Diagnostico Leo Rms Vol I Final-3
Diagnostico Leo Rms Vol I Final-3
Diagnostico Leo Rms Vol I Final-3
COORDENAÇÃO GERAL
_____________________________
Lyse Panelli de Castro Meira
Bióloga – CRBIO 27.532/5-D
COORDENAÇÃO TÉCNICA
_____________________________________
Lyse Panelli de Castro Meira
Bióloga – CRBIO 27.532/5-D
EQUIPE TÉCNICA
______________________________
Isadora Mello de Paiva Reis
Geóloga – CREA 41.7558/D
_______________________________________
Lídice Almeida Arlego Paraguassú
Bióloga/Flora – CRBio 27.581/5-D
_______________________________
Lyse Panelli de Castro Meira
Bióloga/Fauna – CRBIO 27.532/5-D
_______________________________
Eduardo César Monteiro Fonseca
Biólogo/Fauna – CRBIO 36.071/5-D
_______________________________
Eduardo Bueno de Barros
Cientista Social
SUMÁRIO
TOMO II – DIGNÓSTICO AMBIENTAL
Volume I
1.0 Meio Físico 04
1.1 Clima 04
1.2 Geologia 09
1.3 Geomorfologia 18
1.4 Pedologia 21
1.5 Recursos Hídricos 25
1.6 Parecer Técnico 39
2.0 Meio Biótico 41
2.1 Diagnóstico Florístico 49
2.1.1 Metodologias 52
2.1.2 Caracterização das Áreas 53
2.1.2.1 Floresta Ombrófila Densa – Mata de Tabuleiro 54
2.1.2.2 Manguezais 60
2.1.2.3 Restinga 68
2.1.2.4 Mata Ciliar 72
2.2 Diagnóstico Faunístico 103
2.2.1 Considerações Gerais e Metodologia 103
2.2.2 Herpetofauna 105
2.2.2.1 Anfíbios 105
2.2.2.2 Répteis 108
2.2.3 Avifauna 112
2.2.4 Mastofauna 117
2.2.5 Considerações Finais 120
3.0 Meio Sócio-econômico 133
3.1 Aspectos Geopolíticos 133
3.2 Metodologia e Procedimentos de Análise 136
3.3 Aspectos Históricos da Ocupação da Região 141
3.4 Sócio-demografia 150
3.4.1 Dinâmica Demográfica 153
3.4.2 Indicadores Sócio-Econômicos 159
3.4.3 Saúde 169
3.4.4 Educação 181
3.5 Dinâmica Econômica 191
3.5.1 Turismo e o Prodetur 198
3.5.2 Uso e Ocupação do Solo e Perfil Econômico 206
3.5.2.1 Meio Ambiente, UC’s e Áreas Especiais 218
3.6 Infra-estrutura e Serviços Básicos 247
3.6.1 Energia Elétrica 248
3.6.2 Saneamento Básico 258
3.6.3 Meios de transporte e principais acessos 263
3.6.3.1 Rodovias 263
3.6.3.2 Ferrovias 264
3.6.3.3 Portos 267
3.6.3.4 Aeroportos 273
3.6.3.5 Estações Aduaneiras Interiores (EADIs) 275
3.6.4 Meios de Comunicação, Correios e Agências Bancárias 276
3.7 Organizações Sociais na Área 280
3.7.1 Manifestações Culturais e Turismo Sustentável 288
Volume II
4.0 Aspectos Sócio-Ambientais Locais 296
4.1 Descrição Geral das Subestações da RMS 296
Tomo II – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL
1.1 CLIMA
4
TEMPERATURAS E ÍNDICES PLUVIOMÉTRICOS
5
A distribuição sazonal das chuvas é conseqüência da atuação de diferentes
sistemas meteorológicos portadores de chuvas, que atuam no território
baiano. Na faixa litorânea tais ocorrências ligam-se ao estacionamento da
Frente Polar Atlântica (FPA), cujos avanços, em direção ao litoral nordestino,
aumentam de freqüência no outono-inverno, mas essas frentes frias podem
ocorrer em qualquer estação, podendo estabelecer interações com outros
sistemas meteorológicos, como a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT),
no outono, e com os sistemas responsáveis pelas chuvas de primavera-verão,
atuantes de modo periférico e irregular.
Dias D'Ávila 54,7 81,5 121,6 204,9 255,8 182,1 159,6 109,2 81,2 80,2 112,1 96,9 1539,8
Salvador 110,9 121,2 144,6 321,6 324,8 251,4 203,6 135,9 112,2 122,2 118,5 132,0 2098,9
São Francisco do
85,3 89,8 125,6 242,4 249,9 189,1 174,4 117,6 89,4 84,1 136,6 102,8 1687,0
Conde
Vera Cruz 94,1 103,0 173,0 296,0 340,9 248,7 218,1 141,1 76,9 71,1 131,9 126,0 2020,8
(1): Localidades servidas por Estações Meteorológicas
Fonte: INMET, 1991.
SEI, 1999
EVAPOTRANSPIRAÇÃO
6
BALANÇO HÍDRICO
Na região não ocorre défict hídrico e sim excedente em quase todos os meses
do ano. Os índices de precipitações pluviométricas são elevados, porém sua
distribuição mensal é regular e as temperaturas são altas. Fatores são
responsáveis pelos valores elevados de evapotranspiração (Quadro 04).
CLASSIFICAÇÃO CLIMÁTICA
CLASSIFICAÇÃO DE KÖPPEN
7
pequena duração que é compensada pelos totais elevados de
precipitação.
8
CLASSIFICAÇÃO DE GAUSSEN
1.2 GEOLOGIA
9
completam a estratigrafia da região, embasada por rochas do Arqueano a
Paleoproterozóico (Mapa 01 – Mapa Geológico).
10
Mapa 01 – Mapa Geológico do Estado da Bahia.
11
As principais formações geológicas encontradas são descritas abaixo:
GRUPO BROTAS
12
• Formação Sergi – constituída predominantemente de arenitos finos a
conglomeráticos.
GRUPO ILHAS
Essa unidade litológica tem idade Cretácica Inferior, sendo constituída pelas
formações Marfim, Taquipe e Pojuca, descritas a seguir:
13
Subdivide-se em três membros: Paciência (arenitos), Passagem dos Teixeiras
(arenitos e argilitos multicoloridos) e Rio Joanes (arenitos e argilas sílticas).
FORMAÇÃO MARIZAL
GRUPO BARREIRAS
Essa unidade litológica tem idade Terciária e é constituída por areias finas a
grossas, argilas, arenitos grossos a conglomeráticos pouco consolidados,
pobremente selecionados, cinza-esbranquiçado, amarelados e avermelhados.
As areias e arenitos exibem estratificação cruzada acanalada e planar,
laminação plano-paralela ou apresentam-se maciços. Os sedimentos do Grupo
Barreiras, de idade pliocênica, ocorrem sob a forma de extensos tabuleiros
ligeiramente inclinados em direção à costa.
14
apresentar no topo cristas de cordões litorâneos (beach-ridges), subparalelos
a atual linha de costa.
15
Pântanos e manguezais atuais - materiais argilo-siltosos ricos em matéria
orgânica.
16
Foto 02 – Feição típica de Dunas Litorâneas Atuais em Arembepe.
17
1.3 GEOMORFOLOGIA
BAIXADA LITORÂNEA
18
Grupo Ilhas, da Formação São Sebastião, Grupo Santo Amaro e da Formação
Taipu-Mirim, que ocorre sobretudo a norte da Baía de Todos os Santos.
A área é drenada por alguns rios da Bacia do Recôncavo Norte como o Joanes,
Subaé e São Paulo.
Esta unidade estende-se por uma estreita faixa que ocupa quase todo o litoral,
ocorrendo como planícies deltáicas, planícies estuarinas, extensas praias, ás
vezes limitadas por bancos de arenitos e/ou de corais e algas formando recifes
como em Arembepe e Ilha de Itaparica, campos de areias litorâneos, várzeas
e terraços aluviais.
19
Esta unidade está situada em todo o litoral da região, sendo drenada por rios
da Bacia do Recôncavo Norte.
TABULEIROS PRÉ-LITORÂNEOS
TABULEIROS DO RECÔNCAVO
20
A área é drenada por pequenos rios independentes que atravessam a unidade,
de modo geral, no sentido NO-SE, como os rios Joanes e Jacuípe. Os vales são
largos e têm fundo chato, colmatado por material arenoso proveniente das
encostas principalmente em decorrência dos desmatamentos. Freqüentemente
contêm meandros abandonados e trechos alagados. O padrão geral da rede de
drenagem é dendrítico.
1.4 PEDOLOGIA
21
São geralmente profundos a muito profundos, raramente ocorrem solos rasos,
são moderada a fortemente ácidos, de baixa fertilidade natural e a transição
do horizonte A para o B textural ocorre desde gradual até abrupta, possuindo
então grande susceptibilidade à erosão. Ocorrem nos mais variados tipos de
morfologia.
Esta classe compreende solos álicos que têm saturação com alumínio trocável
superior a 50%.
22
LATOSSOLOS AMARELOS ÁLICOS
23
A principal característica do horizonte glei é a forte gleização à qual está
sujeito, resultante do regime de umidade redutor, devido a encharcamentos
constantes ou periódicos.
24
ocorrem no litoral, normalmente junto à desembocadura de rios sob a
influência das marés e são cobertos por uma vegetação característica
denominada mangue ou manguezal.
Ocorrem nos municípios de Camaçari, Dias D’ Ávila, Simões Filho e Vera Cruz.
25
Os estudos foram baseados nos Planos Diretores das bacias que englobam a
Região em estudo. Para a Região Metropolitana de Salvador será detalhada a
Bacia do Recôncavo Norte, abrangendo uma população de mais de 3.021.572
habitantes, segundo o censo de 2000, (Figura 03).
26
BACIAS DO RECÔNCAVO NORTE
27
constituem de aluviões, areias, argilas, materiais orgânicos e depósitos
litorâneos.
O rio Jacuípe tem uma extensão de 100 km, ocupando uma área de drenagem
de 1.213 km², limita-se ao sul com a Bacia do rio Joanes; ao norte com a
Bacia do rio Pojuca, a oeste com a Bacia do rio Subaé e a leste com o Oceano
Atlântico.
28
O rio Jacuípe nasce da contribuição do fluxo subterrâneo proveniente do lençol
freático, no Município de Conceição de Jacuípe, desemboca no Oceano
Atlântico na altura do município de Camaçari, no distrito Barra do Jacuípe.
Apresenta-se parcialmente estratificado, com fundo em aclive abrangendo
cerca de 13 km. A influência da maré alcança cerca de 8 km em relação à
linha de costa atual, possui vazão média de 15m3/s e seus tributários Capivara
Pequeno e Capivara Grande uma média de deflúvio de 0,6 a 1,4m3/s.
A bacia do rio Jacuípe apresenta clima úmido e tropical de floresta, com índice
pluviométrico variando entre 1.000 a 1.600 mm, sendo que março a julho é o
período mais chuvoso.
29
Os impactos mais relevantes verificados nos mananciais hídricos da bacia do
rio Jacuípe são: lançamento de efluentes domésticos “in natura”; lançamentos
de cloretos em função da utilização de água salgada na exploração petrolífera
pela Petrobrás; lançamento de efluentes industriais quando ocorre operação
de usinas de cana de açúcar e álcool; deposição de resíduos sólidos ao longo
das margens dos mananciais; assoreamento de mananciais associado aos
processos erosivos desencadeados pela remoção da cobertura vegetal;
contaminação do lençol freático (Aqüífero São Sebastião) pelas atividades
industriais do Pólo Petroquímico.
O rio Joanes tem uma extensão de 245 km, ocupando uma área de drenagem
de 1.200 km², localiza-se na Porção central da Região Metropolitana do
Salvador – R MS.
Os principais rios que conformam a Bacia são: o Riacho São Francisco, rios
Imbirussu, Bonessu, Petecada, Jacarecanga, Itaboata, Muriqueira e o rio
Ipitanga (com seus afluentes do lado direito: rios Poti, Cabuçu, Cururipe e
riacho Itapõa e do lado esquerdo: rios das Margaridas, Itinga e Caji) em sua
margem direita; e o riacho Uberaba (rio Uberaba), rios: Lamarão,
Sucuricanga, e Bandeira (com seu afluente rio Piaçabeira), em sua margem
esquerda.
30
As principais nascentes do rio Joanes encontram-se situadas no município de
São Francisco do Conde nos seguintes pontos: fazenda Campinas, a 2,5 km da
sede municipal de São Francisco do Conde, nas imediações da fazenda
Marapé, limite entre São Francisco do Conde e Candeias; na fazenda
Gurgainho e na fazenda Cinco Rios, situadas em São Francisco do Conde.
Desemboca no Oceano Atlântico, exatamente na praia de Buraquinho, na
divisa entre os municípios de Lauro de Freitas e Camaçari (Foto 05),
apresentando no estuário uma extensão de quase de 6 km, e possui vazão
média de 11m3/s.
31
Os principais usos da água na Bacia dos Rios Joanes e Ipitanga são:
32
industriais; extração ou lavra de substâncias minerais utilizadas na construção
civil; lançamento de esgotos domésticos “in natura”; disposição a céu aberto
de lixo doméstico e outros resíduos de origem industrial; eventuais acidentes
decorrentes do transporte de cargas perigosas através de ferrovias, dutovias e
rodovias.
O rio Subaé tem uma extensão de 55 km, ocupando uma área de drenagem
de 655,00 km², limita-se ao norte com a bacia do Rio Pojuca, ao leste com a
bacia do Rio Jacuípe, ao sul com as bacias dos Rios Joanes, Açu e Baía de
Todos os Santos e a oeste com a bacia do Rio Paraguaçu.
Os principais rios que conformam a Bacia são os rios Sergi, Sergi Mirim,
Pitanga ou Pitinga, rio da Serra e Piraúna (afluentes do Sergi) em sua margem
direita e, o rio Traripe e seu afluente, o rio do Macaco em sua margem
esquerda.
33
O rio Subaé nasce na Lagoa do Subaé, no perímetro urbano da cidade de Feira
de Santana, a sudeste (SE) da sede municipal, no setor B do Centro Industrial
do Subaé - CIS. E desemboca na Baía de Todos os Santos com sua zona
estuarina compreendendo os municípios de Santo Amaro da Purificação e São
Francisco do Conde cujo canal principal apresenta extensão aproximada de 10
km.
O rio Subaé depara com problemas ambientais desde a sua nascente até a sua
foz, decorrentes do lançamento de efluentes líquidos domésticos e industriais.
Na região da nascente, o rio recebe contribuições provenientes do Centro
Industrial do Subaé (CIS) e de povoados, que não possuem sistema de
esgotamento sanitário adequado. O alto curso do rio Subaé recebe
contribuição das indústrias de papel, processamento de mamona, horto
florestal dentre outras, contribuindo para a redução da capacidade de
autodepuração de suas águas. No seu médio curso e zona estuarina, o rio
Subaé recebe contribuições de matadouros, efluentes sanitários e indústria de
papel.
O rio São Paulo tem uma extensão de 17 km, ocupando uma área de
drenagem de 37 km², sua bacia está situada na região costeira do estado da
34
Bahia. Limita-se ao Norte(N) com a bacia do Rio Joanes, ao Sul (S) com a Baía
de Todos os Santos, a Leste (E) as bacias dos Rios Bonessu, Petecada e
Jacarecanga, e a Oeste (W) com as bacias dos Rios Paramirim e Mataripe.
O Rio São Paulo não é tributário de nenhum rio, nem possui grandes
afluentes. Nasce no município de São Francisco do Conde no perímetro da
Fazenda Cinco Rios, servindo de limite físico entre este município e o de
Candeias e, deságua na da Baía de Todos os Santos no sentido Norte - Sul.
Possui uma vazão média de 0,3m3/s. Dos 17 Km de extensão do seu leito, 9
km são margeados por manchas de manguezais, em cujo substrato são
explorados para fins de mariscagem por moradores dos povoados a que
abrange.
A bacia do rio São Paulo apresenta índice pluviométrico variando entre 1700 a
2000 mm com período de chuvoso mais acentuado entre os meses de abril a
julho. Apesar do elevado índice pluviométrico, as condições geológicas locais
não favorecem a obtenção de água dentro dos padrões de potabilidade
satisfatório. A ocorrência de unidade geológica que possui níveis contendo
calcário e boas condições de permeabilidade e penetração de cunha salina
através do seu estuário, favorecem a ocorrência de águas salobras em alguns
trechos desta bacia.
35
mangue. Já na região abrangida pela nascente ocorre principalmente
desenvolvimento de atividades agrícolas sobretudo o cultivo de cana de açúcar
e de espécies hortifrutigranjeiras e no seu médio curso ocorre reflorestamento
com Pinus sp eucalipto implantado pela Petrobrás (cinturão verde).
36
Bacias Urbanas da Região Metropolitana de Salvador
Passa por Bom Juá, Mata Escura, Calabetão, Retiro, Barros Reis, Rótula do
Abacaxi, Pernambués e segue para a Praia do Costa Azul. A partir do Retiro, o
Camurugipe segue paralelamente à Avenida Barros Reis recebendo pela
margem direita dois pequenos riachos. Em seguida, na Rótula do Abacaxi,
recebe o seu principal afluente, o Rio das Tripas. Deste ponto, ele segue para
a Avenida Antonio Carlos Magalhães, aonde uma parte vai para o Rio
Vermelho, e encontra com o Lucaia, e a outra segue até desembocar no Costa
Azul (Foto 06).
37
Foto 06 – Foz do rio Camurujipe, Parque Costa Azul.
O rio Jaguaribe drena uma área de 58 km², sendo formado pela confluência
dos rios Águas Claras e Cabo Verde, ambos com nascentes nas imediações do
bairro de Pirajá e deságua na praia de Piatã (Foto 07).
38
Foto 07 – Foz do Rio Jaguaribe, praia de Piatã.
39
Como visto no diagnóstico do meio físico, a Região Metropolitana de Salvador
apresenta altos índices pluviométricos na faixa litorânea, que decrescem à
medida que vai para o seu interior. A geologia encontra-se totalmente inserida
na Bacia do Recôncavo, composta de rochas sedimentares que esboçam
formas tabulares e de planícies costeiras, enquanto os trechos do
embasamento cristalino apresentam-se em formas de colinas suaves, e
apresentam estabilidade do ponto de vista geotécnico.
40
2.0 MEIO BIÓTICO
HISTÓRICO DE DEGRADAÇÃO
41
construção de habitações, prática da agricultura e utilização dos recursos
madeireiros sempre forçou a derrubada de áreas de florestas até então tidas
como reservas vivas de madeiras e de recursos inesgotáveis. A história da
Mata Atlântica não é diferente. Vemos que muitos acontecimentos ocorreram
500 anos após a descoberta, sendo que mata foi expropriada de forma
irracional.
42
aproximadamente 2 milhões de árvores. Sua extração entrou em decadência
por volta de meados do século XIX com a conseqüente queda da oferta e o
surgimento de corantes produzidos a partir do alcatrão mineral. Além disso, a
extração predatória era acompanhada da derrubada da mata que
consequentemente pôs fim a muitas outras espécies da Mata Atlântica (DEAN,
1996).
43
milhões de m3) em 1988, dado o esgotamento dos recursos devido a
exploração não sustentável.
44
do século XIX, nas principais cidades, atividade como padarias, torrefadoras
de café, fundições, fabricas de vidro, tecido e outras movidas por maquinas a
vapor.
45
BIODIVERSIDADE
Calcula-se que nela existam dez mil espécies de plantas, sendo 76 palmeiras,
131 espécies de mamíferos, 214 espécies de aves, 23 de marsupiais, 57 de
roedores, 183 de anfíbios, 143 de répteis e 21 de primatas. Dentre estes
animais estão vários morcegos, destacando-se uma espécie branca. Dos
símios destacam-se o muriqui, que é a maior e mais corpulenta forma de
macaco tropical, e o sauí-preto, que é o mais raro dos símios brasileiros.
Habitam também a mata diferentes sagüis, os sauás, os macacos-prego e o
guariba, que está ameaçado de extinção. Ocorrem também tamanduás-mirins,
preguiças e tatus, com destaque para a preguiça-de-coleira que hoje em dia
está escassa e já ameaçada de desaparecimento.
46
A Mata Atlântica preserva também importante conjunto de plantas medicinais,
muitas das quais ainda não devidamente estudadas, que são importante
patrimônio para a medicina. Mesmo reduzida e muito fragmentada, a Mata
Atlântica significa também abrigo para várias populações tradicionais e
garantia de abastecimento de água e qualidade de vida para mais de 70%
(mais de 100 milhões) de brasileiros que vivem em seu domínio.
47
Existem plantas que começam como epífitas e terminam como plantas
terrestres. Suas sementes germinam sobre forquilhas de ramos ou axilas de
folhas, onde foram depositadas por pássaros, a partir de suas fezes; suas
raízes crescem em torno do caule da hospedeira, em direção ao solo, onde
penetram e se ramificam; com seu crescimento em espessura acabam
concrescendo umas com as outras formando uma coluna vigorosa, capaz de
suportar sua copa, quando a hospedeira, com seu caule asfixiado no interior,
morre e se desfaz. O exemplo típico é o Ficus, conhecido como mata-pau.
Certas espécies nascem no solo, atingem com seu eixo principal ou com
alguns ramos um suporte e nele se fixa; se porventura se desfizer a ligação,
por qualquer motivo, com o solo, por exemplo por morte de parte do eixo em
contato com ele, essas plantas passam a viver epifiticamente.
Ainda existem plantas que emitem odores atraentes ou até mesmo simulando
uma fêmea de algum animal com a função de atrair polinizadores, tais como
abelhas, vespas, moscas, besouros, borboletas, mariposas, aves ou até
morcegos. Durante o inverno, ipês e suinãs exibem suas flores nos altos das
copas ao mesmo tempo em que derrubam todas as folhas, tornando as flores
visíveis a seus polinizadores, a longa distância. Algumas espécies produzem
suas flores junto aos troncos onde abelhas e outros polinizadores no interior
da mata podem encontrá-las com mais facilidade. Há plantas que abrem ao
entardecer no mesmo período de atividade de seus polinizadores, no caso
pequenos morcegos.
48
2.1 DIAGNÓSTICO FLORÍSTICO
A primeira divisão fitogeográfica brasileira foi realizada por K.F.P. Von Martius,
em 1824, após percorrer grande parte do território. Também outros grandes
estudiosos preocuparam-se em delimitar as áreas de acordo com os tipos de
vegetação, dentre os quais destacam-se: J. Caminhoá, Engler & Diels, C.T.
Rizzini, Dárdano de Andrade-Lima e mais recentemente Fernandes & Bezerra.
Dessa forma, o bioma Mata Atlântica recebeu diferentes denominações na
história da fitogeografia brasileira.
49
Mitologia Grega. A Floresta Atlântica em função das serras e das montanhas
cobertas de vegetação recebeu a denominação de “Driades” (do grego Dryas –
divindade imortal encarregada de proteger bosques e carvalhos). No sistema
adotado por C. T. Rizzini em 1963, passou a ser chamada de “Província
Atlântica” composta por duas subprovíncias: Nordestina e Austro-Oriental.
Andrade-Lima em 1975 estruturou um esborço fitogeográfico se restringindo a
conceitos florísticos vegetacionais, dessa forma a Mata Atlântica estaria
contextualizada no “Domínio das Florestas”, onde o autor considerou sob a
mesma epígrafe pluvial as florestas amazônica e atlântica. Em 1990,
Fernandes & Bezerra propuseram um sistema, não muito diferente dos até
então adotados, sendo baseado em critérios ecológico-vegetacional-florísticos.
Igualmente ao sistema de Rizzini, o bioma em questão correspondia a
“Província Atlântica” com duas subprovíncias, que passaram a serem
denominadas de Serrana ou Driádica e Litorânea ou Costeira.
50
ADAPTAÇÕES DA FLORA
As folhas são muitas vezes brilhantes, recobertas por cera, tendo superfícies
lisas e pontas em forma de goteira. Todas essas características facilitam o
escoamento da água das chuvas impedindo sua permanência prolongada, o
que seria inconveniente sobre a superfície foliar porque pode obstruir
estômatos, além de servir para, em suas gotas, se desenvolverem
51
microorganismos que podem determinar doenças. Outros mecanismos são
conhecidos tais como: caules e folhas pendentes, folhas de limbo em
pedúnculos delgados e longos, que se curvam ao peso da água fazendo com
que a ponta do limbo se incline para baixo, o que determina o escoar da água
por ação da gravidade e com isso o peso do limbo diminui e volta à posição
anterior (RIZZINI, 1997).
2.1.1 Metodologia
52
2.1.2 Caracterização da Área
53
2.1.2.1 Floresta Ombrófila Densa – Mata de Tabuleiro
54
Köppen; verificou-se que o clima abrange o tipo Aw (tropical) , cujas
55
estando associado, quase sempre, a área em estágio inicial ou antropizada.
Nessas áreas é possível encontrar espécies vegetais variando em altura de 5 a
12 metros. Como espécies representantes do estágio médio têm-se a amescla
(Protium heptapylum), pau d´arco (Tabebuia sp), murici (Byrsonima sericea),
pau pombo (Tapirira guianensis), ingá (Inga sp.) e pau d´óleo (Pera glabrata).
Além destas espécies, destaca-se a presença de pau pombo (Tapirira
guianensis), também considerada característica desta vegetação, sendo
inclusive fortemente recomendada ao reflorestamento destas áreas
(CATHARINO, 1989).
56
de São Bartolomeu, Estação Ecológica Ilha do Medo e Áreas de Proteção
Ambiental – APA’s Linha Verde e Baía de Todos os Santos.
Tabela 01 - Lista das Espécies Arbóreas da Floresta Ombrófila Densa – Mata de Tabuleiro.
Família Espécie Nome Popular
Schinus terebentihifolia Aroeirinha
Anacardiaceae Tapirira guianensis Pau-pombo
Thyrsodium schomburgkianum Caboatá de leite
Annona glabra Corticeira
Annona salzmanii Araticum
Duguetia lanceolata Pindaíva
Annonaceae
Guatteria sp. Pindaíba preta
Rollinia sp. Pinha da mata
Xylopia frutescens Pindaíba pimenta
Aspidosperma parvifolium Guatambu
Himatanthus lancifolius Janaúba
Apocynaceae Himatanthus sucuuba Sucuúba
Tabernaemontana flavicans Bapeba
Tabernaemontana solanifolia
Araliaceae Didymopanax morototoni Matataúba
Arecaceae Bactris hirta Tucum
Bignoniaceae Paratecoma peroba Ipê
57
Família Espécie Nome Popular
Tabebuia heptaphylla Ipê-rosa
Tabebuia impetiginosa Ipê-roxo
Tabebuia serratifolia Ipê-amarelo
Bixa arborea Urucurana
Bixaceae
Bixa orelana L. Urucum
Bombax grandiflorum Imbiruçu
Bombacaceae
Eriotheca sp. Imbiruçu
Boraginaceae Cordia sagotii Baba de boi
Protium aracouchini Pindaíba
Burseraceae Protium icicariba Amescla
Protium heptaphyllum Almecega
Apuleia leiocarpa Jataí
Arapatiella psilophylla Arapati
Bauhinia fortificata Pata de vaca
Caesalpiniaceae
Caesalpineia peltophoroides Sibipiruna
Macrolobium latifolium Óleo de comumbá
Peltigyne angustiflora Guarabu
Caricaceae Jacaratia spinosa Mamãozinho do mato
Caryocaraceae Caryocar edule Pequi preto
Cecropia hololeuca Embaúba
Cecropiaceae Cecropia pachystachya Imbaúba
Pouroma guianensis Tararanga
Hirtella hebeclada Oiti
Chrysobalanaceae Symphonia globulifera Landirana
Tovomita guianensis Mangue da mata
Combretaceae Terminalia kuhlmannii Araçá d’água
Elaeocarpaceae Sloanea guianensis Gindiba
Alchornea triplinervia Pau jangada
Euphorbiaceae
Pera glabrata Sete casco
Andira legalis Angelim
Andira pisonis Angelim branco
Erythrina verna Mulungu
Fabaceae Myrocarpus frondosus Cabreúva
Pterocarpus violaceus Pau sangue
Zollernia latifolia Mucitaíba
Casearia commersoniana Caboatá
Humiriaceae Schistostemon retusum Bolera
Icacinaceae Emmotum nitens Aderno-faia
Lacistemataceae Lacistema robustum Pau cravo
Aniba firmula Canela-rosa
Lauraceae Nectandra sp. Louro
Ocotea sp. Louro-sassafrás
Cariniana estrellensis Jequitibá rosa
Couratari asterotricha Imbirema
Lecythidaceae
Escheweilera ovata Biriba
Lecythis pisonis Sapucaia
Malpighiaceae Byrsonima sericea Murici açu
58
Família Espécie Nome Popular
Byrsonima stipulacea Murici piloso
Miconia cinnamomifolia Jacatirão
Melastomataceae
Tibouchina granulosa Quaresmeira
Meliaceae Guarea kunthiana Figo do mato
Miristicaceae Virola oleifera Bicuíba
Balizia pedicellaris Juerana branca
Enterolobium schomburgkii Tamboril
Inga capitata Ingá mirim
Inga thibaudiana Inga
Mimosaceae
Macrosamanea pedicellaris Juerana branca
Parapiptadenia pterosperma Angico-vermelho
Parkia pendula Juerana
Pithecellobium filamentosum Monzé
Brosimum conduru Conduru
Brosimum gauduchaudii Amora
Moraceae
Brosimum guianense Leiteira
Sorocea guilleminiana Amora
Myrtaceae Eugenia brasiliensis Grumixama
Myrsinaceae Rapanea ferruginea Pororoca
Andradaea floribunda Siriba
Nyctaginaceae Guapira opposita Farinha seca
Ramisia brasiliensis Ganassaia
Phytolacaceae Seguieria langsdorffii Pau d’alho
Euplassa cantareirae Cigarreira
Proteaceae
Roupala brasiliensis Pau de concha
Rubiaceae Genipa infudibuliformis Jenipapo liso
Dictyoloma vandellianum Tingui
Rutaceae
Zanthoxylum rhoifolium Espinho cheiroso
Sapindaceae Toulicia laevigata Cheiro-de-barata
Manilkara salzmanii Maçaranduba
Sapotaceae Pouteria grandiflora Bapeba
Pouteria torta Bapeba
Simaroubaceae Simarouba amara Marubá
Pterigota brasiliensis Farinha-seca
Sterculiaceae Sterculia chicha Imbira quiabo
Sterculia striata Castanha de macaco
Styracaceae Styrax ferrugineus Pindaíba
Apeiba tibourbou Pau jangada
Tiliaceae Hidrogaster trinerve Bomba d’água
Luehea divaricata Ibatingui
Verbenaceae Aegiphila sellowiana Fidalgo
Vochysiaceae Vochysia riedeliana Uruçuca
59
2.1.2.2 Manguezais
60
A riqueza biológica dos ecossistemas costeiros, faz com que essas áreas sejam
os grandes "berçários" naturais, tanto para as espécies características desses
ambientes, como para peixes anádromos e catádromos e outros animais que
migram para as áreas costeiras durante, pelo menos, uma fase do ciclo de vida.
Os recursos pesqueiros são considerados como indispensáveis à subsistência
das populações tradicionais da zona costeira, além de alcançarem altos preços
no mercado internacional, caracterizando-se como importante fonte de divisas
para o País.
61
concentrações de matéria orgânica no apicum foram mais elevadas que aquelas
da superfície do manguezal. Na estação chuvosa ocorre uma inversão em
relação à estação seca. As camadas inferiores do sedimento do apicum são
tipicamente de manguezal, inclusive com restos de material botânico e valvas
de ostras, denotando claramente sua origem à partir de um bosque de mangue
assoreado naturalmente, caracterizando o apicum como área sucessional. Esses
resultados caracterizam a região do apicum como um reservatório de nutrientes,
no contexto do ecossistema manguezal, mantendo em equilíbrio os níveis de
salinidade e a constância da mineralomassa (NASCIMENTO, 1993).
62
De acordo com Wash (1974, citado por LACERDA, 1984), para o
desenvolvimento extensivo dos manguezais são necessários cinco requisitos
básicos:
o Climas tropicais: com temperatura média, do mês mais frio, acima de 20oC
e não inferior a 15ºC; amplitude térmica anual menor que 5ºC; e
precipitação pluvial acima de 1500mm/ano, sem prolongados períodos de
seca;
o A existência de substrato mole constituído por sedimentos finos de silte e
argila, rico em matéria orgânica, geralmente de origem fluvial;
o Costas abrigadas da forte ação de ondas e marés violentas;
o Existência de água salgada ou salobra;
o Grande amplitude de marés.
63
Manguezais e apicuns são encontrados ao longo de praticamente toda a costa,
do Cabo Orange (04o52’N) até Laguna (28o30’S). De acordo com a gama de
substratos dos ecossistemas costeiros e levando em conta elementos
oceanográficos, climáticos e continentais, Schaeffer-Novelli et al. (1990)
dividiram a linha de costa brasileira em 8 (oito) unidades fisiográficas.
64
Gênero Rhizophora
Gênero Avicennia
Gênero Laguncularia
65
Adaptações da Vegetação
66
para alguns metros ao longe, se desenvolvendo entre eles áreas pouco propícias
a estas espécies (FARNSWORTH et al, 1998).
67
2.1.2.3 Restinga
As Restingas são áreas que recebem influência direta dos oceanos e seu termo
no sentido fitogeográfico, botânico ou ecológico é usado para designar todas as
formações vegetais que ocorrem sobre as planícies quaternárias litorâneas,
incluindo ou não as situações encontradas nas zonas de praia, antedunas e
dunas frontais. No sentido ecológico, indica todo o conjunto de fatores bióticos e
abióticos que interagem sobre planícies arenosas e costeiras do Brasil, indicando
um ecossistema com características peculiares que o distinguem de todos os
demais ocorrentes na região costeira (RIZZINI,1997; LACERDA et al, 1982;
SUGULLO & TESSLER, 1984; WALCHTER, 1985, DILLENBURG, 1986).
68
Foto 11 - Área de restinga, com presença de dunas.
69
Foto 12 - Estrato herbáceo do ecossistema de restinga, com bromélias e,
palmeiras acaule, melastomatáceas e mirtáceas.
70
Tabela 03 - Fanerógamas encontradas no ecossistema de Restinga da RMS.
Familia Espécie Nome popular
Anacardium occidentale Caju
Tapirira guianensis Pau pombo
Anacardiaceae
Schinus terebinthifolius Arueirinha
Spondias lutea Cajá
Annonaceae Annona glabra Cortiça
Hancornia speciosa Mangaba
Himatanthus lancifolius Cajueiro bravo
Apocynaceae
Rauwolfia grandiflora Grão-de-galo
Couma rigida Mucugê
Elaeis guianensis Dendê
Attalea funifera Piaçava
Arecacea
Syagrus coronata Licuri
Syagrus schizophylla Licurioba
Tabebuia impetiginosa Pau d'arco
Bignoniaceae
Jacaranda obovata
Aechemea blanchetiana Bromélia
Aechemea ligulata Bromélia
Bromeliaceae Hohenbergia stellata Bromélia
Vriesea procera Bromélia
Burseraceae Protium heptaphyllum Almacega
Kielmeyera marauensis Pau santo
Clusiaceae
Symphonia globuliferae Landirana
Licania hypoleuca Oiti
Chrysobalanus icaco Guajuru
Chrysobalanacea
Hirtella glandulosa
Hirtella insignis
Croton grandulosus Croton
Euphorbiaceae
Pera glabata Sete-cascas
Fabaceae Abrus precatorios
Humiriaceae Humiria balsamifera Umirí
Brodriguesia santosii Jataípeba
Chamaecrista amabilis
Caesalpiniaceae
Senna phlebadenia Tento carvoeiro
Swartzia flaemingii Banha-de-galinha
Mimosaceae Inga capitata Ingá
Malphighiaceae Byrsonima sericea Murici
Hibiscus pernambucensis Algodão-do-mangue
Malvaceae
Sida cordifolia L. Mava-branca
Henriettea succosa Mundururu
Melastomataceae
Miconia albicans Canela-de-velho
Moraceae Ficus sp Gameleira
Eugenia uniflora Pitanga
Myrtaceae Myrcia sp. Murta
Psidium araça Araçá
Epistephium lucidum Orquidea
Orquidaceae
Encyclia fragans Orquídea
Passifloraceae Pasiflora sp. Maracujá
71
Familia Espécie Nome popular
Guettarda viburnoides Angélica
Rubiaceae
Psychotria mapronioides Erva de Rato
Aviccenia tomentosa Siriba
Verbenaceae
Lantana camara Chumbinho
Mata Ciliar, em sentido estrito, tem sido utilizado para a vegetação florestal
que ocorre em rios de grande largura, onde a copa das árvores de ambas as
margens não se tocam, possibilitando a entrada direta e a influência da luz
sobre a vegetação mais próxima ao rio (EMBRAPA, 1998). Sendo assim,
nessas formações vegetais, o dossel é descontínuo, o que não acontece com
as matas de galeria. Nessas formações, as copas das árvores de ambas as
margens se tocam, formando uma galeria, propriamente dita, com um dossel
contínuo, o que permitem as condições ambientais, sobretudo luz e
temperatura, diferenciadas para o corpo d’água e para a vegetação das
margens do rio. A literatura registra que as matas de galeria ocorrem no
domínio fitoecológico do cerrado (EMBRAPA, 1998). Neste estudo, portanto,
72
passamos a adotar o termo mata ciliar, já que a área em questão está no
domínio fitoecológico da floresta ombrófila densa.
Durante as glaciações quaternárias, quando o clima teria sido mais frio e seco,
as matas ciliares eram importantes refúgios da flora, pois as populações de
espécies florestais foram mantidas ao longo dos cursos dos maiores rios e nas
encostas úmidas. O Quaternário foi marcado por grande instabilidade
ambiental, que alternaram períodos secos e úmidos, influenciando a
vegetação, sendo que as matas ciliares podem ter suportado essas flutuações
climáticas (FUNCH, 1997). Estas formações florestais estão conectadas às
grandes áreas contíguas, tais como a mata atlântica e a mata amazônica e é
possível que as matas ciliares reflitam, no Pleistoceno, um momento passado
de maior umidade, quando as florestas amazônica e atlântica ocupavam um
território maior do que o atual.
73
Nos vales fluviais mais encaixados, formados por vertentes íngremes, a
floresta se assemelha à mata mesófila, apresentando domínio do extrato
arbóreo, com dossel contínuo nas áreas melhor conservadas (LIMA, 1989). As
matas ciliares funcionam, ainda, como um duplo anteparo para as águas
pluviais (dossel-copado das árvores e manta que recobre o solo),
possibilitando a infiltração lenta dessa água e reduzindo o escoamento
superficial. Este processo, além de impedir a erosão e o assoreamento,
promove a regularização dos aqüíferos de superfície e subterrâneos, além da
própria manutenção da qualidade da água (COSME, 1996).
74
animais que habitam as faixas ciliares ou mesmo fragmentos florestais
maiores por elas conectados. Além das espécies tipicamente ripárias, nelas
ocorrem também espécies típicas de terra firme e, desta forma, são também
consideradas como fontes importantes de sementes para o processo de
regeneração natural (Petts, 1990; Wissmar e Swanson, 1990; Rizzini, 1997;
Triquet et al., 1990 apud Lima, 1999; Gregory et al., 1992 apud Lima, 1999).
Por estas razões não será apresentado um check list exclusivo desta
formação, visto que suas espécies têm ampla distribuição, principalmente no
domínio da Mata Atlântica.
75
Os distúrbios ambientais podem provocar tanto a perturbação de um
ecossistema como a degradação dele, sendo que existem ecossistemas que
podem manter os seus meios de regeneração biótica: bancos de sementes,
bancos de plântulas, chuva de sementes e rebrota. Por outro lado, existem
aqueles que tiveram eliminados os seus meios de regeneração biótica, depois
de algum distúrbio. Nesse caso, seu retorno ao estado anterior pode não
ocorrer ou ser bastante lento. A ação antrópica é necessária para a sua
recuperação a curto prazo. Tem sido verificado em bacias florestadas que, a
partir de 50 m de distância dos cursos d’água, o escoamento superficial
começa a ser insignificante. Daí a necessidade de se manter devidamente
protegida essa área (EMBRAPA, 1998).
76
Os brejos são ambientes permanentemente alagados, localizando-se
geralmente nas baixadas ao longo dos rios, e apresentam uma vegetação
adaptada. Tais ecossistemas lentamente evoluem para mata mediante
aterramento gradual e colonização por espécies silvestres, que se vão
substituindo umas às outras até a fase de estabilidade.
77
Fotos 15 e 16 - Áreas de várzeas e brejos nos municípios de Itaparica e Vera Cruz.
78
2.1.2.6 Áreas de Transição
O campo cerrado, além de rico em flores exóticas, tem uma extensa variedade
de plantas medicinais, onde as mais conhecidas são a jurubeba (Solanum
79
paniculatum), o pau-santo (Trichilia sp), a goiaba (Psidium guajava) e o pau-
terra (Qualea parviflora).
80
Família Espécie Nome Popular
Pera obovata Sete-cascas
Andira humilis Angelim rasteiro
Fabaceae
Pterodon sp. Sucupira branca
Lauraceae Ocotea puchella Louro
Lecythidaceae Eschweilera sp. Sapucainha
Byrsonima coccolobifolia Murici
Malpighiaceae
Bysonima coriacea Mucuri-da-mata
Melastomataceae Tibouchina sp. Quaresmeira
Cabralea canjerana Cabralea
Meliaceae
Trichilia sp. Pau santo
Acacia polyphylla DC. Acacia
Inga sp Ingá
Mimosaceae Mimosa ursina Mart. Unha de gato
Plathymenia reticulata Benth Vinhático
Stryphnodendron adstringens Coville Barbatimão
Moraceae Ficus sp Gameleira
Eugenia gamaeana
Myrtaceae Campomanesia guaviroba Guabiroba
Psidium myrsinites
Encyclia sp. Orquídea
Orchidaceae
Epistephium sp. Orquídea
Rubiaceae Guettarda viburnoides Angélica
Rutaceae Zanthoxylum rieldelianum
Sapotaceae Pouteria ramiflora
Qualea grandiflora Pau terra
Vochysiaceae Vohysia acuminata Pau d`água
Vohysia gardneri
2.1.2.8 Agroecossistemas
81
espalham constantemente sementes e invadem o território dos
agroecossistemas.
82
Foto 17 - Extração de dendê em áreas de floresta ombrófila densa no
muncípio de Vera Cruz.
83
A piaçava assume os seguintes papéis de destaque:
Agroecossistema do Cacau
84
foi determinado por fatores como topografia, água, solo, porte das árvores.
Este tipo de agroecossistema, por estas características, tem um forte
componente agroflorestal.
85
algumas espécies arbóreas de grande porte tem relevante valor ecológico,
conservando um patrimônio genético.
1
O check list das espécies arbóreas da Mata Atlântica está no subítem Floresta Ombrófila
Densa – Mata de Tabuleiro.
86
Fotos 18 e 19 - Área de agroecossistema de cabruca no município de Madre de Deus.
87
2.1.2.9 Áreas Reflorestadas com Eucalipto e Pinus
88
momento que o reflorestamento se iniciou, sendo as espécies de Pinus e
eucalipto escolhido para compor os conhecidos mosaicos florestais,
amplamente disseminados até a década de 80 (SEPLANTEC, 1984).
89
não). Em muitas áreas, as formações originais foram substituídas por
pastagens com espécies de gramíneas, predominando a espécie Brachiaria sp,
enquanto em outras áreas temos a localização de pequenas chácaras ou sítios.
Ao longo da área de estudo podem ser encontradas espécies vegetais que são
características de ambientes antropizados, como o algodão-de-seda
(Calotropis procera) e espécies como Cyperus ferax, velame (Croton sp),
mamona (Ricinus communis), algumas leguminosas (Mimosa sp e Senna
occidentalis), cansanção (Cnidosculus sp), cipós (Merremia sp., Ipomoea sp,
Evolvulus sp e Jacquemontia sp), canudeiro, malvas (Sida sp, Herrisantia sp,
Turnera sp, Waltheria sp), Emilia sp, mentrasto (Ageratum sp), Cuphea sp e
asteráceas (Vernonia sp, Ageratum sp e Baccharis sp), formando um
emaranhado de ervas e pequenos arbustos.
Pastagens
90
madeireira, sequenciada pela implantação de pastagens, aproveitando a
fertilidade oriunda das queimadas. Dessa forma, hoje restam poucos maciços
florestais remanescentes.
91
hábito lenhoso. A maioria são ervas, terrestres, saxícolas ou epífitas. Nas
epífitas as raízes servem, geralmente, apenas para fixação. As folhas são
espiraladas com bainhas amplas e flexível, que freqüentemente, formam um
recipiente no qual se acumulam água e detritos orgânicos. Uma das
características da família é a presença de escamas absorventes na superfície
foliar, as quais proporcionam uma coloração prateada, sendo também
responsáveis pela absorção de água e nutrientes. As inflorescências são
terminais ou raramente axilares, sésseis ou escaposas, simples ou compostas,
racemosas, recobertas por brácteas coloridas e brilhantes.
92
2.1.4 Poda Urbana
93
capacidade de cicatrização e regeneração, orientando o seu crescimento para
adquirir uma conformação adequada ao espaço disponível.
94
Poda de Formação
A poda dos galhos deve ser realizada o mais cedo possível, para evitar
cicatrizes muito grandes, desnecessárias. A poda de formação na fase jovem
sempre é uma mutilação, devendo ser executada com cuidado. Deve-se
conhecer o modelo arquitetônico da espécie, considerando, portanto, o futuro
desenvolvimento da copa no espaço em que a árvore está estabelecida.
Galhos baixos que dificultarão a passagem de pedestres e de veículos deverão
ser eliminados precocemente. Galhos que cruzarão a copa ou com inserção
defeituosa deverão igualmente ser eliminados antes que os cortes se tornem
muito difíceis. As árvores do tipo monopodiais (racemosas) têm uma formação
natural simétrica e perpendicular. O tronco é curto e a copa começa desde as
partes baixas do mesmo. Estas árvores necessitam de poda de formação.
Quanto às árvores simpodiais (cimosas) geralmente se faz poda de formação.
Sendo estas bifurcadas, já no primeiro ano, deve-se cortar os ramos mais
fracos da bifurcação, assim a haste remanescente aprumar-se-á tomando a
direção vertical. No ano seguinte, por ocasião da nova ramificação, o ramo
menor da bifurcação deverá ser podado e assim por diante, até obter-se um
tronco bastante alto. Esta poda deve ser realizada nos primeiros anos de vida
da árvore, retirando-se sempre os ramos mais baixos e deixando a copa
simétrica. Ramos perpendiculares ao ramo guia, aqueles que se atritam com
os outros, causando ferimentos, e ramos com inserção defeituosa deverão ser
eliminados, nesta modalidade de poda.
Poda de adequação
Nesta poda, busca-se a adequação da copa ao espaço físico disponível, sem
provocar decepas desnecessárias sobre qualquer pretexto. Apenas cortes nas
extremidades dos ramos com desenvolvimento exagerado, que atingem fiação
e edificações, deverão ser feitas, buscando sempre conservar a forma da copa
e seu equilíbrio.
95
Poda de limpeza (poda de manutenção)
Nesta poda, são eliminados os ramos senis ou secos, que perderam sua
função na copa da árvore; os “tocos” originados da ação dos ventos ou de
podas anteriores mal executadas. Os ramos mortos, doentes ou quebrados
pelo vento devem ser podados imediatamente, para evitar acidentes. Deve ser
dada especial atenção à morfologia da base do galho.
Poda de regeneração
Se uma árvore fraca de mau aspecto ou mesmo com certa idade bem podada
poderá ressurgir com boa forma e bom vigor. Esta operação consiste no corte
rebaixando os ramos até 1/3 ou 2/3 do seu tamanho. Este corte promove uma
forte reação da árvore brotando vigorosamente nas extremidades cortada.
Deve-se deixar estes ramos crescerem até o segundo ano, quando se
procederá o raleio, apenas deixando um broto desenvolvido na extremidade
que será rebaixado novamente no ano seguinte. Uma nova intervenção deverá
ocorrer no ano seguinte, quando deixará um ou mais ramos que tiverem a
direção conveniente (ascendente). Este tipo de poda só deve ser aplicado
quando houver necessidade de rebaixar as árvores para passagem de fios
aéreos, não sendo recomendável precedê-la continuamente, pois as árvores
acabam se esgotando e em muitos casos levando-as a morte.
Poda de segurança
Tecnicamente, este tipo de poda assemelha-se com a de manutenção e a de
regeneração. A poda de segurança deverá ser praticada em ramos
normalmente vitais ou não preparados pela árvore para corte (na base do
ramo processos bioquímicos dentro do lenho, preparam os mecanismos de
defesa). A alternativa para esta eventualidade é o corte dos ramos a uma
distância maior do tronco (50 a 100 cm), numa primeira etapa. O ramo assim
debilitado provocará a ativação dos mecanismos de defesa. Após um ou mais
96
períodos vegetativos precede-se o segundo corte, agora, junto ao tronco
concluindo-se a poda.
97
As podas drásticas deverão ser evitadas, sendo a sua utilização permitida
apenas em situações emergenciais ou quando precedida de parecer técnico de
funcionário especializado.
98
potencial madereiro e alimentício, as espécies podem ser de uso medicinal,
ornamental, têxtil, oleífero, artesanal, etc.
99
lenho mole e não tem lapachol. Além das madeiras, todas são apreciadíssimas
como ornamentais, em virtude das maciças florações vivamente coloridas na
ausência de folhagem.
Árvore que possui madeira leve, macia ao corte, grã direita, textura média e
baixa durabilidade. Utilizada em esculturas, marcenaria em geral, confecção
de brinquedos, etc. Também usada no paisagismo principalmente na
arborização de parques e jardins. Com rápido crescimento e produtoras de
frutos apreciados pela fauna é recomendada para adensamento de matas
degradadas e recomposição de áreas de preservação permanente.
100
rápido crescimento, pode ser aproveitada para a revegetação de áreas
degradadas de preservação permanente.
101
Tabela 08 - Lista de Espécies ameaçadas de Extinção de ocorrência na RMS.
Família Nome Científico Nome Popular Categoria
Coupeia schottii Oiti-boi Vulnerável (V)
Chrysobalanaceae
Hirtella insignis Em Perigo (E)
Dicksoniaceae Dicksonia sellowiana Samambaiçu Em Perigo (E)
Lauraceae Ocoteca pretiosa Canela Sassafráz Em Perigo (E)
Orchidaceae Laelia grandis Lelia da bahia Em Perigo (E)
102
2.2 DIAGNÓSTICO FAUNÍSTICO
103
Com o propósito de localizar as subestações, pontos de regulação de tensão,
pátios de manobras, Linhas de Transmissão e Distribuição nos municípios
visitados, utilizou-se mapas do Sistema de Distribuição Elétrica, fornecidos
pela COELBA.
104
guias de campo (DUNNING, 1987; GRANTSAU, 1988; RIDGELY & TUDOR,
1994; SOUZA, 2002).
2.2.2 Herpetofauna
2.2.2.1 Anfíbios
105
respiração pulmonar e alimentação predominantemente carnívora (Fotos 27 e
28).
106
falta de iniciativas que assegurem a preservação de populações
ecologicamente viáveis (Foto 29).
107
2.2.2.2 Répteis
108
preservados como as Unidades de Conservação, ou mesmo APP’s quando
apresentam-se com cobertura vegetal nativa em bom estado de conservação
(Foto 31).
109
Foto 32 - Cobra-cipó, espécie inofensiva
vítima da desinformação.
110
preservados, portanto a possibilidade de ocorrência nesta região é remota e
pontual.
111
no Pátio de Manobra de Calabetão, pois muitos animais são escaladores e se
utilizam deste recurso para superar obstáculos (Fotos 33 e 34).
2.2.3 Avifauna
112
caça e a competição por recursos (PERES, 2000; GALETTI & ALEIXO, 1998).
Percebe-se que estas circunstâncias favorecem o predomínio maciço de
espécies sinantropas e daquelas de menor exigência ecológica que ocupam
com eficiência ambientes descaracterizados.
113
Foto 35 - O tico-tico é um xerimbabo pouco comum.
As aves correspondem ao grupo que mais interage com a rede elétrica, pois
muitas espécies utilizam Subestações, Pátios de Manobras, Estruturas e Linhas
como local para nidificação, ponto de alimentação e refúgio. A coruja-
buraqueira Athene cunicularia utiliza quase que exclusivamente a área interna
de Subestações muradas como observado na SE COPEC. Segundo técnico da
Coelba, em função deste comportamento das aves, já foram relatados
incidentes com suspensão do fornecimento de energia devido a presença de
urubus empoleirados sobre estruturas, próximos as redes elétricas. Este
problema foi solucionado com a implantação de isoladores na base dos
terminais em subestações e com a utilização de cabos multiplexados ao longo
da rede (Fotos 36 e 37).
114
Fotos 36 e 37 - Coruja-buraqueira empoleirada sobre estrutura na SE CIA I e ninho de bentevi
na SE Lapinha
115
flavirostris), frango-dágua-azul (Porphyrula martinica), viuvinha (Arundinicola
leucocephala), andorinha-do-rio (Tachycineta albiventer).
116
marreca-ananaí (Amazonetta melanotos), irerê (Dendrocygna viduata),
galinha-d`água (Gallinula chloropus), frango-d`água (Porphyrula sp), pomba-
trocal (Columba speciosa), asa-branca (Columba picazuro), avoante (Zenaida
auriculata), juriti (Leptotila sp).
2.2.4 Mastofauna
117
spixii), veado-mateiro (Mazama mazama), mão-pelada (Procyon cancrivorus),
macaco-prego (Cebus apella), sagüi (Callithrix jacchus). Ainda que não seja
uma prática muito difundida como a criação de aves, muitas pessoas mantêm
animais silvestres em cativeiro com o propósito de entretenimento ou para
alimentação. Esta criação doméstica mesmo que temporária pode ocasionar
problemas de saúde pública, uma vez que algumas espécies são vetores de
doenças antrópicas e podem difundí-las para as pessoas. Entre as doenças
mais comuns está a Leishmaniose que tem como reservatório algumas
espécies silvestres como a raposa, o sariguê, ratos silvestres, preguiça e o
tamanduá-mirim (Foto 40).
Este grupo tem pouca interação com a rede elétrica sendo raros os casos de
acidentes relacionados à presença destes animais, pois na área urbana as
subestações estão muradas e densamente povoadas em seu entorno,
enquanto que naquelas localizadas fora do perímetro urbano ou em áreas
rurais, segundo o técnico da Coelba, é comum a presença de alguns pequenos
mamíferos como sariguês (Didelphis sp), sagüis (Callithrix sp) e raposas
(Cerdocyon thous) nas proximidades ou na área interna das SE cercadas.
Todavia, os riscos de acidentes com estes animais estão minimizados em
função da utilização de isoladores que revestem os terminais energizados.
118
Foto 40 - Rastos de raposa próximo a SE – Camaçari.
119
As espécies cinegéticas com distribuição para a região são: sariguê (Didelphis
sp), cotia (Dasyprocta agouti), coelho-do-mato (Sylvilagus brasilensis).
120
Fotos 42 e 43 - Algumas estruturas localizadas em Unidades de Conservação na SE
Arembepe e SE Matarandida.
121
Família/Espécie Nome Popular Status Hábito/Habitat Fonte
RÉPTEIS
TYPHLOPIDAE
Typhlops brongersmianus cobra-da-terra IND FS Bb.
BOIDAE
Boa constrictor Jibóia XER, CIN MA, AB, BM Ent.
Eunectes murinus sucuri CIN RL, AG, AB Ent.
Epicrates cenchria salamanta C AB, MA Ent.
COLUBRIDAE
Drymoluber dichrous cobra-de-folhiço C MA Bb.
Drymarchon corais papa-pinto C AB, MA Ent.
Mastigodryas bifossatus jaracuçu-do-brejo C AB, RL, AG Obs.
Echynanthera occipitalis jararaquinha C MA Bb.
Chironius flavolineatus cobra-cipó C AB, MA Bb.
Chironius fuscus cobra-espada C AB, MA Bb.
Chironius carinatus cobra-cipó C AB, MA Bb.
Chironius
cobra-cipó C AB, MA Bb.
multiventris=foveatus
Chironius flavolineatus cobra-cipó C AB, MA Bb.
Clelia plumbea muçurana C AB, MA Obs.
Helicops angulatus cobra-d’água IND RL,AG Bb.
Helicops leopardinus cobra-d’água C RL, AG Ent.
jararaquinha-do-
Liophis poecilogyrus C AB Bb.
campo
L. reginae cobra-verde C AB Bb.
L. almadensis jararaquinha C AB Bb.
L. cobellus cobra-d’água C AB Bb.
L. miliaris cobra-d’água C AU,AG Bb.
Leptodeira annulata dormideira C AB, RL Bb.
Oxyrhopus trigeminus coral-falsa C AB, MA Bb.
Oxybelis aeneus cobra-bicuda C AB, MA Ent.
Philodryas nattereri cobra-cipó C AB Bb.
P. olfersii cobra-verde C AB,MA Bb.
P. patagoniensis corre-campo C AB, MA Obs.
Pseudoboa nigra cobra-preta IND AB Bb.
Spilotes pullatus cainana C MA, AB Bb.
Tantila melanocephala cobra-da-terra C AB Bb.
Waglerophis merremii boipeva C AG, MA Obs.
Pseustes sulphureus cainana-vermelha IND MA Bb.
Thamnodynastes pallidus dormideira IND AB,MA Bb.
T. strigilis=hypoconia dormideira IND AB, MA Bb.
Sibynomorphus newiedii dormideira IND MA Bb.
ELAPIDAE
Micrurus ibiboboca coral-verdadeira C AB, MA, FS Bb.
Micrurus corallinus Coral-verdadeira C AB, MA, FS Bb.
VIPERIDAE
Lachesis muta surucucu BIO MA Bb.
Bothrops leucurus malha-de-sapo C AB, MA Ent.
AMPHISBAENIDAE
Amphisbaena alba cobra–cega C AB, FS Obs.
122
Família/Espécie Nome Popular Status Hábito/Habitat Fonte
A. vermicularis cobra-cega IND FS Bb.
IGUANIDAE
Iguana iguana iguana XER, CIN MA, BM, CER Ent.
SCINCIDAE
Mabuya heathi calango C MA, AB Bb.
TROPIDURIDAE
Tropidurus torquatus lagartixa C AB, URB, P, LTS, RD Obs.
Tropidurus hispidus lagartixa C AB, URB, P Obs.
T. hygomi lagartixa C AB, URB, P Bb.
GEKKONIDAE
Phyllopezus pollicaris bibra-grande C MA Bb.
Briba brasiliana briba C AB, Bb.
Hemmidactylus mabouia briba C, INT URB Obs.
TEIIDAE
Ameiva ameiva calango-verde XER AB, MA, JD Obs.
Tupinambis merianae teiú XER, CIN AB, MA Ent.
Cnemidophorus abaetensis calanguinho C AB B.
Cnemidophorus ocellifer calango C AB, MA Obs.
TESTUDINIDAE
Geochelone carbonaria jabuti XER, CIN MA, AB Ent, Bb.
CHELIDAE
Phrynops turberculata cágado-d’água XER, CIN RL, AG Ent.
P. geoffroanus cágado-d’água XER, CIN RL, AG Ent.
ALLIGATORIDAE
Paleosuchus palpebrosus jacaretinga CIN RL, AG Ent.
jacaré-do-papo-
Caiman latirostris CIN, XER RL, AG Ent.
amarelo
AVES
TINAMIDAE
Tinamus solitarius macuco CIN MA, AB Bb.
Crypturellus parvirostris jaó CIN AB Bb.
Crypturellus soui sururina CIN MA, AB Bb.
Rynchotus rufescens perdiz CIN AB, P Bb.
Nothura maculosa codorna CIN AB Bb.
PODICIPEDIDAE
mergulhão-
Podiceps dominicus CIN RL, AG Bb.
pompom
mergulhão-
Podilymbus podiceps CIN RL Bb.
caçador
PHACROCORACIDAE
Phalacrocorax olivaceus biguá IND RL Bb.
ANHINGIDAE
Anhinga anhinga biguatinga IND RL Bb.
ARDEIDAE
Ardea cocoi socó-grande MIG RL, AG Bb.
ANHINGIDAE
123
Família/Espécie Nome Popular Status Hábito/Habitat Fonte
Bubulcus ibis garça-vaqueira MIG P Bb.
garça-branca-
Egretta alba MIG RL, AG Bb.
grande
Egretta thula garcinha-branca MIG RL, AG Bb.
Egretta caerulea garça-azul MIG RL, AG Bb.
Butorides striatus socozinho MIG RL Bb.
Pilherodius pileatus garça-real IND RL Bb.
Nycticorax nycticorax garça-dorminhoca IND RL Bb.
Nyctanassa violacea savacu-de-coroa IND RL Bb.
Tigrisoma lineatum socó-boi MIG RL Bb.
ARDEIDAE
Botaurus pinnatus socó-boi-marron IND RL Bb.
Ixobrychus exilis socoí-vermelho IND RL Bb.
I. involucris socoí-amarelo IND RL Bb.
Cochlearius cochlearius arapapá IND RL Bb.
CICONIIDAE
Theristicus caudatus curicaca C RL Bb.
Mesembrinibis cayennensis corocoró C RL Bb.
THRESKIORNITHIDAE
Ajaia ajaja colhereiro C RL Bb.
ANATIDAE
Anas bahamensis marreca-toicinho CIN RL Bb.
Netta erytrhophthalma paturi-preta IND RL Bb.
MIG, CIN,
Amazonetta brasiliensis marreca-ananaí RL Bb.
XER
MIG, CIN,
Sarkidiornis melanotos pato-de-crista RL Bb.
XER
Dendrocygna viduata irerê MIG, CIN RL Bb.
CATHARTIDAE
Coragyps atratus urubu C AB, RD,LTS Obs.
urubu-cabeça-
Cathartes aura C AB Obs.
vermelha
urubu-cabeça-
Cathartes burrovianus C AB Obs.
amarela
ACCIPITRIDAE
Elanus leucurus gavião-peneira C AB Obs.
Gampsonyx swainsoni gaviãozinho IND AB, CER Bb.
ACCIPITRIDAE
gavião-de-
Leptodon cayanensis IND MA, RL Bb.
cabeça-cinza
gavião-
Rosthramus sociabilis IND RL Bb.
caramujeiro
Buteo magnirostris gavião-carijó IND MA, AB Obs.
FALCONIDAE
Herpetotheres cachinnans acauã C AB, BM Obs.
gavião-
Mivalgo chimachima C AB Obs.
carrapateiro
Polyborus plancus carcará C AB, P Obs.
Falco peregrinus falcão-peregrino MIG AB Bb.
124
Família/Espécie Nome Popular Status Hábito/Habitat Fonte
Falco femoralis falcão-de-coleira C AB Bb.
Falco sparverius quiri-quiri C AB Obs.
PHASIANIDAE
Odontophorus capueira uru-capoeira CIN MA Bb.
ARAMIDAE
Aramus guarauna carão MIG AG, RL Bb.
RALLIDAE
Rallus nigricans saracura-preta CIN RL, AG Bb.
saracura-do-
Rallus longirostris CIN RL, AG Bb.
mangue
Rallus maculatus saracura-carijó CIN RL, AG Bb.
Amaurolimnas concolor saracura-lisa CIN AG Bb.
Laterallus melanophaius sanã-parda CIN, C AG Bb.
Porzana albicollis sanã-carijó C AG Bb.
saracura-do-
Aramides mangle CIN RL, AG Bb.
mangue
saracura-três-
Aramides cajanea CIN RL, AG Bb.
potes
Laterallus melanophaius sana-parda C AG Obs.
Laterallus viridis sanã-castanha C AG Obs.
Porphyriops melanops frango-d’água CIN AG Bb.
Gallinula chloropus galinha-d’água C, CIN RL, AG Obs.
Porphyrula martinica galinha-d’água C, CIN RL, AG Bb.
Porphyrula flavirostris frango–d’água C, CIN RL, AG Bb.
JACANIDAE
Jacana jacana jaçanã MIG, CIN RL, AG Obs.
CHARADRIIDAE
Vanellus chilensis quero-quero C AB, P Obs.
Vanellus cayanus quero-quero C AB, P Bb.
Charadrius collaris batuíra-de-coleira C AB Bb.
SCOLOPACIDAE
Tringa solitaria maçarico-solitário IND AG, RL Bb.
maçarico-de-
Tringa flavipes C AG Bb.
perna-amarela
Tringa melanoleuca maçarico-tititiu IND AG Bb.
maçarico-de-
Calidris melanonotos MIG AG Bb.
colete
Gallinago paraguaiae narceja-comum IND AG, RL Bb.
RECURVIROSTRIDAE
Himantopus himantopus pernalonga C AG, RL Bb.
LARIDAE
gaivota-cabeça-
Larus cirrocephalus C AG Bb.
cinza
COLUMBIDAE
Columba speciosa pomba-trocal CIN MA, BM Bb.
CIN, XER,
Columba picazuro asa-branca MA, BM Bb.
MIG
125
Família/Espécie Nome Popular Status Hábito/Habitat Fonte
Zenaida auriculata avoante CIN, MIG AB, CER Obs.
Columbina passerina rolinha-cinzenta CIN BM Bb.
rolinha-caldo-de-
Columbina talpacoti CIN,C LTS, AB Obs.
feijão
Columbina picui rolinha-picui CIN,C LTS, AB Obs.
rolinha-fogo-
Scardafella squammata CIN,C RD, AB, LTS Obs.
apagou
Leptotila varreauxi juriti-pupu CIN AB, P, CU Bb.
Leptotila rufaxilla juriti-gemedeira CIN AB, CU Bb.
PSITTACIDAE
Aratinga solstitialis jandaia-sol C, XER MA, CER Bb.
Aratinga aurea aratinga-estrela XER, CIN AB, CER Obs.
Forpus xanthopterygius tuim-de-asa-azul XER, CIN AB Obs.
Brotogeris tirica periquito XER, CIN CER, BM Obs.
periquito-de-asa-
Brotogeris chiriri XER, CIN CER, BM Bb.
amarela
CUCULIDAE
Coccyzus melacoryphus papa-lagartixa IND MA Bb.
papa-lagartixa-
Coccyzus euleri IND AB, MA Bb.
de-peito
Piaya cayana alma-de-gato IND MA, CER Obs.
Crotophaga ani anu-preto C, CIN RD, AB, CER Obs.
Guira guira anu-branco C, CIN AB, CA, CER Obs.
Tapera naevia saci-do-campo IND BM, MA Bb.
TYTONIDAE
Tyto alba coruja-de-igreja C, CIN AB, URB Obs.
STRIGIDAE
corujinha-de-
Otus choliba C AB Bb.
orelha
Bubo virginianus jucurutu IND AB, BM Bb.
Glaucidium brasilianum caboré C BM, MA, CER Bb.
Athene cunicularia coruja-buraqueira C, CIN AB, P, LTS Obs.
NYCTIBIIDAE
Nyctibius griseus urutau-comum C MA Bb.
CAPRIMULGIDAE
bacurau-de-asa-
Chordeiles acutipennis C AB, P Bb.
fina
bacurau-
Chordeiles minor MIG AB, P Bb.
americano
Nyctidromus albicollis curiango-comum C BM, AB Bb.
Hydropsalis brasiliana curiango-tesoura C MA, URB Bb.
Caprimulgus rufus joão-corta-pau C MA, URB Bb.
APODIDAE
Streptoprocne zonaris andorinhão C URB, LTS Obs.
Reinarda squamata andorinhão IND AB Bb.
TROCHILIDAE
126
Família/Espécie Nome Popular Status Hábito/Habitat Fonte
beijo-flor-
Glaucis hirsuta C MA Bb.
besourão
beija-flor-de-
Phaethornis pretrei C AB Bb.
rabo-branco
beija-flor-de-
Phaethornis ruber IND MA Bb.
rabo-branco
Eupetomena macroura beija-flor-tesoura C AB, URB Obs.
beija-flor-fronte-
Thalurania glaucopis C AB, MA Obs.
violeta
beija-flor-de-
Amazilia versicolor IND AB Bb.
faixa-branca
beija-flor-
Amazilia fimbriata C AB, MA Bb.
garganta-verde
beija-flor-de-
Amazilia lactea IND AB, MA Bb.
peito-azul
TROGONIDAE
surucuá-de-
Trogon viridis C MA, BM Bb.
barriga-dourada
ALCEDINIDAE
martim-pescador-
Ceryle torquata C RL Bb.
grande
martim-pescador-
Chloroceryle amazona C RL Obs.
verde
martim-pescador-
Chloroceryle americana C RL Obs.
pequeno
Chloroceryle inda martim-pescador-
IND MA Bb.
da-mata
martin-pescador-
Chloroceryle aenea IND MA Bb.
anão
GALBULIDAE
Galbula ruficauda ariramba IND BM, MA Obs.
BUCCONIDAE
Nystalus chacuru fevereiro C AB, BM Bb.
Nystalus maculatus chilu-chilu IND AB, CA Bb.
Chelidoptera tenebrosa urubuzinho IND MA Bb.
bico-de-brasa-de-
Monasa morphoeus IND MA Bb.
testa-branca
RAMPHASTIDAE
tucano- de- bico-
Ramphastos vitellinus IND MA Bb.
preto
PICIDAE
pica-pau-anão-
Picumnus cirratus C MA, BM Bb.
barrado
Picumnus pygmaeus pica-pau-anão END AB, MA Bb.
pica-pau-do-
Colaptes campestris C AB Obs.
campo
Colaptes melanochloros pica-pau-carijó C MA Bb.
Celeus flavescens pica-pau-velho C MA Bb.
Piculus flavigula pica-pau-bufador C MA Bb.
Veniliornis affinis pica-pau-pequeno IND MA, CER Bb.
127
Família/Espécie Nome Popular Status Hábito/Habitat Fonte
pica-pau-de-
Dryocopus lineatus IND MA, CER Bb.
banda-branca
pica-pau-de-
Campephilus melanoleucus C MA Bb.
topete-vermelho
DENDROCOLAPTIDAE
arapaçu-de-
Xiphocolaptes albicollis C MA Bb.
garganta-branca
Xiphohynchus picus arapaçu-grande C MA Bb.
arapaçu-garganta
Xiphohynchus guttatus C MA Bb.
amarela
Lepdocolaptes fuscus arapaçu-rajado C MA Bb.
FURNARIIDAE
Certhiaxis cinnamomea curutié C AG Obs.
FORMICARIDAE
Taraba major choro-boi C MA Bb.
Thamnophilus palliatus choca-listrada C MA Bb.
Thamnophilus punctatus choca-bate-rabo C MA Bb.
Thamnophilus caerulescens choca-da-mata C MA Bb.
formigueiro-de-
Formicivora grisea C MA Bb.
barriga-preta
formigueiro-de-
Formicivora melanogaster C MA Bb.
barriga-preta
choca-de-flancos
Myrmotherula axillaris C MA Bb.
brancos
formigueiro-de-
Myrmeciza ruficauda EP MA Bb.
cauda-ruiva
CONOPOPHAGIDAE
chupa-dente-de-
Conopophaga melanops VU MA Bb.
máscara
cuspidor-do-
Conopophaga lineata VU MA Bb.
nordeste
COTINGIDAE
Pachyramphus viridis caneleiro-verde C MA Bb.
Pachyramphus polychopterus caneleiro-preto C MA Bb.
PIPRIDAE
dançador-de-
Pipra rubrocapilla IND MA Bb.
cabeça-encarnada
Chiroxiphia pareola tangará C MA Bb.
Manacus manacus rendeira IND MA Obs.
Neopelma pallescens fruxu-do-cerrado IND MA Obs.
TYRANNIDAE
Fluvicola nengeta lavadeira C RL, AG, LTS Obs.
lavadeira-da-
Arundinicola leucocephala C RL, AG Obs.
cara-branca
Satrapa icteroprhys suiriri-pequeno C BM, RL Bb.
Machetornis rixosus suiriri-cavaleiro C AB, P Obs.
tesourinha-do-
Tyrannus savanna MIG AB Obs.
campo
Tyranus melancholicus suiriri-comum C AB,LTS Obs.
128
Família/Espécie Nome Popular Status Hábito/Habitat Fonte
Empidonomus varius bemtevi C BM Bb.
Myiodinastes maculatus bemtevi-rajado C MA, AB Obs.
bemtevi-de-bico-
Megarhynchus pitangua C MA Obs.
chato
bemtevi-de-
Myiozetetes similis C URB Obs.
coroa-vermelha
Legatus leucophaius bemtevi-pirata C AB Bb.
bemtevi-
Pitangus sulphuratus C AB, LTS Obs.
verdadeiro
Philohydor lictor bemtevi-do-brejo C RL, AG Bb.
Lathrotriccus euleri enferrujado C BM Bb.
Cnemotriccus fuscatus guaracavuçu C BM Bb.
assadinho-de-
Myiobius barbatus C MA Bb.
peito-dourado
Myiophobus fasciatus felipe C AB Bb.
Hirundinea ferruginea giba-de-couro C AB Bb.
Myiarchus ferox maria-cavaleira C AB, CA Bb.
maria-de-asa-
Myarchus tyrannulus C CA Bb.
ferrugem
Myarchus swainsoni maria-irrê MIG MA Bb.
Contopus cinereus papa-mosca- C MA
Bb.
cinzento
Platyrinchus mystaceus patinho C MA Bb.
bico-chato-de-
Tolmomyias sulphurescens C MA Bb.
orelha
bico-chato-
Tolmomyas flaviventris C MA Bb.
amarelo
C
Todirostrum cinereum ferreirinho-relógio BM Obs.
Myiornis auricularis maria-cigarra C BM Bb.
Hemitriccus nidipendulus maria-verdinha C BM, MA Bb.
Hemitriccus maria-olho-de-
C CER, BM Bb.
margaritaceiventer ouro
Elaenia flavogaster maria-é-dia C AB Bb.
Myiopagis viridicata maria-verde C MA, BM Bb.
Suiriri affinis suiriri-do-cerrado C CER, MA Bb.
Phaeomyias murina bagageiro C MA, AB Bb.
Camptostoma absoletum risadinha C MA, BA Bb.
abre-asa-
Leptopogon amaurocephalus C MA Bb.
cabeçudo
HIRUNDINIDAE
Tachycineta albiventer andorinha-de-rio C RL Obs.
andorinha-do-
Phaeoprogne tapera C AB Obs.
campo
Progne chalybea andorinha-grande MIG RL, URB Obs.
andorinha-azul-
Notiochelidon cyanoleuca C AB Bb.
branca
andorinha-de-
Neochelidon tibialis C AB Bb.
coxa-branca
129
Família/Espécie Nome Popular Status Hábito/Habitat Fonte
andorinha-
Stelgydopteryx ruficollis C AB Bb.
serradora
andorinha-de-
Riparia riparia C AB Bb.
barranco
andorinha-da-
Hirundo rustica C AB, MA Bb.
chaminé
TROGLODITIDAE
Donacobius atricapillus japacamim C AB, BM Obs.
garrincha-de-
Thryothorus genibarbis C BM, MA Bb.
bigode
garrincha-de-
Thryothorus longirostris C BM, MA Bb.
bico-grande
Troglodytes aedon curruíra C MA Obs.
MIMIDAE
Mimus gilvus sabiá-da-praia C AB Obs.
Platycichla flavipes sabiá-una C AB Bb.
TURDIDAE
Turdus rufiventris sabiá-una C MA Obs.
Turdus leucomelas sabiá-laranjeira XER AB, MA Obs.
Turdus amaurochalinus sabiá-poca C MA Bb.
Turdus fumigatus sabiá-da-mata C MA Bb.
SYLVIIDAE
balanço-rabo-de-
Polioptila plumbea IND MA Obs.
chapéu-preto
VIREONIDAE
Cyclarhis gujanensis pitiguari C BM Obs.
Vireo chivi juruviara C BM, MA Bb.
MOTACILLIDAE
Anthus lutescens caminheiro C AB Obs.
EMBERIZIDAE
Molothrus bonariensis chopim C AB Obs.
Psarocolius decumanus japú C AB Bb.
Cacicus cela xexéu C AB Obs.
Cacicus haemorrhous guaxe C AB Obs.
Cacicus solitarius japim-preto C MA Bb.
Gnorimopsar chopi pássaro-preto C, XER, CIN CUL Obs.
Agelaius ruficapillus garibaldi C AB, AG Bb.
Parula pitiayumi mariquita C CA, MA Obs.
Coereba flaveola cambacica C AB, URB Obs.
Cyanerpes cyaneus saí-beija-flor C AB, RL Bb.
Dacnis cayana saí-azul C BM, MA Obs.
Tersina viridis saí-andorinha C MA Obs.
Chlorophanes spiza saí-verde IND BM,MA Bb.
Tangara velia saíra-azul C BM,MA Bb.
Tangara cyanocephala saíra-militar C MA Bb.
Tangara mexicana saíra-de-bando IND MA Bb.
Tangara cayana saíra-cabocla XER, CIN MA, CER Obs.
Euphonia chlorotica gaturamo-fi-fi XER, CIN BM Bb.
Euphonia violacea gaturamo XER, CIN BM Bb.
130
Família/Espécie Nome Popular Status Hábito/Habitat Fonte
Euphonia pectoralis ferro-velho XER, CIN MA Bb.
Thraupis sayaca sanhaço-cinza XER,CIN AB, CUL, URB, LTS Obs.
sanhaço-do-
Thraupis palmarum C AB, CUL Obs.
coqueiro
Ramphocelus bresilius tiê-sangue C AB Obs.
Saltator maximus estevão C, XER, CIN MA Obs.
Passerina brissonii azulão XER, CIN AB Obs.
Volatinia jacarina tiziu C AB Obs.
Oryzoborus angolensis curió XER, CIN BM,AB Obs.
Sporophila nigricollis papa-capim C, XER, CIN AB Obs.
Sporophila albogularis brejal C, XER, CIN AB Obs.
Sporophila leucoptera patativa-chorona XER, CIN AB Bb.
Sicalis flaveola canário-da-terra C, XER, CIN AB, RD, LTS Obs.
Carduelis yarellii pintassilgo-baiano VU, END MA Bb.
tico-tico-
Zonotrichia capensis XER BM, CER Obs.
verdadeiro
ESTRILDIDAE
Estrilda astrild bico-de-lacre C AB, URB. Obs.
PLOCEIDAE
Passer domesticus pardal INT URB, RD, LTS Obs.
MAMÍFEROS
DIDELPHIDAE
Didelphis marsupialis sariguê C, CIN MA, AB Bb.
AB, URB, MA, CUL,
Didelphis albiventris sariguê C,CIN Obs.
RD
Micoureus cinereus marmosa C,CIN MA Bb.
cuíca-de-rabo-
Monodelphis domestica C AB, MA, CUL Bb.
curto
Monodelphis americana cuíca C AB, MA, CUL Bb.
MYRMECOPHAGIDAE
Tamandua tetradactyla tamanduá-mirim CIN, XER AB, MA Ent.
BRADYPODIDAE
Bradypus variegatus preguiça CIN, XER MA Bb.
DASYPODIDAE
Euphractus sexcintus tatu-peba CIN ME, BM Ent.
Dasypus septemcinctus tatu-mulita CIN ME,CER Ent.
EMBALLONURIDAE
Peropteryx macrotis morcego C MA, URB Bb.
PHYLLOSTOMIDAE
Desmodus rotundus morcego-vampiro C P, AB, MA Ent.
Artibeus cinereus morcego C MC, AB, MA Bb.
Artibeus jamaicensis morcego-grande C MC, AB, MA Bb.
Carollia perspicillata morcego C CA, P, CUL Bb.
MOLOSSIDAE
Molossus molossus morcego C MA, AB Bb.
CALLITRICHIDAE
Callithrix j. jacchus saguim XER AB, MA Bb.
Callithrix j. penicillata mico XER AB, MA Obs.
CEBIDAE
131
Família/Espécie Nome Popular Status Hábito/Habitat Fonte
Cebus apella macaco-prego C MA Ent.
CANIDAE
Cerdocyon thous raposa C AB, RD Obs.
PROCYONIDAE
Procyon cancrivorus mão-pelada C MA, BM Ent.
FELIDAE
Herpailurus yagouaroundi gato-mourisco CIN AB, MA Bb.
CERVIDAE
Mazama americana veado-mateiro CIN, XER MA Ent.
MURIDAE
Oryzomys sp rato-silvestre C MC, BM, CUL Bb.
Oryzomys subflavus rato-de-fava C MC, BM, CUL Bb.
Rattus norvegicus ratazana C AB, P, URB Ent.
Rattus rattus rato-preto C AB, P, URB Ent.
Mus musculus camundongo C AB, P, URB Ent.
CAVIIDAE
Galea spixii preá CIN, XER AB, P,RD Obs.
ERETHIZONTIDAE
Coendou prehensilis luís-cacheiro R AB, MA Bb.
C. insidiosus luís-cacheiro R AB, MA Bb.
DASYPROCTIDAE
Dasyprocta prymnolopha cutia CIN, XER MA Bb.
LEPORIDAE
Sylvilagus brasiliensis coelho do mato CIN, XER AB, P Bb.
LEGENDA
STATUS
END Espécies endêmicas (restrita a região BIO Espécie indicadora de qualidade ambiental
econômica)
CIN Espécies cinegéticas (com valor alimentar e/ou MIG Espécies migratórias
comercial)
XER Espécies xerimbabos (espécies utilizadas para C Espécies comuns
criação ou domesticação)
EP Espécie em perigo IND Status Indeterminado
VU Espécie vulnerável INT Espécie Introduzida
CP Espécie criticamente em perigo R Raro
HABITO / HABITAT
ME Mata Estacional LTS Linhas de Transmissão e Subestações
CA Caatinga CER Cerrado
CAA Caatinga Arbórea FS Fossorial
AB Áreas Abertas CUL Culturas
P Pastagens AU Ambientes úmidos
RL Rios e Lagos BM Borda de Mata
AG Aguadas URB Urbano
MA Mata JD Jardins
FONTE
Obs. Registro do animal por observação direta Vest. Registro do animal por vestígios
Ent. Registro do animal por informantes locais Voc. Registro do animal pela identificação da
vocalização
Bb Registro do animal por fonte bibliográfica Cat. Registro do animal em cativeiro
RD Registro por atropelamento nas Rodovias Nin. Registro do animal através da presença do ninho
132
3.0 MEIO SÓCIO-ECONÔMICO
133
Atlântico e a oeste com os municípios de Jaguaripe, Salinas da Margarida,
Saubara e Santo Amaro.
Tabela 10 – Caracterização Geopolítica das Sedes Municipais da RMS, Bahia, por Altitude,
Coordenadas Geográficas, Área e Distância da Capital.
Distância
Altitude
Município Latitude Longitude Área (Km2) da Capital
(m)
(Km)
Camaçari 36 -12º41'51'' 38º19'27'' 759,8 41
Candeias 97 -12º40'04'' 38º33'02'' 264,49 46
Dias D'Ávila 35 -12º36'45'' 38º17'49'' 207,5 45
Itaparica 15 -12º53'18'' 38º40'43'' 115,92 285
Lauro de Freitas 30 -12º53'40'' 38º19'38'' 59,91 22
Madre de Deus 5 -12º44'27'' 38º37'15'' 11,14 63
Salvador 8 -12º58'16'' 38º30'39'' 706,8 0
Simões Filho 52 -12º47'04'' 38º24'14'' 192,16 22
S. Francisco. do
11 -12º37'39'' 38º40'48'' 266,63 66
Conde
Vera Cruz 13 -12º57'37'' 38º36'31'' 252,76 289
Fonte: SEI, 2003.
134
Tabela 11 – Caracterização geopolítica dos municípios da RMS, Bahia, por município de origem, Lei
de Criação, Lei Vigente e Data da Lei Vigente.
Data Lei
Lei Vigente
Lei de Criação Vigente
Municípios Origem (Lei Estadual)
Espécie/No e Data (Publicação
Espécie/No/Data
D.O.)
Sesamaria Garcia Alvará Régio, de
Camaçari 310 de 3/7/1848 10/2/1954
D’Ávila, 1549 28/09/1758
Lei Estadual Nº
Desmembrado de 10028 de
Candeias 1.028 de 15/8/1958
Salvador 14/08/1958
14/08/1958
Desmembrado de Lei Estadual Nº 4.404 de
Dias D'Ávila 26/2/1985
Camaçari 4.404 de 25/02/85 25/02/1985
Desmembrado de
Decreto imperial, de 628 de
Itaparica Salvador (povoado 14/2/1954
25/10/1831 30/12/1953
em 1552)
Lei Estadual Nº
Desmembrado de 1.753 de
Lauro de Freitas 1.753, de 31/7/1962
Salvador 27/07/1962
27/07/1962
Lei Estadual Nº
Desmembrado de 5.016 de
Madre de Deus 5.016 de 14/6/1989
Salvador 13/06/1989
13/06/1989
Originário
Alvará Régio de 628 de
Salvador (Cap.B.T.S. – 17/2/1954
29/03/1549 30/12/1953
1501)
Desmembrado de
São Francisco do Salvador Carta Régia de 628 de
18/2/1954
Conde (povoação Sec. 27/12/1693 30/12/1953
XVII)
Lei Estadual Nº
Desmembrado de 1.538 de
Simões Filho 1.538 de 9/11/1961
Salvador 07/11/1961
07/11/1961
Lei Estadual Nº
Desmembrado de 1.773 de
Vera Cruz 1.773 de 31/7/1962
Itaparica 30/07/1962
30/07/1962
Fonte: SEI, 2003.
135
Eminentemente agrícola até meados dos anos 50, a RMS começa a alterar seu
perfil econômico através da instalação da Refinaria Landulfo Alves. Após
alguns anos, foram instaladas os pólos petroquímicos e o Centro Industrial de
Aratu. A ocupação da Baía de Todos os Santos ao longo dos anos alterou de
maneira irreversível os componentes originais da paisagem nessa região.
Historicamente, os ciclos de extração do pau-brasil, da cana-de-açúcar, do
fumo e da laranja, assim como a introdução da pecuária e da indústria de
celulose comprometeram, principalmente, a Mata Atlântica. Recentemente, a
região vem sofrendo um processo de ocupação turística e implantação de
empreendimentos imobiliários. Enquanto o acesso rodoviário da Costa dos
Coqueiros ainda não existia, o acesso hidroviário para as ilhas de Itaparica, de
Maré e dos Frades, lento e restritivo, era a opção mais viável para os
soteropolitanos que procuravam lazer e alternativas de turismo. Também
havia uma demanda por lazer e segundas residências pela população do
interior, principalmente Feira de Santana. O crescimento desordenado, a falta
de infra-estrutura e a instalação de uma variedade de indústrias ao redor da
Baía geraram a degradação progressiva de trechos da costa e dos recursos
hídricos. Para tanto efetuam-se estudos específicos como os PDITS (Planos de
Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável) tendo em vista a
continuidade dos investimentos do PRODETUR NE através dos quais busca-se
o desenvolvimento ordenado, integrado e sustentável da RMS.
136
No Sudeste o último quarto do séc. XIX mostrou-se decisivo para a
consolidação do capitalismo em fase de acumulação, através de uma
incipiente modernização industrial, conforme já ficou demonstrado, através de
análises feitas sobre o período. Observa-se que espaços sócio-econômicos,
outrora dinâmicos como o Nordeste açucareiro, vinham paulatinamente
perdendo sua significação maior face ao esgotamento do que ele chama de
ciclo da acumulação primitiva na Europa. Ao mesmo tempo, - e isto já
delineado desde a segunda metade do século XVII - mostra que se iniciara um
longo processo histórico de mudança econômica e social com a emergência de
outros espaços/regiões - o ouro, em Minas, no século XVIII e mais tarde o
café do Sudeste. Estes dados são importantes para se entender a dinâmica na
emergência histórica das regiões. É sobretudo a partir de meados do século
XIX que começam a ser percebidas mais intensamente essas modificações.
137
política nacional e principalmente na compreensão sócio-econômica dos
Estados e dos Municípios (PERRUCI, 1978).
1
O Conselho Nacional de Estatística, em 1938, introduziu a divisão regional do país, em número de cinco, onde
aparece o Nordeste formado pelos estados que vão do Ceará a Alagoas. Posteriormente, em 1942, o IBGE redefiniu
um outro Nordeste formado pelos estados que vão do Maranhão a Alagoas que, por sua vez, no final dos anos 60,
tornar-se-á maior, incorporando, desta vez, nove estados que vão do Maranhão à Bahia e que ainda se reconhece
como tal até hoje. Cabe observar o que Evaldo Cabral de Mello já anotara qual seja, o Brasil no longo período que vai
do Império ao ocaso da chamada República Velha (1822-1930) só conhecia duas regiões. As províncias e,
posteriormente, os estados do Norte – da Amazônia à Bahia – contrapondo-se às províncias e estados do Sul – do
Espírito Santo ao Rio Grande. Portanto apenas Norte e Sul, sem nada de Nordeste, nem Sudeste e Centro-Oeste.
(ALBUQUERQUE, 2002)
138
Dessa forma a Secretaria de Planejamento do Estado da Bahia (SEPLAN) em
conjunto com a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia
(SEI) implantaram as 15 regiões econômicas que compõem o território do
Estado da Bahia. Integram-se, no entanto, interesses regionais para o melhor
estudo, planejamento e desenvolvimento do Estado. O mesmo serviço,
conforme o enfoque, o lugar, o modo e as circunstâncias de sua prestação,
será objeto de interesse local, regional ou até nacional, dependendo do caso.
Assim ocorre com o fornecimento de energia, que abrange os interesses
públicos e privados a nível estadual, regional e microrregional.
139
transformações da realidade sócio-econômica por que passa o estado da
Bahia. Com recursos do Governo Federal há o incentivo de que se forneça
energia elétrica a toda região, priorizando, as zonas rurais em que se pese os
custos de tal operação às companhias de capital privado, neste caso a
COELBA. A exploração de petróleo e gás natural, o turismo e as atividades
agro-pecuárias, por sua vez, revelam-se como fonte de renda que extrapola
as fronteiras da região, incentivando assim políticas econômicas e ambientais
de interesse extra-regional que beneficiem o seu pleno desenvolvimento.
140
de Anuários Estatísticos da SEI, de estudos da Fundação Luis Eduardo
Magalhães (2003), do Guia Cultural da Bahia (1997), do Atlas do
Desenvolvimento Humano do Brasil (2000) e outras fontes quantitativas
disponíveis. De forma complementar, foi realizada uma pesquisa na rede
mundial de computadores, onde existem páginas institucionais (Órgãos
Federais, Estaduais, Municipais e Privados) e pessoais, de moradores e
pesquisadores da região, que complementaram o material de pesquisa.
141
estimado de 2003, depois de São Paulo e Rio de Janeiro, e quinto principal
centro urbano do país. A superfície do município de Salvador é de 706 km².
Centro econômico do estado - é porto exportador, centro industrial e turístico,
tem diversas universidades e uma base naval.
142
estabelecedo relações com tribos no Recôncavo. O objetivo imediato de todos:
“madeira para tingir de vermelho” (pau-brasil), algodão, macacos, papagaios
e outros tantos produtos exóticos. Assim começa o desenvolvimento da Cidade
da Bahia que durante anos ficou sob a mira dos Peró (portugueses), dos Mair
(franceses), dos Espanhóis e dos Holandeses. A cidade, antes mesmo de ser
fundada, já era habitada desde o naufrágio de um navio francês, em 1510, de
cuja tripulação fazia parte Diogo Álvares, o Caramuru. Em 1534, foi fundada a
capela em louvor a Nossa Senhora da Graça, porque ali viviam Diogo Álvares e
sua esposa, Catarina Paraguassú. Em 1536, chegou na região o primeiro
donatário, Francisco Pereira Coutinho, que recebeu donataria de El-Rei Dom
João III. Fundou o Arraial do Pereira, nas imediações onde hoje está a Ladeira
da Barra. Este arraial, doze anos depois, na época da fundação da cidade, foi
chamado de Vila Velha. Os índios não gostavam de Pereira Coutinho por causa
de sua crueldade e arrogância no trato, por isso, aconteceram diversas
revoltas indígenas enquanto ele esteve na vila. Uma delas o obrigou a ir
refugiar-se em Porto Seguro, com Diogo Álvares; na volta, já na Baía de
Todos os Santos, enfrentando forte tormenta, o barco, à deriva, chegou à
praia de Itaparica. Nesta, os índios o fizeram prisioneiro, mas deram liberdade
a Caramuru. Francisco Pereira Coutinho foi retalhado e servido numa festa
antropofágica.
143
“A sociedade que se formou na Ciadade da Bahia e seu
Recôncavo, ao longo do século XVI, foi uma sociedade em
processo contínuo de mestiçagem, apesar de todas as
desigualdades existentes entre os grupos que a
constituíram. A estruturação social que ela exibia decorreu,
logicamente, do próprio caráter da agricultura escravista.
Para falar em termos esquemáticos, os grupos sociais se
dividiam numa minúscula camada privilegiada, formada
pelos senhores de escravos; num setor intermediário
numericamente mais significativo, onde vamos encontrar
lavradores, mercadores e artesãos; e na massa de seres
humanos reduzidos à escravidão. Apesar dessas fortes
assimetrias, no entanto, o sincretismo esteve presente em
todos os momentos daquela vida social.” (RISÉRIO, 2004,
p.103).
144
juntamente com palácios e igrejas, e um guindaste ou grua fazendo o
transporte de mercadorias entre a praia e o cume da escarpa.
145
cor branca, 20,4% da cor preta, 54,8% da cor parda, 0,3% da cor amarela e
0,8% de origem indígina. A chegada dos africanos vindos do Golfo de Benin e
do Sudão, no século XVIII, foi decisiva para desenvolver a cultura da Bahia
como um todo. Segundo Nina Rodrigues é isto o que diferencia a cultura
baiana da cultura encontrada nos outros estados brasileiros. Nestes outros
estados, os africanos que vieram eram, predominantemente, os negros bantos
de Angola.
146
(tecidos) portugueses; e uma mistura de línguas, mesclando iorubá com
português.
147
Abrantes, por Lei Municipal, de 22.03.1920, foi elevada á condição de cidade
quando da alteração do nome do município para Camaçari.
148
à categoria da cidade, por Ato Estadual, de 31.10.1890, que também
simplificou o topônimo da sede e do município para Itaparica.
149
Francisco do Conde. Em 1973, passa a integrar a Região Metropolitana de
Salvador. A sede, criada freguesia com a invocação de São Gonçalo do
Amarante, em 1678, foi elevada á categoria de cidade por decreto Estadual de
30.03.1938.
Vera Cruz - Município criado com os territórios dos distritos de Mar Grande
(atual sede, com a denominação de Vera Cruz), Cacha-Prego, Jiribatuba e
Vera Cruz de Itaparica (denominado atualmente por Mar Grande),
desmembrados de Itaparica, por Lei Estadual, de 30.07.1962. O município
passou a fazer parte da Região Metropolitana de Salvador em 1973. A sede,
formada distrito, em 1935, com a denominação de Duro, topônimo alterado
para Mar Grande, em 1938, e finalmente Vera Cruz, foi elevada á categoria de
cidade, concomitante á lei que criava o município.
3.4 SÓCIO-DEMOGRAFIA
150
Espaço Acadêmico, No42, em novembro de 2004, e para complementar suas
análises coletaram-se dados junto ao IBGE e a SEI.
2
Posições, detalhes e análises in Barbara-Christine Nentwig Silva, “Análise comparativa da posição de
Salvador e do Estado da Bahia no cenário nacional”, Revista Brasileira de Geografia 53,4 (Outubro-
Dezembro 1991): 49-79.
3
Souza, Guaraci Adeodato Alves de, “Urbanização e Fluxos Migratórios Para Salvador,” in Bahia de
Todos os Pobres (Petrópolis: Editora Vozes Ltda. Em co-edicao com CEBRAP, Caderno CEBRAP Nº 34,
1980): 109.
151
o artigo de HEROLD, “caminhões começaram a carregar nordestinos para
trabalhar no Sudeste, na construção civil em crescimento acelerado.” Assim
como na década de 40, a criação de gado começou a ser substituída pela
cana-de-açúcar causando desemprego entre lavradores inexperientes.4
4
H.W. Hutchinson and Maria Salete Z. Trujillo, “Mundança social em Salvador (Bahia)”, Revista Brasileira de
Sociologia 3, 1-2 (Jan-Dez. 1977): 20-28. (In: http://www.espacoacademico.com.br)
5
Santos, Milton, O Centro da Cidade do Salvador. Estudo de Geografia Urbana (Salvador: Publicações da Universidade
da Bahia, IV-4, 1959): 166.
152
As mudanças na paisagem da capital, do Recôncavo e da Bahia foram devidas,
primeiro, à atividade crescente da Petrobrás, aos programas de construção de
rodovias e à expansão da administração estadual nos anos 50 e depois, ao
estabelecimento do centro industrial planejado de Aratu em 1967 (no qual,
por volta de 1975, 68 companhias começaram suas operações) promovido
pela estatal SUDENE (criada em 1959) e ao Pólo de Camaçari em 1970
construído nas redondezas do núcleo da refinaria Landulpho Alves da
Petrobrás em Mataripe. A Odebrecht criou sua companhia de construção em
Salvador em 1945 e rapidamente se envolveu em grandes projetos de
construção na região. A Universidade Federal da Bahia (UFBA) foi formada em
1946.
Fonte: IBGE/SESAB/DICS
153
Observa-se na RMS uma taxa de crescimento que varia entre 3,35% e 3,17%
entre os anos de 1981 a 2000 com a população atingindo mais de 3 milhões
de habitantes e uma participação territorial de 0,50% em 2002, em relação ao
estado da Bahia.
Tabela 13 - População Estimada por Situação de Domicílio e Sexo, segundo os municípios da RMS,
Bahia, 2001 e 2003.
População 2001(1) População 2003(2)
Situação de Situação de
Município Total Sexo Total Sexo
Domicílio Domicílio
Urbana Rural Homem Mulher Urbana Rural Homem Mulher
Camaçari 166.985 159.404 7.581 83.590 83.395 176.541 168.545 7.996 88.376 88.165
Candeias 77.829 70.085 7.744 38.535 39.294 79.507 71.579 7.928 39.378 40.129
Dias D'Ávila 47.037 44.276 2.761 23.348 23.689 49.668 46.754 2.914 24.635 25.033
Itaparica 19.420 19.420 0 9.558 9.862 20.143 20.143 0 9.906 10.237
Lauro de
118.678 113.290 5.388 58.039 60.639 127.182 121.404 5.778 62.199 64.983
Freitas
Madre de
12.499 12.049 450 6.092 6.407 12.915 12.446 469 6.344 6.571
Deus
Salvador 2.485.702 2.484.708 994 1.170.007 1.315.695 2.556.429 2.555.377 1.052 1.203.605 1.352.824
São
Francisco 26.941 22.401 4.540 13.427 13.514 28.144 23.419 4.725 13.977 14.167
do Conde
Simões
96.601 78.971 17.630 47.949 48.652 100.702 82.330 18.372 50.028 50.674
Filho
Vera Cruz 30.647 28.719 1.928 15.511 15.136 32.096 30.070 2.026 16.241 15.855
Total 3.141.253 3.078.210 63.043 1.494.927 1.646.326 3.243.051 3.177.572 65.479 1.543.980 1.699.071
154
Em 2003 foi estimado para Salvador uma população de mais 2,5 milhões, e
que para Camaçari pouco mais de 176 mil habitantes (0,07%), representando,
em ordem decrescente, o segundo município em tamanho populacional,
quando comparado a capital do Estado. Madre de Deus e Itaparica não
atingem a marca de 10 mil habitantes, localidades pequenas habitadas por
comunidades pesqueiras, pequenos agricultores e artesãos que fazem ainda
um contraponto interessante com a cidade grande tão próxima outrora no
desenrolar de sua história.
155
Nos anos 50, o fim do caminho para a maioria dos migrantes do sertão do
Nordeste para Salvador foi a superpopulosa favela Alagados, construída sobre
terra que se tornou utilizável jogando o lixo de Salvador na baía de Itapagipe.
As favelas da periferia de Salvador - Alagados, como nos anos 1950, Lobato,
Periperi, Mangueira e Nova Brasília (nos anos 60) – nasceram como resultado
do crescimento econômico revitalizado. Em 1970, 40% dos trabalhadores
oficialmente empregados em Salvador ganhavam menos que dois salários
mínimos e 72% das famílias não tinham acesso ao sistema de esgoto. Essa
aglomeração urbana, desordenada acima de tudo, aliada ao crescimento do
comércio informal e a tendência de verticalização fazem de Salvador, Lauro de
Freitas e Madre Deus municípios com alta densidade demográfica. É
importante frisar também a taxa de crescimento negativa em 2000 (-5,0%)
da população rural na RMS. Simões Filho e São Francisco do Conde, por
exemplo são os únicos municípios cuja taxa de urbanização ainda não
ultrapassou os 90%, ou seja, a RMS constitui-se em sua maior parte de
municípios urbanizados com dinâmica demográfica essencialmente ligada a
influência das cidades e em estreita vinculação com a metrópole e suas áreas
industriais, centros comerciais e de serviços. Boa parte desse fenômeno deve-
se também pela maior acessibilidade de Salvador e dos subcentros regionais a
partir da BR 324 e das subsidiárias secundárias.
156
Foto 46 – Moradores em palafita no bairro de
Alagados, Salvador.
157
Tabela 16 – Indicadores de Longevidade, Mortalidade e Fecundidade por município do
Litoral Norte – 1991 e 2000.
Municípios
Indicadores Bahia Camaçari Candeias D. D’Ávila Itaparica L. de Freitas M. de Deus
1991 2000 1991 2000 1991 2000 1991 2000 1991 2000 1991 2000 1991 2000
Esperança de vida ao
59,9 64,5 60,2 67,5 58,5 66,1 60,5 67,9 61,1 66,3 61,5 66,6 61,8 67,5
nascer (anos)
Taxa de Fecundidade
Total (filhos por 3,7 2,5 3,0 2,2 3,0 2,2 3,5 2,3 3,2 2,8 3,3 2,7 2,7 2,2
mulher)
Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil, 2000.
158
sustentabilidade sócio-econômica da região. Refere-se à porcentagem da
população que depende direta ou indiretamente do contingente populacional
considerado economicamente ativo. Dessa forma, compreende-se melhor a
força bruta potencial do quadro populacional. Observa-se através do Figura 05
que Candeias, Lauro de Freitas, Madre de Deus e Salvador atingem uma razão
de dependência inferior a 50%, o que possibilita indiretamente um maior
equilíbrio diante da força produtiva desses municípios. De acordo com os
dados mais recente do IBGE, em 2004 a RMS registrou 43,6% de Razão de
Dependência contra 62,1% registrado em 1991.
70,0
60,0
50,0
40,0
30,0
20,0
10,0
0,0
Camaçari
Dias D'Ávila
Itaparica
Madre de
Frasncisco
Candeias
Simões
Bahia
Lauro de
Salvador
Vera Cruz
Freitas
Filho
Deus
São
159
é resultante dos níveis de infra-estrutura e qualificação de mão-de-obra
existentes e da renda gerada localmente. Trata-se de um índice composto,
que encerra um Índice de Infra-Estrutura (INF), que considera um conjunto
de informações quantitativas sobre infra-estrutura do município em termos de
terminais telefônicos em serviço, consumo de energia elétrica e quantidade de
estabelecimentos bancários, comerciais e de serviços; Índice de Qualificação
de Mão-de-obra (IQM), que considera o nível de escolaridade dos
trabalhadores ocupados no setor formal; e o Índice do Produto Municipal
(IPM), que leva em conta o nível aproximado de geração de renda do
município em todos os setores da atividade econômica.
160
serviços essenciais; e o Índice da Renda Média dos Chefes de Família
(IRMCH), que expressa o rendimento médio dos chefes de família supondo
toda unidade familiar com um chefe auferindo renda mensal (SEI, 2002).
A observância desses dois índices permite formar uma primeira idéia do grau
de desenvolvimento dos municípios e da região. É também possível comparar
o desempenho de cada município em relação aos demais de sua região e do
estado e também em relação à região como um todo. Como se pode perceber
através definição dos índices, os serviços de energia elétrica são um
importante indicador, tanto na formação do IDE; pois o bom fornecimento de
energia é fundamental para o funcionamento e desenvolvimento das
atividades econômicas; quanto para o IDS, pois o atendimento da demanda da
classe de consumidores residencial é um serviço básico, uma variável presente
em todos os indicadores de desenvolvimento e qualidade de vida.
161
Nível de Saúde o que demonstra o esforço da prefeitura em sanar antigos
problemas de sanemanto e posto de saúde do município. A ilha contudo ainda
busca meios para incentivar a intensificação da atividade turística (como
outrora nas décadas de 70 e 80) e fazer crescer sua marca quanto ao Índice
de Desenvolvimento Econômico.
Da mesma forma que Itaparica e Madre de Deus, Vera Cruz também tem IPM
menor que os outros municípios da RMS por não ter um parque industrial e
estar voltada em grande parte à economia tradicional primária e um comércio,
que apesar de antigo, parece ter estagnado-se ao longo do tempo
demandando novos incentivos e projetos de beneficiamento.
162
Ano 2000 Municípios
Camaçari Candeias Dias D'Ávila Itaparica Lauro de Freitas Madre de Deus
Índice*
Valor Rank Valor Rank Valor Rank Valor Rank Valor Rank Valor Rank
IRMCH 5.256,09 14 5.200,95 24 5.309,32 7 5.043,17 81 5.510,83 2 5.210,46 22
INE 5.030,41 85 5.025,06 96 5.020,42 105 5.105,09 27 4.963,39 311 5.197,15 7
INS 5.062,45 34 5.031,81 91 4.990,09 232 5.131,43 1 5.039,98 72 5.006,52 177
ISB 5.277,74 6 5.182,47 15 5.188,78 13 5.231,70 8 5.368,93 3 5.316,84 5
Fonte: SEI, 2000
*(1) O índice 5000 corresponde ao índice médio do Estado. Foi estabelecido em 5000 (e não em 1000) para se evitar empates
entre municipios e possibilitar uma melhor comparação entre esses e com a média estadual. Não pode ser usado para uma
localidade (cidade, por exemplo) mas exclusivamente para município.
163
de ensino: fundamental, médio e superior: e c) renda; medida pelo poder de
compra da população, baseado no PIB per capita ajustado ao custo de vida
local para torná-lo comparável entre países e regiões, através da metodologia
conhecida como paridade do poder de compra (PPC).
164
Salvador e Lauro de Freitas. Apesar de Madre de Deus melhorar seu Índice,
caiu uma posição no ranking estadual.
165
Figura 06 - Proporção do Rendimento Médio dos Chefes de
Família por Município da RMS, Bahia, 2000.
8% 7% 9% 8%
6% 9%
17% 7%
10% 19%
166
ocupação no setor comércio (13,9%), enquanto o comércio ambulante
representa apenas 3,1% da ocupação total.
No setor de serviços, os subsetores com maior incremento da ocupação
foram: limpeza, serviços especializados, alimentação, educação e saúde. A
expansão de parte destes segmentos está fortemente vinculada à terceirização
crescente destas atividades e a ocupação não registrada, além do incremento
da demanda de serviços técnicos.
50,00
45,00
40,00 Até 1 SM
35,00 Mais de 1 até 2 SMs
30,00
25,00 Mais de 2 até 5 SMs
20,00
15,00 Mais de 5 até 10 SMs
10,00 Mais de 10 SMs
5,00
0,00
Homem Mulheres
(%)
167
que diz respeito a remuneração, ocupação e desemprego. Estes movimentos,
no entanto, prejudicam os homens com mais intensidade, determinando a
diminuição das desigualdades entre os sexos, via aumento da precariedade da
inserção masculina.
168
com a perda de poder aquisitivo da classe média -, nove mil postos no setor
de serviços, cinco mil na indústria e quatro mil no comércio.
3.4.3 Saúde
Desde 1998 a SEI calcula, para cada município e região econômica da Bahia
um Índice do Nível de Saúde (INS). O INS é componente do Índice de
Desenvolvimento Social e é calculado através dos seguintes coeficientes: a)
Ocorrência de doenças de notificação obrigatória (redutíveis por saneamento e
imunização) para cada 100 mil habitantes; b) Número de óbitos por sintomas,
sinais e afecções mal definidos, em relação ao total de óbitos; c) Número de
profissionais de saúde para cada 1.000 habitantes; d) Número de
estabelecimentos de saúde para cada 1.000 habitantes. e) Doses de vacinas
aplicadas em cada 1000 habitantes; e f) Número de leitos para cada 1000
habitantes (SEI, 2002).
169
Metropolitana de Salvador. Há uma ampla variação nos valores dos
indicadores entre os municípios posicionados nas 6 primeiras colocações
(Itaparica, Salvador, Vera Cruz, Camaçari, Lauro de Freitas e Candeias),
ficando entre os 100 primeiros colocados no Ranking Municipal Baiano, em
comparação aos últimos 4 municípios (Madre de Deus, São Francisco do
Conde, Dias D’Ávila e Simões Filho) que aparecem com as piores colocações
no Ranking Municipal Baiano (Tabela 21). É pertinente lembrar que os serviços
de saúde concentram-se, sobretudo, nas zonas urbanas. Salvador, Lauro de
Freitas e Feira de Santana constituem os principais centros de atendimento
nessa área.
Tabela 21 - Índice do Nível de Saúde dos municípios da RMS, Bahia, por ordem
de classificação entre os municípios Baianos, 2000.
Municípios INS Classificação
RMS 5.078,52 1
Itaparica 5.131,43 1
Salvador 5.117,58 5
Vera Cruz 5.068,69 29
Camaçari 5.062,45 34
Lauro de Freitas 5.039,98 72
Candeias 5.031,81 91
Madre de Deus 5.006,52 177
São Francisco do Conde 5.005,36 184
Dias D'Ávila 4.990,09 232
Simões Filho 4.984,13 254
Fonte: SEI, 2000
170
abastecimento de água e 67,67% dos domicílios ligados à rede geral de
esgotamento sanitário.
Total do
261 11608 445 496 3215 214 1774 13671 866 3869 1707
Estado
Total dos
62 973 147 150 518 158 776 295 21 56 327
Municípios
Camaçari - 4 - - 25 - - 4 - 48 3
Candeias - 165 - - - - - - 3 - 4
Dias D'Ávila - 19 - - 9 - - - - - 9
Itaparica 1 - - - 4 - 1 - - - 1
L. de Freitas - 9 15 7 12 9 22 13 - - 5
171
Leishmaniose
Coque- Den- Saram Rubéo Hepati Leptos- Menin- Esquisto Hanse
Municípios
luche gue po la te pirose gites ssomose níase
Visce- Tegumen-
ral tar
M. de Deus - - - - 7 - 1 - - - 1
Vera Cruz - 15 3 1 5 1 2 - - - 1
Fonte:SESAB/DICS
Tuberculose
Tuberculose
Municípios AIDS (1) Extra-
Pulmonar
pulmonar
172
Com relação a Tuberculose Pulmonar e Extra-Pulmonar a RMS participa com
aproximadamente 50% do quadro estadual em ambos os casos. Salvador,
Camaçari e Lauro de Freitas foram os municípios em que se registrou a
maioria dos casos.
Total do
78 2378 1865 7 242 1521 715 44 471
Estado
Total dos
31 1610 741 6 90 519 316 17 285
Municípios
Camaçari - - - - - - - - 23
Candeias - - - - - - - - 3
Dias
- - - - - - - - -
D'Ávila
Itaparica - 12 4 - - 4 - - 1
Lauro de
1 69 53 - 8 14 19 2 12
Freitas
Madre de
- - - - - - - - 1
Deus
Salvador 30 1497 660 6 80 489 290 14 229
S.ão
Francisco - 1 - - - 2 - - -
do Conde
Simões
- 31 10 - 2 4 7 1 1
Filho
Vera Cruz - - 14 - - 6 - - 15
Fonte:SESAB/DICS
Nota: Dados preliminares sujeitos a retificação(novembro/2003).
173
(Tabela 25). Em 2003, a região apresentou índices com diferenças
proporcionais grandes, como 13,1% em Vera Cruz e 1,8 em Camaçari. O
melhor resultado de Vera Cruz foi no ano 2002 com 9,5%. Para o Estado da
Bahia, em 2003, 25,7% dos óbitos deveram a sinais, sintomas e afecções mal
definidos. Todos os municípios registraram taxas que lhes conferem uma
posição melhor comparada ao Estado, com exceção de Vera Cruz no ano
2000, onde marcou 30,7% contra 29,7% da Bahia. A porcentagem de óbitos
por sintomas e sinais mal definidos caiu entre os anos de 2002 e 2003 em
todos os municípios menos Simões Filho e Vera Cruz. A enorme variação entre
os anos indica que não só o atendimento médico é deficiente, mas também os
sistemas de recolhimento de informações podem não garantir uma apuração
correta da situação de saúde municipal pois verifica-se uma situação de
extrema instabilidade em boa parte dos municípios.
Tabela 25 - Percentual de óbitos por causas mal definidas, segundo estado, e municípios do
Litoral Norte, Bahia, 1997 – 2003.
% de óbitos por causas mal definidas
Estado/Municípios
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003
Bahia 27,8 28,2 29,9 29,7 26,7 25,4 25,7
Camaçari 1,8 2,7 6,2 2,0 3,6 3,2 1,8
Candeias 6,1 4,3 8,5 15,5 13,8 10,2 4,8
Dias D'Ávila 3,9 5,6 8,6 6,5 3,7 5,3 3,4
Itaparica 5,7 5 9,9 7,7 7,2 10,6 5,6
Lauro de Freitas 3 3,1 5,6 17,3 5,2 3,5 2,9
Madre de Deus 1,9 4,3 3,3 14,5 9,5 3,6 3,7
Salvador 1,7 3 3,4 3,6 2,7 2,2 2
S. Francisco do Conde 6,8 4,2 9,5 5,1 2,8 7,1 3,4
Simões Filho 7,7 8,4 5,4 8,4 4,3 3,1 4,7
Vera Cruz 14,3 17,4 15 30,7 12,8 9,5 13,1
Fonte: DATASUS (SIM/SINASC)
174
servidores estaduais da área de saúde localizados na RMS supera, como nas
classes “Enfermeiro” e “Médico”, a 60%.
6
Disponíveis no sítio Cidades@.
175
Tabela 27 - Servidores de saúde, segundo os postos de trabalho, para a região econômica e os
municípios, Litoral Norte, Bahia, 2003.
Região Postos de Trabalho
Econômica Nível Superior Nível Técnico
e Auxiliar de Técnico de
Municípios Todos Médicos Enfermeiros Odontólogos Todos
Enfermagem Enfermagem
Bahia 39.744 26.277 3.850 5.556 33.457 21.972 2.843
RMS 20.759 13.890 2.967 1.123 14.922 10.045 675
Camaçari 745 443 58 97 588 365 36
Candeias 288 200 19 33 166 99 10
Dias D’Ávila 151 114 13 10 108 78 3
Itaparica 69 45 7 11 86 67 0
L. de Freitas 413 283 34 46 240 124 23
M. de Deus 35 17 7 6 20 6 0
Salvador 18.612 12.469 2.803 857 13.344 9.207 434
São Francisco
130 82 10 20 151 43 80
do Conde
Simões Filho 261 201 15 30 174 20 89
Vera Cruz 55 36 1 13 45 36 0
Fonte: IBGE, sítio Cidades@
7
Informações disponíveis nos Cadernos de Informações de Saúde que podem ser acessados através
do sítio eletrônico: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/cadernos/ba.htm do sistema DATASUS.
176
Tabela 28 - Número e proporção de unidades da rede ambulatorial, por
tipo de unidade, para RMS, Bahia, 2003.
Tipo de Unidade Unidades %
Posto de Saúde 18 3,06
Centro de Saúde 139 23,64
Policlínica 49 8,33
Ambulatório de Unidade Hospitalar Geral 31 5,27
Ambulatório de Unidade Hospitalar Especializada 16 2,72
Unidade Mista 4 0,68
Pronto Socorro Geral e Especializado 42 7,15
Consultório 16 2,72
Clínica Especializada 127 21,60
Outros Serviços Auxiliares de Diagnose e Terapia 87 14,80
Unid. Móvel Terrestre p/Atend. Médico/Odontológico 11 1,87
Unidade de Saúde da Família 36 6,12
Unidades de Vigilância Sanitária 6 1,02
Unidades não Especificadas 6 1,02
Total da Região 588 100,00
Fonte: SIA/SUS
177
conveniados ao SUS, e uma proporção de 2,2 leitos hospitalares para cada
grupo de 1.000 habitantes. A RMS, em 2003, contava com 58 hospitais, 7.619
leitos e apresentou uma proporção de 1,1 leitos/1.000 hab., pouco acima do
mínimo recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de 1
leito/1.000 hab (Tabelas 29 e 30). Não possuíam hospitais os municípios de
Madre de Deus e São Franciso do Conde. No referido ano, Salvador possuía 47
hospitais, Camaçari 4 e Dias D’Ávila 2. Os demais municípios possuíam apenas
1 hospital cada. Quanto a proporção leitos/1.000 habitantes, considerando
apenas os municípios que possuíam hospitais, variavam de 2,8 em Salvador e
0,4 em Simões Filho.
178
Tabela 30 - Número de Hospitais e Leitos por Natureza do Prestador segundo especialidade, para a
RMS, Bahia, 2003.
Leitos
Leitos
Natureza Hospts Cirúr Clín. Crôn/ Psiq Tisiolo Pedi Reabili Hosp
Total Obstétric. UTI
gicos Médic FPT uiatr. gia atria tação /dia
Públicos 18 1.614 260 328 419 95 30 100 258 124 0 32
- Federal 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
- Estadual 16 1.537 256 300 387 95 30 100 245 124 0 32
- Municipal 2 77 4 28 32 0 0 0 13 0 0 0
Privados 29 2.923 863 187 176 19 1.425 0 223 0 30 73
- Contratados 19 1.947 319 38 14 0 1.425 0 121 0 30 0
- Filantrópicos 10 976 544 149 162 19 0 0 102 0 0 73
- Sindicato 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Universitários 11 3.082 856 243 626 606 290 35 406 20 0 79
- Ensino 1 103 53 31 17 0 0 0 2 0 0 0
- Pesquisa 10 2.979 803 212 609 606 290 35 404 20 0 79
- Privados 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Total 58 7.619 1.979 758 1.221 720 1.745 135 881 144 30 184
Fonte: SIH/SUS
A vacinação na RMS é um fator que contribuiu para que seu Índice do Nível de
Saúde (INS) tivesse uma posição de destaque em relação ao Estado da Bahia.
A cobertura vacinal foi boa entre as crianças com menos de um ano, contudo
ainda existe casos de não cobertura total. Para o tipo Sabin, o município de
Itaparica registrou uma cobertura de apenas 59,6% em comparação a Vera
Cruz com 193,4%. Com relação ao tipo Tríplice, Itaparica registrou novamente
a pior marca com 63,4% enquanto a melhor cobertura fora registrada em
Madre de Deus com 164,1%. Em Itaparica também registrou-se a pior marca
para o tipo Anti-Sarampo (70,2%), Salvador teve a melhor cobertura com
136,7%. Com relação ao tipo BCG, Itaparica registrou 39,5% e Salvador
125,9% logo seguida de Lauro de Freitas com 125,1%.
179
Tabela 31 – Tabela de cobertura vacinal (%) Sabin, Tríplice, Anti-Sarampo e BCG em
menores de um ano, por município da RMS, Bahia, 2000.
Os anos de 2004 e 2005 revelam taxas que mostram muitas vezes uma
melhora na cobertura vacinal, como é o caso de Itaparica para a Tríplice e
para a BCG. Outras variações podem ser observados através da Tabela 32.
180
3.4.4 Educação
181
Uma breve análise da Tabela 34 mostra crescimento nas Taxas de
Alfabetização e Freqüência à escola em toda a Região, o que pode ser um
indício de que alguns progamas federais como o bolsa escola deram bons
resultados na década de 90. Itaparica e Salvador apresentaram os menores
crescimentos, em torno de 3%. Todos os municípios tiveram um incremento
entre 1991 e 2000 de no mínimo 10% com relação a Taxa de Freqüência à
escola. Com relação ao ensino fundamental, o crescimento entre os municípios
varia entre 17% e 40%, no ensino médio essa diferença atinge até 50%. As
taxas ainda são tímidas para o ensino superior, mas justifica-se diante da
concentração das universidades em Salvador.
Tabela 34 – Indicadores utilizados no IDH-M para Educação como Taxa de Alfabetização, Taxa Bruta de Freqüência
à Escola, ao Fundamental, ao Ensino Médio e Superior, RMS, Bahia, 1991-2000.
Taxa bruta de Taxa bruta de Taxa bruta de Taxa bruta de
Taxa de
freqüência à freqüência ao freqüência ao freqüência ao
Município alfabetização
escola fundamental ensino médio superior
1991 2000 1991 2000 1991 2000 1991 2000 1992 2000
Camaçari 79,95 87,65 74,23 86,55 118,18 151,78 34,07 78,9 1,33 3,04
Candeias 77,73 86,47 70,67 86,8 117,08 150,32 29,35 76,08 0,73 6,01
Dias d'Ávila 79,62 87,84 68,84 86,74 107,75 147,71 28,97 74,67 0,89 3,75
Itaparica 81,09 85,09 72,41 88,2 116,17 157,15 31,8 75,16 1,24 3,06
L. de Freitas 80,43 90,57 63,39 83,25 100,14 138,68 28,78 76,22 2,88 14,8
M. de Deus 84,16 91,27 73,86 84,29 126,14 143,49 39,82 98,6 1,02 4,28
Salvador 90,16 93,72 76,57 89,78 117,95 144,31 55,62 99,57 14,28 20,55
S. F. do Conde 71,12 83,17 76,06 92,52 119,78 165,87 26,12 73,1 1,68 3,39
Simões Filho 81,16 88,44 71,59 89,1 115,3 151,36 27,61 80,2 1,3 4,2
Vera Cruz 75,66 83,92 66,11 79,9 108,84 140,81 31,5 54,1 0,04 1,42
Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil.
182
alfabetização de Salvador (93,72%), Madre de Deus (91,27%), Lauro de
Freitas (90,57%) e Simões Filho (88,44%), vê-se os municípios de Camaçari,
Dias D’Ávila e Candeias em amarelo e laranja, com os maiores índices de
analfabetismo. É um dado que preocupa pela falta de preparo educacional
nsses municípios diante das oportunidades que surgem na medida em que
constituem sede de Pólos Industriais da Bahia. Polos turísticos como
Itaparica, Vera Cruz e São Francisco do Conde também aparecem com índices
altos de analfabetismo, o que revela o despreparo diante do fomento estadual
para as atividades turísticos nestas localidades.
183
estabelecimentos estaduais. Através da Tabela 35, vê-se que em 2002, em
torno de 90% dos estabelecimentos pré-escolares da RMS estavam situados
na zona urbana sendo 60% do total desses estabelecimentos particulares. A
instância particular ocorre em maior proporção nas zonas urbanas e
demonstra uma tendência da crescente participação da educação no quadro
econômico dos centros urbanos. Em Salvador essa média é bastante evidente.
Em Madre de Deus e Vera Cruz também verificam-se escolas particulares de
nível Pré-Escolar.
Na zona rural da RMS existe apenas três escolas que ministram o Ensino
Médio, sendo duas municipais e uma estadual. Os únicos estabelecimentos
federais localizam-se em Salvador, sendo duas escolas que ministram o Ensino
Médio e uma o Ensino Fundamental. Caracterizando-se como uma Região
eminentemente urbana, a maioria dos estabelecimentos estão situados na
zona urbana.
184
Número de Estabelecimentos
Nível de
Municípios Urbana Rural
Ensino
Total Federal Estadual Municipal Particular Federal Estadual Municipal Particular
Médio 1.407 9 702 204 339 4 46 94 9
Pré-Escolar 975 - 52 237 615 - - 68 3
RMS Fundamental 1.493 1 378 491 513 - 6 101 3
Médio 266 2 141 7 113 - 1 2 -
Pré-Escolar 29 - - 12 16 - - 1 -
Camaçari Fundamental 78 - 4 36 4 - - 34 -
Médio 10 - 6 1 1 - - 2 -
Pré-Escolar 48 - - 23 4 - - 21 -
Candeias Fundamental 51 - 5 36 4 - - 6 -
Médio 3 - 2 1 - - - - -
Pré-Escolar 23 - - 16 1 - - 6 -
Dias D'Ávila Fundamental 24 - 2 15 1 - - 6 -
Médio 5 - 2 3 - - - - -
Pré-Escolar 17 - 1 12 4 - - - -
Itaparica Fundamental 27 - 4 17 4 - - 2 -
Médio 3 - 2 - 1 - - - -
Pré-Escolar 17 - 2 7 8 - - - -
Lauro de
Fundamental 68 - 9 47 9 - - 3 -
Freitas
Médio 11 - 6 - 5 - - - -
Pré-Escolar 6 - - 4 2 - - - -
Madre de
Fundamental 10 - 2 5 2 - 1 - -
Deus
Médio 2 - 1 1 - - - - -
Pré-Escolar 708 - 48 106 553 - - - 1
Salvador Fundamental 1.046 1 333 239 468 - 4 - 1
Médio 219 2 113 - 104 - - - -
S. Pré-Escolar 27 - - 12 - - - 15 -
FRANCISCO. Fundamental 36 - 2 14 - - - 20 -
Conde Médio 2 - 1 1 - - - - -
Pré-Escolar 56 - - 24 9 - - 23 -
Simões
Fundamental 90 - 11 42 10 - 1 26 -
Filho
Médio 9 - 7 - 1 - 1 - -
Pré-Escolar 44 - 1 21 18 - - 2 2
Vera Cruz Fundamental 63 - 6 40 11 - - 4 2
Médio 2 - 1 - 1 - - - -
Fonte: SEC, MEC/INEP
(-) não se aplica
185
Observa-se também uma tendência de participação maior da classe 18 a 24
anos em cursos superiores.
186
áreas de automacão de processos, meio ambiente e segurança. Desenvolve
programas de educação à distância, o EDUMAX, já utilizado pela COPENE,
DETEN QUÍMICA, PETROBRAS, CARAÍBA METAIS, ARACRUZ CELULOSE,
PROCTER & GAMBLE, dentre outros.
187
educação. A RMS representa cerca de 13% do total estadual em número de
docentes no Ensino Infantil, 16% no nível Médio e 31% no Fundamental.
188
Tabela 39 – Matrícula, evasão e conclusão dos cursos do SENAC, por município da RMS,
Bahia, 2002.
Tabela 40 - Grau de formação dos professores do Ensino Superior, RMS, Bahia, 2002.
189
Grã Espe Livre Mes Pós
Douto
Municípios Faculdades Total dua cializa Do tra Douto Outros
rado
ção ção cente do rado
Fonte: SEI
190
Foto 47 – Unidade da Universidade Estadual de Feira de Santana
em São Francisco do Conde.
191
governo federal que visavam complementar a matriz industrial brasileira, com
a produção de insumos básicos e bens intermediários, aproveitaram vantagens
locacionais existentes para a implementação do Pólo Petroquímico de
Camaçari, que se converteu no foco dinâmico da economia regional,
comandando a expansão e a diversificação da estrutura produtiva. Das 72
indústrias atuantes no Pólo de Camaçari, mais de 30 são do setor
petroquímico.
192
entre as décadas de 60 e 70, com a realização de grandes obras que
acompanharam e anteciparam os vetores da expansão urbana. Os
investimentos industriais na RMS, concentrados na petroquímica, estimularam,
direta e indiretamente, através do gasto público estadual e de transferências
federais, o surgimento de novas atividades e a expansão e modernização de
outras. A administração pública ganhou maior peso, o varejo acelerou sua
renovação com a multiplicação de shopping centers e supermercados, assim
como os serviços de consumo coletivo, notadamente educação e saúde.
Também outros serviços de consumo intermediário ou final – engenharia,
transporte, telecomunicações – conheceram significativo desenvolvimento.
Com isso, as atividades agropecuárias perderam qualquer importância na
RMS, enquanto crescia o emprego urbano, com o surgimento de novas
empresas e a criação de várias instituições públicas, estatais ou sociais,
concentradas no município de Salvador.
193
indústria de bens de consumo final – manteve a parcela de trabalhadores
ocupados no setor industrial bem mais reduzida do que em outras metrópoles
brasileiras.
194
anos ou mais era “economicamente ativa”. A outra metade vivia o dia-a-dia no
setor informal massivo e crescente.
Apesar de ser uma Região altamente urbanizada onde à zona rural prevalece a
agricultura de subsistência, a questão fundiária também passa por processos
conturbados historicamente ligados à luta e a posse de terra, aos
assentamentos e também às políticas de incentivo ao capital privadoo que
fazem de 2002 um ano de retomada da vida no campo impactando nas
estatísticas de emprego na agricultura. O mesmo ocorre em outras áreas
como na indústria, que apesar de processos automatizados, podem gerar
novos empregos com a implantação de novas fábricas, a exemplo do
Complexo Industrial Ford do Nordeste implantado em Camaçari em 2001,
dentre outras. O setor de serviços vive uma demanda atualmente
especializada, exigindo qualificação de mão de obra ao tempo em que também
se automatiza e perde os laços formais de trabalho, diminuindo o número real
de empregos, porém aumentando consideravelmente o número de
trabalhadores não formalizados. Essa situação gera uma camada populacional
excluída, marginalizada provocando a sua aglomeração e concentração em
áreas do subúrbio desprovidas de infra-estrutura, saneamento e qualquer
assistência social básica (Fotos 48 e 49).
195
Abaixo, no Figura 09 uma demonstração do quadro mais atual da distribuição
dos Ocupados por Setor de Atividade na Região Metropolitana de Salvador:
35
30 Indústria de
Transformação
Construção Civil
25
Comércio
20 Serviços
Produção 1
Serviços
15 Pessoais 2
Serviços
Domésticos
10
Outros
0
Janeiro Janeiro Janeiro Janeiro Janeiro Janeiro Janeiro Janeiro Janeiro Janeiro
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
Figura 09 - Distribuição dos Ocupados por Setor de Atividade Econômica, RMS, Bahia, 1997 -
2006.
196
Figura 10 – Taxa de Desemprego Aberto (%), Brasil e RMS.
Sonia Rocha, “Metropolitan Poverty in Brazil: Economic Cycles, Labour Marlet and Demographic
8
Trends”, International Journal of Urban and Regional Research 19,3. September 1995.
197
3.5.1 Turismo e o Prodetur
198
para o aprimoramento da infra-estrutura, básica e de transportes, para a
associação do turismo com a cultura e a ecologia, elementos altamente
atraentes no mercado internacional, e para a captação de eventos, nacionais e
internacionais, mediante uma política promocional bastante agressiva.
199
de projetos. Estas ações foram eficazes para a performance do PRODETUR/NE
que conseguiu superar obstáculos, financiando o equivalente a 200 projetos
concluídos até o agosto de 2001.9
A Atividade Turística
9
WHITTING, Sandra S. e FARIA, Diomira Maria Cicci P. “Avaliação dos Aspectos Ambientais e
Sócio-Econômicos do PRODETUR I”. BID, agosto de 2001.
200
e Entorno, as pesquisas são realizadas regularmente para Cachoeira,
Itaparica-Vera Cruz, Sauípe, Praia do Forte e Salvador. A Tabela 41 abaixo
identifica a evolução do fluxo turístico em Salvador ao longo dos últimosanos,
separados por mercado emissor:
201
Foto 50 – Centro do município de Vera Cruz.
202
Bahia e o carnaval de Salvador constituem os principais fatores de demanda
turística.
Figura 12 - Evolução da Receita por Turista e Total – Salvador (R$ - 2001) (Fonte: Desempenho
do Turismo Baiano 1991/2001 – Bahiatursa)
A receita média por turista ficou em torno dos US$ 237, segundo os dados da
Bahiatursa. Outra fonte de informação, o Estudo do Mercado Interno de
203
Turismo 2001, da EMBRATUR, posiciona a Bahia como o terceiro maior destino
brasileiro, com uma receita por turista da ordem de US$ 490.
204
Foto 51 – Um dos poucos saveiros encontrados em
São Francisco do Conde.
205
revitalização do Centro Histórico. A vivacidade e autenticidade das
manifestações folclóricas, religiosas e populares também são um aspecto
positivo para a atração do segmento histórico-cultural. Salvador tem uma
posição privilegiada na Baía de Todos os Santos. É um grande núcleo para o
desenvolvimento do turismo náutico e de mergulho. A construção da marina e
a atração de competições náuticas internacionais são sinais de
desenvolvimento deste segmento. O segmento de negócios e o de congressos
e eventos também são importantes para a estratégia turística do Estado,
estando em Salvador as melhores oportunidades para sua consolidação. O
grande desenvolvimento de Camaçari e Lauro de Freitas aumenta o fluxo de
turistas a negócios na região, sendo uma demanda já consolidada e crescente.
É importante contudo, planejar de forma integrada revalorizando a auto-
estima das populações locais com respeito às suas crenças, valores, espaços e
tradições, transformando-as em agentes fundamentais aos processos de
globalização de suas localidades e culturas. Com isso impede-se a exploração
e a exclusão do morador local da dinâmica econômica beneficiando sobretudo,
através da atividade turística, o tão chamado ‘desenvolvimento sustentável.
Eminentemente agrícola até meados dos anos 50, a Bahia começa a alterar
seu perfil econômico através da instalação da Refinaria Landulfo Alves. Após
alguns anos, foram instaladas os pólos petroquímicos e o Centro industrial de
Aratu. A ocupação da Baía de Todos os Santos ao longo dos anos alterou de
maneira irreversível os componentes originais da paisagem nessa região.
Historicamente, os ciclos de extração do pau-brasil, da cana-de-açúcar, do
fumo e da laranja, assim como a introdução da pecuária e da indústria de
celulose comprometeram, principalmente, a Mata Atlântica. Recentemente,
sofreu um lento processo de ocupação turística e empreendimentos
206
imobiliários. Enquanto o acesso rodoviário da Costa dos Coqueiros ainda não
existia, o acesso hidroviário para as ilhas de Itaparica, de Maré e dos Frades,
lento e restritivo, era a opção mais viável para os soteropolitanos que
procuravam lazer e alternativas de turismo. Também havia uma demanda por
lazer e segundas residências pela população do interior, principalmente Feira
de Santana. O crescimento desordenado, a falta de infra-estrutura e a
instalação de uma variedade de indústrias ao redor da Baía geraram a
degradação progressiva de trechos da costa e dos recursos hídricos.
207
Camaçari detinham as maiores áreas com pastagens e Dias D’Ávila com
Lavouras em Descanso e Produtivas não utilizadas.
8% 20%
22%
50%
208
fluxos. Sua escala vai de 1, a mais baixa pressão, até 10, a mais elevada. A
pesquisa realizada pela TETRAPLAN CONSULTORIA em 2002 para Fundação
Getúlio Vargas, responsável pelo o Programa de Desenvolvimento Integrado do
Turismo Sustentável no Pólo Salvador (PDITS), aponta resultados obtidos em 7
dos 10 municípios da RMS, quais sejam: Salvador (6,25), São FRANCISCO. do
Conde (7,5), Madre de Deus (7,0), Itaparica (6,0), Vera Cruz (6,25), Camaçari
(7,25) e Lauro de Freitas (7).
Com base na Figura 14, observa-se que os estabelecimentos rurais com menos
de 10 ha são grande maioria principalmente em Salvador e São Francisco do
Conde. Em Candeias e Itaparica o número de estabalecimentos com 10 até a
100 ha é maior do que o primeiro grupo até 10 ha. Itaparica e Lauro de
Freitas não possuem estabelecimentos com mais de 100 ha. Esses dois
municípios, incluindo ainda Madre de Deus, também não integram nenhuma
classe acima de 200 ha. devido ao tamanho territorial e até mesmo às
características de sua organização e densidade demográficas. Os únicos
municípios com estabelecimentos com mais 500 ha são Camaçari, Candeias,
Dias D’Ávila, Salvador e São Francisco do Conde. Salvador, por sua vez, é o
único a integrar a classe com mais de 2000 ha.
209
Metropolitana de
Salvador
Região
210
Ano
2004
Cultura Município Área Área Valor
Quantidade
Plantada Colhida Unidade (R$
Produzida
(ha) (ha) 1.000 )
Simões Filho 100 100 1.500 t 1.050
S. Francisco do Conde 65 65 975 t 98
Vera Cruz 6 6 90 t 63
Candeias 7 7 4 t 16
Cacau (em amêndoa) Simões Filho 37 37 12 t 46
S. Francisco do Conde 580 580 291 t 1.170
Candeias 20 20 1.200 t 42
Cana-de-açúcar Simões Filho 25 25 1.250 t 150
S. Francisco do Conde 20 20 800 t 28
Camaçari 1.117 1.117 6.702 mil frutos 3.351
Candeias 30 30 60 mil frutos 12
Dias D'Ávila 130 130 650 mil frutos 325
Itaparica 70 70 420 mil frutos 126
Côco-da-baía Lauro de Freitas 15 15 90 mil frutos 27
Salvador 8 8 48 mil frutos 14
Simões Filho 30 30 300 mil frutos 90
S. Francisco do Conde 20 20 40 mil frutos 8
Vera Cruz 330 330 1.980 mil frutos 594
Camaçari 21 21 13 t 13
Feijão (em grão)
S. Francisco do Conde 30 30 27 t 32
Candeias 8 8 120 t 26
Lauro de Freitas 8 8 112 t 11
Laranja
Salvador 1 1 13 t 1
Simões Filho 10 10 140 t 14
Camaçari 48 48 624 t 62
Candeias 15 15 180 t 22
Dias D'Ávila 15 15 195 t 20
Mandioca
Lauro de Freitas 25 25 350 t 49
Simões Filho 80 80 1.120 t 157
S. Francisco do Conde 40 40 600 t 120
Fonte: IBGE – Pesquisa Agrícola Municipal
211
Tabela 44 – Principais Culturas, Área Plantada e Colhida, Quantidade Produzida, Unidade e
Valor em Reais, por Município da RMS, Bahia, 2004.
Ano
2004
Cultura Município Valor
Área Área
Quantidade (R$
Plantada Colhida Unidade
Produzida 1.000
(ha) (ha)
)
Camaçari 15 15 566 t 340
Itaparica 25 25 300 t 150
Lauro de Freitas 3 3 36 t 18
Manga
Salvador 2 2 24 t 12
Simões Filho 3 3 36 t 18
Vera Cruz 35 35 420 t 210
Camaçari 30 30 30 t 7
Candeias 42 42 42 t 14
Milho (em grão) Dias D'Ávila 8 8 8 t 2
Simões Filho 10 10 8 t 2
S. FRANCISCO. do
30 30 27 t 9
Conde
Fonte: IBGE – Pesquisa Agrícola Municipal
Rebanhos ( cabeças )
Municípios
Bovinos Suínos Bubalinos Equinos Asininos Muares Ovinos Caprinos
BAHIA 9.856.290 1.981.284 16002 613417 336.470 317220 2.674.743 3.584.783
RMS 38.784 32.290 1061 2748 1.612 2288 4.823 3.811
Camaçari 6.266 4.015 591 852 723 360 2.144 236
Candeias 15.300 1.865 121 587 153 595 - 604
Dias D'Ávila 5.505 2.204 203 259 109 102 2.657 2.196
Itaparica 540 185 - 95 190 140 - 130
Lauro de Freitas 530 345 - 26 83 60 - 80
Madre de Deus 318 462 - 54 22 47 - -
Salvador 65 150 - 42 39 25 22 -
S. FRANCISCO.
6.170 13.372 146 613 138 764 - 394
do Conde
Simões Filho 3.210 9.545 - 140 70 80 - 90
Vera Cruz 880 147 - 80 85 115 - 81
Fonte: IBGE - Pesquisa Pecuária Municipal
212
A Industrialização da RMS
213
empreendimentos foi concentrado na Região Metropolitana de Salvador que
responde por 70% da produção industrial do Estado. A consolidação da
industrialização na Bahia fez com que ocorressem profundas transformações
na estrutura econômica do Estado, com uma redução do peso da agricultura e
um aumento significativo da participação do setor secundário no PIB estadual,
principalmente dos segmentos químico e petroquímico e extrativo mineral. O
desenvolvimento desses setores fez com que a Bahia se transformasse em
uma das principais fornecedoras nacionais de matérias-primas e bens
intermediários.
214
à ausência de empresários locais com vocação industrial e a fragilidade do
mercado consumidor na região; 3) a Bahia cresceu economicamente no
período 1967/1980, mas não se desenvolveu porque, a despeito do aparente
progresso material e dos avanços tecnológicos, o conjunto dos benefícios por
eles gerados não está disponível para milhões de excluídos que constituem,
preponderantemente, a população estadual; 4) agravou sua dependência
externa, tanto no plano nacional quanto no internacional, em decorrência de
uma política desenvolvimentista tecnoburocrática.
215
processadora de alimentos, metalúrgica, farmacêutica, têxtil, de borracha, de
artefatos de plástico e outros. As indústrias de transformação no ramo de
alimentos e bebidas concentram-se em Salvador, Vera Cruz, Camaçari,
Candeias, Dias D’Ávila e Lauro de Freitas. O mesmo ocorre com Têxtil e
Vestuário. Já a indústria de Celulose/Papel eDerivados/Gráficas e Impressos
concentra-se em Salvador, Lauro de Freitas e Camaçari. Refino de Petróleo em
Salvador e São Francisco do Conde. Produtos químicos de borracha e plástico,
a indústria de minerais não metálicos e de máquinas e equipamentos
industriais e elétricos, em Salvador, Camaçari e Lauro de Freitas. Eletrônicos,
informática e comunicações, em Salvador e Camaçari. Instrumentação
médico-hospitalar, em Salvador. Veículos e outros equipamentos de
transporte, em Salvador, Vera Cruz, Camaçari e Lauro de Freitas. Produtos de
madeira e móveis, em Salvador, Camaçari e Lauro de Freitas. Fumo, em
Salvador enquanto metalurgia e produtos de metal em Salvador, São
Francisco do Conde, Camaçari e Lauro de Freitas. Com o apoio do governo do
Estado, foi criado o Pólo de Serviços de Dias D’Àvila, visando buscar
alternativas e soluções para o fortalecimento da economia do município, além
da instalação de duas empresas de cerâmica: a Tecnogrés - Revestimento de
Cerâmica Ltda e a Incenor - Indústria Cerâmica do Nordeste.
216
investimento total de US$ 1,3 bilhão e a perspectiva de produzir 250 mil
veículos de cinco modelos por ano e gerar cinco mil empregos diretos e 50 mil
indiretos.
Tabela 46 – Produto Interno Bruto (PIB) 2001 e 2002, e PIB 2003 segundo os setores de
atividades por município da RMS, BAHIA.
Setores (ano 2003) – (R$ milhões)
Município PIB 2001 PIB 2002 PIB 2003
Agropecuária Indústria Serviços
217
1,00
0,90
0,80
0,70 Agropecuária
0,60
0,50 Indústria
0,40
0,30 Serviços
0,20
0,10
0,00
e
s
nd
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Fr
o
Sã
218
alimentação e segundas residências. Já São Francisco do Conde e Camaçari, a
boa arrecadação está mais relacionada com a atividade petroquímica.
219
3.5.2.1 Meio Ambiente, UC’s e Áreas Especiais
220
diferentes Conselhos de Meio Ambiente (Comitês de Bacia, COMDEMAS,
CONSEMA e CONAMA). Para se ter acesso à lista completa de Entidades
Ambientalistas atuantes na Bahia e mais especificamente na Região
Metropolitana de Salvador basta acessar o seguinte endereço:
• http://www.seia.ba.gov.br/cadastroambiental/ceea/template02.cfm?idCodigo=186
221
Em Camaçari destaca-se a CETREL, Empresa de Proteção Ambiental do Pólo
Petroquímico de Camaçari. Suas ações pertencem às indústrias do pólo (70%)
e ao governo estadual (30%). Além de tratar dos efluentes líquidos das
empresas, o que significa remover 90% dos poluentes, numa malha coletora
de 60km, a empresa processa resíduos sólidos perigosos em aterros
industriais especiais, incinera resíduos líquidos organoclorados, monitora o ar,
as águas subterrâneas, o solo, os rios, o mar e a fauna, em toda a área de
influência do complexo. Presta também serviço de consultoria, diagnóstico
ambiental e recuperação de áreas degradadas.
O Jornal estadual Correio da Bahia publicou em 2004 uma lista das empresas
vencedoras do Prêmio Pólo de Segurança, Saúde e Meio Ambiente/2004,
promovido pelo Comitê de Fomento Industrial de Camaçari (COFIC). Das três
unidades da Dow na região metropolitana de Salvador, duas figuraram entre
222
as cinco estrelas (pontuação superior a 90%) do Prêmio Pólo de Segurança,
Saúde e Meio Ambiente/2004.
Vencedoras
Categoria 5 estrelas:
• Deten
• Braskem - Unidade de Insumos Básicos Invista
• Braskem Poliolefinas - Unidades PE-1 e PE-2)
• Braskem - Unidade de Vinílicos
• Dow - Planta TDI
• EDN - Estireno do Nordeste
• Dow Química
• Cobafi
• Politeno
• Oxiteno Millennium
Categoria 4 estrelas:
• Griffin
• Braskem - Unidade de Desenvolvimento de Negócios
• Acrinor
• Petrobrás
• Fafen
223
No Brasil o Sistema Nacional de Unidades de Conservação está
desenhado de modo a ordenar as áreas protegidas nos níveis federal, estadual
e municipal. Os objetivos de manejo das diversas categorias de unidades de
conservação são diferenciados, embora contribuindo, todos, para que os
objetivos nacionais de conservação sejam atingidos. Este Sistema constitui-se,
portanto, em um instrumento amplo e integrado, que visa garantir a
manutenção dos processos ecológicos, representados em amostras dos
diferentes ecossistemas do país.
224
99.274 de 1990, que também regulamentou as Leis Nº 6.902, de 27.04.1981
que institui a criação de Estações Ecológicas e Áreas de Proteção Ambiental e
Nº 6.938, de 31.08.1981 da Política Nacional do Meio Ambiente. Adiante surge
o Decreto Nº 89.336 de 1984, que cria as Reservas Ecológicas e Áreas de
Relevante Interesse Ecológico, e o Decreto Nº 98.897, de 1990, que cria as
Reservas Extrativistas. A Resolução CONAMA Nº 13 (Conselho Nacional do
Meio Ambiente), de 1990 veio regulamentar a questão de atividades em áreas
circundantes às Unidades de Conservação num raio de 10 km. Em 1994, o
Decreto Nº 1298 aprovou o Regulamento das Florestas Nacionais.
225
Anteriormente buscava-se a conservação de amostras representativas de
ecossistemas frente ao avanço da destruição do ambiente natural pelas
exigências do desenvolvimento. Hoje o enfoque principal é aquele da
conservação da biodiversidade. A postura defensiva inicial deu lugar a um
trabalho ativo no qual deve-se procurar satisfazer as necessidades da
humanidade em relação aos recursos biológicos, ao mesmo tempo em que se
assegure a sustentabilidade a longo prazo da biodiversidade.
226
Sul. Esta Reserva abarca a maior parte dos remanescentes mais significativos
da Mata Atlântica e de segmentos de seus ecossistemas associados.
227
Dada a multiplicidade dos Objetivos Nacionais de Conservação é necessário
que existam diversos tipos de unidades de conservação, manejadas de
maneiras diferenciadas, ou seja, diferentes categorias de manejo. O
estabelecimento de unidades de conservação diferenciadas busca reduzir os
riscos de empobrecimento genético no país, resguardando o maior número
possível de espécies animais e vegetais.
228
limites, sem interferência humana direta ou modificações ambientais,
excetuando-se as medidas de recuperação de seus ecossistemas alterados e
as ações de manejo necessárias para recuperar e preservar o equilíbrio
natural, a diversidade biológica e os processos ecológicos naturais.
229
representantes dos órgãos públicos, de organizações representativas da
sociedade civil e da população residente no local, conforme o disposto em
regulamento e no ato de criação da unidade.
Essas populações vivem dos recursos das matas e dos rios, complementando-
os com produtos da agricultura de subsistência. Suas atividades são
orientadas por seus conhecimentos tradicionais do ambiente e de seus
recursos e sua ligação com a economia de mercado é essencialmente restrita.
230
por ocasião do ato declaratório. Sua utilização é regulada por normas e
critérios a serem estabelecidos pelo CONAMA, Conselho Nacional do Meio
Ambiente.
Existem ainda áreas que, embora criadas com objetivos de proteção aos
recursos naturais e de manutenção da diversidade biológica, todavia não são
caracterizadas como unidades de conservação, mas são identificadas como
Áreas Especialmente Protegidas. São as Reservas Particulares do
Patrimônio Natural, as Áreas de Preservação Permanente e as
Reservas Legais. Não são reconhecidas como unidades de conservação por
estarem inseridas em propriedades particulares, sem gerenciamento do Poder
Público. Todavia são especialmente protegidas por legislação específica.
231
objetivo assessorar o IBAMA na execução da política de criação, valorização e
utilização das unidades de conservação federais.
Tabela 47 – Unidades de Conservação por tipo, dependência administrativa e área total, por
município da RMS, Bahia, 2004.
Depend. Área Total
Municípios Tipo de Und. de Conserv. Unidades de Conservação
Adm. (ha)
Unidade de Uso Sustentável APA da Plataforma Continental do Lit. Norte Estadual 362.266
Unidade de Uso Sustentável APA de Joanes-Ipitanga Estadual 64.463
Unidade de Uso Sustentável APA do Rio Capivara Estadual 1.800
232
Depend. Área Total
Municípios Tipo de Und. de Conserv. Unidades de Conservação
Adm. (ha)
Unidade de Proteção Integral Parque Metropolitano de Pituaçu Estadual 430
Unidade de Proteção Integral Parque Metropolitano Ipitanga I Estadual 667
Unidade de Proteção Integral Parque Municipal Lagoas e Dunas do Abaeté Estadual 1.410
Unidade de Proteção Integral Parque Municipal São Bartolomeu Municipal 75
Unidade de Proteção Integral Parque Zoobotânico Getúlio Vargas Estadual 18
Outras Áreas Protegidas Reserva Ecológica Ilha de Maré Municipal 1.378
Outras Áreas Protegidas Reserva Estadual Cotegipe-CIA Estadual 118
Unidade de Uso Sustentável APA Bacia do Cobre/São Bartolomeu Estadual 1.134
Unidade de Uso Sustentável APA da Baía de Todos os Santos Estadual 80.000
Unidade de Uso Sustentável APA de Joanes-Ipitanga Estadual 64.463
S. Filho
Unidade de Proteção Integral Parque Metropolitano Ipitanga I Estadual 667
Outras Áreas Protegidas Reserva Estadual Cotegipe-CIA Estadual 118
Unidade de Uso Sustentável RPPN Fazenda Coqueiros Particular 87
Unidade de Uso Sustentável APA da Baía de Todos os Santos Estadual 80.000
S. F. Conde
Unidade de Uso Sustentável APA de Joanes-Ipitanga Estadual 64.463
Unidade de Uso Sustentável APA da Baía de Todos os Santos Estadual 80.000
Vera Cruz Unidade de Uso Sustentável APA Recife das Pinaúnas Municipal -
Unidade de Proteção Integral Parq.Flo. e Reserva Eco. da Ilha de Itaparica Estadual 2.295
Fonte: SEI (CRA / IBAMA / DOE / SPJ / SFC -2004)
• http://www.seia.ba.gov.br/apa/templateApas.cfm
• http://www.seia.ba.gov.br/uc/templateucs.cfm
233
APA Plataforma Continental do Litoral Norte
234
A APA está localizada na borda oriental da Baia de Todos os Santos, Região
Administrativa do Subúrbio Ferroviário, abrangendo os municípios de Salvador
e Simões Filho. APA Bacia do Cobre/São Bartolomeu compreende uma
extensão territorial de aproximadamente 1.134ha.
235
Com relação aos aspectos florísticos, esses se encontram em torno da linha da
costa que delimita a APA, assim como na região entre-marés das ilhas
encontra-se ecossistemas de manguezais, que se caracterizam, em geral, pela
ocorrência das espécies mangue-vermelho (Rhizophora mangle), mangue-
branco (Laguncunlaria racemosa) e siriba ou siriúba (Avicenia schaueriana). A
vegetação de restinga está representada por espécies como a aroeira (Schinus
terebenthifolius), bromeliáceas (bromélias ou gravatás), dentre outras.
236
A agressão mais freqüente na APA é a pesca irregular com bomba, onde os
criminosos jogam uma bomba, que mata peixes grandes, pequenos e corais,
proporcionando um desequilíbrio que altera toda a cadeia alimentar. Esse tipo
de ação contra o meio ambiente pode gerar multa e até prisão, prevista na Lei
Federal Nº 9.605/98. A poluição preocupa pelo mesmo motivo.
237
A área apresenta remanescentes de Floresta Ombrófila Densa, onde podem
ser contempladas espécies arbóreas, tais como a sucupira, murici, pau-pombo
e outras.
238
As comunidades que residem no interior da APA Joanes/Ipitanga são
principalmente urbanas, que vivem basicamente dos serviços de comércio e
indústrias abundantes na região. As que vivem às margens dos rios ou dos
reservatórios, utilizam ainda a pesca e, no estuário, pratica-se a coleta de
mariscos para venda e consumo. Algumas localidades, principalmente aquelas
localizadas nos municípios de São Francisco do Conde e São Sebastião do
Passe, após o declínio da cana-de-açúcar na região, encontram-se quase
estagnados e seus moradores precisam trabalhar em outras localidades ou na
capital.
Por estar localizada na Região Metropolitana, essa APA sofre diversos tipos de
agressão ambiental tais como despejo de esgotos domésticos e efluentes
industriais nos mananciais hídricos, extração predatória de areia, arenoso e
argila, ocupação desordenada do solo, inclusive em Áreas de Preservação
Permanente (dunas, manguezal e margens de rios), depósito irregular de
resíduos sólidos, desmatamentos e queimadas. É importante lembrar que a
degradação ambiental é crime, podendo gerar multas e até a prisão.
Como a APA Joanes/Ipitanga foi criada recentemente, ainda não consta com
Zoneamento Ecológico-Econômico, previsto na Resolução N° 10/88 do
CONAMA. No entanto, através do diagnóstico ambiental da área, há pouco
239
tempo elaborado, têm-se subsídios suficientes para compor seu zoneamento.
Visando gestão participativa da APA, pretende-se elaborar seu zoneamento
com participação da comunidade, contando-se com a colaboração das
prefeituras locais, associações e demais entidades sociais que se identifiquem
com o processo.
240
A vegetação de praia é bastante adaptada às altas concentrações de sais, um
exemplo: é a salsa-da-praia (Ipomea sp). Além disso, encontramos na
vegetação de restinga, espécies como: aderno (Emotum ainae) e o ingá (Inga
marginata). Orquídeas também são encontradas na região.
241
A construção de acesso para os diversos loteamentos interrompe os
movimentos circulatórios normais da água, dificultando a vida de muitas
espécies de animais e vegetais na lagoa.
242
areias brancas das dunas. Na área da APA existem lendas que são conhecidas
como “Mistérios da lagoa do Abaeté”.
A fauna não é muito diversificada, mas tem um destaque para a avifauna, pois
ocorrem muitas aves como periquitos e papagaios, espécies como o anu-
branco (Guira guira) que são freqüentemente vistas no local, além de corujas.
Répteis e algumas espécies de mamíferos são vistas, também, como os
roedores.
243
tipos de agressões contribuem para a destruição desse frágil ecossistema,
porque é difícil a sua recuperação.
244
cactáceas. É importante salientar que a flora é de extrema importância para o
equilíbrio do ecossistema, pois a maioria dos animais encontrados na região
tem os vegetais como seu principal alimento, por isso, é muito prejudicial a
retirada de exemplares do seu local de origem, além de ser crime ambiental.
245
Áreas Especiais
246
Fotos 52 e 53 – Ocupação do Movimento dos Trabalhadores Desempregados em propriedade da
Petrobrás; e, vista a partir da Ocupação dos reservatórios da Petrobrás em São Francisco do Conde.
247
(Superintendência de Recursos Hídricos) e uma empresa, a Cerb (Companhia
de Engenharia Rural da Bahia). Ainda integra a estrutura da SEMARH, o
Jardim Zoológico de Salvador. O CRA trata mais especificamente das questões
relativas ao diagnóstico, estudos, fiscalização e monitoramento ambientais; e
ainda a SEFAZ (Secretaria da Fazenda), que é a responsável pelo repasse de
recursos aos diferentes órgãos executores, controle da dívida pública e
acompanhamento dos contratos de financiamento; e por fim as Prefeituras
Municipais responsáveis pela recuperação e/ou implantação de pavimentos e
logradouros em áreas de intervenção (apenas em Salvador) e, em alguns
municípios, atua como órgão responsável por todas as ações supracitadas.
248
rural e consumo próprio apresentam uma participação bastante reduzia
comparadas às demais regiões do estado. Vale destacar que somente Salvador
representa cerca de 80% do número de consumidores de toda a Região
Metropolitana. Camaçari, o segundo município em número de consumidores,
aparece com apenas 6% (Tabela 48).
Tabela 48 – Número de Consumidores de energia elétrica por classe nos municípios da RMS, Bahia.
Serviço
Rural
Consumo Poder Iluminação Rural - Público -
Municípios Residencial Comercial Industrial - Total
Próprio Público Pública Irrigação água e
Outros
esgoto*
* em Salvador a classe serviço público ainda inclui Tração Eletrônica (Consumo de 3,113,507 KWh para 6 consumidores).
Fonte: COELBA, 2005
249
1.000.000
800.000
600.000
400.000
200.000
0
Serviços
Residencial Industrial Comercio Rural Próprio
Públicos
2003 831.761 4.845 75.351 4.321 438 52
2005 923.441 6.503 80.868 4.904 515 54
Figura 17 – Número de Consumidores de Energia Elétrica Metropolitana de Salvador, Bahia,
nos anos de 2003 e 2005
Tabela 49 – Consumo de energia elétrica (KWh) por classe nos municípios da RMS, Bahia.
Serviço
Consumo Poder Ilum. Rural Rural Público -
Municípios Resid. Com. Ind. Total
Próprio Público Pública Irrig. Outros água e
esgoto
RMS 9.710,4 1.376.072,1 1.221.802,5 910.147,2 306.606,9 165.554,6 3.026,9 5.715,9 185.486,8 4.202.926,5
Camaçari 280,7 69,222,7 35,174,5 399,159,7 9,415,4 11,415,4 214,7 965,3 16,146,1 541,994,4
Candeias 104,7 20,416,3 23,6 33,275,5 57,638,7 2,476,9 2,781,2 1,083,5 51,432,7 169,232,8
Dias D'Ávila - 12,823,7 5,802,8 32,998,6 1,580,3 4,133,9 - 34,0 3,341,9 60,715,2
Itaparica 34,3 5,931,6 5,420,5 420,2 742,3 2,834,5 - 7,3 681,6 16,072,3
Lauro de
47,8 74,454,3 49,648,6 24,144,5 3,712,6 9,294,0 - 193,9 4,411,3 165,907,1
Freitas
250
Serviço
Consumo Poder Ilum. Rural Rural Público -
Municípios Resid. Com. Ind. Total
Próprio Público Pública Irrig. Outros água e
esgoto
Deus
Salvador 9,064,7 1,139,188,4 1,053,396,2 196,986,8 224,082,0 119,979,1 1,5 2,453,7 107,752,1 2,856,018,2
S.
FRANCISCO 40,4 6,892,8 5,123,6 10,581,2 1,614,1 2,540,1 - 178,9 197,9 27,169,0
do Conde
Simões
86,7 23,830,7 20,928,2 210,160,4 5,927,8 6,555,9 28,4 670,0 356,6 268,544,8
Filho
Vera Cruz 51,2 17,364,0 11,418,1 12,347,7 466,6 4,347,9 1,1 122,0 4,295,1 50,413,7
* em Salvador a classe serviço público ainda inclui Tração Eletrônica (Consumo de 3,113,507 KWh para 6 consumidores).
Fonte: COELBA, 2005
1.500,00
1.000,00
500,00
0,00
Serviços
Residencial Industrial Comercio Rural Próprio
Públicos
Ano de 2003 1.192,70 1.161,05 1.056,03 489,5 4,5 8,9
Ano de 2005 1.376,10 910,1 1.221,80 657,7 8,7 9,7
251
Outro dado importante e que deve ser avaliado pela COELBA diz respeito aos
números de DEC e FEC. O DEC revela a duração equivalente de interrupção de
energia por unidade consumidora, enquanto o FEC mostra a freqüência
equivalente de interrupção de energia por unidade consumidora. Estes índices
seguem um padrão determinado pela ANEEL, chamado de metas, através dos
quais a empresa distribuidora pode determinar os níveis de qualidade sobre o
serviço que está prestando. Considera-se a meta o limite máximo sobre o qual
não se pode ultrapassar. Observa-se, dessa forma, na Tabela 50, que a
COELBA está desempenhando o seu trabalho totalmente dentro dos limites em
todos os municípios da RMS.
DEC – Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora, aferido pela COELBA
FEC – Freqüência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora, aferida pela COELBA
252
Projeto de Eletrificação Rural – Luz Para Todos
253
3. O auto-religamento feito por clientes que tiveram o fornecimento
cortado por falta de pagamento;
4. A ligação clandestina, realizada por fraudadores que nunca foram
consumidores da Coelba e que por esta razão dificulta-se a sua
localização.
254
inspeção de clientes e redução de perdas. A COELBA e a EMBASA
disponibilizam viaturas e o imóvel com estrutura necessária para o GERCCASP,
no bairro da Pituba, ao lado da Faculdade Castro Alves. Além de propiciar
treinamento de policiais e peritos nas áreas específicas de atuação das
empresas, as conveniadas arcam, mensalmente, com os custos do material
necessário à rotina administrativa do grupo e ao pagamento de horas extras,
já que o trabalho é realizado fora do horário normal de atividades. A
operacionalização se dá de forma integrada na Região Metropolitana de
Salvador e interior da Bahia, por representação da Polícia Militar e composta
por efetivos da Coordenadoria de Operações, que atua em ações de caráter
preventivo e repressivo. Também faz parte a Polícia Civil, composta por
efetivos da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos, que promove
investigações e ações de polícia judiciária.
Dos 3,5 milhões de usuários da COELBA, 930 mil estão em Salvador. Para
fiscalizar esse universo, 145 equipes da companhia, sendo 60 só em Salvador,
saem a campo diariamente para visitar diversos bairros. Desde que a empresa
fora privatizada (1997), as campanhas intensificaram-se. As primeiras ações
ocorreram em bairros nobres e focou também indústrias com ligações
255
irregulares, pois que o prejuízo oriundo destas classes, devido ao padrão de
consumo, causava grandes perdas à empresa e ao governo estadual. Porém,
de acordo com Sr. Pedro Dantas, o maior número de "gatos" está concentrado
na área da periferia, onde também reside a população com menor renda. O
que os técnicos percebem é que em muitos casos o consumidor pratica o furto
da energia por impossibilidade de arcar com as taxas. "Por isso, a orientação é
notificar o consumidor, informando-lhe que a irregularidade caracteriza-se
como crime de acordo com o artigo 155 do Código Penal, prevendo pena de
um a oito anos de cadeia, e é dado um prazo de dez dias para ele procurar a
COELBA e regularizar a situação", explica Dantas. Em 2003 foram realizadas
84 mil inspeções em todo o estado, sendo 34 mil em Salvador. Em 2005
realizaram-se 93.000 inspeções em todo o Estado.
256
(ASVI), da Itália, e Cooperação para o Desenvolvimento e Morada Humana
(CDM). Os 94 agentes credenciados trabalham em 62 comunidades que
abrangem bairros como Engenho Velho da Federação, Calabar, Alto das
Pombas e Vila Nova, em Lauro de Freitas. Ele é um morador da comunidade,
que recebe treinamento em atendimento comercial e sistema da Coelba e atua
sobre temas como fraude, religação e economia de energia. Os agentes
cobrem aproximadamente 2000 domicílios informando sobre o uso eficiente e
solicitando serviços para a Coelba e ainda cadastrando geladeiras velhas e a
troca da fiação quando necessário. De acordo com Maria Célia Lisbôa
Mascarenhas, analista comercial – CCO, o contato da população com alguém
conhecido simplifica bastante a relação. A empresa ressalta ainda que o
Agente Coelba comprova que cliente bem assistido consome energia de modo
racional e tende a pagar a conta no final do mês. Até 2006 já foram atendidos
cerca de 190.000 domicílios e desde 2001, além da queda no número de
"gatos", com a realização do programa a concessionária verificou uma
diminuição de cerca de 30% na inadimplência e de 12% no consumo de
energia.
257
impressa). Também está em funcionamento a Tarifa Social que busca
incentivar o racionamento de energia com tarifas hora/kW mais baratas pra
quem consome menos que 80 kW. Por fim, os cidadãos que conhecem casos
de "gatos" podem fazer denúncias anônimas através do 0800-71 0800, ou
através das agências e postos de atendimento.
258
Principal (localizada à margem da BR-324), Bolandeira, do Cobre e
Suburbana. No ano de 2004 essas unidades, em conjunto, processaram cerca
de 327 milhões de metros cúbicos de água.
259
grau de impacto ao meio ambiente e à saúde pública. Em São Francisco do
Conde 7,6% dos moradores despejam seu esgoto em cursos naturais d’água e
25,3% não tem instalação sanitária. As proporções são altas também em Vera
Cruz, Dias D’Ávila, Candeias e Itaparica.
Tabela 53 - Proporção de moradores por tipo de instalação sanitária nos municípios da RMS,
Bahia, 1991 – 2000.
Rede geral de Não tem
Fossa Fossa Rio, Lago ou Outro
esgoto ou Vala instalação
Municípios Séptica Rudimentar Mar escoadouro
pluvial sanitária
1991 2000 1991 2000 1991 2000 1991 2000 1991 2000 1991 2000 1991 2000
Camaçari - 40,8 54,4 23,2 24,9 23,4 1,4 1,8 - 2,0 1,0 0,5 17,6 8,4
Candeias 0,7 51,2 26,2 15,9 22,5 9,6 7,4 5,3 - 2,9 18,9 3,7 23,7 11,4
Dias
D'Ávila 1,5 25,9 56,7 46,4 21,4 13,0 1,9 1,5 - 1,0 0,2 0,7 18,3 11,5
Itaparica - 24,5 32,1 20,5 40,1 37 0,8 1,9 - 3,4 0,7 1,8 25,8 11,0
L. de
Freitas - 39,7 41,4 30,7 30,5 18,4 8,4 3,2 - 3,0 3,0 0,6 15,2 4,5
M. de
Deus - 82,0 50,1 6,3 8,8 4,7 6,7 1,0 - 0,1 14,3 2,9 19 3,0
Salvador 22,1 73,9 43,7 8,9 12,8 6,7 6,2 4,0 - 3,4 7,8 0,7 6,9 2,4
S. F.
Conde 0,1 36,7 9,3 18,5 16,2 4,2 4,7 5,5 - 7,6 16,2 2,3 53,4 25,3
Simões
Filho - 41,9 47,5 7,2 25,4 31,9 5,2 2,8 - 4,5 1,5 1,2 20,1 10,4
Vera Cruz - 2,7 57,5 32,3 14,4 47,5 1,0 1,0 - 1,5 0,8 1,0 26,2 14,0
Fonte: IBGE/Censos Demográficos
O destino final do lixo gerado nos municípios da RMS também revela um alto
potencial de impacto ambiental na medida em que a coleta ordenada ainda
não cobre 75% da população em 5 municípios da região: Candeias, Itaparica,
São Francisco do Conde, Simões Filho e Vera Cruz. Madre de Deus e Salvador
apresentam mais uma vez as melhores proporções, 97,9% e 93,1%
respectivamente. O lixo jogado à céu aberto é um fator de risco à saúde
ambiental e que causa grande impacto visual, é a modalidade mais difundida
na região em comparação às outras modalidades de queima, enterra e outro
destino. Os dados revelam uma atenção tímida em relação à destinação de
verbas ao setor de infra-estrutura básica, principalmente em São Francisco do
Conde, apesar do Índice de Serviços Básicos (ISB) para toda a região ser
bastante satisfatório.
260
Tabela 54 – Proporção de moradores por tipo de destino do lixo nos municípios da RMS,
Bahia, 1991 – 2000.
Queimado (na Enterrado (na
Coletado Jogado Outro destino
Municípios propriedade) propriedade)
1991 2000 1991 2000 1991 2000 1991 2000 1991 2000
Camaçari 80,9 84,8 7,5 6,9 1,9 0,7 9,1 6,8 0,7 0,7
Candeias 39,9 62,4 9,6 11 0,4 0,3 47,9 25,2 2,2 1,1
Dias D'Ávila 38,1 85,3 28 6,2 5,2 1,1 27,8 6,9 0,9 0,4
Itaparica 38,1 71,6 20,9 13,3 0,7 1,1 40,2 13,9 0,1 0,1
Lauro de
58,6 88,9 13,2 3,8 0,9 0,3 26,5 7,1 0,8 0
Freitas
Madre de Deus 72,9 97,9 9 0,2 0,7 0 16,2 1,9 1,2 0,1
Salvador 77,3 93,1 2,6 0,9 0,2 0,1 19,1 5,6 0,8 0,2
S. F. do Conde 37,2 58,9 11,4 15,2 0,7 0,4 49,5 24,4 1,2 1,2
Simões Filho 38,8 67,1 16,1 13,1 1,3 0,6 42,6 18,9 1,2 0,3
Vera Cruz 43,8 70,6 14,2 12,4 2,1 1,6 38,4 15 1,5 0,4
Fonte: IBGE/Censos Demográficos
261
efluentes na Baía de Todos os Santos e desenvolver projetos de educação
sanitária e ambiental.
Os benefícios do Bahia Azul repercutem sobretudo na melhoria do padrão de
saúde pública, reduzindo a mortalidade infantil e a ocorrência de doenças
transmissíveis por veiculação hídrica, conferindo mais desenvolvimento, aliado
ao bem estar social.
262
3.6.3 Meios de Transporte e Principais Acessos
3.6.3.1 Rodovias
Quadro 06 - Principais Rodovias Federais da Bahia com Influência Direta ou Indireta sobre a
Região Metropolitana de Salvador, 2006.
Extensão
Rodovia Trecho Importância
(em km)
Div BA/GO - Entr. BR- Ligação da região produtora de grãos do Oeste com
BR-020 248
242 Salvador. Ligação do Centro-Oeste com o Nordeste.
Ligação litorânea da Região Nordeste com o Extremo
BR-101 Div. BA/SE - Div. BA/ES 957 Sul do país. Abastece o turismo e escoa a produção
de cacau.
Principal ligação rodoviária da Região Nordeste com o
BR-116 Div. BA/PE - Div. BA/MG 956
Extremo Sul do país.
Principal ligação da região produtora do Oeste da
Luís Eduardo Magalhães
BR-242 886 Bahia com a Região Metropolitana de Salvador.
- Entr. BR-116 (Argoim)
Ligação de Salvador com Brasília.
Ligação Salvador-Feira de Santana (40 mil
BR-324 Ourolândia-Salvador 435
veículos/dia) e ligação com o Nordeste da Bahia.
Ligação da região produtora do Baixo Médio São
BR-407 Capim Grosso-Juazeiro 233
Francisco com Salvador.
Fonte: Programa Estadual de Logística de Transportes da Bahia - PELT
263
Quadro 07 - Principais Rodovias Estaduais com Influência Direta ou Indireta
sobre a Região Metropolitana de Salvador, 2006.
Rodovia Cidades Limite na Bahia Importância
Trechos principais: Bom Despacho-Camamu;
Rodovia de interesse
BA 001 Itacaré-Canavieiras; Belmonte-Santa Cruz de
turístico
Cabrália; Prado-Caravelas; Nova Viçosa-Mucuri
Ligação capitais
BA 093 Entre Rios / BR324 (Salvador)
nordestinas/Salvador
Concedido à Iniciativa
BA 099 Lauro de Freitas / Jandaira
Privada
Ligação da BR-116 a
BA 502 BR-101 / BR-116
BR-101
Ligação direta com a
BA 505 Mata de São João / Imbassaí
Linha Verde
BA 522 Camaçari – Lauro de Freitas Fluxo Interno
BA 526 Simões Filho – Lauro de Freitas Fluxo Interno
Fonte: Programa Estadual de Logística de Transportes da Bahia - PELT
3.6.3.2 Ferrovias
264
Do total da malha operada pela FCA, 1.582 km, ou seja, 22% da extensão
total estão no Estado da Bahia. A frota atual é composta por cerca de 10.000
vagões e mais de 400 locomotivas, todas controladas através do Sistema de
Posicionamento Global (GPS). O quadro de funcionários da empresa é superior
a 2500 empregados, sendo que 21% do total está situado no Estado da Bahia
(446 empregados).
265
Figura 18 - Trechos da FCA Localizados na Bahia (Elaboração: LOGIT)
266
através de conexões ferroviárias com as outras empresas, permite alcançar a
região industrial de São Paulo de modo a possibilitar o transporte de peças e
partes desde os fornecedores localizados na Região Sudeste até a fábrica da
Ford na Bahia. Neste sentido, é importante mencionar que já existe contrato
firmado com a Ford para o transporte de peças desde Paulínia, em São Paulo
(Terminal da Katoen Natie), até o TERCAM. Este contrato prevê a formação de
um trem diário para o transporte de peças. Esta rede ferroviária tem,
portanto, o potencial de integrar a Bahia às regiões de grande dinamismo
econômico do país.
3.6.3.3 Portos
267
Instalações em construção:
• Terminal de granéis da Odebrecht/ICL, Terminal do Moinho Dias Branco
e Terminal da Braskem
•
268
Ferroviário: linha férrea com bitola de 1,0 m interligada a um ramal, na altura
da Feira de São Joaquim, da Ferrovia Centro Atlântica S.A., e daí à malha
Centro-Leste desta. Não há atualmente nenhum tráfego ferroviário do e para o
porto. A via férrea atravessa vias urbanas de intensa movimentação e há,
inclusive, obstáculos físicos à circulação dos trens.
269
Marítimo: a barra se localiza na Baía de Todos os Santos, com largura de 9 km
e profundidade mínima de 30 m. O canal de acesso tem extensão aproximada
de 3,7 km, largura de 180 m e profundidade de 18 m. A bacia de evolução
tem largura de 400 a 1.000 m e profundidade de 12 m.
270
área de armazenagem constará de 178.000 m² de pátios, com capacidade
para 8.000 veículos.
Navegação de Cabotagem
271
só renasceu ao final da década de 90. As razões principais para seu
desaparecimento foram a expansão da malha rodoviária e a ineficiência e alto
custo dos serviços portuários com operação estatal. São justamente a
deterioração da malha rodoviária e a privatização dos serviços portuários, ao
lado da introdução de serviços logísticos integrados (porta-a-porta), os
principais responsáveis pelo renascimento da operação.
272
• Serve uma hinterlândia próxima (Centro Industrial de Aratu)
grande produtora de bens destinados a outros estados e
consumidora de insumos também provenientes daqueles;
3.6.3.4. Aeroporto
273
Em termos de embarque e desembarque, o novo aeroporto terá capacidade
para 6 milhões de passageiros/ano.
274
3.6.3.5 Estações Aduaneiras Interiores (EADIS)
275
destina-se à armazenagem de carga geral e produtos químicos e perigosos.
Sua área total é de 45.314 m2, dos quais 8.806 m2 são de áreas cobertas.
Dispõe, ainda, de uma área de 18.000 m2 para expansão. Compõem também
a estrutura disponível, um pátio alfandegado com 30.069 m2 de área, quatro
docas para descarga direta e plataforma com capacidade de operação
simultânea de oito veículos. Além disso, a infra-estrutura disponível dispõe de
tomadas para contêineres e/ou veículos refrigerados.
BAHIA 2.653.292
RMS 1.482.398
Camaçari 53.699
Candeias 15.149
Dias D'Ávila 10.369
Itaparica 5.493
Lauro de Freitas 37.158
Madre de Deus 3.727
Salvador 1.316.143
São Francisco do Conde 2.537
Simões Filho 27.288
Vera Cruz 10.835
Fonte: Terminais Instalados ANATEL
276
Vale ressaltar, que apesar de não contarmos com dados específicos, verificou-
se através de observação direta o uso de celulares na maioria dos municípios.
Constatou-se também bom sinal ao longo de boa parte das rodovias de
empresas como VIVO, TIM e OI.
277
Em todos os municípios encontram-se pelo menos uma agência de correio e
uma caixa de coleta. Vera Cruz e Camaçari também estão servidos com
Correio Comunitário. Salvador, Camaçari e Lauro de Freitas concentram boa
parte das unidades operacionais.
Além do Banco do Brasil (BB) que está presente na maioria dos municípios,
com exceção de Itaparica, outros bancos federais ou privados suprem as
necessidades financeiras da Região.
278
Agências Bancárias
Município
Empresa Federais Privado Total
Itaparica BANEB - 1 1
BB, Banco Real, BANEB, BNB,
L. de Freitas BRADESCO, Caixa Econômica 2 8 10
Federal
M. de Deus BB - - -
São Francisco do
BB, BANEB - 1 1
Conde
Salvador - 72 154 226
BB, Banco do Nordeste, BANEB,
Simões Filho BRADESCO, Caixa Econômica 3 4 7
Federal, HSBC, Itaú
Vera Cruz BB 1 - -
Fonte: SEI, 2003 (DECAD/DINFO/SUGEC/BANCO CENTRAL)
Banco do Brasil, ABN AMRO Bank, Badesc S.A., Banco Araucária S.A., Banco
Bandeirantes S.A., Banco BBM, Banco BMC, Banco BNL do Brasil, Banco
Boavista, Banco Boreal S.A., Banco Brascan S/A, Banco CCF Brasil S.A., Banco
Central do Brasil, Banco Cidade S.A., Banco da Bahia, Banco de Boston, Banco
Dibens S.A., Banco do Estado do Ceará, Banco do Nordeste do Brasil S/A,
Banco Ficsa S/A, Banco Icatu, Banco Interpart S/A, Banco Itaú, Banco Luso
Brasileiro S.A., Banco Matrix, Banco Mercantil de São Paulo - Finasa, Banco
Meridional do Brasil S.A., Banco Panamericano, Banco Primus S.A. Banco Real,
Banco Rendimento, Banco Rural, Banco Santos, Banco Votorantim, Baneb,
Banese, Banespa, Banestado, BankBoston Brasil, Banrisul, BCN S.A., BDMG
S.A., BEMGE, BESC, BNDES, Bradesco, BRB, BRDE, Caixa Econômica Federal,
Credibanco S/A, HSBC Bamerindus, Indusval, Invest Banco, Lloyds Bank
Brasil, MTBrazil Trust Company, NetPlan Corporate Finance, Nossa Caixa
Nosso Banco S/A.
279
3.7 ORGANIZAÇÕES SOCIAIS NA ÁREA
No Brasil de hoje, a voz dos mais variados grupos sociais faz-se ouvir no
espaço público. Não há questão de interesse coletivo em relação à qual
cidadãos não se mobilizem para cobrar ações do Estado e tomar iniciativas por
si mesmos. Este protagonismo dos cidadãos determina uma nova experiência
de democracia no quotidiano, um novo padrão de atuação aos governos e
novas formas de parceria entre Sociedade Civil, Estado e Mercado. Generaliza-
se na sociedade brasileira a percepção de que o 'público' não se confunde nem
se limita ao 'estatal'. Multiplicam-se as iniciativas privadas com fins públicos.
Ampliam-se os recursos e competências necessários para o enfrentamento dos
grandes desafios nacionais, como o combate à pobreza e a incorporação dos
excluídos aos direitos básicos de cidadania. No entanto, tudo isto é ainda
muito recente e, como toda novidade, questiona velhas idéias e coloca novas
questões. Novas realidades requerem novos mecanismos e procedimentos. O
surgimento de um Terceiro Setor - não governamental e não lucrativo -
redefine o Estado e o Mercado. Por outro lado, o Terceiro Setor também se vê,
ele próprio, confrontado ao desafio de qualificar e expandir suas ações de
promoção de uma solidariedade eficiente. Nos Quadros 08 e 09, as prinicipais
organizações do terceiro setor na Região Metropolitana de Salvador.
280
Municípios Organizações do Terceiro Setor Endereço e Contato
281
Municípios Organizações do Terceiro Setor Endereço e Contato
DE DEUS (BA)
São Francisco ASSOCIAÇAO DE PAIS E AMIGOS DOS Rua João Florêncio Gomes, s/n ; Centro, São Francisco
do Conde EXCEPCIONAIS - SÃO FRANCISCO DO CONDE do Conde ; BA CEP: 43900-000
ARUANA PARA RECURSOS AMBIENTAIS E Cond. João Figueiras,Bl.7/04 Pto. de Parada, Simões
ARTISTICOS Filho ; BA CEP: 43700-000 Tel: (71) 243-3537
Rua Beira Rio, 30 E ; Nova Pitanga, Simões Filho ; BA
ASSOCIAÇÃO FEMININA DO CIA
CEP: 43700000
ASSOCIAÇÃO OBRAS SOCIAIS IRMÃ DULCE - Av. Walter Aragão, S/N ; Centro, Simões Filho ; BA CEP:
CESA 43700.000
ASSOCIAÇÃO PARA RECURSOS AMBIENTAIS E Rua Orlando Moscozo, 942 Térreo ; n/d, Simões Filho ;
ARTÍSTICOS BA CEP: 43700-000, Tel: (71) 3396-2270
Simões Filho
Rua Manoel Jovino, 21 ; Nova Esperança, Simões Filho ;
CASA SÃO JOSÉ - SIMÕES FILHO
BA CEP: 43700-000 Tel: (71) 3301-6682
COOPERATIVA INDUSTRIAL DE ALIMENTOS DA Est.Cia.Aeroporto, Km 35 ; Aratu, Simões Filho ; BA
BAHIA LTDA. CEP: 43700-000 Tel: (71) 3365-0177
COOPERTRAN-COOPERATIVA DE TRANSPORTE Av.Isaías Alves, 236 E QD.1, 05 CIA I, Simões Filho ; BA
DE CARGAS LEVES DE SIMOÕES FILHO CEP: 42850-000
Av. Elmo Serejo Farias ; Núcleo do CIA, Simões Filho ;
LAR FRATERNO HELIO GUIMARÃES
BA CEP: 43700.000
ASSOCIACAO DOS MORADORES DO Barra Do Pote ; Barra do Pote, Vera Cruz ; BA CEP:
LOTEAMENTO DA PRAIA DO ME 44470000
Rua da Rodagem, 335 ; Centro, Vera Cruz ; BA CEP:
Vera Cruz BEM ESTAR DO MENOR
44470-000
SINDICATO DOS TRABALHADORES RURAIS DE Rua Francisco das Chagas Magalhães, 152 ; Centro,
VERA CRUZ Vera Cruz ; BA CEP: 62980.000
Fonte: RITS
282
estamos abordando áreas em que estariam incluídos todos os sindicatos, as
escolas, as cooperativas, as assossiações de servidores, funcionários ou de
bairro, clubes, fundações e ONGs.
Área de
Atuação Organização Endereço e Contato
Principal
Rua Ribeiro dos Santos, nº40 ; Pelourinho,
ACESSO E REINTEGRAÇÃO A COMUNICAÇÃO,
Salvador - BA CEP: 40300-280 Tel: (71) 3244-
CULTURA E ARTE
0868
ARA KETU SOCIEDADE RECREATIVA E PEDRO GORDILHO S/N, PERIPERI, Salvador - BA
CULTURAL CEP: 40740310
ASSOC. CULTURAL BLOCO CARNAVALESCO ILÊ Rua do Curuzu, 197, Liberdade, Salvador - BA
AIYÊ CEP: 40365000 Tel: (71) 3256-1013
ASSOCIAÇÃO CULTURAL BRASIL ESTADOS AV. SETE DE SETEMBRO, 1883, VITÓRIA,
UNIDOS Salvador - BA CEP: 40080.002
Sócio-Cultural ASSOCIAÇÃO CULTURAL FRANCO BRASILEIRA - RUA RECIFE N.222, BARRA, Salvador - BA CEP:
ALIANCA FRANCESA 40140330
Rua Santa Isabel, 5 - 1º andar, Pelourinho,
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE AÇÃO INDIGENISTA
Salvador - BA CEP: 40025-110 Tel: (71) 3322-
DA BAHIA
4320
Praça Tomé de Souza s/n Palácio Rio Branco,
FUNDAÇÃO CULTURAL DO ESTADO DA BAHIA Centro, Salvador - BA CEP: 40020-010 Tel: (071)
3321-0222
2 TRAVESSA LADEIRA DA VILA AMERICA, 6,
FUNDAÇÃO PIERRE VERGER
VASCO DA GAMA, Salvador- BA CEP: 40240.090
RUA WANDERLEY DE PINHO, ITAIGARA, Salvador
Social AJUDA SOCIAL A CRIANCA
- BA CEP: 00041.840
AV. OCEANICA, 2217 ; ONDINA ; Salvador, BA
ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR DA BAHIA
Cep:4014.131
AV DORIVAL CAYMMI L 25 Q B, ITAPOAN,
ASILO SAO LAZARO
Salvador - BA CEP: 41635.010
Av. Joana Angélica, 79, Nazaré, Salvador - BA
ASILO NOSSA SENHORA DA MISERICÓRDIA
CEP: 40050-001 Tel: (71) 3243-1070
Avenida Bonfim, nº161, Roma, Salvador - BA
ASSOCIAÇÃO OBRAS SOCIAIS IRMÃ DULCE
CEP: 40420-000 Tel: (71) 3312-1212
283
Organizações do Terceiro Setor em Salvador
Área de
Atuação Organização Endereço e Contato
Principal
ASTRICAB - ASS. DE TRAB. COM CRIANÇAS E RUA ISMAR ARAÚJO Nº 40 - CASA, PAU DA LIMA,
ADOLESCENTES EM SITUAÇÃO DE RISCO SALVADOR - BAHIA CEP: 41235-010 Tel: (71)
SOCIAL DO ESTADO DA BAHIA 3393-2019
CENTRO INTEGRADO DE PROTEÇÃO E AV. GARIBALDI, 572, SALA 608, FEDERAÇÃO,
ATENDIMENTO A MULHER Salvador - BA CEP: 40210.070
CENTRO PROJETO AXÉ DE DEFESA E PROTEÇAO Rua Professor Lemos Brito, nº 256, Barra,
À CRIANÇA E AO ADOLESCENTE Salvador - BA CEP: 40140-090
Rua Amazonas, n.º 782, Pituba, Salvador - BA;
CIPÓ - COMUNICAÇÃO INTERATIVA
CEP: 41380-830 Tell: (71) 240-4477
LARGO DE ROMA, 01, ROMA, Salvador - BA CEP:
FUNDAÇÃO CIDADE MÃE
40410.000
GRUPO DE APOIO À PREVENÇÃO À AIDS - Rua Dias D'Ávila, 109, Barra, Salvador - BA CEP:
GAPA/BAHIA 40140-270 Tel: (071) 267-1727
COMISSÃO DE JUSTIÇA E PAZ DA Frei Vicente, 35 ; Pelourinho, SSA-BA
ARQUIDIOCESE DE SALVADOR Tel: 3322.1034
Rua do Sodré, 45, Centro, Salvador - BA CEP:
GRUPO GAY DA BAHIA - GGB
40060-180 Tel: (071) 3243-4902
INSADES – INSTITUTO SÓCIO-AMBIENTAL P/ O AV. Jorge Amado, 270, Imbuí. CEP 4174-0140
DES. SUSTENTÁVEL Tel:3371.1284
Av. Frederico Pontes, 375, Calçada. SSA/BA Cep
UMA – Universidade Livre da Mata Atlântica
– 40240-430 Tel: 3312.7750
Praça 15 de Novembro, 17 Terreiro de Jesus,
ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DO PARQUE SÃO
Salvador - BA; CEP: 40023-010 Tel: (071) 3241-
BARTOLOMEU/PIRAJÁ
4653
Ambientalismo AV. JURACY MAGALHAES JR., 768 / 1.AND. RIO
GRUPO AMBIENTALISTA DA BAHIA - GAMBA VERMELHO, SALVADOR - BA CEP: 41940-060 Tel:
(71) 3240-6822
Rua Ave do Paraíso, Praça Carlos Bastos, Sede
ORGANIZAÇÃO SÓCIO-AMBIENTALISTA
No. 02, Pedra do Sal – Itapuã – Salvador/BA CEP.
JOGUELIMPO
41620-000 Tels: 3286.4088
PRESERVAÇÃO DE TARTARUGAS MARINHAS Tel: (071) 3876-1045
PROJETO MAMÍFEROS MARINHOS DA BAHIA Tel: (071) 3532-4792
Jurídica e ASSOCIAÇÃO DE ADVOGADOS DE Ladeira dos Barris, 145, Barris, Salvador, BA CEP:
Trabalhista TRABALAHDORES RURAIS 40070-050 Tel: (71) 3321-7184
BARAO DE COTEGIPE, 98/981, CALCADA MARES,
ASSOCIACAO DOS FERROVIARIOS DA BAHIA
Salvador - BA CEP: 40410.001
ASSOCIAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS EFETIVOS AV ANTONIO CARLOS MAGALHAES, 7744,
DO DETRAN-BA PITUBA, Salvador - BA CEP: 41100.140
284
Organizações do Terceiro Setor em Salvador
Área de
Atuação Organização Endereço e Contato
Principal
AV.SETE DE SETEMBRO, 261-2ºANDAR, MERCES,
ASSOCIAÇÃO PEQUENAS E MICROEMPRESAS
Salvador - BA CEP: 40060.000
RUA RIBEIRO DOS SANTOS, 36/38, SANTO
CENTRAL ÚNICA DOS TRABALHADORES -
ANTÔNIO, SALVADOR - BA CEP: 40030-020 Tel:
CUT/BA
(071) 3326-0050
Rua Francisco Muniz Barreto, 02 - centro, Terreiro
SERVIÇO DE APOIO ÀS MICRO E EQUENAS
de Jesus, Salvador - BA CEP: 40025-090 Tel:
EMPRESAS DA BAHIA
(071) 3322-4863
AV.DORIVAL CAYMME S/N, ITAPUÃ, SALVADOR -
ASSOCIAÇÃO BAHIANA DE EQUOTERAPIA
BA CEP: 41180-620 Tel: (71) 3232-1643
RUA CEL. ARTUR GOMES DE CARVALHO 4 C ;
ASSOCIACAO FREUDIANA DA BAHIA
PITUBA, SSA - BA, CEP: 41820.190
AV. VASCO DA GAMA S/N, VASCO DA GAMA,
ASSOCIAÇÃO BAIANA DOS HEMOFÍLICOS SALVADOR - BA CEP: 40240-090 Tel: (71) 3357-
Saúde
0900
RUA ARTUR BERNARDES, 10, DENDEZEIROS,
CASA DE APOIO E ASSISTÊNCIA AO AIDÉTICO SALVADOR - BA CEP: 40415-050 Tel: (71) 3312-
3021
R.Bento Gonçalves s/nº, Federação, Salvador -
FUNDAÇÃO JOSÉ SILVEIRA
BA CEP: 40110-210 Tel: (071) 3339.5000
CENTRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL SÃO Rua 15 de novembro, nº 17, Terreiro de Jesus,
BARTOLOMEU Salvador - BA CEP: 40025-010 Tel 3241.4653
Rua Conselheiro Dantas, Ed. Paraguaçu, nº 08,
CENTRO DE ESTUDOS E AÇÃO SOCIAL Salvador - BA CEP: 40015-070 Tel: (071) 3242
8265
Rua Conselheiro Dantas, Ed. Paraguaçu, nº 08
CENTRO DE ESTUDOS SÓCIO-AMBIENTAIS Salvador - BA CEP: 40015-070 Tel: (071) 3242
8265
Educação Rua Francisco Muniz Barreto, 30, Pelourinho,
ESCOLA CRIATIVA OLODUM
Salvador - BA CEP: 40025-280
Av.Tancredo Neves 450 / 3301 ; Caminho das
FUNDAÇÃO ODEBRECHT Árvores, Salvador - BA; CEP: 41820-020 Tel: (71)
3340 1752
Rua Guedes de Brito, 14 ; Praça da Sé, Salvador -
LICEU DE ARTES E OFÍCIOS DA BAHIA
BA CEP: 40020-260
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM Av. Bonfim, 99 ; Dendezeiros, Salvador - BA CEP:
INDUSTRIAL 40415-000 Tel: (071) 3310-9925
Fonte: RITS
285
A COMISSÃO DE JUSTIÇA E PAZ (CJP)
286
O fortalecimento da sociedade civil - embrião do Terceiro Setor - se fez em
oposição ao Estado autoritário, na forma de sindicatos e outras organizações
de classe, que representavam, geralmente, os interesses de trabalhadores e
grupos populares conflitantes com os do Mercado e grupos de grandes
capitalistas. Novas formas de organização dos indivíduos da sociedade civil
surgiram no país, assumindo um relacionamento mais complexo com o
Estado. Reivindicação e conflito passam a coexistir, segundo os momentos e
as circunstâncias, com diálogo e colaboração. Para tanto, toda a ação política
ou de mercado exercida, seja em qualquer região, acarreta em consequências
amplas, seja de inclusão ou de exclusão, de preservação ou de destruição, e
para que a sociedade possa conviver, e os diferentes grupos e classes possam
se expressar e defender seus diretos, faz-se imprescindível a discussão, o
fortalecimento e o desenvolvimento do Terceiro Setor.
O Projeto Axé
287
3.7.1 Manifestações Culturais e Turismo Sustentável
288
populares, e tem toda a infra-estrutura de uma região moderna que possa
atender ao desenvolvimento cultural do país e do mundo. Abaixo, a relação de
alguns espaços culturais e recreativos por município da RMS:
289
• estar associado diretamente ou tangivelmente a acontecimentos ou
tradições vivas, como idéias ou crenças, ou com obras artísticas ou
literárias de significado universal excepcional (O Comitê considera que
este critério não deveria justificar a inscrição na Lista, salvo em
condições excepcionais e na aplicação conjunta com outros critérios
culturais e naturais).
290
século depois de sua conclusão, em 1772, ganhou azulejos brancos
portugueses. Sua fachada é rococó e o interior, neoclássico.
291
Municípios Belezas Cênicas Festas
Arte Moderna, Ex-votos do Senhor do Bomfim, Itapoan - móvel/Fev
de Arqueologia e Etnologia, Eugênio Teixeira Pituba - móvel/Fev.
Leal, Geológico do Estado da Bahia.
S.Francisco. São Gonçalo (padroeiro) - 31/Jan
Ilhas: Cajaíba, Pati das Fontes
Do Conde N. Sra. Da Conceição - 08/Dez
São Miguel (padroeiro) - 08/Out
Simões Filho Cachoeira Fazenda Lobão, Gruta Santa Luzia
N.Sra. Da Conceição - 08/Dez
Conjunto Arquitetônico da Penha, Moinho das N. Sra. De Vera Cruz (padroeira) - 14/Set.
Vera Cruz
Mercês, Ponte do Funil. Praias: Aratuba São Simão - 28/Out.
Fonte: SEI, 1997
292
Sem dúvida, isso exige solução a um reiterante desafio aos planejadores do
chamado desenvolvimento sustentável e aos empresários que investem
sem estruturarem seus empreendimentos na essencialidade desses conceitos,
na viabilidade das projeções de mercado, pois historicamente a seletividade na
ocupação e na organização do espaço, ou ordenação do território, foi e
continua sendo determinada predominantemente pelos interesses econômicos
de curto prazo, deixando de lado as questões de preservação ambiental e de
inclusão social.
293
público e privado. Esta eficiência é macrossocial, reduzindo os custos
sociais e ambientais, bem diferente da lógica economicista.
3. Sustentabilidade Ecológica – incrementa o aumento da capacidade de
recursos naturais, limitando os recursos não-renováveis ou
ambientalmente prejudiciais, reduzindo o volume de poluição,
autolimitando o consumo material pelas camadas sociais mais
privilegiadas, intensificando a pesquisa de tecnologias limpas e definindo
regras para uma adequada proteção ambiental.
4. Sustentabilidade Espacial – é aquela voltada a uma configuração rural-
urbana mais equilibrada com ênfase nas seguintes questões:
concentração excessiva nas áreas urbanas, processos de colonização
descontrolados, promoção de projetos modernos de agricultura
regenerativa e agroflorestamento, industrialização centralizada, criação
de empregos rurais não agrícolas, e o estabelecimento de uma rede de
reservas naturais e de biosfera para proteger a biodiversidade.
5. Sustentabilidade Cultural – engloba as raízes endógenas dos modelos de
modernização e dos sistemas rurais integrados de produção, respeitando
a continuidade das tradições culturais, e até mesmo a pluralidade das
soluções particulares.
6. Sustentabilidade Política – privilegia a negociação da diversidade de
interesses envolvidos em questões fundamentais desde o âmbito local
ao global.
294
tempo em que eleva o padrão de vida e a auto-estima dessa
comunidade;
• o econômico, com todos os interrelacionamentos e interdependências da
cadeia produtiva, permitindo sua articulação com a identificação correta
de suas unidades de produção e de negócios para estabelecer uma rede
de empresas a fim de atuar de forma integrada, proativa e interativa,
obtendo níveis de comparatividade e produtividade para o alcance de
competitividade;
• o político, que se instrumentaliza mediante estratégias de gestão que
possibilitem coordenar as iniciativas locais na criação de um entorno
emulativo de produção, favorecendo o desenvolvimento sustentável.
295