Aula 2 Joo Luiz Brunel - 231106 - 074702
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Modelo sugerido por Jasper, Scheider e Weitbrecht em duas perspectivas: Transfundos da vivências
psicopatológicas, como palco, contexto de onde emergem os sintomas. O outro seriam os Sintomas
específicos ou Emergentes, vivências pontuais que ocorrem sobre determinado transfundo, como
figura e fundo.
Sintomas emergentes são as vivências mais destacadas individualizáveis (não fazem parte
do transfundo) como uma alucinação (sensopercepção), um sentimento (afetividade) um delírio
(juízo) uma paramnésia (memória), alteração do pensamento e da linguagem.
(DALGALARRONDO, 2019)
DO SINTOMA À SÍNDROME
Os fatores predisponentes podem incluir eventos ocorridos nos primeiros anos de vida, como a
perda (morte) de um dos pais, abuso sexual, violência ou negligência física ou psíquica. Os fatores
precipitantes, por sua vez, são em geral eventos estressante e/ou traumáticos, como separações
conjugais, morte de pessoas próximas, desemprego, promoção no trabalho, casamento, perda ou
ganho financeiro, traição do parceiro(a), brigas (amigos, familiares).
(DALGALARRONDO, 2019)
DO SINTOMA À SÍNDROME
A fase refere-se particularmente aos períodos de depressão ou mania dos transtornos afetivos.
Após, o individuo retorna a condição anterior. Incompreensível psicologicamente, caráter
endógeno. Pode durar semanas ou meses, menos frequente anos.
O surto é uma ocorrência aguda, repentina, eu faz eclodir uma doença de base endógena,
não compreensível psicologicamente, produz sequelas irreversíveis, danos a personalidade ou
esfera cognitiva e /ou afetiva. Ex: surto de esclerose múltipla produz sequelas sensitivo motoras.
Surto psicótico (esquizofrenia) repercute nas relações e afeto (modula menos).
Após vários aos da doença, com vários surtos se sucedendo ou insidioso, lento o paciente
encontra-se no estado residual da doença com sinais e sintomas como sequelas, predomina
sintomas negativos.
A personalidade pré-mórbida e os sinais pré-mórbidos são aqueles elementos
identificados em períodos da vida no paciente claramente anteriores ao surgimento da doença
propriamente dita, em geral na infância. Já pertencendo ao início do transtorno, fala-se em sinais e
sintomas prodrômicos, que representam de fato a fase precoce, inicial do adoecimento.
(DALGALARRONDO, 2019)
DO SINTOMA À SÍNDROME
1. Remissão: Retorno ao estado normal após o episódio agudo. Fala-se em remissão espontânea,
quando não houve intervenção terapêutica.
2. Recuperação: É o retorno e manutenção do estado normal (estabilização), com um tempo
suficiente sem recaída (depende do quadro diagnóstico, pode ser um ano).
3. Recaída ou recidiva: Retorno dos sintomas após melhora parcial do quadro clínico ou curto
período assintomático (não tendo passado um ano do episódio agudo).
4. Recorrência: É o surgimento de um novo episódio, após o indivíduo estar assintomático por um
período (pelo menos, cerca de um ano).
(DALGALARRONDO, 2019)
Síndromes relacionadas ao comportamento
alimentar
O comportamento alimentar – fenômeno humano complexo e de importância central nas
sociedades humanas e na experiência subjetiva das pessoa. Reúne algumas dimensões básicas:
Dimensão fisiológico-nutritiva: relaciona-se à aspectos metabólicos, endócrinos, neuroquímicos e
neuronais que regulam os mecanismos de fome e saciedade, a demanda e a satisfação das
necessidades nutricionais.
Dimensão afetiva e relacional: a fome e alimentação vinculam-se ao prazer. O prazer alimentar oral,
segundo a psicanálise, seria basicamente libidinal. No desenvolvimento da criança, a zona bucal e a
amamentação, são mediadores da primeira relação interpessoal fundamental: a relação mãe-bebê.
Alimentar o filho, para a mãe é mais que uma tarefa fisiológica: tem sentido afetivo especial,
exprime sentimentos e participa da construção de um vínculo humano fundamental.
(DALGALARRONDO, 2019)
Síndromes relacionadas ao comportamento
alimentar
Dimensão social e cultural: as sociedade e culturas estabelecem regras, tabus e rituais em relação
aos alimentos e aos comportamentos alimentares. Como preferência por se alimentar com grupos
em que haja afeição. Jantares comemorativos (formatura, aniversário, noivado e até funerais).
(DALGALARRONDO, 2019)
Síndromes relacionadas ao comportamento
alimentar
Do ponto de vista psicopatológico ocorre uma Distorção da Imagem Corporal, mesmo
estando magra a pessoa se percebe gorda. Mais comum em adolescentes e mulheres jovens (90%)
pode iniciar com dietas, mais comum em sociedades industriais, como ideal de beleza (magra).
Resolução de conflitos da área sexual, por meio do controle da imagem corporal. Mortalidade em
torno de 5% pelas complicações cardiovasculares, eletrolíticas, metabólicas e endócrinas.
Reconhecem dois subtipos: o restritivo, podendo se associar a sintomas obsessivos compulsivos. E o
tipo compulsão alimentar purgativo que além de evitar ingerir alimentos calóricos mantém
comportamentos ativos de perda de calorias por vômitos autoinduzidos, excesso de exercício e uso de
laxantes, diuréticos, enemas.
(DALGALARRONDO, 2019)
Síndromes relacionadas ao comportamento
alimentar
Bulimia nervosa
Caracteriza-se por preocupação persistente com o comer e um desejo irresistível de comida, com
repetidos episódios de hiperfagia. Apresenta também preocupações excessivas com o controle de
peso, com medidas extremas como vômitos, purgação, enemas e diuréticos a fim de mitigar os
efeitos do aumento de peso decorrentes da ingestão de alimentos. O comportamento purgativo
pode produzir alterações hidroeletrolíticas (hipocalcemia, hiponatremia, hipocloremia). A perda de
ácido gástrico por meio de vômitos pode ocasionar alcalose metabólica. O vômito recorrente, perda
de esmalte dentário, ocorre em 90% em mulheres adolescentes ou início da vida adulta. Os
indivíduos costumam ocultar os sintomas por vergonha.
(DALGALARRONDO, 2019)
Síndromes relacionadas ao comportamento
alimentar
Bulimia nervosa
Como trata-se de um comportamento socialmente condenável, os pacientes costumam negar os
sintomas quando questionados por profissionais da saúde.
Quatro níveis de gravidade (DSM 5):
1 – leve – 1 a 3 episódio de bulimia e comportamentos compensatórios inapropriados (vômitos
autoinduzidos, uso de laxantes, diuréticos, entre outros) por semana.
2 – Moderada – 4 a sete episódios semanais.
3 – Grave – 8 a 13 episódios por semana.
4 - Extrema – mais de 14 episódios semanais
Síndromes relacionadas ao comportamento
alimentar
Transtorno de compulsão alimentar
Episódios frequentes e recorrentes de comer compulsivo (binge eating), pelo menos uma vez por
semana por vários meses. Tem a sensação subjetiva de perda do controle de comer, não consegue
parar. Sofre com sentimentos de culpa e repulsa por seu comportamento. Não há comportamento
purgativos como na B.N.
Síndromes relacionadas ao comportamento
alimentar
Outros transtornos do comportamento alimentar
Obesidade
Trata-se de uma condição complexa, que envolve fatores genéticos, desenvolvimento psicológico,
família e cultura. Mais comum sociedades industrializadas e urbanas, em culturas em que a atividade física não
é predominante. Associada a baixos níveis socioeconômicos e ao sexo feminino. Aumento significativo
(pandemia) em países tanto desenvolvidos quanto subdesenvolvidos.
Tem importância por associar-se a morbidade com diabete melito tipo 2, hipertensão arterial,
apneia do sono, aumentando de triglicerídeos e colesterol, hiperandrogenismo, irregularidades menstruais e
infertilidade nas mulheres, diminuição dos níveis de testosterona nos homens, problemas ortopédicos e
dermatológicos. Também é causa da mortalidade por obstrução cardiovascular, respiratórias e endócrinas.
Risco aumentado de tumores de mama, útero, ovário, próstata, intestino grosso e vias biliares. Piora na
qualidade de vida:
Um dos aspectos centrais da obesidade é a disfunção dos mecanismos de saciedade (comer de
forma contínua).
Do ponto de vista emocional o obeso foi visto como imaturo, sensível a frustração, que recorre a
comida como forma de compensação de afeto, com sexualidade reprimida, para se proteger da depressão.
(DALGALARRONDO, 2019)
Transtornos devidos ou relacionados a substâncias e
comportamentos aditivos
Uma substância psicoativa é qualquer substância química que quando ingerida, modifica
uma ou várias funções do S.N.C, produzindo efeitos químicos e comportamentais. Ex: álcool,
cafeína, cannabis (maconha), tabaco, psicoestimulantes como a cocaína (pó ou crack), e
anfetamínicos, opióides, alucinógenos, inalantes, sedativos, hipnóticos, ansiolíticos. Em geral,
produzem uma sensação de prazer excitado. No cérebro, correspondem a áreas de recompensa,
como núcleus alcubens, área tegumentar ventral e a amigdala, o principal neurotransmissor
envolvido é a dopamina.
As teorias que buscam interpretar e compreender a adicção reportam-se a mecanismos
neurobiológicos, comportamento aprendido, mecanismo de memória, psicodinâmicas,
psicossociais, sociológicas, antropológicas.
(DALGALARRONDO, 2019)
Transtornos devidos ou relacionados a substâncias e
comportamentos aditivos
A síndrome de abstinência trata-se dos sinais e sintomas que ocorrem horas ou dias após
cessar ou reduzir a ingestão da substância que vinha sendo consumida de forma pesada e
continua. De acordo com a substância decorrem os sinais e sintomas. Em geral trata-se de
sintomas ansiosos, inquietação, náuseas, tremores, sudorese. Nos casos graves pode ocorrer
convulsões, coma e morte.
A dependência é definida como um padrão mal adaptativo do uso de substâncias onde há
repercussões psicológicas, físicas e sociais decorrentes da interação do individuo com determinada
substância.
Envolve aspectos como tolerância, sintomas da abstinência, uso continuo ou muito
frequente de quantidades significativas.
Há um grande envolvimento do sujeito com a substância, gasta tempo, interesses que
implicam a obtenção ou consumo enquanto descuida de questões pessoais, ocupacionais e sociais.
(DALGALARRONDO, 2019)
Transtornos devidos ou relacionados a substâncias e
comportamentos aditivos
(DALGALARRONDO, 2019)
Transtornos devidos ou relacionados a substâncias e
comportamentos aditivos
PSICOSES TÓXICAS
São quadros que decorrem da ação da substância sobre o cérebro, duram horas ou dias, remitem
a medida que cessa o efeito da substância. Incluem rebaixamento do nível de consciência,
confusão mental, ilusões e alucinações visuais (com menos frequência as auditivas), medo,
perplexidade. As substâncias que mais frequentemente produzem estes quadros são os
alucinógenos (LSD, psilocibina), as anfetaminas. Maconha e cocaína em altas doses,
eventualmente podem provocar psicoses tóxicas.
PSICOSES INDUZIDAS
Duram dias ou semanas ocorrem após período de uso intenso. Podem se manifestar como quadros
de esquizofrenia, mania, depressão, entre outros. Em geral causados pelo uso da cocaína (pó
inalado ou injetado), crack (fumado), anfetamínicos, alucinógenos, raramente maconha.
Importante separar, no diagnostico diferencial, os quadros psicopatológicos induzidos dos
funcionais. Mas o uso pode predispor o aparecimento dos quadros funcionais.
(DALGALARRONDO, 2019)
Transtornos devidos ou relacionados a substâncias e
comportamentos aditivos
(DALGALARRONDO, 2019)
Transtornos devidos ou relacionados a substâncias e
comportamentos aditivos
CARACTERÍSTICAS DA S.D.A.
1. Empobrecimento do repertorio.
2. Relevância da bebida.
3. Aumento da tolerância.
4. Sintomas repetitivos da abstinência.
5. Esquiva ou busca de alivio para os sintomas de abstinência.
6. Compulsão por beber.
7. Reinstalação mais rápida da tolerância após a abstinência.
8. Negação.
(DALGALARRONDO, 2019)
Transtornos devidos ou relacionados a substâncias e
comportamentos aditivos
DELÍRIO TREMENS
É uma forma grave de abstinência do álcool.
Sintomas: rebaixamento do nível de consciência, confusão mental, desorientação têmporo-
espacial; manifestações autonômicas como tremores, febres sudorese; alucinações visuais e táteis.
Podem ocorrer ainda alucinose alcóolica (vozes que falam ao paciente, na terceira pessoa e o
humilham ou desprezam) e delírio de ciúmes dos alcoolistas ( crença de que o parceiro (a) o trai).
(DALGALARRONDO, 2019)
Transtornos devidos ou relacionados a substâncias e
comportamentos aditivos
(DALGALARRONDO, 2019)
Síndromes relacionadas ao sono
O diagnóstico dos transtornos do sono é realizado por meio de anamnese detalhada referente aos
comportamentos relacionados ao sono e à sonolência, sempre que possível com o paciente e
pessoa que convive com ele e observa com frequência seu tipo e padrão de sono e vigília.
Deve-se também, sempre que possível, utilizar o laboratório de sono, no qual são feitas as
polissonografias com avaliações global, fisiológica e comportamental do sono, por meio de
exames como eletrencefalograma, eletrocardiograma, eletroculograma, avaliação do fluxo aéreo
oral e nasal, gases sanguíneos (saturação de oxigênio, concentração de dióxido de carbono),
monitoração de movimentos corporais (como eletromiograma tibial), entre outros.
(DALGALARRONDO, 2019)
Síndromes relacionadas ao sono
NARCOLEPSIA (DSM-5)
Caracteriza-se por ataques ou períodos recorrentes de necessidade irresistível de dormir, cair no
sono ou cochilar em um mesmo dia. Os ataques do transtorno devem ocorrer por pelo menos três
vezes por semana, durante pelo menos três meses (DSM-5).
Além da sonolência diurna, a narcolepsia manifesta-se clinicamente por ataques de cataplexia, que
é uma crise breve (de segundos a minutos) de perda bilateral de tônus muscular, com manutenção
da consciência, geralmente desencadeados por risos ou brincadeiras. O indivíduo cai
repentinamente ao chão. Crianças podem ter uma forma parcial da cataplexia, com hipotonia sem
queda, abertura da mandíbula e projeção da língua.
Síndromes relacionadas ao sono
PARASSONIAS
O sonilóquio (falar dormindo) é a produção de sons, palavras ou mesmo frases durante a noite,
sem a tomada momentânea de consciência do indivíduo que as produz e sem a lembrança, no dia
seguinte, de ter falado ou do conteúdo daquilo que foi dito.
PARASSONIAS
O sonambulismo é um transtorno de despertar do sono não REM caracterizado por levantar-se da
cama durante o sono com olhar fixo e rosto vazio. O indivíduo não responde aos esforços de
comunicação feitos pelos outros e pode executar comportamentos complexos durante o
episódio, geralmente iniciados na fase 3 ou 4 do sono não REM (sono profundo, de ondas lentas).
O terror noturno caracteriza-se por despertar de uma fase de sono profundo (sono de ondas
lentas, geralmente na fase 4) com um grito lancinante, de pânico, acompanhado de
manifestações de medo intenso e sintomas autonômicos (taquicardia, respiração rápida,
sudorese e midríase). A crise costuma durar de 5 a 20 minutos. Não se trata de um pesadelo (que
é um tipo de sonho, ocorrendo mais frequentemente na fase REM).
Tanto para o sonambulismo como para o terror noturno, no dia seguinte, o indivíduo não
se lembra de nada ou quase nada do que ocorreu, havendo, portanto, amnésia em relação ao
episódio. (DALGALARRONDO, 2019)
Síndromes relacionadas ao sono
PARASSONIAS
O bruxismo também pode ser considerado um transtorno do despertar parcial, a partir de um
período de sono profundo (fase 3 ou 4). Dormindo, o indivíduo range vigorosamente os dentes,
devido à atividade rítmica do músculo masseter. As consequências são desgaste dos dentes, dor
local, cefaleias, disfunção da articulação temporomandibular e sono de má qualidade.
A enurese noturna também ocorre durante o sono profundo, geralmente em crianças com mais de
4 anos de idade.
Tanto tendência hereditária (há muita recorrência familiar do transtorno) como conflitos
emocionais (insegurança, hostilidade, medo, separação ou doença dos pais ou avós) estão
associados à enurese na infância. A condição tende a desaparecer com o passar dos anos; porém,
um número considerável de crianças enuréticas sente muita vergonha, culpa ou ansiedade por
apresentar tal transtorno.
(DALGALARRONDO, 2019)
Síndromes relacionadas ao sono
PARASSONIAS
Os pesadelos são sonhos ansiosos, com conteúdos ameaçadores e terroríficos, que ocorrem, na
maior parte das vezes, durante o sono REM, no terço final da noite. O indivíduo pode acordar
durante o episódio e, muitas vezes, lembrar-se com clareza de seu conteúdo no dia seguinte. Os
pesadelos podem estar associados a conflitos emocionais inconscientes ou conscientes, períodos
de ansiedade e tensão, preocupações e temores antigos ou atuais.
Deve-se buscar diferenciar claramente os pesadelos (sono REM, último terço da noite) do terror
noturno (sono profundo, primeiro terço da noite). Quando há recorrência dos pesadelos,
extremamente disfóricos, com sensação de ameaça à sobrevivência ou à integridade física, e a
experiência causa sofrimento significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em
outras áreas da vida do indivíduo, o DSM-5 propõe denominar transtorno do pesadelo.
(DALGALARRONDO, 2019)
Sexualidade e psicopatologia
A SEXUALIDADE HUMANA
Trata-se de um desejo fundamental do ser humano que ocupa um lugar central na existência.
Comporta três dimensões: biológica, psicológica e cultural.
A biológica reúnem neuronais, hormonais e anatomofisiológicos genitais. Os aspectos neuronais se
revelam pela ativação de áreas e circuitos de estruturas subcorticais e do córtex cerebral
relacionados com o desejo, a resposta e o comportamento sexuais. São ativados, na resposta
sexual, por exemplo, circuito relacionados à área septal, ao hipotálamo, ao hipocampo e à
amígdala, assim como ao córtex do cíngulo.
(DALGALARRONDO, 2019)
Sexualidade e psicopatologia
A SEXUALIDADE HUMANA
Os principais hormônios sexuais são o estrógeno (relacionado aos caracteres sexuais femininos
secundários) e a progesterona (precursora na síntese de estrógeno e testosterona; prepara a
mucosa do útero para receber o óvulo, inibe contrações uterinas e prepara as mamas para a
produção de leite).
A testosterona é um hormônio com muitas e complexas implicações comportamentais. Ela está
relacionada aos caracteres sexuais masculinos secundários e à resposta sexual em homens e em
mulheres. Tem sido estudado e debatido seu possível papel na competição, tanto em homens
como em mulheres. Os hormônios vasopressina e oxitocina estão relacionados à experiência de
ligação afetiva, também implicada na resposta sexual.
(DALGALARRONDO, 2019)
Sexualidade e psicopatologia
A dimensão psicológica diz respeito aos desejos eróticos subjetivos e a vida afetiva implicada na
questão sexual.
A dimensão sociocultural refere-se ao conjunto de valores culturais, práticas , repertórios e
proibições que cada sociedade produz no campo da sexualidade. Com sentido mais subjetivo e
humano da experiência sexual.
As três dimensões estão implicadas nos processos e nas respostas tanto normais como nas
disfuncionais.
O impulso sexual, no plano biológico, visa a procriação e manutenção da espécie. As dimensões
psicológicas e culturais dizem respeito ao desejo erótico que visa a busca íntima de prazer, sendo
mais plástico e variável. No geral, a vida sexual é intimamente relacionada a vida afetiva do sujeito,
sua personalidade e aos símbolos culturais que geram e conformam as fantasias e as práticas
sexuais.
(DALGALARRONDO, 2019)
Sexualidade e psicopatologia
A SEXUALIDADE HUMANA
Nas últimas décadas, nas sociedades ocidentais urbanizadas e industrializadas, têm sido
questionadas por vários grupos sociais (como feministas, militantes lésbicas, gays, bissexuais,
travestis, transexuais e transgêneros [LGBT], entre outros) a rigidez e a estereotipia das
demarcações entre o feminino e o masculino. Tais demarcações estão relacionadas a formas de
discriminação e valoração pejorativa e injusta em relação às mulheres e às pessoas LGBT .
(DALGALARRONDO, 2019)
Sexualidade e psicopatologia
(DALGALARRONDO, 2019)
Sexualidade e psicopatologia
Ejaculação retardada atraso acentuado, sem que o individuo desejá-lo. O uso de antidepressivo
serotonérgicos e a perda de nervos sensoriais periféricos de condução rápida, assim como cirurgia
de bexiga e a redução na secreção de hormônios esteroides sexuais, fenômenos geralmente
associados à idade acima dos 50 anos, são fatores mais comuns nessa condição.
(DALGALARRONDO, 2019)
Sexualidade e psicopatologia
PARAFILIAS
Exibicionismo – caracteriza-se pela compulsão ou prazer em mostrar o corpo nu, com ênfase nos
genitais a uma pessoa estranha, que geralmente está desprevenida e sente essa exposição como
uma violência. Mais comum em homens.
PARAFILIAS
Pedofilia – uma das mais frequentes e perturbadoras parafilias.
Caracteriza-se pela preferência em realizar, ativa ou na fantasia, práticas sexuais com crianças.
Pode ser homossexual, heterossexual, ou bissexual. Podendo ser o agressor e a vítima membros
da mesma família. A pedofilia pode incluir apenas jogos sexuais com a criança (observar ou
despir a criança ou despir-se frente a ela, masturbação ou relação completa com penetração
(vaginal, anal). O DSM 5 salienta que o indivíduo com o transtorno deva ter 16 anos ou ser 5
anos mais velho que a criança (s) envolvidas.
(DALALARRONDO, 2019)
Sexualidade e psicopatologia
PARAFILIAS
Fetichismo – caracteriza-se pela obtenção de prazer e excitação pelo uso particular de roupas,
adornos ou objetos. Em geral, exige e utiliza na masturbação ou no ato sexual, objetos
relacionados ao corpo, como sapatos, meias langerie, luvas. Masturbando-se ao contato com
tais objetos. (sofrimento, prejuízos sociais, profissionais ou outras áreas)
Zoofilia – um ou mais animais são utilizados para a atividade sexual, que pode incluir a
masturbação, contato oral genital ou coito completo.
(DALALARRONDO, 2019)
Sexualidade e psicopatologia
HIPERSEXUALIDADE
É a condição em que há impulso e comportamentos sexuais excessivos, que geram sofrimento
importante, tanto em homens como em mulheres. Pode implicar preocupações intensas e
repetitivas com fantasias sexuais, necessidade constante e intensa de sexo e comportamentos
sexuais excessivos que produzem sofrimento e prejuízo psicossocial ao indivíduo.
(DALALARRONDO, 2019)
Sexualidade e psicopatologia
Papel ou expressão de gênero é o modo como a pessoa se comporta, expressando socialmente seu
gênero. Por identidade de gênero entende-se o senso íntimo, pessoal, de perceber-se, sentir-se e
desejar ser e viver como uma pessoa do gênero feminino ou masculino. Deve-se chamar tenção
para o fato de a incongruência de gênero/disforia de gênero (CID 11 e DSM 5) ser condição
relacionada à identidade de gênero (incluindo, geralmente, também o papel de gênero), e a
homossexualidade se referir à orientação do desejo sexual.
(DALALARRONDO, 2019)
Sexualidade e psicopatologia
HOMOSSEXUALIDADE E BISSEXUALIDADE
A homossexualidade refere-se à condição na qual o interesse e o desejo erótico orientam-se em
direção a pessoas do mesmo gênero. Em geral, mas não sempre, é um padrão duradouro de
estruturação do desejo sexual. A bissexualidade, por sua vez, se refere a pessoas que sentem
interesse e desejos eróticos por pessoas dos dois gêneros, seja simultânea ou alternadamente, em
suas vidas.
Tendem a sofrer mais com transtornos mentais em função de discriminação, violência na escola,
trabalho, ambientes públicos, igreja, família.
(DALALARRONDO, 2019)
Sexualidade e psicopatologia
HOMOFOBIA E TRANSFOBIA
Homofobia é o conjunto de discursos e ideologias, comportamentos, atitudes e ações sistemáticas
de ódio, rejeição e/ou desprezo contra pessoas homossexuais pelo simples fato de serem
homossexuais ou bissexuais.
Transfobia é o mesmo para a população transgênero, muitas vezes de forma mais intensa. São
formas de preconceito e discriminação hediondas e inaceitáveis e que devem ser claramente
combatidas.
(DALALARRONDO, 2019)
Sexualidade e psicopatologia
Temas trabalhados
Tópico 6: Do sintoma à síndrome.
Tópico 7: Síndromes relacionadas ao comportamento alimentar.
Tópico. 8: Transtorno devido ou relacionados a substâncias e comportamentos aditivos.
Tópico. 9: Síndromes relacionadas ao sono.
Tópico. 10: Sexualidade e psicopatologia.