexto da busca de soluções de
problemas reais apresentados por quem faz uso dessa metodologia. Ela vem mudando ao
longo do tempo, ao ponto de ser considerada a metodologia do século XXI (BENDER;
CRANE, 2011; FLEISCHNER; MANHEIMER, 1997; KNOWTON, 2003; MARZANO,
2007).
Essa metodologia, quando aplicada, traz inúmeros benefícios, tanto para os
professores como para os alunos, que tem seu desempenho aumentado, além de motivar o
processo de ensino-aprendizagem, melhorar o trabalho em equipe e desenvolver habilidades
que colaboram no sucesso dos estudantes (COLE; WAS BURN-MOSES, 2010;
PARTNERSHIPFOR 21SET CENTURY SKILLS, 2004, 2009).
Vários são os itens que fazem parte dessa metodologia, e diferentes são os projetos
que ela engloba, para as diferentes etapas de ensino, fazendo com que sua linguagem
primordial seja presente na literatura educacional, como proposta inovadora para as inúmeras
pesquisas na educação. Os projetos, que tem sua diversidade, fazem parte dessa linguagem e
proporcionam o norteamento para o ensino qualificado nas instituições de ensino, que tem seu
foco nas questões ou realizações de problemas do cotidiano proposto aos alunos (LARMER;
MERGENDOLLER. 2010).
Vale a pena ressaltar que a aprendizagem baseada em projetos tem como maior
benefício aumentar o desempenho dos alunos, e esses se sentem motivados a realizarem suas
atividades que lhes são propostas segundo o conteúdo que lhes são ofertados, e tal
metodologia faz com que seus interesses pelas aulas sejam maiores (BARELL, 2010;
BELLAND; FRENCH; ERTMER, 2009; BLUMENFELD et al, 1991; FORTUS;
KOLODNER, 2005; GRANT, 2010; TASSINARI, 1996; WALKER; LEARY, 2008;
WORTHY, 2000), tornando assim o desenvolvimento dos alunos mais evidentes,
considerando seu envolvimento com tudo que lhes foram propostos em sala de aula.

Aprendizagem baseada em problema


A Aprendizagem Baseada em Problemas tem como requisito básico o manejo de
problemas da vida real, aplicado por Jhon Evans, coordenador da reitoria da escola de
medicina de McMaster, para estimular o desenvolvimento conceitual, procedimental e
atitudinal do discente. Este tipo de metodologia teve início em universidades de medicina, na
cidade de Hamilton no Canadá em 1965, com o propósito de inovar no ensino de medicina
afim de permitir que seus estudantes de medicina desenvolvessem habilidades para solucionar
problemas e juntar, avaliar, interpretar e aplicar uma grande quantidade de informações que
apontassem melhores respostas aos pacientes (ATRIE et al., 2009).
O objetivo principal dessa metodologia é criar novas formas em que o educando pode
aprender e consequentemente se desenvolver pela ampliação constante da consciência, como
sujeito e como cidadão. A formação humana sem a perspectiva da cidadania, por um lado,
conduz a um pressuposto individual e não corrobora para o todo. “O ensino e aprendizagem
dos conhecimentos elaborados e em elaboração pela ciência, pela filosofia e pelas artes são
recursos fundamentais para a ampliação da consciência” (LUCKESI, 2011, p.55).
De acordo com Mamede (2001), a proposta educativa da Aprendizagem Baseada em
Problemas é delineada nos princípios derivados da psicologia cognitiva, e tem como
característica principal uma forma de aprendizagem e instrução que colabora para a
construção de contextos favoráveis ao ensino. Levin (2001) afirma que a Aprendizagem
Baseada em Problemas está intrinsicamente relacionada com a teoria construtivista da
aprendizagem.

A IMPORTÂNCIA DO USO DE RECURSOS TECNOLÓGICOS NO PROCESSO DE


ENSINO-APRENDIZAGEM, USADOS PELA APRENDIZAGEM BASEADA EM
PROJETOS
A aprendizagem baseada em projetos também faz uso das novas tecnologias digitais
da informação, como meio de alcançar um maior número de alunos e proporcionar uma
educação mais produtiva e participativa, quebrando aquele gelo das longas aulas onde o
professor só falava e o aluno ouvia.
Como estamos na era da tecnologia, muitos artificies são propostos para serem
aplicados na educação, dentre estes, os dispositivos com conexão a internet, como os
computadores, smartphones, tablets, entre outros, softwares de apresentação, como o power
point (SALEND, 2009; WALLER, 2011), quadros interativos para apresentações, que em
muitos casos são adaptados a computadores, robótica, simulações computacional, realidade
virtual, telas de projeções, Tv`s, entre outros dispositivos eletrônicos que tem favorecido um
melhor desempenho para a aplicação dessa e de outras metodologias, e isso tem
proporcionado a substituição dos velhos quadros negros, e tornado as aulas mais dinâmicas
(MARZANO, 2009; MARZANO; HAYSTEAD, 2009; SALEND, 2009).

Webquests
São questionários onlines, produzidos em plataformas digitais como o Google Sites,
onde ali são apresentados conceitos referentes aos conteúdos propostos em sala de aula, para
que o aluno tenha acesso e possam ali desenvolver seu conhecimento (SKYLAR; HIGGINS;
BOONE, 2007).
Para que estes sejam criados, os professores com acesso a sua conta Google podem
desenvolver suas atividades especificas para que dessa forma os alunos tenham o
conhecimento através de links disponibilizado pelos professores, e resolvam as atividades
propostas em cada webquest (BENDER, 2014).
Também nesse contexto de conteúdos propostos em plataformas digitais, encontramos
os blogs de sala de aula, que também são muito uteis e muito aplicado, afim de que alunos e
professores sejam possibilitados de criarem conteúdos verídicos, que complementam suas
atividades onlines, e em um local em que todos seus companheiros possam ter acesso para
possíveis analises e debates. Temos como exemplo de blog de sala de aula, um diário ou
discussão de temas diversos, favorecendo assim também que os demais participantes possam
fazerem suas publicações como forma de colaborar os diversos problemas que por lá são
estudados e a realização desses (SALEND, 2009; WALLER, 2011).

Pocket lab air


O multissensor PocketLab Air é poderoso o suficiente para pesquisadores de qualidade
do ar e clima, mas fácil e robusto o suficiente para qualquer pessoa usar e começar a coletar
dados imediatamente.
O Air reúne tudo o que um cientista cidadão precisa em um dispositivo durável. É um
laboratório de ciências poderoso o suficiente para pesquisas aéreas de nível profissional que
achamos que deveria ser compacto e fácil de usar o suficiente para colocar o poder
diretamente nas mãos da próxima geração (DO FABRICANTE, s.d)
Projete centenas de experimentos científicos que abrangem física, engenharia, ciências
da terra, química e biologia. Imagine medir a qualidade do ar de um pátio de escola, refeitório
e casas de alunos, ou acompanhar as mudanças ao longo do ano e comparar com dados
climáticos históricos de qualquer região. Saia e redefina uma caminhada no parque
observando os dados ao vivo aparecerem na tela e serem atualizados enquanto você
caminha. Pegue um para se divertir ou escolha um pacote que inclui tudo o que você precisa
para uma sala de aula cheia de cientistas cidadãos (DO FABRICANTE, s.d)
O PocketLab Notebook é uma plataforma de ciência digital completa e completa. A
Biblioteca de Aulas no Notebook oferece aulas e laboratórios personalizáveis e alinhados ao
NGSS para todas as salas de aula de ciências. Confira estas lições que você pode usar com o
PocketLab Air (DO FABRICANTE, s.d).
Google earth
O Google Earth é uma plataforma de navegação da Google 3D que permite você
navegar em tempo real por todo o planeta terra sem sair de casa. Esta lhe dá acesso a todos os
países, com coordenadas e ruas permitindo assim você conhecer as regiões, a cultura e um
pouco mais de todos os povos.
O Google Earth é bastante utilizado em salas de aulas nas aulas de geografia para uma
melhor compreensão do espaço geográfico em que vivemos. Isso dá tanto ao professor como
ao aluno a possibilidade de assimilar os conteúdos propostos com a realidade, de forma que o
contato do aluno com todas as regiões do planeta será possível ainda que de forma virtual. São
métodos que favorece ao aluno a construção do conhecimento e torna-o mais participativo nas
aulas melhorando a cada dia seu rendimento em sala de aula.

ARBORIZAÇÃO URBANA: sua importância para a qualidade do ar

A arborização urbana é de suma importância para o ecossistema de uma cidade e para


a boa qualidade do ar daquela população, com isso, Silva et al (2007), nos dá por entendido de
que a arborização urbana é uma diversidade de áreas, sejam elas públicas ou privadas com
predominância de vegetação arbórea ou em fase natural que uma cidade ou municípios
apresentam. Nisto, se incluem árvores das ruas, avenidas, parques públicos entre outras áreas
verdes. Também pode-se tomar nota de que:

Entende-se por arborização urbana toda cobertura vegetal de porte arbóreo existente
nas cidades. Essa vegetação ocupa, basicamente, três espaços distintos: as áreas
livres de uso público e potencialmente coletivas, as áreas livres particulares e
acompanhando o sistema viário. (EMBRAPA, 2000 apud RIBEIRO, 2009, p. 2).

É de suma importância que a população mantenha essas áreas preserve, tendo em vista
que todo ser é responsável pelo bem-estar ambiental e compete a cada um cuidar daquilo que,
constitucionalmente é de direito do cidadão:

Art. 225. – Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de
uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder
Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e
futuras gerações (BRASIL, 1988).
Compete aos órgãos que garantem a aplicação das leis ambientais fiscalizarem e punir
conforme a lei a todos aqueles que de forma consciente desrespeitam esse artigo e de forma
livre corroboram para o não cuidado da vegetação urbana.
Não somente por ser um serviço público, mas por ser patrimônio, deve estar ao
conhecimento de todos e conservado por todos para as futuras gerações, pois isso gera
benefícios aos seres humanos, como também garante uma melhor qualidade do ar daquela
população e da circunvizinhança, além de outros benefícios (XENXERÊ, 2009).

Desmatamento urbano: um problema que afeta todos


Um dos maiores problemas que afetam o equilíbrio do meio ambiente é o
desmatamento, ainda mais quando esse acontece nas áreas urbanas, proporcionando assim
alterações nas temperaturas, tendo em vista que uma área arborizada contribui para uma boa
circulação do ar, e com isso, também é motivo de saúde pública (SOUSA, 2022).
Podemos dizer que o mais afetado com o desmatamento ou desflorestamento são
aqueles que vivem em torno dessas áreas que são desmatadas. Trazendo para os espaços
urbanos, por incrível que pareça que os mesmos causadores do desmatamento são também os
que sofrem as consequências desse impacto ambiental (SOUSA, 2022).
Com isso, é comprometido a biodiversidade daquela área num todo, e isso vai
acarretando um grande desequilíbrio ambiental, prejudicando vários tipos de atividades que
estão diretamente relacionadas com o bem-estar daquela área que está sofrendo com o
desflorestamento. Além disso, o desflorestamento também afeta as condições climáticas
provocando assim o aumento de gases poluentes, que podem acarretar em sérios problemas de
saúde e com o próprio meio ambiente. Essas alterações são as consequências mais observadas
no cotidiano, devido a esse aumento no desmatamento (SOUSA, 2022).
Trazendo um pouco para a realidade de Bacabal, é comum se ver em alguns bairros
pessoas desmatando para fazerem pequenas plantações, como forma de demarcar aquela área
para que não possa haver invasão por outras pessoas. Também é observado o trabalho de poda
realizado por algumas empresas, como por exemplo empresa fornecedora de energia, como
objetivo de combater possíveis acidentes envolvendo árvores e redes elétricas.

“A poda das árvores urbanas é uma prática constante, seja para proporcionar mais
vitalidade às árvores, seja por questões de segurança ou mesmo simplesmente por
estética. Esta prática consiste na retirada de ramos, galhos ou mesmo de parte das
raízes. O período para a realização da poda, no Rio Grande do Sul é o inverno no
período de latência da vegetação. A menos que a espécie a ser podada seja
caducifólia, a qual deverá ser podada na primavera, pois neste período já recobrou as
folhas, o que torna possível a identificação dos ramos secos, doentes ou danificados.
” (RGE, 2000, p. 27).

Vale ressaltar que todo e qualquer trabalho que de certa forma causam, nem que seja
pequenos impactos ambientais, precisam da autorização dos órgãos aplicadores das leis, como
já falado. Isso se dá devido as inúmeras políticas de preservação ambiental, com intuito de
melhorar a qualidade de vida do meio ambiente e das pessoas que usufruam deste.
A crescente desordem dos grandes centros urbanos tem acarretado em certos tipos de
condições de artifícios em relação às áreas verdes naturais e isso tem acarretado em uma série
de consequências, dentre elas a qualidade de vida dos habitantes, o aumento da circulação de
gases poluentes na atmosfera, na maioria das vezes essa provocada pelo próprio ser humano,
dentre outros.
Todavia, parte dessas consequências podem serem minimizadas ou até mesmo
combatidas pela legislação e controle de atividades urbanas, e outras até evitadas fazendo-se
uso da aplicabilidade da arborização urbana e prevenção das áreas verdes já existentes
(MILANO, 1987 apud RIBEIRO, 2009). Tendo em vista todo esse conhecimento acerca da
arborização urbana e das consequências dos desmatamentos em áreas verdes urbanas, vamos
parar um pouco para conhecer os benefícios de alguns projetos que foram postos em prática e
criados em nossas cidades como meio de conscientização da população para a preservação
ambiental e qualidade de vida do ar de nossa cidade.

Arborização e qualidade do ar
O gás oxigênio é um dos gases mais presentes na atmosfera, e é graças a esse ar que
conseguimos respirar e sobrevivemos. As plantas, no geral, sofrem um processo denominado
fotossíntese, que é a síntese de forma natural, na presença de luz solar de oxigênio. Esse
processo ocorre na seguinte maneira:
 “Reações luminosas: ocorrem na membrana do tilacoide (sistemas de
membranas internas do cloroplasto).
 Reações de fixação de carbono: ocorrem no estroma do cloroplasto (fluido
denso no interior da organela) ” (SANTOS, 2022)

Figura 1: Processo de fotossíntese nos estômatos das folhas


Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/fotossintese.htm

"Na fotossíntese, gás carbônico é utilizado e oxigênio liberado. As trocas gasosas com
o meio acontecem graças à presença de estômatos". Como esse processo acontece com a
absorção do gás carbônico, é relevante ressaltar que quanta mais arvores nas áreas urbanas,
melhor será a qualidade de vida daquela área, pois tendo em vista que as árvores absorvem
CO2, parte desses gases emitidos pelas queimas de combustíveis serão absorvidos e convertido
em O2 pela captação das plantas.
Áreas abertas como parques, praças, bosques, precisam manter sua preservação para
que aquela localidade tenha seu ar bem tratada. Quando se fala em qualidade de vida, também
falamos do ar que respiramos que precisa ser levado em consideração, quanto mais a poluição
acontece, menos do nosso ar é limpo.
Graças a simulação computacional, podemos também compreender como funciona o
processo de respiração e transpiração da água nas plantas, o programa de animações gráficas,
ESTOMATOS, proporciona esse dinamismo e a maior interação em sala de aula com
professor e alunos. Este programa conta com informações bastante plausíveis para o estudo de
ciências, de modo particular, as propriedades das plantas. Ele foi criado pela Universidade de
Campinas e se assemelha a um livro eletrônico, com facilidade de manuseio tanto por alunos
como por professores. A imagem a seguir apresenta o menu desse programa:

Figura 2: Menu inicial do programa ESTOMATO


Fonte: UNICAMP

É imprescindível o uso das novas tecnologias, tendo em vista que todo processo de
ensino-aprendizagem se torna mais eficaz e também a participação dos alunos se torna mais
perceptível, proporcionando assim um ambiente melhor para o desenvolvimento do ensino.
Não é a troca do homem pela máquina, mas sim a adaptação dessa para o melhor do ensino, é
o uso favorável de todas as ferramentas necessárias que venham beneficiar a educação em
sala de aula e reduzir o número de alunos evadidos, muitas vezes por falta de recursos para a
aplicação de uma aula atrativa.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
A conscientização acerca do desmatamento nas áreas urbanas é primordial, e isso é
vantajoso e colabora para que acontecia no cotidiano uma melhoria no ar populacional.
Quando voltamos nosso olhar para a preservação ambiental, percebemos que muitas maneiras
são viáveis para se trabalhar projetos que tem como iniciativa essa temática.
Em uma visão pedagógica, didática e educativa, vale ressaltar que as metodologias
ativas colaboram para que projetos como esse sejam aplicados em sala de aula e sejam
levados para a prática, com o intuito de favorecer o processo de ensino-aprendizagem mais
eficaz em turmas de ensino básico ou ensino superior.
Metodologias como aprendizagem baseada em projeto, metodologia baseada em
problemas, gameficação, sala de aula invertida, que são usadas em diversas instituições não só
no Brasil, mas em diversos países do mundo, tem dado enfoque a uma quantidade de políticas
públicas que tem como objetivo a melhoria do ar populacional. O presente trabalho mostra o
quanto essas metodologias são importantes quando aplicadas em sala de aula, tanto no
contexto socioeducativo, quanto no desempenho de muitos alunos e a participação desses nas
realizações de atividades com tais temas propostos.
Por fim, a educação é a forma mais eficiente, não só no que tange a conscientização,
mas em apontar problemas e a solução para esses problemas que afetam o nosso meio
ambiente, e isso tem sido visível nas diversas pesquisas que trazem problemas reais e soluções
diversificadas para esses problemas, como forma de ampliar a participação de um grande
número da sociedade que venham se beneficiar com esses estudos.

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