Danilo Santos de Miranda: Biografia
Danilo Santos de Miranda: Biografia
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Biografia
Nasceu em 1943 em Campos dos Goytacazes, numa família
de classe média típica daquela região e época. Seu avô era
proprietário da principal farmácia na cidade, onde sua
Nascimento 24 de abril de 1943
mãe trabalhava como auxiliar. Seu pai era jornalista e Campos dos Goytacazes
dentista. A família materna, fortemente ligada a
Morte 29 de outubro de 2023
movimentos religiosos, influenciou a decisão precoce de (80 anos)
seguir a vida eclesiástica.[2] São Paulo
Cidadania Brasil
Aos onze anos, muda-se para Friburgo e se matricula
Escola Apostólica dos Jesuítas, onde inicia sua formação Prêmios Ordem do Mérito Cultural
religiosa e humanista, aprofunda conhecimentos em (2004)
música e poesia e experimenta diversas modalidades [edite no Wikidata]
esportivas. O envolvimento com a atuação artística
mescla-se ao interesse pelas questões de ordem política, participando da criação do grêmio
estudantil.[3]
Em 1963, muda-se para o interior de São Paulo, para integrar a Ordem dos Jesuítas, baseada no
Mosteiro de Itaici, no município de Indaiatuba. Mais tarde, aos 24 anos, desliga-se das atividades
seminaristas e se muda para a capital, onde, ao procurar trabalho numa agência de empregos,
acaba contratado pela própria empresa para o cargo de entrevistador, função que divide com a de
professor, exercida num antigo instituto educacional localizado no bairro da Lapa.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Danilo_Santos_de_Miranda 1/4
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Estado de São Paulo (Fecomercio-SP) e dos Conselhos Regionais do Sesc e do Senac de São Paulo.
Ocupa esta posição até os dias atuais.[8][9]
Era membro do conselho de entidades nacionais como a Fundação Bienal de São Paulo, o Museu
de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP), o Museu de Arte Moderna de São Paulo
(MAM), o Itaú Cultural, a Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin e a SP Escola de Teatro. Foi
presidente do Conselho Diretor do Fórum Cultural Mundial (2004) e presidente da comissão que
organizou o Ano da França no Brasil (2009).[10] Sua atuação internacional também abrange a vice-
presidência do Conselho Internacional de Bem-Estar Social – ICSW, na sigla em inglês, de 2008 a
2010, além da composição atual da diretoria da ONG Art for the World, sediada na Suíça e
dedicada à difusão da arte contemporânea.[11]
Pensamento
Nos diversos livros e artigos escritos, bem como entrevistas concedidas e conferências realizadas,
Miranda defendia que a educação e a cultura são o cerne do desenvolvimento humano –
sobrepondo-se à noção de desenvolvimento que decorre pura e simplesmente do aumento da
capacidade de produção econômica de um país. “Cultura, do jeito que eu entendo, é educação –
educação permanente. Eu defendo uma sociedade em que o componente educativo e cultural seja
colocado no centro e não o componente econômico, político ou social isolado (...).”[12]
Defensor de uma visão não instrumental da cultura, acredita que a promoção do bem-estar dos
indivíduos está ligada à valorização da diversidade cultural como condição para a cidadania; à
democratização de formas artísticas e de acesso do público a elas; à proteção das manifestações
artístico-culturais ligadas à história e identidade dos povos; e ao fortalecimento de intercâmbios
entre diferentes saberes e sociedades.[13]
Em 2016, palestrou na série Library Talks, da Organização das Nações Unidas (ONU), em
Genebra, discutindo o papel da arte e da cultura no mundo contemporâneo. Na ocasião, a partir da
experiência desenvolvida no Sesc, defendeu a perspectiva de que os centros socioculturais não
sejam tomados como oásis, “onde a cidade fica de fora e tudo que se apresente como belo, bom e
justo, do lado de dentro”. Segundo Miranda, “o futuro necessita de mais ágoras que de oásis: um
palco dado onde se espelha a sociedade e o qual permite muitos núcleos críticos para o homem
comum se conscientizar de sua própria cultura e de outras – bem como transformá-las”.[14]
Entre as participações em eventos que reforçam tais ideias está a conferência realizada no
Seminario Internacional Experiencias comparadas en acción pública en cultura, do Consejo
Nacional de la Cultura y las Artes (Santiago do Chile, março de 2017), além da palestra “Poder da
Educação”, proferida no congresso Communicating the Museum[15] (Paris, junho de 2017).
Morte
Danilo Santos de Miranda morreu em 29 de outubro de 2023, no Hospital Israelita Albert Einstein,
em São Paulo (SP), onde estava internado desde o início do referido mês. A causa mortis não foi
divulgada.[16]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Danilo_Santos_de_Miranda 2/4
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Bibliografia parcial
Possui livros publicados por diferentes editoras brasileiras, dentre os quais:
Miranda, Danilo Santos de (org.) (1996). O parque e a arquitetura: uma proposta lúdica.
Campinas: Papirus
Miranda, Danilo Santos de (coord.) (1998). Arte pública: trabalhos apresentados nos
Seminários de Arte Pública realizados pelo Sesc e pelo USIS, em 1995 e 1996. São Paulo:
Sesc
Miranda, Danilo Santos de; Cornelli, Gabriele (orgs.) (2007). Cultura e alimentação: saberes
alimentares e sabores culturais. São Paulo: Edições Sesc São Paulo
Miranda, Danilo Santos de (org.) (2007). Memória e Cultura: a importância da memória na
formação cultural humana. São Paulo: Edições Sesc São Paulo
Miranda, Danilo Santos de (org.) (2011). Ética e Cultura. São Paulo: Perspectiva; Edições
Sesc São Paulo
Maldonado, Mauro; Miranda, Danilo Santos de (2016). Na base do farol não há luz: cultura,
educação e liberdade. São Paulo: Edições Sesc São Paulo
Prêmios
Entre as diversas distinções recebidas ao longo da carreira constam a Condecoração de Mérito da
República da Polônia, pelas contribuições às relações culturais Brasil-Polônia (2000); a Ordem do
Mérito Cultural, concedida pelo Governo Federal (2004); o grau de Oficial da Ordem das Artes e
das Letras, concedido pela França (2005); o Diploma de Mérito do Governo Japonês, pelo
empenho na difusão da arte e cultura japonesa no Brasil (2006); a láurea de Comendador da
Ordem do Mérito da República Francesa e da Ordem do Ipiranga[17] (2010); e diversas
condecorações de Ordem do Mérito, recebidas dos governos da Alemanha (2011), Bélgica (2012) e
Polônia (2015)[18], além do título de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique, concedido
por Portugal (2016).[19]
Referências
1. «Cidadão cultura» (https://revistacult.uol.com.br/home/cidadao-cultura/). Revista Cult
2. «Entrevista: Danilo Santos de Miranda» (https://www.sescsp.org.br/online/artigo/8553_DANILO
+SANTOS+DE+MIRANDA+DIRETOR+DO+DEPARTAMENTO+REGIONAL+DO+SESC+SAO+
PAULO). Revista A terceira idade. Setembro de 2003
3. «Onde o ócio é produtivo» (http://m.valor.com.br/cultura/2871818/onde-o-ocio-e-produtivo).
Jornal Valor. 19 de outubro de 2012
4. «Sesc, 70 anos» (http://brasileiros.com.br/2016/10/sesc-70-anos/). Revista Brasileiros. 25 de
outubro de 2016
5. «O 'outro' Ministro da Cultura» (http://brasil.elpais.com/brasil/2015/05/27/cultura/1432752759_9
07246.html). Site El País. 29 de maio de 2015
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